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7 ª Aula
ANÁLISES
TOXICOLÓGICAS
Nesta aula, abordaremos tópicos que dizem respeito ao estudo das análises
toxicológicas e a investigação da presença de xenobióticos nos vários ma-
teriais biológicos, utilizando diversas metodologias para este fim.
Boa aula!
OBJETIVOS DE APRENDIZAGEM
SEÇÕES DE ESTUDO
A maioria dos pacientes envenenados pode ser tratada com sucesso sem maiores
contribuições do laboratório de análises clínicas, além da bioquímica clínica de rotina e da
hematologia. Isso é particularmente verdadeiro para os casos em que não há dúvida sobre o
xenobiótico envolvido e quando os resultados de uma análise quantitativa não afetam a tera-
pia (CASARETT, 2009).
No entanto, as análises toxicológicas podem desempenhar um papel útil se existir
dúvida no diagnóstico, nestes casos, tanto a administração de antídotos ou agentes de prote-
ção é contemplada, bem como o uso de terapia de eliminação (KLAASEN, 2013).
As relações do analista com casos de envenenamento são geralmente divididos em
fases pré-analítica, analítica e pós-analítica (ver tabela 1).
Amostras de vários fluidos e órgãos corporais diferentes são necessárias, para uma
correta investigação, pois drogas e venenos apresentam afinidades variadas para os diver-
sos tecidos do corpo. Para o início da análise, é fundamental que o manuseio de todas as
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amostras seja autenticado e documentado. Fluidos e tecidos devem ser coletados antes do
embalsamamento ou preparo do corpo para sepultamento, pois este processo irá diluir ou al-
terar quimicamente os xenobióticos ali presentes, tornando sua detecção difícil ou impossível
(KLAASSEN, 2018).
Embora os laboratórios de toxicologia forense normalmente recebam amostras va-
riadas como sangue, urina, tecido hepático e/ou conteúdo estomacal para identificação de
xenobióticos, eles têm sido cada vez mais chamados para enfrentar os desafios analíticos de
muitos tipos alternativos de amostras. Matrizes não tradicionais, como medula óssea, cabe-
los, humor vítreo e unhas, entre outras, podem ser submetidas ao laboratório. Por exemplo,
ocasionalmente, é solicitada uma análise toxicológica ou casos de restos queimados, exuma-
dos, putrefatos ou esqueléticos. Finalmente, em corpos gravemente decompostos, a ausência
de sangue e/ou a escassez de tecidos sólidos adequados, levaram à coleta e posteriores testes
de larvas que se alimentam do corpo (DINIS-OLIVEIRA; CARVALHO; BASTOS, 2015).
Antes de iniciar a análise, vários fatores devem ser considerados, incluindo a quanti-
dade de amostra disponível, a natureza do xenobiótico procurado e a possível biotransforma-
ção do mesmo. Em casos que envolvem a administração oral, o conteúdo gastrointestinal é
analisado primeiro porque grandes quantidades do xenobiótico residual não absorvido podem
estar presentes. A urina pode ser analisada a seguir, visto que o rim é o principal órgão de
excreção da maioria dos venenos e altas concentrações de tóxicos e/ou seus metabólitos estão
frequentemente presentes na urina. Após a absorção do TGI, drogas ou venenos são transpor-
tados para o fígado antes de entrar na circulação sistêmica geral; portanto, a primeira análise
de um órgão interno é realizada no fígado (FILHO; CAMPOLINA; DIAS, 2013).
Um conhecimento profundo da biotransformação de medicamentos é frequentemen-
te essencial antes de uma análise ser realizada. O composto original e quaisquer metabólitos
farmacologicamente ativos principais devem ser isolados e identificados. Muitos testes de
triagem, como os imunoensaios, são especificamente projetados para detectar não o medica-
mento original, mas seu principal metabólito urinário (PASSAGLI, 2018).
A análise pode ser complicada pelas mudanças químicas normais que ocorrem du-
rante a decomposição de um cadáver. A autópsia e a análise toxicológica devem ser iniciadas
assim que possível, ou seja, logo após a morte. No entanto, muitos venenos como arsênico,
barbitúricos, mercúrio e estricnina são extremamente estáveis e podem ser detectados muitos
anos após a morte (FILHO; CAMPOLINA; DIAS, 2013).
Os laboratórios de toxicologia forense analisam as amostras usando uma variedade
de procedimentos analíticos. Inicialmente, testes inespecíficos projetados para determinar a
presença ou ausência de uma classe ou grupo de analitos podem ser realizados diretamente
nas amostras. Exemplos de testes usados para rastrear drogas como as fenotiazinas, anfeta-
minas, benzodiazepínicos e derivados de opiáceos, entre outros podemos citar o teste colo-
rimétrico conhecido como FPN ou os imunoensaios. Hoje, a cromatografia gasosa acoplada
à espectrometria de massa (GC-MS) e a cromatografia líquida acoplada à espectrometria de
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massa (LC-MS) são as metodologias mais amplamente aplicadas em toxicologia e são ge-
ralmente aceitas como identificação inequívoca para todos os medicamentos/drogas/venenos
(KLAASSEN, 2018).
TESTES COLORIMÉTRICOS
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Fonte: https://pt.wikipedia.org/wiki/Cromatografia_em_camada_delgada#/media/Ficheiro:TLC_bla-
ck_ink.jpg. Acesso em: 21 dez. 2020.
A cromatografia de camada delgada (CCD), pode ser usada também como uma téc-
nica semiquantitativa, que envolve o movimento por ação capilar de uma fase líquida (ge-
ralmente um solvente orgânico) através de uma camada uniforme de fase estacionária (ge-
ralmente sílica gel) mantida em um rígido ou suporte semirrígido, normalmente uma folha
de vidro, alumínio ou plástico. Os compostos são separados por partição entre o dispositivo
móvel e fases estacionárias. A CCD é relativamente barata e simples de executar, e pode ser
uma técnica qualitativa poderosa quando usada junto com alguma forma de pré-tratamento
da amostra, como extração com solvente. Contudo, algumas separações podem ser difíceis de
reproduzir. A interpretação dos resultados também pode ser muito difícil, especialmente se
houver uma série de drogas ou metabólitos presentes (OGA; CAMARGO; BATISTUZZO,
2014).
Fonte: https://pt.wikipedia.org/wiki/Espectrofot%C3%B4metro#/media/Ficheiro:Componentes_de_un_
espectofotometro.jpg. Acesso em: 21 dez. 2020.
Fonte: https://pt.wikipedia.org/wiki/Espectrofot%C3%B4metro#/media/Ficheiro:Schematic_of_UV-_
visible_spectrophotometer.png. Acesso em: 21 dez. 2020.
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RETOMANDO A AULA
LEITURAS
SMITH MP, BLUTH MH. Forensic Toxicology: An Introduction. Clin Lab Med.
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MINHAS ANOTAÇÕES:
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