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UNIVERSIDADE FEDERAL DO ESPÍRITO SANTO

CENTRO DE CIÊNCIAS JURÍDICAS E ECONÔMICAS

SERVIÇO SOCIAL

FILOSOFIA SOCIAL E POLÍTICA

Nathália Gomes de Jesus Martins

De Uma Lógica Violenta - Questões

1. O que parece Violência, mas não é?


(Pg 14-15)

Violência não é conflito, nem agressividade ou coerção, nem luta ou força, visto que
ela ocorre em função do desejo individual de ultrapassar barreiras, é uma
característica da natureza humana para demonstração de não-passividade, de
resistência. Por meio dela se requer e garante os direitos nas relações de forças,
pois força o outro a empregar utilizar a razão, impondo um limite visando o respeito.
A violência demonstra em si mesma através do conteúdo expresso, mais do que
através do modo demonstrado. Ou seja, ela está verdadeiramente no que é dito,
não em como é dito. Assim como nas ações, onde nem sempre a ação que
reivindica é violenta. No entanto, exercer violência provoca sofrimento, seja físico ou
mental, que pode ser mais temível do que a própria morte.

2. Qual a essência de qualquer Violência?


(Pg 15-20)

A essência da violência o impor. Seja de forma calma ou em tom mais alto, seja em
ações tranquilas ou intensas, o significativo é o conteúdo interior da violência, que
sempre deseja impor um limite, uma opinião, uma hierarquia, uma sobreposição
sobre alguém, ou até mesmo um pensamento.

3. Qual o projeto da Modernidade?


(Pg 23-30)
O projeto da modernidade é descrito por uma concordância entre regulação e
emancipação, que amparam a transformação da sociedade pré-moderna. Sobre a
base da regulação há o princípio do Estado, de Thomas Hobbes, o princípio do
mercado, de John Locke, e o princípio da comunidade, de Jean-Jacques Rousseau.
Já sobre a base de sustentação da emancipação há o conjunto de três dimensões
da racionalização e secularização da vida coletiva: a racionalidade moral-prática do
direito moderno, a racionalidade cognitivo-experimental da ciência e da técnica
modernas, e a racionalidade estético-expressiva das artes e da literatura modernas.

4. Na Pós-Modernidade, o que é a Lógica Global em Movimento Descendente,


Ascendente, Lateral e Circular?
(Pg 30-64)

Um movimento descendente demonstra o modo como a lógica se realiza, que tem


suas raízes na lógica neoliberal de transformação de tudo em mercadoria seguida
de sua livre circulação. Nesse movimento, há a sociedade sem laços e a
dessimbolização do sujeito, tudo em torno do fetiche da mercadoria, estruturando as
raízes da violência.
No movimento ascendente da violência, há o destaque da indiferença, que começa
na a interioridade e na exterioridade dos existentes, silenciando questionamentos.
Guiado por intelectuais, que na pós-modernidade se encontram distantes da massa
e cada vez mais à mercê de uma elite, renunciando a seu papel moderno de
esclarecedores, e seguindo a liderança da elite global.
Já no movimento lateral, onde não há obrigatoriamente a violência mas costuma
assumir formas violentas, ocorre o incentivo da dissolução de tudo que afete a vida
individual, a fim de conservar a desigualdade progressiva e a guerra de
sobrevivência das massas.
Baseado na ideologia, o movimento circular se estabelece em todas as esferas da
vida, instigando o nascimento da violência em cada uma delas.

5. Qual é a Lógica do Ocidente e por que o Humanismo Ocidental é


insuficiente?
(Pg 65-79)
Para Lévinas, a história ocidental é pode ser entendida como um experimento de
síntese universal, a partir de seu próprio ponto de vista, onde o pensamento
torna-se absoluto e a experiência é reduzida ao saber do Ocidente. O lugar onde ser
consciência de si é ao mesmo tempo ser consciente do todo.
De seu humanismo frágil, e da sua configuração de saber ocidental, surge a
inaptidão de certificar os princípios da humanidade que o humanismo acreditou
deter. Dessa forma, acontece durante a história, a crise geral do Ocidente, e junto
vai seu humanismo.

6. Qual a Raiz última da possibilidade da Violência?


(Pg 79-96)

Há várias concepções para o assunto, como a de Thomas Hobbes, que diz que o
homem é naturalmente bom, diferente de Blaise Pascal, que afirma ver o homem
como originalmente miserável. Já Sigmund Freud, atesta que o homem se
determina pelo desejo, Karl Marx comprova que o homem se define pelo trabalho, já
Friedrich Nietzsche pela vontade de poder, Aristóteles como um animal racional e
Jean-Paul Sartre como a sua liberdade. Dentre essas definições, que chegam a ser
contraditórias, todos tem um raciocínio equivalente e todos devem ser levados em
consideração igualmente.

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