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MÉDICO RESIDENTE TEM DIREITO AO AUXÍLIO-MORADIA?

A Lei 6.932/81 (alterada pela Lei 12.514/11), garante o direito do médico


residente ao auxílio-moradia (conforme o artigo 4º, §5º, inciso III). Veja:

Todavia, tradicionalmente, muitos hospitais públicos espalhados pelo Brasil


não têm oferecido alojamento, tampouco auxílio-moradia (em espécie), aos
médicos residentes.

Frente a este cenário faz-se necessária a judicialização, onde será manejada a


ação adequada para a viabilização deste direito.

Importa ressaltar que o Superior Tribunal de Justiça já pacificou que a


instituição, na hipótese de não oferecer a tutela específica (moradia in
natura), deverá cumprir a prestação em pecúnia (dinheiro).

A jurisprudência, inclusive, também tem sedimentado o entendimento de que as


instituições inadimplentes devem pagar ao residente – em média - o percentual
de 30% sobre o valor bruto da bolsa, desde o início do programa.

Exemplificando, o médico residente terá direito ao seguinte ressarcimento:

DURAÇÃO DO PROGRAMA BOLSA AUXÍLIO-MORADIA TOTAL


12 meses R$ 3.330,43 R$ 999,13 R$ 11.989,56
24 meses R$ 3.330,43 R$ 999,13 R$ 23.979,12
36 meses R$ 3.330,43 R$ 999,13 R$ 35.968,68
48 meses R$ 3.330,43 R$ 999,13 R$ 47.958,24
60 meses R$ 3.330,43 R$ 999,13 R$ 59.947,80

Vale pontuar que sobre os referidos valores ainda haverá a expressiva incidência
de juros legais e correção monetária, aumentando ainda mais o montante devido.

Cumpre informar, também, que tanto o residente em curso quanto aquele que já
concluiu o programa podem ingressar com a ação, uma vez que o ressarcimento
alcança os 5 últimos anos de parcelas devidas a título de auxílio-moradia.

Rua Acre, nº 1731, bairro Umuarama, Uberlândia/MG, CEP 38405-248


davidpereira@gmail.com - Celular e WhatsApp 34 9 8821 7077
No que pertine às custas processuais, o médico residente não precisará
desembolsar qualquer valor ao Poder Judiciário para entrar com a ação, eis que
o processo será distribuído no Juizado Especial Federal.

Registre-se que até mesmo em caso de uma eventual derrota em 1ª instância o


residente estará isento não só das custas judiciais, mas também do pagamento
de honorários advocatícios à parte adversa.

Portanto, considerando que:

• há norma objetiva e vigente que garante o auxílio-moradia;


• há cada vez mais precedentes favoráveis nos tribunais;
• os valores inerentes ao ressarcimento são expressivos;
• não há custas processuais com o Poder Judiciário, bem como pagamento de
honorários advocatícios à parte adversa mesmo em caso de derrota em
primeira instância;

Têm-se que a ação é perfeitamente viável, tanto do ponto de vista jurídico


quanto econômico.

Permanecemos à disposição para qualquer esclarecimento.

Uberlandia/MG, 20 de setembro de 2021.

________________________
David Fernandes Pereira
OAB/MG 150.381
34 98821-7077

Rua Acre, nº 1731, bairro Umuarama, Uberlândia/MG, CEP 38405-248


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