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A)ERRADO
Art. 497. Sob pena de nulidade, não podem ser comprados, ainda que em hasta pública:
IV - pelos leiloeiros e seus prepostos, os bens de cuja venda estejam encarregados.
B)ERRADO
Art. 497. Sob pena de nulidade, não podem ser comprados, ainda que em hasta pública:
II - pelos servidores públicos, em geral, os bens ou direitos da pessoa jurídica a que
servirem, ou que estejam sob sua administração direta ou indireta;
C)CERTO
Art. 496. É anulável a venda de ascendente a descendente, salvo se os outros
descendentes e o cônjuge do alienante expressamente houverem consentido.
D)ERRADO
Art. 499. É LÍCITA a compra e venda entre cônjuges, com relação a bens excluídos da
comunhão.
E)ERRADO
Art. 496. É anulável a venda de ascendente a descendente, salvo se os outros
descendentes e o cônjuge do alienante expressamente houverem consentido.
Parágrafo único. Em ambos os casos, dispensa-se o consentimento do cônjuge se o
regime de bens for o da separação obrigatória.
I)CERTO
Art. 489. Nulo é o contrato de compra e venda, quando se deixa ao arbítrio exclusivo de
uma das partes a fixação do preço.
II)ERRADO
Art. 490. Salvo cláusula em contrário, ficarão as despesas de escritura e registro a cargo
do comprador, e a cargo do vendedor as da tradição.
III)ERRADO
Art. 492. Até o momento da tradição, os riscos da coisa correm por conta do vendedor, e
os do preço por conta do comprador.
IV)CERTO
Art. 491. Não sendo a venda a crédito, o vendedor não é obrigado a entregar a coisa
antes de receber o preço.
Art. 489. Nulo é o contrato de compra e venda, quando se deixa ao arbítrio exclusivo de uma das
partes a fixação do preço.
GABARITO C
Art. 484. Se a venda se realizar à vista de amostras, protótipos ou modelos, entender-se-á
que o vendedor assegura ter a coisa as qualidades que a elas correspondem.
Parágrafo único. Prevalece a amostra, o protótipo ou o modelo, se houver contradição ou
diferença com a maneira pela qual se descreveu a coisa no contrato.
a) Art. 521. Na venda de coisa móvel, pode o vendedor reservar para si a propriedade,
até que o preço esteja integralmente pago.
d) Art. 505. O vendedor de coisa imóvel pode reservar-se o direito de recobrá-la no prazo máximo
de decadência de três anos, restituindo o preço recebido e reembolsando as despesas do
comprador, inclusive as que, durante o período de resgate, se efetuaram com a sua autorização
escrita, ou para a realização de benfeitorias necessárias.
e) Art. 509. A venda feita a contento do comprador entende-se realizada sob condição suspensiva,
ainda que a coisa lhe tenha sido entregue; e não se reputará perfeita, enquanto o adquirente não
manifestar seu agrado.Art. 510. Também a venda sujeita a prova presume-se feita sob a condição
suspensiva de que a coisa tenha as qualidades asseguradas pelo vendedor e seja idônea para o
fim a que se destina.
b) ERRADA: “Art. 509. A venda feita a contento do comprador entende-se realizada sob
condição suspensiva, ainda que a coisa lhe tenha sido entregue; e não se reputará
perfeita, enquanto o adquirente não manifestar seu agrado”.
c) ERRADA: “Art. 529. Na venda sobre documentos, a tradição da coisa é substituída pela
entrega do seu título representativo e dos outros documentos exigidos pelo contrato ou,
no silêncio deste, pelos usos”.
e) CORRETA: A venda com reserva de domínio é disciplinada, nos seguintes termos: “Art.
521. Na venda de coisa móvel, pode o vendedor reservar para si a propriedade, até que o
preço esteja integralmente pago”. Foi exatamente o que ocorreu no caso em questão:
Paulo reservou para si a propriedade, até o pagamento integral do preço.
Art. 505. O vendedor de coisa imóvel pode reservar-se o direito de recobrá-la no prazo máximo
de decadência de três anos, restituindo o preço recebido e reembolsando as despesas do
comprador, inclusive as que, durante o período de resgate, se efetuaram com a sua autorização
escrita, ou para a realização de benfeitorias necessárias.
Art. 505. O vendedor de coisa imóvel pode reservar-se o direito de recobrá-la no prazo
máximo de decadência de três anos, restituindo o preço recebido e reembolsando as
despesas do comprador, inclusive as que, durante o período de resgate, se efetuaram
com a sua autorização escrita, ou para a realização de benfeitorias necessárias.
Gabarito é letra C. Refere-se a uma cessão de contrato por isso a promessa de liberação.
Não é assunção porque necessita da anuência do credor. A questão esclarece que entre
elas não fora combinado e que POR PRECAUÇÃO ela tentou alterar o devedor.
A) (INCORRETA) A venda não é nula (art. 104 - objeto licito, possível, determinado,
determinável, prescrito ou não defeso em lei.)
B) (INCORRETA) A assunção DEPENDE DA ANUÊNCIA. O que não depende basta a
notificação é a cessão de crédito.
C) CORRETA
D) (INCORRETA) Houve um cessão de débito já que as parcelas estavam em aberto.
E) (INCORRETA) Elas não acordaram a cessão de débito com anuência do credor. O
contrato foi de compra e venda e ela tinha conhecimento que a divida ficaria no nome de
Marcela até a transferencia (promessa). Então não há que se falar em erro de direito por
exemplo. Ela tinha ciência.
Gabarito: Letra D.
Evicção, em linhas gerais, é a perda, total ou parcial, da coisa, decorrente de
sentença judicial ou decisão administrativa, que a atribui a terceiro em virtude de
uma causa jurídica anterior ao contrato. Art. 447 CC Nos contratos onerosos, o
alienante responde pela evicção.
Nesse instituto, temos três figuras, quais sejam: (i) o evictor (terceiro); (ii) o evicto
(adquirente); e (iii) o alienante.
Após essa breve introdução, e voltando ao enunciado, temos que o pleito de Caio
há de ser julgado IMPROCEDENTE, uma vez que, na hipótese narrada, não estamos
diante de um caso de evicção, pois ausente qualquer decisão judicial ou
administrativa que tenha determinado a perda dos lotes de terra.
Trata-se de cláusula de garantia que opera de pleno direito, não necessitando, pois,
de estipulação expressa, sendo ínsita nos contratos comutativos onerosos, como
os de compra e venda, permuta, parceria pecuária, sociedade, transação, bem como
na dação em pagamento e na partilha do acervo hereditário. Inexiste, destarte, em
regra, responsabilidade pela evicção nos contratos gratuitos (CC, art. 552), salvo se
se tratar de doação modal (onerosa ou gravada de encargo).
Para a validade contra terceiros deve, de fato, ser estipulada por escrito e
registrada no domicílio do comprador, conforme prevê o artigo 522 do CC:
Art. 522. A cláusula de reserva de domínio será estipulada por escrito e depende de
registro no domicílio do comprador para valer contra terceiros.
15. (CESPE/2019) Com base nas disposições do Código Civil acerca de contratos,
julgue o item subsequente.
O vendedor de coisa imóvel poderá inserir cláusula de retrovenda no contrato de
compra e venda, para reservar a si o direito de recobrar a coisa em até cinco anos,
bastando para a consumação da retrovenda a restituição do valor recebido.
( ) Certo ( ) Errado
Gabarito: LETRA C
A Reserva de Domínio é uma das cláusulas que poderá ser inserida no contrato de
compra e venda de bem MÓVEL, de modo a alterar a regra de que a propriedade é
transferida pela tradição. Diante dessa cláusula, a transferência ficará SUSPENSA até
que ocorra o INTEGRAL PAGAMENTO.
Sobre a cláusula de retrovenda, vamos ler (sim, vamos ler! nada de pular essa parte!)
trecho da obra de Tartuce (vou destacar e usar cores, pra facilitar):
Constitui um pacto inserido no y e venda pelo qual o vendedor reserva-se o direito de
reaver o imóvel que está sendo alienado, dentro de certo prazo (3 anos), restituindo o
preço e reembolsando todas as despesas feitas pelo comprador no período de resgate,
desde que previamente ajustadas (art. 505 do CC). Tais despesas incluem as benfeitorias
necessárias.
Na verdade, essa cláusula especial confere ao vendedor o direito de desfazer a venda,
reavendo de volta o bem alienado dentro do prazo máximo de três anos (prazo
decadencial). Deve ficar claro que a cláusula de retrovenda (pactum de retrovendendo ou
cláusula de resgate) somente é admissível nas vendas de bens imóveis.
(...) percebe-se que a cláusula tem o condão de tornar a compra e venda resolúvel. Assim
sendo, tecnicamente, trata-se de cláusula resolutiva expressa, porque enseja ao vendedor
a possibilidade de desfazer a venda, operando-se o resgate do bem e a consequente
extinção do contrato, reconduzindo as partes ao estado anterior. Em outras palavras, a
propriedade do comprador, até o prazo de três anos, é resolúvel.
Se o comprador se recusar a receber as quantias a que faz jus, o vendedor, para exercer
o direito de resgate, as depositará judicialmente (art. 506 do CC). O dispositivo possibilita
o ingresso da ação de resgate, de rito ordinário (CPC/1973) ou procedimento comum
(CPC/2015), pela qual o vendedor obtém o domínio do imóvel a seu favor, tendo a
demanda eficácia erga omnes, diante do caráter real do instituto. Essa ação é constitutiva
positiva, o que justifica o prazo decadencial de três anos.
Vamos às alternativas:
Gabarito: Letra C
O direito que o vendedor de um imóvel guarda de reavê-lo, no prazo máximo previsto no
Código Civil, restituindo ao comprador o valor recebido e reembolsando-lhe as despesas
— entre elas, as que se efetuaram mediante autorização escrita do proprietário bem como
aquelas destinadas à realização de benfeitorias necessárias —, constitui a
a) venda a contento.
ERRADA. A venda a contento (também chamada de ad gustum ou sujeita à prova)
encontra previsão nos arts. 509 a 512, CC e constitui cláusula especial do contrato de
compra e venda na qual a venda é realizada sob condição suspensiva, ainda que o bem
tenha sido entregue ao comprador, só aperfeiçoando-se quando este último manifesta sua
satisfação/agrado.
b) resolução potestativa.
ERRADA. A resolução potestativa é instituto não previsto no direito brasileiro, mas sim no
direito português, não sendo oportuno trazer seu conceito.
c) retrovenda.
CORRETA. É isso mesmo! Na retrovenda (arts. 505-508, CC), o vendedor reserva-se o
direito de reaver o bem imóvel, objeto da alienação, dentro de determinado prazo
decadencial (máximo de 3 anos), restituindo o preço e reembolsando todas despesas
efetuadas pelo comprador no período de resgate, desde que ajustadas previamente,
incluídas aquelas decorrentes da realização de benfeitorias necessárias.
d) preempção.
ERRADA. A preempção (arts. 513-520, CC), também conhecida como cláusula de
preferência ou prelação convencional, é aquela em que o comprador fica obrigado, na
hipótese de alienação (venda) futura, a oferecer o bem, móvel (prazo de 180 dias) ou
imóvel (prazo de 2 anos), àquele que lhe vendeu, notificando-o, judicial ou
extrajudicialmente, para que exerça o seu direito de prelação em igualdades de
condições, devendo se manifestar, caso não haja outro prazo convencionado pelas
partes, em 3 dias, se for bem móvel, ou 60 dias, no caso de bem imóvel, subsequentes à
notificação (Cf. TARTUCE, Flávio. Manual de direito civil: volume único. São Paulo:
Método, 2011, p. 594).
e) reserva de domínio.
ERRADA. Na reserva de domínio (arts. 521 a 528, CC), também chamada de pactum
reservati dominii, o vendedor de coisa móvel infungível mantém-se no domínio do bem até
que o preço seja pago integralmente pelo comprador, que terá a posse direta do bem.
19. (FCC/2014) Marcia celebrará contrato de compra e venda de imóvel com Isaías
possuindo a intenção de estipular cláusula especial de retrovenda. No tocante à
retrovenda, Márcia.
a) terá que respeitar o prazo decadencial máximo de dois anos previsto no Código Civil
brasileiro.
b) terá que respeitar o prazo prescricional máximo de doze meses previsto no Código
Civil brasileiro.
c) poderá estipular qualquer prazo uma vez que o Código Civil brasileiro não limita o
tempo para o exercício da retomada do imóvel.
d) terá que respeitar o prazo decadencial máximo de três anos previsto no Código Civil
brasileiro.
e) poderá estipular prazo não superior a cinco anos, sendo que este prazo, em casos
excepcionais, poderá ser aumentado conjuntamente pelas partes.
Art. 505 CC. O vendedor de coisa imóvel pode reservar-se o direito de recobrá-la no prazo máximo
de decadência de três anos, restituindo o preço recebido e reembolsando as despesas do
comprador, inclusive as que, durante o período de resgate, se efetuaram com a sua autorização
escrita, ou para a realização de benfeitorias necessárias.
letra D - Retrovenda
Venda com reserva de domínio - O vendedor reserva para si a propriedade do bem até que o
mesmo esteja integralmente pago;
Preempção - O vendedor tem a preferência na compra caso o comprador queira vender o bem;
Preferência - é o mesmo que preempção
Retrovenda - Fica acordado que o vendedor irá recomprar o bem, no prazo decadencial de três
anos, pelo memso preço ou outro valor acordado;
Venda a contento - O comprador pode devolver o bem e não efetivar a compra caso não goste da
coisa adquirida
Art. 505 CC. O vendedor de coisa imóvel pode reservar-se o direito de recobrá-la no prazo máximo
de decadência de três anos, restituindo o preço recebido e reembolsando as despesas do
comprador, inclusive as que, durante o período de resgate, se efetuaram com a sua autorização
escrita, ou para a realização de benfeitorias necessárias.
a) Contrato de compra e venda pode ter como objeto coisa futura? Cite exemplos e
caso a coisa futura não venha a existir, quem responderá por esse infortúnio.
O Código Civil em seu art. 483 admite que a compra e venda tenha
por objeto coisas atuais ou futuras.
Por coisa atual entende-se o objeto existente e disponível, ao tempo da celebração do negócio; a
coisa futura, por sua vez, é aquela que, posto ainda não tenha existência real, é de potencial
ocorrência. Imagine-se, por exemplo, a compra de uma safra de cacau que ainda não foi plantada.
Em tal caso, o contrato ficará sem efeito se a coisa não vier a existir, consoante previsto no mesmo
dispositivo, ressalvada a hipótese de as partes terem pretendido pactuar contrato aleatório
AULA 4 REVISÃO P1
e) os poderes conferidos a Juliana são inexistentes, pois o direito brasileiro não admite o
denominado “autocontrato”. INCORRETA.
O direito brasileiro admite o chamado "autocontrato" (ou contrato consigo mesmo)
excepcionalmente, quando a lei ou o representado permitir, nos termos do artigo 117 do
CC:
Art. 117. Salvo se o permitir a lei ou o representado, é anulável o negócio jurídico que o
representante, no seu interesse ou por conta de outrem, celebrar consigo mesmo.
Parágrafo único. Para esse efeito, tem-se como celebrado pelo representante o negócio
realizado por aquele em quem os poderes houverem sido subestabelecidos.
A)ERRADO
Art. 497. Sob pena de nulidade, não podem ser comprados, ainda que em hasta pública:
IV - pelos leiloeiros e seus prepostos, os bens de cuja venda estejam encarregados.
B)ERRADO
Art. 497. Sob pena de nulidade, não podem ser comprados, ainda que em hasta pública:
II - pelos servidores públicos, em geral, os bens ou direitos da pessoa jurídica a que
servirem, ou que estejam sob sua administração direta ou indireta;
C)CERTO
Art. 496. É anulável a venda de ascendente a descendente, salvo se os outros
descendentes e o cônjuge do alienante expressamente houverem consentido.
D)ERRADO
Art. 499. É LÍCITA a compra e venda entre cônjuges, com relação a bens excluídos da
comunhão.
E)ERRADO
Art. 496. É anulável a venda de ascendente a descendente, salvo se os outros
descendentes e o cônjuge do alienante expressamente houverem consentido.
Parágrafo único. Em ambos os casos, dispensa-se o consentimento do cônjuge se o
regime de bens for o da separação obrigatória.
I)CERTO
Art. 489. Nulo é o contrato de compra e venda, quando se deixa ao arbítrio exclusivo de
uma das partes a fixação do preço.
II)ERRADO
Art. 490. Salvo cláusula em contrário, ficarão as despesas de escritura e registro a cargo
do comprador, e a cargo do vendedor as da tradição.
III)ERRADO
Art. 492. Até o momento da tradição, os riscos da coisa correm por conta do vendedor, e
os do preço por conta do comprador.
IV)CERTO
Art. 491. Não sendo a venda a crédito, o vendedor não é obrigado a entregar a coisa
antes de receber o preço.
Art. 489. Nulo é o contrato de compra e venda, quando se deixa ao arbítrio exclusivo de uma das
partes a fixação do preço.
GABARITO C
Art. 484. Se a venda se realizar à vista de amostras, protótipos ou modelos, entender-se-á
que o vendedor assegura ter a coisa as qualidades que a elas correspondem.
Parágrafo único. Prevalece a amostra, o protótipo ou o modelo, se houver contradição ou
diferença com a maneira pela qual se descreveu a coisa no contrato.
a) Art. 521. Na venda de coisa móvel, pode o vendedor reservar para si a propriedade,
até que o preço esteja integralmente pago.
b) e c) Art. 513. A preempção, ou preferência, impõe ao comprador a obrigação de oferecer ao
vendedor a coisa que aquele vai vender, ou dar em pagamento, para que este use de seu direito
de prelação na compra, tanto por tanto.
Parágrafo único. O prazo para exercer o direito de preferência não poderá exceder a cento e
oitenta dias, se a coisa for móvel, ou a dois anos, se imóvel.
d) Art. 505. O vendedor de coisa imóvel pode reservar-se o direito de recobrá-la no prazo máximo
de decadência de três anos, restituindo o preço recebido e reembolsando as despesas do
comprador, inclusive as que, durante o período de resgate, se efetuaram com a sua autorização
escrita, ou para a realização de benfeitorias necessárias.
e) Art. 509. A venda feita a contento do comprador entende-se realizada sob condição suspensiva,
ainda que a coisa lhe tenha sido entregue; e não se reputará perfeita, enquanto o adquirente não
manifestar seu agrado.Art. 510. Também a venda sujeita a prova presume-se feita sob a condição
suspensiva de que a coisa tenha as qualidades asseguradas pelo vendedor e seja idônea para o
fim a que se destina.
b) ERRADA: “Art. 509. A venda feita a contento do comprador entende-se realizada sob
condição suspensiva, ainda que a coisa lhe tenha sido entregue; e não se reputará
perfeita, enquanto o adquirente não manifestar seu agrado”.
c) ERRADA: “Art. 529. Na venda sobre documentos, a tradição da coisa é substituída pela
entrega do seu título representativo e dos outros documentos exigidos pelo contrato ou,
no silêncio deste, pelos usos”.
e) CORRETA: A venda com reserva de domínio é disciplinada, nos seguintes termos: “Art.
521. Na venda de coisa móvel, pode o vendedor reservar para si a propriedade, até que o
preço esteja integralmente pago”. Foi exatamente o que ocorreu no caso em questão:
Paulo reservou para si a propriedade, até o pagamento integral do preço.
Art. 505. O vendedor de coisa imóvel pode reservar-se o direito de recobrá-la no prazo máximo
de decadência de três anos, restituindo o preço recebido e reembolsando as despesas do
comprador, inclusive as que, durante o período de resgate, se efetuaram com a sua autorização
escrita, ou para a realização de benfeitorias necessárias.
Art. 505. O vendedor de coisa imóvel pode reservar-se o direito de recobrá-la no prazo
máximo de decadência de três anos, restituindo o preço recebido e reembolsando as
despesas do comprador, inclusive as que, durante o período de resgate, se efetuaram
com a sua autorização escrita, ou para a realização de benfeitorias necessárias.
Gabarito é letra C. Refere-se a uma cessão de contrato por isso a promessa de liberação.
Não é assunção porque necessita da anuência do credor. A questão esclarece que entre
elas não fora combinado e que POR PRECAUÇÃO ela tentou alterar o devedor.
A) (INCORRETA) A venda não é nula (art. 104 - objeto licito, possível, determinado,
determinável, prescrito ou não defeso em lei.)
B) (INCORRETA) A assunção DEPENDE DA ANUÊNCIA. O que não depende basta a
notificação é a cessão de crédito.
C) CORRETA
D) (INCORRETA) Houve um cessão de débito já que as parcelas estavam em aberto.
E) (INCORRETA) Elas não acordaram a cessão de débito com anuência do credor. O
contrato foi de compra e venda e ela tinha conhecimento que a divida ficaria no nome de
Marcela até a transferencia (promessa). Então não há que se falar em erro de direito por
exemplo. Ela tinha ciência.
Gabarito: Letra D.
Evicção, em linhas gerais, é a perda, total ou parcial, da coisa, decorrente de
sentença judicial ou decisão administrativa, que a atribui a terceiro em virtude de
uma causa jurídica anterior ao contrato. Art. 447 CC Nos contratos onerosos, o
alienante responde pela evicção.
Nesse instituto, temos três figuras, quais sejam: (i) o evictor (terceiro); (ii) o evicto
(adquirente); e (iii) o alienante.
Para a configuração da evicção, há de haver a presença dos seguintes requisitos:
(i) aquisição onerosa do bem; (ii) perda, total ou parcial, da propriedade ou da
posse da coisa alienada; (iii) direito anterior do evictor sobre a coisa (vício na
alienação); e (iv) decisão judicial ou ato administrativo.
Após essa breve introdução, e voltando ao enunciado, temos que o pleito de Caio
há de ser julgado IMPROCEDENTE, uma vez que, na hipótese narrada, não estamos
diante de um caso de evicção, pois ausente qualquer decisão judicial ou
administrativa que tenha determinado a perda dos lotes de terra.
Por outro lado, não há se falar que Caio não poderia pleitear o ressarcimento de
danos morais e materiais advindos da perda da propriedade dos imóveis, mas o
fundamento, nesse caso, não poderia ser a evicção, pois ausente, como já vimos,
um dos requisitos do instituto.
Trata-se de cláusula de garantia que opera de pleno direito, não necessitando, pois,
de estipulação expressa, sendo ínsita nos contratos comutativos onerosos, como
os de compra e venda, permuta, parceria pecuária, sociedade, transação, bem como
na dação em pagamento e na partilha do acervo hereditário. Inexiste, destarte, em
regra, responsabilidade pela evicção nos contratos gratuitos (CC, art. 552), salvo se
se tratar de doação modal (onerosa ou gravada de encargo).
Para a validade contra terceiros deve, de fato, ser estipulada por escrito e
registrada no domicílio do comprador, conforme prevê o artigo 522 do CC:
Art. 522. A cláusula de reserva de domínio será estipulada por escrito e depende de
registro no domicílio do comprador para valer contra terceiros.
15. (CESPE/2019) Com base nas disposições do Código Civil acerca de contratos,
julgue o item subsequente.
O vendedor de coisa imóvel poderá inserir cláusula de retrovenda no contrato de
compra e venda, para reservar a si o direito de recobrar a coisa em até cinco anos,
bastando para a consumação da retrovenda a restituição do valor recebido.
( ) Certo ( ) Errado
Gabarito: LETRA C
A Reserva de Domínio é uma das cláusulas que poderá ser inserida no contrato de
compra e venda de bem MÓVEL, de modo a alterar a regra de que a propriedade é
transferida pela tradição. Diante dessa cláusula, a transferência ficará SUSPENSA até
que ocorra o INTEGRAL PAGAMENTO.
Sobre a cláusula de retrovenda, vamos ler (sim, vamos ler! nada de pular essa parte!)
trecho da obra de Tartuce (vou destacar e usar cores, pra facilitar):
Constitui um pacto inserido no y e venda pelo qual o vendedor reserva-se o direito de
reaver o imóvel que está sendo alienado, dentro de certo prazo (3 anos), restituindo o
preço e reembolsando todas as despesas feitas pelo comprador no período de resgate,
desde que previamente ajustadas (art. 505 do CC). Tais despesas incluem as benfeitorias
necessárias.
Na verdade, essa cláusula especial confere ao vendedor o direito de desfazer a venda,
reavendo de volta o bem alienado dentro do prazo máximo de três anos (prazo
decadencial). Deve ficar claro que a cláusula de retrovenda (pactum de retrovendendo ou
cláusula de resgate) somente é admissível nas vendas de bens imóveis.
(...) percebe-se que a cláusula tem o condão de tornar a compra e venda resolúvel. Assim
sendo, tecnicamente, trata-se de cláusula resolutiva expressa, porque enseja ao vendedor
a possibilidade de desfazer a venda, operando-se o resgate do bem e a consequente
extinção do contrato, reconduzindo as partes ao estado anterior. Em outras palavras, a
propriedade do comprador, até o prazo de três anos, é resolúvel.
Se o comprador se recusar a receber as quantias a que faz jus, o vendedor, para exercer
o direito de resgate, as depositará judicialmente (art. 506 do CC). O dispositivo possibilita
o ingresso da ação de resgate, de rito ordinário (CPC/1973) ou procedimento comum
(CPC/2015), pela qual o vendedor obtém o domínio do imóvel a seu favor, tendo a
demanda eficácia erga omnes, diante do caráter real do instituto. Essa ação é constitutiva
positiva, o que justifica o prazo decadencial de três anos.
Vamos às alternativas:
Gabarito: Letra C
O direito que o vendedor de um imóvel guarda de reavê-lo, no prazo máximo previsto no
Código Civil, restituindo ao comprador o valor recebido e reembolsando-lhe as despesas
— entre elas, as que se efetuaram mediante autorização escrita do proprietário bem como
aquelas destinadas à realização de benfeitorias necessárias —, constitui a
a) venda a contento.
ERRADA. A venda a contento (também chamada de ad gustum ou sujeita à prova)
encontra previsão nos arts. 509 a 512, CC e constitui cláusula especial do contrato de
compra e venda na qual a venda é realizada sob condição suspensiva, ainda que o bem
tenha sido entregue ao comprador, só aperfeiçoando-se quando este último manifesta sua
satisfação/agrado.
b) resolução potestativa.
ERRADA. A resolução potestativa é instituto não previsto no direito brasileiro, mas sim no
direito português, não sendo oportuno trazer seu conceito.
c) retrovenda.
CORRETA. É isso mesmo! Na retrovenda (arts. 505-508, CC), o vendedor reserva-se o
direito de reaver o bem imóvel, objeto da alienação, dentro de determinado prazo
decadencial (máximo de 3 anos), restituindo o preço e reembolsando todas despesas
efetuadas pelo comprador no período de resgate, desde que ajustadas previamente,
incluídas aquelas decorrentes da realização de benfeitorias necessárias.
d) preempção.
ERRADA. A preempção (arts. 513-520, CC), também conhecida como cláusula de
preferência ou prelação convencional, é aquela em que o comprador fica obrigado, na
hipótese de alienação (venda) futura, a oferecer o bem, móvel (prazo de 180 dias) ou
imóvel (prazo de 2 anos), àquele que lhe vendeu, notificando-o, judicial ou
extrajudicialmente, para que exerça o seu direito de prelação em igualdades de
condições, devendo se manifestar, caso não haja outro prazo convencionado pelas
partes, em 3 dias, se for bem móvel, ou 60 dias, no caso de bem imóvel, subsequentes à
notificação (Cf. TARTUCE, Flávio. Manual de direito civil: volume único. São Paulo:
Método, 2011, p. 594).
e) reserva de domínio.
ERRADA. Na reserva de domínio (arts. 521 a 528, CC), também chamada de pactum
reservati dominii, o vendedor de coisa móvel infungível mantém-se no domínio do bem até
que o preço seja pago integralmente pelo comprador, que terá a posse direta do bem.
19. (FCC/2014) Marcia celebrará contrato de compra e venda de imóvel com Isaías
possuindo a intenção de estipular cláusula especial de retrovenda. No tocante à
retrovenda, Márcia.
a) terá que respeitar o prazo decadencial máximo de dois anos previsto no Código Civil
brasileiro.
b) terá que respeitar o prazo prescricional máximo de doze meses previsto no Código
Civil brasileiro.
c) poderá estipular qualquer prazo uma vez que o Código Civil brasileiro não limita o
tempo para o exercício da retomada do imóvel.
d) terá que respeitar o prazo decadencial máximo de três anos previsto no Código Civil
brasileiro.
e) poderá estipular prazo não superior a cinco anos, sendo que este prazo, em casos
excepcionais, poderá ser aumentado conjuntamente pelas partes.
Art. 505 CC. O vendedor de coisa imóvel pode reservar-se o direito de recobrá-la no prazo máximo
de decadência de três anos, restituindo o preço recebido e reembolsando as despesas do
comprador, inclusive as que, durante o período de resgate, se efetuaram com a sua autorização
escrita, ou para a realização de benfeitorias necessárias.
letra D - Retrovenda
Venda com reserva de domínio - O vendedor reserva para si a propriedade do bem até que o
mesmo esteja integralmente pago;
Preempção - O vendedor tem a preferência na compra caso o comprador queira vender o bem;
Retrovenda - Fica acordado que o vendedor irá recomprar o bem, no prazo decadencial de três
anos, pelo memso preço ou outro valor acordado;
Venda a contento - O comprador pode devolver o bem e não efetivar a compra caso não goste da
coisa adquirida
Art. 505 CC. O vendedor de coisa imóvel pode reservar-se o direito de recobrá-la no prazo máximo
de decadência de três anos, restituindo o preço recebido e reembolsando as despesas do
comprador, inclusive as que, durante o período de resgate, se efetuaram com a sua autorização
escrita, ou para a realização de benfeitorias necessárias.
a) Contrato de compra e venda pode ter como objeto coisa futura? Cite exemplos e
caso a coisa futura não venha a existir, quem responderá por esse infortúnio.
O Código Civil em seu art. 483 admite que a compra e venda tenha
por objeto coisas atuais ou futuras.
Por coisa atual entende-se o objeto existente e disponível, ao tempo da celebração do negócio; a
coisa futura, por sua vez, é aquela que, posto ainda não tenha existência real, é de potencial
ocorrência. Imagine-se, por exemplo, a compra de uma safra de cacau que ainda não foi plantada.
Em tal caso, o contrato ficará sem efeito se a coisa não vier a existir, consoante previsto no mesmo
dispositivo, ressalvada a hipótese de as partes terem pretendido pactuar contrato aleatório
A)ERRADO
Art. 497. Sob pena de nulidade, não podem ser comprados, ainda que em hasta pública:
IV - pelos leiloeiros e seus prepostos, os bens de cuja venda estejam encarregados.
B)ERRADO
Art. 497. Sob pena de nulidade, não podem ser comprados, ainda que em hasta pública:
II - pelos servidores públicos, em geral, os bens ou direitos da pessoa jurídica a que
servirem, ou que estejam sob sua administração direta ou indireta;
C)CERTO
Art. 496. É anulável a venda de ascendente a descendente, salvo se os outros
descendentes e o cônjuge do alienante expressamente houverem consentido.
D)ERRADO
Art. 499. É LÍCITA a compra e venda entre cônjuges, com relação a bens excluídos da
comunhão.
E)ERRADO
Art. 496. É anulável a venda de ascendente a descendente, salvo se os outros
descendentes e o cônjuge do alienante expressamente houverem consentido.
Parágrafo único. Em ambos os casos, dispensa-se o consentimento do cônjuge se o
regime de bens for o da separação obrigatória.
I)CERTO
Art. 489. Nulo é o contrato de compra e venda, quando se deixa ao arbítrio exclusivo de
uma das partes a fixação do preço.
II)ERRADO
Art. 490. Salvo cláusula em contrário, ficarão as despesas de escritura e registro a cargo
do comprador, e a cargo do vendedor as da tradição.
III)ERRADO
Art. 492. Até o momento da tradição, os riscos da coisa correm por conta do vendedor, e
os do preço por conta do comprador.
IV)CERTO
Art. 491. Não sendo a venda a crédito, o vendedor não é obrigado a entregar a coisa
antes de receber o preço.
Art. 489. Nulo é o contrato de compra e venda, quando se deixa ao arbítrio exclusivo de uma das
partes a fixação do preço.
GABARITO C
Art. 484. Se a venda se realizar à vista de amostras, protótipos ou modelos, entender-se-á
que o vendedor assegura ter a coisa as qualidades que a elas correspondem.
Parágrafo único. Prevalece a amostra, o protótipo ou o modelo, se houver contradição ou
diferença com a maneira pela qual se descreveu a coisa no contrato.
a) Art. 521. Na venda de coisa móvel, pode o vendedor reservar para si a propriedade,
até que o preço esteja integralmente pago.
d) Art. 505. O vendedor de coisa imóvel pode reservar-se o direito de recobrá-la no prazo máximo
de decadência de três anos, restituindo o preço recebido e reembolsando as despesas do
comprador, inclusive as que, durante o período de resgate, se efetuaram com a sua autorização
escrita, ou para a realização de benfeitorias necessárias.
e) Art. 509. A venda feita a contento do comprador entende-se realizada sob condição suspensiva,
ainda que a coisa lhe tenha sido entregue; e não se reputará perfeita, enquanto o adquirente não
manifestar seu agrado.Art. 510. Também a venda sujeita a prova presume-se feita sob a condição
suspensiva de que a coisa tenha as qualidades asseguradas pelo vendedor e seja idônea para o
fim a que se destina.
b) ERRADA: “Art. 509. A venda feita a contento do comprador entende-se realizada sob
condição suspensiva, ainda que a coisa lhe tenha sido entregue; e não se reputará
perfeita, enquanto o adquirente não manifestar seu agrado”.
c) ERRADA: “Art. 529. Na venda sobre documentos, a tradição da coisa é substituída pela
entrega do seu título representativo e dos outros documentos exigidos pelo contrato ou,
no silêncio deste, pelos usos”.
e) CORRETA: A venda com reserva de domínio é disciplinada, nos seguintes termos: “Art.
521. Na venda de coisa móvel, pode o vendedor reservar para si a propriedade, até que o
preço esteja integralmente pago”. Foi exatamente o que ocorreu no caso em questão:
Paulo reservou para si a propriedade, até o pagamento integral do preço.
Art. 505. O vendedor de coisa imóvel pode reservar-se o direito de recobrá-la no prazo máximo
de decadência de três anos, restituindo o preço recebido e reembolsando as despesas do
comprador, inclusive as que, durante o período de resgate, se efetuaram com a sua autorização
escrita, ou para a realização de benfeitorias necessárias.
Art. 505. O vendedor de coisa imóvel pode reservar-se o direito de recobrá-la no prazo
máximo de decadência de três anos, restituindo o preço recebido e reembolsando as
despesas do comprador, inclusive as que, durante o período de resgate, se efetuaram
com a sua autorização escrita, ou para a realização de benfeitorias necessárias.
Gabarito é letra C. Refere-se a uma cessão de contrato por isso a promessa de liberação.
Não é assunção porque necessita da anuência do credor. A questão esclarece que entre
elas não fora combinado e que POR PRECAUÇÃO ela tentou alterar o devedor.
A) (INCORRETA) A venda não é nula (art. 104 - objeto licito, possível, determinado,
determinável, prescrito ou não defeso em lei.)
B) (INCORRETA) A assunção DEPENDE DA ANUÊNCIA. O que não depende basta a
notificação é a cessão de crédito.
C) CORRETA
D) (INCORRETA) Houve um cessão de débito já que as parcelas estavam em aberto.
E) (INCORRETA) Elas não acordaram a cessão de débito com anuência do credor. O
contrato foi de compra e venda e ela tinha conhecimento que a divida ficaria no nome de
Marcela até a transferencia (promessa). Então não há que se falar em erro de direito por
exemplo. Ela tinha ciência.
Gabarito: Letra D.
Evicção, em linhas gerais, é a perda, total ou parcial, da coisa, decorrente de
sentença judicial ou decisão administrativa, que a atribui a terceiro em virtude de
uma causa jurídica anterior ao contrato. Art. 447 CC Nos contratos onerosos, o
alienante responde pela evicção.
Nesse instituto, temos três figuras, quais sejam: (i) o evictor (terceiro); (ii) o evicto
(adquirente); e (iii) o alienante.
Após essa breve introdução, e voltando ao enunciado, temos que o pleito de Caio
há de ser julgado IMPROCEDENTE, uma vez que, na hipótese narrada, não estamos
diante de um caso de evicção, pois ausente qualquer decisão judicial ou
administrativa que tenha determinado a perda dos lotes de terra.
Trata-se de cláusula de garantia que opera de pleno direito, não necessitando, pois,
de estipulação expressa, sendo ínsita nos contratos comutativos onerosos, como
os de compra e venda, permuta, parceria pecuária, sociedade, transação, bem como
na dação em pagamento e na partilha do acervo hereditário. Inexiste, destarte, em
regra, responsabilidade pela evicção nos contratos gratuitos (CC, art. 552), salvo se
se tratar de doação modal (onerosa ou gravada de encargo).
Para a validade contra terceiros deve, de fato, ser estipulada por escrito e
registrada no domicílio do comprador, conforme prevê o artigo 522 do CC:
Art. 522. A cláusula de reserva de domínio será estipulada por escrito e depende de
registro no domicílio do comprador para valer contra terceiros.
15. (CESPE/2019) Com base nas disposições do Código Civil acerca de contratos,
julgue o item subsequente.
O vendedor de coisa imóvel poderá inserir cláusula de retrovenda no contrato de
compra e venda, para reservar a si o direito de recobrar a coisa em até cinco anos,
bastando para a consumação da retrovenda a restituição do valor recebido.
( ) Certo ( ) Errado
Gabarito: LETRA C
A Reserva de Domínio é uma das cláusulas que poderá ser inserida no contrato de
compra e venda de bem MÓVEL, de modo a alterar a regra de que a propriedade é
transferida pela tradição. Diante dessa cláusula, a transferência ficará SUSPENSA até
que ocorra o INTEGRAL PAGAMENTO.
Sobre a cláusula de retrovenda, vamos ler (sim, vamos ler! nada de pular essa parte!)
trecho da obra de Tartuce (vou destacar e usar cores, pra facilitar):
Constitui um pacto inserido no y e venda pelo qual o vendedor reserva-se o direito de
reaver o imóvel que está sendo alienado, dentro de certo prazo (3 anos), restituindo o
preço e reembolsando todas as despesas feitas pelo comprador no período de resgate,
desde que previamente ajustadas (art. 505 do CC). Tais despesas incluem as benfeitorias
necessárias.
Na verdade, essa cláusula especial confere ao vendedor o direito de desfazer a venda,
reavendo de volta o bem alienado dentro do prazo máximo de três anos (prazo
decadencial). Deve ficar claro que a cláusula de retrovenda (pactum de retrovendendo ou
cláusula de resgate) somente é admissível nas vendas de bens imóveis.
(...) percebe-se que a cláusula tem o condão de tornar a compra e venda resolúvel. Assim
sendo, tecnicamente, trata-se de cláusula resolutiva expressa, porque enseja ao vendedor
a possibilidade de desfazer a venda, operando-se o resgate do bem e a consequente
extinção do contrato, reconduzindo as partes ao estado anterior. Em outras palavras, a
propriedade do comprador, até o prazo de três anos, é resolúvel.
Se o comprador se recusar a receber as quantias a que faz jus, o vendedor, para exercer
o direito de resgate, as depositará judicialmente (art. 506 do CC). O dispositivo possibilita
o ingresso da ação de resgate, de rito ordinário (CPC/1973) ou procedimento comum
(CPC/2015), pela qual o vendedor obtém o domínio do imóvel a seu favor, tendo a
demanda eficácia erga omnes, diante do caráter real do instituto. Essa ação é constitutiva
positiva, o que justifica o prazo decadencial de três anos.
Vamos às alternativas:
Gabarito: Letra C
O direito que o vendedor de um imóvel guarda de reavê-lo, no prazo máximo previsto no
Código Civil, restituindo ao comprador o valor recebido e reembolsando-lhe as despesas
— entre elas, as que se efetuaram mediante autorização escrita do proprietário bem como
aquelas destinadas à realização de benfeitorias necessárias —, constitui a
a) venda a contento.
ERRADA. A venda a contento (também chamada de ad gustum ou sujeita à prova)
encontra previsão nos arts. 509 a 512, CC e constitui cláusula especial do contrato de
compra e venda na qual a venda é realizada sob condição suspensiva, ainda que o bem
tenha sido entregue ao comprador, só aperfeiçoando-se quando este último manifesta sua
satisfação/agrado.
b) resolução potestativa.
ERRADA. A resolução potestativa é instituto não previsto no direito brasileiro, mas sim no
direito português, não sendo oportuno trazer seu conceito.
c) retrovenda.
CORRETA. É isso mesmo! Na retrovenda (arts. 505-508, CC), o vendedor reserva-se o
direito de reaver o bem imóvel, objeto da alienação, dentro de determinado prazo
decadencial (máximo de 3 anos), restituindo o preço e reembolsando todas despesas
efetuadas pelo comprador no período de resgate, desde que ajustadas previamente,
incluídas aquelas decorrentes da realização de benfeitorias necessárias.
d) preempção.
ERRADA. A preempção (arts. 513-520, CC), também conhecida como cláusula de
preferência ou prelação convencional, é aquela em que o comprador fica obrigado, na
hipótese de alienação (venda) futura, a oferecer o bem, móvel (prazo de 180 dias) ou
imóvel (prazo de 2 anos), àquele que lhe vendeu, notificando-o, judicial ou
extrajudicialmente, para que exerça o seu direito de prelação em igualdades de
condições, devendo se manifestar, caso não haja outro prazo convencionado pelas
partes, em 3 dias, se for bem móvel, ou 60 dias, no caso de bem imóvel, subsequentes à
notificação (Cf. TARTUCE, Flávio. Manual de direito civil: volume único. São Paulo:
Método, 2011, p. 594).
e) reserva de domínio.
ERRADA. Na reserva de domínio (arts. 521 a 528, CC), também chamada de pactum
reservati dominii, o vendedor de coisa móvel infungível mantém-se no domínio do bem até
que o preço seja pago integralmente pelo comprador, que terá a posse direta do bem.
19. (FCC/2014) Marcia celebrará contrato de compra e venda de imóvel com Isaías
possuindo a intenção de estipular cláusula especial de retrovenda. No tocante à
retrovenda, Márcia.
a) terá que respeitar o prazo decadencial máximo de dois anos previsto no Código Civil
brasileiro.
b) terá que respeitar o prazo prescricional máximo de doze meses previsto no Código
Civil brasileiro.
c) poderá estipular qualquer prazo uma vez que o Código Civil brasileiro não limita o
tempo para o exercício da retomada do imóvel.
d) terá que respeitar o prazo decadencial máximo de três anos previsto no Código Civil
brasileiro.
e) poderá estipular prazo não superior a cinco anos, sendo que este prazo, em casos
excepcionais, poderá ser aumentado conjuntamente pelas partes.
Art. 505 CC. O vendedor de coisa imóvel pode reservar-se o direito de recobrá-la no prazo máximo
de decadência de três anos, restituindo o preço recebido e reembolsando as despesas do
comprador, inclusive as que, durante o período de resgate, se efetuaram com a sua autorização
escrita, ou para a realização de benfeitorias necessárias.
letra D - Retrovenda
Venda com reserva de domínio - O vendedor reserva para si a propriedade do bem até que o
mesmo esteja integralmente pago;
Preempção - O vendedor tem a preferência na compra caso o comprador queira vender o bem;
Preferência - é o mesmo que preempção
Retrovenda - Fica acordado que o vendedor irá recomprar o bem, no prazo decadencial de três
anos, pelo memso preço ou outro valor acordado;
Venda a contento - O comprador pode devolver o bem e não efetivar a compra caso não goste da
coisa adquirida
Art. 505 CC. O vendedor de coisa imóvel pode reservar-se o direito de recobrá-la no prazo máximo
de decadência de três anos, restituindo o preço recebido e reembolsando as despesas do
comprador, inclusive as que, durante o período de resgate, se efetuaram com a sua autorização
escrita, ou para a realização de benfeitorias necessárias.
a) Contrato de compra e venda pode ter como objeto coisa futura? Cite exemplos e
caso a coisa futura não venha a existir, quem responderá por esse infortúnio.
O Código Civil em seu art. 483 admite que a compra e venda tenha
por objeto coisas atuais ou futuras.
Por coisa atual entende-se o objeto existente e disponível, ao tempo da celebração do negócio; a
coisa futura, por sua vez, é aquela que, posto ainda não tenha existência real, é de potencial
ocorrência. Imagine-se, por exemplo, a compra de uma safra de cacau que ainda não foi plantada.
Em tal caso, o contrato ficará sem efeito se a coisa não vier a existir, consoante previsto no mesmo
dispositivo, ressalvada a hipótese de as partes terem pretendido pactuar contrato aleatório