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20/11/2022 17:06 Uso da estimulação elétrica nervosa transcutânea como adjuvante à analgesia peridural no manejo da dor aguda da toracot…

Indiano J Anaesth. 2010 Mar-Abr; 54(2): 116–120. PMCID: PMC2900733


doi:  10.4103/0019-5049.63648 PMID: 20661348

Uso da estimulação elétrica nervosa transcutânea como adjuvante à analgesia


epidural no tratamento da dor aguda da toracotomia
Alka Chandra , Jayant N Banavaliker , Pradeep K Das,e Sheel Hasti

Abstrato

O presente estudo randomizado foi conduzido em nosso instituto de medicina pulmonar e tu‐
berculose durante um período de 1 ano. Este estudo teve como objetivo avaliar a eficá cia da
estimulaçã o elé trica nervosa transcutâ nea (TENS) como adjuvante à analgesia peridural
torá cica para o tratamento da dor pó s-operató ria em pacientes submetidos à toracotomia pos‐
terolateral para decorticaçã o do pulmã o. Sessenta pacientes na faixa etá ria de 15 a 40 anos
programados para serem submetidos à toracotomia pó stero-lateral eletiva foram divididos em
dois grupos de 30 cada. Os pacientes foram alternadamente designados para um dos grupos.
No grupo I, apenas analgesia peridural torá cica com anesté sicos locais foi administrada em in‐
tervalos regulares; no entanto, um aparelho idê ntico que nã o forneceu uma corrente elé trica
foi aplicado aos pacientes de controle (ou seja, grupo I). Enquanto no grupo II, A TENS foi ini‐
ciada imediatamente no período de recuperaçã o, alé m da analgesia peridural. Uma escala vis‐
ual analó gica (VAS) de 0 a 10 foi usada para avaliar a dor em intervalos regulares. A
hemodinâ mica també m foi estudada em intervalos regulares de 2 horas durante as primeiras
10 horas apó s a cirurgia. Quando o escore VAS era maior que trê s, analgesia intramuscular
com diclofenaco só dico era administrada. O escore VAS e a pressã o arterial sistó lica foram
comparáveis ​no pó s-operató rio imediato (P = NS), mas o escore VAS foi significativamente
menor no grupo II em 2, 4, 6, 8 h ( P < 0,01, P < 0,05, P < 0,05, P < 0,05, respectivamente) e em
10 h o valor de P nã o foi significativo. Da mesma forma, a pressã o arterial sistó lica foi significa‐
tivamente menor no grupo II em 2, 4, 6 h apó s a cirurgia, ou seja, P < 0,02, P < 0,01, P< 0,01,
respectivamente, mas em 8 e 10 h as pressõ es foram comparáveis ​em ambos os grupos. A
adiçã o de TENS à analgesia peridural levou a uma reduçã o significativa da dor sem sequelas. A
hemodinâ mica foi significativamente estável no grupo II em comparaçã o com o grupo I. TENS é
uma estraté gia valiosa para aliviar a dor pó s-operató ria apó s cirurgia torá cica sem efeitos co‐
laterais e com boa estabilidade hemodinâ mica; no entanto, os efeitos sã o de curta duraçã o.

Palavras-chave: Dor pós- operató ria, analgesia peridural torá cica, toracotomia, estimulaçã o
elé trica nervosa transcutâ nea

INTRODUÇÃ O

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A dor pó s-operató ria descontrolada pode produzir uma sé rie de efeitos prejudiciais agudos e
crô nicos. A atenuaçã o da fisiopatologia perioperató ria que ocorre durante a cirurgia por meio
da reduçã o da entrada nociceptiva no sistema nervoso central (SNC) e otimizaçã o da analgesia
perioperató ria pode diminuir as complicaçõ es e facilitar a recuperaçã o dos pacientes durante
o período pó s-operató rio imediato e apó s a alta hospitalar.[ 1] A analgesia peridural com
anesté sicos locais e opió ides é uma das té cnicas recomendadas para o controle da dor pó s-
operató ria. Fornece analgesia pó s-operató ria superior, limita a regressã o do bloqueio senso‐
rial e possivelmente diminui a dose de anesté sico local administrado, embora a incidê ncia de
efeitos colaterais possa ou nã o ser diminuída. Em um estudo de Cooper, quando bupivacaína e
fentanil foram combinados, o bloqueio sensorial aumentou, mas o prurido nã o diminuiu.[ 2]
Para evitar os efeitos colaterais dos opioides e limitar a dose dos anesté sicos locais, decidimos
adicionar a estimulaçã o elé trica nervosa transcutâ nea (TENS) para intensificar o alívio da dor.
Fá rmacos como clonidina, cetamina, tramadol, fentanil, midazolam, neostigmina, etc., foram tes‐
tados como adjuvantes de agentes anesté sicos locais com taxas de sucesso variadas.[ 3] Este
estudo foi desenhado para avaliar o papel de adjuvantes nã o farmacoló gicos como TENS com
analgesia peridural para toracotomias pó stero-laterais. Os objetivos deste estudo foram com‐
parar o grau de alívio da dor, a necessidade de analgé sicos adicionais e as alteraçõ es hemodi‐
nâ micas associadas pela adiçã o de TENS. Em um estudo em que TENS foi usado em laminecto‐
mia juntamente com morfina, descobriu-se que nã o oferecia nenhuma vantagem sobre um pla‐
cebo no tratamento da dor aguda pó s-operató ria nos pacientes.[ 4 ] Benedetti et al.. enfatiza‐
ram que a ausê ncia de complicaçõ es e efeitos colaterais da TENS em comparaçã o com analgé ‐
sicos opioides convencionais e nã o opioides torna a estimulaçã o elé trica um procedimento te‐
rapê utico seguro e confiável. O tratamento com TENS nã o foi eficaz no grupo de toracotomia
pó stero-lateral, mas foi ú til como adjuvante de outras medicaçõ es nos grupos de toracotomia
com preservaçã o muscular, costotomia e esternotomia. A TENS nã o é de grande benefício em
comparaçã o com os analgé sicos opioides e nã o opioides usuais quando a intensidade da dor é
alta, mas pode ser usada como adjuvante de outros medicamentos quando a dor é moderada e
pode ser a ú nica terapia para dor quando a dor é leve.[ 5] Narcó ticos usados ​por via peridural
estã o associados a efeitos colaterais indesejáveis, como depressã o respirató ria, sedaçã o, ná u‐
sea, vô mito e prurido. Portanto, mé todos auxiliares que podem limitar os efeitos colaterais dos
narcó ticos sã o de considerável interesse. A TENS tem sido utilizada para controlar a dor pó s-
operató ria apó s vá rios procedimentos, por exemplo, operaçõ es cardíacas, colecistectomia, ce‐
sariana e toracotomia. O efeito da TENS foi avaliado em pacientes de toracotomia e descobriu-
se que o grupo TENS apresentou escores de dor mais baixos, estadias de recuperaçã o mais
curtas e melhor tolerâ ncia à fisioterapia respirató ria sem complicaçõ es respirató rias.[ 6 ]

MÉ TODOS

Depois de obter a aprovaçã o do comitê de é tica institucional, 60 pacientes na faixa etá ria de 15
a 40 anos de ambos os sexos submetidos a toracotomias eletivas para decorticaçã o foram in‐
cluídos neste estudo. Os pacientes foram divididos aleatoriamente em dois grupos de 30 cada.
Um grupo recebeu apenas analgesia peridural com anesté sicos locais e o outro recebeu TENS
com analgesia peridural no pó s-operató rio. Pacientes com coagulopatia, doenças neuroló gicas,
deformidades da coluna, diabetes mellitus, implante de marca-passo foram excluídos do
estudo.

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Todos os pacientes foram submetidos a cateterismo peridural antes da anestesia. O cateter foi
colocado no espaço T7–8 atravé s da agulha de Tuohy 18G tomando todas as precauçõ es as‐
sé pticas e antissé pticas. Uma dose teste com 2 ml de lidocaína a 2% foi administrada a todos
os pacientes. Uma té cnica de anestesia geral padrã o foi adotada. A analgesia peridural foi ad‐
ministrada com 10 ml de bupivacaína a 0,25% a cada hora em todos os pacientes no intraope‐
rató rio. A ú ltima dose de analgesia foi administrada 15 minutos antes do fechamento em todos
os pacientes. Os pacientes de ambos os grupos receberam analgesia peridural com 10 ml de
bupivacaína a 0,125% com intervalo de 2 horas. Anotou-se o horá rio em que o paciente foi
transferido para a sala de recuperaçã o. No pó s-operató rio, a TENS foi iniciada imediatamente
nos pacientes do grupo II por meio de estimulador portá til. A corrente elé trica foi fornecida
por dois eletrodos de superfície autoadesivos, colocados em cada lado da incisã o, aproximada‐
mente 3 a 4 cm da linha de sutura. Durante o período de tratamento de 45 minutos, a frequê n‐
cia foi mantida constante em 80 Hz. A escala visual analó gica (EVA) foi apresentada aos pacien‐
tes no pré -operató rio. Eles foram solicitados a quantificar sua dor usando um VAS de 10 cm
imediatamente apó s a mudança para a recuperaçã o e, em seguida, 2, 4, 6, 8 e 10 h apó s a ci‐
rurgia. Um aparelho idê ntico que nã o forneceu uma corrente elé trica foi aplicado aos pacien‐
tes de controle (ou seja, grupo I). Os pacientes que tiveram um escore VAS maior que 3 foram
suplementados com diclofenaco só dico intramuscular. A hemodinâ mica, ou seja, a pressã o ar‐
terial sistó lica foi registrada regularmente conforme planejado e plotada contra o tempo. colo‐
cados em ambos os lados da incisã o, aproximadamente 3-4 cm da linha de sutura. Durante o
período de tratamento de 45 minutos, a frequê ncia foi mantida constante em 80 Hz. A escala
visual analó gica (EVA) foi apresentada aos pacientes no pré -operató rio. Eles foram solicitados
a quantificar sua dor usando um VAS de 10 cm imediatamente apó s a mudança para a recupe‐
raçã o e, em seguida, 2, 4, 6, 8 e 10 h apó s a cirurgia. Um aparelho idê ntico que nã o forneceu
uma corrente elé trica foi aplicado aos pacientes de controle (ou seja, grupo I). Os pacientes
que tiveram um escore VAS maior que 3 foram suplementados com diclofenaco só dico intra‐
muscular. A hemodinâ mica, ou seja, a pressã o arterial sistó lica foi registrada regularmente
conforme planejado e plotada contra o tempo. colocados em ambos os lados da incisã o, apro‐
ximadamente 3-4 cm da linha de sutura. Durante o período de tratamento de 45 minutos, a
frequê ncia foi mantida constante em 80 Hz. A escala visual analó gica (EVA) foi apresentada aos
pacientes no pré -operató rio. Eles foram solicitados a quantificar sua dor usando um VAS de 10
cm imediatamente apó s a mudança para a recuperaçã o e, em seguida, 2, 4, 6, 8 e 10 h apó s a
cirurgia. Um aparelho idê ntico que nã o forneceu uma corrente elé trica foi aplicado aos pacien‐
tes de controle (ou seja, grupo I). Os pacientes que tiveram um escore VAS maior que 3 foram
suplementados com diclofenaco só dico intramuscular. A hemodinâ mica, ou seja, a pressã o ar‐
terial sistó lica foi registrada regularmente conforme planejado e plotada contra o tempo. a
frequê ncia foi mantida constante em 80 Hz. A escala visual analó gica (EVA) foi apresentada aos
pacientes no pré -operató rio. Eles foram solicitados a quantificar sua dor usando um VAS de 10
cm imediatamente apó s a mudança para a recuperaçã o e, em seguida, 2, 4, 6, 8 e 10 h apó s a
cirurgia. Um aparelho idê ntico que nã o forneceu uma corrente elé trica foi aplicado aos pacien‐
tes de controle (ou seja, grupo I). Os pacientes que tiveram um escore VAS maior que 3 foram
suplementados com diclofenaco só dico intramuscular. A hemodinâ mica, ou seja, a pressã o ar‐
terial sistó lica foi registrada regularmente conforme planejado e plotada contra o tempo. a
frequê ncia foi mantida constante em 80 Hz. A escala visual analó gica (EVA) foi apresentada aos
pacientes no pré -operató rio. Eles foram solicitados a quantificar sua dor usando um VAS de 10
cm imediatamente apó s a mudança para a recuperaçã o e, em seguida, 2, 4, 6, 8 e 10 h apó s a
cirurgia. Um aparelho idê ntico que nã o forneceu uma corrente elé trica foi aplicado aos pacien‐
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tes de controle (ou seja, grupo I). Os pacientes que tiveram um escore VAS maior que 3 foram
suplementados com diclofenaco só dico intramuscular. A hemodinâ mica, ou seja, a pressã o ar‐
terial sistó lica foi registrada regularmente conforme planejado e plotada contra o tempo. Um
aparelho idê ntico que nã o forneceu uma corrente elé trica foi aplicado aos pacientes de con‐
trole (ou seja, grupo I). Os pacientes que tiveram um escore VAS maior que 3 foram suplemen‐
tados com diclofenaco só dico intramuscular. A hemodinâ mica, ou seja, a pressã o arterial sistó ‐
lica foi registrada regularmente conforme planejado e plotada contra o tempo. Um aparelho
idê ntico que nã o forneceu uma corrente elé trica foi aplicado aos pacientes de controle (ou
seja, grupo I). Os pacientes que tiveram um escore VAS maior que 3 foram suplementados com
diclofenaco só dico intramuscular. A hemodinâ mica, ou seja, a pressã o arterial sistó lica foi re‐
gistrada regularmente conforme planejado e plotada contra o tempo.

Os efeitos colaterais, se houver, també m foram observados e anotados. Os dados foram anali‐
sados ​pelo teste qui-quadrado e os valores de P foram calculados. P < 0,05 foi considerado
significativo.

RESULTADOS

Neste estudo, 60 pacientes pertencentes a ambos os sexos foram divididos em dois grupos de
30 cada: grupo I analgesia peridural e grupo II analgesia peridural + TENS.

Aná lise e comparaçã o sã o discutidas posteriormente. Como mostrado emtabela 1, os pacientes


em ambos os grupos eram jovens e comparáveis ​( P = NS). A razã o sexual nos dois grupos é
mostrada emmesa 2que també m é comparável.

tabela 1

Idade média em dois grupos

Anos de idade) Grupo I Grupo II

15–20 5 13
21–25 6 6
26–30 7 2
31–35 5 5
36–40 7 4
Média ± DP 28.7 ± 7.47 25.06 ± 7.32

SD, desvio padrão

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mesa 2

Proporção sexual nos dois grupos

Grupos Macho Fêmea Total

EU 15 15 30
II 16 14 30

Os intervalos de tempo sã o os seguintes:

A: Pó s-operató rio imediato; B: 2 h apó s a cirurgia; C: 4 h apó s a cirurgia; D: 6 h apó s a cirurgia;


E: 8 h apó s a cirurgia; F: 10 h apó s a cirurgia.

Como mostrado emTabela 3, os valores mé dios basais da pressã o arterial sistó lica em ambos
os grupos foram comparáveis ​no pó s-operató rio imediato. No grupo II a pressã o arterial sistó ‐
lica diminuiu significativamente em 2 h ( P < 0,02), 4 h ( P < 0,01), 6 h ( P < 0,01) apó s a cirur‐
gia em comparaçã o com o grupo onde nã o foi aplicada a TENS. No entanto, a pressã o arterial
foi comparável em 8 e 10 h em ambos os grupos ( P = NS) [figura 1].

figura 1

A média da PA sistó lica plotada contra o tempo.

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Tabela 3

Pressão arterial sistó lica em intervalo predefinido

Intervalo de tempo Grupo I Grupo II valor P

UMA 125.80 ± 10.65 125.33 ± 10.05 NS


B 125.80 ± 10.65 121.06 ± 7.42 < 0,02 **
C 125.56 ± 10.47 121.20 ± 7.62 < 0,01 ***
D 126.06 ± 10.56 121.13 ± 7.89 < 0,01 ***
E 126.20 ± 10.76 121.66 ± 7.41 NS
F 119.33 ± 5.86 118.93 ± 5.57 NS

*
P < 0,05
** P < 0,02
***
P < 0,01
É o grau de significância das diferenças na pressão arterial sistó lica entre os dois grupos onde P <0,05 é con‐
siderado significativo, NS: Não significativo

Como mostrado emTabela 4, os valores do escore VAS foram comparáveis ​no pó s-operató rio
imediato. No entanto, no grupo II a dor diminuiu significativamente onde a TENS foi adicionada
em relaçã o ao grupo I onde a TENS nã o foi complementada no pó s-operató rio imediato. A dor
foi significativamente menor em 2, 4, 6 e 8 h apó s a cirurgia no grupo II em comparaçã o ao
grupo I, no qual apenas analgesia peridural foi administrada. Os escores de dor foram compa‐
ráveis ​em ambos os grupos 10 horas apó s a cirurgia.Figura 2].

Figura 2

Pontuação VAS média plotada contra o tempo

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Tabela 4

Pontuação VAS em intervalos predefinidos

Intervalo de tempo Grupo I Grupo II valor P

UMA 0.73 ± 0.73 0.66 ± 0.60 NS


B 1.47 ± 0.86 0.70 ± 0.53 < 0,01 ***
C 1.87 ± 0.82 1.23 ± 0.85 < 0,05 *
D 1.53 ± 0.97 0.93 ± 0.78 < 0,05 *
E 1.86 ± 0.81 1.23 ± 0.85 < 0,05 *
F 1.56 ± 1.10 1.16 ± 1.11 NS

NS: Não significativo


*P <0,05
**
P <0,02
***
P <0,01

DISCUSSÃ O

Apesar do grande interesse em compreender o mecanismo e o manejo da dor, muitos pacien‐


tes sofrem de dor ainda hoje. Assim, fica claro que a soluçã o para a dor pó s-operató ria nã o é
apenas desenvolver uma ú nica té cnica ou um medicamento para aliviá -la, mas implementar
protocolos simples que se adequem a diferentes contextos com estraté gias para explorar os
conhecimentos disponíveis. Os anestesiologistas, com sua experiê ncia na compreensã o da fisi‐
opatologia da dor, conhecimento té cnico e comprometimento, podem organizar e gerenciar
serviços de dor em todo o hospital.

No instituto onde o estudo foi realizado, recebemos a maioria dos pacientes tuberculosos para
toracotomia. Esses pacientes geralmente sã o desnutridos com padrõ es pulmonares restritivos
no teste de funçã o pulmonar e tê m testes de funçã o hepá tica alterados. Uma toracotomia é
uma incisã o dolorosa, pois envolve mú ltiplas camadas musculares, ressecçõ es de costelas e
movimento contínuo enquanto o paciente respira. O alívio da dor é particularmente impor‐
tante nã o apenas para manter o paciente confortável, mas també m para minimizar as compli‐
caçõ es pulmonares. Permite aos pacientes deambular e respirar normalmente (sem talas) e
tossir profundamente.[ 7] Embora seja rotina administrar analgesia peridural torá cica com
anesté sicos locais, o alívio da dor nã o é adequado com os anesté sicos locais e os pacientes
queixam-se de dor. O aumento da dose de anesté sicos locais por cateter peridural torá cico leva
à hipotensã o. Como o hospital nã o possui unidade de terapia intensiva, geralmente evita-se ad‐
ministrar narcó ticos a pacientes altamente comprometidos para evitar os efeitos colaterais dos
narcó ticos, como ná useas, vô mitos, depressã o respirató ria etc. Decidimos adicionar TENS em
vez de narcó ticos como TENS també m demonstrou ativar os receptores opioides e nã o tem
efeitos colaterais e se adapta à nossa configuraçã o.

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Embora a farmacoterapia seja parte integrante do manejo da dor aguda, é preciso examinar
vá rias outras metodologias para aliviar a dor pó s-operató ria. Os mé todos nã o farmacoló gicos
podem ser utilizados como adjuvantes ao principal mé todo de alívio da dor. Uma abordagem
holística pode cortar custos e reduzir as complicaçõ es associadas ao uso e dosagem de medi‐
camentos opioides e nã o opioides. Muito interesse está sendo mostrado na medicina comple‐
mentar e alternativa para o tratamento da dor crô nica, que pode ser aplicada para a dor
aguda. Fitoterapia, hipnose, homeopatia, toque terapê utico, meditaçã o, TENS, acupuntura, apli‐
caçã o de calor sã o alguns exemplos. Aceita-se que o uso de TENS no acuponto ou no dermá ‐
tomo correspondente à incisã o cirú rgica diminui a dor pó s-operató ria, a necessidade de opioi‐
des e os efeitos colaterais relacionados. O efeito da frequê ncia da estimulaçã o elé trica foi estu‐
dado em 100 mulheres submetidas a cirurgias ginecoló gicas. A aplicaçã o da TENS apresentou
melhor alívio da dor e reduçã o de 55% na necessidade de morfina, alé m de reduçã o de ná u‐
seas e vô mitos. O mecanismo pelo qual TENS produz analgesia nã o é claro e pode estar relaci‐
onado à modulaçã o de impulsos nociceptivos na medula espinhal, liberaçã o de encefalinas en‐
dó genas ou uma combinaçã o desses e de outros mecanismos.[8 ] Embora a eficá cia analgé sica
dessas té cnicas seja controversa, a TENS e a acupuntura podem fornecer analgesia pó s-opera‐
tó ria, diminuir a necessidade de opió ides no pó s-operató rio, reduzir os efeitos colaterais rela‐
cionados aos opió ides e atenuar a ativaçã o do sistema simpatoadrenal.[ 5 , 9 ]

A hipó tese de TENS melhora a dor de vá rias maneiras. As teorias incluem efeitos nos nervos
sensoriais, interferê ncia nas vias sensoriais discriminativas, estimulaçã o da liberaçã o de subs‐
tâ ncias químicas naturais que afetam a maneira como a dor é percebida e transmitida, por
exemplo, encefalinas e endorfinas ou atravé s do aumento do fluxo sanguíneo em á reas trata‐
das, como a pele ou o coraçã o. [ 10 ] Dados recentes sugerem que o alívio da dor da TENS de
baixa e alta frequê ncia é mediado pela liberaçã o de opioides mu ou delta no SNC e reduçõ es
na substâ ncia P. À s vezes també m é sugerido que a TENS afeta o sistema cardiovascular, au‐
mentando a frequê ncia cardíaca e reduzindo a pressã o arterial.[ 11 ]

In a controlled trial of TENS for postoperative pain relief following inguinal herniorraphy, pain
was assessed over the first three postoperative days by VAS, expiratory peak flow rates and
analgesics requirements. There was no difference between the two groups for pain scores and
it was concluded that TENS does not reduce postoperative pain. However, it had considerable
patient appeal and many patients believed that it was effective.[12] Sodipo et al.[13] proved
that for patients given TENS along with narcotics immediately after surgery, there is a marked
significant decrease in the amount of narcotics administered. There was favorable nursing,
physician and patient acceptance to these devices. Treatment of pain after thoracotomy is im‐
portant not only to ensure patient comfort but also to minimize pulmonary complications. Er‐
dogan et al. have proved in their study that TENS is beneficial for pain releif following
thoracotomy and has no side effects and hence recommended the routine use of TENS fol‐
lowing thoracic surgery.[14]

Thoracic epidural analgesia is the gold standard for post-thoracotomy analgesia. Local ana‐
esthetics given epidurally can supplement general anaesthesia during surgery, but
postoperatively their addition may not significantly improve analgesia above the level achieved
from epidural opiods only. Any concurrent hypotension and motor blockade from the local
anaesthetics can limit the patients' ability to ambulate. Local anaesthetics can cause postopera‐
tive hypotension which is as high as approximately 7%, the average may be closer to 0.7–3%.
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[15] Hence, to limit the dose of local anaesthetics and to avoid the side effects of opiods like
nausea, vomiting, pruritus, etc., we decided to supplement epidural analgesia with TENS. TENS
has been used as an adjunct to narcotic analgesics for improving the outcome of thoracic
surgery and it not only has shown benefits in the treatment of acute thoracotomy pain but also
when used together with narcotics, reduces the duration of recovery room stay and increases
chest physical tolerance with positive effects on pulmonary functions. Hence, current evidence
shows that TENS associated with postoperative medications is safe and effective in alleviating
postoperative pain and improving patient recovery, thus enhancing the choice of available me‐
dical care and bettering the outcome of thoracic surgery.[16] In our study, epidural analgesia
was given 10 min before the closure of incision in both the groups with 10 ml of 0.25% bupiva‐
caine and the pain was assessed immediately after shifting the patients to the recovery. In
groups I and II, the doses of epidural with 10 ml of 0.125% bupivacaine were given at interval
of 2 h and pain was assessed 15 min after the dose using VAS score in both the groups. Howe‐
ver, in group II, TENS was added immediately in the recovery room. The haemodynamics, that
is, blood pressure and pulse rate were recorded at 2-hourly interval when the pain was asses‐
sed. The systolic blood pressure was comparable in both the groups immediately after surgery
but the pressures reduced significantly in group II at 2 h (P < 0.02), 4 h (P < 0.01) and 6 h (P <
0.01). However, the blood pressures were comparable in both the groups at 8 and 10 h (P =
NS). The patients having VAS score of >3 were supplemented with an intramuscular dose of
diclofenac sodium. The VAS score of 0 was considered as no pain, 1 as mild, 2 as moderate
pain and 3 or more as severe. The VAS score was similar in both the groups in the immediate
postoperative period (P = NS). At 2, 4, 6 and 8 h, the score was significantly lower in the group
II patients (P < 0.01, P < 0.05, P < 0.05, P < 0.05). Again, at 10 h, the pain score was comparable
in both the groups. The incidence of side effects was negligible in both the groups. The accep‐
tance to chest physiotherapy in the patients who received TENS was more than the patients
who did not receive it. The satisfaction level of the patients who received TENS was also more
compared to those who did not receive it.

CONCLUSION

Addition of TENS to epidural analgesia by local anaesthetics intensifies the pain relief without
causing any squeals in addition to stabilizing the haemodynamics. TENS can be used as an ad‐
junctive to epidural analgesia for acute postoperative pain in patients of posterolateral
thoracotomies.

Footnotes

Source of Support: Nil

Conflict of Interest: None declared.

REFERENCES

1. Holte K, Kehlet H. Effect of postoperative epidural analgesia on surgical outcome. Minerva Anestesiol. 2002;68:157–
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