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Resumo da Programação:
CONTEÚDO:
Outra distinção que deve ser feita é entre tirar uma vida e deixar a
pessoa morrer. O primeiro ato pode ser errado, ao passo que o último, na
mesma situação, não precisa ser errado. Por exemplo, retirar o
medicamento de um paciente terminal e deixá-lo morrer naturalmente
não precisa ser um mal moral. Nalguns casos — quando o indivíduo e/ou
os entes queridos consentem — esta pode ser a coisa mais misericordiosa
a se fazer. Realmente, se uma doença é incurável e o indivíduo estiver
sendo mantido vivo somente por uma máquina, neste caso desligar a
tomada pode ser um ato de misericórdia.
Isto não quer dizer que um médico deva dar remédios ou fazer uma
operação para apressar a morte — isto poderia, muito provavelmente, ser
assassinato. Mas esta posição realmente subentende que permitir
misericordiosamente a morte do sofredor é moralmente certo, ao passo
que precipitar sua morte não o é. Os remédios devem ser dados para
aliviar o sofrimento, mas não para apressar a morte.
Se, porém, a falta de remédios ou da máquina pode diminuir o
sofrimento ao permitir que a morte ocorra mais cedo, então por que se
deve ficar moralmente obrigado a perpetuar o sofrimento do paciente por
meios artificiais? Em síntese, matar envolve tirar a vida de outra pessoa,
ao passo que a morte natural não o envolve; é meramente deixar a pessoa
morrer. O homem é responsável por aquele ato, mas Deus é responsável
por este. Até agora tem sido argumentado que permitir a morte
misericordiosa é justificável.
ROTEIRO E PERGUNTAS