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PROGRAMA MUNICIPAL DE EDUCAÇÃO AMBIENTAL

Semeando ideias para uma vida melhor!


APRESENTAÇÃO DA PRIMEIRA EDIÇÃO

Apresentar o Programa Municipal de Educação Ambiental da Prefeitura de


São José dos Campos é como descrever o desenvolvimento de uma árvore.

É necessário que a semente esteja sadia e que receba o calor do sol para
sair da dormência. O plantio deve ser realizado na época adequada e o solo precisa
estar fértil para recebê-la.

Além disso, a semente precisa receber água para que depois de aterrada
procure a luz solar com força total. Depois de brotar no solo, a muda contará com
a ajuda de outras árvores para o sombreamento e estancamento do vento forte.

Esse processo é semelhante ao Programa Municipal de Educação


Ambiental. Uma semente que contou com o cuidado de pessoas e técnicos para
sair da dormência e foi plantada pela Prefeitura Municipal. Esperamos que encontre
na cidade um solo fértil e conte com a população para protegê-la em seu
crescimento.

Quem sabe, a semente plantada será de uma espécie como o jequitibá-rosa,


que chega a uma altura de 35 a 50 metros, tem um tronco que pode passar de 1
metro de diâmetro, e um quilo de suas sementes pode gerar aproximadamente 12
mil novas árvores e viver centenas de anos.

O Programa Municipal de Educação Ambiental pretende ser como o


jequitibá-rosa seguindo uma longa caminhada ao encontro do sol, sempre com
outras árvores solidárias, formando assim uma floresta.

Cidade de São José dos Campos


Prefeitura Municipal
Secretaria de Meio Ambiente
APRESENTAÇÃO DA PRIMEIRA REVISÃO

Durante o ano de 2011, a Equipe de Educação Ambiental da Secretaria de


Meio Ambiente realizou um estudo compartilhado e coletivo do PROMEA de São
José dos Campos com o objetivo de promover uma reflexão teórico-metodológica
a respeito do documento e das ações realizadas pela equipe. O estudo culminou
na proposta de revisão do PROMEA com participação de representantes de
instituições de diferentes setores da sociedade joseense como na elaboração do
documento em 2006.
O processo de revisão foi iniciado na Semana de Meio Ambiente de 2013
com a realização do convite às instituições - parceiros participantes da primeira
edição e outras instituições de diferentes segmentos da sociedade que atuam na
área de Educação Ambiental no Município.
O grupo se reuniu em 11 encontros onde foram discutidos: contribuições
teórica sobre políticas públicas de educação ambiental, histórico de elaboração do
ProMEA, socialização das experiências das instituições participantes,
levantamento de problemas e potencialidades em educação ambiental no
município, reflexões de cada instituição mediante suas iniciativas e as linhas de
ação do ProMEA.
Além de elaborar uma versão revisada do documento de forma coletiva a
aproximação dos agentes de educação ambiental participantes do processo
resultou na formação de um coletivo de educação ambiental no município que
pretende se fortalecer a partir da reformulação da Rede de Comunicação do
Promea.
“...como que pra dizer: vinde todos!
que este céu é bastante profundo
e servirá de teto a todos quantos
sofrerem no mundo;
que este chão é bastante fecundo
e dará de comer a todos quantos
têm fome, no mundo;
que estes rios darão de sobejo
pra mitigar a sede a quantos
têm sede, no mundo...”

Cassiano Ricardo

Texto extraído do poema Sinal do Céu, publicado no livro Martim Cererê


EXECUTIVO

Prefeitura Municipal de São José dos Campos

Secretaria de Educação

Secretaria de Meio Ambiente

COORDENAÇÃO GERAL

Secretaria de Meio Ambiente

EQUIPE TÉCNICA DA PRIMEIRA EDIÇÃO

Secretaria de Meio Ambiente - SEMEA


Secretaria Municipal de Educação - SME
Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais – INPE
Centro de Educação Profissional Hélio Augusto de Souza – CEPHAS/FUNDHAS
Valeverde - Associação em Defesa do Meio Ambiente
Associação Bicho Brasil - ABB
Toc Ambiental - Assessoria em Recreação, Cultura e Educação Ambiental
EcoEmprende - Engenharia Ambiental
Instituto Cidadão Natureza
Sociedade Civil
Departamento de Comunicação Social
EQUIPE TÉCNICA DA PRIMEIRA REVISÃO

Associação Cultural de Moradores de Lavras - Alavras


Associação Cultural e Ecológica Celebração ao Renascimento das Artes -
Celebreiros
Associação em Defesa do Meio Ambiente - Valeverde
Diretoria de ensino - DEE/SEESP
Esfera Escola Internacional
Espaço Cultural Ventos Uivantes – ECVU
Fundação Hélio Augusto de Souza – FUNDHAS
Grupo Suçuarana de Salvamento na Selva
Instituto Eco Solidário – IES
Instituto Embraer
Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais – INPE
Representantes do Poder Legislativo
Secretaria de Meio Ambiente - SEMEA
Secretaria Municipal de Educação - SME
Universidade do Vale do Paraíba - UNIVAP
Urbanizadora Municipal - URBAM
SUMÁRIO

1. O MUNICÍPIO ............................................................................................................. 08
2. EDUCAÇÃO AMBIENTAL: REFERENCIAL HISTÓRICO............................................ 12
3. OBJETIVOS ................................................................................................................ 19
4. MISSÃO ...................................................................................................................... 20
5. JUSTIFICATIVA .......................................................................................................... 20
6. DIRETRIZES ............................................................................................................... 21
6.1 ARTICULAÇÃO DO GOVERNO E SOCIEDADE CIVIL ......................................... 22
6.2 SUSTENTABILIDADE SOCIOAMBIENTAL ........................................................... 22
6.3 DEMOCRACIA E PARTICIPAÇÃO SOCIAL .......................................................... 22
6.4 APERFEIÇOAMENTO E FORTALECIMENTO DA EDUCAÇÃO AMBIENTAL NOS
SISTEMAS DE ENSINO .............................................................................................. 22
6.5 TRANSVERSALIDADE E INTERDISCIPLINARIDADE .......................................... 22
7. PRINCÍPIOS ............................................................................................................... 23
8. ESTRATÉGIAS E LINHAS DE AÇÃO ......................................................................... 24
8.1. GESTÃO E PLANEJAMENTO DA EDUCAÇÃO AMBIENTAL NO MUNICÍPIO .... 25
8.1.1 PLANEJAMENTO DA EDUCAÇÃO AMBIENTAL COM BASE NA GESTÃO
AMBIENTAL INTEGRADA ....................................................................................... 25
8.1.2 FORMULAÇÃO E IMPLEMENTAÇÃO DE POLÍTICAS PÚBLICAS
AMBIENTAIS DE ÂMBITO LOCAL .......................................................................... 26
8.1.3 CRIAÇÃO DE INTERFACES ENTRE EDUCAÇÃO AMBIENTAL E OS
DIVERSOS PROGRAMAS E POLÍTICAS DE GOVERNO, NAS DIFERENTES
ÁREAS ..................................................................................................................... 26
8.1.4 ARTICULAÇÃO E MOBILIZAÇÃO SOCIAL COMO INSTRUMENTOS DE
EDUCAÇÃO AMBIENTAL ........................................................................................ 27
8.1.5 PROMOÇÃO DA EDUCAÇÃO AMBIENTAL VOLTADA A
EMPREENDIMENTOS DA ECONOMIA LOCAL ...................................................... 28
8.1.6 CAPTAÇÃO DE RECURSOS PARA AÇÕES DE EDUCAÇÃO AMBIENTAL .. 28
8.2 FORMAÇÃO DE EDUCADORES AMBIENTAIS ................................................... 29
8.3 COMUNICAÇÃO PARA EDUCAÇÃO AMBIENTAL .............................................. 29
8.3.1 COMUNICAÇÃO E TECNOLOGIA PARA A EDUCAÇÃO AMBIENTAL .......... 29
8.3.2 PRODUÇÃO, APOIO À ELABORAÇÃO E INCENTIVO AO USO DE
MATERIAIS EDUCATIVOS E DIDÁTICOPEDAGÓGICOS. ..................................... 30
8.4 ESTUDOS E PESQUISAS..................................................................................... 31
8.5 DINÂMICA DO PROGRAMA MUNICIPAL DE EDUCAÇÃO AMBIENTAL ............. 31
BIBLIOGRAFIA............................................................................................................ 33
ANEXOS ..................................................................................................................... 35
GLOSSÁRIO DE SIGLAS

A3P - Agenda Ambiental na Administração Pública


APA - Área de Proteção Ambiental
CETESB - Companhia de Tecnologia de Saneamento Ambiental
CNIJMA - Conferências Infanto-Juvenis pelo Meio Ambiente
CNMA - Conferências Nacionais de Meio Ambiente
CNUMAD - Conferência das Nações Unidas para o Meio Ambiente e
Desenvolvimento
COEA - Coordenação Geral de Educação Ambiental
CTA – Centro Técnico Aeroespacial
DCTA - Departamento de Ciência e Tecnologia Aeroespacial
DEA - Diretoria de Educação Ambiental
IDEC - Instituto Brasileiro de Defesa do Consumidor
INPE - Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais
ITA - Instituto Tecnológico de Aeronáutica
MEC - Ministério da Educação
MMA - Ministério do Meio Ambiente
OEA - Organização dos Estados Americanos
ONG - Organização Não Governamental
ONU - Organização das Nações Unidas
PCNs - Parâmetros Curriculares Nacionais
PEEA - Política Estadual de Educação Ambiental de São Paulo
PIEA - Programa Internacional de Educação Ambiental
PNMA - Política Nacional do Meio Ambiente
ProNEA - Programa Nacional de Educação Ambiental
RCN - Referencial Curricular Nacional
REABA - Rede Baiana de Educação Ambiental
REBEA - Rede Brasileira de Educação Ambiental
RPPN -Reservas Particulares do Patrimônio Natural
SEMEA - Secretaria de Meio Ambiente
SIBEA - Sistema Brasileiro de Informação sobre Educação Ambiental
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1. O MUNICÍPIO

A transformação da paisagem pelo homem alterou o ambiente natural do


município em um processo que ocorre desde antes de 1500, e que se acentuou
com a pecuária, a industrialização e o decorrente processo de urbanização. A
relação do homem com o meio, as limitações e possibilidades que o espaço natural
oferece marcaram o processo de ocupação do território, que foi se modificando
conforme a história e a mudança das relações entre as sociedades e o meio
ambiente.
A paisagem joseense abriga uma alta biodiversidade, contendo valiosos
patrimônios ambientais, constituída por três tipos de formações vegetais (Floresta
Atlântica, Floresta de Araucária e Cerrado) do domínio da Mata Atlântica. A
extensão do município e sua posição privilegiada no Vale do Paraíba permitem que
contenham em seu território os principais elementos representativos da paisagem
valeparaibana: os morros da Serra do Mar, as colinas e a várzea do Rio Paraíba do
Sul e os morros e escarpas da Serra da Mantiqueira. As condições ambientais
favoráveis da região para a constituição de assentamentos humanos se evidenciam
desde o período pré-colonial até a organização urbana do município que se
conhece nos dias de hoje.
A água foi importante condição para a instalação de grupos indígenas tupi e
guarani que viviam às margens do Rio Comprido onde futuramente se instalaria a
aldeia de São José. A proximidade de um rio proporcionava não apenas a
possibilidade de obter a água necessária para as mais variadas finalidades como,
também, o possível recurso complementar de subsistência representado pela
pesca e, quando caso, o meio de circulação.
Registros históricos relatam que São José dos Campos teve seu primeiro
aldeamento em 1590, às margens do Rio Comprido, divisa natural com o município
de Jacareí.
Após um conflito entre colonos e jesuítas, estes foram expulsos retornando
alguns anos mais tarde, instalando-se em uma planície a 15 quilômetros da antiga
aldeia, onde se encontra hoje o centro comercial, também considerado o centro
histórico do município. Do novo local tinha-se uma visão privilegiada da área que
circundava a aldeia, garantindo maior segurança contra invasões, enchentes e
permitindo boa ventilação e insolação.
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Já entre os séculos XVI e XVII o sítio urbano preferencial eram as áreas de


colina e terraços, cuja área de influência dos aldeamentos se direcionava a sentido
sul do município, devido à facilidade da sua ocupação (área aberta e plana) e
própria para as atividades extensivas (pecuária, caça, lenha, coleta), local com
significativa ocorrência de cerrado. Outro fator que explica a permanência dos
aldeamentos nessas áreas era a barreira natural que o Rio Paraíba representava,
impedindo a expansão da ocupação no sentido norte do município.
No século XVIII as áreas mais próximas ao aldeamento já estavam
transformadas e ocupadas pelas atividades então desenvolvidas, emancipando-se
à categoria de Vila em 27 de Julho de 1767, denominada São José do Paraíba.
No início deste século havia começado a ocupação do setor norte do
município, com o a exploração da vegetação de mata atlântica própria da região da
Serra da Mantiqueira, motivada pela notícia da descoberta das “Minas Gerais” e a
abertura de caminhos transversais ao Vale do Paraíba.
Em meados do século XIX a Vila demonstrava alguns sinais de crescimento
econômico com o desenvolvimento das culturas comerciais da época, destacando
o café e o algodão.
A influência destas economias permitiram a construção e o funcionamento
de estações da Estrada de Ferro Central do Brasil, merecendo destaque a sua
importância na transformação do espaço. Primeiro pelo impacto na sua implantação
(desmatamento), operação (consumo de carvão vegetal) e também por impulsionar
o crescimento do município ao permitir a locomoção de pessoas para tratamento
da tuberculose no início do século vindouro.
Em 1871, o município recebeu a atual denominação de São José dos
Campos, em virtude da imensa extensão de campos cerrado existentes.
No final do século XIX e início do século XX verifica-se, com a decadência
do café e do algodão, o papel da pecuária como fator principal de alteração da
paisagem, ocupando e modificando novos espaços. Locais ainda florestados, como
as várzeas, as partes baixas dos morros, os grotões e as nascentes foram
desmatadas para abertura de pastagens, não somente pela necessidade de
expansão, mas seguindo um modelo de pecuária da época, em que a fazenda devia
estar completamente “limpa” de capoeiras e grotões florestados.
Em 1922 as áreas com pastagem cobriam aproximadamente cinco vezes
mais a porcentagem do território ocupado pelo plantio do café, o que evidenciava
que para São José dos Campos, o café não foi o fator primordial na dinâmica de

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alteração da paisagem, como ocorreu na maioria dos municípios do Vale do


Paraíba, mas que outros fatores, como a própria pecuária, poderiam ser
responsáveis pela modificação do espaço.
Também vale lembrar que neste período tínhamos os impactos ocasionados
pelo primeiro ciclo de industrialização no município, relacionado à manufatura de
produtos agropecuários, destacando o setor têxtil, de lacticínios e da cerâmica. Este
último, por exemplo, extraía argila do subsolo, bem como utilizavam madeira de
desmatamento para servirem de lenha aos fornos.
No início do século XX, tornou-se perceptível a procura do município para o
tratamento de tuberculose pulmonar, devido às condições climáticas supostamente
favoráveis. Entretanto, somente em 1935, quando o município foi transformado em
Estância Climática e depois Estância Hidromineral, que São José passou a receber
recursos oficiais que puderam ser aplicados na área sanatorial.
A urbanização teve um impulso advindo da primeira fase da industrialização
e desse perfil sanatorial que a economia do município foi assumindo, com a criação
de uma estrutura de atendimento própria, a implantação de pensões e repúblicas e
a inauguração, em 1924, do Sanatório Vicentina Aranha, o maior do País. Essa
infraestrutura permitiu a atração de investimentos destinados ao desenvolvimento
industrial, que começou a se acentuar a partir do declínio da função sanatorial do
município, quando a tuberculose passou a receber tratamento ambulatorial com o
advento da penicilina, na década de 1940.
O processo de industrialização ganhou grande impulso a partir da instalação
do Centro Técnico Aeroespacial (CTA), atualmente denominado Departamento de
Ciência e Tecnologia Aeroespacial (DCTA), e do Instituto Tecnológico de
Aeronáutica (ITA), em 1950. Além da inauguração da Rodovia Presidente Dutra,
em 1951, que permitiu um acesso mais rápido tanto para o Rio de Janeiro quanto
para São Paulo. Esses fatores somados à facilidade da obtenção de aço, por conta
da proximidade com a Siderúrgica Nacional de Volta Redonda, foram
preponderantes para a atração de indústrias de grande porte nas décadas de 1960
e 1970 para a região.
A criação do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE), em 1961,
além do aprimoramento da estrutura educacional no município, consolidou São
José dos Campos como um pólo científico e tecnológico, formador de mão-de-obra
especializada, o que viabilizou a instalação de empresas nacionais de base

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tecnológica nos ramos aeroespacial, bélico e eletrônico, assim como nos setores
automobilístico, farmacêutico e de telecomunicações.
O processo de industrialização e a ampliação da rede de serviços fez com
que o município experimentasse um intenso crescimento demográfico, acelerando
a urbanização e ocasionando problemas que levaram o poder público a ampliar os
esforços no sentido de corrigir as distorções ocorridas na zona urbana, inclusive
com a ocupação irregular da área rural. Nesse período verificou-se um aumento
populacional de 44.804 habitantes em 1953 para 515.553 habitantes em 2000. A
ocupação da área urbana foi direcionada para a zona sul, com o intuito de promover
a conurbação, ou seja, a aproximação com a área urbana do município vizinho de
Jacareí.
A falta de políticas urbanas e ambientais que garantissem amplas áreas
verdes permitiu nesse período o aumento da impermeabilização do solo, que hoje
ocasiona sérios danos aos corpos hídricos da zona sul, a exemplo do córrego
Senhorinha.
Na segunda metade do século XX, também tivemos transformações na área
rural do município. Com o gradativo declínio da pecuária leiteira e a instalação de
indústrias de celulose e papel nos municípios de Jacareí e Suzano, acrescido pelos
incentivos fiscais e pela distribuição de mudas de Eucalipto e Pinus, a silvicultura
apresentou-se como uma atividade econômica alternativa para a área rural. O
plantio destas espécies florestais exóticas em grandes áreas resulta num impacto
significativo sobre a biodiversidade e os recursos hídricos, gerando problemas
ambientais sérios ainda a serem contornados. Já em outras áreas o abandono das
pastagens possibilitou um processo de regeneração natural fazendo surgir
manchas de floresta secundária.
De forma sintética podemos afirmar que a transformação da paisagem neste
período é marcada, portanto, pelo intenso crescimento urbano, pela redução das
áreas com vegetação primária, em especial do cerrado, pelo declínio da pecuária,
pela introdução do plantio de espécies florestais exóticas, pelo abandono de
significativa parcela das áreas agrícolas e o consequente aumento das áreas em
processo de regeneração.
No final do século XX e neste início do século XXI, São José dos Campos
chega a sua fase pós-industrialização, o que não representa o abandono da
atividade industrial, mas sim a consolidação do município também como um polo
regional de comércio e serviços, além da indústria.

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Ao longo de um processo constituído de diversas fases de ocupação, São


José dos Campos transformou-se em um município configurado para ser
metrópole. A sua atual dinâmica socioeconômica, pautada na produção de bens de
consumo, serviços, pesquisa e tecnologia condiz com o presente uso do solo,
predominantemente urbano, onde vive cerca de 98% da população. Atualmente
encontra-se diante de um grande desafio, que é o de consolidar-se como uma
metrópole e ao mesmo tempo tornar-se uma sociedade justa e ambientalmente
sustentável, tanto para quem vive na área urbana como para quem vive na área
rural.

2. EDUCAÇÃO AMBIENTAL: REFERENCIAL HISTÓRICO

A Educação Ambiental pode ser considerada um dos mais importantes


processos de formação de uma sociedade que prima pela conservação do planeta,
em seu mais amplo sentido. Isso pode ser constatado pelo surgimento de diversos
mecanismos legais e institucionais no País e no mundo nas últimas décadas.
A preocupação da comunidade internacional com os limites do
desenvolvimento do planeta data da década de 60, quando começaram as
discussões sobre os riscos da degradação do meio ambiente. Tais discussões
ganharam tanta intensidade que levaram a Organização das Nações Unidas (ONU)
a promover uma Conferência sobre o Meio Ambiente em Estocolmo (1972), onde
se tentou romper com o conceito do antropocentrismo e começou-se a discutir o
homem como parte integrante da natureza e também a necessidade de se formar
uma visão ética com a inclusão de outros valores, como solidariedade e co-
responsabilidade nas questões ambientais. Este evento foi responsável por inserir
a temática da educação ambiental na agenda internacional, inclusive no Brasil.
Como resultado da Conferência de Estocolmo, aconteceu em 1975, em
Belgrado, na ex-Ioguslávia, o Encontro Internacional em Educação Ambiental que
sugere um Programa Internacional de Educação Ambiental (PIEA), parte integrante
da Carta de Belgrado, segundo a qual a meta da educação ambiental é:
Desenvolver um cidadão consciente do ambiente total; preocupado com
os problemas associados a esse ambiente, e que tenha o
conhecimento, as atitudes, motivações, envolvimento e habilidades
para trabalhar de forma individual às questões daí emergentes", com

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princípios orientadores de que a educação ambiental deve ser


continuada, multidisciplinar, integrada às diferenças regionais e voltada
para os interesses nacionais. Este é um documento considerado um
marco histórico para a evolução dos movimentos em torno do tema meio
ambiente.

Em outubro de 1977 foi realizada a Conferência Intergovernamental sobre


Educação Ambiental, em Tibilisi, na Geórgia, que consolidou o Programa
Internacional de Educação Ambiental e estabeleceu as finalidades, os objetivos, os
princípios orientadores para a promoção da educação ambiental como uma
estratégia para construção de sociedades sustentáveis, marcando definitivamente
a importância do processo de Educação Ambiental como meio de conscientização
dos povos a respeito das questões ambientais.
No Brasil, a Educação Ambiental, foi formalmente instituída pela Lei Federal
de nº 6938, sancionada em 31 de agosto de 1981, que criou a Política Nacional do
Meio Ambiente (PNMA). Esta lei foi um marco histórico na institucionalização de
defesa da qualidade ambiental brasileira.
Em 1985, o Ministério da Educação (MEC), por meio do Parecer 819/85
reforçou a necessidade da inclusão de conteúdos ecológicos ao longo do processo
de formação do ensino de 1º e 2º graus, integrados a todas as áreas do
conhecimento de forma sistematizada e progressiva, possibilitando a “formação da
consciência ecológica do futuro cidadão”, já sinalizada em 1979 por meio da
publicação “Ecologia: Uma proposta para o Ensino de 1º e 2º graus”, em parceria
com a CETESB.
Dez anos depois da Conferência de Tibilisi, em 1987, aconteceu em Moscou,
o Congresso Internacional sobre Educação e Formação Relativas ao Meio
Ambiente que resultou na Estratégia Internacional de Ação em Matéria de
Educação e Formação Ambiental para o decênio de 90. O documento ressalta a
importância da formação de recursos humanos nas áreas formais e não formais da
Educação Ambiental e na inclusão da dimensão ambiental nos currículos de todos
os níveis.
Também em 1987, o Conselho Federal de Educação, do MEC, publicou o
Parecer Nº 226/87, considerando a necessidade da inclusão da Educação
Ambiental dentre os conteúdos a serem explorados nas propostas curriculares de
1º e 2º graus, atualmente ensino fundamental e médio. Recomendou, ainda, a
incorporação de temas ambientais da realidade local compatíveis com o
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desenvolvimento social e cognitivo dos alunos e a integração escola-comunidade


como estratégia de aprendizagem.
Com a Constituição da República Federativa do Brasil, promulgada em 1988,
no Capítulo VI, Artigo 225, Inciso VI, tornou-se obrigatória a promoção da Educação
Ambiental, pelo Poder Público, em todos os níveis de ensino, e a conscientização
pública para a preservação do meio ambiente.
Em 1991, o MEC, determinou que todos os currículos nos diversos níveis e
modalidades de ensino deverão contemplar conteúdos de Educação Ambiental
(Portaria 678/91). Institui-se um Grupo de Trabalho de Educação Ambiental com o
objetivo de definir com as Secretarias Estaduais de Educação, as metas e
estratégias para a implantação da Educação Ambiental no país e elaborar proposta
de atuação do MEC na área da educação formal e não-formal para a Conferência
da ONU sobre o Meio Ambiente e Desenvolvimento.
Em 1992, o Brasil sediou um dos mais importantes eventos internacionais
da área ambiental, a Conferência das Nações Unidas para o Meio Ambiente e
Desenvolvimento (CNUMAD), também conhecida como Rio-92, Eco-92 ou Cúpula
da Terra, com a participação de mais 176 países. O encontro chamou a atenção do
mundo para a dimensão global dos perigos que ameaçam a vida na Terra e, por
consequência, a necessidade de uma aliança entre os povos em prol de uma
sociedade sustentável. Essa Conferência teve como resultado a aprovação de
vários documentos, envolvendo convenções, declarações de princípios e a Agenda
21, considerada um de seus resultados mais importantes.
A Agenda 21, documento com mais de 2.500 recomendações práticas, estabeleceu
o desafio do milênio seguinte (Séc. XXI) como um instrumento de planejamento
estratégico que visa implementar um novo modelo de desenvolvimento
socioeconômico e ambiental.
No contexto nacional, definiu-se a metodologia de trabalho para a Agenda
21 Brasileira, mediante a seleção das seis áreas temáticas que refletem a
problemática socioambiental do País. As áreas são: Agricultura Sustentável,
Cidades Sustentáveis, Infra-estrutura e Integração Regional, Gestão dos Recursos
Naturais, Redução das Desigualdades Sociais e Ciência e Tecnologia para o
Desenvolvimento Sustentável.
Paralelo à Conferência Mundial sobre o Meio Ambiente e Desenvolvimento,
o MEC realizou, em Jacarepaguá, RJ, o Workshop sobre Educação Ambiental com
o objetivo de socializar os resultados das experiências nacionais e internacionais

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de Educação Ambiental, discutir metodologias e currículos. Deste encontro resultou


a Carta Brasileira para a Educação Ambiental que destaca a necessidade de
compromisso do poder público federal, estadual e municipal no cumprimento da
legislação e das políticas para EA e para a capacitação de recursos humanos.
Passados cinco anos da Conferência Rio-92, em 1997 realizou-se a
Conferência Internacional sobre Meio Ambiente e Sociedade: Educação e
Consciência Pública para a Sustentabilidade em Thessaloniki, Grécia, onde se
reconheceu o papel crítico da educação e da consciência pública para o alcance
da sustentabilidade e a importância da contribuição da Educação Ambiental na
divulgação e aplicação de um novo modelo de crescimento econômico, mas
avaliou-se que, no cenário mundial, o desenvolvimento da Educação Ambiental foi
insuficiente.
No Brasil, o MEC, buscando ajudar a escola a cumprir seu papel institucional
de fortalecimento da cidadania, lançou os Parâmetros Curriculares Nacionais
(PCN), como subsídio para projeto da escola na elaboração de seu currículo e
trouxe como grande novidade a inserção de temas transversais, entre eles,
consumo, ética e meio ambiente, nos currículos do Ensino Fundamental, bem como
a incorporação de procedimentos, atitudes e valores no convívio escolar. Esse fato
representou um grande avanço para a Educação Ambiental, pois orienta que o
tema meio ambiente deve ser abordado transversalmente em todas as áreas do
conhecimento. Para implementar os PCN’s, o MEC criou o Programa PCN em
Ação, com o objetivo de fornecer embasamento teórico e prático para a implantação
dos Parâmetros Curriculares Nacionais.
No mesmo ano, foi realizada a I Conferência Nacional de Educação
Ambiental onde foi produzido o documento “Carta de Brasília” que definiu cinco
áreas temáticas para a educação ambiental no Brasil.
Na década de 90, podemos destacar ainda outros eventos importantes para
a Educação Ambiental do país, como a realização dos Fóruns de Educação
Ambiental - em 1989 e 1991, em São Paulo. A ampliação da participação no III
Fórum de Educação Ambiental, em 1994, também em São Paulo foi um estímulo
para a organização do IV Fórum e do 1º Encontro da Rede Brasileira de Educação
Ambiental em caráter nacional, que ocorreu em 1997 no Espírito Santo, organizado
pela Rede Brasileira de Educação Ambiental.
Em 1998, aconteceu em Brasília a Cúpula das Américas, com apoio da
Organização dos Estados Americanos (OEA) e da Organização das Nações Unidas

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para a Educação, a Ciência e a Cultura), que definiu 2002 como ano limite para a
revisão das políticas nacionais de educação dos países participantes, buscando a
promoção de um pensamento latino-americano e caribenho sobre Educação para
o Desenvolvimento Sustentável.
Em 1999, a Lei Federal Nº 9795/99 instituiu a Política Nacional de Educação
Ambiental tornando obrigatória a inserção da Educação Ambiental no currículo de
forma transversal em todos os níveis e modalidades formal e não-formal.
A partir de 2000, por iniciativa dos educadores ambientais e apoiados pelo
Fundo Nacional do Meio Ambiente (FNMA), constatou-se o fortalecimento das
Redes de Educação Ambiental, favorecendo a mobilização e organização da
sociedade.
Em 2002, foi realizado um novo grande encontro de cúpula, promovido pela
ONU, em Joanesburgo, África do Sul, dez anos após a RIO-92, que ficou conhecido
como RIO+10. Para alguns, o grande êxito desse encontro foi a ênfase que se
conseguiu dar a temas de desenvolvimento social, tais como a erradicação da
pobreza, o acesso à água e aos serviços de saneamento, e à saúde.
Também em 2002, foi promulgado o Decreto Federal nº 4.281, que
regulamentou a Lei nº 9.795, dando condições para a implementação da Política
Nacional de Educação Ambiental.
Um marco para a Educação Ambiental no Brasil foi a publicação do
Programa Nacional de Educação Ambiental (ProNEA). A 1ª Edição formulada
conjuntamente pela Diretoria de Educação Ambiental do Ministério do Meio
Ambiente (DEA/MMA) e pela Coordenação Geral de Educação Ambiental
(COEA/MEC) foi publicada em 2003 com convite aos educadores ambientais para
participarem de um processo de discussão ampliada do documento e contribuírem
para seu aperfeiçoamento. Assim, após processo de Consulta Pública, realizado
em 2004, com mais de 800 educadores ambientais de todo o país, o ProNEA foi
reeditado em 2005, com as contribuições coletivas. O MEC e MMA reconhecem o
seu estado de permanente construção e entendem a necessidade de um constante
aprimoramento.
O ProNEA apresenta as diretrizes e princípios para orientar as ações no
âmbito nacional, o que não significa que sua implementação seja de competência
exclusiva do poder público federal. Ao contrário, todos os segmentos sociais e
esferas de governo são co-responsáveis por sua aplicação, execução,
monitoramento e avaliação.

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Ainda durante o ano de 2004 foi realizado o 1º Encontro Governamental


Nacional sobre Políticas Públicas de Educação Ambiental, em Goiânia, que visou
elaborar um diagnóstico dos principais desafios ao enraizamento da educação
ambiental no país, cujo documento final “Compromisso de Goiânia”, defende a
criação de políticas e programas estaduais e municipais de educação ambiental
que estejam sintonizados com o ProNEA.
Entre 2003 e 2008 foram realizadas três Conferências Nacionais de Meio
Ambiente (CNMA) e as Conferências Infanto-Juvenis pelo Meio Ambiente
(CNIJMA), fortemente comprometidas com a Educação Ambiental.
Em 2007, foi promulgada a Lei nº 12.780 que instituiu a Política Estadual de
Educação Ambiental de São Paulo (PEEA). Atualmente, encontra-se em processo
de construção participativa a minuta de regulamentação da política que prevê, entre
outros, a criação de um fundo estadual para financiar projetos de Educação
Ambiental no estado de São Paulo.
Em 2012, foi realizado pela Rede Brasileira de Educação Ambiental
(REBEA), com a Rede Baiana de Educação Ambiental (REABA), e Instituto Roerich
de Paz e Cultura do Brasil, o VII Fórum Brasileiro de Educação Ambiental com o
tema específico "Educação Ambiental: Rumo à Rio + 20 e a uma sociedade
sustentável".
Ainda em 2012, a Conferência das Nações Unidas sobre Desenvolvimento
Sustentável - Rio + 20, aconteceu no Rio de Janeiro, com a participação de 120
chefes de Estado e mais de 12 mil delegados. O Encontro culminou no documento
intitulado “O futuro que queremos”, que reafirma que o acesso pleno à educação
de qualidade em todos os níveis é condição essencial para alcançar o
desenvolvimento sustentável.
Considerando a evolução da organização da Educação Ambiental no país e
no mundo e a necessidade permanente de melhorar a qualidade de vida dos
habitantes do município, a Prefeitura Municipal de São José dos Campos instituiu
no ano de 2006 a Lei nº 7.112 de 06/07/2006 (ANEXO 1), que criou a Política de
Educação Ambiental Municipal e instituiu o Programa Municipal de Educação
Ambiental (PROMEA).
Sua elaboração com base na Agenda 21, nos moldes do ProNEA e seguindo
recomendações dos PCNs, foi conduzida pela Secretaria de Meio Ambiente, em
conjunto com representantes de vários segmentos da sociedade.

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18

O Programa Municipal propõe posturas de integração e participação de


todas as entidades e pessoas que atuam em Educação Ambiental, buscando o
envolvimento de toda a população. Propõe a criação de uma Rede de Comunicação
para que os resultados das ações desenvolvidas sejam divulgados e se tornem
mais significativos na construção de uma sociedade calcada nos princípios da
sustentabilidade.
A estruturação do Programa Municipal de Educação Ambiental para São
José dos Campos, em consonância com programas e políticas de Educação
Ambiental nas esferas nacional e estadual, vem atender às diretrizes estabelecidas
pela Lei Municipal nº 6.808/05 (ANEXO 2), que criou a Secretaria Meio Ambiente
do município - SEMEA, responsável pelo planejamento e execução da Política de
Meio Ambiente do Município de São José dos Campos (Art. 1º).
Na criação do ProMEA, a lei Nº 7.112 prevê ainda a constituição de um
Núcleo Gestor para gerir o programa e realizar a revisão do documento a cada dois
anos.
Em 2013, a SEMEA convidou representantes de diferentes setores da
sociedade para constituir um grupo de trabalho com o objetivo de elaborar uma
versão revisada do ProMEA. Para formar o referido grupo foram convidados
representantes: a) de instituições que participaram da elaboração da primeira
versão do documento; b) de setores ou instituições indicadas para compor o núcleo
gestor; c) participantes de outras instituições que desenvolvem iniciativas
relevantes de Educação Ambiental no município. Além disso, foi divulgado convite
no site da PMSJC para entidades e profissionais da área interessados em integrar
o grupo.
Essa iniciativa objetivou a revisão do documento, bem como a criação de
condições para a formação de um coletivo de educação ambiental no município e
estreitar os laços de pertencimento das pessoas/instituições em relação ao
ProMEA-SJC.
O processo de revisão resultou nesta versão atualizada com a alteração do
intervalo entre as revisões, que passou de 2 para 4 anos, bem como numa revisão
das leis municipais sobre Educação Ambiental no Município.
Durante o processo foi feito um breve levantamento do histórico das ações de
Educação Ambiental no município, que ainda necessita de um aprimoramento.
Identificou-se que muitas iniciativas ainda são realizadas de maneira isolada por
diversas instituições do município e outras são pontuais, sem planejamento a longo

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prazo, o que dificulta a obtenção de resultados efetivos (ANEXO 3: Linha do


Tempo).

3. OBJETIVOS

O Programa Municipal de Educação Ambiental tem como objetivos:

a) Promover processos de Educação Ambiental, de caráter formal e não-


formal, através dos setores públicos e da sociedade civil, para o
desenvolvimento de conhecimentos, resgate de valores humanistas,
habilidades, atitudes e competências que contribuam para a participação
cidadã na construção de um município justo, ecologicamente responsável,
economicamente viável, culturalmente diverso e politicamente atuante;
b) Fomentar processos de formação continuada em Educação Ambiental,
formal e não-formal, dando condições para a atuação dos diversos
segmentos da sociedade;
c) Fomentar e difundir a dimensão ambiental nos projetos do município tanto
na esfera governamental como não governamental;
d) Incentivar iniciativas que valorizem a relação entre cultura, memória e meio
ambiente, assim como a interação entre os saberes popular, tradicional e
técnico-científico;
e) Reunir, organizar e articular as ações já desenvolvidas na educação formal
e não-formal, para compor uma visão sistêmica da Educação Ambiental no
Município, assim como estabelecer uma rede de articulação entre os
diversos atores do processo, utilizando-se de todos os meios de
comunicação existentes.
f) Oferecer e viabilizar suporte teórico para orientar os pequenos produtores
rurais, a fim de obter uma produção sustentável e solidária e a inserção
desta no mercado.

4. MISSÃO

Fazer da Educação Ambiental um processo presente na vida do cidadão


joseense, de forma permanente, para que participe no desenvolvimento de um
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20

município sócio econômico e ambientalmente sustentável, justo e comprometido


com a melhoria da qualidade de vida da população e na manutenção dos bens
naturais e culturais, promovendo o desenvolvimento de novas atitudes e valores.

5. JUSTIFICATIVA

A temática ambiental tem sido discutida intensamente nos últimos anos. A


poluição atmosférica, a contaminação e degradação do solo e recursos hídricos, a
desigualdade social aliada a um consumo desenfreado, a ameaça à biodiversidade
e à saúde social são alguns dos problemas da humanidade.
O conhecimento dos referidos problemas e a sensibilização da sociedade são as
chaves para a prevenção, participação e mudança de atitudes. Também é
necessário que as ações educativas sejam articuladas e integradas em todos os
segmentos da sociedade, por meio de um programa que seja referência para as
diferentes iniciativas e projetos de Educação Ambiental desenvolvidos no
município.
Assim sendo, uma das estratégias para enfrentamento da problemática
socioambiental no Município será caminhar para o desenvolvimento de uma cidade
saudável, socialmente justa e ambientalmente segura, pautada na Política
Ambiental, instituída pela Lei Municipal nº 7112/06 Cap. I Art. 2º que visa consolidar
as ações no Município.

“A Política de Educação Ambiental Municipal, em consonância com as


leis federais e estaduais sobre Educação Ambiental, institui o Programa
Municipal de Educação Ambiental para nortear as ações voltadas à
promoção da preservação do equilíbrio sócio-ambiental.”

O Programa Municipal de Educação Ambiental de São José dos Campos


(PROMEA) propõe um conjunto de ações contínuas, articuladas, avaliadas e
reestruturadas, considerando sempre os aspectos socioambientais locais e
regionais, formando uma rede de articulação de Educação Ambiental que deverá
facilitar a busca e a difusão de informações, criando com essa dinâmica, uma
sociedade que exercite sua cidadania, participe de debates, reflexões e das
tomadas de decisões.

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21

Dessa forma, as ações ambientais que têm sido desenvolvidas, de forma


isolada por instituições de ensino, pesquisa, organizações não governamentais -
ONGs, empresas, prefeituras entre outros e os projetos futuros poderão se tornar
objeto de diferentes parcerias, com maior abrangência, otimizando os esforços e
articulando ações para um município sustentável.
Nesse contexto, a Secretaria de Meio Ambiente, que tem como atribuição a
coordenação da Política e Gestão Ambiental do Município (Lei n° 6808/05 - Art. 3º),
disponibiliza sua equipe técnica e a estrutura física no intuito de apoiar, fomentar,
organizar, sistematizar e articular essas iniciativas e projetos desenvolvendo o
senso de responsabilidade na melhoria da qualidade ambiental e contribuindo por
intermédio de ações locais para as mudanças globais.

6. DIRETRIZES

O Programa Municipal de Educação Ambiental orienta-se pelo Programa


Nacional, adaptado às peculiaridades e às dinâmicas locais. Tem como eixo
orientador a perspectiva da sustentabilidade ambiental na construção de uma
cidade para todos. Suas ações destinam-se a assegurar, no âmbito educativo e do
desenvolvimento, a sustentabilidade ambiental – ecológica, social, ética, cultural,
econômica, tecnológica, espacial e política, buscando o envolvimento e a
participação social na proteção, recuperação e melhoria das condições ambientais
e de qualidade de vida. Para tanto, são definidas diretrizes do Programa Municipal:

6.1 ARTICULAÇÃO ENTRE GOVERNO E SOCIEDADE CIVIL

Propõe um constante exercício de diálogo, ações conjuntas e multiplicadoras


entre governo, entidades privadas e terceiro setor, possibilitando a participação
qualificada das Secretarias Municipais, Organizações Não Governamentais,
Instituições Educacionais e de Pesquisa no desenvolvimento de programas e
projetos.

6.2 SUSTENTABILIDADE SOCIOAMBIENTAL

Considera a Educação Ambiental como um dos instrumentos fundamentais


da gestão ambiental, capaz de propiciar condições para a participação individual e

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coletiva nos processos decisórios sobre o acesso e uso dos bens ambientais,
contribuindo para a sustentabilidade socioambiental.

6.3 DEMOCRACIA E PARTICIPAÇÃO SOCIAL

Efetivar a participação democrática da sociedade civil, empresas e


Instituições na construção, implementação e monitoramento das políticas e
programas de Educação Ambiental.

6.4 APERFEIÇOAMENTO E FORTALECIMENTO DA EDUCAÇÃO AMBIENTAL


NOS SISTEMAS DE ENSINO

Propõe incentivar as instituições de ensino, pesquisa e similares (públicas e


privadas), localizadas no município, a desenvolver estudos e parcerias para a
solução de problemas ambientais, em destaque para os problemas do município, e
assim, com ampla divulgação, promover o aproveitamento adequado dos
conhecimentos científicos e tecnológicos produzidos nessas instituições.

6.5 TRANSVERSALIDADE E INTERDISCIPLINARIDADE

Adotar os conceitos de transversalidade e interdisciplinaridade na Educação


Ambiental, a fim de fazê-la presente em todo e qualquer processo educativo. É
importante que se busque uma visão da complexidade da realidade, reconhecendo
o conjunto das inter-relações e as múltiplas determinações dinâmicas entre os
âmbitos naturais, culturais, históricos, sociais, econômicos e políticos integrando-
os e não compartimentalizando-os de forma estanque e isolada.

7. PRINCÍPIOS

Foram adotados para o Programa Municipal de Educação Ambiental os


seguintes princípios:
a) Concepção de ambiente em sua totalidade, considerando a
interdependência entre o meio natural e o construído, o socioeconômico e
o cultural, o físico e o espiritual, sob o enfoque da sustentabilidade
socioambiental;
b) Abordagem articulada das questões socioambientais espaciais com ênfase
nas dimensões locais e regionais, em relação às nacionais e globais;

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23

c) Respeito à liberdade, equidade de gênero, social e econômica e à


diversidade cultural, étnica, sexual e racial;
d) Reconhecimento e valorização da diversidade genética, de espécies e de
ecossistemas.
e) Enfoque humanista, histórico, crítico, democrático, cooperativo e
emancipatório;
f) Compromisso com a cidadania ambiental;
g) Vinculação entre as diferentes dimensões do conhecimento, tais como
valores, habilidades, competências;
h) Democratização da produção e divulgação do conhecimento e incentivo à
interatividade na informação;
i) Pluralismo de ideias e concepções pedagógicas;
j) Garantia de continuidade e permanência do processo educativo;
k) Permanente avaliação crítica e construtiva do processo educativo;
l) Coerência entre o pensar, o falar, o sentir e o fazer;
m)Prática transparente das ações e decisões.
n) Reconhecimento do protagonismo dos diversos atores que praticam a
Educação Ambiental e iniciativas sustentáveis, em destaque aos atores da
sociedade civil das áreas rurais.

8. ESTRATÉGIAS E LINHAS DE AÇÃO

O Programa Municipal de Educação Ambiental visa promover ações locais


com vistas à minimização de problemas socioambientais de abrangência local,
regional e global. Os esforços empreendidos devem privilegiar notadamente o
equilíbrio, a recomposição ambiental e a melhoria da qualidade de vida dos
cidadãos, por meio do planejamento estratégico e participativo das políticas
públicas, programas e projetos em todo o Município. As estratégias e linhas de ação
serão planejadas para abranger as principais questões socioambientais e que
podem ser reunidas em oito temas:
- Recursos Hídricos
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- Atmosfera
- Resíduos Sólidos
- Uso e Ocupação do Solo
- Biodiversidade
- Energia
- Ciência e Tecnologia
- Cultura e Sociedade
Essa classificação facilita o direcionamento para contribuições de
participantes da Rede, promovendo suporte científico-tecnológico, apoio para
submissão de projetos específicos aos órgãos financiadores, organização e
divulgação de um acervo dos trabalhos desenvolvidos no Município e demais
localidades.
Essa iniciativa deve facilitar a troca de informações, a obtenção de apoio e
suporte científico-tecnológico para execução dos projetos e captação de recursos
humanos, materiais e financeiros para o desenvolvimento de atividades, trabalhos
e pesquisas, nos segmentos da Educação Ambiental formal ou não formal. Os
participantes poderão constituir grupos para debate e reflexão dos temas de
interesse socioambiental, tornando-se agentes no processo da Educação
Ambiental Municipal.
Essas ações serão gerenciadas pelo Núcleo Gestor do Programa Municipal
de Educação Ambiental.

8.1. GESTÃO E PLANEJAMENTO DA EDUCAÇÃO AMBIENTAL NO


MUNICÍPIO

Para o planejamento da Educação Ambiental no Município é necessário


adotar procedimentos de planejamento e gestão, de formulação e implementação
de políticas, criação de interfaces entre os vários segmentos, apoio institucional e
financeiro, articulação e mobilização social e estímulo à educação ambiental nas
empresas.

8.1.1 PLANEJAMENTO DA EDUCAÇÃO AMBIENTAL COM BASE NA


GESTÃO AMBIENTAL INTEGRADA

Para gerir as ações do Programa de Educação Ambiental um Núcleo Gestor


deverá ser constituído por representantes das Secretarias Municipais de Meio

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25

Ambiente, de Educação e diferentes instituições que desenvolvem projetos e


programas de educação ambiental no Município.
Dessa forma o Núcleo Gestor têm a função de:
a) Apoio às ações integradas entre os diferentes setores da sociedade,
facilitando a transversalidade das questões socioambientais;
b) Planejamento estratégico e participativo das políticas públicas voltadas
para Educação Ambiental, por meio de ações prioritárias identificadas no
diagnóstico socioambiental a ser conduzido pelo Núcleo Gestor;
c) Elaboração de projetos em Educação Ambiental que possam se tornar
referência para o aprimoramento das políticas públicas vigentes;
d) Fomento à inclusão das questões socioambientais nas agendas dos
segmentos públicos e privados do Município;
e) Estruturação de bancos de dados de projetos e iniciativas existentes no
Município com a temática socioambiental;
f) Inclusão da Educação Ambiental nos projetos públicos e privados que
causem impactos ambientais, conforme a Legislação Federal 6.938/81
Politica Nacional do Meio Ambiente e Resoluções CONAMA Nº001/96 e
237/97.
g) A integração da Educação Ambiental aos programas de conservação,
recuperação e melhoria do meio ambiente, bem como àqueles voltados à
prevenção de riscos e danos ambientais, conforme as atribuições da
SEMEA (Lei Municipal nº 6808/05).

8.1.2. FORMULAÇÃO E IMPLEMENTAÇÃO DE POLÍTICAS PÚBLICAS


AMBIENTAIS DE ÂMBITO LOCAL

As ações e estratégias do Programa Municipal visam:


a) Incentivar, induzir e promover a criação, a implementação, o monitoramento
e divulgação de políticas públicas municipais, em consonância com as
Diretrizes do ProNEA, com os PCNs e RCN e com a Agenda 21;
b) Atuar conforme a legislação municipal que institui a Política de Educação
Ambiental no Município e demais leis ambientais;
c) Estabelecer parcerias entre órgãos públicos e sociedade civil, de forma a
possibilitar a regionalização articulada da Educação Ambiental, com a
descentralização de projetos e ações em respeito às diversidades locais,
trabalhando de forma transversal e interdisciplinar;

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26

d) Promover cursos de formação em Educação Ambiental em cooperação com


instituições de ensino, pesquisa e empresas.

8.1.3. CRIAÇÃO DE INTERFACES ENTRE EDUCAÇÃO AMBIENTAL E


OS DIVERSOS PROGRAMAS E POLÍTICAS DE GOVERNO, NAS DIFERENTES
ÁREAS

Para viabilizar tais interfaces o Programa Municipal objetiva:


a) Promover a Educação Ambiental nas Secretarias e Órgãos Municipais, com
a implementação da A3P (Agenda Ambiental na Administração Pública) por
intermédio de agentes multiplicadores que atendam às demandas internas e
externas;
b) Estimular a inserção da Educação Ambiental nas etapas de planejamento e
execução de ações relacionadas a gestão dos recursos naturais na bacia
hidrográfica do Rio Paraíba do Sul, defesa dos ecossistemas da Mata
Atlântica e Cerrado, preservação da biodiversidade, unidades de
conservação e entorno, ética e pluralidade cultural, trabalho e consumo
consciente, agricultura e assentamentos sustentáveis, ciência e tecnologia,
identidade e patrimônio, entre outras vertentes das políticas públicas;
c) Estimular e apoiar a criação de grupos de trabalho multidisciplinares para
desenvolver oficinas de Educação Ambiental que enfatizem a relação entre
saúde, ambiente e bem-estar social, a serem realizadas em instituições de
ensino e espaços públicos acessíveis à comunidade em geral;
d) Estruturar e realizar projetos em Educação Ambiental em parceria com a
iniciativa privada e demais órgãos, conforme legislação específica de cada
atividade ou empreendimento;
e) Estimular e apoiar a Educação Ambiental nas práticas de ecoturismo e
turismo rural visando garantir a sustentabilidade socioambiental, ecológica e
econômica das comunidades;

8.1.4. ARTICULAÇÃO E MOBILIZAÇÃO SOCIAL COMO


INSTRUMENTOS DE EDUCAÇÃO AMBIENTAL

O Programa Municipal como iniciativa articuladora se dispõe a:


a) Incentivar a criação e fortalecimento da rede local de Educação Ambiental
com o intuito de cadastrar as ações de cunho socioambiental, gerando uma
rede de informações para facilitar o intercâmbio de experiências, a

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construção de propostas, o debate, a interação entre os atores sociais


envolvidos e a articulação para a participação social;
b) Incentivar a construção de Agendas 21 locais, mediante o fortalecimento dos
fóruns;
c) Utilizar espaços públicos, tais como praças, parques, dentre outros e
também espaços particulares, como por exemplo, Reservas Particulares do
Patrimônio Natural (RPPN), para aprendizagem coletiva, onde seja possível
a articulação entre organizações e pessoas preocupadas com questões
socioambientais, incentivando a prática de encontros para estudo do meio,
troca de experiências, divulgação de informações e conhecimentos, e
debates relativos ao meio ambiente;
d) Apoiar a realização periódica de eventos sobre Educação Ambiental, a
exemplo de fóruns, seminários, festejos populares, incentivando a
participação da sociedade, de representantes de órgãos públicos, técnicos
e especialistas nos eventos de Educação Ambiental municipais, estaduais,
nacionais, internacionais, entre outros.
e) Apoiar por intermédio de entidades culturais e afins a identificação e registro
de diferentes manifestações culturais no Município, com o intuito de
estabelecer interfaces entre elas e projetos de Educação Ambiental,
incentivando também atividades culturais de caráter eco pedagógico;
f) Atuar junto ao Comitê da Bacia Hidrográfica do Rio Paraíba do Sul para uma
prática de Educação Ambiental condizente com a gestão socioambiental das
águas;
g) Apoiar e estimular a criação de fóruns de juventude no Município para a
realização de ações de Educação Ambiental nas escolas públicas e
particulares em consonância com as políticas federais que envolvam a
Educação Ambiental;
h) Estimular a participação de todos os segmentos da sociedade organizada
joseense como corresponsáveis nos objetivos e na implementação das
ações do Programa.
i) Incentivar e promover o voluntariado para estimular o potencial solidário das
pessoas e para a aquisição de experiência profissional ou formação,
ampliando o alcance das ações educativas.

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8.1.5. PROMOÇÃO DA EDUCAÇÃO AMBIENTAL VOLTADA A


EMPREENDIMENTOS DA ECONOMIA LOCAL

O processo educacional nos segmentos produtivos e de serviços deve:


a) Estimular empresas, entidades de classe, instituições públicas e privadas a
desenvolver programas destinados à capacitação dos funcionários e
colaboradores, consumidores, visando à melhoria e o controle efetivo no
ambiente de trabalho e repercussões do processo produtivo no meio
ambiente;
b) Envolver as comunidades rurais em projetos de Educação Ambiental
condizentes com sua realidade, com formação de jovens e adultos
estimulando-as e orientando-as a utilizar técnicas produtivas sustentáveis;
c) Priorizar parcerias com instituições que assumam o compromisso
socioambiental.

8.1.6. CAPTAÇÃO DE RECURSOS PARA AÇÕES DE EDUCAÇÃO


AMBIENTAL

Para viabilizar as ideias e ações em Educação Ambiental no Município o


Programa sugere:
a) Divulgação de recursos financeiros oriundos de fundos federais, estaduais e
municipais e de linhas de financiamento privado, para a implementação de
projetos e ações de Educação Ambiental;
b) Fornecer apoio técnico para elaboração de projetos de captação de
recursos.

8.2. FORMAÇÃO DE EDUCADORES AMBIENTAIS

Para a formação continuada de educadores e gestores ambientais, no


âmbito da educação formal e não formal, o Programa propõe:
a) Elaboração de planos de formação continuada a serem implantados a partir
de parcerias com associações, instituições de ensino, institutos de pesquisa,
empresas, entre outros;
b) Apoio à criação de redes de formação de educadores e gestores, com a
participação de universidades, institutos de pesquisa, empresas,
organizações do terceiro setor e escolas. As redes locais deverão ser

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29

prioritárias a fim de garantir o conhecimento da realidade em questão e a


continuidade das ações pela existência de inúmeros atores;
c) Estímulo ao acesso às tecnologias de informação e comunicação, sobretudo
o Sistema Brasileiro de Informação sobre Educação Ambiental - SIBEA;
d) Produção de material técnico pedagógico e instrucional de apoio aos
processos formativos;
e) Contribuição para a formação e capacitação de educadores e gestores
ambientais no ensino superior, mediante a promoção de seminários,
conferências, simpósios, entre outros;
f) Contribuição para a formação de docentes, técnicos e arte-educadores, da
educação infantil ao ensino superior, utilizando-se metodologias presenciais
e de educação à distância;
g) Incorporar nas ações de formação dos profissionais do ensino básico de São
José dos Campos, de acordo com as realidades locais, a dimensão
ambiental prevista no ProMEA-SJC.

8.3. COMUNICAÇÃO PARA EDUCAÇÃO AMBIENTAL

8.3.1. COMUNICAÇÃO E TECNOLOGIA PARA A EDUCAÇÃO


AMBIENTAL

Para divulgar as ações e ideias deste Programa, pretende-se:


a) Promover e intensificar campanhas de Educação Ambiental, em todos os
meios de comunicação como forma de disseminar informações e práticas
educativas sobre o meio ambiente;
b) Fomentar a socialização de informações, estudos, notícias e debates sobre
as iniciativas de Educação Ambiental desenvolvidas no Município por meio
da criação de uma rede de articulação, sob responsabilidade do Núcleo
Gestor;
c) Apoiar a veiculação de informações de caráter educativo sobre meio
ambiente, em linguagem acessível a todos, por intermédio dos meios de
comunicação para sensibilizar a sociedade joseense para os problemas
socioambientais locais;
d) Utilizar os mecanismos da inclusão digital, em destaque as redes sociais,
para dinamizar o acesso a informações sobre a temática socioambiental;

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e) Incrementar a utilização de canais de acesso às informações ambientais, tais


como bibliotecas, rede virtual, universidades e instituições de pesquisa;
f) Estimular as instituições de ensino e núcleo de pesquisas a dar visibilidade
aos resultados dos estudos ambientais para a sociedade, em especial às
comunidades envolvidas;
g) Disponibilizar o Programa Municipal de Educação Ambiental na Internet, na
página da Prefeitura Municipal de São José dos Campos – Secretaria de
Meio Ambiente;
h) Realizar eventos como concursos, feiras, mostras e festivais com temáticas
socioambientais;
i) Coletar e difundir informações sobre experiências de Educação Ambiental
que visem à adoção de procedimentos de produções e consumo
sustentáveis.
j) Utilizar a tecnologia de ensino à distância para a realização de atividades
formativas relacionadas às linhas de ação do programa.
k) Disponibilizar informações sobre a temática socioambiental para todos os
segmentos da sociedade.

8.3.2. PRODUÇÃO, APOIO À ELABORAÇÃO E INCENTIVO AO USO DE


MATERIAIS EDUCATIVOS E DIDÁTICOPEDAGÓGICOS.

O Programa como facilitador da Educação Ambiental pretende:


a) Produzir, editar e distribuir material didático pedagógico que contemple as
questões socioambientais locais e regionais, por meio do estabelecimento
de parcerias. Os materiais não digitais deverão ser preferencialmente de
produção sustentável.
b) Identificar e solicitar materiais didático pedagógicos referentes à temática
ambiental, como impressos e audiovisuais disponibilizando-os à sociedade;
c) Selecionar materiais didático pedagógicos, interativos e lúdicos, relativos à
Educação Ambiental, incentivando seu uso.

8.4. ESTUDOS E PESQUISAS

Para incentivar estudos, pesquisas, experimentos em Educação


Ambiental no município o Programa deverá:

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a) Estimular estudos e pesquisas que auxiliem o desenvolvimento de


processos produtivos e soluções tecnológicas de baixo impacto ambiental
tanto para área rural como urbana;
b) Incentivar e propor temas a serem estudados pelas instituições de pesquisa
e de ensino superior para que possam implementar projetos
socioambientais de âmbito local e regional, bem como o desenvolvimento
de projetos articulados à educação básica.
c) Integrar educação ambiental, ciência e tecnologia, atendendo às
necessidades urbanas e rurais da população.

8.5. DINÂMICA DO PROGRAMA MUNICIPAL DE EDUCAÇÃO


AMBIENTAL

O dinamismo do programa será mantido por meio de:


a) Criação de um Núcleo Gestor, de um plano de trabalho e revisão deste
Programa a cada quatro anos;
b) Identificar e monitorar iniciativas de Educação Ambiental realizadas no
Município;
c) Estruturação e funcionamento da Rede de Comunicação do Promea;
d) Elaborar rotinas de monitoramento e acompanhamento dos projetos;
e) Articulação entre todas as secretarias municipais;
f) Apoio a construção e a divulgação de indicadores que subsidiem a
avaliação dos resultados esperados no âmbito da política Municipal de
Educação Ambiental e do ProMEA, bem como diagnósticos
socioambientais no Município;
g) Elaborar relatórios periódicos como forma de documentar os trabalhos
realizados e de comunicar os resultados obtidos utilizando os diversos
meios de comunicação disponíveis;
h) Promover reuniões regulares, definidas pelo Núcleo Gestor do Programa,
entre os envolvidos nos projetos, com o objetivo de acompanhar o
cumprimento das metas estabelecidas e o desenvolvimento das ações
propostas.
i) Divulgação do ProMEA, nas instituições de ensino e pesquisa e nos demais
setores da sociedades relacionados ao meio ambiente.

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O Programa de Educação Ambiental, está disponível, como documento


oficial do Município, em versão digital no site sjc.sp.gov.br.

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BIBLIOGRAFIA

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 SAUVÉ, L. Uma cartografia das correntes em educação ambiental. In: SATO, M.
(Org.); CARVALHO, I. (Org.). Educação ambiental - pesquisa e desafios. Porto
Alegre: Artmed, 2005. v. 1. 232 p.
 SORRENTINO, M. Desenvolvimento sustentável e participação: Algumas
reflexões em voz alta. In: n: Loureiro, C.F.B. et al. (orgs.) Educação ambiental:
repensando o espaço da cidadania. São Paulo: Cortez, 2002. p. 15-21

SITES

 http://portal.mec.gov.br/secad/arquivos/pdf/educacaoambiental/historia.pdf
(Acesso em 07/11/2013)
 http://portal.mec.gov.br/secad/arquivos/pdf/educacaoambiental/ealegal.pdf
(Acesso em 07/11/2013)
 http://www.mma.gov.br/educacao-ambiental/politica-de-educacao-
ambiental/historico-brasileirob (Acesso em 07/11/2013)
 http://www.mma.gov.br/port/conama/processos/61AA3835/O-Futuro-que-
queremos1.pdf (Acesso em 07/11/2013)
 http://www.geografiaparatodos.com.br/index.php?pag=sl32 (Acesso em
08/11/2013)
 www.economiabr.net/economia3_desenvolvimento_sustentavel_histórico.html
(Acesso em 18/03/2006)
 www.mec.gov./se/educacaoambiental (Acesso em 25/04/2006)

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ANEXOS

ANEXO 1

LEI MUNICIPAL Nº 7.112, DE 06/07/2006 - Pub. BM nº 1.735, de 21/07/2006.


Institui a Política Municipal de Educação Ambiental e dá outras providências

O Prefeito Municipal de São José dos Campos faz saber que a Câmara Municipal aprova e ele
sanciona e promulga a seguinte Lei:

Art. 1º Fica criada a Política de Educação Ambiental do Município de São José dos Campos.

CAPÍTULO I - DAS DIRETRIZES

Art. 2º A Política de Educação Ambiental Municipal, em consonância com as leis federais e estaduais
sobre Educação Ambiental, institui o Programa Municipal de Educação Ambiental para nortear as
ações voltadas à promoção da preservação do equilíbrio sócio-ambiental.
Parágrafo único. O referido Programa Municipal de Educação Ambiental deverá ser revisado a
cada 02 (dois) anos.

CAPÍTULO II - OBJETIVOS FUNDAMENTAIS

Art. 3º A política Municipal de Educação Ambiental tem como objetivos:


I - incentivar a participação individual e coletiva, permanente e responsável, na preservação do
equilíbrio do meio ambiente, entendendo-se a defesa da qualidade ambiental como um valor
inseparável do exercício da cidadania;
II - fortalecer a cidadania e a solidariedade como fundamentos para o futuro da humanidade;
III - promover processos de Educação Ambiental, formal e não formal, para o desenvolvimento de
conhecimentos e resgatar valores humanistas, habilidades, atitudes e competências que contribuam
para participação cidadã na construção de uma cidade justa e sustentável;
IV - fomentar processos de formação continuada em Educação Ambiental, formal e não-formal,
dando condições para a atuação nos diversos setores da sociedade;
V - fomentar e difundir a dimensão ambiental nos projetos de desenvolvimento governamental e
não governamental, para a melhoria na qualidade de vida;
VI - incentivar iniciativas que valorizem a relação entre cultura, memória e paisagem - sob a
perspectiva do amor à vida - assim como a interação entre os saberes popular, tradicional e técnico-
científico;
VII - dinamizar e universalizar o acesso as informações sobre a temática sócio-ambiental,
estabelecendo uma Rede de Comunicação em Educação Ambiental no Município;
VIII - favorecer a integração de empresas, comunidades rurais e quaisquer instituições que
estejam envolvidas com a Educação Ambiental ao Programa Municipal.

CAPÍTULO III - DO PROGRAMA MUNICIPAL DE EDUCAÇÃO AMBIENTAL

Art. 4º A Política Municipal de Educação Ambiental será executada por intermédio do Programa
Municipal de Educação Ambiental e sua coordenação ficará a cargo de um Núcleo Gestor.

Art. 5º O Núcleo Gestor é o órgão responsável pela gestão do Programa Municipal de Educação
Ambiental e sua interface com os processos educativos, de caráter formal e não-formal, e será
composto pelos seguintes membros:
I - um representante da Secretaria de Meio Ambiente;
II - um representante da Secretaria de Educação;
III - um representante do Departamento de Comunicação da Secretaria de Governo;
IV - um representante da Secretaria de Esportes e Lazer;
V - um representante da sociedade civil que tenha vinculação com alguma Instituição de cunho
sócio-ambiental com sede no Município;

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36

VI - um representante de institutos de pesquisa ou escolas de nível superior, instaladas e operando


no Município;
VII - um representante da indústria indicado pela Diretoria Regional de São José dos Campos do
Centro das Indústrias do Estado de São Paulo;
VIII - dois vereadores representantes da Câmara Municipal de São José dos Campos.
§ 1º Poderão fazer parte do Núcleo Gestor, como colaboradores, representantes de outras
Secretarias Municipais e outras Instituições quando o projeto a ser desenvolvido assim o exigir.
§ 2º Ficará a cargo do Regimento Interno do Núcleo Gestor os procedimentos para indicação e
escolha de seus membros, bem como a definição da periodicidade das reuniões e demais
procedimentos.
§ 3º O Regimento Interno será oficializado por Decreto do Poder Executivo.

Art. 6º Incumbe ao Núcleo Gestor revisar o Programa Municipal de Educação Ambiental a cada 02
(dois) anos, ocasião em que suas estratégias e linhas de ação serão analisadas em sua eficácia e
efetividade.
Parágrafo único. Como parte do processo educacional e em função de sua natureza processual,
o Programa poderá sofrer as alterações e adequações pertinentes, sempre que necessário,
independente da revisão geral prevista no caput deste artigo.

Art. 7º Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação.


Prefeitura Municipal de São José dos Campos, 06 de julho de 2006.

_________________________________
Eduardo Cury
Prefeito Municipal

_________________________________
William de Souza Freitas
Consultor Legislativo

_________________________________
Edmundo Carlos de Andrade Carvalho
Secretário de Meio Ambiente

_________________________________
Aldo Zonzini Filho
Secretário de Assuntos Jurídicos

Registrada na Divisão de Formalização e Atos da Secretaria de Assuntos Jurídicos, aos seis dias
do mês de julho do ano de dois mil e seis.

_________________________________
Roberta Marcondes Fourniol Rebello
Chefe da Divisão de Formalização e Atos
(Projeto de Lei 203/06 de autoria dos Vers. Cristóvão Gonçalves e José Luís)
PI 51076-3/06

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37

ANEXO 2

LEI MUNICIPAL Nº 6.808, DE 25/05/2005 - Pub. BM nº 1.671, de 31/05/2005


Cria a Secretaria de Habitação e a Secretaria de Meio Ambiente, destinadas a
planejar e executar, respectivamente, as políticas habitacional e do meio ambiente
do Município, e dá outras providências.

O Prefeito Municipal de São José dos Campos faz saber que a Câmara Municipal aprova
e ele sanciona e promulga a seguinte Lei:

Art. 1º Ficam criadas a Secretaria de Habitação e a Secretaria do Meio Ambiente, destinadas a


planejar e executar, respectivamente, as políticas habitacional e do meio ambiente do Município,
passando as atuais Secretaria de Obras e Habitação e Secretaria de Planejamento e Meio
Ambiente, a serem respectivamente denominadas Secretaria de Obras e Secretaria de
Planejamento.

Art. 2º São atribuições da Secretaria de Habitação, dentre outras inerentes às suas atividades:
I - gerir a política pública habitacional do Município, propondo os projetos a serem executados,
elaborando-os, viabilizando-os e acompanhando-os, tanto do ponto de vista da engenharia e
arquitetura como do social, cuidando da demanda no que tange à inscrição e à seleção dos
contemplados;
II - emitir diretrizes para parcelamento do solo;
III - analisar e aprovar anteprojeto de parcelamento do solo;
IV - analisar e aprovar o parcelamento do solo;
V - analisar e aprovar projetos de edificações;
VI - fiscalizar e conceder habite-se de empreendimentos e programas habitacionais públicos e
privados destinados à população com renda familiar de até três salários mínimos.

Art. 3º São atribuições da Secretaria de Meio Ambiente a coordenação política e a gestão


ambiental do Município.

Art. 4º A Secretaria de Habitação terá o organograma constante do Anexo I, parte integrante


desta Lei.

Art. 5º A Secretaria de Meio Ambiente terá o organograma constante do Anexo II, parte integrante
desta Lei.

Art. 6º Para atender as atividades das Secretarias criadas por esta Lei, ficam criados os cargos de
provimento em comissão descritos nos Anexos III e IV, que fazem parte integrante desta Lei.

Art. 7º As despesas com a presente Lei estão estimadas em R$ 9.997.000,00 (nove milhões
novecentos e noventa e sete mil reais) para o Exercício de 2005 e correrão a conta dos créditos a
serem abertos com fundamento nos permissivos legais contidos nos artigos 8º e 9º desta Lei.

Art. 8º Fica aberto um Crédito Especial no valor de R$ 9.738.000,00 (nove milhões, setecentos e
trinta e oito mil reais), destinado a criar as seguintes Dotações no Orçamento vigente:

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SECRETARIA DE MEIO AMBIENTE


85.10 SECRETARIA GERAL
85.10-0412202.2004 Manutenção dos Serviços
85.10-319011 Vencimentos e Vantagens Fixas - Pessoal Civil 519.000,00
85.10-319016 Outras Despesas Variáveis - Pessoal Civil 5.000,00
85.10-339014 Diárias - Civil 1.000,00
85.10-339030 Material de Consumo 1.000,00
85.10-339033 Passagens e Despesas com Locomoção 5.000,00
85.10-339036 Outros Serviços de Terceiros - Pessoa Física 1.000,00
85.10-339039 Outros Serviços de Terceiros - Pessoa Jurídica 1.000,00
85.10-339092 Despesas de Exercícios Anteriores 1.000,00
85.10-339093 Indenizações e Restituições 1.000,00
85.10-449051 Obras e Instalações 1.000,00
85.10-449052 Equipamentos e Material Permanente 12.000,00
85.10-449092 Despesas de Exercícios Anteriores 1.000,00
85.10-1854106.2008 Manutenção dos Programas Meio Ambiente
85.10-339030 Material de Consumo 14.000,00
85.10-339030 - FEHI Material de Consumo 1.000,00
85.10-339035 Serviços de Consultoria 2.000,00
85.10-339036 Outros Serviços de Terceiros - Pessoa Física 12.000,00
85.10-339039 Outros Serviços de Terceiros - Pessoa Jurídica 34.000,00
85.10-339039 - FEHI Outros Serviços de Terceiros - Pessoa Jurídica 1.000,00
85.10-449051 Obras e Instalações 1.000,00
85.10-449051 - FEHI Obras e Instalações 1.000,00
85.10-449052 - FEHI Equipamentos e Material Permanente 1.000,00
SECRETARIA DE HABITAÇÃO
90.10 SECRETARIA GERAL
90.10-0412202.2004 Manutenção dos Serviços
90.10-319011 Vencimentos e Vantagens Fixas - Pessoal Civil 653.000,00
90.10-319016 Outras Despesas Variáveis - Pessoal Civil 5.000,00
Outras Despesas de Pessoal Decorrentes de Contratos de
90.10-319034 1.000,00
Terceirização
90.10-339014 Diárias - Civil 5.000,00
90.10-339030 Material de Consumo 20.000,00
90.10-339032 Material de Distribuição Gratuita 1.000,00
90.10-339033 Passagens e Despesas com Locomoção 1.000,00
90.10-339035 Serviços de Consultoria 40.000,00
90.10-339037 Locação de Mão-de-Obra 1.000,00
90.10-339039 Outros Serviços de Terceiros - Pessoa Jurídica 100.000,00
90.10-339092 Despesas de Exercícios Anteriores 1.000,00
90.10-339093 Indenizações e Restituições 1.000,00
90.10-449051 Obras e Instalações 3.000,00
90.10-449052 Equipamentos e Material Permanente 33.000,00
90.10-449092 Despesas de Exercícios Anteriores 1.000,00
90.10-449093 Indenizações e Restituições 1.000,00
90.10-1645108.2054 Fundo Municipal de Habitação
90.10-449051 Obras e Instalações 15.000,00
90.10-1648208.1001 Programa Habitacional

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39

90.10-339039 Outros Serviços de Terceiros - Pessoa Jurídica 10.000,00


90.10-339039 - CDHU Outros Serviços de Terceiros - Pessoa Jurídica 20.000,00
90.10-449051 Obras e Instalações 3.958.000,00
90.10-449051 - CDHU Obras e Instalações 3.790.000,00
90.10-1648208.2045 Serviços de Assessoria
90.10-339039 Outros Serviços de Terceiros - Pessoa Jurídica 230.000,00
90.10-17512010.1012 Obras de Saneamento em Geral
90.10-339039 - PAT Outros Serviços de Terceiros - Pessoa Jurídica 232.000,00

Art. 9º Para atender às despesas com encargos de previdência e benefícios decorrentes da


presente Lei, fica o Poder Executivo autorizado a suplementar por decreto, no valor de R$
259.000,00 (duzentos e cinquenta e nove mil reais), as seguintes Dotações do Orçamento vigente:

ENCARGOS GERAIS DO MUNICÍPIO


80.10 Encargos Gerais
80.10-0412202.2015 Benefícios Concedidos
80.10-339039 Outros Serviços de Terceiros - Pessoa Jurídica 240.000,00
80.10-0927127.2041 Benefícios Concedidos
80.10-319013 Obrigações Patronais 19.000,00

Art. 10. O Crédito Especial aberto no artigo 8º e o Crédito Suplementar autorizado no artigo 9º da
presente Lei, correrão, parte no valor de R$ 1.169.760,00 (um milhão cento e sessenta e nove mil e
setecentos e sessenta reais) por conta do superávit financeiro apurado no Balanço do Exercício de
2004, e parte no valor de R$ 8.827.240,00 (oito milhões oitocentos e vinte e sete mil e duzentos e
quarenta reais) por conta da anulação parcial das seguintes Dotações do Orçamento vigente:

SECRETARIA DE PLANEJAMENTO E MEIO AMBIENTE


30.10 SECRETARIA GERAL
30.10-1854106.2008 Manutenção dos Programas Meio Ambiente
30.10-339030 Material de Consumo 10.757,00
30.10-339030 - FEHI Material de Consumo 1.000,00
30.10-339035 Serviços de Consultoria 2.000,00
30.10-339036 Outros serviços de Terceiros - Pessoa Física 12.000,00
30.16-339039 Outros Serviços de Terceiros - Pessoa Jurídica 54.000, 00
30.10.339039 - FEHI Outros Serviços de Terceiros - P. Jurídica 14.243,00
SECRETARIA DE OBRAS E HABITAÇÃO
35.10 SECRETARIA GERAL
35.10-0412202.2004 Manutenção dos Serviços
35.10-449051 Obras e Instalações 1.000,00
35.10-449052 Equipamentos e Material Permanente 33.000,00
35.10-1645108.2054 Fundo Municipal de Habitação
35.10-449051 Obras e Instalações 15.000,00
35.10-1648208.1001 Programa Habitacional
35.10-339039 Outros Serviços de Terceiros - Pessoa Jurídica 454.240,00
35.10-339039 - CDHU Outros Serviços de Terceiros - Pessoa Jurídica 20.000,00
35.10-449051- CDHU Obras e Instalações 3.790.000,00
35.10-449051 Obras e Instalações 3.658.000,00
35.10-1648208.2045 Serviços de Assessoria

PROGRAMA MUNICIPAL DE EDUCAÇÃO AMBIENTAL – SÃO JOSÉ DOS CAMPOS - SP


40

35.10-339039 Outros Serviços de Terceiros - Pessoa Jurídica 530.000,00


35.10-17512010.1012 Obras de Saneamento em Geral
35.10-339039 - PAT Outros Serviços de Terceiros - Pessoa Jurídica 232.000,00

Art. 11. Os dados das colunas referentes ao ano de 2005 dos quadros relativos à Secretaria de
Planejamento e Meio Ambiente e à Secretaria de Obras e Habitação constantes do Anexo I a Lei nº
5.969, de 4 de dezembro de 2001, Plano Plurianual de Aplicação, ficam substituídos pelos dados
constantes dos quadros apresentados nos Anexos V, VI, IX e X inclusos, partes integrantes desta
Lei, referentes à Secretaria de Planejamento, à Secretaria de Obras, à Secretaria de Meio Ambiente
e a Secretaria de Habitação, respectivamente.

Art. 12. Os quadros referentes à Secretaria de Planejamento e Meio Ambiente e à Secretaria de


Obras e Habitação constantes do Anexo I à Lei nº 6.608, de 28 de junho de 2004, Lei de Diretrizes
Orçamentárias, ficam substituídos, respectivamente, pelos quadros constantes dos Anexos
VII e VIII, inclusos, partes integrantes desta Lei, referentes às Secretaria de Planejamento e
Secretaria de Obras.
Parágrafo único. Fica o COMAM vinculado à Secretaria de Meio Ambiente, revogando o § 2º do
art. 1º, da Lei nº 4.617, de 12 de setembro de 1994.

Art. 13. O Anexo I a Lei nº 6.608, de 28 de junho de 2004, Lei de Diretrizes Orçamentárias, fica
acrescido dos quadros constantes dos Anexos XI e XII, inclusos, partes integrantes desta Lei,
referentes às Secretaria de Meio Ambiente e Secretaria de Habitação.

Art. 14. O § 3º do artigo 1º da Lei nº 6.582, de 26 de maio de 2004 passa a vigorar com a seguinte
redação:
"Em face de justificado interesse público a Administração Municipal poderá autorizar,
por decreto, o remanejamento das funções gratificadas de "monitor" e dos cargos de
"Supevisor" entre as Secretarias."

Art. 15. Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação, revogadas as disposições em contrário.

Prefeitura Municipal de São José dos Campos, 25 de maio de 2005.

_____________________________
Eduardo Cury
Prefeito Municipal
_____________________________
William de Souza Freitas
Consultor Legislativo
_____________________________
Eliana Pinheiro Silva
Secretária de Planejamento e
Meio Ambiente
_____________________________
William Wilson Nasi
Secretária de Obras e Habitação
_____________________________
José Liberato Júnior
Secretário da Fazenda
_____________________________
Maria Aparecida Manzato Tarantelli
Secretária de Administração

_____________________________
Aldo Zonzini Filho
Secretário de Assuntos Jurídicos

PROGRAMA MUNICIPAL DE EDUCAÇÃO AMBIENTAL – SÃO JOSÉ DOS CAMPOS - SP


41

Registrada na Divisão de Formalização e


Atos da Secretaria de Assuntos Jurídicos,
aos vinte e cinco dias do mês de maio do
ano de dois mil e cinco.

_____________________________
Roberta Marcondes Fourniol Rebello
Chefe da Divisão de Formalização e Atos

PI 13363-0/05

ANEXO I À LEI MUNICIPAL Nº 6.808, de 25 de maio 2005


ORGANOGRAMA DA SECRETARIA DE HABITAÇÃO

ANEXO II À LEI MUNICIPAL Nº 6.808, de 25 de maio 2005


ORGANOGRAMA DA SECRETARIA DE MEIO AMBIENTE

PROGRAMA MUNICIPAL DE EDUCAÇÃO AMBIENTAL – SÃO JOSÉ DOS CAMPOS - SP


42

ANEXO III À LEI MUNICIPAL Nº 6.808, de 25 de maio 2005


CARGOS DE PROVIMENTO EM COMISSÃO CRIADOS NA SECRETARIA DE HABITAÇÃO
PADRÃO
QTD. CARGO ATRIBUIÇÕES
VENCIMENTOS
Gerenciar a Secretaria e fazer cumprir os desafios determinados pelo Prefeito,
Subsídio fixado em
01 Secretário de Habitação como os Programas de Habitação Popular e o da regularização dos
Lei.
loteamentos clandestinos.
Planejar e gerir a execução do orçamento da Secretaria a que estiver
subordinado, responsabilizando-se pelo cumprimento das normas em vigor,
01 Gestor de Contratos especialmente as constantes daConstituição Federal, da Lei Complementar 21
101 de 04/05/2000, da Lei 8.666 de 21/06/1993 com suas posteriores
alterações e das diretrizes emanadas dos Tribunais de Contas.
Assessorar o Secretário e Diretores na relação com a imprensa em geral e dar
01 Assessor de Imprensa 19
publicidade as ações da Secretaria.
01 Assistente Técnico II Assistir tecnicamente o Secretário nos projetos desenvolvidos pela Secretaria. 18
Diretor de Departamento de Coordenar o cadastramento para habitação, apoio à implementação dos
01 22
Desenvolvimento Comunitário projetos e Desenvolvimento Comunitário.
Assessorar a Secretaria principalmente nas questões administrativas e no
02 Assessor Administrativo I 19
relacionamento com os demais na Secretaria.
Coordenar os programas e projetos habitacionais da Secretaria desde a
demanda e avaliação, passando pelos projetos técnicos, acompanhamento
Diretor do Departamento de
01 dos financiamentos, licenciamento e aprovação do parcelamento do solo e de 22
Habitação
empreendimentos e programas habitacionais, até a concessão do habite-se
destinados à população com renda familiar de até três salários mínimos.
Chefe de Divisão de Avaliação Avaliação da demanda, cadastramento per projeto, convênios com entidades
01 21
e Atendimento da Demanda e outros órgãos públicos, cobrança e acompanhamento.
Chefe de Divisão de Programas Elaborar pré-projetos, propostas de financiamento, projetos executivos,
01 21
Habitacionais acompanhamento de execução e escrituração imobiliária.
Chefiar, organizar e coordenar a execução de planos e programas das
Chefe de Divisão de Políticas
01 políticas comunitárias atinentes à gestão da regulação fundiária no Município 21
Comunitárias
e atividades correlatas à função.
Dirigir e formular a elaboração de políticas, diretrizes, planos, projetos e
Chefe de Divisão de Obras programas voltados às políticas habitacionais no Município, bem como
01 21
Habitacionais acompanhar todos os projetos ou programas desenvolvidos nas demais
Secretarias que demonstrem interface com tais particularidades.

ANEXO IV À LEI MUNICIPAL Nº 6.808, de 25 de maio 2005


CARGOS DE PROVIMENTO EM COMISSÃO CRIADOS NA SECRETARIA DE MEIO AMBIENTE
PADRÃO
QTD. CARGO ATRIBUIÇÕES
VENCIMENTOS
Supervisionar e orientar todas as atividades da Secretaria, apreciar e decidir
sobre os assuntos à ela atinentes, encaminhar ao Chefe do Poder Executivo Subsídio Fixado
01 Secretário de Meio Ambiente
os estudos, pesquisas, planos e programas e elenco de atividades, propondo- em Lei
lhe as medidas que jugar pertinentes.
Elaborar, executar planos, programas e projetos relacionados com a Gestão
01 Diretor de Gestão Ambiental 22
Ambiental e a contribuição da Secretaria Adjunto.
Planejar e coordenar ações voltadas a educação ambiental, divulgar
informações técnico-científicas, aplicar campanhas educativas, elaborar
01 Assessor de Planejamento 22
material de didático, criar Unidades de Conservação, propor planos de
conservação de parques, áreas verdes e de proteção ambiental.
Planejar e Gerir a execução do orçamento da Secretaria a que estiver
subordinado, responsabilizando-se pelo cumprimento das normas em vigor,
01 Gestor de Contratos especialmente as constantes da Constituição Federal, da Lei Complementar 21
101 de 04/05/2000, da Lei 8.666 de 21/06/1993 com suas posteriores
alterações das diretrizes armadas dos Tribunais de Contas.
Manter a boa e correta relação de informações entre a Secretaria e as
01 Assessor de Imprensa 19
entidades da sociedade, outros órgãos públicos e a imprensa.
Participar de campanhas educativas, seminários e outras atividades que
obtiverem sensibilizar a sociedade para a importância do verde. Participar da
Assessor de Parques Áreas
01 criação de Unidades de Conservação. Propor planos de conservação, 21
Verdes
utilização e melhoria de Parques, e APAs. Agir na defesa e fiscalização da
arborização urbana e rural. Produção e alocação de mudas.
Participar de ações voltadas à educação ambiental, de difusão de informações
01 Assessor de Educação Ambiental 21
ambientais e de elaboração de material de informação.
Trabalhar na elaboração de políticas, diretrizes, planos, projetos e programas
Chefe de Divisão ambientais. Trabalhar no mapeamento, diagnóstico, inventário e
01 21
Desenvolvimento Ambiental monitoramento das questões ambientais do Município. Trabalhar com os
preceitos da Agenda 21, ações para o desenvolvimento sustentável.
Trabalhar com as ações de controle e fiscalização ambientais e com a
Chefe de Divisão de Controle orientação da Guarda Municipal. Participar da elaboração de normas e
01 21
Ambiental padrões de uso dos recursos naturais. Participar no estabelecimento de
critérios de notificação e multa ambientais.
01 Assessor Administrativo Secretaria de Meio Ambiente 22
01 Assessor Administrativo Secretaria de Meio Ambiente 21

PROGRAMA MUNICIPAL DE EDUCAÇÃO AMBIENTAL – SÃO JOSÉ DOS CAMPOS - SP


43

ANEXO V À LEI MUNICIPAL Nº 6.808, de 25 de maio 2005


PREFEITURA MUNICIPAL DE SÃO JOSÉ DOS CAMPOS
ANEXO I À LEI MUNICIPAL Nº 5.969, de 04 de dezembro de 2001
Plano Plurianual de Aplicação - P.P.A. Período: 2002 a 2005
ÓRGÃO: PLANEJAMENTO
INDICADORES ANO FONTES DE
AÇÃO JUSTIFICATIVA TOTAL
DESPESA 2002 2003 2004 2005 RECURSO
Requalificação da Dar continuidade ao projeto de
1 Preservação Urbana. 1 1
Zona Central. revitalização da Zona Central.
Despesas em R$ mil. 265 265 PRÓPRIOS
Desenvolvimento de
estudos e macro Necessidades de estudos
Estudos
2 drenagem e técnicos/científicos na rede de 1 1
Técnicos/Científicos.
zoneamento drenagem urbana.
hidrográfico.
Despesas em R$ mil. 70 70 PRÓPRIOS
Levantamento
Recobrir inclusive toda Zona Aerofotogámetrico
Levantamento
3 Norte, incluíndo o distrito de São (Imagens na Escala 1 1
Aerofotográmétrico.
Francisco Xavier. 1:30.000 e rest.
1:8000).
Despesas em R$ mil. 20 20 PRÓPRIOS

Autorização de procedimentos Sistema de


Implantação do
4 Técnicos e Administrativos no Geoprocessamento 1 1
Geoprocessamento.
Desenvolvimento do Município. Implantado.

Despesas em R$ mil. 65 65 PRÓPRIOS


Aquisição de
equipamentos de Possibilitar o aumento de Software e Hardware
5 1 1
Informática de Produtividade. adquiridos.
softwares.
Despesas em R$ mil. 30 30 PRÓPRIOS
Manutenção das atividades existentes à época da
6 Despesas em R$ mil. 1.346 1.346 PRÓPRIOS
apresentação deste plano.
TOTAL DAS DESPESAS EM R$ MIL 1.796 1.796 PRÓPRIOS

ANEXO VI À LEI MUNICIPAL Nº 6.808, de 25 de maio 2005


PREFEITURA MUNICIPAL DE SÃO JOSÉ DOS CAMPOS
ANEXO I À LEI MUNICIPAL Nº 5.969, de 04 de dezembro de 2001
Plano Plurianual de Aplicação - P.P.A.
Período: 2002 a 2005
ÓRGÃO OBRAS
INDICADORES ANO
AÇÃO JUSTIFICATIVA TOTAL FONTES DE RECURSO
DESPESA 2002 2003 2004 2005
Executar obras de
Execução de
Melhorar a qualidade saneamento nas
1 obras/serviços de 1 1
de vida da população. diversas regiões do
saneamenmto em geral.
Município .
Despesas em R$ mil. 318 318 PRÓPRIOS

Despesas em R$ mil. 232 232 FEDERAL/ESTADUAL

Execução de obras de
Execução de obras de
drenagem e galerias
Prevenção de melhorias urbanas nas
2 pluviais, conteção de 42 42
enchentes. diversas regiões do
encostas, canalização de
Município.
córregos.
Despesas em R$ mil. 6.000 6.000 PRÓPRIOS
Melhorar a qualidade Aumentar o número de
Construção de praças e
de vida da população, áreas verdes nas
3 ou parques em diversas 15 15
criando mais áreas de diversas regiões do
regiões do Município.
lazer e áreas verdes. Município.
Despesas em R$ mil. 1.907 1.907 PRÓPRIOS
Manutenção das atividades existentes à época da
5 Despesas em R$ mil. 5.090 5.090 PRÓPRIOS
apresentação deste plano.
TOTAL DAS DESPESAS EM R$ Mil 13.547 13.547

PROGRAMA MUNICIPAL DE EDUCAÇÃO AMBIENTAL – SÃO JOSÉ DOS CAMPOS - SP


44

ANEXO VII À LEI MUNICIPAL Nº 6.808, de 25 de maio 2005


PREFEITURA MUNICIPAL DE SÃO JOSÉ DOS CAMPOS
ANEXO I à Lei nº 6.608, de 28 de julho de 2004
PRIORIDADES, AÇÕES E METAS POR ÓRGÃO DE ATUAÇÃO
SECRETARIA DE PLANEJAMENTO

PROPRIEDADES AÇÕES METAS

Promover o incremento do conhecimento das características do Dar continuidade a elaboração da base


Município, em seus múltiplos aspectos (físicos, socioeconômico, cartográfica digitalizada geo-referênciada do
ambiental, cultural e demais que se façam necessárias para melhor Município (geoprocessamento);
compreendê-lo); Implantar centro de informações de dados do
Promover estudos, desenvolver e executar projetos, propor normas e Município;
procedimentos que visem a melhorar (a curto, médio e longo prazo) as Dar continuidade ao projeto de drenagem e
Desenvolvimento condições de habitabilidade no Município; de administração e Macrozoneamento hidráulico, ao projeto de
Urbano gerenciamento do abrandamento de suas carências; de exploração de revisão da macroestrutura viária urbana.
uso do solo e do espaço socioecônomico de suas disponibilidades e
potencionalidade;
Prover os meios materiais e humanos, os meios tangíveis e intangíveis,
os instrumentos legais, covênios e outros mecanismos legais de
relação com organismos governamentais ou não, que se façam
necessários a efetivação destas ações.

ANEXO VIII À LEI MUNICIPAL Nº 6.808, de 25 de maio 2005


PREFEITURA MUNICIPAL DE SÃO JOSÉ DOS CAMPOS
ANEXO I À LEI Nº 6.608, de 28 de julho de 2004
PRIORIDADES AÇÕES E METAS POR ÓRGÃO DE ATUAÇÃO
SECRETARIA DE OBRAS
PROPRIEDADES AÇÕES METAS
Promover a ampliação e melhoria da infra-estrutura e Melhorar e ampliar a distribuição e a eficiência da rede de
dos equipamentos urbanos e fiscalização da Iluminação Pública oferecida;
observância das normas em vigor; Reduzir os riscos de enchentes em diversos bairros do
Desenvolvimento
Projetar e fazer executar obras diversas e dar suporte Município;
Urbano através da
em tais atividades, com tais propósitos, às demais Reduzir os riscos de desabamentos em áreas críticas do
ampliação da infra-
secretarias; Município;
estrutura e dos
Prover os meios materiais e humanos, os meios Ampliar o número de galerias de águas pluviais;
equipamentos
tangíveis e intangíveis, os instrumentos legais, covênios Construir viadutos, pontes e passarelas visando melhorar o
urbanos.
e outros mecanismos legais de relação com organismos acesso a bairros e vias públicas;
governamentais ou não, que se façam necessários à Ampliar a rede de abastecimento e tratamento de água em
efetivação destas ações. parceria com a SABESP e a comunidade.

ANEXO IX À LEI MUNICIPAL Nº 6.808, de 25 de maio 2005


PREFEITURA MUNICIPAL DE SÃO JOSÉ DOS CAMPOS
ANEXO I À LEI nº 5.969, de 04 de dezembro de 2001
Plano Plurianual de Aplicação - P.P.A. Período: 2002 a 2005
ÓRGÃO MEIO AMBIENTE
INDICADORES ANO FONTES DE
AÇÃO JUSTIFICATIVA TOTAL
DESPESA 2002 2003 2004 2005 RECURSO
Contratação de
A Lei Orgânica do Município
Consultoria para análise e Estudos
1 estabelece obrigatoriedade de 1 1
estudos de impacto e Técnicos/científicos
EIA/RIMA
ambiental

Despesas em R$ Mil 6 6 PRÓPRIOS

ESTADUAL/FED
Despesas em R$ Mil 4 4
ERAL

Seleção de áreas para Destinar, reciclar e dispor os


Reciclar resíduos
2 resíduos sólidos urbanos resíduos sólidos urbanos e 1 1
sólidos
e industriais. industriais adequadamente

Despesas em R$ Mil 15 15 PRÓPRIOS

Implantar sistema de
controle e monitoramento
Os equipamentos instalados Equipamentos
3 de controle e 1 1
não atendem as necessidades istalados
monitoramento de
qualidade do ar
Despesas em R$ Mil 15 15 PRÓPRIOS
Programa de mobilização Desenvolver projetos e
Progetos e
4 social de meio ambiente e campanhas para conscientizar 1 1
Campanhas
qualidade de vida. a sociedade.

Despesas em R$ Mil 15 15 PRÓPRIOS

PROGRAMA MUNICIPAL DE EDUCAÇÃO AMBIENTAL – SÃO JOSÉ DOS CAMPOS - SP


45

Elaboração do Desenvolver Legislação Zoneamento 1 1


Zoneamento do Município específica para implantação e Ministério do
5 regularização de Município
empreendimentos minerários

Despesas em R$ Mil 17 17 PRÓPRIOS


Elaboração do
Zoneamento de Consulta Necessidade de análise e Consultoria Técnica
6 Técnica para estudo e estruturação da política de em Questões 1 1
análises das questões meio ambiente no Município Ambientais efetuada
ambientais

Despesas em R$ Mil 20 20 PRÓPRIOS

Manutenção das atividades existentes à época da


7 Despesas em R$ Mil 524 524 PRÓPRIOS
apresentação deste plano

TOTAL DAS DESPESAS EM R$ Mil 616 616

ANEXO X À LEI MUNICIPAL Nº 6.808, de 25 de maio 2005


PREFEITURA MUNICIPAL DE SÃO JOSÉ DOS CAMPOS
ANEXO I À LEI N° 5.969, de 04 de dezembro de 2001
Plano Plurianual de Aplicação- P.P.A.
Período: 2002 À 2005
ÓRGÃO HABITAÇÃO
INDICADORES ANO FONTES DE
AÇÃO JUSTIFICATIVA TOTAL
DESPESA 2002 2003 2004 2005 RECURSO
Necessidade de atendimento à
Construção de unidades
Intensificação do população de baixa renda e
habitacionais para
1 Programa habitacionais e continuidade do 1.000 1.000
atendimento do Programa
Habitacional. Programa de atendimento do
de Desfavelização
Programa de Desfavelização

Despesas em R$ Mil 2.811 2.811 PRÓPRIOS

ESTADUAL/FED
Despesas em R$ Mil 3.810 3.810
ERAL
Necessidade de regularizar com
Regularização Regularizar loteamentos em
infra estrutura e fundiário 94
2 de núcleos diversas regiões do 15 15
loteamentos existentes onde
clandestinos Município
moram 35.000 pessoas
Despesas em R$ Mil 1.311 1.311 PRÓPRIOS
Necessidade de proporcionar
Urbanização de melhores condições de vida às Urbanizar o núcleo da
3 1 1
favelas populações residentes nos núcleos Favela Santa Cruz I
de favelas

Despesas em R$ Mil 300 300 PRÓPRIOS

Execução de
Executar obras de
obras/serviços Melhorar qualidade de vida da
4 saneamento nas diversas 1 1
de saneamento população
regiões do Município
em geral

Despesas em R$ Mil 232 232 FEDERAL

Manutenção das atividades existentes à época da


5 Despesas em R$ Mil 658 658 PRÓPRIOS
apresentação deste plano
TOTAL DAS DESPESAS EM R$ Mil 9.122 9.122

ANEXO XI À LEI MUNICIPAL Nº 6.808, de 25 de maio 2005


PRIORIDADES AÇÕES E METAS POR ÓRGÃO DE ATUAÇÃO
PREFEITURA MUNICIPAL DE SÃO JOSÉ DOS CAMPOS
ANEXO I À LEI Nº 6.608, 28 de julho de 2004
SECRETARIA DE MEIO AMBIENTE
PROPRIEDADES AÇÕES METAS
Desenvolvimento Preservação do Meio Ambiente de recursos vitais; Promover programas projetos e campanhas de Meio
Ambiental; Mapeamento, diagnósticos e monitoramento ambientais; ambiente e qualidades de vida junto à comunidade.
Sustentável; Fiscalização, licenciamento controle; Dar continuidade ao projeto de qualidade do ar no
Gestão Ambiental; Programa nos parques, nas escolas e nas atividades do Município, ao programa de disposição e
Educação Ambiental cotidiano; reaproveitamento de resíduos sólidos urbanos;
Promover os meios materiais e humanos os meios tangíveis ou Diretrizes e políticas ambientais;
intangíveis os instrumentos legais, convênios e outros Implantar parques regionais e selecionar áreas de
mecanismos legais de relação com os organismos prevenção e conservação;
governamentais ou não, nacionais ou internacionais, que se Ampliar as relações da Administração com a
façam necessários à efetivação destas ações comunidade
ANEXO XII À LEI MUNICIPAL Nº 6.808, de 25 de maio 2005

PROGRAMA MUNICIPAL DE EDUCAÇÃO AMBIENTAL – SÃO JOSÉ DOS CAMPOS - SP


46

PREFEITURA MUNICIPAL DE SÃO JOSÉ DOS CAMPOS


LEI DE DIRETRIZES ORÇAMENTÁRIAS - EXERCÍCIO DE 2005
ANEXO I À LEI MUNICIPAL Nº 6.608, de 28 de junho de 2004
PRIORIDADES, AÇÕES E METAS POR ÓRGÃO DE ATUAÇÃO
SECRETARIA DE HABITAÇÃO
PROPRIEDADES AÇÕES METAS

Programa Promover o aumento da oferta de moradia e também Acelerar a regularização de loteamentos


Habitacional e a melhoria das existentes, a preços e condições de clandestinos e de chácaras clandestinas;
regularização de pagamentos compatíveis com as possibilidades Intensificar a fiscalização visando restringir a
loteamentos econômicas dos municipes; implantação de lotementos clandestinos;
clandestinos Inibir o desenvolvimento de loteamentos clandestinos Acompanhar e manter os programas
e promover a regularização dos existentes, habitacionais existentes no Município;
coordenado as ações das secretarias envolvidas neste Ampliar a oferta dos serviços de
propósito; fornecimento de plantas populares;
Inibir a instalação e/ou ampliação de favelas; Intensificar os programas de desfavelação;
Promover estudos, desenvolver e executar projetos Intensificar a construção de unidades
propor normas e procedimentos que visem melhorar (a habitacionais.
curto, médio e longo prazo) as condições da habitação
do Município;
Promover os meios materiais, humanos e físicos os
meios tangíveis e intangíveis os convênios e outros
instrumentos legais de relação e transação com
organismos governamentais ou não, que conduzam à
efetivação destas ações

PROGRAMA MUNICIPAL DE EDUCAÇÃO AMBIENTAL – SÃO JOSÉ DOS CAMPOS - SP


47

ANEXO 3

LINHA DO TEMPO – EDUCAÇÃO AMBIENTAL EM SÃO JOSÉ DOS CAMPOS

PROGRAMA MUNICIPAL DE EDUCAÇÃO AMBIENTAL – SÃO JOSÉ DOS CAMPOS - SP


48

PROGRAMA MUNICIPAL DE EDUCAÇÃO AMBIENTAL – SÃO JOSÉ DOS CAMPOS - SP

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