Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
Philosophicas
ÍCRITICA E PSYCHOLOGIA nl
à
|
'
O ESBOÇO
XCLUSIVAMENTE POR NÓS
q
Ed
I
VERDADE E CERTEZA
1. Os amigos
2. 4 verdade
— O qu e eu pr oc ur o é a “v er da de ”, cos -
tumava dizer Sancho emphaticamente à
seus dois companheiros de discussão.
PALESTRAS PHILOSOPHICAS 7
11
1. Primeiros principros
2. Scéptrcismo
FONTES DO CONHECIMENTO
1. Sentidos e intelligenca
2. À casa
3. Gemos
4. A inducção
— São portanto fontes de certeza os
sentidos, e a inteligencia. Esta em suas
idéas, juizos, raciocinios...
2 JUSTINO MENDES
5. O fundamento da inducção
IV
O CRITERIO DA CERTEZA
1, 4 evidencia
Estava Sancho preoccupado ao dia se-
guinte e andava abstracto a ponto de cha-
mar a attenção dos companheiros habi-
tuaes,
28 JUSTINO MENDES
2. Doutrimas falsas
— Logo Reid...
— Reid enganou-se quando affirmou
que o ultimo criterio é um instincto cego.
— À evidencia não é um instincto cego:
é o conhecimento da necessidade de uma
cousa ser.
— E” a manifestação da verdade como
necessaria.
— Tambem não é a fé em Deus, pois
que esta suppõe outras verdades certas; &
saber, que Deus existe, que é veraz que se
revelou, que nós existimos, que existem
outros e são verazes, etc.
— O que quer dizer que não é o ultimo
criterio de toda certeza.
PALESTRAS PHILOSOPHICAS 81
KANT
ai Não,
Iyticos.
os ]
uizo
j
s math ematic, os são
vm
ana”
PALESTRAS PHILOSOPHICAS 39
VI
IDÉAS UNIVERSÃES
1. 4 questão
3. Nominalistas
PSYCHOLOGIA
A,
OS SENTIDOS
2. Sentido do equilibrio
EE
IDEALISTAS
1. As sensações são objectivas
— Os idealistas, observou o Dr. Lucia-
no, negam a existencia dos objectos exte-
riores.
— Entretanto, disse Sancho, no outro
dia demonstramos que não lhes assiste ra-
zão alguma.
— Sim, os sentidos externos dão-nos
certeza de que fóra de nós existem os ob-
jectos que causam a sensação.
— E” claro que as sensações não são me
ramente subjectivas, disse Ricardo.
— E tambem é evidente que não depen-
de de nós excitar e dirigir as sensações ex-
ternas, como fazemos com as imagens da
fantasia, completou Luciano.
— Nunca dependem da diversa dispo-
sição do sujeito.
— Ah, de certo! exclamou Sancho. E'
impossivel eu ter a sensação de um conto
de réis no bolso se o conto de réis alli não
está.
PHILOSOPHICAS 55
PALESTRAS
2. Ondas luminosas
nã o é me ro ph en on ic ho su bj ec ti vo . E no te
anda que nesses casos à CUL representada
não se apresenta tao objcetiva e real como
nos casos ordinarios.
— Um ul ti mo ca nh ão . O go st o, o ol fa to ,
o calor são atfeeções subjectivas, Segue-
se que tambem a côr o póde ser.
— Sim, póde, mas não-se prova que se-
ja.
— Bem. Vemos portanto que não ha
certeza absoluta a respeito da obgectivi-
dade ou não objectividade formal das cô-
res.
no Os argumentos não são irrespondi-
veis.
— Tambem aqui portanto siga cada
qual o que entender ou antes suspenda o
seu juizo pois não pode chegar a uma
certeza.
III
SENSAÇÃO E CEREBRO
1, 4 localisação
diz. Que tem na mão, amigo Sancho? in-
gou o dr, Luciano, vendo-lhe a mão
atada com um lenço,
PALESTRAS PHILOSOPHICAS pi
2. A se ns aç ão nã o se fa z no ce re br o
Luciano, que até ahi assistira
O Dr. jul-
sorrindo ao dialogo dos dois amigos.
gou opportuno intervir agora.
PALESTRAS PHILOSOPHICAS 61
3. Outros argumentos
4. Nativistas e Empiristas
— Mas os nativistas...
— Perdão, contra elles temos um argu-
mento todo especial.
— Qual é?
— Que é inadmissivel induzir-nos a na-
tureza continuamente a um erro, fazendo
que nada sintamos no cerebro onde de
facto estaria a sensação e sintamos no pé
a dôr que alli não existe,
— Tem razão, concordou por fim Ri-
cardo. Do mesmo modo é inadmissível que
a sensação muscular não se sinta onde O
PALESTRAS PHILOSOPHICAS 63
IV
SENSAÇÕES E EXCITANTE
1. O excitante
CONSCIENCIA SENSITIVA
— Consciencia sensitiva é à faculdade
que percebe as sensações dos sentidos 6X
ternos e ag suas differenças.
PALESTRAS PHILOSOPHICAS "3
VI
PHANTASIA
VII
MEMORIA
VIII
INSTINCTO
1. Que é instincto
2. Outros animaes
— E as formigas!
— São outro especimen de instincto
admiravel. Não admittem nenhum detri-
to no formigueiro, nenhuma materia or-
ganica que possa infectar a communida-
de. Até as doentes e feridas são transpor»
tadas para fóra. E as mortas teem seus
cemiterios e, como observaram celebres
naturalistas, com sepulturas especiaes pa”
ra escrava s, lançan do as extranh as á valla
commula.
83
PALESTRAS PHILOSOPHICAS
D o e s t u d o d a s f o r m i g a s
— São celebres
D a r w i n é R o m a n e s .
Huber, Forel, q u e
p r o s e g uiu L u c i a n o ,
Notou-se ainda,
i n s e c t o s no s f o r m i g u e i -
as formigas criam u m a
t o s lh es f o r n e c e m
ros e que esses insec a c -
el la s l a m b e m c o m s a t i s f
secreção que
c h a m o u L i n n e u ao s p u l g õ e s
cão. Por isso
as vaccas das formigas.
— Interessante!
— A vespa Amophila que se nutre de
p o l e n e m el sa be e n t r e t a n t o q u e os fi lh os
precisarão da carne d'uma lagarta.
— Como o sabe?
— Só por um instincto maravilhoso.
pois quando o filho romper o ovo já ella
terá morrido.
— E como faz com a lagarta?
— Segura-a pela nuca evitando-lhe os
movimentos perigosos em que ella se deba-
te e enterra-lhe tres vezes o ferrão no tho-
rax uma vez em cada annel.
— Paralysa-lhe assim os movimentos.
— Sim, a lagarta ainda enrola e des-
enrola a extremidade trazeira, mas já não
póde caminhar.
— E a vespa?
84 JUSTINO MENDES
3. O tachytes. O castor.
— Por que?
— Para immobilizar as pernas do in-
secto, que se o apanham podem ser-lhe fa-
taes, o tachytes embebe o ferrão nos cen-
tros motores de todas essas pernas.
— E como acerta elle, se eu por exem-
plo me veria doido para achar esses pon-
tos que nem sei onde estão?
— Pois o tachytes com toda seguran-
ca dá a primeira ferroada e immobiliza as
pernas inferiores do bichinho. Hm segui-
da outros dois golpes de estylete vão pro-
curar mais em baixo os dois ganglios mo-
tores das outras patas, bem vizinhos um do
outro, e o insecto fica á sua mercê.
— O mundo está cheio de maravilhas!
— Outra e grande é a do castor.
— Conte-nos isso, doutor.
-— (O castor faz sua choupana sobre
estacas á beira dos rios, mas com uma sa-
hida para fóra e outra por um corredor
subterraneo para fugir pela agua. Vê-se
DO que precisa no rio um nivel cons-
ante,
— E como fará para isso?
56 JUSTINO MENDES
a De parceria
constroe simpl com os COMpan
esmente um d he;p
ique, ii
— Sim, senhor!
— Com grandes estacas fincadas Fe.
presa a agua de modo que
o excesso Passa
por cima do dique e a agua difficilmente
chegará a faltar. |
— Quem diria que o animal era tão
sagaz! exclamou Sancho.
4. Abelhas.
6. O u t r o s a r g u m e n t o s ,
IX
APPETITES
1. Coração ou cerebro?
se Luciano.
pe rg un to u Sa nc ho .
— Qual é, então?
PALESTRAS PHILOSOPHICAS
— O cerebro.
— Ora!
— Sim, antigamente julgava-se que
o coração era a séde do appetite sensitivo
porque os movimentos d'esse orgão acom-
panham o appetite, mas os modernos phy-
siologos e philosophos rejeitam essa opl-
nião.
— Diga-nos os argumentos que apre-
sentam.
— São estes. 1.º O coração é um mus-
culo. Ora a funecção do musculo é só o
movimento e não a sensibilidade.
2.º Affirmam os physiologos e sobre-
tudo Claude Bernard, que o appetite sen-
sitivo é impedido, não por lesões do cora-
ção, mas pelas do cerebro.
3.º O appetite segue o conhecimente
sensitivo: ora, o conhecimento sensitivo
consciente tem a séde no cerebro. Logo é
natural que a séde do appetite esteja tam-
bem ali.
4º O appetite produz o movimento:
ora este vem do cerebro e não do coração.
Ao cerebro se dirigem os nervos sensiti-
vos e d'elle saem os nervos motores.
96 JUSTINO MENDES
2. A faculdade locomotora
INTELLIGENCIA
2º Innatismo
3. Ontologismo
XI
1. Percebe o immaterial
2. Conhecimento do particular
2. Livre arbítrio
3. Objecções
dia — iÀ
S mesm
smaa id
idééa: e co
conc
ncep
ençã
ei o falsa
RE ade tiveram Descartes, Fichte
Sehelling, Jacobi e Fouillée; ec a maior
con das impugnações dos deterministas
são contra tal idéa errada da liberdade.
de — Suppõem, pois, que o acto livre
eva ser um acto de puro capricho e sem
motivo (ex. vou ao Rio unicamente por-
que quero); quando não ha precisão dis-
so: quando sou livre ainda que vá ao Rio
levado por motivos razoaveis, como com-
pras, visitas, negocios, etc. Nenhum dos
motivos porém me força. Viajo porque
quero, mas seduzido pelos motivos.
— Entre d e t e r m i n i s m o e li vr e ar bi -
ha à se gu in te di ff er en -
trio parece-me que
o. Ha ve ri a de te rm in is -
ca, disse Ricard
da s as co nd iç õe s ne ce ss a-
mo se, postas to
pa ra à po ss ib il id ad e
rias e sufficientes r-
ar , à vo nt ad e fo ss e fo
prox i m a de op er
sentido. Haverá li vre
ca da a ag ir n u m
m e s m a s co nd iç õe s, à
arbitrio qu an do , na s
m o po de r de es co lh er .
vo nt ad e te
JUSTINO MENDES
5. Towllée
acto livre se ri a um a vi ol aç ão do pr in ci pi o
de causalidade.
6. Mais objecções
— Kant, por exemplo, diz que um
acto livre é, por definição, um phenome-
no que não resulta, segundo a lei necessa-
ria da causalidade, dos phenomenos ante-
riores: portanto todo o acto livre seria
uma solução de continuidade, um começo
absoluto, um verdadeiro milagre na na-
tureza.
— Respondo: 1) O acto livre não é
mais que um phenomeno que nos affecta;
não ha portanto solução de continuidade,
como tambem a não ha no phenomeno da
visão. 2) O acto livre é causado pela von-
tade sob a condição dos motivos. Logo é
falso que não siga a lei necessaria da cau-
salidade. Ter causa efficiente não é ter
causa necessitante, A causa efficiente não
falta ao acto livre: é a faculdade. Devem-
nos provar que haja causa necessitante.
— Ha ainda quem affirme com Leib-
nitz que o motivo mais forte força a von-
tade e portanto não ha liberdade.
PALESTRAS PHILOSOPHICAS 123
XIII
FACULDADES EM GERAL
1. O que são
2. O prazer e a dôr
XIV
A ALMA
1. Dastingue-se do corpo
2. Tane, Bergson
3. Simplicidade da alma
4. Espwitualidade
1.
— Os amigos .......
dm = A VOLODO x Êo vs DE UR ES GL ca
3. — A certeza .. .... cc.
ú STR Suphicismo
a)
.. .. “ o .. 07,6 +. “+
- — Bentidos e intelligencia ,. ..
má
SBos
— À casa DO VE DO OO
19
TM UM VU VM wo q.
p ST A inducção . .. + ”
ve
5. — O fundamento da Inducção .
1. —- A evidencia .. se. ,. ,. ++ ,. ,. .. .. 27
a: -—- Doutrinas falsas se. e vo 40 00 65 80
140 INDICE
PAGAS,
Cap. V — KANT
YE
| — Exame dos juizos .. «cce ce ce ce ces
o
o ss
: — Platão e os realistas exagerados .., ..
- — Nominalistas .. ..
PSYCHOLOGIA
Cap. I — OS SENTIDOS
- —- Numero dos mesmos .. .......... 0...
Jud
S à
- — Sentido do equilibrio .. .. .. .. .. 0...
Cap. IL — IDEALISTAS
-. — Ondas luminosas .. .. E
Cap. III — LOCALISAÇÃO E CEREBRO
-— À localisação ....
3 13ha
..
- — Outros argumentos .. ,.
+» — Nativistas e empiristas ..,
no
Do, DO GA US GO DO Do Vê VA dq
-— O que determina a sensação
.. .
- —- Percebemos directamente o objecto n .
- — Sensação externa e interna ....
INDICE 141
PAGS
- — Outros animaes
Mico
SERS
.. ....
-— O tachytes. O castor ..
- — Abelhas . o qu Ea as dp CÊ gm va mu
— Os animaes são destituidos de intel-
ligencia ..
NE
- — Outros argumentos .. .. .. .. cc...
O
Cap. IX — APPETITES
|, — Innatismo .. .. 102
. -— Ontologismo e. Do to... q... na ua. qu va 103
o GO
o
Cap. XIV — A ALMA
1. — Distingudo
e-co
srp
eo .....
BBB
2. — Taine, Bergson .. .. .. cc...
3. — Simplicida daal
dma
e .. ...... ao 6.8
4. — Espiritualidade da mesma .
<><>
<>
NIHIL OBBSTAT
IMPRIMATUR
G. C. RUTTEN, O. P.
Livro interessante pela clareza e
precisão de doutrina
Broch. . .... 78000