Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
CENTRO DE CIÊNCIAS
DEPARTAMENTO DE QUÍMICA ANALÍTICA E FÍSICO-QUÍMICA
QUÍMICA ANALÍTICA
QUALITATIVA
MANUAL DE LABORATÓRIO
1. INTRODUÇÃO
QUÍMICA ANALÍTICA: É a ciência que estuda os princípios e a teoria dos métodos de análise
química que nos permitem determinar a composição química das substâncias ou de misturas das
mesmas.
Nos métodos químicos de Análise Qualitativa, o elemento ou íon pesquisado é transformado num
composto que possua determinadas propriedades características que nos permitam ter a certeza de que
foi esse o composto obtido. A transformação química chama-se reação analítica e a substância que a
provoca chama-se reagente.
Conforme a quantidade de substância com a qual se opera para realizar as reações analíticas,
distinguem-se os seguintes métodos de Análise Qualitativa: macroanálise, microanálise,
semimicroanálise e ultramicroanálise.
método microcristaloscópico: as reações devem realizar-se sobre uma lâmina de vidro, identificando-
se o íon ou o elemento pela forma dos cristais que se formam, observados ao microscópio.
método da gota: (reações gota a gota): usam-se reações que são acompanhadas de uma viragem da
coloração da solução ou da formação de precipitados corados. As reações realizam-se numa tira de
papel de filtro onde se depositam sucessivamente e numa ordem bem definida, gota a gota, a solução
em estudo e os reagentes. Como resultado da reação, no papel de filtro aparece uma mancha corada,
cuja cor permite comprovar a presença na solução do íon a identificar.
- Diversos produtos são tóxicos e, portanto não devem ser ingeridos. Recomenda-se não fumar ou
lanchar no laboratório e manter as mãos sempre bem lavadas.
- Evitar o contato de produtos tóxicos com a pele, pois a maioria dos reagentes químicos são
corrosivos. Muito cuidado ao manusear ácidos ou bases concentrados. ÁCIDOS E BASES
CONCENTRADAS ATACAM A PELE E ROUPA, por essa razão, devem ser utilizadas com o
máximo de cuidado, principalmente na neutralização de um com o outro, pois a reação é violenta.
Lavar imediatamente, com bastante água, qualquer respingo deles sobre o corpo ou bancada. No caso
de queimadura com H2SO4 concentrado, secar muito bem a parte afetada, depois lavar com água fria.
- Ao efetuar a adição de ácidos, principalmente o ácido sulfúrico, a ordem de adição é sempre a água
primeiro e depois, lentamente e com o recipiente contendo a água sob resfriamento, o ácido.
- Ao observar o cheiro de uma substância não se deve colocar o rosto diretamente sobre o frasco que a
contém. Abanando com a mão por cima do frasco aberto, desloque na sua direção uma pequena
quantidade do vapor para cheirar.
- O aluno deve TRAJAR CALÇAS COMPRIDAS E SAPATOS FECHADOS. Não é permitido o uso
de bermudas, shorts e chinelos.
- PRENDER OS CABELOS, evitando que estes caiam no rosto, sobre o frasco contendo reagente
químico ou próximo ao fogo.
- Reagentes que desprendem vapores corrosivos e irritantes (como por exemplo: evaporações de
soluções ácidas, amoniacais, etc.) devem ser manipulados na capela, bem como aquecimentos e
evaporações.
- Não se devem pipetar, com a boca, reagentes tóxicos ou concentrados. Usar uma pró-pipeta.
- Antes de iniciar e após o término dos experimentos MANTENHA SEMPRE LIMPA A VIDRARIA
E A BANCADA DE TRABALHO.
- Verificar cuidadosamente o rótulo do frasco que contém um dado reagente antes de tirar dele
qualquer porção de seu conteúdo. Leia o rótulo duas vezes para se certificar de que tem o frasco certo.
DISCIPLINA: Química Analítica I – DQAFQ-CC-UFC - Profa. Helena Becker
- Antes de iniciar uma atividade experimental procure obter informações sobre a toxidez dos reagentes
envolvidos para se trabalhar com segurança. ESTUDAR com atenção os experimentos antes de
executá-los, registrando, no caderno de laboratório, as observações e conclusões que fez, após a
execução dos mesmos.
- Ao se aquecer um tubo de ensaio, deve-se fazê-lo de maneira adequada, caso contrário, o conteúdo
do mesmo poderá ser projetado para fora, atingindo o operador ou outras pessoas que estiverem do seu
lado.
- Dar tempo suficiente para que um vidro quente resfrie. Lembre-se de que o vidro quente apresenta o
mesmo aspecto de um vidro frio. Não o abandone sobre a mesa, mas sim, sobre uma tela com
amianto.
- Nenhum frasco de reagentes deve permanecer aberto por um intervalo de tempo mais longo do que o
necessário; lembrar que vapores tóxicos passam para o ar que você está respirando.
- Não colocar a tampa do reagente em cima da bancada suja e esteja atento para não fechar um frasco
com a tampa de outro reagente.
- Antes de dar início a qualquer experimento, garantir que a vidraria a ser utilizada encontra-se
criteriosamente limpa. As lavagens dos materiais de vidro são realizadas inicialmente com água
corrente e posteriormente com pequenos volumes de água destilada. Em alguns casos, é necessário o
emprego de sabão ou detergente e escova. Sempre enxaguar a vidraria utilizada com água destilada.
- Não descartar sólidos na pia (papéis, vidros quebrados, etc.), existem lixeiras no laboratório próprias
para esse tipo de resíduos.
- Procurar orientação, com o professor ou monitor, sobre o descarte dos resíduos obtidos na prática.
- Deve-se tomar o máximo cuidado para não contaminar os reagentes sólidos e as soluções com outras
substâncias ou íons, respectivamente.
- Em semimicro análise, trabalha-se sempre com pequenas quantidades de substância (cerca de 50 mg)
e volumes de até 1 mL (1 gota padrão = 0,05 mL).
T-1. AMOSTRAGEM
É essencial que a amostra tomada para análise de uma grande quantidade de material seja
representativa, ou seja, ela deve conter todos os constituintes da amostra. No caso de uma solução,
basta somente misturar bem antes de a amostra ser retirada. Se ela contiver material em suspensão,
agitar vigorosamente e remover a amostra rapidamente antes dos sólidos sedimentarem. Materiais
sólidos podem não ser homogêneos. Mesmo após cuidadosamente misturados, os constituintes podem
voltar a se separar, se as suas densidades forem muito diferentes. Examinar o material com uma lente
manual para verificar a não homogeneidade e misturar antes de tomar uma amostra.
T-5. MISTURANDO
Em análise química os resultados satisfatórios podem, muitas vezes, depender do simples ato de
agitar. Quando se misturam duas soluções, elas não difundem rapidamente, por isso, a menos que seja
dito o contrário, TODAS as soluções devem ser agitadas com bastão de vidro quando ocorrer adição
de reagente. NÃO UTILIZAR O DEDO PARA TAMPAR O TUBO E AGITAR, pois pode
contaminar a solução e a você! As seguintes regras são mais adequadas:
(a) Se a solução ocupar menos da metade do tubo de ensaio, você pode golpear a base do tubo
com o dedo indicador, usar um bastão de vidro ou usar uma pipeta capilar, sugando a solução e
expelindo-a no fundo do tubo, pelo menos duas vezes.
(b) Se a solução ocupar mais da metade do tubo de ensaio, transferir o líquido para outro tubo, e
vice-versa, pelo menos duas vezes.
T-8. CENTRIFUGAÇÃO
Quando se deseja separar um sólido de um líquido comumente pode-se filtrar ou centrifugar. Para
pequenas quantidades a centrifugação é uma operação mais rápida que a filtração. Quando uma
solução que contém um sólido é centrifugada, o sólido é forçado para o fundo do tubo de centrífuga
em uma forma compacta. O líquido é denominado de solução sobrenadante e o sólido é o precipitado.
Uma centrífuga submete um objeto a uma força superior a da gravidade, fazendo com que o
precipitado sedimente mais rápido. Ao se usar uma centrífuga, obedecer rigorosamente os seguintes
pontos:
(a) Contrabalançar o tubo que contém a amostra com outro contendo igual volume de água,
colocando-o no lado oposto da centrífuga, para que o cabeçote da centrífuga fique equilibrado,
pois uma centrífuga desbalanceada trepidará, “passeará” na bancada, podendo até “voar”, o
que poderá danificá-la e por em perigo a segurança das pessoas.
(b) Centrifugar só durante alguns segundos para dar chance a outras pessoas.
Hidróxido de sódio
Amônia aquosa
Cloreto de amônio
Acetato de sódio
REAÇÃO 2: (a) Em um tubo de ensaio colocar 5 gotas da solução de tiocianato de amônio 0,1M e,
em seguida, 1 gota da solução de cloreto férrico 0,33M. Observar e explicar o ocorrido, através de
reação.
(b) Repetir este procedimento usando uma solução de sulfato ferroso 0,1M ao invés do cloreto férrico.
Observar e explicar o ocorrido, através de reação.
Transferir p/ caçarola.
Solução 3 Evaporar à secura e
adicionar 10 de
+++
Fe
++ HNO316M. Repetir este
Ni Solução 4
++
Co
++ processo mais duas vezes. Co
Adicionar 10 de HNO3
++ ++
Mn Ni
++ +++
Zn 16M e alguns cristais de Fe NaOH 6M
Solução 1
Al
+++ KClO3. . Transferir p/ Zn
++ até alcalino
Rejeitar ou +++ tubo de ensaio. Lavar a +++ + 5 em
guardar p/ Cr Al
caçarola com 5 H2O 2- excesso
4º grupo Cr2O7 1 H2O2 3%
Amostra
Fe
++
++ 6
Ni
++ NH4Cl 6M
Co
++ NH3 15M
Mn Precipitado A Solução B
++ Até alcalino Precipitado 4
Zn Hidróxidos Hidróxidos
+++ 4 TA 10 MnO2 Básicos Ácidos
Al Lavar c/ 10 HNO3 16M Fe(OH)3 2-
Cr
+++
H2O quente
CrO4
até 10 H2O Co(OH)3 -
Al(OH)4
contendo 1 dissolver o Ni(OH)3
Zn(OH)4
2-
NH4NO3 0,2M ppt
Precipitado 1 Precipitado 2 Rejeitar a
CoS solução
CoS
NiS Rejeitar a NiS
FeS solução FeS Precipitado 5
ZnS ZnS Precipitado 3 MnO2
MnS MnS Rejeitar ++
Al(OH)3
Cr(OH)3
Al(OH)3
Cr(OH)3
5 HNO3 6M Mn
5 H2O2 3%
NaBiO3
Legenda: =5 minutos, =agitar, =gota, =centrifugar, aquecer Solução 5
++ ¼ de espátula Solução 6
OBS: Os precipitados 9, 12, 15 e 17 e soluções 6 e 11 terão descarte especial. Mn -
MnO4
(solução violeta)
DISCIPLINA: Química Analítica I – DQAFQ-CC-UFC - Profa. Helena Becker
3º GRUPO – ESQUEMA DE ANÁLISE B
Solução B
Precipitado A Hidróxidos Ácidos
2-
Hidróxidos Básicos CrO4
Fe(OH)3 -
Al(OH)4
Co(OH)3 2-
Ni(OH)3 Zn(OH)4
Precipitado 13
Solução 13 Al(OH)3
Teste para Teste para 2-
Ferro e Cobalto Níquel CrO4 HCl 6M até
3+ 3+ 2+
Fe Fe Zn(NH3)4 dissolver
2+ 2+ o precipitado
Co Co
2+ 2+ 5 de BaCl2 0,2M
Ni Ni Solução 16
3+
Adicionar 5 NH4SCN Al
NH3 15M até alcalino
Solução 14 Precipitado 12 2 de aluminon
Solução 10 Rejeitar o ppt Zn(NH3)4
2+
BaCrO4 5 de NH4C2H3O2 3M
Fe(SCN)
++
++
Co(SCN)4
2-
Fe Solução 8
2+
3 TA
Δ
(amarelo pálido) 2 NH3 15M
Co(SCN)4
2- Co (vermelho)
+
(solução azul) Ni
DISCIPLINA: Química Analítica I – DQAFQ-CC-UFC - Profa. Helena Becker +
4º GRUPO – ESQUEMA DE ANÁLISE
Rejeitar ou
guardar p/
5º grupo
5 de
Solução 3
++ (NH4)2C2O4 0,2M Adicionar 5 de
Adicionar 1 Sr
Amostra ++ TEA e 5 de
++ NH4Cl 6M Ca
Ca 2-
(NH4)2SO4 1M
++ CrO4
Sr NH3 15M Precipitado 4
++
Ba até alcalino CaC2O4
5 (NH4)2CO3 (branco esfumaçado) Precipitado 5
Adicionar 5 de SrSO4
2M
Adicionar CH3COONH4 3M
breve CH3COOH 6M
de H2O e 2+
Precipitado 1
até dissolver
o precipitado Solução 2
6 de K2CrO4 Ca Sr
2+
CaCO3 Se necessário. ++ 0,5M
Ca
SrCO3 Abandonar o ++
Sr
BaCO3 precipitado. ++
Precipitado 2 2+
Ba
BaCrO4 Ba
1. CHUMBO (Pb2+)
- Água quente
PbCl2 (s) Pb2+ + 2 Cl-
2. PRATA (Ag+)
- Adição de amônia
AgCl(s) + 2 NH3 [Ag(NH3)2]+ + Cl-
[Ag(NH3)2]+ Ag+ + 2 NH3
3. MERCÚRIO (Hg22+)
- Adição de amônia
Hg2Cl2(s) + 2 NH3 Hg0 (s) + HgNH2Cl(s) + NH4+ + Cl-
ppt. preto ppt. branco
1. ARSÊNIO
2. ANTIMÔNIO
3. ESTANHO
O estanho (II) é previamente oxidado com peróxido de hidrogênio para Sn(IV) porque o SnS é
insolúvel em KOH
Sb4+ + 2 H2S SnS2(s) + 4 H+ (ppt. Amarelo claro)
2 SnS2(s) + S2- + OH- SnS3- + SnS2OH-
SnS3- + SnS2OH- + 3 H+ 2 SnS2(s) + H2O + H2S (ppt. Amarelo claro)
SnS2(s) + 4 H+ + 6 Cl- SnCl62- + 2 H2S
As reações abaixo mostram a redução do estanho (IV) para (II) pela ação do Al e meio ácido
3 SnCl62- + 2 Al(s) 2 Al3+ + 3 Sn2+ + 18 Cl-
3 Sn2+ + 2 Al(s) 2 Al3+ + 3 Sn(s)
Sn(s) + 2 H+ H2 + Sn2+
O Antimônio também reage com o Al formando Sb sólido, o qual não se redissolve em ácido,
separando-se assim do estanho, através da reação: SbCl42- + 2 Al(s) Al3+ + Sb(s) + 4 Cl-
Sn2+ + 2 HgCl2 + 4 Cl- Hg2Cl2(s) + SnCl62- (ppt. Branco)
Hg2Cl2(s) + Sn2+ + 4 Cl- 2 Hg(s) + SnCl62- (ppt. Preto)
OBS: A adição de HgCl2 deve ser rápida porque o Sn2+ é oxidado pelo oxigênio do ar.
Sn2+ + O2 + 2 e- SnO2
Quando se adiciona gradativamente uma solução de cloreto de estanho (II) à uma solução de Hg 2+, haverá inicialmente a
formação de um precipitado branco de Hg2Cl2. À medida que se vai adicionando mais SnCl2, o precipitado vai se tornando
cinza e finalmente preto, devido a formação de mercúrio metálico. A cor cinza intermediária se deve a uma mistura do
precipitado branco de Hg2Cl2 e de Hg metálico, que é preto.
Conforme já foi visto anteriormente, uma alta concentração de íons H + diminui a concentração de íons S2-. Esta diminuição
pode ser suficiente para dissolver certos sulfetos, como por exemplo, o PbS. O íon NO 3- à quente em solução ácida, oxida o
S2- a So, diminuindo a concentração de S2- o que resulta na dissolução de certos sulfetos metálicos. Na separação dos
cátions do grupo II A, utiliza-se uma solução de HNO3 6 mol L-1 para dissolver PbS, Bi2S3, CdS e CuS. Dessa maneira
esses metais são separados do HgS que não se dissolve nesse meio.
2. CHUMBO (Pb2+)
Pb2+ + H2S(g) PbS(s) + 2 H+ (ppt. Preto)
3 PbS(s) + 2NO3- + 8 H+ 3 Pb2+ + 3 S(s) + 2 NO(g) + 4 H2O
Pb2+ + SO42- PbSO4(s) (ppt. Branco)
A adição de SO42- às vezes provoca também a precipitação do bismuto, através da reação:
2 Bi3+ + SO42- + 2 H2O (BiO)SO4 + 4 H+
PbSO4(s) + 3 OAc- Pb(OAc)3- + SO42- (separação do Pb e Bi; o Bi não se solubiliza)
Pb(OAc)3- + CrO42- PbCrO4(s) + 3 OAc- (ppt. Amarelo)
3. COBRE (Cu2+)
Cu2+ + H2S(g) CuS(s) + 2 H+ (ppt. Preto)
3 CuS(s) + 8 H+ + 2 NO3- 3 Cu2+ + 3 S0(s) + 2 NO(g) + 4 H2O
Cu2+ + 2 NH3 + 2 H2O Cu(OH)2(s) + 2 NH4+ (ppt. Azul)
Cu2+ + 6 NH3 + 2 H2O [Cu(NH3)4]2+ + 2 NH4+ + 2 OH- (solução Azul)
O hidróxido de Cu2+ deverá dissolver-se no excesso do reagente com formação do complexo [Cu(NH 3)4]2+ que apresenta
coloração azul intensa e serve para identificar os íons Cu2+.
4. BISMUTO (Bi3+)
2 Bi3+ + 3 H2S(g) Bi2S3(s) + 6 H+ (ppt. Marrom)
Bi2S3(s) + 8 H+ + 2 NO3- 2 Bi3+ + 3 S(s) + 2 NO(g) + 4 H2O
Bi3+ + 3 NH4OH Bi(OH)3(s) + 3 NH4+ (ppt. Branco)
2 Bi(OH)3(s) + 3 [Sn(OH)4]2- 2 Bi(s) + 3 [Sn(OH)6]2- (ppt. Preto)
A solução de estanito deve ser preparada na hora de ser usada. A preparação desta solução é feita tratando-se uma gota da
solução de SnCl2 com 3 gotas da solução de NaOH 6M. À medida que as primeiras gotas de NaOH forem adicionadas
observa-se a formação de um precipitado branco de Sn(OH) 2. Prosseguindo-se na adição de gotas de solução de NaOH,
deverá haver dissolução do precipitado com formação de estanito, [Sn(OH) 4]2-. O teste deve ser realizado a frio e o reagente
deve ser recém preparado porque o reagente decompõe-se lentamente por reação de desproporcionamento, formando um
precipitado preto de estanho metálico.
2 [Sn(OH)4]2- Sn(s) + [Sn(OH)6]2- + 2 OH- (ppt. Preto)
5. CÁDMIO (Cd2+)
Cd2+ + H2S CdS(s) + 2 H+ (ppt. Amarelo)
3 CdS(s) + 8 H+ + 2 NO3- 3 Cd2+ + 3 S0(s) + 2 NO(g) + 4 H2O
Cd2+ + 6 NH3 + 2 H2O [Cd(NH3)4]2+ + 2 NH4+ + 2 OH-
Cd2+ + H2S CdS(s) + 4 NH4+
Eliminação da interferência do cobre na identificação do cádmio pela adição de ditionito de sódio:
[Cu(NH3)4]2+ + S2O42- + 2 H2O Cu(s) + 2 SO32- + 4 NH4+ (ppt. Preto)
DISCIPLINA: Química Analítica I – DQAFQ-CC-UFC - Profa. Helena Becker
REAÇÕES DO GRUPO III
1. FERRO (Fe2+ e Fe3+)
2 Fe3+ + H2S 2 Fe2+ + 2 H+ + S(s)
Fe2+ + S2- FeS(s) (ppt. preto)
FeS(s) + 3 NO3- + 6 H+ Fe3+ + 3 H2O + S(s) + 3 NO2(g)
Fe3+ + 3 OH- Fe(OH)3(s) (ppt. marrom avermelhado)
Fe(OH)3(s) + 3H+ Fe3+ + 3 H2O
Fe3+ + SCN- FeSCN++ (solução intensamente vermelha)
2. CROMO (Cr3+)
Cr3+ + 3 NH4OH Cr(OH)3(s) + 3 NH4+ (ppt. verde cinza)
Cr(OH)3(s) + 3 H+ Cr3+ + 3 H2O
Cr3+ + 6 ClO3- + H2O 6 ClO2(g) + Cr2O72- + 2 H+
Cr2O72- + 2 OH- 2 CrO42- + H2O
CrO42- + Ba2+ BaCrO4(s) (ppt. amarelo)
3. ALUMÍNIO (Al3+)
Al3+ + 3 NH4OH Al(OH)3(s) + 3 NH4+ (ppt. gelatinoso incolor)
Al(OH)3(s) + 3 H+ Al3+ + 3 H2O
Al3+ + 4 OH- Al(OH)4-
Al(OH)4- + 4 H+ Al3+ + 4 H2O
Al3+ + 3 NH4OH Al(OH)3(s) + 3 NH4+ (ppt. gelatinoso incolor)
Al(OH)3(s) + 3 H+ Al3+ + 3 H2O
Al3+ + 3 C22H13O9- Al(C22H13O9)3(s) (laca vermelha)
4. MANGÂNES (Mn2+)
Mn2+ + S2- MnS(s) (ppt. rosa)
MnS(s) + 2 NO3- + 4 H+ Mn2+ + 2 H2O + S(s) + 2 NO2(g)
Mn2+ + 2 ClO3- 2 ClO2(g) + MnO2(s) + 2 H+ (ppt. marrom escuro)
MnO2(s) + 2 H+ + H2O2 Mn2+ + 2 H2O + O2(g)
2 BiO3- + 2 H+ Bi2O5 + H2O
4 Mn2+ + 5 Bi2O5+ 18 H+ 4 MnO4- + 10 Bi3+ + 9 H2O (solução violeta)
5. COBALTO (Co2+)
Co2+ + NH3 + H2O + NO3- Co(OH)NO3(s) + NH4+ (ppt. azul)
Co(OH)NO3(s) + 6 NH3 [Co(NH3)6]2+ + NH4OH
[Co(NH3)6] + S2- CoS(s) + 6 NH3 (ppt. preto)
2+
6. ZINCO (Zn2+)
Zn2+ + 4 NH3 [Zn(NH3)4]2+
[Zn(NH3)4]2+ + S2- ZnS(s) + 4 NH3 (ppt. branco)
ZnS(s) + 2 NO3- + 4 H+ Zn2+ + 2 H2O + S(s) + 2 NO2(g)
Zn2+ + 4 OH- Zn(OH)42-
Zn(OH)42- + 4 H+ Zn2+ + 4 H2O
Zn2+ + 2 NH3 + 2 H2O Zn(OH)2(s) + 2 NH4+ (ppt. branco)
Zn(OH)2(s) + 4 NH3 [Zn(NH3)4]2+ + 2 OH-
[Zn(NH3)4]2+ + H2S(g) ZnS(s) + 2 H+ + 4 NH3 (ppt. branco)
7. NÍQUEL
Ni2+ + 6 NH3 [Ni(NH3)6]2+
[Ni(NH3)6]2+ + S2- NiS(s) + 6 NH3 (ppt. preto)
NiS(s) + 2 NO3- + 4 H+ Ni2+ + 2 H2O + S(s) + 2 NO2(g)
Ni2+ + 2 OH- Ni(OH)2 (ppt. verde)
Ni(OH)2(s) + 2 Cl- + 2 H+ Ni2+ + 2 H2O + Cl2(g)
Ni2+ + 2 H2O + NH3 Ni(OH)2 + 2 NH4+ (ppt. verde)
DISCIPLINA: Química Analítica I – DQAFQ-CC-UFC - Profa. Helena Becker
Ni(OH)2(s) + 6 NH3 [Ni(NH3)6]2+ + 2 OH- (solução azul intenso)
[Ni(NH3)6]2+ + 2 C4H8O2N2 Ni(C4H7O2N2) + NH3 + 2 H+ (ppt. vermelho)
REAÇÕES DO GRUPO IV
1. SÓDIO (Na+)
2. POTÁSSIO (K+)
- Evaporação com ácido nítrico para eliminar NH4+
4 H+ + 6 NO3- + 2 NH4+ N2(g) + 6 NO2(g) + 6 H2O
- Adição de NaOH
NH4+ + OH- NH3(g) + H2O (reação que ocorre no becker)
NH3(g) + H2O NH4+ + OH- (reação que ocorre no papel de tornassol)
4. MAGNÉSIO (Mg2+)
6.1. INTRODUÇÃO
Inúmeros métodos de análise têm sido propostos para a determinação analítica dos ânions mais comuns,
entretanto, na prática, não existe determinadas misturas de ânions devido as suas incompatibilidades, como, por
exemplo, a coexistência em uma amostra de ânions com características oxidantes e redutoras. Assim sendo,
estes íons não são subdivididos em grupos, diferentemente da análise sistemática de cátions, ou seja, não existe
uma seqüência lógica para separá-los e identificá-los.
Uma classificação foi proposta por alguns autores, baseada em algumas características semelhantes em
relação a determinados reagentes, tais como: solubilidade, desprendimento de gases e reações de precipitação ou
oxiredução em solução.
CLASSE A1
Ânions que desprendem gases com ácido clorídrico ou sulfúrico diluídos.
CLASSE A2
Ânions que desprendem gases ou vapores ácidos com ácido sulfúrico concentrado.
CLASSE B1
Ânions que precipitam com cloreto de bário, cálcio ou nitrato de prata.
CLASSE B2
Ânions que participam de reações de oxiredução.
Observa-se que essa classificação não é muito rígida, pois se encontram alguns ânions pertencentes a
diferentes classes e/ou grupos, dependendo das condições da reação (ex. SO42- - Grupo I e classe B1).
Na prática, a amostra é analisada através de sete testes prévios, chamados de TESTES DE ELIMINAÇÃO
(TE), com o objetivo de se eliminar alguns ânions, baseando-se na cor, solubilidade, pH da solução,
desprendimento de gases e reações específicas, para somente depois confirmar a presença dos prováveis ânions
presentes, através dos TESTES INDIVIDUAIS DE IDENTIFICAÇÃO (TI).
A presença de metais deve ser testada com o ENSAIO, descrito posteriormente, porque eles interferem,
formando precipitados ou dando reações coloridas, nos testes de eliminação; caso o ensaio dê positivo, proceder
então à eliminação do metal, como descrito na TRANSPOSIÇÃO, descrito mais adiante e, com a solução
resultante, proceder então à análise dos ânions através dos TE’s e TI’s.
O teste baseia-se na hidrólise dos ânions provenientes de ácidos fracos, formação de ácidos livres ou íons
dissociados, através das seguintes reações:
Somente um pH alto é significativo (pH ≥ 10 – papel de tornassol verde ou azul) pois, em soluções
fracamente alcalinas estes ânions podem estar presentes em concentrações muito baixas ou na forma de HS - ou
HCO3-. Metais pesados interferem neste teste.
Procedimento: Com o auxílio do bastão de vidro, medir o pH da solução amostra. A solução amostra não deve
conter metais interferentes e ter sido solubilizada SOMENTE com água.
OBS: Este teste também pode ser aplicado para os íons arsenitos (AsO33-), arseniatos (AsO43-), sulfetos (S2-) e
boratos B(OH)4-.
Este teste utiliza reações de transferência de prótons e de oxi-redução para conversão do ânion em um gás,
com exceção do íon CrO42- que, em meio ácido fica na forma de Cr2O72-.
DISCIPLINA: Química Analítica I – DQAFQ-CC-UFC - Profa. Helena Becker
Procedimento: Colocar 1 mL da solução amostra em tubo de ensaio e adicionar 1 gota de H2SO4 6 mol.L-1,
observando atentamente, com o tubo ao nível dos olhos. Misture, sempre observando. Cheirar levemente o gás
desprendido impelindo com a mão o ar, na direção do seu nariz. Aquecer em banho-maria e ficar observando a
ocorrência de qualquer reação.
OBS: Este teste também pode ser aplicado para os íons sulfetos (S2-), fluoretos (F-) e acetatos (CH3COO-)
O teste baseia-se no descoramento do íon permanganato em meio ácido, por um íon redutor, através da
seguinte reação:
MnO4- (violeta) + 8 H+ + 5 e- (fornecido pelo redutor) Mn2+ (incolor) + 4 H2O
Exemplo: 10 I- + 2 MnO4- + 16 H+ + 5 I2 + 2 Mn2+ + 8 H2O
Procedimento: Acidificar 0,5 mL da solução amostra com H2SO4 6 mol.L-1 e adicionar, 1 gota da solução de
KMnO4 0,02 mol L-1. Agitar, observar se o permanganato descora. Se não descorar após a adição da primeira
gota, aqueçer por 1 minuto e observar novamente. Repetir o procedimento pela adição de mais 1 gota de
permanganato, sempre observando se o permanganato descora, após a adição da gota.
OBS: Outros ânions tais como S2O32-, S2-, CN-, AsO33-, [Fe(CN)6]4-, HCO2- e C4H4O62- também dão reação
positiva para este teste.
O teste baseia-se na reação entre o íon iodeto, em meio ácido, por um íon oxidante, produzindo iodo, o
qual reage com o amido do meio, formando uma cor azul. Se a solução de amido não for nova, extrai-se o iodo
formado para a camada orgânica, produzindo assim uma cor violeta na mesma.
Procedimento: Acidificar 0,5 mL da amostra com H2SO4 18 mol.L-1, adicionar 3 gotas da solução de amido 1%
e 3 gotas da solução de KI 0,1 mol.L-1. Se uma cor azul aparecer em 10 segundos, a presença de substâncias
oxidantes está confirmada. Continuar o teste adicionando 5 gotas de tetracloreto de carbono. Agitar o tubo. Uma
coloração violeta na fase orgânica indica teste positivo.
OBS: (1) Outros ânions tais como OCl-, MnO4-, AsO43-, [Fe(CN)6]3-, ClO3-, BrO3- e IO3- também dão reação
positiva para este teste.
(2) Em concentrações de oxidantes muito elevadas a coloração azul desaparece em função da oxidação do
iodo a iodato, segundo a reação: 3 I2 + 3 H2O IO3- + 5 I- + 6 H+
TE-5 – TESTE PARA ÂNIONS QUE FORMAM SAIS DE PRATA POUCO SOLÚVEIS
Os halogênios bem como o íon tiocianato (SCN-) formam precipitados pouco solúveis com o íon prata em
água e em ácido nítrico diluído, segundo as reações:
Ag+ + X- AgX↓ onde X- representa o ânion pesquisado.
Procedimento: Num tubo de ensaio contendo 0,5 mL da solução amostra, adicionar 1 gota de AgNO3 0,1
mol.L-1. Se houver formação de precipitado, adicionar mais 5 gotas. Observar a cor do precipitado. Adicionar
HNO3 6 mol.L-1 até a solução se tornar ácida e mais 5 gotas de excesso. Se o precipitado se dissolver, o teste é
negativo, ou seja, os ânions em questão estão ausentes. Se houver formação de muito precipitado e o volume de
precipitado diminuir com a adição de HNO3, adicionar mais ácido e observar se o precipitado se dissolve.
OBS: O íon sulfeto (S2-) também produz um precipitado, preto, insolúvel em ácido nítrico.
TE-6 – TESTE PARA ÂNIONS QUE FORMAM SAIS DE CÁLCIO POUCO SOLÚVEIS
Os íons oxalato (C2O42-), metafosfato (HPO42-) e carbonato (CO32-) precipitam com os íons cálcio em meio
básico, segundo as reações:
Ca2+ + C2O42- CaC2O4↓
Ca2+ + HPO42- CaHPO4↓
Ca2+ + CO32- CaCO3↓
Procedimento: Colocar 0,5 mL da solução amostra em tubo de ensaio e adicionar 3 gotas de Ca(NO 3)2.
Adicionar NH3 6 mol L-1 até a solução se tornar alcalina. Verificar se houve formação de precipitado.
OBS: (1) O íon fluoreto (F-) precipita com o cálcio, em meio ácido.
(2) Em grandes quantidades, o íon SO42- pode precipitar mais o CaSO4 obtido é consideravelmente
solúvel em água.
TE-7 – TESTE PARA ÂNIONS QUE FORMAM SAIS DE BÁRIO POUCO SOLÚVEIS
Os íons cromatos (CrO42-), sulfitos (SO32-) e sulfatos (SO42-) precipitam com os íons bário. Os sulfatos e
sulfitos de bário são pouco solúveis em HCl diluído, enquanto que o cromato de bário é solúvel em ácidos
minerais diluídos.
DISCIPLINA: Química Analítica I – DQAFQ-CC-UFC - Profa. Helena Becker
Ba2+ + SO32- Ba SO3↓
Ba2+ + SO42- Ba SO4↓
Ba2+ + CrO42- Ba CrO4↓
2BaCrO4↓ + 2H+ 2Ba2+ + Cr2O72- + H2O
Procedimento: Colocar 0,5 mL da solução amostra em tubo de ensaio e adicionar 3 gotas de BaCl2 0,1 mol.L-1.
Se houver formação de precipitado, centrifugar e rejeitar o sobrenadante. Observar a cor do precipitado.
Adicionar várias gotas de HCl 6 mol.L-1 ao precipitado e observar.
OBS: os íons oxalato, carbonato e metafosfato também precipitam com o Ba2+, mais seus precipitados são
solúveis em HCl 6 mol L-1.
P – Ânion presente no teste (somente se coloca P quando o resultado der positivo para um único ânion).
Recomenda-se confirmar sua presença pelo teste de identificação (TI).
A – Ânion(s) ausente(s) no teste (o teste deu resultado negativo para um ou mais ânions); Nenhum teste
posterior é necessário, se no sumário sua ausência for confirmada.
? – O teste deu positivo para um determinado grupo de ânions. A presença do ânion precisa ser confirmada
pelos testes de identificação (TI).
ÍONS NOME TE-1 TE-2 TE-3 TE-4 TE-5 TE-6 TE-7 Sumário Resultado
Cl- Cloreto
Br- Brometo
I- Iodeto
SO32- Sulfito
SO42- Sulfato
NO2- Nitrito
NO3- Nitrato
PO43- Fosfato
CO32- Carbonato
CrO42- Cromato
C2O42- Oxalato
SCN- Tiocianato
Interferências
(a) Sulfito, tiocianato, brometo e iodeto formam sais de prata que são insolúveis em HNO3 diluído. Tiocianato
de prata e brometo de prata são parcialmente solúveis em solução de amônia e não diferem suficientemente do
AgCl para permitir uma distinção.
(b) Brometo e iodeto devem estar ausentes para que o teste seja conclusivo.
(c) Traços de cloreto estão geralmente presentes como impurezas ou são introduzidos acidentalmente. Isto deve
ser diferenciado da grande quantidade presente na amostra.
Procedimento
Acidificar uma porção de 1 mL da solução amostra com HNO3 6 mol.L-1 e adicionar algumas gotas de AgNO3.
Se um precipitado branco, em forma de coágulos, se formar, pode ser AgCl. Centrifugar e rejeitar a solução
sobrenadante. Adicionar NH3 6 mol.L-1 até alcalino, 5 gotas de excesso e observar. Se o precipitado se
dissolver, acidificar novamente a solução com HNO3 6 mol.L-1 e, se o precipitado branco voltar a se formar,
constata-se a presença do cloreto.
Identificação preliminar
Teste TE-2, formação de gás marrom.
Teste TE-3, descoramento do permanganato.
Teste TE-5, precipitado branco ou amarelo pálido de AgBr, insolúvel em HNO3.
Princípio do método
O íon brometo é oxidado a bromo livre (Br2) por um agente oxidante forte como o permanganato de potássio em
solução de ácido nítrico. O bromo livre é mais solúvel em tetracloreto de carbono (CCl4) do que em água e
apresenta uma cor laranja a marrom-avermelhado no tetracloreto de carbono.
2 MnO4- + 10 Br- + 16 H+ 5 Br2↑ + 2 Mn2+ + 8 H2O
Interferências
(a) Sulfito, tiocianato e brometo também são oxidados. Um excesso do reagente deve ser adicionado para que o
brometo seja oxidado.
(b) Iodeto é oxidado pelo permanganato e uma cor violeta aparece na camada orgânica, obscurecendo a cor
laranja produzida pelo brometo.
Procedimento
Acidificar uma porção de 1 mL da solução amostra com HNO3 6 mol.L-1e adicionar 4 gotas em excesso.
Acrescente 2 gotas de tetracloreto de carbono não mais porque a cor laranja é mais intensa num pequeno
volume e , em seguida adicione, gota a gota, KMnO4 0,02 mol.L-1, agitando após cada adição, até ser obtida
uma camada orgânica laranja e a solução aquosa permanecer rosa durante pelo menos 1 minuto. A presença de
brometo é indicada pela camada orgânica inferior laranja.
Identificação Preliminar
Teste TE-2, formação de gás violeta.
Teste TE-3, pelo descoramento do permanganato.
DISCIPLINA: Química Analítica I – DQAFQ-CC-UFC - Profa. Helena Becker
Teste TE-5, pela formação de iodeto de prata, precipitado amarelo e insolúvel em HNO3.
Princípio
O íon iodeto é um agente redutor ativo, facilmente oxidado a iodo ou ao íon tri-iodeto pelo ácido nitroso, um
reagente que não afeta brometo ou cloreto. Iodo molecular, I2, é mais solúvel em tetracloreto de carbono, CCl4,
do que em água e confere uma cor violeta ao solvente orgânico.
2 HNO2 + 2 I- + 2 H+ 2 NO + I2↑ + 2 H2O
Interferências
(a) O íon sulfeto, S2-, também é oxidado pelo ácido nitroso e, é necessário um excesso do reagente se ele estiver
presente. Sulfeto pode ser removido pela evaporação com ácido acético. Tiocianato também reage com o ácido
nítrico mais é uma interferência mais branda.
(b) Cromatos ou dicromatos em solução ácida oxidam o iodeto. Estes íons devem ser separados um dos outros,
em soluções básica ou neutra, antes de fazer o teste para o iodeto.
Procedimento
Acidificar algumas gotas de solução amostra com H2SO4 6 mol.L-1. Acrescentar alguns cristais de NaNO2 e
algumas gotas de CCl4. Agitar vigorosamente para extrair o iodo. A presença de iodo e indicada pela cor violeta
na camada orgânica.
Identificação Preliminar
Teste TE-1, pelo pH ≥ 10.
Teste TE-2, pela evolução de SO2 com forte odor.
Teste TE-3, pelo descoramento do permanganato.
Teste TE-7 pela formação de BaSO4, branco como resultado da oxidação do sulfito por HNO3 no TE-6.
Princípio
O íon sulfito, em solução ácida, é um ativo agente redutor e é oxidado a sulfato. Ele reduz o permanganato,
intensamente púrpura, ao íon Mn2+ que é incolor.
Interferências
(a) Outros agentes redutores tais como S2- ou NO2- também irão descolorir o permanganato. Diferentemente do
sulfito, eles não formam sais de bário que são insolúveis em meio neutro ou solução alcalina e podem ser
removidos através da lavagem do precipitado de sulfito de bário.
(b) Agentes oxidantes tais como CrO42-, NO3- e NO2- converterão sulfito a sulfato em meio ácido. Não ocorrerá
o descoramento do permanganato mais um precipitado de sulfato de bário surgirá. Cromato, diferentemente do
nitrato ou nitrito, é solúvel em meio neutro ou alcalino.
Procedimento
Acidificar algumas gotas de solução amostra com HNO3 6 mol.L-1 e acrescentar 10 gotas de água. Adicionar
algumas gotas de Ba(NO3)2 0,1 mol.L-1. Observar se há formação de um precipitado branco, caso positivo,
centrifugar e transferir a solução para outro tubo limpo e adicionar 1 gota de KMnO 4 0,02 mol.L-1. Agitar,
observar se o permanganato descora. Adicionar mais 1 gota de permanganato, sempre observando se o
permanganato descora, após a adição da gota. Se houver a formação do precipitado branco e o descoramento do
permanganato, sulfito está presente.
OBS: Se a concentração de cloreto for elevada, o permanganato perderá a cor lentamente mais, se sulfito estiver
ausente, não haverá a formação do precipitado de sulfato de bário.
Identificação Preliminar
Teste TE-l, se a solução for fortemente ácida, HSO4- pode estar presente.
Teste TE-7, formação de sulfato de bário branco, insolúvel em HNO3 6 mol.L-1. No entanto, este precipitado
pode ser proveniente também da oxidação de sulfito a sulfato (2 SO32- + O2 2 SO42-).
Princípio
De todos os ânions que formam sais de bário insolúveis, somente o sulfato é pouco básico e somente o BaSO4
precipitará em soluções fortemente ácidas. Se um precipitado tiver sido obtido no TE-7 e a ausência de sulfito
for provada, não se necessita de mais nenhum teste adicional para sulfato.
Ba2+ + SO42- BaSO4↓ (branco)
Interferências
(a) Sulfato pode ser produzido pela oxidação do sulfito em solução ácida pelo NO3- e CrO42-. A presença destes
agentes oxidantes será indicada pelo TE-4. Os efeitos dos nitritos e nitrato podem ser eliminados pela
precipitação do BaSO3 em meio neutro ou básico e lavando-se o precipitado antes de se adicionar o ácido.
(b) Mesmo que a amostra não contenha agente oxidante, uma lenta oxidação do sulfito pelo ar provoca o
aparecimento de pequenas quantidades de sulfato.
Procedimento
Recomenda-se fazer o teste para sulfito. Se houver formação de um precipitado branco com a adição do
Ba(NO3)2 e a solução não descorar com o KMnO4, a presença do sulfato está confirmada. O teste a seguir
também pode ser efetuado: Acidificar algumas gotas de solução amostra com HCl 6 mol.L-1 e adicionar algumas
gotas de BaCl2 0,1 mol.L-1. A formação de um precipitado branco, BaSO4, indica a presença de sulfato.
Identificação Preliminar
Teste TE-2 pela evolução de NO2, vermelho escuro e odor forte.
Teste TE-3 pelo descoramento do permanganato.
Princípio
Em soluções ácidas, nitrito reage com o ácido sulfâmico para dar bolhas de nitrogênio e o íon sulfato:
NO2- + NH2SO3- N2↑ + H2O + SO42-
Interferências
(a) Carbonato e sulfato interferem; o carbonato por formar bolhas de CO2 em solução ácida e o sulfato por
precipitar com o bário. Ambos podem ser removidos por precipitação com BaCl2. A evolução do CO2 pode ser
retardada usando-se soluções diluídas pois o N2, por ser menos solúvel, evolui mais rapidamente do que o CO2.
(b) Sulfito e sulfeto em meio ácido são oxidados pelo nitrito, portanto, reduzem a sensibilidade do teste. Isto não
é problema quando ácido sulfâmico é adicionado imediatamente a amostra pois nitrito reage mais rapidamente
com ele do que com outros íons.
(c) Ácido sulfâmico em solução hidroliza-se lentamente originando sulfato. Isto pode ser evitado usando-se o
reagente sólido que e mais estável.
H2O + HNH2SO3 NH4+ + H+ + SO42-
Procedimento
Adicionar alguns cristais de ácido sulfâmico a solução amostra e golpear a base do tubo de ensaio com o dedo
indicador. Observar se há liberação vigorosa de bolhas. Após parar o desprendimento de bolhas, adicionar
algumas gotas de BaCl2 0,1 e observar se há formação de um precipitado branco. A obtenção de um precipitado
branco e presença de bolhas indica a presença de nitrito.
Princípio
Nitrato em meio alcalino é reduzido a amônia por metais ativos. Alumínio ou zinco podem ser usados mais a
liga de devarda (50% de Cu, 45% de Al, 5% de Zn) dá uma reação mais suave.
3 NO3- + 8 Al + 5 OH- + 18 H2O 8 Al(OH)4- + 3 NH3↑
A amônia gasosa pode ser detectada por sua ação em um papel de tornassol umidificado com água.
NH3↑ + H2O NH4+ + OH-
Interferência
(a) Íons nitrito dão a mesma reação e devem ser removidos com ácido sulfâmico.
(b) Tiocianato também é reduzido para amônia e deve ser removido como tiocianato de prata em meio ácido.
(c) Sais de amônia formam amônia em meio básico. O íon amônio é removido por evaporação com NaOH antes
da adição do agente redutor.
(d) Nitritos são lentamente oxidados pelo oxigênio do ar a nitrato assim, se os íons nitritos estiverem presentes,
um teste para nitrato dará sempre positivo.
Procedimento
Misturar várias gotas da solução amostra com igual volume de NaOH 6
mol.L-1. Transferir esta mistura, com uma pipeta, para um tubo de ensaio seco
e, com cuidado, para não molhar as paredes do tubo com esta mistura.
Adicionar um pedaço de papel alumínio e empurrar um pedaço de algodão até
1/3 da entrada do tubo para aparar eventuais salpicos. Colocar uma tira de
papel de tornassol dobrada em V e previamente umedecida com água na boca
do tubo, aquecer ligeiramente em banho-maria para provocar uma reação
vigorosa. Retirar do banho e deixar o tubo em repouso alguns minutos. Se a
parte umedecida do papel ficar azul, a presença de nitrato esta confirmada.
Identificação preliminar
No teste TE-2, CrO42-, amarelo passando para Cr2O72-, laranja.
No teste TE-4, formação de uma cor azul ou camada orgânica violeta.
No teste TE-7, precipitado amarelo de BaCrO4, solúvel em HCl-6M.
Princípio
Os íons cromatos (CrO22-) precipitam como BaCrO4, amarelo, em meio fracamente ácido.
CrO22- + Ba2+ BaCrO4↓ (amarelo)
Procedimento
Acidificar levemente a solução amostra com ácido acético 6 mol L-1 e adicionar algumas gotas de cloreto de
bário. A formação de um precipitado amarelo indica a presença de cromato.
Identificação preliminar
Teste TE-1, solução fortemente básica se PO43- estiver presente na amostra mais, note que HPO42- é menos
fortemente básico e H2PO4- é ácido.
Princípio
Quando um excesso de molibdato de amônio é adicionado a uma solução contendo fosfato com HNO3 numa
concentração de 5 a 10% do volume, precipita o fosfomolibdato de amônio, amarelo.
HPO42- + 3 NH4+ + 12 MoO42- + 23 H+ (NH4)3[P(Mo3O10)4]↓(amarelo) + 12 H2O
Interferências
(a) O íon arsenato da uma reação similar e também retarda a precipitação do fosfato. Arsênio é removido por
precipitação como As2S3 em meio de HCl-6M.
(b) Altas concentrações de cloreto ou sulfato retardam a precipitação. Cloretos são eliminados por evaporação
com HNO3.
(c) Agentes redutores destroem o molibdato. Eles também são removidos por evaporação com ácido nítrico.
Procedimento
Adicionar algumas gotas de HNO3 16 mol.L-1 à solução amostra e aquecer em banho-maria por alguns minutos.
Retirar do banho e acrescentar algumas gotas de molibdato de amônio. Deixar em repouso por 5 minutos. A
formação de um precipitado amarelo brilhante indica a presença de fósforo. Um precipitado branco de MoO 3
pode se formar se o fosfato estiver ausente ou se a solução for muito aquecida (T 40oC).
Identificação preliminar
Teste TE-3, descoramento do permanganato.
Teste TE-6, formação de CaC2O4, branco, solúvel em ácido nítrico.
Princípio
O oxalato presente na amostra é precipitado como oxalato de cálcio em meio de ácido acético, onde é insolúvel:
C2O42- + Ca2+ CaC2O4↓ (branco esfumaçado)
O oxalato de cálcio é dissolvido pelo ácido sulfúrico:
5 H2C2O4 + MnO4- + 5 H+ 10 CO2↑ + 2 Mn2+ + 8 H2O
O ácido oxálico formado é oxidado pelo permanganato para dióxido de carbono resultando num descoramento
do permanganato:
Interferências
Outros ânions redutores tais como SO32-, NO22- também descoram o permanganato. Eles podem ser eliminados
pela precipitação do oxalato de cálcio em meio de ácido acético. Os outros ânions que não formam sais de cálcio
insolúveis, em solução ácida, são facilmente eliminados pela lavagem de precipitado.
Procedimento
Acidificar ligeiramente a solução amostra com ácido acético 6 mol.L-1 e acrescentar a mesma quantidade de
ácido, usando para acidificar, em excesso. Adicionar algumas gotas de Ca(NO3)2 0,2 mol.L-1 a solução e deixar
em repouso por 1 minuto. Centrifugar, lavar o precipitado duas vezes com água quente e acrescentar ao
precipitado, 4 gotas de água e 1 gota de H2SO4 18 mol.L-1. aquecer brevemente em banho-maria para dissolver o
precipitado. Adicionar 1 gota de KMnO4 0,02 mol.L-1, agitar, observar e adicionar mais 1 gota de permanganato
ao precipitado dissolvido. A presença de oxalato é indicada pelo descoramento do permanganato.
Identificação preliminar
Teste TE-3, complexo vermelho de FeSCN2+ com FeCl3.
Teste TE-5, precipitado branco de AgSCN, insolúvel em HNO3.
DISCIPLINA: Química Analítica I – DQAFQ-CC-UFC - Profa. Helena Becker
Princípio
Em solução ligeiramente ácida, tiocianato reage com Fe3+ formando uma intensa coloração vermelha, devido à
formação de um complexo não dissociado de tiocianato de ferro (III).
Fe3+ + 3 SCN- Fe(SCN)3
Além disso, também se forma uma série de complexos tais como: [Fe(SCN)] 2+, [Fe(SCN)2]+, [Fe(SCN)4]-,
[Fe(SCN)5]2- e [Fe(SCN)6]3-. A composição do produto em solução aquosa depende principalmente das
quantidades relativas de ferro e de tiocianato presentes.
Interferências
(a) Iodeto é oxidado pelo FeCl3 para I3-, vermelho escuro, o qual pode ser confundido com o [Fe(SCN)2]+.
(b) Fe(III) também oxida o S2-, SO32- e NO2-. E conveniente adicionar um grande excesso de FeCl3.
(c) Fosfatos, arseniatos, boratos, iodatos, sulfatos, acetatos, oxalatos, citratos, tartaratos, e os ácidos livres
correspondentes interferem devido à formação de complexos estáveis com o ferro (III).
(d) Os fluoretos descoram a cor do complexo FeSCN+ devido à formação do complexo FeF63- mais estável.
Procedimento
Acidificar a solução amostra com HCl 6 mol.L-1 e adicionar algumas gotas da solução de FeCl3. A formação de
uma cor vermelha intensa indica a presença do tiocianato.
Identificação preliminar
Teste TE-1, solução fortemente básica por causa da hidrólise do CO32-.
Teste TE-2, pela evolução do CO2 provocando bolhas, inodoro e incolor.
Teste TE-6, precipitado branco de CaCO3.
Princípio
O íon carbonato reage com o ácido clorídrico dando efervescência e surgimento a um gás inodoro e incolor, que
turva a água de cal ou de barita (solução saturada de hidróxido de cálcio ou bário).
CO32- + 2H+ CO2↑ + H2O
CO2↑ + Ba(OH)2 BaCO3↓ + H2O
Interferência
O íon SO32- interfere na análise e deve estar ausente, pois também turva a água de barita através das reações:
SO32- + 2H+ → SO2 + H2O
SO2 + Ba(OH)2 → BaSO3 + H2O
Procedimento
Observar a figura ao lado. Colocar no tubo de ensaio A, 1 mL da
solução amostra e no tubo de ensaio B, 1 ml de água de barita. Colocar
a mangueira conectada ao tubo A dentro do tubo B. Adicionar 5 gotas
de HCl 6 mol.L-1 no tubo A e IMEDIATAMENTE fechar. Agitar o tubo
A e observar o tubo B. O aparecimento de uma turvação na solução do
tubo B indica a presença de carbonato. Caso nada aconteça, aquecer o
tubo A e observar novamente o tubo B.
AMOSTRA SIMPLES Constituída de um cátion e um ânion. Ex: NaCl, BaCrO4, KBr, etc.
Procedimento - Tomar aproximadamente 0,5 mL (10 gotas) da solução amostra e adicionar 3 gotas da solução
de carbonato de sódio 6 mol.L-1 ou preparar na hora o reagente, pela dissolução de um pouco de Na2CO3 em
água. Aquecer brevemente. Se a solução amostra estiver ácida, colocar carbonato até que a solução fique
alcalina. A ocorrência de um precipitado, que pode ser carbonato ou hidróxido do metal, confirma a presença de
cátion interferente e o mesmo deve ser eliminado através do procedimento de TRANSPOSIÇÃO (ver abaixo)
para a determinação do ÂNION. Caso não ocorra formação de precipitado, o cátion presente deve ser o sódio,
potássio ou íon amônio.
TRANSPOSIÇÃO – Se o ENSAIO - Teste para verificar a presença de metais interferentes deu positivo, o
procedimento abaixo deve ser feito para eliminar metais presentes na amostra, que podem interferir nos TE e TI.
Procedimento para eliminação de metais – Se a amostra for sólida, colocar aproximadamente 0,1 g da
amostra em um cadinho de porcelana e 10 mL de água ou do reagente usado para a solubilização da amostra.
Adicionar cinco vezes mais (0,5 g) de carbonato de sódio. Atentar que a solução deve estar básica. Agitar com
bastão. Se a amostra for líquida, colocar aproximadamente 10 mL da solução amostra em cadinho, adicionar 1
espátula de carbonato de sódio, agitar com bastão. Se a solução amostra estiver ácida, colocar carbonato até que
a solução fique alcalina. Em ambos os casos, aquecer até ebulição e deixar por aproximadamente 10 minutos.
Repor o volume perdido pela adição de água. Transferir para tubos de ensaio, centrifugar, desprezar o
precipitado e usar sobrenadante para os testes TE e TI.
OBSERVAÇÕES:
- Se for feita a transposição, lembrar de preparar solução suficiente para utilizar em todos os testes de
eliminação e identificação para ânions, TAMBÉM lembrar que o carbonato vai dar sempre positivo nos testes
respectivos a este ânion, como o TE-1 e TE-2, e que a solução sempre vai efervecer quando acidificada.
ATENÇÃO: Se for feita a eliminação do ânion, lembrar de preparar solução suficiente para utilizar na
identificação do cátion.
OBSERVAÇÕES
Caso tenha obtido metal interferente, seguir, rigorosamente, a ordem dos grupos.
Observar a cor do precipitado, principalmente na precipitação do segundo e terceiro grupo, pois etapas
poderão ser omitidas e até mesmo o cátion identificado, somente na etapa inicial de precipitação do
grupo. Cuidado com os hidróxidos incolores!!!!!
Se não foi encontrado metais interferentes, e o íon amônio estiver ausente, o cátion é o Na ou o K.
Lembrar que, se o íon amônio está ausente, a evaporação prévia com HNO3 antes da identificação de
sódio e potássio não precisa ser efetuada. Os dois testes podem ser feitos diretamente com a adição dos
respectivos agentes precipitantes.
Potássio em grande quantidade (>50 mg/mL) também precipita com o acetato de uranilo e magnésio
assim, deve-se fazer primeiro o teste de identificação para o K; Se o testes der positivo o POTÁSSIO
está presente. Se o teste para potássio der negativo, fazer o teste do sódio; se der positivo, o SÓDIO está
presente.
DISCIPLINA: Química Analítica I – DQAFQ-CC-UFC - Profa. Helena Becker
Lembrar também que Na e K tem tendência a supersaturar. Não diluir muito a amostra, colocar bastante
reagente de precipitação, agitar bastante e, se necessário, colocar alguns cristais da própria amostra para
induzir a precipitação.
ANEXOS
Regra Exceções
Não existe exceção comum. O acetato de prata é
1. Os nitratos e acetatos são geralmente solúveis
moderadamente insolúvel.
2. Os compostos dos metais alcalinos e do íon amônio são Não existe exceção comum. Alguns que são
geralmente solúveis. moderadamente insolúveis são formados no 5o grupo.
Fluoretos dos metais alcalinos, íon amônio, Ag, Al, Sn
3. Os fluoretos são geralmente insolúveis.
e Hg.
Os haletos de Ag(I), Hg(I), Pb(II), HgI 2, BiOCl e
4. Os cloretos, brometos e iodetos são geralmente solúveis.
SbOCl.
PbSO4, SbSO4, BaSO4, CaSO4 e
5. Os sulfatos são geralmente solúveis.
Hg2SO4 são moderadamente insolúveis.
6. Os carbonatos e os sulfitos são geralmente pouco solúveis. Os de metais alcalinos e do amônio.
Os de metais alcalinos e do amônio. Os sulfetos dos
7. Os sulfetos são geralmente pouco solúveis. metais alcalinos terrosos e Cr2S3 e Al2S3 são
decompostos pela água.
Os de metais alcalinos. Os hidróxidos de Ba, Ca e Sr
8. Os hidróxidos são geralmente pouco solúveis.
são moderadamente solúveis.