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AULA 4 REVISÃO P1

1. (FGV/2019) Por meio de instrumento particular, Ruth prometeu vender a Juliana


imóvel no valor total de R$ 120.000,00 (cento e vinte mil reais). Ajustaram, ainda,
que o respectivo instrumento público de compra e venda seria assinado após o
pagamento total do preço. Com o recebimento integral do valor ajustado, Ruth, que
estava prestes a mudar de cidade, outorga, por instrumento público, poderes para
Juliana representá-la, em causa própria, na compra e venda definitiva. Contudo,
minutos após entregar o instrumento de procuração a Juliana, Ruth falece em
acidente automobilístico. Diante dessa situação, é correto afirmar que: 
a) a compra e venda não pode ser celebrada, ante a invalidade da promessa anterior,
que não observou a forma pública;
b) os negócios jurídicos são válidos e eficazes, e Juliana poderá subscrever o
instrumento definitivo, representando Ruth; 
c) a procuração assinada por Ruth tornou-se ineficaz com o seu falecimento; 
d) caso Juliana subscreva a escritura de compra e venda, os herdeiros de Ruth
poderão buscar a sua anulabilidade;
e) os poderes conferidos a Juliana são inexistentes, pois o direito brasileiro não admite
o denominado “autocontrato”.
Gabarito: Letra B.

Diante dessa situação, é correto afirmar que:


a) a compra e venda não pode ser celebrada, ante a invalidade da promessa anterior,
que não observou a forma pública; INCORRETA.
A promessa de compra e venda pode ser feita por instrumento particular, conforme prevê
o artigo 1.417 do CC:
Art. 1.417. Mediante promessa de compra e venda, em que se não pactuou
arrependimento, celebrada por instrumento público ou particular, e registrada no Cartório
de Registro de Imóveis, adquire o promitente comprador direito real à aquisição do imóvel.

b) os negócios jurídicos são válidos e eficazes, e Juliana poderá subscrever o


instrumento definitivo, representando Ruth; CORRETA.
A outorga de poderes de Ruth a Juliana configurou mandato em causa própria, pelo qual
o mandante outorga poderes para que o mandatário atue em benefício de si mesmo,
previsto no artigo 685 do CC, que não se extingue pela morte de qualquer das partes:
Art. 685. Conferido o mandato com a cláusula "em causa própria", a sua revogação não
terá eficácia, nem se extinguirá pela morte de qualquer das partes, ficando o mandatário
dispensado de prestar contas, e podendo transferir para si os bens móveis ou imóveis
objeto do mandato, obedecidas as formalidades legais.
Portanto, os negócios são válidos e eficazes e Juliana, munida de poderes, poderá
subscrever o instrumento definitivo.

c) a procuração assinada por Ruth tornou-se ineficaz com o seu falecimento;


INCORRETA.
O mandato em causa própria é irrevogável e não se extingue pela morte das partes (vide
comentário da letra "b").

d) caso Juliana subscreva a escritura de compra e venda, os herdeiros de Ruth poderão


buscar a sua anulabilidade; INCORRETA.
A subscrição da escritura é válida, nos termos do artigo 685 do CC, não havendo que se
falar em anulabilidade (vide comentário da letra "b").
e) os poderes conferidos a Juliana são inexistentes, pois o direito brasileiro não admite o
denominado “autocontrato”. INCORRETA.
O direito brasileiro admite o chamado "autocontrato" (ou contrato consigo mesmo)
excepcionalmente, quando a lei ou o representado permitir, nos termos do artigo 117 do
CC:
Art. 117. Salvo se o permitir a lei ou o representado, é anulável o negócio jurídico que o
representante, no seu interesse ou por conta de outrem, celebrar consigo mesmo.
Parágrafo único. Para esse efeito, tem-se como celebrado pelo representante o negócio
realizado por aquele em quem os poderes houverem sido subestabelecidos.

2. (OBJETIVA/2015) Assinalar a alternativa CORRETA: 


a) Não é causa de nulidade a compra, por leiloeiro, de bem cuja venda ele esteja
encarregado.
b) Não é causa de nulidade a compra, por servidor público, de bem da pessoa jurídica
a que servir, desde que mediante hasta pública.
c) A compra, por descendente, de bem do ascendente, exige o aceite dos demais
descendentes.
d) É causa de nulidade a compra, pelo cônjuge, de bem excluído da comunhão.
e) A venda de bem de ascendente a seu descendente é sempre anulável se não houver
consentimento do cônjuge, independente do regime de bens.

A)ERRADO
Art. 497. Sob pena de nulidade, não podem ser comprados, ainda que em hasta pública:
IV - pelos leiloeiros e seus prepostos, os bens de cuja venda estejam encarregados.
B)ERRADO
Art. 497. Sob pena de nulidade, não podem ser comprados, ainda que em hasta pública:
II - pelos servidores públicos, em geral, os bens ou direitos da pessoa jurídica a que
servirem, ou que estejam sob sua administração direta ou indireta;
C)CERTO
Art. 496. É anulável a venda de ascendente a descendente, salvo se os outros
descendentes e o cônjuge do alienante expressamente houverem consentido.
D)ERRADO
Art. 499. É LÍCITA a compra e venda entre cônjuges, com relação a bens excluídos da
comunhão.
E)ERRADO
Art. 496. É anulável a venda de ascendente a descendente, salvo se os outros
descendentes e o cônjuge do alienante expressamente houverem consentido.
Parágrafo único. Em ambos os casos, dispensa-se o consentimento do cônjuge se o
regime de bens for o da separação obrigatória.

3. (FCC/2014) Considere uma venda realizada à vista de amostras, protótipos ou


modelos. Neste caso, de acordo com o Código Civil brasileiro, em regra, a referida
venda é
a) amparada pela legislação sendo que, se houver contradição ou diferença com a
maneira pela qual se descreveu a coisa no contrato de compra e venda, prevalecerá a
amostra, o protótipo ou o modelo.
b) vedada em razão da proibição da celebração de contrato de compra e venda com base
em amostras, protótipos ou modelos.
c) amparada pela legislação sendo que, se houver contradição ou diferença com a
maneira pela qual se descreveu a coisa no contrato de compra e venda, prevalecerá o
contrato celebrado entre as partes.
d) vedada se a celebração do contrato for realizada entre pessoas físicas.
e) amparada pela legislação sob a condição de que as amostras, protótipos ou modelos
tenham sido aprovados pelos órgãos de fiscalização administrativa, bem como façam
parte integrantes do contrato de compra e venda, independentemente de descrição da
coisa.

Art. 484. Se a venda se realizar à vista de amostras, protótipos ou modelos, entender-se-á


que o vendedor assegura ter a coisa as qualidades que a elas correspondem."
Interpretando o dispositivo, Maria Helena Diniz leciona que "se a coisa foi vendida
mediante amostra, protótipo ou modelo, por não ter sido entregue nas condições
prometidas, o comprador poderá recusá-la no ato do recebimento, pois se entende que o
vendedor garante que possui as qualidades correspondentes ao modelos, amostra ou
protótipo apresentado. O adquirente, então, poderá pedir em juízo a competente vistoria,
em que se baseará a ação de rescisão do contrato, com indenização das perdas e danos.
Se houver contradição ou diferença com o modo pelo qual se descreveu a coisa no
negócio jurídico, a amostra, protótipo ou modelo prevalecerá e o vendedor deverá
entregar objeto da mesma qualidade do que originalmente apresentou.
Assim, tem-se que a venda realizada à vista de amostras, protótipos ou modelos é
amparada pela legislação sendo que, se houver contradição ou diferença com a maneira
pela qual se descreveu a coisa no contrato de compra e venda, prevalecerá a amostra, o
protótipo ou o modelo.

4. (FCC/2014) Considere as afirmativas relativas à compra e venda:


I. Nulo é o contrato de compra e venda, quando se deixa ao arbítrio exclusivo de uma das
partes, a fixação do preço.
II. Salvo cláusula em contrário, ficarão as despesas de escritura e registro a cargo do
vendedor, e a cargo do comprador as da tradição.
III. Até o momento da tradição, os riscos da coisa correm por conta do comprador, e os do
preço por conta do vendedor.
IV. Não sendo a venda a crédito, o vendedor não é obrigado a entregar a coisa antes de
receber o preço.
Está correto o que consta em
a) III e IV, apenas.
b) I, II, III e IV.
c) I e IV, apenas.
d) II e III, apenas.
e) I e II, apenas.

I)CERTO
Art. 489. Nulo é o contrato de compra e venda, quando se deixa ao arbítrio exclusivo de
uma das partes a fixação do preço.
II)ERRADO
Art. 490. Salvo cláusula em contrário, ficarão as despesas de escritura e registro a cargo
do comprador, e a cargo do vendedor as da tradição.
III)ERRADO
Art. 492. Até o momento da tradição, os riscos da coisa correm por conta do vendedor, e
os do preço por conta do comprador.
IV)CERTO
Art. 491. Não sendo a venda a crédito, o vendedor não é obrigado a entregar a coisa
antes de receber o preço.

5. (CESPE/2013) Dado o princípio da autonomia da vontade, é permitida a


celebração de contrato de compra e venda com cláusula que estabeleça a
estipulação do preço ao arbítrio exclusivo de uma das partes.
( ) Certo ( ) Errado

Art. 489. Nulo é o contrato de compra e venda, quando se deixa ao arbítrio exclusivo de uma das
partes a fixação do preço.

6. (FCC/2013) Paulo adquiriu uma máquina de beneficiar café, cuja descrição no


contrato de compra e venda era diferente da amostra apresentada pela empresa
vendedora por ocasião da celebração do contrato. Nesse caso, prevalecerá
a) a praxe do mercado.
b) o contrato.
c) a amostra.
d) a vontade do comprador.
e) a vontade do vendedor.

GABARITO C
Art. 484. Se a venda se realizar à vista de amostras, protótipos ou modelos, entender-se-á
que o vendedor assegura ter a coisa as qualidades que a elas correspondem.
Parágrafo único. Prevalece a amostra, o protótipo ou o modelo, se houver contradição ou
diferença com a maneira pela qual se descreveu a coisa no contrato.

7. (TJ-MA/2016) Quando o vendedor de coisa imóvel reservar-se ao direito de


recobrá- la no prazo máximo de decadência de três anos, restituindo o preço
recebido e reembolsando as despesas do comprador, estaremos diante do instituto
jurídico da:
a) Preempção.
b) Preferência.
c) Venda com Reserva de Domínio.
d) Retrovenda.

Retrovenda (ART. 505 , CC ): É cláusula pela qual o vendedor, em acordo com o


comprador fica com o direito de, em até 3 anos, recomprar o imóvel vendido.

8. (FCC/2017) O vendedor de coisa imóvel pode reservar-se o direito de recobrá-la


no prazo máximo de decadência de 3 anos, restituindo o preço recebido e
reembolsando as despesas do comprador, inclusive as que, durante o período de
resgate, se efetuaram com a sua autorização escrita, ou para a realização de
benfeitorias necessárias. No tocante às cláusulas especiais à compra e venda,
trata-se especificamente da
a) venda com reserva de domínio.
b) preempção.
c) preferência.
d) retrovenda.
e) venda a contento.

DIREITO DE RETRATO (reTRato = TRês)


# VENDEDOR PODE REAVER DO COMPRADOR FUTURAMENTE
# IMÓVEL = 3 ANOS
# CESSÍVEL E TRANSMISSÍVEL

DIREITO DE PRELAÇÃO (PRelação = PaR)


# COMPRADOR DEVE OFERECER AO VENDEDOR FUTURAMENTE
# MÓVEL = 180 DIAS ou IMÓVEL = 2 ANOS
# INCESSÍVEL E INTRANSMISSÍVEL
Em se tratando de bens imóveis.
# reTRovenda (reTRato) ---------------> prazo de TRês anos e pode ser TRansmitida.
# PReempção (PReferência)  -----------> somente dois aninhos (um PaR de anos) e é PRoibido
transmitir.

a) Art. 521. Na venda de coisa móvel, pode o vendedor reservar para si a propriedade,
até que o preço esteja integralmente pago.

b) e c) Art. 513. A preempção, ou preferência, impõe ao comprador a obrigação de oferecer ao


vendedor a coisa que aquele vai vender, ou dar em pagamento, para que este use de seu direito
de prelação na compra, tanto por tanto.
Parágrafo único. O prazo para exercer o direito de preferência não poderá exceder a cento e
oitenta dias, se a coisa for móvel, ou a dois anos, se imóvel.

d) Art. 505. O vendedor de coisa imóvel pode reservar-se o direito de recobrá-la no prazo máximo
de decadência de três anos, restituindo o preço recebido e reembolsando as despesas do
comprador, inclusive as que, durante o período de resgate, se efetuaram com a sua autorização
escrita, ou para a realização de benfeitorias necessárias.

e) Art. 509. A venda feita a contento do comprador entende-se realizada sob condição suspensiva,
ainda que a coisa lhe tenha sido entregue; e não se reputará perfeita, enquanto o adquirente não
manifestar seu agrado.Art. 510. Também a venda sujeita a prova presume-se feita sob a condição
suspensiva de que a coisa tenha as qualidades asseguradas pelo vendedor e seja idônea para o
fim a que se destina.

9. (FCC/2017) Paulo vendeu um automóvel para Pedro, reservando para si a


propriedade até que o preço esteja integralmente pago. Tal modalidade de compra e
venda denomina-se
a) venda sujeita a preferência.
b) venda a contento.
c) venda sobre documentos.
d) retrovenda.
e) venda com reserva de domínio.
a) ERRADA: “Art. 513. A preempção, ou preferência, impõe ao comprador a obrigação de
oferecer ao vendedor a coisa que aquele vai vender, ou dar em pagamento, para que este
use de seu direito de prelação na compra, tanto por tanto. Parágrafo único. O prazo para
exercer o direito de preferência não poderá exceder a cento e oitenta dias, se a coisa for
móvel, ou a dois anos, se imóvel”.

b) ERRADA: “Art. 509. A venda feita a contento do comprador entende-se realizada sob
condição suspensiva, ainda que a coisa lhe tenha sido entregue; e não se reputará
perfeita, enquanto o adquirente não manifestar seu agrado”.

c) ERRADA: “Art. 529. Na venda sobre documentos, a tradição da coisa é substituída pela
entrega do seu título representativo e dos outros documentos exigidos pelo contrato ou,
no silêncio deste, pelos usos”.

d) ERRADA: O conceito de retrovenda é muito importante. Confira: “Art. 505. O vendedor


de coisa imóvel pode reservar-se o direito de recobrá-la no prazo máximo de decadência
de três anos, restituindo o preço recebido e reembolsando as despesas do comprador,
inclusive as que, durante o período de resgate, se efetuaram com a sua autorização
escrita, ou para a realização de benfeitorias necessárias”.

e) CORRETA: A venda com reserva de domínio é disciplinada, nos seguintes termos: “Art.
521. Na venda de coisa móvel, pode o vendedor reservar para si a propriedade, até que o
preço esteja integralmente pago”. Foi exatamente o que ocorreu no caso em questão:
Paulo reservou para si a propriedade, até o pagamento integral do preço.

10. (KLC/2012) “O vendedor de coisa imóvel pode reservar-se o direito de recobrá-la


no prazo máximo de decadência de três anos, restituindo o preço recebido e
reembolsando as despesas do comprador, inclusive as que, durante o período de
resgate, se efetuaram com a sua autorização escrita, ou para a realização de
benfeitorias necessárias.” A citação acima se refere a qual cláusula especial do
contrato de compra e venda? Assinale a alternativa CORRETA:
a) retrovenda
b) perempção
c) preferência
d) venda a contento
e) venda com reserva de domínio.

Art. 505. O vendedor de coisa imóvel pode reservar-se o direito de recobrá-la no prazo máximo
de decadência de três anos, restituindo o preço recebido e reembolsando as despesas do
comprador, inclusive as que, durante o período de resgate, se efetuaram com a sua autorização
escrita, ou para a realização de benfeitorias necessárias.

11. (TJ-PB/2014) O vendedor de coisa imóvel pode reservar-se o direito de recobrá-


la no prazo máximo de decadência de três anos, restituindo o preço recebido e
reembolsando as despesas do comprador, inclusive as que, durante o período de
resgate, se efetuaram com a sua autorização escrita, ou para a realização de
benfeitorias necessárias. O dispositivo transcrito a cima refere-se a qual instituto
do direito civil?
a) Retrovenda.
b) Venda a contento
c) Venda com reserva de domínio.
d) Venda sobre documentos.

Art. 505. O vendedor de coisa imóvel pode reservar-se o direito de recobrá-la no prazo
máximo de decadência de três anos, restituindo o preço recebido e reembolsando as
despesas do comprador, inclusive as que, durante o período de resgate, se efetuaram
com a sua autorização escrita, ou para a realização de benfeitorias necessárias.

12. (FGV/2019) Marcela adquiriu seu automóvel mediante financiamento bancário.


Obrigou-se a pagar, ao Banco Z, 60 (sessenta) parcelas de R$ 300,00 (trezentos
reais), cuja obrigação foi garantida pela alienação fiduciária do automóvel. Em
razão de uma crise financeira pessoal, Marcela vendeu o carro a Carmen, quando
ainda faltavam 30 (trinta) parcelas, que seriam assumidas por Carmen. Embora as
partes não tenham estipulado a alteração do devedor junto ao Banco Z, Carmen,
por precaução, solicitou à instituição financeira a transferência do débito para si. O
pleito, contudo, foi negado, em razão de restrições creditícias que pendiam sobre
Carmen. Diante desse quadro, é correto afirmar que:
a) a venda do automóvel a Carmen é nula, cujo vício pode ser suscitado pelo Banco Z;
b) houve a assunção de dívida por Carmen perante o Banco Z, independentemente da
anuência da instituição financeira;
c) a venda se mantém sem a anuência do Banco Z, com promessa de liberação da
dívida entre Carmen e Marcela;
d) ocorreu a cessão de crédito, sendo desnecessária a anuência do Banco Z;
e) a venda é anulável, devido ao erro quanto à necessidade de anuência do Banco Z.

Gabarito é letra C. Refere-se a uma cessão de contrato por isso a promessa de liberação.
Não é assunção porque necessita da anuência do credor. A questão esclarece que entre
elas não fora combinado e que POR PRECAUÇÃO ela tentou alterar o devedor.

A) (INCORRETA) A venda não é nula (art. 104 - objeto licito, possível, determinado,
determinável, prescrito ou não defeso em lei.)
B) (INCORRETA) A assunção DEPENDE DA ANUÊNCIA. O que não depende basta a
notificação é a cessão de crédito.
C) CORRETA
D) (INCORRETA) Houve um cessão de débito já que as parcelas estavam em aberto.
E) (INCORRETA) Elas não acordaram a cessão de débito com anuência do credor. O
contrato foi de compra e venda e ela tinha conhecimento que a divida ficaria no nome de
Marcela até a transferencia (promessa). Então não há que se falar em erro de direito por
exemplo. Ela tinha ciência.

13. (FGV/2015) Caio ajuizou uma demanda buscando o ressarcimento de danos


materiais e morais advindos da perda da propriedade de dois lotes de terra urbanos
adquiridos da empresa “Da Terra Ltda.", no ano de 2004, decorrentes da evicção.
Alega Caio que, tão logo se imitiu na posse dos bens adquiridos, foi deles retirado
por credor do alienante. O credor do alienante apresentou escritura particular
demonstrando que os lotes que Caio acabara de adquirir lhe foram entregues em
dação em pagamento. Considerando os dados fornecidos, é correto afirmar que o
pedido será julgado:
a) procedente, pois é evidente o prejuízo suportado pelo Autor por força da evicção;
b) improcedente, pois competia ao Autor diligenciar junto aos cartórios distribuidores
para se certificar da inexistência de qualquer gravame sobre o bem que pretendia adquirir;
c) procedente, porque não poderia o alienante ter entregado o bem em dação em
pagamento, eis que essa forma de pagamento é própria para bens móveis;
d) improcedente, porquanto a hipótese narrada no enunciado não corresponde à
evicção;
e) improcedente, porque a cláusula que garante contra os riscos da evicção é de
natureza acidental e deve estar expressa no contrato de compra e venda.

Gabarito: Letra D.
Evicção, em linhas gerais, é a perda, total ou parcial, da coisa, decorrente de
sentença judicial ou decisão administrativa, que a atribui a terceiro em virtude de
uma causa jurídica anterior ao contrato. Art. 447 CC Nos contratos onerosos, o
alienante responde pela evicção.

Nesse instituto, temos três figuras, quais sejam: (i) o evictor (terceiro); (ii) o evicto
(adquirente); e (iii) o alienante.

Para a configuração da evicção, há de haver a presença dos seguintes requisitos:


(i) aquisição onerosa do bem; (ii) perda, total ou parcial, da propriedade ou da
posse da coisa alienada; (iii) direito anterior do evictor sobre a coisa (vício na
alienação); e (iv) decisão judicial ou ato administrativo.

É importante ressaltar que, segundo a jurisprudência do STJ, não se faz necessário


o trânsito em julgado da decisão judicial, que determina a perda da coisa adquirida,
para que o evicto (adquirente) exerça os seus direitos resultantes da evicção. Além
disso, para fins de indenização do adquirente, não se discute o elemento subjetivo
(boa ou má-fé) do alienante, pois a indenização, decorrente da evicção, encontra
fundamento no princípio da garantia.

Após essa breve introdução, e voltando ao enunciado, temos que o pleito de Caio
há de ser julgado IMPROCEDENTE, uma vez que, na hipótese narrada, não estamos
diante de um caso de evicção, pois ausente qualquer decisão judicial ou
administrativa que tenha determinado a perda dos lotes de terra.

Pelo contrário, o credor da empresa (que, in casu, seria o evictor, se configurada a


evicção) apresentou uma escritura particular que demonstrava que os imóveis
haviam lhe sido entregues em dação em pagamento (arts. 356 a 359, CC) que, como
sabemos, constitui meio/forma especial de pagamento ou espécie de pagamento
indireto, caracterizado pelo acordo de vontades entre credor e devedor, por meio do
qual o primeiro concorda em receber do segundo prestação diversa da que lhe é
devida, exonerando-o da dívida, não havendo óbice, inclusive, de se ter por
caracterizada a evicção na dação em pagamento, porquanto presente a onerosidade
.
Por outro lado, não há se falar que Caio não poderia pleitear o ressarcimento de
danos morais e materiais advindos da perda da propriedade dos imóveis, mas o
fundamento, nesse caso, não poderia ser a evicção, pois ausente, como já vimos,
um dos requisitos do instituto.

Logo, a assertiva D é o nosso gabarito!

a) procedente, pois é evidente o prejuízo suportado pelo Autor por força da


evicção;
ERRADA. Não se tem por configurada a evicção, pois, à luz das informações
constantes do enunciado, a perda da propriedade não adveio de sentença judicial
ou decisão administrativa, mas sim de um instrumento particular atestando a
entrega dos lotes, em dação em pagamento, a terceiro.
b) improcedente, pois competia ao Autor diligenciar junto aos cartórios
distribuidores para se certificar da inexistência de qualquer gravame sobre o bem
que pretendia adquirir;
ERRADA. A improcedência decorre da não caracterização da evicção, fundamento
jurídico invocado por Caio na sua ação indenizatória. Além disso, não há
informação de que a escritura fora levada a registro no RGI, dando azo à
possibilidade de ser um instrumento firmado apenas entre as partes contratantes,
sem eficácia perante terceiros, o que tornaria inócua qualquer diligência perante as
serventias extrajudiciais levada a efeito por Caio.
c) procedente, porque não poderia o alienante ter entregado o bem em dação em
pagamento, eis que essa forma de pagamento é própria para bens móveis;
ERRADA. A dação em pagamento pode se dar tanto em relação a bens móveis
quanto imóveis.
d) improcedente, porquanto a hipótese narrada no enunciado não corresponde à
evicção;
CORRETA. Conforme comentários acima.

e) improcedente, porque a cláusula que garante contra os riscos da evicção é de


natureza acidental e deve estar expressa no contrato de compra e venda.
ERRADA. A evicção constitui garantia legal, cuja produção de efeitos independe de
previsão contratual.

Trata-se de cláusula de garantia que opera de pleno direito, não necessitando, pois,
de estipulação expressa, sendo ínsita nos contratos comutativos onerosos, como
os de compra e venda, permuta, parceria pecuária, sociedade, transação, bem como
na dação em pagamento e na partilha do acervo hereditário. Inexiste, destarte, em
regra, responsabilidade pela evicção nos contratos gratuitos (CC, art. 552), salvo se
se tratar de doação modal (onerosa ou gravada de encargo).

14. (CESPE/2019) Tendo como referência as disposições do Código Civil a respeito


de sucessão provisória, perdas e danos e venda com reserva de domínio, julgue o
item subsecutivo.  Cláusula de reserva de domínio em contrato de compra e venda
só terá validade contra terceiros se estiver estabelecida por escrito e registrada no
domicílio do comprador.
( ) Certo ( ) ErradoGabarito: CERTO.
A cláusula de reserva de domínio estabelece condição suspensiva pela qual o
vendedor mantém a propriedade do bem móvel até que seja integralmente pago o
preço pelo comprador, nos termos do artigo 521 do CC:
Art. 521. Na venda de coisa móvel, pode o vendedor reservar para si a propriedade,
até que o preço esteja integralmente pago.

Para a validade contra terceiros deve, de fato, ser estipulada por escrito e
registrada no domicílio do comprador, conforme prevê o artigo 522 do CC:
Art. 522. A cláusula de reserva de domínio será estipulada por escrito e depende de
registro no domicílio do comprador para valer contra terceiros.

15. (CESPE/2019) Com base nas disposições do Código Civil acerca de contratos,
julgue o item subsequente. 
O vendedor de coisa imóvel poderá inserir cláusula de retrovenda no contrato de
compra e venda, para reservar a si o direito de recobrar a coisa em até cinco anos,
bastando para a consumação da retrovenda a restituição do valor recebido.
( ) Certo ( ) Errado

Art. 505. O vendedor de coisa imóvel pode reservar-se o direito de recobrá-la no


prazo máximo de decadência de três anos, restituindo o preço recebido e
reembolsando as despesas do comprador, inclusive as que, durante o período de
resgate, se efetuaram com a sua autorização escrita, ou para a realização de
benfeitorias necessárias.

16. (CESPE/2019) Na venda de coisa móvel com reserva de domínio, a transferência


da propriedade ao comprador ocorre 
a) a qualquer tempo, não respondendo o comprador pelos riscos da coisa a partir de
quando esta lhe for entregue.
b) com o pagamento integral do preço, não respondendo o comprador pelos riscos da
coisa a partir de quando esta lhe for entregue.
c) com o pagamento integral do preço, respondendo o comprador pelos riscos da coisa
a partir de quando esta lhe for entregue.
d) a qualquer tempo, respondendo o comprador pelos riscos da coisa a partir de quando
esta lhe for entregue.

Art. 524. A transferência de propriedade ao comprador dá-se no momento em que o


preço esteja integralmente pago. Todavia, pelos riscos da coisa responde o
comprador, a partir de quando lhe foi entregue.

Gabarito: LETRA C
A Reserva de Domínio é uma das cláusulas que poderá ser inserida no contrato de
compra e venda de bem MÓVEL, de modo a alterar a regra de que a propriedade é
transferida pela tradição. Diante dessa cláusula, a transferência ficará SUSPENSA até
que ocorra o INTEGRAL PAGAMENTO.

O Código Civil, sobre o assunto, apresenta os seguintes dispositivos:


Art. 521. Na venda de coisa móvel, pode o vendedor reservar para si a propriedade,
até que o preço esteja integralmente pago.
Art. 522. A cláusula de reserva de domínio será estipulada por escrito e
depende de registro no domicílio do comprador para valer contra
terceiros.
Art. 523. Não pode ser objeto de venda com reserva de domínio a coisa
insuscetível de caracterização perfeita, para estremá-la de outras
congêneres. Na dúvida, decide-se a favor do terceiro adquirente de boa-
fé.
Art. 524. A transferência de propriedade ao comprador dá-se no
momento em que o preço esteja integralmente pago. Todavia, pelos
riscos da coisa responde o comprador, a partir de quando lhe foi
entregue.
Art. 525. O vendedor somente poderá executar a cláusula de reserva de
domínio após constituir o comprador em mora, mediante protesto do
título ou interpelação judicial.
Art. 526.Verificada a mora do comprador, poderá o vendedor mover contra
ele a competente ação de cobrança das prestações vencidas e
vincendas e o mais que lhe for devido; ou poderá recuperar a posse da
coisa vendida.
Art. 527. Na segunda hipótese do artigo antecedente, é facultado ao
vendedor reter as prestações pagas até o necessário para cobrir a
depreciação da coisa, as despesas feitas e o mais que de direito lhe for
devido. O excedente será devolvido ao comprador; e o que faltar lhe
será cobrado, tudo na forma da lei processual.
Art. 528. Se o vendedor receber o pagamento à vista, ou,
posteriormente, mediante financiamento de instituição do mercado de
capitais, a esta caberá exercer os direitos e ações decorrentes do
contrato, a benefício de qualquer outro. A operação financeira e a
respectiva ciência do comprador constarão do registro do contrato.

17. (CESPE/2019) O pacto de retrovenda é uma das modalidades de compra e venda


mercantis previstas no Código Civil e tem como principal característica a reserva ao
vendedor do direito de, em determinado prazo, recobrar o imóvel que tenha
vendido.  A respeito dessa modalidade contratual, a legislação vigente dispõe que
a) não existe a possibilidade de cessão do direito de retrovenda.
b) a cláusula somente será válida, sendo dois ou mais os beneficiários da retrovenda,
se todos exercerem conjuntamente o pedido de retrato.
c) somente as benfeitorias necessárias serão restituídas, além do valor integral
recebido pela venda.
d) o vendedor, em caso de recusa do comprador em receber a quantia a que faz jus,
depositará o valor judicialmente para exercer o direito de resgate.
e) o prazo máximo para o exercício do direito da retrovenda é de cinco anos.

Sobre a cláusula de retrovenda, vamos ler (sim, vamos ler! nada de pular essa parte!)
trecho da obra de Tartuce (vou destacar e usar cores, pra facilitar):
Constitui um pacto inserido no y e venda pelo qual o vendedor reserva-se o direito de
reaver o imóvel que está sendo alienado, dentro de certo prazo (3 anos), restituindo o
preço e reembolsando todas as despesas feitas pelo comprador no período de resgate,
desde que previamente ajustadas (art. 505 do CC). Tais despesas incluem as benfeitorias
necessárias.
Na verdade, essa cláusula especial confere ao vendedor o direito de desfazer a venda,
reavendo de volta o bem alienado dentro do prazo máximo de três anos (prazo
decadencial). Deve ficar claro que a cláusula de retrovenda (pactum de retrovendendo ou
cláusula de resgate) somente é admissível nas vendas de bens imóveis.
(...) percebe-se que a cláusula tem o condão de tornar a compra e venda resolúvel. Assim
sendo, tecnicamente, trata-se de cláusula resolutiva expressa, porque enseja ao vendedor
a possibilidade de desfazer a venda, operando-se o resgate do bem e a consequente
extinção do contrato, reconduzindo as partes ao estado anterior. Em outras palavras, a
propriedade do comprador, até o prazo de três anos, é resolúvel.

Se o comprador se recusar a receber as quantias a que faz jus, o vendedor, para exercer
o direito de resgate, as depositará judicialmente (art. 506 do CC). O dispositivo possibilita
o ingresso da ação de resgate, de rito ordinário (CPC/1973) ou procedimento comum
(CPC/2015), pela qual o vendedor obtém o domínio do imóvel a seu favor, tendo a
demanda eficácia erga omnes, diante do caráter real do instituto. Essa ação é constitutiva
positiva, o que justifica o prazo decadencial de três anos.

Já prevendo que vc pulou a parte de cima, seguem os principais pontos:


A cláusula de retrovenda permite que o vendedor retome o bem que alienou, restituindo o
preço e reembolsando todas as despesas feitas pelo comprador durante o respectivo
período, além das benfeitorias necessárias
Somente é admissível para bens IMÓVEIS
O direito poderá ser exercido no prazo DECADENCIAL de 3 anos (prazo improrrogável)
Se o comprador se recusar a receber o valor, o vendedor, para exercer o seu direito,
efetuará o depósito judicial

Vamos às alternativas:

a) não existe a possibilidade de cessão do direito de retrovenda.


ERRADO. Conforme disposto no Código Civil:
Art. 507. O direito de retrato, que é cessível e transmissível a herdeiros e legatários,
poderá ser exercido contra o terceiro adquirente.

b) a cláusula somente será válida, sendo dois ou mais os beneficiários da retrovenda, se


todos exercerem conjuntamente o pedido de retrato.
ERRADO. Conforme disposto no Código Civil:
Art. 508. Se a duas ou mais pessoas couber o direito de retrato sobre o mesmo imóvel, e
só uma o exercer, poderá o comprador intimar as outras para nele acordarem,
prevalecendo o pacto em favor de quem haja efetuado o depósito, contanto que seja
integral

c) somente as benfeitorias necessárias serão restituídas, além do valor integral recebido


pela venda.
ERRADO. Conforme disposto no Código Civil:
Art. 505. O vendedor de coisa imóvel pode reservar-se o direito de recobrá-la no prazo
máximo de decadência de três anos, restituindo o preço recebido e reembolsando as
despesas do comprador, inclusive as que, durante o período de resgate, se efetuaram
com a sua autorização escrita, ou para a realização de benfeitorias necessárias.
d) o vendedor, em caso de recusa do comprador em receber a quantia a que faz jus,
depositará o valor judicialmente para exercer o direito de resgate.
CERTO. Conforme disposto no Código Civil:
Art. 506. Se o comprador se recusar a receber as quantias a que faz jus, o vendedor, para
exercer o direito de resgate, as depositará judicialmente.

e) o prazo máximo para o exercício do direito da retrovenda é de cinco anos


ERRADO. Conforme disposto no Código Civil:
Art. 505. O vendedor de coisa imóvel pode reservar-se o direito de recobrá-la no prazo
máximo de decadência de três anos, restituindo o preço recebido e reembolsando as
despesas do comprador, inclusive as que, durante o período de resgate, se efetuaram
com a sua autorização escrita, ou para a realização de benfeitorias necessárias.

18. (CESPE/2017) O direito que o vendedor de um imóvel guarda de reavê-lo, no


prazo máximo previsto no Código Civil, restituindo ao comprador o valor recebido e
reembolsando-lhe as despesas — entre elas, as que se efetuaram mediante
autorização escrita do proprietário bem como aquelas destinadas à realização de
benfeitorias necessárias —, constitui a
a) venda a contento.
b) resolução potestativa.
c) retrovenda.
d) preempção.
e) reserva de domínio.

Gabarito: Letra C
O direito que o vendedor de um imóvel guarda de reavê-lo, no prazo máximo previsto no
Código Civil, restituindo ao comprador o valor recebido e reembolsando-lhe as despesas
— entre elas, as que se efetuaram mediante autorização escrita do proprietário bem como
aquelas destinadas à realização de benfeitorias necessárias —, constitui a

a) venda a contento.
ERRADA. A venda a contento (também chamada de ad gustum ou sujeita à prova)
encontra previsão nos arts. 509 a 512, CC e constitui cláusula especial do contrato de
compra e venda na qual a venda é realizada sob condição suspensiva, ainda que o bem
tenha sido entregue ao comprador, só aperfeiçoando-se quando este último manifesta sua
satisfação/agrado.

b) resolução potestativa.
ERRADA. A resolução potestativa é instituto não previsto no direito brasileiro, mas sim no
direito português, não sendo oportuno trazer seu conceito.

c) retrovenda.
CORRETA. É isso mesmo! Na retrovenda (arts. 505-508, CC), o vendedor reserva-se o
direito de reaver o bem imóvel, objeto da alienação, dentro de determinado prazo
decadencial (máximo de 3 anos), restituindo o preço e reembolsando todas despesas
efetuadas pelo comprador no período de resgate, desde que ajustadas previamente,
incluídas aquelas decorrentes da realização de benfeitorias necessárias.

d) preempção.
ERRADA. A preempção (arts. 513-520, CC), também conhecida como cláusula de
preferência ou prelação convencional, é aquela em que o comprador fica obrigado, na
hipótese de alienação (venda) futura, a oferecer o bem, móvel (prazo de 180 dias) ou
imóvel (prazo de 2 anos), àquele que lhe vendeu, notificando-o, judicial ou
extrajudicialmente, para que exerça o seu direito de prelação em igualdades de
condições, devendo se manifestar, caso não haja outro prazo convencionado pelas
partes, em 3 dias, se for bem móvel, ou 60 dias, no caso de bem imóvel, subsequentes à
notificação (Cf. TARTUCE, Flávio. Manual de direito civil: volume único. São Paulo:
Método, 2011, p. 594).

e) reserva de domínio.
ERRADA. Na reserva de domínio (arts. 521 a 528, CC), também chamada de pactum
reservati dominii, o vendedor de coisa móvel infungível mantém-se no domínio do bem até
que o preço seja pago integralmente pelo comprador, que terá a posse direta do bem.

19. (FCC/2014) Marcia celebrará contrato de compra e venda de imóvel com Isaías
possuindo a intenção de estipular cláusula especial de retrovenda. No tocante à
retrovenda, Márcia.
a) terá que respeitar o prazo decadencial máximo de dois anos previsto no Código Civil
brasileiro.
b) terá que respeitar o prazo prescricional máximo de doze meses previsto no Código
Civil brasileiro.
c) poderá estipular qualquer prazo uma vez que o Código Civil brasileiro não limita o
tempo para o exercício da retomada do imóvel.
d) terá que respeitar o prazo decadencial máximo de três anos previsto no Código Civil
brasileiro.
e) poderá estipular prazo não superior a cinco anos, sendo que este prazo, em casos
excepcionais, poderá ser aumentado conjuntamente pelas partes.

Art. 505 CC. O vendedor de coisa imóvel pode reservar-se o direito de recobrá-la no prazo máximo
de decadência de três anos, restituindo o preço recebido e reembolsando as despesas do
comprador, inclusive as que, durante o período de resgate, se efetuaram com a sua autorização
escrita, ou para a realização de benfeitorias necessárias.

20. (FCC/2006) Na retrovenda, o vendedor de coisa imóvel pode reservarse o direito


de recobrá-la no prazo máximo de decadência de
a) dois anos, restituindo o preço recebido acrescido em 50% e reembolsando as
despesas do comprador.
b) três anos, restituindo o preço recebido acrescido em 50% e reembolsando as
despesas do comprador.
c) três anos, restituindo o preço recebido e reembolsando as despesas do comprador.
d) cinco anos, restituindo o preço recebido e reembolsando as despesas do comprador.
e) cinco anos, restituindo o preço recebido acrescido em 50% e reembolsando as
despesas do comprador.

letra D - Retrovenda

Venda com reserva de domínio - O vendedor reserva para si a propriedade do bem até que o
mesmo esteja integralmente pago;

Preempção - O vendedor tem a preferência na compra caso o comprador queira vender o bem;
Preferência - é o mesmo que preempção

Retrovenda - Fica acordado que o vendedor irá recomprar o bem, no prazo decadencial de três
anos, pelo memso preço ou outro valor acordado;

Venda a contento - O comprador pode devolver o bem e não efetivar a compra caso não goste da
coisa adquirida

Art. 505 CC. O vendedor de coisa imóvel pode reservar-se o direito de recobrá-la no prazo máximo
de decadência de três anos, restituindo o preço recebido e reembolsando as despesas do
comprador, inclusive as que, durante o período de resgate, se efetuaram com a sua autorização
escrita, ou para a realização de benfeitorias necessárias.

21. COMPRA E VENDA DE COISA FUTURA (SOJA). TEORIA DA IMPREVISÃO.


ONEROSIDADE EXCESSIVA.INAPLICABILIDADE.
1. Contratos empresariais não devem ser tratados da mesma forma que contratos
cíveis em geral ou contratos de consumo. Nestes admite-seo dirigismo contratual.
Naqueles devem prevalecer os princípios da autonomia da vontade e da força
obrigatória das avenças.
2. Direito Civil e Direito Empresarial, ainda que ramos do Direito Privado,
submetem-se a regras e princípios próprios. O fato de oCódigo Civil de 2002 ter
submetido os contratos cíveis eempresariais às mesmas regras gerais não significa
que estescontratos sejam essencialmente iguais.
3. O caso dos autos tem peculiaridades que impedem a aplicação da teoria da
imprevisão, de que trata o art. 478 do CC/2002 :
(i) oscontratos em discussão não são de execução continuada ou diferida,mas
contratos de compra e venda de coisa futura, a preço fixo,
(ii) a alta do preço da soja não tornou a prestação de uma das
partesexcessivamente onerosa, mas apenas reduziu o lucro esperado peloprodutor
rural e
(iii) a variação cambial que alterou a cotação dasoja não configurou um
acontecimento extraordinário e imprevisível,porque ambas as partes contratantes
conhecem o mercado em que atuam,pois são profissionais do ramo e sabem que
tais flutuações sãopossíveis.5. Recurso especial conhecido e provido.
(STJ Recurso Especial 936741 GO 2007/00658526 (STJ) Data da publicação:
03/03/2012. Acerca da jurisprudência acima responda:

a) Contrato de compra e venda pode ter como objeto coisa futura? Cite exemplos e
caso a coisa futura não venha a existir, quem responderá por esse infortúnio.
O Código Civil em seu art. 483 admite que a compra e venda tenha
por objeto coisas atuais ou futuras.
Por coisa atual entende-se o objeto existente e disponível, ao tempo da celebração do negócio; a
coisa futura, por sua vez, é aquela que, posto ainda não tenha existência real, é de potencial
ocorrência. Imagine-se, por exemplo, a compra de uma safra de cacau que ainda não foi plantada.
Em tal caso, o contrato ficará sem efeito se a coisa não vier a existir, consoante previsto no mesmo
dispositivo, ressalvada a hipótese de as partes terem pretendido pactuar contrato aleatório

b) Quais os princípios presentes na jurisprudência. Justifique.


Principios da autonomia da vontade.
Principio da força obrigatoria das avenças.
Principios da boa-fé objetiva.
Principio do equilibrio economico. (cc 421 e 422)
Principio da funçao social do contrato

c) No contrato de compra e venda que arca com as despesas do contrato e da


tradição?
A resposta é encontrada no art. 490 do Código Civil:
Art. 490. Salvo cláusula em contrário, ficarão as despesas de escritura e
registro a cargo do comprador, e a cargo do vendedor as da tradição

AULA 4 REVISÃO P1

1. (FGV/2019) Por meio de instrumento particular, Ruth prometeu vender a Juliana


imóvel no valor total de R$ 120.000,00 (cento e vinte mil reais). Ajustaram, ainda,
que o respectivo instrumento público de compra e venda seria assinado após o
pagamento total do preço. Com o recebimento integral do valor ajustado, Ruth, que
estava prestes a mudar de cidade, outorga, por instrumento público, poderes para
Juliana representá-la, em causa própria, na compra e venda definitiva. Contudo,
minutos após entregar o instrumento de procuração a Juliana, Ruth falece em
acidente automobilístico. Diante dessa situação, é correto afirmar que: 
a) a compra e venda não pode ser celebrada, ante a invalidade da promessa anterior,
que não observou a forma pública;
b) os negócios jurídicos são válidos e eficazes, e Juliana poderá subscrever o
instrumento definitivo, representando Ruth; 
c) a procuração assinada por Ruth tornou-se ineficaz com o seu falecimento; 
d) caso Juliana subscreva a escritura de compra e venda, os herdeiros de Ruth
poderão buscar a sua anulabilidade;
e) os poderes conferidos a Juliana são inexistentes, pois o direito brasileiro não admite
o denominado “autocontrato”.
Gabarito: Letra B.

Diante dessa situação, é correto afirmar que:


a) a compra e venda não pode ser celebrada, ante a invalidade da promessa anterior,
que não observou a forma pública; INCORRETA.
A promessa de compra e venda pode ser feita por instrumento particular, conforme prevê
o artigo 1.417 do CC:
Art. 1.417. Mediante promessa de compra e venda, em que se não pactuou
arrependimento, celebrada por instrumento público ou particular, e registrada no Cartório
de Registro de Imóveis, adquire o promitente comprador direito real à aquisição do imóvel.

b) os negócios jurídicos são válidos e eficazes, e Juliana poderá subscrever o


instrumento definitivo, representando Ruth; CORRETA.
A outorga de poderes de Ruth a Juliana configurou mandato em causa própria, pelo qual
o mandante outorga poderes para que o mandatário atue em benefício de si mesmo,
previsto no artigo 685 do CC, que não se extingue pela morte de qualquer das partes:
Art. 685. Conferido o mandato com a cláusula "em causa própria", a sua revogação não
terá eficácia, nem se extinguirá pela morte de qualquer das partes, ficando o mandatário
dispensado de prestar contas, e podendo transferir para si os bens móveis ou imóveis
objeto do mandato, obedecidas as formalidades legais.
Portanto, os negócios são válidos e eficazes e Juliana, munida de poderes, poderá
subscrever o instrumento definitivo.

c) a procuração assinada por Ruth tornou-se ineficaz com o seu falecimento;


INCORRETA.
O mandato em causa própria é irrevogável e não se extingue pela morte das partes (vide
comentário da letra "b").

d) caso Juliana subscreva a escritura de compra e venda, os herdeiros de Ruth poderão


buscar a sua anulabilidade; INCORRETA.
A subscrição da escritura é válida, nos termos do artigo 685 do CC, não havendo que se
falar em anulabilidade (vide comentário da letra "b").

e) os poderes conferidos a Juliana são inexistentes, pois o direito brasileiro não admite o
denominado “autocontrato”. INCORRETA.
O direito brasileiro admite o chamado "autocontrato" (ou contrato consigo mesmo)
excepcionalmente, quando a lei ou o representado permitir, nos termos do artigo 117 do
CC:
Art. 117. Salvo se o permitir a lei ou o representado, é anulável o negócio jurídico que o
representante, no seu interesse ou por conta de outrem, celebrar consigo mesmo.
Parágrafo único. Para esse efeito, tem-se como celebrado pelo representante o negócio
realizado por aquele em quem os poderes houverem sido subestabelecidos.

2. (OBJETIVA/2015) Assinalar a alternativa CORRETA: 


a) Não é causa de nulidade a compra, por leiloeiro, de bem cuja venda ele esteja
encarregado.
b) Não é causa de nulidade a compra, por servidor público, de bem da pessoa jurídica
a que servir, desde que mediante hasta pública.
c) A compra, por descendente, de bem do ascendente, exige o aceite dos demais
descendentes.
d) É causa de nulidade a compra, pelo cônjuge, de bem excluído da comunhão.
e) A venda de bem de ascendente a seu descendente é sempre anulável se não houver
consentimento do cônjuge, independente do regime de bens.

A)ERRADO
Art. 497. Sob pena de nulidade, não podem ser comprados, ainda que em hasta pública:
IV - pelos leiloeiros e seus prepostos, os bens de cuja venda estejam encarregados.
B)ERRADO
Art. 497. Sob pena de nulidade, não podem ser comprados, ainda que em hasta pública:
II - pelos servidores públicos, em geral, os bens ou direitos da pessoa jurídica a que
servirem, ou que estejam sob sua administração direta ou indireta;
C)CERTO
Art. 496. É anulável a venda de ascendente a descendente, salvo se os outros
descendentes e o cônjuge do alienante expressamente houverem consentido.
D)ERRADO
Art. 499. É LÍCITA a compra e venda entre cônjuges, com relação a bens excluídos da
comunhão.
E)ERRADO
Art. 496. É anulável a venda de ascendente a descendente, salvo se os outros
descendentes e o cônjuge do alienante expressamente houverem consentido.
Parágrafo único. Em ambos os casos, dispensa-se o consentimento do cônjuge se o
regime de bens for o da separação obrigatória.

3. (FCC/2014) Considere uma venda realizada à vista de amostras, protótipos ou


modelos. Neste caso, de acordo com o Código Civil brasileiro, em regra, a referida
venda é
a) amparada pela legislação sendo que, se houver contradição ou diferença com a
maneira pela qual se descreveu a coisa no contrato de compra e venda, prevalecerá a
amostra, o protótipo ou o modelo.
b) vedada em razão da proibição da celebração de contrato de compra e venda com base
em amostras, protótipos ou modelos.
c) amparada pela legislação sendo que, se houver contradição ou diferença com a
maneira pela qual se descreveu a coisa no contrato de compra e venda, prevalecerá o
contrato celebrado entre as partes.
d) vedada se a celebração do contrato for realizada entre pessoas físicas.
e) amparada pela legislação sob a condição de que as amostras, protótipos ou modelos
tenham sido aprovados pelos órgãos de fiscalização administrativa, bem como façam
parte integrantes do contrato de compra e venda, independentemente de descrição da
coisa.

Art. 484. Se a venda se realizar à vista de amostras, protótipos ou modelos, entender-se-á


que o vendedor assegura ter a coisa as qualidades que a elas correspondem."
Interpretando o dispositivo, Maria Helena Diniz leciona que "se a coisa foi vendida
mediante amostra, protótipo ou modelo, por não ter sido entregue nas condições
prometidas, o comprador poderá recusá-la no ato do recebimento, pois se entende que o
vendedor garante que possui as qualidades correspondentes ao modelos, amostra ou
protótipo apresentado. O adquirente, então, poderá pedir em juízo a competente vistoria,
em que se baseará a ação de rescisão do contrato, com indenização das perdas e danos.
Se houver contradição ou diferença com o modo pelo qual se descreveu a coisa no
negócio jurídico, a amostra, protótipo ou modelo prevalecerá e o vendedor deverá
entregar objeto da mesma qualidade do que originalmente apresentou.
Assim, tem-se que a venda realizada à vista de amostras, protótipos ou modelos é
amparada pela legislação sendo que, se houver contradição ou diferença com a maneira
pela qual se descreveu a coisa no contrato de compra e venda, prevalecerá a amostra, o
protótipo ou o modelo.
4. (FCC/2014) Considere as afirmativas relativas à compra e venda:
I. Nulo é o contrato de compra e venda, quando se deixa ao arbítrio exclusivo de uma das
partes, a fixação do preço.
II. Salvo cláusula em contrário, ficarão as despesas de escritura e registro a cargo do
vendedor, e a cargo do comprador as da tradição.
III. Até o momento da tradição, os riscos da coisa correm por conta do comprador, e os do
preço por conta do vendedor.
IV. Não sendo a venda a crédito, o vendedor não é obrigado a entregar a coisa antes de
receber o preço.
Está correto o que consta em
a) III e IV, apenas.
b) I, II, III e IV.
c) I e IV, apenas.
d) II e III, apenas.
e) I e II, apenas.

I)CERTO
Art. 489. Nulo é o contrato de compra e venda, quando se deixa ao arbítrio exclusivo de
uma das partes a fixação do preço.
II)ERRADO
Art. 490. Salvo cláusula em contrário, ficarão as despesas de escritura e registro a cargo
do comprador, e a cargo do vendedor as da tradição.
III)ERRADO
Art. 492. Até o momento da tradição, os riscos da coisa correm por conta do vendedor, e
os do preço por conta do comprador.
IV)CERTO
Art. 491. Não sendo a venda a crédito, o vendedor não é obrigado a entregar a coisa
antes de receber o preço.

5. (CESPE/2013) Dado o princípio da autonomia da vontade, é permitida a


celebração de contrato de compra e venda com cláusula que estabeleça a
estipulação do preço ao arbítrio exclusivo de uma das partes.
( ) Certo ( ) Errado

Art. 489. Nulo é o contrato de compra e venda, quando se deixa ao arbítrio exclusivo de uma das
partes a fixação do preço.

6. (FCC/2013) Paulo adquiriu uma máquina de beneficiar café, cuja descrição no


contrato de compra e venda era diferente da amostra apresentada pela empresa
vendedora por ocasião da celebração do contrato. Nesse caso, prevalecerá
a) a praxe do mercado.
b) o contrato.
c) a amostra.
d) a vontade do comprador.
e) a vontade do vendedor.

GABARITO C
Art. 484. Se a venda se realizar à vista de amostras, protótipos ou modelos, entender-se-á
que o vendedor assegura ter a coisa as qualidades que a elas correspondem.
Parágrafo único. Prevalece a amostra, o protótipo ou o modelo, se houver contradição ou
diferença com a maneira pela qual se descreveu a coisa no contrato.

7. (TJ-MA/2016) Quando o vendedor de coisa imóvel reservar-se ao direito de


recobrá- la no prazo máximo de decadência de três anos, restituindo o preço
recebido e reembolsando as despesas do comprador, estaremos diante do instituto
jurídico da:
a) Preempção.
b) Preferência.
c) Venda com Reserva de Domínio.
d) Retrovenda.

Retrovenda (ART. 505 , CC ): É cláusula pela qual o vendedor, em acordo com o


comprador fica com o direito de, em até 3 anos, recomprar o imóvel vendido.

8. (FCC/2017) O vendedor de coisa imóvel pode reservar-se o direito de recobrá-la


no prazo máximo de decadência de 3 anos, restituindo o preço recebido e
reembolsando as despesas do comprador, inclusive as que, durante o período de
resgate, se efetuaram com a sua autorização escrita, ou para a realização de
benfeitorias necessárias. No tocante às cláusulas especiais à compra e venda,
trata-se especificamente da
a) venda com reserva de domínio.
b) preempção.
c) preferência.
d) retrovenda.
e) venda a contento.

DIREITO DE RETRATO (reTRato = TRês)


# VENDEDOR PODE REAVER DO COMPRADOR FUTURAMENTE
# IMÓVEL = 3 ANOS
# CESSÍVEL E TRANSMISSÍVEL

DIREITO DE PRELAÇÃO (PRelação = PaR)


# COMPRADOR DEVE OFERECER AO VENDEDOR FUTURAMENTE
# MÓVEL = 180 DIAS ou IMÓVEL = 2 ANOS
# INCESSÍVEL E INTRANSMISSÍVEL
Em se tratando de bens imóveis.
# reTRovenda (reTRato) ---------------> prazo de TRês anos e pode ser TRansmitida.
# PReempção (PReferência)  -----------> somente dois aninhos (um PaR de anos) e é PRoibido
transmitir.

a) Art. 521. Na venda de coisa móvel, pode o vendedor reservar para si a propriedade,
até que o preço esteja integralmente pago.
b) e c) Art. 513. A preempção, ou preferência, impõe ao comprador a obrigação de oferecer ao
vendedor a coisa que aquele vai vender, ou dar em pagamento, para que este use de seu direito
de prelação na compra, tanto por tanto.
Parágrafo único. O prazo para exercer o direito de preferência não poderá exceder a cento e
oitenta dias, se a coisa for móvel, ou a dois anos, se imóvel.

d) Art. 505. O vendedor de coisa imóvel pode reservar-se o direito de recobrá-la no prazo máximo
de decadência de três anos, restituindo o preço recebido e reembolsando as despesas do
comprador, inclusive as que, durante o período de resgate, se efetuaram com a sua autorização
escrita, ou para a realização de benfeitorias necessárias.

e) Art. 509. A venda feita a contento do comprador entende-se realizada sob condição suspensiva,
ainda que a coisa lhe tenha sido entregue; e não se reputará perfeita, enquanto o adquirente não
manifestar seu agrado.Art. 510. Também a venda sujeita a prova presume-se feita sob a condição
suspensiva de que a coisa tenha as qualidades asseguradas pelo vendedor e seja idônea para o
fim a que se destina.

9. (FCC/2017) Paulo vendeu um automóvel para Pedro, reservando para si a


propriedade até que o preço esteja integralmente pago. Tal modalidade de compra e
venda denomina-se
a) venda sujeita a preferência.
b) venda a contento.
c) venda sobre documentos.
d) retrovenda.
e) venda com reserva de domínio.

a) ERRADA: “Art. 513. A preempção, ou preferência, impõe ao comprador a obrigação de


oferecer ao vendedor a coisa que aquele vai vender, ou dar em pagamento, para que este
use de seu direito de prelação na compra, tanto por tanto. Parágrafo único. O prazo para
exercer o direito de preferência não poderá exceder a cento e oitenta dias, se a coisa for
móvel, ou a dois anos, se imóvel”.

b) ERRADA: “Art. 509. A venda feita a contento do comprador entende-se realizada sob
condição suspensiva, ainda que a coisa lhe tenha sido entregue; e não se reputará
perfeita, enquanto o adquirente não manifestar seu agrado”.

c) ERRADA: “Art. 529. Na venda sobre documentos, a tradição da coisa é substituída pela
entrega do seu título representativo e dos outros documentos exigidos pelo contrato ou,
no silêncio deste, pelos usos”.

d) ERRADA: O conceito de retrovenda é muito importante. Confira: “Art. 505. O vendedor


de coisa imóvel pode reservar-se o direito de recobrá-la no prazo máximo de decadência
de três anos, restituindo o preço recebido e reembolsando as despesas do comprador,
inclusive as que, durante o período de resgate, se efetuaram com a sua autorização
escrita, ou para a realização de benfeitorias necessárias”.

e) CORRETA: A venda com reserva de domínio é disciplinada, nos seguintes termos: “Art.
521. Na venda de coisa móvel, pode o vendedor reservar para si a propriedade, até que o
preço esteja integralmente pago”. Foi exatamente o que ocorreu no caso em questão:
Paulo reservou para si a propriedade, até o pagamento integral do preço.

10. (KLC/2012) “O vendedor de coisa imóvel pode reservar-se o direito de recobrá-la


no prazo máximo de decadência de três anos, restituindo o preço recebido e
reembolsando as despesas do comprador, inclusive as que, durante o período de
resgate, se efetuaram com a sua autorização escrita, ou para a realização de
benfeitorias necessárias.” A citação acima se refere a qual cláusula especial do
contrato de compra e venda? Assinale a alternativa CORRETA:
a) retrovenda
b) perempção
c) preferência
d) venda a contento
e) venda com reserva de domínio.

Art. 505. O vendedor de coisa imóvel pode reservar-se o direito de recobrá-la no prazo máximo
de decadência de três anos, restituindo o preço recebido e reembolsando as despesas do
comprador, inclusive as que, durante o período de resgate, se efetuaram com a sua autorização
escrita, ou para a realização de benfeitorias necessárias.

11. (TJ-PB/2014) O vendedor de coisa imóvel pode reservar-se o direito de recobrá-


la no prazo máximo de decadência de três anos, restituindo o preço recebido e
reembolsando as despesas do comprador, inclusive as que, durante o período de
resgate, se efetuaram com a sua autorização escrita, ou para a realização de
benfeitorias necessárias. O dispositivo transcrito a cima refere-se a qual instituto
do direito civil?
a) Retrovenda.
b) Venda a contento
c) Venda com reserva de domínio.
d) Venda sobre documentos.

Art. 505. O vendedor de coisa imóvel pode reservar-se o direito de recobrá-la no prazo
máximo de decadência de três anos, restituindo o preço recebido e reembolsando as
despesas do comprador, inclusive as que, durante o período de resgate, se efetuaram
com a sua autorização escrita, ou para a realização de benfeitorias necessárias.

12. (FGV/2019) Marcela adquiriu seu automóvel mediante financiamento bancário.


Obrigou-se a pagar, ao Banco Z, 60 (sessenta) parcelas de R$ 300,00 (trezentos
reais), cuja obrigação foi garantida pela alienação fiduciária do automóvel. Em
razão de uma crise financeira pessoal, Marcela vendeu o carro a Carmen, quando
ainda faltavam 30 (trinta) parcelas, que seriam assumidas por Carmen. Embora as
partes não tenham estipulado a alteração do devedor junto ao Banco Z, Carmen,
por precaução, solicitou à instituição financeira a transferência do débito para si. O
pleito, contudo, foi negado, em razão de restrições creditícias que pendiam sobre
Carmen. Diante desse quadro, é correto afirmar que:
a) a venda do automóvel a Carmen é nula, cujo vício pode ser suscitado pelo Banco Z;
b) houve a assunção de dívida por Carmen perante o Banco Z, independentemente da
anuência da instituição financeira;
c) a venda se mantém sem a anuência do Banco Z, com promessa de liberação da
dívida entre Carmen e Marcela;
d) ocorreu a cessão de crédito, sendo desnecessária a anuência do Banco Z;
e) a venda é anulável, devido ao erro quanto à necessidade de anuência do Banco Z.

Gabarito é letra C. Refere-se a uma cessão de contrato por isso a promessa de liberação.
Não é assunção porque necessita da anuência do credor. A questão esclarece que entre
elas não fora combinado e que POR PRECAUÇÃO ela tentou alterar o devedor.

A) (INCORRETA) A venda não é nula (art. 104 - objeto licito, possível, determinado,
determinável, prescrito ou não defeso em lei.)
B) (INCORRETA) A assunção DEPENDE DA ANUÊNCIA. O que não depende basta a
notificação é a cessão de crédito.
C) CORRETA
D) (INCORRETA) Houve um cessão de débito já que as parcelas estavam em aberto.
E) (INCORRETA) Elas não acordaram a cessão de débito com anuência do credor. O
contrato foi de compra e venda e ela tinha conhecimento que a divida ficaria no nome de
Marcela até a transferencia (promessa). Então não há que se falar em erro de direito por
exemplo. Ela tinha ciência.

13. (FGV/2015) Caio ajuizou uma demanda buscando o ressarcimento de danos


materiais e morais advindos da perda da propriedade de dois lotes de terra urbanos
adquiridos da empresa “Da Terra Ltda.", no ano de 2004, decorrentes da evicção.
Alega Caio que, tão logo se imitiu na posse dos bens adquiridos, foi deles retirado
por credor do alienante. O credor do alienante apresentou escritura particular
demonstrando que os lotes que Caio acabara de adquirir lhe foram entregues em
dação em pagamento. Considerando os dados fornecidos, é correto afirmar que o
pedido será julgado:
a) procedente, pois é evidente o prejuízo suportado pelo Autor por força da evicção;
b) improcedente, pois competia ao Autor diligenciar junto aos cartórios distribuidores
para se certificar da inexistência de qualquer gravame sobre o bem que pretendia adquirir;
c) procedente, porque não poderia o alienante ter entregado o bem em dação em
pagamento, eis que essa forma de pagamento é própria para bens móveis;
d) improcedente, porquanto a hipótese narrada no enunciado não corresponde à
evicção;
e) improcedente, porque a cláusula que garante contra os riscos da evicção é de
natureza acidental e deve estar expressa no contrato de compra e venda.

Gabarito: Letra D.
Evicção, em linhas gerais, é a perda, total ou parcial, da coisa, decorrente de
sentença judicial ou decisão administrativa, que a atribui a terceiro em virtude de
uma causa jurídica anterior ao contrato. Art. 447 CC Nos contratos onerosos, o
alienante responde pela evicção.

Nesse instituto, temos três figuras, quais sejam: (i) o evictor (terceiro); (ii) o evicto
(adquirente); e (iii) o alienante.
Para a configuração da evicção, há de haver a presença dos seguintes requisitos:
(i) aquisição onerosa do bem; (ii) perda, total ou parcial, da propriedade ou da
posse da coisa alienada; (iii) direito anterior do evictor sobre a coisa (vício na
alienação); e (iv) decisão judicial ou ato administrativo.

É importante ressaltar que, segundo a jurisprudência do STJ, não se faz necessário


o trânsito em julgado da decisão judicial, que determina a perda da coisa adquirida,
para que o evicto (adquirente) exerça os seus direitos resultantes da evicção. Além
disso, para fins de indenização do adquirente, não se discute o elemento subjetivo
(boa ou má-fé) do alienante, pois a indenização, decorrente da evicção, encontra
fundamento no princípio da garantia.

Após essa breve introdução, e voltando ao enunciado, temos que o pleito de Caio
há de ser julgado IMPROCEDENTE, uma vez que, na hipótese narrada, não estamos
diante de um caso de evicção, pois ausente qualquer decisão judicial ou
administrativa que tenha determinado a perda dos lotes de terra.

Pelo contrário, o credor da empresa (que, in casu, seria o evictor, se configurada a


evicção) apresentou uma escritura particular que demonstrava que os imóveis
haviam lhe sido entregues em dação em pagamento (arts. 356 a 359, CC) que, como
sabemos, constitui meio/forma especial de pagamento ou espécie de pagamento
indireto, caracterizado pelo acordo de vontades entre credor e devedor, por meio do
qual o primeiro concorda em receber do segundo prestação diversa da que lhe é
devida, exonerando-o da dívida, não havendo óbice, inclusive, de se ter por
caracterizada a evicção na dação em pagamento, porquanto presente a onerosidade
.

Por outro lado, não há se falar que Caio não poderia pleitear o ressarcimento de
danos morais e materiais advindos da perda da propriedade dos imóveis, mas o
fundamento, nesse caso, não poderia ser a evicção, pois ausente, como já vimos,
um dos requisitos do instituto.

Logo, a assertiva D é o nosso gabarito!

a) procedente, pois é evidente o prejuízo suportado pelo Autor por força da


evicção;
ERRADA. Não se tem por configurada a evicção, pois, à luz das informações
constantes do enunciado, a perda da propriedade não adveio de sentença judicial
ou decisão administrativa, mas sim de um instrumento particular atestando a
entrega dos lotes, em dação em pagamento, a terceiro.
b) improcedente, pois competia ao Autor diligenciar junto aos cartórios
distribuidores para se certificar da inexistência de qualquer gravame sobre o bem
que pretendia adquirir;
ERRADA. A improcedência decorre da não caracterização da evicção, fundamento
jurídico invocado por Caio na sua ação indenizatória. Além disso, não há
informação de que a escritura fora levada a registro no RGI, dando azo à
possibilidade de ser um instrumento firmado apenas entre as partes contratantes,
sem eficácia perante terceiros, o que tornaria inócua qualquer diligência perante as
serventias extrajudiciais levada a efeito por Caio.
c) procedente, porque não poderia o alienante ter entregado o bem em dação em
pagamento, eis que essa forma de pagamento é própria para bens móveis;
ERRADA. A dação em pagamento pode se dar tanto em relação a bens móveis
quanto imóveis.
d) improcedente, porquanto a hipótese narrada no enunciado não corresponde à
evicção;
CORRETA. Conforme comentários acima.

e) improcedente, porque a cláusula que garante contra os riscos da evicção é de


natureza acidental e deve estar expressa no contrato de compra e venda.
ERRADA. A evicção constitui garantia legal, cuja produção de efeitos independe de
previsão contratual.

Trata-se de cláusula de garantia que opera de pleno direito, não necessitando, pois,
de estipulação expressa, sendo ínsita nos contratos comutativos onerosos, como
os de compra e venda, permuta, parceria pecuária, sociedade, transação, bem como
na dação em pagamento e na partilha do acervo hereditário. Inexiste, destarte, em
regra, responsabilidade pela evicção nos contratos gratuitos (CC, art. 552), salvo se
se tratar de doação modal (onerosa ou gravada de encargo).

14. (CESPE/2019) Tendo como referência as disposições do Código Civil a respeito


de sucessão provisória, perdas e danos e venda com reserva de domínio, julgue o
item subsecutivo.  Cláusula de reserva de domínio em contrato de compra e venda
só terá validade contra terceiros se estiver estabelecida por escrito e registrada no
domicílio do comprador.
( ) Certo ( ) ErradoGabarito: CERTO.

A cláusula de reserva de domínio estabelece condição suspensiva pela qual o


vendedor mantém a propriedade do bem móvel até que seja integralmente pago o
preço pelo comprador, nos termos do artigo 521 do CC:
Art. 521. Na venda de coisa móvel, pode o vendedor reservar para si a propriedade,
até que o preço esteja integralmente pago.

Para a validade contra terceiros deve, de fato, ser estipulada por escrito e
registrada no domicílio do comprador, conforme prevê o artigo 522 do CC:
Art. 522. A cláusula de reserva de domínio será estipulada por escrito e depende de
registro no domicílio do comprador para valer contra terceiros.

15. (CESPE/2019) Com base nas disposições do Código Civil acerca de contratos,
julgue o item subsequente. 
O vendedor de coisa imóvel poderá inserir cláusula de retrovenda no contrato de
compra e venda, para reservar a si o direito de recobrar a coisa em até cinco anos,
bastando para a consumação da retrovenda a restituição do valor recebido.
( ) Certo ( ) Errado

Art. 505. O vendedor de coisa imóvel pode reservar-se o direito de recobrá-la no


prazo máximo de decadência de três anos, restituindo o preço recebido e
reembolsando as despesas do comprador, inclusive as que, durante o período de
resgate, se efetuaram com a sua autorização escrita, ou para a realização de
benfeitorias necessárias.
16. (CESPE/2019) Na venda de coisa móvel com reserva de domínio, a transferência
da propriedade ao comprador ocorre 
a) a qualquer tempo, não respondendo o comprador pelos riscos da coisa a partir de
quando esta lhe for entregue.
b) com o pagamento integral do preço, não respondendo o comprador pelos riscos da
coisa a partir de quando esta lhe for entregue.
c) com o pagamento integral do preço, respondendo o comprador pelos riscos da coisa
a partir de quando esta lhe for entregue.
d) a qualquer tempo, respondendo o comprador pelos riscos da coisa a partir de quando
esta lhe for entregue.

Art. 524. A transferência de propriedade ao comprador dá-se no momento em que o


preço esteja integralmente pago. Todavia, pelos riscos da coisa responde o
comprador, a partir de quando lhe foi entregue.

Gabarito: LETRA C
A Reserva de Domínio é uma das cláusulas que poderá ser inserida no contrato de
compra e venda de bem MÓVEL, de modo a alterar a regra de que a propriedade é
transferida pela tradição. Diante dessa cláusula, a transferência ficará SUSPENSA até
que ocorra o INTEGRAL PAGAMENTO.

O Código Civil, sobre o assunto, apresenta os seguintes dispositivos:


Art. 521. Na venda de coisa móvel, pode o vendedor reservar para si a propriedade,
até que o preço esteja integralmente pago.
Art. 522. A cláusula de reserva de domínio será estipulada por escrito e
depende de registro no domicílio do comprador para valer contra
terceiros.
Art. 523. Não pode ser objeto de venda com reserva de domínio a coisa
insuscetível de caracterização perfeita, para estremá-la de outras
congêneres. Na dúvida, decide-se a favor do terceiro adquirente de boa-
fé.
Art. 524. A transferência de propriedade ao comprador dá-se no
momento em que o preço esteja integralmente pago. Todavia, pelos
riscos da coisa responde o comprador, a partir de quando lhe foi
entregue.
Art. 525. O vendedor somente poderá executar a cláusula de reserva de
domínio após constituir o comprador em mora, mediante protesto do
título ou interpelação judicial.
Art. 526.Verificada a mora do comprador, poderá o vendedor mover contra
ele a competente ação de cobrança das prestações vencidas e
vincendas e o mais que lhe for devido; ou poderá recuperar a posse da
coisa vendida.
Art. 527. Na segunda hipótese do artigo antecedente, é facultado ao
vendedor reter as prestações pagas até o necessário para cobrir a
depreciação da coisa, as despesas feitas e o mais que de direito lhe for
devido. O excedente será devolvido ao comprador; e o que faltar lhe
será cobrado, tudo na forma da lei processual.
Art. 528. Se o vendedor receber o pagamento à vista, ou,
posteriormente, mediante financiamento de instituição do mercado de
capitais, a esta caberá exercer os direitos e ações decorrentes do
contrato, a benefício de qualquer outro. A operação financeira e a
respectiva ciência do comprador constarão do registro do contrato.

17. (CESPE/2019) O pacto de retrovenda é uma das modalidades de compra e venda


mercantis previstas no Código Civil e tem como principal característica a reserva ao
vendedor do direito de, em determinado prazo, recobrar o imóvel que tenha
vendido.  A respeito dessa modalidade contratual, a legislação vigente dispõe que
a) não existe a possibilidade de cessão do direito de retrovenda.
b) a cláusula somente será válida, sendo dois ou mais os beneficiários da retrovenda,
se todos exercerem conjuntamente o pedido de retrato.
c) somente as benfeitorias necessárias serão restituídas, além do valor integral
recebido pela venda.
d) o vendedor, em caso de recusa do comprador em receber a quantia a que faz jus,
depositará o valor judicialmente para exercer o direito de resgate.
e) o prazo máximo para o exercício do direito da retrovenda é de cinco anos.

Sobre a cláusula de retrovenda, vamos ler (sim, vamos ler! nada de pular essa parte!)
trecho da obra de Tartuce (vou destacar e usar cores, pra facilitar):
Constitui um pacto inserido no y e venda pelo qual o vendedor reserva-se o direito de
reaver o imóvel que está sendo alienado, dentro de certo prazo (3 anos), restituindo o
preço e reembolsando todas as despesas feitas pelo comprador no período de resgate,
desde que previamente ajustadas (art. 505 do CC). Tais despesas incluem as benfeitorias
necessárias.
Na verdade, essa cláusula especial confere ao vendedor o direito de desfazer a venda,
reavendo de volta o bem alienado dentro do prazo máximo de três anos (prazo
decadencial). Deve ficar claro que a cláusula de retrovenda (pactum de retrovendendo ou
cláusula de resgate) somente é admissível nas vendas de bens imóveis.
(...) percebe-se que a cláusula tem o condão de tornar a compra e venda resolúvel. Assim
sendo, tecnicamente, trata-se de cláusula resolutiva expressa, porque enseja ao vendedor
a possibilidade de desfazer a venda, operando-se o resgate do bem e a consequente
extinção do contrato, reconduzindo as partes ao estado anterior. Em outras palavras, a
propriedade do comprador, até o prazo de três anos, é resolúvel.

Se o comprador se recusar a receber as quantias a que faz jus, o vendedor, para exercer
o direito de resgate, as depositará judicialmente (art. 506 do CC). O dispositivo possibilita
o ingresso da ação de resgate, de rito ordinário (CPC/1973) ou procedimento comum
(CPC/2015), pela qual o vendedor obtém o domínio do imóvel a seu favor, tendo a
demanda eficácia erga omnes, diante do caráter real do instituto. Essa ação é constitutiva
positiva, o que justifica o prazo decadencial de três anos.

Já prevendo que vc pulou a parte de cima, seguem os principais pontos:


A cláusula de retrovenda permite que o vendedor retome o bem que alienou, restituindo o
preço e reembolsando todas as despesas feitas pelo comprador durante o respectivo
período, além das benfeitorias necessárias
Somente é admissível para bens IMÓVEIS
O direito poderá ser exercido no prazo DECADENCIAL de 3 anos (prazo improrrogável)
Se o comprador se recusar a receber o valor, o vendedor, para exercer o seu direito,
efetuará o depósito judicial

Vamos às alternativas:

a) não existe a possibilidade de cessão do direito de retrovenda.


ERRADO. Conforme disposto no Código Civil:
Art. 507. O direito de retrato, que é cessível e transmissível a herdeiros e legatários,
poderá ser exercido contra o terceiro adquirente.

b) a cláusula somente será válida, sendo dois ou mais os beneficiários da retrovenda, se


todos exercerem conjuntamente o pedido de retrato.
ERRADO. Conforme disposto no Código Civil:
Art. 508. Se a duas ou mais pessoas couber o direito de retrato sobre o mesmo imóvel, e
só uma o exercer, poderá o comprador intimar as outras para nele acordarem,
prevalecendo o pacto em favor de quem haja efetuado o depósito, contanto que seja
integral

c) somente as benfeitorias necessárias serão restituídas, além do valor integral recebido


pela venda.
ERRADO. Conforme disposto no Código Civil:
Art. 505. O vendedor de coisa imóvel pode reservar-se o direito de recobrá-la no prazo
máximo de decadência de três anos, restituindo o preço recebido e reembolsando as
despesas do comprador, inclusive as que, durante o período de resgate, se efetuaram
com a sua autorização escrita, ou para a realização de benfeitorias necessárias.

d) o vendedor, em caso de recusa do comprador em receber a quantia a que faz jus,


depositará o valor judicialmente para exercer o direito de resgate.
CERTO. Conforme disposto no Código Civil:
Art. 506. Se o comprador se recusar a receber as quantias a que faz jus, o vendedor, para
exercer o direito de resgate, as depositará judicialmente.

e) o prazo máximo para o exercício do direito da retrovenda é de cinco anos


ERRADO. Conforme disposto no Código Civil:
Art. 505. O vendedor de coisa imóvel pode reservar-se o direito de recobrá-la no prazo
máximo de decadência de três anos, restituindo o preço recebido e reembolsando as
despesas do comprador, inclusive as que, durante o período de resgate, se efetuaram
com a sua autorização escrita, ou para a realização de benfeitorias necessárias.

18. (CESPE/2017) O direito que o vendedor de um imóvel guarda de reavê-lo, no


prazo máximo previsto no Código Civil, restituindo ao comprador o valor recebido e
reembolsando-lhe as despesas — entre elas, as que se efetuaram mediante
autorização escrita do proprietário bem como aquelas destinadas à realização de
benfeitorias necessárias —, constitui a
a) venda a contento.
b) resolução potestativa.
c) retrovenda.
d) preempção.
e) reserva de domínio.

Gabarito: Letra C
O direito que o vendedor de um imóvel guarda de reavê-lo, no prazo máximo previsto no
Código Civil, restituindo ao comprador o valor recebido e reembolsando-lhe as despesas
— entre elas, as que se efetuaram mediante autorização escrita do proprietário bem como
aquelas destinadas à realização de benfeitorias necessárias —, constitui a

a) venda a contento.
ERRADA. A venda a contento (também chamada de ad gustum ou sujeita à prova)
encontra previsão nos arts. 509 a 512, CC e constitui cláusula especial do contrato de
compra e venda na qual a venda é realizada sob condição suspensiva, ainda que o bem
tenha sido entregue ao comprador, só aperfeiçoando-se quando este último manifesta sua
satisfação/agrado.

b) resolução potestativa.
ERRADA. A resolução potestativa é instituto não previsto no direito brasileiro, mas sim no
direito português, não sendo oportuno trazer seu conceito.

c) retrovenda.
CORRETA. É isso mesmo! Na retrovenda (arts. 505-508, CC), o vendedor reserva-se o
direito de reaver o bem imóvel, objeto da alienação, dentro de determinado prazo
decadencial (máximo de 3 anos), restituindo o preço e reembolsando todas despesas
efetuadas pelo comprador no período de resgate, desde que ajustadas previamente,
incluídas aquelas decorrentes da realização de benfeitorias necessárias.

d) preempção.
ERRADA. A preempção (arts. 513-520, CC), também conhecida como cláusula de
preferência ou prelação convencional, é aquela em que o comprador fica obrigado, na
hipótese de alienação (venda) futura, a oferecer o bem, móvel (prazo de 180 dias) ou
imóvel (prazo de 2 anos), àquele que lhe vendeu, notificando-o, judicial ou
extrajudicialmente, para que exerça o seu direito de prelação em igualdades de
condições, devendo se manifestar, caso não haja outro prazo convencionado pelas
partes, em 3 dias, se for bem móvel, ou 60 dias, no caso de bem imóvel, subsequentes à
notificação (Cf. TARTUCE, Flávio. Manual de direito civil: volume único. São Paulo:
Método, 2011, p. 594).

e) reserva de domínio.
ERRADA. Na reserva de domínio (arts. 521 a 528, CC), também chamada de pactum
reservati dominii, o vendedor de coisa móvel infungível mantém-se no domínio do bem até
que o preço seja pago integralmente pelo comprador, que terá a posse direta do bem.

19. (FCC/2014) Marcia celebrará contrato de compra e venda de imóvel com Isaías
possuindo a intenção de estipular cláusula especial de retrovenda. No tocante à
retrovenda, Márcia.
a) terá que respeitar o prazo decadencial máximo de dois anos previsto no Código Civil
brasileiro.
b) terá que respeitar o prazo prescricional máximo de doze meses previsto no Código
Civil brasileiro.
c) poderá estipular qualquer prazo uma vez que o Código Civil brasileiro não limita o
tempo para o exercício da retomada do imóvel.
d) terá que respeitar o prazo decadencial máximo de três anos previsto no Código Civil
brasileiro.
e) poderá estipular prazo não superior a cinco anos, sendo que este prazo, em casos
excepcionais, poderá ser aumentado conjuntamente pelas partes.

Art. 505 CC. O vendedor de coisa imóvel pode reservar-se o direito de recobrá-la no prazo máximo
de decadência de três anos, restituindo o preço recebido e reembolsando as despesas do
comprador, inclusive as que, durante o período de resgate, se efetuaram com a sua autorização
escrita, ou para a realização de benfeitorias necessárias.

20. (FCC/2006) Na retrovenda, o vendedor de coisa imóvel pode reservarse o direito


de recobrá-la no prazo máximo de decadência de
a) dois anos, restituindo o preço recebido acrescido em 50% e reembolsando as
despesas do comprador.
b) três anos, restituindo o preço recebido acrescido em 50% e reembolsando as
despesas do comprador.
c) três anos, restituindo o preço recebido e reembolsando as despesas do comprador.
d) cinco anos, restituindo o preço recebido e reembolsando as despesas do comprador.
e) cinco anos, restituindo o preço recebido acrescido em 50% e reembolsando as
despesas do comprador.

letra D - Retrovenda

Venda com reserva de domínio - O vendedor reserva para si a propriedade do bem até que o
mesmo esteja integralmente pago;

Preempção - O vendedor tem a preferência na compra caso o comprador queira vender o bem;

Preferência - é o mesmo que preempção

Retrovenda - Fica acordado que o vendedor irá recomprar o bem, no prazo decadencial de três
anos, pelo memso preço ou outro valor acordado;

Venda a contento - O comprador pode devolver o bem e não efetivar a compra caso não goste da
coisa adquirida

Art. 505 CC. O vendedor de coisa imóvel pode reservar-se o direito de recobrá-la no prazo máximo
de decadência de três anos, restituindo o preço recebido e reembolsando as despesas do
comprador, inclusive as que, durante o período de resgate, se efetuaram com a sua autorização
escrita, ou para a realização de benfeitorias necessárias.

21. COMPRA E VENDA DE COISA FUTURA (SOJA). TEORIA DA IMPREVISÃO.


ONEROSIDADE EXCESSIVA.INAPLICABILIDADE.
1. Contratos empresariais não devem ser tratados da mesma forma que contratos
cíveis em geral ou contratos de consumo. Nestes admite-seo dirigismo contratual.
Naqueles devem prevalecer os princípios da autonomia da vontade e da força
obrigatória das avenças.
2. Direito Civil e Direito Empresarial, ainda que ramos do Direito Privado,
submetem-se a regras e princípios próprios. O fato de oCódigo Civil de 2002 ter
submetido os contratos cíveis eempresariais às mesmas regras gerais não significa
que estescontratos sejam essencialmente iguais.
3. O caso dos autos tem peculiaridades que impedem a aplicação da teoria da
imprevisão, de que trata o art. 478 do CC/2002 :
(i) oscontratos em discussão não são de execução continuada ou diferida,mas
contratos de compra e venda de coisa futura, a preço fixo,
(ii) a alta do preço da soja não tornou a prestação de uma das
partesexcessivamente onerosa, mas apenas reduziu o lucro esperado peloprodutor
rural e
(iii) a variação cambial que alterou a cotação dasoja não configurou um
acontecimento extraordinário e imprevisível,porque ambas as partes contratantes
conhecem o mercado em que atuam,pois são profissionais do ramo e sabem que
tais flutuações sãopossíveis.5. Recurso especial conhecido e provido.
(STJ Recurso Especial 936741 GO 2007/00658526 (STJ) Data da publicação:
03/03/2012. Acerca da jurisprudência acima responda:

a) Contrato de compra e venda pode ter como objeto coisa futura? Cite exemplos e
caso a coisa futura não venha a existir, quem responderá por esse infortúnio.
O Código Civil em seu art. 483 admite que a compra e venda tenha
por objeto coisas atuais ou futuras.
Por coisa atual entende-se o objeto existente e disponível, ao tempo da celebração do negócio; a
coisa futura, por sua vez, é aquela que, posto ainda não tenha existência real, é de potencial
ocorrência. Imagine-se, por exemplo, a compra de uma safra de cacau que ainda não foi plantada.
Em tal caso, o contrato ficará sem efeito se a coisa não vier a existir, consoante previsto no mesmo
dispositivo, ressalvada a hipótese de as partes terem pretendido pactuar contrato aleatório

b) Quais os princípios presentes na jurisprudência. Justifique.


Principios da autonomia da vontade.
Principio da força obrigatoria das avenças.
Principios da boa-fé objetiva.
Principio do equilibrio economico. (cc 421 e 422)
Principio da funçao social do contrato

c) No contrato de compra e venda que arca com as despesas do contrato e da


tradição?
A resposta é encontrada no art. 490 do Código Civil:
Art. 490. Salvo cláusula em contrário, ficarão as despesas de escritura e
registro a cargo do comprador, e a cargo do vendedor as da tradição
AULA 4 REVISÃO P1

1. (FGV/2019) Por meio de instrumento particular, Ruth prometeu vender a Juliana


imóvel no valor total de R$ 120.000,00 (cento e vinte mil reais). Ajustaram, ainda,
que o respectivo instrumento público de compra e venda seria assinado após o
pagamento total do preço. Com o recebimento integral do valor ajustado, Ruth, que
estava prestes a mudar de cidade, outorga, por instrumento público, poderes para
Juliana representá-la, em causa própria, na compra e venda definitiva. Contudo,
minutos após entregar o instrumento de procuração a Juliana, Ruth falece em
acidente automobilístico. Diante dessa situação, é correto afirmar que: 
a) a compra e venda não pode ser celebrada, ante a invalidade da promessa anterior,
que não observou a forma pública;
b) os negócios jurídicos são válidos e eficazes, e Juliana poderá subscrever o
instrumento definitivo, representando Ruth; 
c) a procuração assinada por Ruth tornou-se ineficaz com o seu falecimento; 
d) caso Juliana subscreva a escritura de compra e venda, os herdeiros de Ruth
poderão buscar a sua anulabilidade;
e) os poderes conferidos a Juliana são inexistentes, pois o direito brasileiro não admite
o denominado “autocontrato”.
Gabarito: Letra B.

Diante dessa situação, é correto afirmar que:


a) a compra e venda não pode ser celebrada, ante a invalidade da promessa anterior,
que não observou a forma pública; INCORRETA.
A promessa de compra e venda pode ser feita por instrumento particular, conforme prevê
o artigo 1.417 do CC:
Art. 1.417. Mediante promessa de compra e venda, em que se não pactuou
arrependimento, celebrada por instrumento público ou particular, e registrada no Cartório
de Registro de Imóveis, adquire o promitente comprador direito real à aquisição do imóvel.

b) os negócios jurídicos são válidos e eficazes, e Juliana poderá subscrever o


instrumento definitivo, representando Ruth; CORRETA.
A outorga de poderes de Ruth a Juliana configurou mandato em causa própria, pelo qual
o mandante outorga poderes para que o mandatário atue em benefício de si mesmo,
previsto no artigo 685 do CC, que não se extingue pela morte de qualquer das partes:
Art. 685. Conferido o mandato com a cláusula "em causa própria", a sua revogação não
terá eficácia, nem se extinguirá pela morte de qualquer das partes, ficando o mandatário
dispensado de prestar contas, e podendo transferir para si os bens móveis ou imóveis
objeto do mandato, obedecidas as formalidades legais.
Portanto, os negócios são válidos e eficazes e Juliana, munida de poderes, poderá
subscrever o instrumento definitivo.

c) a procuração assinada por Ruth tornou-se ineficaz com o seu falecimento;


INCORRETA.
O mandato em causa própria é irrevogável e não se extingue pela morte das partes (vide
comentário da letra "b").

d) caso Juliana subscreva a escritura de compra e venda, os herdeiros de Ruth poderão


buscar a sua anulabilidade; INCORRETA.
A subscrição da escritura é válida, nos termos do artigo 685 do CC, não havendo que se
falar em anulabilidade (vide comentário da letra "b").
e) os poderes conferidos a Juliana são inexistentes, pois o direito brasileiro não admite o
denominado “autocontrato”. INCORRETA.
O direito brasileiro admite o chamado "autocontrato" (ou contrato consigo mesmo)
excepcionalmente, quando a lei ou o representado permitir, nos termos do artigo 117 do
CC:
Art. 117. Salvo se o permitir a lei ou o representado, é anulável o negócio jurídico que o
representante, no seu interesse ou por conta de outrem, celebrar consigo mesmo.
Parágrafo único. Para esse efeito, tem-se como celebrado pelo representante o negócio
realizado por aquele em quem os poderes houverem sido subestabelecidos.

2. (OBJETIVA/2015) Assinalar a alternativa CORRETA: 


a) Não é causa de nulidade a compra, por leiloeiro, de bem cuja venda ele esteja
encarregado.
b) Não é causa de nulidade a compra, por servidor público, de bem da pessoa jurídica
a que servir, desde que mediante hasta pública.
c) A compra, por descendente, de bem do ascendente, exige o aceite dos demais
descendentes.
d) É causa de nulidade a compra, pelo cônjuge, de bem excluído da comunhão.
e) A venda de bem de ascendente a seu descendente é sempre anulável se não houver
consentimento do cônjuge, independente do regime de bens.

A)ERRADO
Art. 497. Sob pena de nulidade, não podem ser comprados, ainda que em hasta pública:
IV - pelos leiloeiros e seus prepostos, os bens de cuja venda estejam encarregados.
B)ERRADO
Art. 497. Sob pena de nulidade, não podem ser comprados, ainda que em hasta pública:
II - pelos servidores públicos, em geral, os bens ou direitos da pessoa jurídica a que
servirem, ou que estejam sob sua administração direta ou indireta;
C)CERTO
Art. 496. É anulável a venda de ascendente a descendente, salvo se os outros
descendentes e o cônjuge do alienante expressamente houverem consentido.
D)ERRADO
Art. 499. É LÍCITA a compra e venda entre cônjuges, com relação a bens excluídos da
comunhão.
E)ERRADO
Art. 496. É anulável a venda de ascendente a descendente, salvo se os outros
descendentes e o cônjuge do alienante expressamente houverem consentido.
Parágrafo único. Em ambos os casos, dispensa-se o consentimento do cônjuge se o
regime de bens for o da separação obrigatória.

3. (FCC/2014) Considere uma venda realizada à vista de amostras, protótipos ou


modelos. Neste caso, de acordo com o Código Civil brasileiro, em regra, a referida
venda é
a) amparada pela legislação sendo que, se houver contradição ou diferença com a
maneira pela qual se descreveu a coisa no contrato de compra e venda, prevalecerá a
amostra, o protótipo ou o modelo.
b) vedada em razão da proibição da celebração de contrato de compra e venda com base
em amostras, protótipos ou modelos.
c) amparada pela legislação sendo que, se houver contradição ou diferença com a
maneira pela qual se descreveu a coisa no contrato de compra e venda, prevalecerá o
contrato celebrado entre as partes.
d) vedada se a celebração do contrato for realizada entre pessoas físicas.
e) amparada pela legislação sob a condição de que as amostras, protótipos ou modelos
tenham sido aprovados pelos órgãos de fiscalização administrativa, bem como façam
parte integrantes do contrato de compra e venda, independentemente de descrição da
coisa.

Art. 484. Se a venda se realizar à vista de amostras, protótipos ou modelos, entender-se-á


que o vendedor assegura ter a coisa as qualidades que a elas correspondem."
Interpretando o dispositivo, Maria Helena Diniz leciona que "se a coisa foi vendida
mediante amostra, protótipo ou modelo, por não ter sido entregue nas condições
prometidas, o comprador poderá recusá-la no ato do recebimento, pois se entende que o
vendedor garante que possui as qualidades correspondentes ao modelos, amostra ou
protótipo apresentado. O adquirente, então, poderá pedir em juízo a competente vistoria,
em que se baseará a ação de rescisão do contrato, com indenização das perdas e danos.
Se houver contradição ou diferença com o modo pelo qual se descreveu a coisa no
negócio jurídico, a amostra, protótipo ou modelo prevalecerá e o vendedor deverá
entregar objeto da mesma qualidade do que originalmente apresentou.
Assim, tem-se que a venda realizada à vista de amostras, protótipos ou modelos é
amparada pela legislação sendo que, se houver contradição ou diferença com a maneira
pela qual se descreveu a coisa no contrato de compra e venda, prevalecerá a amostra, o
protótipo ou o modelo.

4. (FCC/2014) Considere as afirmativas relativas à compra e venda:


I. Nulo é o contrato de compra e venda, quando se deixa ao arbítrio exclusivo de uma das
partes, a fixação do preço.
II. Salvo cláusula em contrário, ficarão as despesas de escritura e registro a cargo do
vendedor, e a cargo do comprador as da tradição.
III. Até o momento da tradição, os riscos da coisa correm por conta do comprador, e os do
preço por conta do vendedor.
IV. Não sendo a venda a crédito, o vendedor não é obrigado a entregar a coisa antes de
receber o preço.
Está correto o que consta em
a) III e IV, apenas.
b) I, II, III e IV.
c) I e IV, apenas.
d) II e III, apenas.
e) I e II, apenas.

I)CERTO
Art. 489. Nulo é o contrato de compra e venda, quando se deixa ao arbítrio exclusivo de
uma das partes a fixação do preço.
II)ERRADO
Art. 490. Salvo cláusula em contrário, ficarão as despesas de escritura e registro a cargo
do comprador, e a cargo do vendedor as da tradição.
III)ERRADO
Art. 492. Até o momento da tradição, os riscos da coisa correm por conta do vendedor, e
os do preço por conta do comprador.
IV)CERTO
Art. 491. Não sendo a venda a crédito, o vendedor não é obrigado a entregar a coisa
antes de receber o preço.

5. (CESPE/2013) Dado o princípio da autonomia da vontade, é permitida a


celebração de contrato de compra e venda com cláusula que estabeleça a
estipulação do preço ao arbítrio exclusivo de uma das partes.
( ) Certo ( ) Errado

Art. 489. Nulo é o contrato de compra e venda, quando se deixa ao arbítrio exclusivo de uma das
partes a fixação do preço.

6. (FCC/2013) Paulo adquiriu uma máquina de beneficiar café, cuja descrição no


contrato de compra e venda era diferente da amostra apresentada pela empresa
vendedora por ocasião da celebração do contrato. Nesse caso, prevalecerá
a) a praxe do mercado.
b) o contrato.
c) a amostra.
d) a vontade do comprador.
e) a vontade do vendedor.

GABARITO C
Art. 484. Se a venda se realizar à vista de amostras, protótipos ou modelos, entender-se-á
que o vendedor assegura ter a coisa as qualidades que a elas correspondem.
Parágrafo único. Prevalece a amostra, o protótipo ou o modelo, se houver contradição ou
diferença com a maneira pela qual se descreveu a coisa no contrato.

7. (TJ-MA/2016) Quando o vendedor de coisa imóvel reservar-se ao direito de


recobrá- la no prazo máximo de decadência de três anos, restituindo o preço
recebido e reembolsando as despesas do comprador, estaremos diante do instituto
jurídico da:
a) Preempção.
b) Preferência.
c) Venda com Reserva de Domínio.
d) Retrovenda.

Retrovenda (ART. 505 , CC ): É cláusula pela qual o vendedor, em acordo com o


comprador fica com o direito de, em até 3 anos, recomprar o imóvel vendido.

8. (FCC/2017) O vendedor de coisa imóvel pode reservar-se o direito de recobrá-la


no prazo máximo de decadência de 3 anos, restituindo o preço recebido e
reembolsando as despesas do comprador, inclusive as que, durante o período de
resgate, se efetuaram com a sua autorização escrita, ou para a realização de
benfeitorias necessárias. No tocante às cláusulas especiais à compra e venda,
trata-se especificamente da
a) venda com reserva de domínio.
b) preempção.
c) preferência.
d) retrovenda.
e) venda a contento.

DIREITO DE RETRATO (reTRato = TRês)


# VENDEDOR PODE REAVER DO COMPRADOR FUTURAMENTE
# IMÓVEL = 3 ANOS
# CESSÍVEL E TRANSMISSÍVEL

DIREITO DE PRELAÇÃO (PRelação = PaR)


# COMPRADOR DEVE OFERECER AO VENDEDOR FUTURAMENTE
# MÓVEL = 180 DIAS ou IMÓVEL = 2 ANOS
# INCESSÍVEL E INTRANSMISSÍVEL
Em se tratando de bens imóveis.
# reTRovenda (reTRato) ---------------> prazo de TRês anos e pode ser TRansmitida.
# PReempção (PReferência)  -----------> somente dois aninhos (um PaR de anos) e é PRoibido
transmitir.

a) Art. 521. Na venda de coisa móvel, pode o vendedor reservar para si a propriedade,
até que o preço esteja integralmente pago.

b) e c) Art. 513. A preempção, ou preferência, impõe ao comprador a obrigação de oferecer ao


vendedor a coisa que aquele vai vender, ou dar em pagamento, para que este use de seu direito
de prelação na compra, tanto por tanto.
Parágrafo único. O prazo para exercer o direito de preferência não poderá exceder a cento e
oitenta dias, se a coisa for móvel, ou a dois anos, se imóvel.

d) Art. 505. O vendedor de coisa imóvel pode reservar-se o direito de recobrá-la no prazo máximo
de decadência de três anos, restituindo o preço recebido e reembolsando as despesas do
comprador, inclusive as que, durante o período de resgate, se efetuaram com a sua autorização
escrita, ou para a realização de benfeitorias necessárias.

e) Art. 509. A venda feita a contento do comprador entende-se realizada sob condição suspensiva,
ainda que a coisa lhe tenha sido entregue; e não se reputará perfeita, enquanto o adquirente não
manifestar seu agrado.Art. 510. Também a venda sujeita a prova presume-se feita sob a condição
suspensiva de que a coisa tenha as qualidades asseguradas pelo vendedor e seja idônea para o
fim a que se destina.

9. (FCC/2017) Paulo vendeu um automóvel para Pedro, reservando para si a


propriedade até que o preço esteja integralmente pago. Tal modalidade de compra e
venda denomina-se
a) venda sujeita a preferência.
b) venda a contento.
c) venda sobre documentos.
d) retrovenda.
e) venda com reserva de domínio.
a) ERRADA: “Art. 513. A preempção, ou preferência, impõe ao comprador a obrigação de
oferecer ao vendedor a coisa que aquele vai vender, ou dar em pagamento, para que este
use de seu direito de prelação na compra, tanto por tanto. Parágrafo único. O prazo para
exercer o direito de preferência não poderá exceder a cento e oitenta dias, se a coisa for
móvel, ou a dois anos, se imóvel”.

b) ERRADA: “Art. 509. A venda feita a contento do comprador entende-se realizada sob
condição suspensiva, ainda que a coisa lhe tenha sido entregue; e não se reputará
perfeita, enquanto o adquirente não manifestar seu agrado”.

c) ERRADA: “Art. 529. Na venda sobre documentos, a tradição da coisa é substituída pela
entrega do seu título representativo e dos outros documentos exigidos pelo contrato ou,
no silêncio deste, pelos usos”.

d) ERRADA: O conceito de retrovenda é muito importante. Confira: “Art. 505. O vendedor


de coisa imóvel pode reservar-se o direito de recobrá-la no prazo máximo de decadência
de três anos, restituindo o preço recebido e reembolsando as despesas do comprador,
inclusive as que, durante o período de resgate, se efetuaram com a sua autorização
escrita, ou para a realização de benfeitorias necessárias”.

e) CORRETA: A venda com reserva de domínio é disciplinada, nos seguintes termos: “Art.
521. Na venda de coisa móvel, pode o vendedor reservar para si a propriedade, até que o
preço esteja integralmente pago”. Foi exatamente o que ocorreu no caso em questão:
Paulo reservou para si a propriedade, até o pagamento integral do preço.

10. (KLC/2012) “O vendedor de coisa imóvel pode reservar-se o direito de recobrá-la


no prazo máximo de decadência de três anos, restituindo o preço recebido e
reembolsando as despesas do comprador, inclusive as que, durante o período de
resgate, se efetuaram com a sua autorização escrita, ou para a realização de
benfeitorias necessárias.” A citação acima se refere a qual cláusula especial do
contrato de compra e venda? Assinale a alternativa CORRETA:
a) retrovenda
b) perempção
c) preferência
d) venda a contento
e) venda com reserva de domínio.

Art. 505. O vendedor de coisa imóvel pode reservar-se o direito de recobrá-la no prazo máximo
de decadência de três anos, restituindo o preço recebido e reembolsando as despesas do
comprador, inclusive as que, durante o período de resgate, se efetuaram com a sua autorização
escrita, ou para a realização de benfeitorias necessárias.

11. (TJ-PB/2014) O vendedor de coisa imóvel pode reservar-se o direito de recobrá-


la no prazo máximo de decadência de três anos, restituindo o preço recebido e
reembolsando as despesas do comprador, inclusive as que, durante o período de
resgate, se efetuaram com a sua autorização escrita, ou para a realização de
benfeitorias necessárias. O dispositivo transcrito a cima refere-se a qual instituto
do direito civil?
a) Retrovenda.
b) Venda a contento
c) Venda com reserva de domínio.
d) Venda sobre documentos.

Art. 505. O vendedor de coisa imóvel pode reservar-se o direito de recobrá-la no prazo
máximo de decadência de três anos, restituindo o preço recebido e reembolsando as
despesas do comprador, inclusive as que, durante o período de resgate, se efetuaram
com a sua autorização escrita, ou para a realização de benfeitorias necessárias.

12. (FGV/2019) Marcela adquiriu seu automóvel mediante financiamento bancário.


Obrigou-se a pagar, ao Banco Z, 60 (sessenta) parcelas de R$ 300,00 (trezentos
reais), cuja obrigação foi garantida pela alienação fiduciária do automóvel. Em
razão de uma crise financeira pessoal, Marcela vendeu o carro a Carmen, quando
ainda faltavam 30 (trinta) parcelas, que seriam assumidas por Carmen. Embora as
partes não tenham estipulado a alteração do devedor junto ao Banco Z, Carmen,
por precaução, solicitou à instituição financeira a transferência do débito para si. O
pleito, contudo, foi negado, em razão de restrições creditícias que pendiam sobre
Carmen. Diante desse quadro, é correto afirmar que:
a) a venda do automóvel a Carmen é nula, cujo vício pode ser suscitado pelo Banco Z;
b) houve a assunção de dívida por Carmen perante o Banco Z, independentemente da
anuência da instituição financeira;
c) a venda se mantém sem a anuência do Banco Z, com promessa de liberação da
dívida entre Carmen e Marcela;
d) ocorreu a cessão de crédito, sendo desnecessária a anuência do Banco Z;
e) a venda é anulável, devido ao erro quanto à necessidade de anuência do Banco Z.

Gabarito é letra C. Refere-se a uma cessão de contrato por isso a promessa de liberação.
Não é assunção porque necessita da anuência do credor. A questão esclarece que entre
elas não fora combinado e que POR PRECAUÇÃO ela tentou alterar o devedor.

A) (INCORRETA) A venda não é nula (art. 104 - objeto licito, possível, determinado,
determinável, prescrito ou não defeso em lei.)
B) (INCORRETA) A assunção DEPENDE DA ANUÊNCIA. O que não depende basta a
notificação é a cessão de crédito.
C) CORRETA
D) (INCORRETA) Houve um cessão de débito já que as parcelas estavam em aberto.
E) (INCORRETA) Elas não acordaram a cessão de débito com anuência do credor. O
contrato foi de compra e venda e ela tinha conhecimento que a divida ficaria no nome de
Marcela até a transferencia (promessa). Então não há que se falar em erro de direito por
exemplo. Ela tinha ciência.

13. (FGV/2015) Caio ajuizou uma demanda buscando o ressarcimento de danos


materiais e morais advindos da perda da propriedade de dois lotes de terra urbanos
adquiridos da empresa “Da Terra Ltda.", no ano de 2004, decorrentes da evicção.
Alega Caio que, tão logo se imitiu na posse dos bens adquiridos, foi deles retirado
por credor do alienante. O credor do alienante apresentou escritura particular
demonstrando que os lotes que Caio acabara de adquirir lhe foram entregues em
dação em pagamento. Considerando os dados fornecidos, é correto afirmar que o
pedido será julgado:
a) procedente, pois é evidente o prejuízo suportado pelo Autor por força da evicção;
b) improcedente, pois competia ao Autor diligenciar junto aos cartórios distribuidores
para se certificar da inexistência de qualquer gravame sobre o bem que pretendia adquirir;
c) procedente, porque não poderia o alienante ter entregado o bem em dação em
pagamento, eis que essa forma de pagamento é própria para bens móveis;
d) improcedente, porquanto a hipótese narrada no enunciado não corresponde à
evicção;
e) improcedente, porque a cláusula que garante contra os riscos da evicção é de
natureza acidental e deve estar expressa no contrato de compra e venda.

Gabarito: Letra D.
Evicção, em linhas gerais, é a perda, total ou parcial, da coisa, decorrente de
sentença judicial ou decisão administrativa, que a atribui a terceiro em virtude de
uma causa jurídica anterior ao contrato. Art. 447 CC Nos contratos onerosos, o
alienante responde pela evicção.

Nesse instituto, temos três figuras, quais sejam: (i) o evictor (terceiro); (ii) o evicto
(adquirente); e (iii) o alienante.

Para a configuração da evicção, há de haver a presença dos seguintes requisitos:


(i) aquisição onerosa do bem; (ii) perda, total ou parcial, da propriedade ou da
posse da coisa alienada; (iii) direito anterior do evictor sobre a coisa (vício na
alienação); e (iv) decisão judicial ou ato administrativo.

É importante ressaltar que, segundo a jurisprudência do STJ, não se faz necessário


o trânsito em julgado da decisão judicial, que determina a perda da coisa adquirida,
para que o evicto (adquirente) exerça os seus direitos resultantes da evicção. Além
disso, para fins de indenização do adquirente, não se discute o elemento subjetivo
(boa ou má-fé) do alienante, pois a indenização, decorrente da evicção, encontra
fundamento no princípio da garantia.

Após essa breve introdução, e voltando ao enunciado, temos que o pleito de Caio
há de ser julgado IMPROCEDENTE, uma vez que, na hipótese narrada, não estamos
diante de um caso de evicção, pois ausente qualquer decisão judicial ou
administrativa que tenha determinado a perda dos lotes de terra.

Pelo contrário, o credor da empresa (que, in casu, seria o evictor, se configurada a


evicção) apresentou uma escritura particular que demonstrava que os imóveis
haviam lhe sido entregues em dação em pagamento (arts. 356 a 359, CC) que, como
sabemos, constitui meio/forma especial de pagamento ou espécie de pagamento
indireto, caracterizado pelo acordo de vontades entre credor e devedor, por meio do
qual o primeiro concorda em receber do segundo prestação diversa da que lhe é
devida, exonerando-o da dívida, não havendo óbice, inclusive, de se ter por
caracterizada a evicção na dação em pagamento, porquanto presente a onerosidade
.
Por outro lado, não há se falar que Caio não poderia pleitear o ressarcimento de
danos morais e materiais advindos da perda da propriedade dos imóveis, mas o
fundamento, nesse caso, não poderia ser a evicção, pois ausente, como já vimos,
um dos requisitos do instituto.

Logo, a assertiva D é o nosso gabarito!

a) procedente, pois é evidente o prejuízo suportado pelo Autor por força da


evicção;
ERRADA. Não se tem por configurada a evicção, pois, à luz das informações
constantes do enunciado, a perda da propriedade não adveio de sentença judicial
ou decisão administrativa, mas sim de um instrumento particular atestando a
entrega dos lotes, em dação em pagamento, a terceiro.
b) improcedente, pois competia ao Autor diligenciar junto aos cartórios
distribuidores para se certificar da inexistência de qualquer gravame sobre o bem
que pretendia adquirir;
ERRADA. A improcedência decorre da não caracterização da evicção, fundamento
jurídico invocado por Caio na sua ação indenizatória. Além disso, não há
informação de que a escritura fora levada a registro no RGI, dando azo à
possibilidade de ser um instrumento firmado apenas entre as partes contratantes,
sem eficácia perante terceiros, o que tornaria inócua qualquer diligência perante as
serventias extrajudiciais levada a efeito por Caio.
c) procedente, porque não poderia o alienante ter entregado o bem em dação em
pagamento, eis que essa forma de pagamento é própria para bens móveis;
ERRADA. A dação em pagamento pode se dar tanto em relação a bens móveis
quanto imóveis.
d) improcedente, porquanto a hipótese narrada no enunciado não corresponde à
evicção;
CORRETA. Conforme comentários acima.

e) improcedente, porque a cláusula que garante contra os riscos da evicção é de


natureza acidental e deve estar expressa no contrato de compra e venda.
ERRADA. A evicção constitui garantia legal, cuja produção de efeitos independe de
previsão contratual.

Trata-se de cláusula de garantia que opera de pleno direito, não necessitando, pois,
de estipulação expressa, sendo ínsita nos contratos comutativos onerosos, como
os de compra e venda, permuta, parceria pecuária, sociedade, transação, bem como
na dação em pagamento e na partilha do acervo hereditário. Inexiste, destarte, em
regra, responsabilidade pela evicção nos contratos gratuitos (CC, art. 552), salvo se
se tratar de doação modal (onerosa ou gravada de encargo).

14. (CESPE/2019) Tendo como referência as disposições do Código Civil a respeito


de sucessão provisória, perdas e danos e venda com reserva de domínio, julgue o
item subsecutivo.  Cláusula de reserva de domínio em contrato de compra e venda
só terá validade contra terceiros se estiver estabelecida por escrito e registrada no
domicílio do comprador.
( ) Certo ( ) ErradoGabarito: CERTO.
A cláusula de reserva de domínio estabelece condição suspensiva pela qual o
vendedor mantém a propriedade do bem móvel até que seja integralmente pago o
preço pelo comprador, nos termos do artigo 521 do CC:
Art. 521. Na venda de coisa móvel, pode o vendedor reservar para si a propriedade,
até que o preço esteja integralmente pago.

Para a validade contra terceiros deve, de fato, ser estipulada por escrito e
registrada no domicílio do comprador, conforme prevê o artigo 522 do CC:
Art. 522. A cláusula de reserva de domínio será estipulada por escrito e depende de
registro no domicílio do comprador para valer contra terceiros.

15. (CESPE/2019) Com base nas disposições do Código Civil acerca de contratos,
julgue o item subsequente. 
O vendedor de coisa imóvel poderá inserir cláusula de retrovenda no contrato de
compra e venda, para reservar a si o direito de recobrar a coisa em até cinco anos,
bastando para a consumação da retrovenda a restituição do valor recebido.
( ) Certo ( ) Errado

Art. 505. O vendedor de coisa imóvel pode reservar-se o direito de recobrá-la no


prazo máximo de decadência de três anos, restituindo o preço recebido e
reembolsando as despesas do comprador, inclusive as que, durante o período de
resgate, se efetuaram com a sua autorização escrita, ou para a realização de
benfeitorias necessárias.

16. (CESPE/2019) Na venda de coisa móvel com reserva de domínio, a transferência


da propriedade ao comprador ocorre 
a) a qualquer tempo, não respondendo o comprador pelos riscos da coisa a partir de
quando esta lhe for entregue.
b) com o pagamento integral do preço, não respondendo o comprador pelos riscos da
coisa a partir de quando esta lhe for entregue.
c) com o pagamento integral do preço, respondendo o comprador pelos riscos da coisa
a partir de quando esta lhe for entregue.
d) a qualquer tempo, respondendo o comprador pelos riscos da coisa a partir de quando
esta lhe for entregue.

Art. 524. A transferência de propriedade ao comprador dá-se no momento em que o


preço esteja integralmente pago. Todavia, pelos riscos da coisa responde o
comprador, a partir de quando lhe foi entregue.

Gabarito: LETRA C
A Reserva de Domínio é uma das cláusulas que poderá ser inserida no contrato de
compra e venda de bem MÓVEL, de modo a alterar a regra de que a propriedade é
transferida pela tradição. Diante dessa cláusula, a transferência ficará SUSPENSA até
que ocorra o INTEGRAL PAGAMENTO.

O Código Civil, sobre o assunto, apresenta os seguintes dispositivos:


Art. 521. Na venda de coisa móvel, pode o vendedor reservar para si a propriedade,
até que o preço esteja integralmente pago.
Art. 522. A cláusula de reserva de domínio será estipulada por escrito e
depende de registro no domicílio do comprador para valer contra
terceiros.
Art. 523. Não pode ser objeto de venda com reserva de domínio a coisa
insuscetível de caracterização perfeita, para estremá-la de outras
congêneres. Na dúvida, decide-se a favor do terceiro adquirente de boa-
fé.
Art. 524. A transferência de propriedade ao comprador dá-se no
momento em que o preço esteja integralmente pago. Todavia, pelos
riscos da coisa responde o comprador, a partir de quando lhe foi
entregue.
Art. 525. O vendedor somente poderá executar a cláusula de reserva de
domínio após constituir o comprador em mora, mediante protesto do
título ou interpelação judicial.
Art. 526.Verificada a mora do comprador, poderá o vendedor mover contra
ele a competente ação de cobrança das prestações vencidas e
vincendas e o mais que lhe for devido; ou poderá recuperar a posse da
coisa vendida.
Art. 527. Na segunda hipótese do artigo antecedente, é facultado ao
vendedor reter as prestações pagas até o necessário para cobrir a
depreciação da coisa, as despesas feitas e o mais que de direito lhe for
devido. O excedente será devolvido ao comprador; e o que faltar lhe
será cobrado, tudo na forma da lei processual.
Art. 528. Se o vendedor receber o pagamento à vista, ou,
posteriormente, mediante financiamento de instituição do mercado de
capitais, a esta caberá exercer os direitos e ações decorrentes do
contrato, a benefício de qualquer outro. A operação financeira e a
respectiva ciência do comprador constarão do registro do contrato.

17. (CESPE/2019) O pacto de retrovenda é uma das modalidades de compra e venda


mercantis previstas no Código Civil e tem como principal característica a reserva ao
vendedor do direito de, em determinado prazo, recobrar o imóvel que tenha
vendido.  A respeito dessa modalidade contratual, a legislação vigente dispõe que
a) não existe a possibilidade de cessão do direito de retrovenda.
b) a cláusula somente será válida, sendo dois ou mais os beneficiários da retrovenda,
se todos exercerem conjuntamente o pedido de retrato.
c) somente as benfeitorias necessárias serão restituídas, além do valor integral
recebido pela venda.
d) o vendedor, em caso de recusa do comprador em receber a quantia a que faz jus,
depositará o valor judicialmente para exercer o direito de resgate.
e) o prazo máximo para o exercício do direito da retrovenda é de cinco anos.

Sobre a cláusula de retrovenda, vamos ler (sim, vamos ler! nada de pular essa parte!)
trecho da obra de Tartuce (vou destacar e usar cores, pra facilitar):
Constitui um pacto inserido no y e venda pelo qual o vendedor reserva-se o direito de
reaver o imóvel que está sendo alienado, dentro de certo prazo (3 anos), restituindo o
preço e reembolsando todas as despesas feitas pelo comprador no período de resgate,
desde que previamente ajustadas (art. 505 do CC). Tais despesas incluem as benfeitorias
necessárias.
Na verdade, essa cláusula especial confere ao vendedor o direito de desfazer a venda,
reavendo de volta o bem alienado dentro do prazo máximo de três anos (prazo
decadencial). Deve ficar claro que a cláusula de retrovenda (pactum de retrovendendo ou
cláusula de resgate) somente é admissível nas vendas de bens imóveis.
(...) percebe-se que a cláusula tem o condão de tornar a compra e venda resolúvel. Assim
sendo, tecnicamente, trata-se de cláusula resolutiva expressa, porque enseja ao vendedor
a possibilidade de desfazer a venda, operando-se o resgate do bem e a consequente
extinção do contrato, reconduzindo as partes ao estado anterior. Em outras palavras, a
propriedade do comprador, até o prazo de três anos, é resolúvel.

Se o comprador se recusar a receber as quantias a que faz jus, o vendedor, para exercer
o direito de resgate, as depositará judicialmente (art. 506 do CC). O dispositivo possibilita
o ingresso da ação de resgate, de rito ordinário (CPC/1973) ou procedimento comum
(CPC/2015), pela qual o vendedor obtém o domínio do imóvel a seu favor, tendo a
demanda eficácia erga omnes, diante do caráter real do instituto. Essa ação é constitutiva
positiva, o que justifica o prazo decadencial de três anos.

Já prevendo que vc pulou a parte de cima, seguem os principais pontos:


A cláusula de retrovenda permite que o vendedor retome o bem que alienou, restituindo o
preço e reembolsando todas as despesas feitas pelo comprador durante o respectivo
período, além das benfeitorias necessárias
Somente é admissível para bens IMÓVEIS
O direito poderá ser exercido no prazo DECADENCIAL de 3 anos (prazo improrrogável)
Se o comprador se recusar a receber o valor, o vendedor, para exercer o seu direito,
efetuará o depósito judicial

Vamos às alternativas:

a) não existe a possibilidade de cessão do direito de retrovenda.


ERRADO. Conforme disposto no Código Civil:
Art. 507. O direito de retrato, que é cessível e transmissível a herdeiros e legatários,
poderá ser exercido contra o terceiro adquirente.

b) a cláusula somente será válida, sendo dois ou mais os beneficiários da retrovenda, se


todos exercerem conjuntamente o pedido de retrato.
ERRADO. Conforme disposto no Código Civil:
Art. 508. Se a duas ou mais pessoas couber o direito de retrato sobre o mesmo imóvel, e
só uma o exercer, poderá o comprador intimar as outras para nele acordarem,
prevalecendo o pacto em favor de quem haja efetuado o depósito, contanto que seja
integral

c) somente as benfeitorias necessárias serão restituídas, além do valor integral recebido


pela venda.
ERRADO. Conforme disposto no Código Civil:
Art. 505. O vendedor de coisa imóvel pode reservar-se o direito de recobrá-la no prazo
máximo de decadência de três anos, restituindo o preço recebido e reembolsando as
despesas do comprador, inclusive as que, durante o período de resgate, se efetuaram
com a sua autorização escrita, ou para a realização de benfeitorias necessárias.
d) o vendedor, em caso de recusa do comprador em receber a quantia a que faz jus,
depositará o valor judicialmente para exercer o direito de resgate.
CERTO. Conforme disposto no Código Civil:
Art. 506. Se o comprador se recusar a receber as quantias a que faz jus, o vendedor, para
exercer o direito de resgate, as depositará judicialmente.

e) o prazo máximo para o exercício do direito da retrovenda é de cinco anos


ERRADO. Conforme disposto no Código Civil:
Art. 505. O vendedor de coisa imóvel pode reservar-se o direito de recobrá-la no prazo
máximo de decadência de três anos, restituindo o preço recebido e reembolsando as
despesas do comprador, inclusive as que, durante o período de resgate, se efetuaram
com a sua autorização escrita, ou para a realização de benfeitorias necessárias.

18. (CESPE/2017) O direito que o vendedor de um imóvel guarda de reavê-lo, no


prazo máximo previsto no Código Civil, restituindo ao comprador o valor recebido e
reembolsando-lhe as despesas — entre elas, as que se efetuaram mediante
autorização escrita do proprietário bem como aquelas destinadas à realização de
benfeitorias necessárias —, constitui a
a) venda a contento.
b) resolução potestativa.
c) retrovenda.
d) preempção.
e) reserva de domínio.

Gabarito: Letra C
O direito que o vendedor de um imóvel guarda de reavê-lo, no prazo máximo previsto no
Código Civil, restituindo ao comprador o valor recebido e reembolsando-lhe as despesas
— entre elas, as que se efetuaram mediante autorização escrita do proprietário bem como
aquelas destinadas à realização de benfeitorias necessárias —, constitui a

a) venda a contento.
ERRADA. A venda a contento (também chamada de ad gustum ou sujeita à prova)
encontra previsão nos arts. 509 a 512, CC e constitui cláusula especial do contrato de
compra e venda na qual a venda é realizada sob condição suspensiva, ainda que o bem
tenha sido entregue ao comprador, só aperfeiçoando-se quando este último manifesta sua
satisfação/agrado.

b) resolução potestativa.
ERRADA. A resolução potestativa é instituto não previsto no direito brasileiro, mas sim no
direito português, não sendo oportuno trazer seu conceito.

c) retrovenda.
CORRETA. É isso mesmo! Na retrovenda (arts. 505-508, CC), o vendedor reserva-se o
direito de reaver o bem imóvel, objeto da alienação, dentro de determinado prazo
decadencial (máximo de 3 anos), restituindo o preço e reembolsando todas despesas
efetuadas pelo comprador no período de resgate, desde que ajustadas previamente,
incluídas aquelas decorrentes da realização de benfeitorias necessárias.

d) preempção.
ERRADA. A preempção (arts. 513-520, CC), também conhecida como cláusula de
preferência ou prelação convencional, é aquela em que o comprador fica obrigado, na
hipótese de alienação (venda) futura, a oferecer o bem, móvel (prazo de 180 dias) ou
imóvel (prazo de 2 anos), àquele que lhe vendeu, notificando-o, judicial ou
extrajudicialmente, para que exerça o seu direito de prelação em igualdades de
condições, devendo se manifestar, caso não haja outro prazo convencionado pelas
partes, em 3 dias, se for bem móvel, ou 60 dias, no caso de bem imóvel, subsequentes à
notificação (Cf. TARTUCE, Flávio. Manual de direito civil: volume único. São Paulo:
Método, 2011, p. 594).

e) reserva de domínio.
ERRADA. Na reserva de domínio (arts. 521 a 528, CC), também chamada de pactum
reservati dominii, o vendedor de coisa móvel infungível mantém-se no domínio do bem até
que o preço seja pago integralmente pelo comprador, que terá a posse direta do bem.

19. (FCC/2014) Marcia celebrará contrato de compra e venda de imóvel com Isaías
possuindo a intenção de estipular cláusula especial de retrovenda. No tocante à
retrovenda, Márcia.
a) terá que respeitar o prazo decadencial máximo de dois anos previsto no Código Civil
brasileiro.
b) terá que respeitar o prazo prescricional máximo de doze meses previsto no Código
Civil brasileiro.
c) poderá estipular qualquer prazo uma vez que o Código Civil brasileiro não limita o
tempo para o exercício da retomada do imóvel.
d) terá que respeitar o prazo decadencial máximo de três anos previsto no Código Civil
brasileiro.
e) poderá estipular prazo não superior a cinco anos, sendo que este prazo, em casos
excepcionais, poderá ser aumentado conjuntamente pelas partes.

Art. 505 CC. O vendedor de coisa imóvel pode reservar-se o direito de recobrá-la no prazo máximo
de decadência de três anos, restituindo o preço recebido e reembolsando as despesas do
comprador, inclusive as que, durante o período de resgate, se efetuaram com a sua autorização
escrita, ou para a realização de benfeitorias necessárias.

20. (FCC/2006) Na retrovenda, o vendedor de coisa imóvel pode reservarse o direito


de recobrá-la no prazo máximo de decadência de
a) dois anos, restituindo o preço recebido acrescido em 50% e reembolsando as
despesas do comprador.
b) três anos, restituindo o preço recebido acrescido em 50% e reembolsando as
despesas do comprador.
c) três anos, restituindo o preço recebido e reembolsando as despesas do comprador.
d) cinco anos, restituindo o preço recebido e reembolsando as despesas do comprador.
e) cinco anos, restituindo o preço recebido acrescido em 50% e reembolsando as
despesas do comprador.

letra D - Retrovenda

Venda com reserva de domínio - O vendedor reserva para si a propriedade do bem até que o
mesmo esteja integralmente pago;

Preempção - O vendedor tem a preferência na compra caso o comprador queira vender o bem;
Preferência - é o mesmo que preempção

Retrovenda - Fica acordado que o vendedor irá recomprar o bem, no prazo decadencial de três
anos, pelo memso preço ou outro valor acordado;

Venda a contento - O comprador pode devolver o bem e não efetivar a compra caso não goste da
coisa adquirida

Art. 505 CC. O vendedor de coisa imóvel pode reservar-se o direito de recobrá-la no prazo máximo
de decadência de três anos, restituindo o preço recebido e reembolsando as despesas do
comprador, inclusive as que, durante o período de resgate, se efetuaram com a sua autorização
escrita, ou para a realização de benfeitorias necessárias.

21. COMPRA E VENDA DE COISA FUTURA (SOJA). TEORIA DA IMPREVISÃO.


ONEROSIDADE EXCESSIVA.INAPLICABILIDADE.
1. Contratos empresariais não devem ser tratados da mesma forma que contratos
cíveis em geral ou contratos de consumo. Nestes admite-seo dirigismo contratual.
Naqueles devem prevalecer os princípios da autonomia da vontade e da força
obrigatória das avenças.
2. Direito Civil e Direito Empresarial, ainda que ramos do Direito Privado,
submetem-se a regras e princípios próprios. O fato de oCódigo Civil de 2002 ter
submetido os contratos cíveis eempresariais às mesmas regras gerais não significa
que estescontratos sejam essencialmente iguais.
3. O caso dos autos tem peculiaridades que impedem a aplicação da teoria da
imprevisão, de que trata o art. 478 do CC/2002 :
(i) oscontratos em discussão não são de execução continuada ou diferida,mas
contratos de compra e venda de coisa futura, a preço fixo,
(ii) a alta do preço da soja não tornou a prestação de uma das
partesexcessivamente onerosa, mas apenas reduziu o lucro esperado peloprodutor
rural e
(iii) a variação cambial que alterou a cotação dasoja não configurou um
acontecimento extraordinário e imprevisível,porque ambas as partes contratantes
conhecem o mercado em que atuam,pois são profissionais do ramo e sabem que
tais flutuações sãopossíveis.5. Recurso especial conhecido e provido.
(STJ Recurso Especial 936741 GO 2007/00658526 (STJ) Data da publicação:
03/03/2012. Acerca da jurisprudência acima responda:

a) Contrato de compra e venda pode ter como objeto coisa futura? Cite exemplos e
caso a coisa futura não venha a existir, quem responderá por esse infortúnio.
O Código Civil em seu art. 483 admite que a compra e venda tenha
por objeto coisas atuais ou futuras.
Por coisa atual entende-se o objeto existente e disponível, ao tempo da celebração do negócio; a
coisa futura, por sua vez, é aquela que, posto ainda não tenha existência real, é de potencial
ocorrência. Imagine-se, por exemplo, a compra de uma safra de cacau que ainda não foi plantada.
Em tal caso, o contrato ficará sem efeito se a coisa não vier a existir, consoante previsto no mesmo
dispositivo, ressalvada a hipótese de as partes terem pretendido pactuar contrato aleatório

b) Quais os princípios presentes na jurisprudência. Justifique.


Principios da autonomia da vontade.
Principio da força obrigatoria das avenças.
Principios da boa-fé objetiva.
Principio do equilibrio economico. (cc 421 e 422)
Principio da funçao social do contrato

c) No contrato de compra e venda que arca com as despesas do contrato e da


tradição?
A resposta é encontrada no art. 490 do Código Civil:
Art. 490. Salvo cláusula em contrário, ficarão as despesas de escritura e
registro a cargo do comprador, e a cargo do vendedor as da tradição

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