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Unidade 3

Prof. Ms.C. Ricardo Soares


O desenvolvimento da Carreira do Gestor de Projetos. O desenvolvimento de competências
e campos de atuação. Projetos e inovação. O reconhecimento, potencialização e
aproveitamento da criatividade para a inovação. A metacognição e o desenvolvimento do
potencial do gestor de projetos. Os atributos da engenhosidade para solução de problemas.
O desenvolvimento da Carreira do Gestor de Projetos

Cenário pós-pandemia é promissor o profissional de projetos

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O desenvolvimento da Carreira do Gestor de Projetos

Cenário pós-pandemia é promissor para projetos de infraestrutura

CCBC (Câmara de Comércio Brasil-Canadá) discute possíveis oportunidades para investimentos no país

Por Sérgio Siscaro


As possibilidades de retomada da economia brasileira quando passar a crise trazida pelo novo coronavírus ainda geram
dúvidas entre especialistas. Ainda que essa recuperação seja vista como gradual, há a perspectiva de que investidores
aproveitem esse momento para buscar oportunidades no Brasil, o que poderá contribuir para atrair o capital necessário para
a recuperação econômica.

Com a finalidade de discutir o assunto e examinar as possibilidades de investimentos em infraestrutura no Brasil,


a Comissão de Investimentos e Infraestrutura (CII) da Câmara de Comércio Brasil-Canadá (CCBC) promoveu em 9 de junho
o webinar A conjuntura da economia e o cenário para os investimentos.

Fonte: https://ccbc.org.br/publicacoes/noticias-ccbc/cenario-pos-pandemia-e-promissor-para-projetos-de-infraestrutura/
O desenvolvimento da Carreira do Gestor de Projetos

Cenário pós-pandemia é promissor para projetos de infraestrutura

Áreas promissoras
Uma das áreas da infraestrutura brasileira que aparece como promissora em termos de captação de investimentos externos
no cenário pós-pandemia é a de energia elétrica. De acordo com Barione, da Teckma, um indicador disso seria o sucesso dos
leilões realizados pelo governo federal antes da pandemia, que atraíram R$ 23 bilhões, envolvendo 48 lotes abrangendo
12.180 km de linhas de transmissão. “Temos o desafio de garantir o futuro da área de energia”, afirmou.

Outro possível foco de investimentos é a área de telefonia. “Temos a necessidade de acompanhar outros países, que investem
na internet 5G. Enquanto ainda discutimos que tecnologia empregar, a China já dispõe de 50 milhões de aparelhos de
telefonia celular com 5G – que é uma tecnologia que irá revolucionar o modo como vivemos”, avaliou.

A grande defasagem do Brasil em termos de acesso a serviços de abastecimento de água e esgotos ressalta a necessidade de
grandes investimentos na área de saneamento básico. Melo, da Allonda, lembrou que são necessários R$ 700 bilhões de
investimentos para que haja o acesso universal a água e esgoto no país. “Hoje o saneamento representa o maior potencial de
investimentos e oportunidades em infraestrutura no Brasil”, afirmou, acrescentando existirem 343 projetos do setor prestes a
serem iniciados. Além disso, dois processos de concessão – da Companhia de Saneamento de Alagoas (Casal) e da
Companhia Estadual de Águas e Esgotos (Cedae) do Rio de Janeiro – deverão atrair investidores.”

Fonte: https://ccbc.org.br/publicacoes/noticias-ccbc/cenario-pos-pandemia-e-promissor-para-projetos-de-infraestrutura/
O desenvolvimento da Carreira do Gestor de Projetos

Cenário pós-pandemia é promissor para projetos de infraestrutura


Cenários possíveis

É verdade que, no momento, ainda há considerável grau de incerteza sobre os rumos da economia brasileira.

Foi apresentada uma análise específica sobre os setores da infraestrutura mais afetados pela crise do novo coronavírus. Aqueles
relacionados com a movimentação de pessoas, como aeroportos, rodovias e mobilidade urbana, sofreram impactos mais
negativos, ao ponto que portos, telecomunicações e iluminação pública se beneficiaram do cenário de quarentena. Outros
setores, como logística, energia, saneamento, óleo e gás e ferrovias, ficaram em uma posição intermediária.

Os principais entraves que se apresentam aos investidores de projetos de infraestrutura no Brasil sejam os riscos regulatório e
cambial. “É necessário que as responsabilidades não sejam concentradas apenas na iniciativa privada, mas compartilhadas com
o poder público e com os consumidores”, disse.
Camargo citou o papel dos bancos de fomento, que devem permitir a entrada segura da iniciativa privada nos projetos – como é o
caso do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES). E pontuou a atratividade que alguns segmentos de
logística podem oferecer a investidores externos. “Na área de transportes, a gestão privada é especialmente interessante em
projetos próximos aos portos – o que é atraente para investidores externos.”
O desenvolvimento de competências

O que é competência? Aplicação de conhecimento teórico, conhecimento prático e


É um conjunto de
habilidades para atingir os resultados desejados.
conhecimentos,
habilidades e atitudes que
são que se diferenciam
para cada indivíduo e
impactam diretamente em
sua performance e no
alcance de resultados.
Portanto, são um conjunto
de qualificações que
permitirá ao gestor de
projetos, alcançar um
desempenho e um
resultado superior.
O desenvolvimento de competências

Framework PEM (Project Excellence Model®)


Critérios de Avaliação
Competência é o conjunto de conhecimentos, atitudes, habilidades e
experiências necessárias para o sucesso na função.

1 Competências humanas Pessoas e A1.Liderança e valores


A2.Objetivos e estratégia
Propósitos A3.Projeto, equipe, parceiros e
fornecedores

B1.Gestão d eprojetos, processos e


Competências Processos recursos
2
Contextuais e Recursos B2.Gestão de outros processos e
recursos chaves

C1.Satisfação do cliente
C2. Satisfação da equipe
Competências Resultados C3. Satisfação de outras partes interessadas
3 C4.Resultado do projeto e impacto no ambiente
Técnicas
de Projetos
O desenvolvimento de competências

O modelo de Excelência em
Projetos utiliza as
competências voltadas para
pessoas e propósitos,
processos e recursos e
resultados dos projetos para
assegurar a sustentabilidade
pela performance,
efetividade e escalabilidade
associadas confiabilidade e à
melhoria contínua.
O desenvolvimento de competências

A experiência também possui um


importante papel, ainda que indireto,
na competência. Sem a experiência, a
competência não pode ser
demonstrada ou melhorada.
O reconhecimento, potencialização e aproveitamento da criatividade para a
inovação.

O GERENCIAMENTO DE MENTES CRIATIVAS: BASE PARA A INOVAÇÃO


Desde a Grécia antiga que o homem vem tentando definir criatividade. Os filósofos, pensadores, cientistas
e escritores vêm procurando a resposta desse enigma, onde todas as abordagens oferecidas conseguem
explicar apenas parte desse fenômeno, dada a complexidade do pensamento criativo. De certa forma as
diferentes abordagens se tornam complementares e vem propiciando um enriquecimento gradativo da
compreensão do que é criatividade.
"Criatividade é o processo de mudança, de desenvolvimento, de evolução, na organização da vida
subjetiva". Ghiselin (1952).

"Criatividade ocorre quando manipulamos símbolos ou objetos externos para produzir um evento
incomum para nós ou para nosso meio". Fliegler (1959)

"O termo pensamento criativo tem duas características fundamentais: é autônomo e é dirigido para a
produção de uma nova forma". (Suchman, 1981)
O reconhecimento, potencialização e aproveitamento da criatividade para a
inovação.
O GERENCIAMENTO DE MENTES CRIATIVAS: BASE PARA A INOVAÇÃO (cont.)
Criatividade é o processo que resulta em um produto novo, que é aceito como útil, e/ou satisfatório por um
número significativo de pessoas em algum ponto no tempo”. (Stein, 1974)

"Criatividade é o processo de tornar-se sensível a problemas, deficiências, lacunas no conhecimento e


desarmonia. Identificar a dificuldade, buscar soluções, formulando hipóteses a respeito das deficiências.
Testar e retestar estas hipóteses; e, finalmente, comunicar os resultados". (Torrance, 1966)

Como reagir frente a um cenário definido como “Era da incerteza” em um documentário feito em 1977 pelo
economista e filósofo John Kenneth Galbraith para a BBC de Londres, se tornando em seguida um dos livros
mais lidos entre os economistas do mundo.

A resposta para esta pergunta certamente não consistem em fazer tudo como sempre foi feito esperando
assegurar resultados. E ambientes incertos, utilizar os referenciais de sucesso do passado e até mesmo do
presente, podem resultar em redução gradativa do potencial competitivo organizacional pelo simples
avanço dos demais competidores que certamente estarão ousando e inovando continuamente.
O reconhecimento, potencialização e aproveitamento da criatividade para a
inovação.
O GERENCIAMENTO DE MENTES CRIATIVAS: BASE PARA A INOVAÇÃO (cont.)

A inovação não ocorre por acaso


A inovação ocorre de maneira deliberada e gerenciável para manter a empresa competitiva e buscando o
crescimento.
A gestão da inovação abrange os processos que definem a rede de atividades da empresa, a gestão da
estratégia, da alocação de recursos e dos indicadores de performance, como também aspectos relacionado
ao modo de organização do trabalho para a inovação.
Os drivers da inovação são as mudanças na tecnologia, na sociedade, nos padrões de consumo, na
regulamentação, no acirramento da competição entre outros.
A inovação busca essencialmente a redução de despesas e o aumento de receitas para a obtenção de
resultados crescentes e sustentáveis.
O reconhecimento, potencialização e aproveitamento da criatividade para a
inovação.
TODAS AS PESSOAS SÃO CRIATIVAS?
Muitas pessoas não se consideram criativas. Há uma crença já bastante
cristalizada de que a criatividade seria uma espécie de privilégio de artistas
em face de algum dom. O pensamento dos mais renomados especialistas em
criatividade, tais como Edward De Bono, Roger Von Oech e Tony Buzan
conduzem a pensar o oposto.

No livro “O poder criador da mente”, Osborn explica que o Brainstorming - e


a criatividade de maneira geral - deve ser compreendida como uma força
que todos nós possuímos e que pode ser despertada e mobilizada pelo
aprendizado. Roger Von Oech. Depois de concluir o doutorado na
Universidade de Stanford sobre a história das ideias, Von Oech fundou a
empresa Creative Think (Pensamento Criativo) na Califórnia, especializada
em criatividade e inovação.
O reconhecimento, potencialização e aproveitamento da criatividade para a
inovação.

DE ONDE VEM A CRIATIVIDADE?

“A Psicologia até hoje não entende, nem em teoria ou experimento,


como um pensador consegue integrar as livres associações a que
chegou inconscientemente na corrente principal de seu pensamento
consciente, orientado para a realidade explícita.
Também não entende por que algumas pessoas não só parecem ter
maior acesso à associações produtivas mas são capazes de realizar um
equilíbrio mais sutil entre as duas coisas.”
JUDITH GREENE
O reconhecimento, potencialização e aproveitamento da criatividade para a
inovação.
A METACOGNIÇÃO

A metacognição foi definida por John Flavell (Stanford


University) nos anos 1970 como o conhecimento que as
pessoas têm sobre seus próprios processos cognitivos e a
habilidade de controlar esses processos, monitorando,
organizando, e modificando-os para realizar objetivos
concretos.

Para Flavell (1976) em qualquer tipo de operação cognitiva existe uma


monitorização ativa e consequente regulação e orquestração dos processos
cognitivos envolvidos ou dos dados sobre os quais eles versam, isto é, a
metacognição.
Gestão da inovação em ambiente de mudança
“Nada existe de permanente a não ser a mudança.” (Sêneca)
AMBIENTE EM MUTAÇÃO
Em um ambiente de alta complexidade, impactado por mudanças cada vez mais rápidas e constantes é inconteste o aumento da
importância da criatividade e da inovação como resposta ao acirramento da competitividade.
As tentativas de compreender os efeitos da evolução tecnológica sobre o crescimento econômico convergem seus olhares para o
austríaco Joseph Alois Schumpeter (1997), um dos mais importantes economistas da primeira metade do século XX, lembrado por
suas opiniões sobre a evolução da economia por meio da "destruição criativa", definindo a inovação como o motor do
desenvolvimento capitalista.
Segundo Schumpeter, as tecnologias tradicionais são “destruídas”, perdem competitividade e acabam sendo abandonadas quando um
conjunto de novas tecnologias encontra aplicação produtiva.

Fonte The Economist, February 20, 1999


FUNDAMENTOS DA INOVAÇÃO
A inovação é caracterizada por combinações de recursos que geram novos produtos, novos processos,
novos mercados, novas formas de organização e novos materiais. Schumpeter (1942) ampliou a
abrangência do termo afirmando que “inovação é a reforma ou revolução de um padrão de produção a
partir da exploração de uma invenção, ou de forma mais geral, uma possibilidade tecnológica original,
para a promoção de um novo produto ou serviço”.

Conceitos e princípios
A descoberta implica na geração de novo conhecimento.
Exemplo: descoberta da lei da gravitação universal por Isac Newton.

A invenção pode levar em consideração a descoberta e implica na prototipagem.


Exemplo: Invenção de um aparelho mais pesado que o ar que consiga alçar voo, vencendo a força de
atração gravitacional (14 BIS de Santos Dumont).

A inovação passa pelas descobertas e pelas invenções até a sua comercialização e aceitação pelo
mercado.
Exemplo: Inovação na oferta de um novo modal transporte. Utilização de aeronaves para mais
pesadas que o ar para o transporte aéreo comercial de passageiros.
Gestão da inovação
Características organizacionais que oferecem suporte à criatividade e
à inovação

Gerenciam riscos Permitem o acesso


Reconhecem e
dentro de padrões dos colaboradores às
recompensam
aceitáveis fontes de
a inovação
conhecimento

Recebem bem as Estabelecem um


novas ideias e fluxo contínuo de
conceitos inovação
Criando um clima criativo

Motivação Desafios Diversão

Liberdade Tempo
Empowerment
Suporte
Criando um clima criativo
Criando um clima criativo

Dinamismo Energia Debate &


Diálogo

Experimentação Confiança
Abertura
Risco
Sistemas x Ecossistemas de inovação
Sistema brasileiro de inovação
A inovação no contexto mundial
A inovação no contexto mundial
A cadeia de inovação
Fases da cadeia de inovação e os critérios de avaliação de projeto, ​que
garantem reconhecimento dos investimentos e a validação dos mesmos.​

As fases da cadeia de inovação são elencadas na figura abaixo:

Quanto aos critérios de avaliação definidos, são eles:


• Originalidade – o produto e/ou metodologia deve ser original, não existindo nada parecido no setor.
• Aplicabilidade – âmbito e potencial de aplicação do produto e/ou metodologia obtido e sua abrangência.
• Relevância – contribuições ou impactos do projeto em termos científicos, tecnológicos, econômicos e socioambientais.
• Razoabilidade de Custos – impactos econômicos decorrentes da aplicação dos resultados do projeto, estudo de
viabilidade econômica, expectativa de retorno financeiro realizado, levando-se em conta o investimento feito.​
Fonte: P&D da Aneel​
https://www.cpfl.com.br/energias-sustentaveis/inovacao/ped-aneel/Paginas/default.aspx
Processo genérico de introdução da inovação

-6-
-5- Acompanhament
o dos resultados
Estabelecimento
-4- do processo de
gestão da
Estruturação da inovação
empresa para a
-3- inovação Gestão da
Adoção da
inovação
inovação
como
-2- estratégia
competitiva
Entendimento e
disseminação Gestão da estratégia
dos conceitos de
-1-
inovação
Consciência da importância
da inovação e decisão de
inovar
Tomada de Consciência
Para avaliar o status de inovação da empresa pode ser utilizada uma matriz que cruza os parâmetros de dimensões da
inovação e graus da inovação.

3
A estratégia do oceano Azul

https://blog.12min.com/br/resumo-do-livro-a-estrategia-do-oceano-azul-em-pdf/

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