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Caso: Swatch 1
Até o início da década de 1980, a indústria de relógios suíços permaneceu orientada
para a arte, produzindo relógios em pequenas quantidades e a preços altos. Esses
fabricantes de relógios em pequena escala demonstraram não ser páreo para as
sofisticadas técnicas de produção em massa de empresas japonesas como Seiko, Casio e
Citizen, que passaram a oferecer relógios digitais altamente precisos por preços bem
inferiores. Esses novos relógios se revelaram extremamente populares com clientes em
todo o mundo, que começavam a considerar relógios de outra maneira, não mais como
algo que devesse durar uma vida, um presente de família, mas sim como um produto de
consumo mais barato que podia ser prontamente substituído conforme a tendência da
moda.
A cultura empresarial suíça não havia se preparado para lidar com o ímpeto dos
japoneses. A maioria das indústria suíças operava em mercados estáveis, protegidos,
oligopolistas, durante décadas, senão séculos. Eram extremamente burocráticas. O final
do século XX passou a exigir inovação, flexibilidade e dinamismo. Os novos produtos
japoneses atacaram a indústria de relógios suíços devastando a base econômica de
territórios inteiros que dependiam da fabricação de relógios.
Enquanto a “fraternidade dos executivos seniores” da Suíça contentava-se em aguardar
com ansiedade o desfecho dessa situação de deterioração, somente Nicholas Hayek teve
criatividade e convicção para agir. Ele lutaria com um produto qualitativamente novo: o
Swatch. Projetado por Ernst Thomke, o Swatch combinava o tradicional prestígio e a
confiabilidade de um relógio suíço com inovações de processo extremamente
automatizadas, que possibilitavam novas linhas de produto instantaneamente, em
formatos que acompanhavam as tendências da moda e, sobretudo, muito acessíveis.
A verdadeira descoberta da Swatch foi a reinvenção do conceito e da funcionalidade do
relógio em si. Transformando relógios em acessórios esportivos que se adaptavam aos
caprichos da moda e com equipamentos confiáveis. Hayek mudou completamente as
regras do jogo e atraiu um mercado totalmente novo de consumidores jovens. Os
consumidores não tinham mais de escolher entre um relógio suíço elegante, porém caro,
e um modelo japonês funcional e barato. Os concorrentes da Swatch de baixo custo,
como
a Timex, foram simplesmente pegos de surpresa pelo volume e velocidade da
introdução de novos produtos e designs da Swatch. Não se contentando em reinventar o
produto, Hayek também reinventou seu sistema de distribuição, levando os Swatches de
joalherias exclusivas para lojas de departamentos com quantidades bem superiores.
Além disso, Hayek começou a contratar artistas famosos para desenhar novos Swatches
e encorajar os colecionadores com a política de nunca repetir um modelo. Em seguida,
as vantagens da marca Swatch em moda, design e marketing foram alavancadas
horizontalmente em linhas de produto inteiramente novas como aparelhos telefônicos e
de fax. Mais adiante, o lançamento de um automóvel Swatch não-prejudicial ao meio
ambiente, desenvolvido juntamente com a Volkswagen.
A mentalidade que conduz um Hayek é diferente do pensamento linear que
tradicionalmente dominou as práticas empresariais do ocidente. Os executivos
ocidentais geralmente são treinados para diagnosticar, analisar e solucionar problemas
existentes. Entretanto, eles não são estimulados a buscar e gerar as possibilidades e
alternativas criativas que ainda não existem. Grande parte do que hoje passa por
estratégia competitiva focaliza com teimosia o que já existe – o que os concorrentes
estão fazendo no mercado e quais os produtos e serviços que oferecem – esperando
obter uma melhoria incremental sobre o que já se encontra disponível. Esta abordagem
limita drasticamente a capacidade de um gerente recuar e fazer perguntas mais
fundamentais, difíceis e, em última instância, úteis como:
• Este produto é a melhor maneira possível de satisfazer as necessidades e desejos dos
clientes?
• Há alguma outra forma de atender esta necessidade que nossa empresa possa adotar?
• Há outras necessidades que o cliente ainda nem conhece?
Esta abordagem é mais difícil do que simplesmente tentar fazer o que todo o mundo já
está fazendo, só que melhor. A maioria dos executivos não
está disposta a fazê-lo, pois não têm a capacidade intelectual, o treinamento, a energia
ou a coragem de inventar algo radicalmente novo e
diferente. E, em uma era empresarial anterior, mais gentil, menos ameaçadora, eles nem
precisavam fazê-lo. Só que agora isto é um imperativo.
R= Sim, concordo. A adhocracia é sim o inverso da burocracia, termo criado pelo autor
da frase Alvin Toffler, com o intuito de agilizar os processos e tarefas. Isso é importante,
pois atualmente estamos vivendo em um mundo mais automatizado, com mais
informações, mais tecnológico, e portanto, a agilizada é fundamental para as empresas
não ficarem para trás. As pessoas elogiam empresas menos burocráticas e rápidas,
exemplo disso são os bancos digitais, veio justamente para mudar a forma como
lidávamos com bancos antes.
R= É aquilo que é baseado em uma legislação própria, ligada por normas e regulamentos
estabelecidos previamente por escrito para definir o que será feito e como.
R= O caráter formal das comunicações diz que toda comunicação deve ser feita
formalmente e por escrito, para que seja algo transparente e eficaz.
R= Implica que todas as funções e tarefas dentro da empresa serão divididas conforme a
competência e hierarquia de cada um. Cada um tem seu papel definido e deve portanto
fazer aquilo que foi ordenado.
R= Toda organização possui uma hierarquia a ser seguida, ou seja, cada cargo vai
evoluindo um acima do outro, como uma pirâmide. Todo cargo tem seu superior e
subordinado e ninguém fica sem supervisão.
R= Implica que cada ocupante de um cargo deve saber o que está fazendo, deve ter
conhecimento técnico para executar sua função, dever especialista. Quanto maior o grau
de competência e especialidade de um indivíduo, maior será o cargo e mais bem
remunerado será. Na burocracia você precisa merecer cada cargo e promoção, e deve ter
competência para tal, nada é dado para qualquer pessoa e de qualquer jeito.
R= Implica que cada cargo deve ser ocupado por alguém com competência pra aquilo,
cada funcionário é um especialista em seu cargo e em suas atividades
R= Quando pensamos em burocracia a primeira coisa que vem em mente são normas,
padrões e regras. A teoria da burocracia surgiu através de uma extrema necessidade de
organização e tratamento justo, foi muito importante e predominou durante muito tempo
da era industrial.
Weber não se preocupou com as pessoas ao formular sua teoria, mas logo vieram as
disfunções que ajudaram a melhorar o seu desenvolvimento e novas abordagens. De uma
coisa é certa, não existe organização nenhuma no mundo sem um pingo de burocracia, por
isso ainda até hoje serve como base para muitas organizações, principalmente
organizações públicas que necessitam de muitas rotina, tratamento igualitário e
meritocracia.