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SERVIÇO SOCIAL
Violência não é conflito, nem agressividade ou coerção, nem luta ou força, visto que
ela ocorre em função do desejo individual de ultrapassar barreiras, é uma
característica da natureza humana para demonstração de não-passividade, de
resistência. Por meio dela se requer e garante os direitos nas relações de forças,
pois força o outro a empregar utilizar a razão, impondo um limite visando o respeito.
A violência demonstra em si mesma através do conteúdo expresso, mais do que
através do modo demonstrado. Ou seja, ela está verdadeiramente no que é dito,
não em como é dito. Assim como nas ações, onde nem sempre a ação que
reivindica é violenta. No entanto, exercer violência provoca sofrimento, seja físico ou
mental, que pode ser mais temível do que a própria morte.
A essência da violência o impor. Seja de forma calma ou em tom mais alto, seja em
ações tranquilas ou intensas, o significativo é o conteúdo interior da violência, que
sempre deseja impor um limite, uma opinião, uma hierarquia, uma sobreposição
sobre alguém, ou até mesmo um pensamento.
Há várias concepções para o assunto, como a de Thomas Hobbes, que diz que o
homem é naturalmente bom, diferente de Blaise Pascal, que afirma ver o homem
como originalmente miserável. Já Sigmund Freud, atesta que o homem se
determina pelo desejo, Karl Marx comprova que o homem se define pelo trabalho, já
Friedrich Nietzsche pela vontade de poder, Aristóteles como um animal racional e
Jean-Paul Sartre como a sua liberdade. Dentre essas definições, que chegam a ser
contraditórias, todos tem um raciocínio equivalente e todos devem ser levados em
consideração igualmente.