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Você está em busca da entrevista de primeiro emprego, mas não faz ideia de como proceder
durante a conversa com o recrutador e, só de pensar nisso, começa a suar de tão nervoso?
Fique tranquilo que isso é muito mais comum do que você imagina.
Tão comum que fomos atrás de dicas preciosas para facilitar a sua vida e de todos aqueles sem
experiência de emprego, já que você está chegando agora ao mercado de trabalho e precisa
apenas de um empurrãozinho para mostrar suas habilidades. Quem ajuda nessa tarefa é João
Xavier, diretor-geral da Ricardo Xavier Recursos Humanos, que há anos trabalha no
recrutamento de profissionais de diversas áreas e níveis.
Em primeiro lugar, João aconselha começar pelo mais básico. Que roupa você vai vestir? A
decisão não é tão simples. Não vá pensando que é só pegar aquele jeans e aquela camiseta
que você adora e tudo está resolvido. Quando falamos de empresas e processos de seleção,
alguns cuidados simples podem fazer toda diferença.
“O ideal é que o candidato se vista como se já trabalhasse na empresa”, diz ele. Ou seja,
pesquise o chamado dress code da empresa conversando com pessoas que trabalham lá ou
apenas observando isso (se puder dar uma passada lá por perto antes da entrevista).
Na dúvida, a dica é usar roupas mais sociais. “É melhor errar para mais do que para menos.
Além disso, se chegar de gravata e constatar que o ambiente não é dos mais formais, é só tirar
a gravata, dobrar a manga da camisa, tirar o paletó”, recomenda João. “É mais fácil passar do
social para o esporte do que o contrário. Para as mulheres, cuidado com cabelos e unhas
também são essenciais.”
A segunda dica é a de tomar muito cuidado com o que vai dizer e também com a forma que vai
dizer na entrevista de primeiro emprego. Evite erros de português e gírias. “Fale apenas o
necessário, sobre o que for perguntado”, recomenda João.
Em processos seletivos em geral, o que mais pesa são os resultados obtidos pelos candidatos
em experiências anteriores. Claro que, se você está procurando sua entrevista de primeiro
emprego, o recrutador já sabe que você não tem experiência profissional (muito menos
resultados) para apresentar, mas não é por isso que você vai ficar mudo.
“Você deve explorar seus resultados na escola/faculdade, participações em congressos,
seminários, cursos de aperfeiçoamento, trabalhos desenvolvidos, como TCC e Monografias, e,
principalmente, trabalhos voluntários, trabalho de férias, intercâmbios”, diz João.
Outra dica é que muitas entrevistas de emprego são baseadas em situações que você já viveu.
Para não correr o risco de ter um branco na hora, você pode deixar a memória preparada.
Lembre, com antecedência, de situações em que você se sentiu desafiado, em que teve que
resolver algum problema, por exemplo. É bem provável que alguma pergunta assim surja no
bate-papo. Ah, sim, e não se importe com a simplicidade das tarefas que você vai relatar, isso
já é esperado pelo entrevistador.
“O que importa é a forma como você alcançou os resultados e não o resultado em si”, diz João.
Isso porque, você tende a agir de maneira semelhante quando se deparar com outro desafio
ou tarefa, e é isso que o entrevistador quer saber – como você agiu diante da situação. “As
empresas procuram pessoas capazes de produzir resultados e realizar o trabalho da maneira
mais eficiente possível e a melhor forma de mostrar que você pode entregar tudo isso é contar
o que já fez.”
Outra lição de casa é pensar no que você tem de melhor. “Descubra seu pontos fortes e
prepare exemplos que os demostrem, como situações vividas que comprovam o exercício de
tais qualidades”, diz João. Bem, é preciso também descobrir seus pontos fracos, os pontos em
que você precisa se desenvolver, pois isso também pode ser questionado durante a entrevista
para o seu primeiro emprego.
Segundo João, o entrevistador já vai esperar que você esteja nervoso, pois isso é muito
comum. “Se ele for bom entrevistador, cuidará para que você se sinta mais à vontade”. De
qualquer forma, a melhor estratégia para combater o nervosismo da entrevista de primeiro
emprego é ser você mesmo.
A dica é clara: não elabore mentiras ou histórias sofisticadas para querer impressionar. Seja
você mesmo e tudo fica bem mais fácil. Além disso, os processos seletivos buscam colocar a
pessoa certa no lugar certo. “Se você for preterido não significa que é um mau profissional,
mas que havia alguém mais aderente ao perfil solicitado”, diz.
Na maioria das vezes, o perfil comportamental pesa mais do que competências técnicas ou
capacidade intelectual. Por exemplo, uma pessoa mais introvertida pode não se desenvolver
bem em um cargo que exija extroversão e uma pessoa que goste de fazer análises estatísticas
pode não se sentir confortável em uma posição que exija criação. “Portanto, querer forçar um
perfil só trará transtornos, no médio e longo prazos, para a empresa e para o profissional.”
Resumindo, a dica geral é para a entrevista de primeiro emprego: mostre seus resultados,
mostre sua trajetória e seu desenvolvimento, seja claro e sucinto, capriche no português e seja
você mesmo!
Leia as nossas dicas e saiba como preparar um currículo simples e eficiente. Descubra também
algumas características que os avaliadores buscam no documento e faça o download do nosso
modelo básico de currículo!
O Currículo deve ser entendido como se fosse um resumo da sua trajetória profissional,
indicando o quanto você se esforçou para chegar até o ponto em que está hoje, qual caminho
você trilhou e aonde você quer chegar.
Para se produzir um bom currículo, três ideias básicas devem ser levadas em conta: verdade,
simplicidade e eficiência. Essas ideias são simples, mas certamente darão maior credibilidade e
confiabilidade ao seu currículo, permitindo ao recrutador encontrar o funcionário ideal e não
ter surpresas no momento da entrevista.
Verdade
Ao escrever o seu currículo, a meta deve ser buscar um ponto de equilíbrio. Você não deve
acrescentar habilidades (dizer que o seu inglês é fluente sendo que ele é básico, por exemplo)
e qualificações que você não tem, já que estas artimanhas são facilmente descobertas. Por
outro lado, deixar de falar das suas qualidades e talentos que o diferenciam das outras pessoas
pode fazer você perder boas oportunidades.
Simplicidade
Outra atribuição importante do seu currículo é ser simples. Os examinadores têm uma enorme
carga diária de avaliação de currículos (dezenas e talvez centenas) e não podem (e não vão)
perder tempo examinando um documento complexo ou confuso.
Eficiência
O terceiro e último atributo do bom currículo é a eficiência. Ele deve apresentar de forma
direta tudo o que o analisador precisar saber sobre você e que tenha relação com a vaga em
questão.
Objetivos: Escreva aqui seus objetivos na empresa (ex.: atuação na área de TI).
Qualificações e Características: Escreva aqui um pouco sobre você, seus talentos e principais
características pessoais e profissionais.
Experiência Profissional: Escreva aqui sobre as suas últimas experiências profissionais, não
esquecendo de citar: empresa, cargo e período.
Línguas: Fale aqui sobre os idiomas que você domina, lembrando de mencionar o seu nível de
proficiência para cada um dos idiomas. Ex.: básico, intermediário e fluente.
Outras Informações: Escreva aqui outras informações interessantes a seu respeito, tais como
intercâmbios culturais que você possa ter feito.
Para exemplificar melhor o texto acima (nada melhor que um bom exemplo prático) faça o
download do nosso Modelo de Currículo
Abaixo algumas das principais questões levadas em conta por quem lê o seu currículo:
O candidato tem se esforçado para obter uma melhor qualificação? Ele se mantém atualizado?
De acordo com o currículo, a carreira do candidato tem sido coerente, ou tem havido
constantes mudanças e guinadas?
Cada pessoa tem um talento especial. Pode ser artístico, técnico, matemática, escrita, enfim,
todos temos algo em que nos destacamos. Aproveitar esse dom no mercado de trabalho é
mais que um privilégio: é necessário. Significa que você estará fazendo o que gosta e fazendo
melhor do que a maioria das pessoas.
Além do talento, na profissão há habilidades que podem ser adquiridas e desenvolvidas com a
prática e o esforço pessoal. Entre elas, a capacidade de entender e se relacionar bem com as
pessoas. É um recurso bastante valorizado. Algumas pessoas já nascem com a vocação para a
liderança. Outros aprendem ao observar os líderes e seguir seus passos.
Para valorizar e destacar seus talentos, o primeiro passo é fazer um autorretrato. Não pense
que é simples. É preciso sinceridade e objetividade. Sente-se e escreva seus melhores
atributos. Seja bem específico. Guarde esse texto e reflita sobre ele por alguns dias. Discuta
essas ideias com alguém de sua confiança, que conheça você a fundo. Depois de uma semana,
volte à lista e analise-a com frieza. Quais são realmente suas qualidades? Onde você se
destaca? O que tem de mais positivo? Fique com os pontos mais relevantes.
Uma vez ciente dessas informações, você deve destacá-las no seu currículo (se estiver
procurando emprego) ou no seu dia-a-dia profissional (se estiver trabalhando). Ao se
relacionar profissionalmente, lembre sempre de evidenciar essas qualidades, mesmo nos
pequenos gestos. Há uma frase engraçada, bastante repetida nos meios empresariais: “não
basta botar o ovo, tem que cacarejar”. Não deixa de ser verdade. Através de suas atitudes e
comportamentos, deixe claro seu potencial, sem ser arrogante, mas com clareza. Assim todos
à sua volta estarão cientes do que de melhor você pode oferecer na profissão.
1. Personalize o texto
Se você quer se apresentar e chamar a atenção para o currículo, esqueça aquelas fórmulas
prontas que não dizem nada e ainda demonstram falta de criatividade. “Se for para escrever
‘Prezado, segue meu perfil para interesse em sua empresa’, é melhor não escrever nada”, diz
Fernanda. A ideia, segundo ela, é tentar ao máximo personalizar o texto. “Descubra o nome da
pessoa para quem vai enviar o currículo, procure um gancho para chamar a atenção dela para
a leitura.”
Se for enviar o CV por e-mail, a dica é fazer a apresentação logo no corpo da mensagem,
mesmo. É mais prático e chama muito mais a atenção de quem vai receber. “É uma maneira
informal de fazer uma carta de apresentação que acaba sendo mais eficiente já que ninguém
precisa abrir o documento para começar a ler.”
Se tiver a descrição da vaga anunciada, mostre que você cumpre os requisitos técnicos e
comportamentais exigidos. Por exemplo, se a vaga exige pelo menos cinco anos de experiência
no segmento, inglês fluente e disponibilidade para viagens, mas você cumpre esses requisitos,
pode escrever assim:
“Prezado Fulano, gostaria de me candidatar à vaga xxxxx da sua empresa. Tenho sete anos de
experiência no segmento, falo inglês fluentemente e tenho disponibilidade para viagens.”
– fluência em inglês;
Não deixe de dizer também de que forma você pode contribuir com a empresa. Por exemplo:
“Acredito que minha experiência internacional de dois anos possa ser útil aos planos de
expansão da empresa.”
Outra boa forma de demonstrar interesse pela companhia ou pela pessoa para quem você está
enviando o currículo é comentar na carta de apresentação alguma coisa que ela tenha dito em
algum artigo de jornal, blog ou perfil das redes sociais (desde que seja público e de caráter
profissional, claro). “Diga, por exemplo, que você leu o que ela comentou sobre determinado
assunto e que, por isso, tem interesse em trabalhar na empresa”, recomenda Fernanda.
Por fim, se você foi indicado por alguém, esse também pode ser um bom gancho na carta de
apresentação. Segundo Fernanda, não há por que ter receio de escrever “Indicação de João
Paulo”, por exemplo, no assunto, e “Prezada Fulana, conversei com João Paulo e ele me
recomendou falar com você porque tenho interesse em…”. Mesmo que a empresa não tenha
uma vaga naquela hora, se você foi indicado por algum conhecido, a pessoa possivelmente
terá a consideração de, pelo menos, olhar seu e-mail e seu currículo. E aí é bem possível que
ela se lembre disso quando a vaga surgir.
Você pode demonstrar que é perfeito para a vaga mesmo que não tenha experiência
profissional
Fazer uma carta de apresentação para primeiro emprego pode parecer muito complicado
quando você quer se candidatar a uma vaga, mas ainda não tem experiência profissional.
De forma geral, o objetivo dessa carta é apresentar você ao recrutador ou à pessoa que vai
selecionar os currículos, demonstrar que você atende aos requisitos do anúncio e despertar o
interesse da pessoa para a leitura do seu currículo.
Em poucas palavras, a carta deve demonstrar que seus conhecimentos e suas habilidades
pessoais se encaixam perfeitamente nos requisitos do trabalho e que você pode desempenhar
muito bem a função (confira um modelo no final do texto).
Quer saber como fazer uma carta assim? Para começar, uma boa carta de apresentação ela
deve conter:
Seu nome, e-mail e telefone no topo da página, à direita, ou abaixo do seu nome, no final da
carta.
O nome da empresa e o nome completo da pessoa de contato, à esquerda, quando você tiver
essas informações.
Uma referência direta a pessoa para quem você está escrevendo, se você souber o seu nome.
Vale um “Prezado Sr Carlos Alberto Costa”, por exemplo, ou apenas um “Prezados senhores”,
quando você não souber o nome do recrutador.
Um parágrafo final em que você agradece a oportunidade e se coloca à disposição para uma
entrevista, por exemplo.
A carta não deve ser longa, mas precisa ser eficiente para atrair a curiosidade do recrutador.
O que destacar quando você não tem experiência profissional
Se você nunca trabalhou, você pode usar o próprio anúncio de vaga (job description) para
destacar algumas atividades e características suas que sejam relevantes para a posição. Veja
alguns exemplos:
Habilidades que você tem e que sejam bastante desejadas pelas empresas. Capacidade de
trabalhar em equipe é uma delas. Boa comunicação é outra.
Pontos fortes da sua formação que demonstrem que você é um bom candidato para a vaga.
Pode ser algum curso específico, um intercâmbio ou alguma matéria optativa que esteja
diretamente ligada à vaga ou à área de atuação da empresa.
Quando a candidatura à vaga pede que o currículo seja enviado por e-mail, você pode incluir a
carta de apresentação logo no corpo do e-mail – e não como anexo.
Quando o currículo é impresso – o que é bastante raro atualmente – a carta deve ir junto,
como primeira página.
Prezado Sr(a) XXXXX / Prezados Srs (quando você não sabe o contato direto da pessoa),
Gostaria de expressar meu interesse pela vaga de assistente editorial na sua empresa.
Como recém-graduado em Jornalismo, acredito que possa ser um bom candidato para um
cargo na Point Editorial.
O anúncio da vaga afirma que a empresa procura alguém com habilidade de escrita,
conhecimento avançado de inglês e capacidade de trabalhar em equipe.
Acredito que minha contribuição possa ser positiva para a Point Editorial e estou muito
animado com a possibilidade de começar minha carreira com vocês.
Envio aqui meu currículo e desde já agradeço a oportunidade e me coloco à disposição para
qualquer contato.
Obrigado,
Cristiano Santos
São Paulo, SP
Anac.santos@gmail.com
(11) 99999-2222
Confira como você pode chegar mais seguro nesta fase do processo seletivo
Se você foi convidado para uma entrevista de emprego com um recrutador ou com seu
potencial gestor, é sinal de que já passou por um funil e tanto no processo seletivo. Você pode
– e deve – ficar animado, mas de jeito algum pode achar que já venceu o jogo.
Para mandar bem nesta etapa, além de respirar fundo, você precisa pensar no que vai dizer, na
forma como vai organizar sua fala e se preparar para as mais variadas perguntas.
1. Preparando a memória
Dias antes da entrevista de emprego, pare para pensar nas situações mais importantes da sua
vida profissional. O ideal é que você selecione de 5 a 10 situações e avalie o papel que você
desempenhou em cada uma, o que você aprendeu, quais foram os desafios etc. “Essa dica é
muito importante para quem vai passar por uma entrevista por competência“, afirma
Fernanda Thees, sócia-diretora da Loite, empresa de orientação de jovens para carreira e para
processos seletivos. “É o tipo de entrevista em que o entrevistador pergunta sobre situações
passadas em que o candidato precisou trabalhar sob pressão ou teve de liderar um grupo, por
exemplo”, explica.
Isso porque, na hora do vamos ver, você pode estar nervoso e não se lembrar dos melhores
exemplos para contar. Quando selecionar essas situações, observe que cada uma pode se
encaixar em diversas competências – liderança, trabalho em equipe, comunicação, resiliência
etc. “É a melhor forma de você se preparar já que nunca vai saber ao certo que pergunta terá
de responder na hora.”
Se você nunca trabalhou, pode pensar nas principais situações da sua vida escolar ou em
família, por exemplo. “O importante é explorar as experiências que você já passou”, ressalta
Caroline Cobiak, consultora interna da área de Jovens Profissionais da Across, especializada em
recrutamento de programas de estágio e trainee. E aqui valem os trabalhos em grupo da
faculdade, a viagem com os amigos, o intercâmbio que fez sozinho, a festa que organizou etc.
3. Método “estrela”
O ideal, segundo Fernanda, da Loite, é que você sempre termine as suas falas com algo
positivo. Por exemplo, você pode finalizar uma história contando que, quando concluiu
determinado projeto, foi promovido.
“Provavelmente o entrevistador vai pegar um gancho no que você diz por último e, se o
gancho vier de algo positivo, ele tenderá a continuar o assunto”, explica ela. Por outro lado, se
você terminar a fala com algo negativo, como uma demissão, ele tende a perguntar, por
exemplo, por que você foi demitido etc. A dica é especialmente válida quando a entrevista for
baseada nas informações do seu currículo.
5. Perguntas absurdas
Algumas empresas fazem, sim, perguntas bem esquisitas na hora da entrevista de emprego. Já
ouvimos falar em “quanto pesa uma girafa”, “quantas bolas de gude cabem em um avião” ou
até “quantos McDonald’s existem em São Paulo”. Essas questões — aparentemente
engraçadinhas – podem parecer só uma pegadinha, mas, em grande parte dos casos, são feitas
para testar o seu raciocínio lógico.
O mais comum é que elas sejam aplicadas em bancos de investimento e consultorias, além de
empresas modernas como o Google, que é muito adepto desse tipo de questionamento para
todas as posições. Se você se deparar com uma pergunta desse tipo, demonstre como você é
capaz de estruturar seu raciocínio para chegar a uma resposta lógica, que não
necessariamente precisa estar correta.
“No caso da pergunta do McDonald’s, por exemplo, conheço uma pessoa que fez uma regrinha
de três e foi aprovada no processo seletivo”, conta Fernanda, da Loite. O candidato respondeu
mais ou menos assim: na minha cidade, que tem X habitantes, há Y McDonald’s. Em São Paulo,
há mil vezes os habitantes da minha cidade, logo, deve haver mil vezes a quantidade de
McDonald’s que existem lá. Simples assim. “O importante é usar a lógica e o repertório que
você tem para demonstrar que entendeu a pergunta e estruturou bem seu pensamento”.
6. Sorriso amarelo
Há casos também em que esse tipo de pergunta aparentemente absurda é feita para “quebrar
o gelo” e observar a reação do candidato. “Não existe resposta certa ou errada, o que conta é
a percepção do recrutador diante da resposta, seja ela qual for”, afirma Roberto Marques,
presidente do Instituto Brasileiro de Coaching. Portanto, vale a pena ter bom humor e evitar
aquele “sorrisão amarelo” de quem não tem ideia do que vai dizer, ok?
Outra questão que frequentemente aparece nas entrevistas é “por que você quer trabalhar
aqui?”. Pode parecer uma perguntinha, mas por trás dela existe a vontade de a empresa
encontrar profissionais com valores alinhados aos seus.
Pode acreditar que não existe resposta pronta para essa questão. Para respondê-la, você tem,
sim, de fazer a lição de casa e pesquisar tudo o que puder sobre a empresa – desde o setor em
que ela atua, suas características de gestão, seus dados financeiros, seus desafios, seus
concorrentes etc.
“Muita gente confunde a empresa com a marca e responde que é consumidor da marca desde
criança e sempre sonhou em trabalhar na empresa”, explica Caroline, da Across. Segundo ela,
não é isso que o entrevistador quer saber. Ele quer ver se você acha bacana o horário flexível
que a empresa oferece, por exemplo, ou a sua informalidade entre chefes e subordinados.
Não é apenas respondendo as perguntas do entrevistador da melhor forma que você pode
ganhar pontos com ele. Sabia? Outra estratégia bem interessante é a de fazer perguntas que
demonstrem primeiramente que você pesquisou informações sobre a empresa e, em seguida,
que tem interesse pela empresa e pela vaga em questão.
Para começar, tome o cuidado de não perguntar coisas que você poderia saber dando uma
simples busca pela internet. Se a entrevista for para uma oportunidade de trainee, por
exemplo, você pode perguntar como é a retenção dos talentos na empresa. “Pergunte, por
exemplo, quantos trainees a empresa teve no programa anterior, quantos permanecem lá,
quantos viraram gestores”, recomenda Caroline, da Across.
9. Totalmente “Big Brother”
Fique também atento a todos os seus gestos desde o momento em que chegar à empresa.
“Você pode estar sendo analisado já na recepção, na forma como trata o atendente”, alerta
José Roberto, do Instituto Brasileiro de Coaching. Gentileza e educação nunca fazem mal.
Se você está nas mídias sociais, por mais que tente proteger sua privacidade, pode estar certo
de que o recrutador já deu uma espiadinha no que você anda fazendo por lá. Portanto, vale a
velha recomendação de pensar antes de postar qualquer coisa. Além disso, na hora da
entrevista, seja coerente com seu perfil virtual. Não diga, por exemplo, que não bebe, se já
postou uma foto com copo de cerveja.
Contar uma mentira, aumentar uma coisinha aqui e outra ali é muito arriscado em qualquer
tipo de entrevista de emprego. O recrutador – lembre-se disso – é uma pessoa treinada para
perceber esses deslizes. Ele faz isso o dia inteiro e tem experiência no assunto.
Na hora de escolher o que vestir, procure algo que combine com sua área de atuação. O ideal
é usar uma roupa bem cuidada, mas com que você se sinta confortável (e não como se
estivesse usando uma fantasia). Na dúvida, prefira cores neutras e formas simples.
Por fim, mesmo que você esteja sob pressão, nervoso, ansioso, tente ser você mesmo na
conversa com o entrevistador. “Somente se você se colocar de forma genuína, autêntica e
verdadeira é que será lembrado pela sua individualidade”, afirma Denise, da GNext
Fique atento, pois há detalhes que podem deixar uma impressão boa ou ruim sobre você:
Não revele informações confidenciais sobre a empresa na qual você trabalha ou trabalhou.
EXECUTOR
É uma pessoa dominante e, em casos extremos, pode ser autoritária e ditatorial. Se dá bem
com desafios e dificuldades. Possui senso de competitividade extremo e costuma ser corajoso
ao defender seus pontos de vista.
COMUNICADOR
PLANEJADOR
É uma pessoa estável, de ritmo constante e alto grau de conservadorismo. Dificilmente entra
em pânico, mas tem uma pequena capacidade de improviso. É uma pessoa voltada ao próximo
e adora ajudar.
ANALISTA
Com isso, seu autoconhecimento aumentará, ficando muito mais fácil entender sua forma de
agir e pensar.
Além disso, você terá em mãos o mapa de seus pontos fortes e seus pontos de melhoria.
Essa análise ajudará na hora de tomar decisões, uma vez que você poderá apoia-las naquilo
que você é bom. E poderá pedir ajuda no que não for tão legal assim em você.
Saberá também como o outro pensa, a forma que ele entende o mundo, o que o motiva, quais
são as formas que ele gosta de se expressar e receber informações. Isso fará com que sua
comunicação seja muito mais efetiva.
Como sabemos, as pessoas não são iguais. Elas têm suas preferências, motivadores, pontos
fortes e pontos de melhoria. Cada uma tem o seu perfil comportamental, sua forma de
processar as informações internas e externas.
Com isso em mente, fica mais fácil saber os motivos de sua forma de pensar e das outras
pessoas, gerando tolerância, empatia e respeito pela diversidade.
Saber como cada um funciona, ajuda na comunicação e aumenta o poder das ações.
Ned Herrmann agrupou esses perfis comportamentais em quatro tipos: águia, gato, lobo e
tubarão.
Assim, ele observou que a forma de pensar variavam nessas quatro perfis, sendo que podiam
ser encontrados nos mais diversos graus. Ou seja, um indivíduo não é apenas um perfil
comportamental ou outro, mas sim uma composição deles.
Não existe um perfil melhor que o outro, são apenas formas de interagir com o mundo e
consigo mesmos. O ideal quando pensamos em grupos é termos as pessoas com as
características compatíveis com as demandas.
Sempre é possível atuar de uma forma que não faz parte de sua natureza, porém isso
demanda gasto de energia e na normalidade a tendência é voltar ao estado original.
Águia
Perfil Águia - Perfis Comportamentais Frase-chave: “fazer DIFERENTE”. As pessoas com esse
perfil comportamental são altamente criativas, gostam de inovações, de novas experiências.
As Águias preferem ambientes que ofereçam liberdade para as ideias, que elas possam ser
colocadas em prática.
Normalmente elas customizam seus ambientes e roupas, dando vazão à sua alta capacidade
de criar.
Relacionamentos muito rígidos, que não permitem que as Águias deem asas à sua imaginação
podem gerar afastamento. Quando suas ideias não são postas em práticas podem ficar
ressentidas e procurar outros ambientes.
Essas pessoas são idealistas, intuitivas, gostam de olhar para o futuro, valorizam flexibilidade e
a liberdade.
Seus pontos de melhoria são de que podem se distrair facilmente, eventualmente são
impacientes ou rebeldes e podem defender o novo apenas por ser novidade.
Em uma empresa ou família que esteja precisando de mudanças, de novos caminhos, dar
poder à uma Águia é uma excelente opção. Elas conseguirão pensar fora do sistema e trazer
soluções que outro perfil comportamental teria dificuldade de ver.
Gato
Frase-chave: “fazer JUNTO”. Os Gatos são aqueles que gostam de outras pessoas. Eles se
desenvolvem através de seus relacionamentos e preferem atividades em grupo.
São pessoas altamente sociáveis, sensíveis, que cultivam seus relacionamentos, adoram
trabalhar em equipe, gostam de tradições e buscam harmonias nas relações.
Esse perfil comportamental pode ser observado em pessoas que tem muitos amigos e vários
telefones na sua agenda (embora não saiba ao certo quem são grande parte deles).
Os Gatos são excelentes para resolver conflitos, harmonizar ambientes e integrar pessoas para
uma causa. Em uma empresa, são os Gatos que abrem as comunicações e mantém a cultura da
empresa.
Seus pontos de melhoria são o fato de algumas vezes escondem conflitos para não gerar
ressentimentos, podem ficar magoados com perfis mais assertivos, podem buscar facilidade
acima dos resultados e algumas vezes manipulam usando os sentimentos.
Ambientes seguros, hramônicos, com aceitação social, onde pode ser percebido o consenso,
com senso de equipe são motivadores incríveis para o perfil comportamental Gatos. Eles
gostam de felicidade e igualdade. Esse é um perfil que pensa nos outros.
Lobo
Frase-chave: “fazer CERTO”. Para os Lobos existem duas formas de fazer as coisas: certo ou
errado.
Pessoas com esse perfil são aquelas que tem várias pastas em cima de sua mesa, seu
computador é perfeitamente organizado, faz check-lists para tudo, adora escrever listas, faz
planejamentos e se algo precisa na praia que todo mundo esqueceu é o Lobo que trouxe (por
via das dúvidas).
Eles buscam conhecimento para suas tomadas de decisão. Para vender para um Lobo, é
preciso explicar em detalhes o produto ou serviço. Caso ele peça o manual de instrução,
provavelmente irá ler.
Como pontos de melhoria, os Lobos tem dificuldade para se adaptar às mudanças, precisando
de um apoio para esses momentos. Podem de alguma forma prejudicar ações progressistas,
por se sentirem inseguros em um novo contexto. Por serem detalhistas e sistematizados,
existem situações que suas tomadas de decisão podem ser demoradas. Em excesso, podem ser
muito críticos.
Caso uma empresa ou família esteja passando por algum problema relacionado a organização,
conferir poder a um Lobo ajudará muito. Isso tanto com relação a questões físicas, quanto
intelectuais. Ambientes que precisam mapear seus processos, famílias que a casa anda muito
bagunçada podem contar com a mente de um Lobo para arrumar tudo isso.
Tubarão
Quando alguma coisa tem que acontecer, existe um prazo. E o quanto antes melhor. São
pessoas que tem enorme iniciativa, parte logo para a ação, apresentando um grande senso
prático.
Eles conseguem manter sua mente no aqui e agora, focando-se no presente e no que precisa
ser feito.
Não precisam de pessoas para motivá-las, pois uma vez engajadas, sabem sua atribuição.
Também são pessoas que preferem fazer por conta própria as atividades do que delegar
poder.
Em uma empresa ou família, se existir uma situação que precise ser resolvido com urgência ou
algo que está parado que precisa se mexer, o Tubarão com poder consegue acertar essa
questão.
Caso uma empresa precise bater metas, esvaziar a pilha de questões não resolvidas, o Tubarão
dará conta disso. Uma família que se perde em discussões, mas sem gerar ações, esse perfil no
comando ajudará a alterar essa realidade. Os Tubarões são os motores de seus grupos sociais.
Como pontos de melhoria, os Tubarões podem escolher os caminhos mais fáceis para chegar
em um resultado, podendo pecar pela qualidade. Também podem gerar ressentimentos com
sua forma de agir se forem vistos como grossos ou arrogantes. Na verdade é apenas a forma
da pessoa se expressar.
Pessoas com esse perfil odeiam tarefas repetidas e não suportam ter que refazer alguma
atividade por conta de um erro.
O que motiva um Tubarão é ter liberdade para agir individualmente, sem precisar depender do
tempo de outras pessoas. Eles gostam, portanto, de controlar suas próprias atividades.
Por gostarem de resolver problemas, muitas vezes preferem entrar em desafios individuais.
Por causa de sua natureza voltada para a ação, gostam de atividades variadas e que envolvam
algum tipo de pressão.
Depois que descobrir seu perfil comportamental, na página 4 você encontrará um mapa
cerebral. nele, você primeiro preencherá os quatro campos acima da página.
No primeiro campo (Direito I + C), basta somar as porcentagens encontradas na página
anterior (nos campos I e C – Águia e Gato) e colocar ali esse total.
Faça o mesmo com o campo abaixo (Esquerdo O + A). Assim, o que for maior entre eles, será a
forma principal que você prefere tomar decisões, com bases Racionais (Esquerdo maior) ou
Emocionais (Direito maior).
O Pensante significa que você prefere pensar sobre as coisas antes de agir. No caso de
Atuante, você prefere partir para a ação ao invés de se deter em reflexões.