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Contudo, à medida que a pessoa percebe que os prazos previstos para a entrega das
atividades procrastinadas estão se esgotando, pode experimentar diversos
sentimentos negativos, como angústia, medo, estresse, depressão, sensação de
incapacidade, entre outros. Assim, a procrastinação é um comportamento complexo
que envolve consequências positivas e negativas que afetam nossa motivação. Essa
complexidade decorre do embate entre diferentes forças no indivíduo: razão/emoção,
impulso/planejamento, organização/desorganização, motivação/desmotivação…
Procrastinar não é uma falha de caráter, mas algo que todos realizamos em maior ou
menor grau. Dificuldades nos processos de autorregulação e de motivação estão na
base desse comportamento.
Razões frequentemente citadas para se procrastinar são: não saber o que deve ser
feito (objetivos vagos e pouco definidos); não conseguir ver recompensas ou achar
que essas estão muito longe na execução da tarefa; não conseguir conectar as ações
presentes às futuras; sentir-se sobrecarregado, com inúmeras atividades e tarefas;
estar exausto física, cognitiva ou emocionalmente; achar a tarefa muito complexa ou
aversiva; avaliar incorretamente a complexidade da tarefa ou do tempo disponível
para realizá-la; ser perfeccionista; ter medo de ser avaliado ou de receber um
feedback negativo; ter medo de falhar; achar que não tem capacidade para realizar a
tarefa; e pensar que não possui controle sobre como a tarefa poderá ser
desenvolvida.
Por exemplo, conversas nos intervalos das aulas ajudam o estudante a identificar
como está o próprio desempenho e o andamento de suas tarefas quando comparados
aos do grupo.
Além disso, o isolamento social também tem gerado para muitas pessoas um
aumento no número de tarefas a realizar no dia a dia. Por exemplo, quem fazia suas
refeições fora de casa agora precisa prepará-las e cuidar da limpeza da cozinha. Esse
maior número de tarefas dificulta o gerenciamento do tempo, na medida em que exige
mais