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Imunossenescência – IESC VI

Aluna: Maria Fernanda Shiroma Taschin (RA: 212600)


6º período – T4
Atividade do dia 28 de setembro de 2022

Conceito: estado de função imunológica desregulada, nos idosos.


Implicação: aumento da suscetibilidade a infecções, câncer e autoimunidade, e
redução da resposta vacinal.
Etiologia: multifatorial.
Fisiopatologia: ocorre a diminuição da capacidade de renovação das células do
sistema imunológico, a partir das células tronco hematopoiéticas; diminuição do
número de células maduras; alterações no compartimento de células T; estado
de inflamação crônico (inflammaging) – aumento em 2 a 4 vezes dos níveis de
marcadores séricos de mediadores inflamatórios (marcadores preditivos de
mortalidade).
A principal função do sistema imunológico é a de combater agentes infecciosos
e eliminar células malignas. Essas ações são efetuadas por dois mecanismos:
imunidade inata e adaptativa. Ou sejam o envelhecimento imunológico abrange
o contato com antígenos, e o armazenamento e memória imunológica.
Manifestação clínica: aumento da susceptibilidade às infecções.
1. Alterações do compartimento de células-tronco hematopoiéticas e
células progenitoras linfoides
As alterações dos nichos e na produção hormonal podem influenciar a
autorrenovação e os compartimentos das linhagens das células-tronco
hematopoiéticas. A habilidade destas células-tronco proliferarem se
correlaciona inversamente com a idade.
2. Alterações na imunidade inata

3. Alterações na imunidade adaptativa


4. Inflamação
Após trauma ou infecção, macrófagos e monócitos liberam citocinas como
TNF-ⲁ e IL-6 que atuam como mediadores moleculares e são responsáveis
pela progressão para uma resposta inflamatória sistêmica abrangendo
múltiplos órgãos. Uma alteração molecular pode estimular a resposta imune
inata, contribuindo para manter esse estado pró-inflamatório.

Resposta à vacinação em idosos


A redução da eficácia da vacinação em idosos é atribuída a fatores como
diminuição da capacidade fagocítica de neutrófilos e macrófagos e redução do
número de células de Langerhans na epiderme. Além disso, o estímulo crônico
de inflamação comprometa a capacidade do organismo idoso de reconhecer
tantos patógenos quanto vacinas como “sinais de perigo”.

Fatores anti-imunossenescência
Estudos longitudinais com grupos de seres humanos saudáveis e centenários
mostraram que essa faixa etária é capaz de neutralizar os efeitos das
respostas inflamatórias relacionadas com doenças crônico-degenerativas
próprias do envelhecimento pela ação de citocinas anti-inflamatórias, como a
IL-10 e TGF-β1, sem alterar a imunidade contra agentes infecciosos. Assim,
apresentam o retardamento da imunossenescência.
Vários estudos vêm evidenciando que fatores nutricionais desempenham papel
importante na resposta imune tanto de indivíduos imunocompetentes quanto de
portadores de imunodeficiências, como deficiência de zinco e carência de
proteínas. A queda nos níveis de zinco foi associada a baixas respostas à
vacinação contra difteria e influenza, assim como à Doença de Alzheimer. Além
dos fatores nutricionais, exercícios físicos regulares de força foram associados
com o aumento da imunidade em idosos.

Vacinação
Calendário de vacinação da Sociedade Brasileira de Imunizações (SBIm)
2022/2023
Rotina:
Influenza: dose única anual
Pneumocócicas: iniciar com uma dose da VPC13 seguida de uma dose de
VPP23 6 a 12 meses depois, e uma segunda dose de VPP23 5 anos após a
primeira
Herpes zoster: VZA (atenuada) – dose única e VZR (inativada) – duas doses
com intervalo de 2 meses
dTpa ou dTpa-VIP e dT:
 Com esquema de vacinação básico completo: reforço com dTpa a cada
10 anos
 Com esquema de vacinação básico incompleto: uma dose de dTpa a
qualquer momento e completar a vacinação básica com 1 ou 2 doses de
dT
 Não vacinados e/ou histórico vacinal desconhecido: uma dose de dTpa e
duas doses de dT no esquema 0 – 2 – 4 a 8 meses
Hepatite B: três doses no esquema – 0 – 1 – 6 meses
Covid-19

Em situações especiais:
Hepatite A: duas doses no esquema 0 – 6 meses
Hepatite A e B: três doses no esquema 0 – 1 – 6 meses
Febre amarela: dose única
Meningocócicas conjugadas ACWY ou C: uma dose
Tríplice viral (sarampo, caxumba e rubéola): uma dose

Referências:
http://www.sbai.org.br/revistas/vol355/Imunossenescencia.pdf
https://www.arca.fiocruz.br/bitstream/handle/icict/28948/
danuza_esquenazi_IOC_2008.pdf?sequence=2&isAllowed=y
https://sbim.org.br/images/calendarios/calend-sbim-idoso.pdf

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