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Minha indagação foi: mas qual livro de Ekman você leu e chegou a essa conclusão?
Ela respondeu: nenhum, apenas havia lido artigos e falado com algumas pessoas sobre
o assunto e todos tinham opinião parecida.
Nesse post, a ideia não é defender Paul Ekman, mas sim, mostrar o tamanho de sua
contribuição para os estudos das emoções.
Quando Ekman se propôs a pesquisar as emoções, ele queria respostas que até aquele
momento pareciam fora da realidade, para a maioria, já que até então, somente
Charles Darwin havia iniciado suas pesquisas, que posteriormente foram registradas
em forma de livro – A expressão das emoções nos homens e nos animais.
Em sua época, o que havia de assuntos relacionados às emoções eram boa parte
ligados à antropologia.
Mead era persuasiva e enfática em afirmar que o comportamento social era maleável,
extraído de culturas que haviam tido contato.
Então, segundo a lógica dos especialistas que se opunham, seria: Se você convive
com pessoas que tem um mesmo hábito, a chance de se tornar semelhante, é imensa.
Com as expressões faciais não seria diferente.
Mas aqui, entra um baita de um detalhe: Margaret Mead nunca estudou as expressões
faciais.
Ainda hoje há quem diga que Ekman só conseguiu fazer seus estudos, porque teve
incentivo do governo. Mas a verdade é, ele só conseguiu investimento porque de
alguma forma, conseguiu que acreditassem que poderia estar certo.
Para conseguir chegar à universalidade das expressões emocionais, Ekman teve então
que fazer uma viagem até Papua Nova Guiné, na tribo dos Fore.
Com ajuda de um intérprete, Ekman contava histórias e fazia perguntas que tinham
contextos emocionais envolvidos, como por exemplo:
Quando você vê um alimento estragado, podre, que cara você costuma fazer?
Mostrava fotos com opção de expressões faciais, e os indígenas apontavam para a que
mais se assemelhava com o fato narrado.
Fore
Esses estudos, concluíram que haviam seis expressões universais ligadas às emoções
em todas as culturas: raiva, medo, tristeza, nojo, alegria e surpresa.
Cada um dos 44 músculos que estão na sua face, podem ser medidos em movimentos e
intensidades.
A tão desejada e famosa detecção de mentiras, surge por meio do FACS, já que foi
por meio dele a possibilidade de chegar mais próximo de uma intenção de suprimir
uma emoção, que ocasiona a micro expressão facial.
O que estou falando é óbvio, mas muita gente acaba não fazendo, mesmo sendo tão
óbvio.
Há dezenas de motivos para isso, primeiro porque ele é em inglês, então muita gente
não consegue entender o que está escrito no manual.
Mas já respondo de cara: Não há livros que ensine o FACS (até o momento que escrevo
esse post).
Para adquirir o Manual, você pode acessar diretamente o site do Paul Ekman na linha
abaixo:
MANUAL DO FACS
Somente por esse Manual você irá aprender a codificar uma face. É importante saber
que ele não ensinará a identificar nem fazer a leitura das emoções. É um Manual
para quem deseja se certificar e aprender a codificar.
É importante você entender que humanos possuem emoções e, elas são idioma
universal.
Estamos vivendo uma era tão tecnológica que, o grande diferencial em um futuro
próximo, serão as habilidades sociais.
“No tempo das cavernas, a necessidade era por tecnologia que nos facilitassem a
vida. Hoje, a necessidade é por afeto.”
Referências:
Ekman, P (2011) A linguagem das emoções, Lua de Papel.
Ekman P. & Friesen W. V. (1971) Constants Across Cultures in The Face and Emotion.
Journal Personality and Social Psychology.
Ekman P. & Friesen W. V. & Hagger, J. C. (2002) The Facial Action Coding System
(2nd ed.)
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