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Medicina Legal

ACC 1.
Docente: Ma. Lara Kauark
Discente: Patrício Novais Lima

Caso concreto: O corpo de um homem jovem foi encontrado à margem de um


lago. Havia três dias que ele era procurado pelos bombeiros, desde que o bote
em que estava com um amigo foi a pique durante uma pescaria. Conforme
relatado à autoridade policial, o suposto amigo conseguiu nadar e se salvar.
Durante a investigação do fato, surgiram rumores de que teria ocorrido uma
briga a bordo, e que um dos indivíduos teria golpeado a cabeça do outro com
um remo, momentos antes do naufrágio. 
Resposta.

A autoridade policial, com a resposta da guia expedida no inquérito policial n°


0000, nas folhas (000), constatou a partir do laudo médico pericial, do médico-
legista que:
a. Não houve crime, haja vista que afastou a morte por traumatismo crânio
encefálico.
b. Mas concluiu pela morte em razão do naufrágio seguido de morte por
afogamento em razão dos vestígios encontrados.
Relatório do Perito (médico legista).

O experte direciona o seu relatório no sentido de uma morte por acidente ou


fatalidade, em que pese ter colacionado que existe sinais de certeza de
afogamento real: a. Cogumelo de espuma (nariz e boca), ou seja devido a
muita invasão de liquido (agua) na árvore respiratória está comumente
associada ao evento asfixia mecânica por afogamento onde se observam finas
bolhas de coloração branca ou rósea que se estendem do trato aéreo
respiratório inferior ao ambiente através das cavidades bucal e nasal. Ele
também diz que identificou no corpo sob examine, b. lesão de arraste: que
são aqueles que possuem uma ponta e um ou mais gumes que, atuando por
meio de pressão intensa nos tecidos através da ponta e deslizamento por
gume, produzem uma lesão perfuroincisa.
Ademais, o médico colaciona mais dois pontos determinantes para o quanto
debelado. c. Algas diatomáceas na medula óssea do fêmur, no entanto, o
diagnóstico de morte por afogamento é considerado um dos mais difíceis da
ciência forense, pois os sinais comuns utilizados na autópsia podem não estar
presentes ou desaparecer rapidamente. Assim, o diagnóstico por meio do
plâncton foi desenvolvido para auxiliar na investigação legal da morte por
afogamento. Organismos planctônicos como microalgas podem ser
encontrados nos órgãos internos de vítimas de afogamento, uma vez que são
inalados com a água passando para a circulação sanguínea através de
pequenas lesões nos alvéolos pulmonares. E por fim d. Manchas de Paltauf,
Equimoses espalhadas no pulmão decorrente de afogamento por asfixia.
Com o objetivo de enriquecer o conhecimento, o médico legista, traz a balia
outras quatro características internas e externas, esperados em um cadáver
submerso em água por mais de 03 dias, independentemente da causa da
morte.
1. maceração da epiderme: “A maceração é o processo de transformação
destrutiva em que ocorre o amolecimento dos tecidos e órgãos quando os
mesmos ficam submersos em um meio liquido e nele se embebem”. Ou seja, o
tecido começa a meio que dissolver depois de mais de 48 horas submerso. 2.
Presença corpos estranhos nas vias respiratórias: Os corpos estranhos
aspirados podem alojar-se na laringe, traqueia e brônquios. Um corpo estranho
laríngeo pode levar a sintomas de hemoptise e dispneia com sibilância e
cianose. A obstrução resultante da ACE laríngeo pode ser fatal caso não seja
feito um diagnóstico precoce e instituído tratamento apropriado. 3. o
engilhamento da pele das mãos e dos pé morte por afogamento. E por fim
a temperatura corporal, baixa.
Conclusão: Diante do laudo, a autoridade policial, opina pelo
arquivamento do inquérito, frente a atipicidade do fato, haja vista, a morte
ter sido por afogamento.

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