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NOME DO(A) ALUNO(A): NÚMERO: DATA DA APLICAÇÃO:

______/______/ 2022
PROFESSOR(A): DISCIPLINA: AVALIAÇÃO: REFERÊNCIA: TURMA: VALOR DA AVALIAÇÃO:

Ádrian Ryan s. Dantas Redação Substitutiva 3º TRIMESTRE 1ª série 10,0


INSTRUÇÕES: VISTO PROFESSOR: NOTA ALCANÇADA:
1. Leia todas as questões com atenção, sem pressa para respondê-las;
2. Releia todas as questões/respostas, antes de devolver a avaliação;
3. Use CANETA AZUL ou PRETA. Não use LÁPIS GRAFITE;
4. É proibido o uso de corretivo;
5. É proibido o empréstimo de material durante a realização da avaliação;
6. Os cálculos devem ser feitos na prova, sem o uso de CALCULADORA;
7. Não serão consideradas as questões que não apresentarem A MEMÓRIA DE
CÁLCULO;
8. Bilhetes ou recados para os professores no corpo da prova acarretará a
anulação da mesma.
9. Caso alguma questão seja anulada os pontos serão redistribuídos entre as
demais.

TEXTO I
Especulação e trabalho precarizado
Irmãos contam que bater as metas diárias sem a possibilidade de folgar por um dia tem sido uma fonte de angústia. “Eu
estou treinando o pessoal em uma scholarship (a scholarship é uma proprietária de múltiplas contas cada uma com no
mínimo três personagens, no caso do Axie Infinity, distribuindo-as temporariamente para jogadores que não têm
condições financeiras de fazer essa entrada no jogo ou que querem aprender a jogar antes de fazer um investimento
inicial) e tem gente que fica muito estressada porque não consegue bater meta”, conta Luís. “Gente ficando muito
cansada e estressada. Eu fiquei com tendinite nas duas mãos, dedão, cotovelo, ombro. A gente joga todo dia. Uma hora
seu corpo começa te cobrar.”
Embora seja um jogo estratégico envolvendo cartas de batalhas entre personagens, Axie Infinity é baseado em muita
repetição – o que não significa que as partidas não exigem uma boa dose de atenção. “O jogador põe as cartas dele,
finaliza a jogada, aí você põe as suas cartas, os axies se batem. Depois a mesma coisa. Então é extremamente
repetitivo e desgastante. Não é divertido”, afirma Luís. “Você pode achar divertido durante, no máximo, uma semana.”
Para João, o maior impacto tem sido nos estudos. “Eu nunca tive tanta dificuldade em ler texto da faculdade quanto eu
tenho hoje. É mentalmente desgastante.” Tanto que ele tem levado a questão para a terapia. “Você ganha R$ 400 reais
para gastar R$ 100 com psicólogo toda semana. A minha questão com a psicóloga nas últimas semanas era a minha
ansiedade para comprar uma conta própria e não ter que bater meta todo dia às 21h.”
A discussão sobre a relação entre jogo e trabalho é mais antiga do que os próprios videogames, e aparece em algumas
obras seminais do estudo de jogos, como em Homo Ludens, do historiador holandês Johan Huizinga, publicado
originalmente em 1938. Porém, com os videogames e, agora, com os jogos em blockchain, essa relação vem se
estreitando.
“O que a gente vê acontecer nesses jogos já acontece há décadas, só que fora do hype do blockchain”, afirma Thiago
Falcão, professor na Universidade Federal da Paraíba, doutor em comunicação e cultura contemporânea e pesquisador
de jogos.

“E acontece de uma forma obscura que não é do interesse das pessoas que seja chamada atenção para ela. Tem dois
lugares onde essas mecânicas de trabalho precarizado e comodificação de propriedade intelectual acontecem. O
primeiro está no trabalho do escritor Julian Dibbell, que é essa coisa da mineração de ouro em MMOs em geral. Então
tinha um monte de gente trabalhando nisso.” Thiago lembra que até mesmo o ex-assessor de Donald Trump e aliado de
Jair Bolsonaro, Steve Bannon, investiu em uma empresa de mineração de ouro no World of Warcraft, que empregava
trabalhadores chineses para executar tarefas repetitivas no jogo e gerar itens, que depois seriam vendidos a jogadores
ricos, especialmente nos EUA.
Disponível em: https://www.overloadr.com.br/especiais/2021/12/jogos-blockchain-play-to-earn-criam-cenario-propicio-
para-trabalho-informal-e-precarizado(Adaptado)

TEXTO II

Lazer lucrativo: jovens aderem ao Axie Infinity, game que rende criptomoeda
Entre os grandes interessados em criptomoedas no Brasil, os jovens estão no topo da lista – principalmente a Geração
Z. De acordo com recente pesquisa da Yubo, rede social de live streaming, 35% dos adolescentes e jovens adultos
brasileiros compram ou já compraram moedas digitais. 
Surfando nesta alta onda das criptomoedas, o jogo Axie Infinity chegou com a promessa de divertir e, ao mesmo tempo,
ganhar dinheiro. Baseado na tecnologia NFT (Non-Fungible Tokens), o game está vinculado às criptomoedas   Axie
Infinity Shards (AXS) e Smooth Love Potions (SLP) e foi criado na rede Etherum — rede blockchain lançada em 2015 —
e permite ganhos.  
As duas criptomoedas do jogo podem ser negociadas em uma corretora confiável, mas também podem ser conquistadas
por meio do desempenho do usuário no game. 
Apesar de ser uma gracinha — inspirado em Pokémon e Tamagotchi, brinquedo febre dos anos 1990 —, o Axie Infinity é
um game exige investimento, estratégia e muita análise.

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Para começar a jogar Axie Infinity, primeiramente é preciso comprar personagens e montar uma equipe com três axies.
Para fazer isso, o usuário deve comprar criptomoedas em uma corretora – como, por exemplo, a Binance, considerada
uma das mais seguras.
Feito isto, basta o usuário efetuar o login na carteira da Axie Infinity pelo marketplace (marketplace.axieinfinity.com/login)
e vincular a carteira Ronin Wallet ou MetaMask — as oficiais do jogo. Em resumo, para começar a jogar é preciso, sim,
investir um certo valor. Que pode variar conforme o tipo de personagem e o tempo, com a popularização do jogo.
Disponível em: https://www.sopacultural.com/noticias/lazer-lucrativo-jovens-aderem-ao-axie-infinity-game-que-rende-
criptomoeda/(Adaptado)
TEXTO III

PROPOSTA DE REDAÇÃO
A partir da leitura dos textos motivadores e com base nos conhecimentos construídos ao longo de sua formação, redija
texto dissertativo-argumentativo em modalidade escrita formal da língua portuguesa sobre o tema “Play-to-earn: os
problemas dos jogos para lucrar e não mais se divertir”, apresentando proposta de intervenção que respeite os direitos
humanos. Selecione, organize e relacione, de forma coerente e coesa, argumentos e fatos para defesa de seu ponto de
vista.  

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