T tem 16 anos e chega ao seu consultório com uma queixa de dificuldades em
apresentar trabalho para a turma da escola como também é muito retraído nas suas relações, diz que tem medo de se expressar, que acha que pode ser incompreendido e não gosta de falar muito. Quando vai apresentar trabalhos tem medo de esquecer ou errar o que queria dizer e ficar com nota baixa na apresentação por esse motivo. Sempre que pode, ele prefere fazer a parte escrita do trabalho, ao invés de apresentar e quando tem que apresentar surgem sintomas como: sudorese, às vezes tremedeira, e fica com a voz falhando, sendo que isso acontece desde que entrou no Colégio, onde está quase concluindo o 1º ano do Ensino Médio, mas, que já teve essa dificuldade antes. Ele não consome medicamentos algum, sua saúde física e mental está em 100 por cento e os pais que o trouxeram e participaram de uma sessão afirmam que ele não tem esses comportamentos em casa. Segundo o DSM-V, o diagnostico se encaixa com o Transtorno de Ansiedade Social ou Fobia Social, assim segundo os próprios critérios de duração por mais de 6 meses- critério F-, de dificuldade em ser avaliados e que os sintomas de ansiedade sejam negativos nessa avaliação – critério B –, o fato de evitar a apresentação – critério D -, dentre outros. As medidas e tratamentos tomadas seriam com base na aplicação da TCC- Teoria Cognitiva Comportamental de Beck, que tenta formular e mostrar ao paciente essa crença disfuncional mudando a perspectiva dele por meio análises racionais dos fatos acontecidos, trabalharia a exposição interoceptiva de apresentação começando com os pais como plateia e inclusive comigo sendo o profissional, tendo como intuito a apresentação de algum conteúdo para os pais, ao qual, tem mais familiaridade e posteriormente a amigos entre outros. Por fim, indicaria a participação de uma apresentação em sala sem critérios avaliativos e posteriormente com critérios avaliativos.