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ALFREDO ELMER DA SILVA PIO

GESTÃO DA QUALIDADE DO CONTROLE DO PROCESSO


LOGISTICO

Cidade
Ano

CONTAGEM
2022
ALFREDOELMER DA SILVA PIO

GESTÃO DA QUALIDADEDO CONTROLE DO PROCESSO


LOGISTICO

Trabalho de Conclusão de Curso apresentado à


Faculdade Pitágoras,como requisito parcial para a
obtenção do título de graduado em Engenharia de
Produção.

Orientador: (Nome do Tutor)

Contagem
2022
ALFREDO ELMER DA SILVA PIO

GESTÃO DA QUALIDADE DO CONTROLE DO PROCESSO


LOGISTICO

Trabalho de Conclusão de Curso apresentado


à Faculdade Pitágoras, como requisito parcial
para a obtenção do título de graduado em
Engenharia de Produção.

BANCA EXAMINADORA

Prof(a). Titulação Nome do Professor(a)

Prof(a). Titulação Nome do Professor(a)

Prof(a). Titulação Nome do Professor(a)

Contagem, diade mês de ano (Fonte Arial 12)

Substitua as palavras em vermelho conforme o


local e data de aprovação.
Dedico este trabalho de conclusão de
curso aos meus pais, pelo apoio em
diversos momentos cruciais da aminha
vida acadêmica.
AGRADECIMENTOS

Agradeço a todos os meus professores, que fizeram parte da minha caminha,


e continuaram a me incentivar durante todo o percurso.
Venho realizar um agradecimento a todas as pessoas que serviram de
expiração para a minha vida acadêmica.
LISTA DE ILUSTRAÇÕES

Figura 1 – ..................................................................................................................00
Figura 2 –...................................................................................................................00
Figura 3 –...................................................................................................................00
Figura 4 – ..................................................................................................................00
Figura 5 –...................................................................................................................00
Figura 6 –...................................................................................................................00
Figura 7 – ..................................................................................................................00
SUMÁRIO

1. INTRODUÇÃO.....................................................................................................13
2. TÍTULO DO PRIMEIRO CAPÍTULO DA REVISÃO............................................16
3. TÍTULO DO SEGUNDO CAPÍTULO DA REVISÃO...........................................19
4. TÍTULO DO TERCEIRO CAPÍTULO DA REVISÃO...........................................22
5. CONSIDERAÇÕES FINAIS................................................................................23
REFERÊNCIAS...........................................................................................................24

No sumário, os títulos são colocados em negrito e em CAIXA ALTA (todas as


letras em maiúsculo). Dadas as dimensões da Monografia, não indicamos a
fragmentação dos capítulos em subtítulos, entretanto, caso sejam necessários
apresente-os, no sumário, em CAIXA ALTA, contudo, sem destaque de negrito.
Importante: encaminhe um trabalho limpo, enviando apenas o que a
atividade solicita. Lembre-se de atualizar o número das páginas do sumário antes de
submeter sua atividade para avaliação, conforme mostra a Figura 1.

Figura 1 - Atualização do Sumário


(Centralizado na figura – Fonte: Arial - tamanho 10)

Fonte: Associação Brasileira de Normas Técnicas.


Alinhado à esquerda da figura – Fonte: Arial - Tamanho 10- Palavra Fonte em Negrito
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1. INTRODUÇÃO

O setor logístico éum setor de suma importância para o desenvolvimento de


qualquer área econômica desde a área agrícola, industrial ou o setor de serviços,
pois se baseia no principio do deslocamento tanto de produtos como de pessoas
para cumprimento de diversas atividades econômicas.
No entanto é um setor que contem diversos desafios como solucionar
problemas como atraso e má distribuição do produto, sendo a necessidade da
incorporação de uma gestão da qualidade dentro de um setor tão complexo como é
no caso o setor logístico.Nesse contexto se cria a necessidade de um estudo mais
profundo sobre o dilema e problemas que setor logístico conte sobre a seus desafios
muitas veze rotineiros e como a qualidade pode ser utilizada como ferramentapara
sanar esses problemas.
As ferramentas da gestão da qualidade nem sempre conseguem ter
êxito efetivo nas soluções dos diversos problemas que permeiam um setor tão
complexo como é o caso do setor logístico não tendo muitas vezes seus problemas
sanados da maneira correta. Deste modo cada vez mais com a modernização e as
inovações tecnológicas acaba justificando uma necessidade de pesquisa e
referencia de autores quando se trata dos desafios que gestão da qualidade tem
sobre a logística
Agestão da qualidade na logística tem como objetivo e foco buscar a melhoria
do sistema em geral através da analise das situações problema da logística e as
soluções desses problemas pelas ferramentas da gestão da qualidade. Que método
se deve aplicar para que as ferramentas da gestão da qualidade possam ser
utilizadas de maneira efetiva para resolver problemas do cotidiano do processo
logístico?
O trabalho irá ter como intuito uma análise sobre o que é gestão da qualidade
da logística e como se pode mesclar 2 setores diferentes sendo a qualidade e a
logística e como eles podem se complementar , além disso o trabalho terá como
foco também o estudo dos diversos problemas que aflige o setor logístico no mundo
e de que qual forma se pode utilizar as ferramentas da gestão da qualidade na
solução desses mesmos. Esse trabalho acaba se justificando uma pesquisa sobre o
contexto de novas necessidades no aprimoramento da otimização do tempo e do
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espaço sem prejudicar a qualidade de um sistema que e tão complexo quanto e o


sistema logístico sendo assim esse trabalho tem como intuito.

A metodologia que será utilizada como matéria de pesquisa será a revisão


bibliográfica. As fontes de busca de dados e informações se basearam em livros e
artigos científicos, Biblioteca da faculdade além de pesquisas realizadas no Goolgle
acadêmico a faculdade Pitágoras e. O período das fontes de pesquisa sendo elas p
artigos, dissertações e livros pesquisados foi de 1970 a 2022. As palavras chaves
utilizadas foram: Logístico, Qualidade, Produção, Empresas, Gerenciamento.
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2. DEFININDO GESTAÕ DA QUALIDADE E LOGISTICA E AS SUAS PRINCIPAIS


FERRAMENTAS.

2.1 DEFININDO LOGISTICA

Conceituar o planejamento não é uma tarefa fácil, diversa autores tratam o


tema de formas distintas, de modo que seu conceito está diluído na produção
acadêmica. A seguir são apresentados os conceitos de alguns importantes autores
acerca do assunto.
GASNIER (2002) define logística como um o processo que sempre procura
uma otimização do tempo maior eficiência no custo e melhoria da qualidade do
produto já, o dicionário AURELIO (1975) relata que o significado da palavra logística
vem do francês losgistique e tem como significado a arte da guerra.
Ballou (2001) ira aborda que logística engloba todas as atividades que são de
extrema importância para o desenvolvimento de produtos para os demais
consumidores, como no caso do transporte e da armazenagem dentre outros. Sendo
assim a função principal da logística é fazer o controle do estoque e também o
controle da distribuição dos suprimentos em geral de uma maneira que sempre
busca a eficiência e a qualidade do serviço VIANA (2002).
Daskin (1995) define a logística como sendo o planejamento e a operação de
sistemas físicos (veículos, armazéns, redes de transporte, etc.), informacionais e
gerenciais (processamento de dados, teleinformática, processos de controle
gerenciais, etc.) necessários para que insumos e produtos vençam condicionantes
físicas e temporais de forma econômica.
Para Bowersox e Closs (1996), a logística é definida como o processo de gerir
estrategicamente a aquisição, movimentação e estocagem de materiais, parte de
produtos acabados (com os correspondentes fluxos de informações) através da
organização e dos seus canais de marketing, para satisfazer as ordens da forma
mais efetiva em custos.
2.2 DEFININDOGESTÃO DA QUALIDADE
Descrever a gestão da qualidade em se é algo que demanda certa
complexidade, pois é uma área do conhecimento que é aplicável em diversos
setores da produtividade sendo assim descrita por diversos autores em diversas
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obras acadêmicas. Nesse tópico será abordada as variam descrições acadêmicas


sobre o que é gestão da qualidade.
De acordo com Dean e Browne(1994) a qualidade é descrita como uma
filosofia de gestão, porque ela busca a melhoria dos diversos sistemas da
produtividade se adota um sistema de melhoria continua.
A Gestão da qualidade de acordo com Chen (1997) é definida em pilares que
tem como foco principal as necessidades dos consumidores através da analise das
suas exigências e do seu perfil, no entanto a gestão da qualidade também se baseia
na abordagem integrada na satisfação final do cliente através da melhoria continua
em diversas áreas do produto.
Já autores comoFotopoulos e Psomas (2009)descrevem que a qualidade
pode ser definida como algo ligado ao um grau de assertividade e excelência que
procura cumprir o que é proposto de maneira que sempre busque os fins dos
problemas que afetam um serviço busca também acabar com os agentes internos e
externos que causam corrosão no processo.

2.3 GETÃO DA QUALIDADE E CONTROLE DO PROCESSO LOGISTICO

Ferreira e Costa (2006) descrevem que as organizações estão cada vez mais
notando a importância de uma gestão da qualidade total cada vez mais liga a
logística aplicada nas empresas buscando dessa forma maior satisfação dos clientes
através da busca das soluções dos diversos problemas a que assolam a logística
através de gestão da qualidade mais integrada.
Um dos problemas principais da logística que tange os processos logísticos é
a distribuição do produto que de acordo com Novaes (1997) trata de transportar os
insumos corretos para localizações certas. Segundo Novaes & Alvarenga (1994) o
processo de distribuição de produto passou então a integrar um dos problemas dos
sistemas logísticos da empresa que passou a ter cada dia mais um acirramento mais
competitivo no mercado exigindo cada vez um aperfeiçoamento no diálogo com o
cliente, que também irá requer um maior foco no custo e na necessidade de redução
do estoque.
Novaes (1989) irá propor que para resolver um problema de distribuição e
que para dimensionar o sistema, deve ser analisado como dividir a região de
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atendimento em zonas de serviço, como fazer cálculo necessário para uma melhor
analise dos gastos que um o veículo consome e gasta por quilometragem para servir
em cada setor de distribuição dos produtos contabilizando assim qual o melhor
tempo do serviço do sistema logístico e a fração que não é atendida então de
adquirindo a estruturação mais adequada.
Outro problema do setor logístico é a forma que estoque é realizado que
contem problemas que segundo Slack et al (1997) são formados pelo custo de
colocação de um pedido que gera diversos gastos para uma empresa, outro
problema e uma pratica rotineira que afeta o mercado quando o fornecedor concede
descontos a longa escala enquanto adiciona custos maiores para produtos adquirido
a curta escala outro exemplo de problema é quando o custo da falta de estoque
afeta a produção causadas principalmente pala má gestão dos recursos disponíveis.
Segundo Slack et al (1997),para que seja possível ter uma resolução mais
efetiva dos problemas do estoque e necessário que se tenha uma informatização
maior do processo causando com que se tenha maior atualização dos registros de
um estoque sobre o que entra e sai de produtos sua movimentação, terá também
que gerar mais registros de estoque que vai possibilitar que se tenha uma analise do
desempenho do fluxo do material, prever as necessidades futuras da demanda e por
fim ater num sistema que irar focar sobre como gerar pedidos.

2.4 DEFININDO FERRAMENTA DA GESTÃO DA QUALIDADE

Lucinda (2010) afirma que com o crescimento das atividades organizacionais


gerou um aumento na complexidade e dificuldade em solucionar os problemas
diante aos desafios impostos a uma empresa. Dessa forma se da o uso de
ferramentas da qualidade para potencializar as habilidades dos gestores de tal forma
a aplicação das mesmas junto a sua equipe para a identificação de possíveis causas
e descobertas de soluções aos problemas gerados.
Godoy (2009) descreve como ferramentas da qualidade todos os processos
empregados na obtenção de melhorias dentro da organização, sejam elas de forma
gráficas ou técnicas, com o intuito de analisar e ou solucionar os problemas
propostos, permitindo-se com isso uma melhor colocação de seus serviços no
mercado competitivo.
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Entre as ferramentas usadas no sistema de gestão da qualidade, pode-se


citar Diagrama de Causa e Efeito, Diagrama de Pareto, Gráfico de Controle,
Diagrama de Dispersão, Brainstorming, Plano de Ação 5W1H e Ciclo PDCA.
Diagrama de Pareto

O Diagrama de Pareto é utilizado para selecionar e catalogar as demandas


das empresas desde a analise de os erros da produção visualizar e classificar os
processos das empresas por ordem e importância, identificando os erros, custos,
riscos e problemas. O objetivo é criar um gráfico que auxiliará, mostrando de forma
decrescente, os processos que causam maior efeito para a empresa. Seria muito
importante se todas as empresas utilizassem esse método para ajudar na tomada de
decisões. (FALCONI, 2009)

Diagrama de peixe
De acordo com RODRIGUES (2006) ISHIKAWA, ou diagrama espinha de peixe
tem como objetivo, relacionar o efeito etodas as causas de um processocada efeito
possui várias categorias de causasque, por sua vez, podem ser compostas por
outras causas.
Deste modo, como existem situações em que tem necessidades e problemas
próprios que somente determinada empresa iras solucionar com ferramentas que
serão especificas para determinadas situações cada empresa representa uma
situação específica que deve ter uma solução de gestão,

,
Braistorm
Essa técnica utiliza uma base quantitativa, “brainstorming baseia-se no
princípio: ‘quanto mais ideias, melhor’” Baxter (2008, p. 68). Geralmente é realizada
em grupos de 6 ou mais pessoas, sendo uma delas um mediador responsável por
direcionar o foco das ferramentas e garantir que suas regras e etapas sejam
cumpridas.
Segundo Baxter (2008, p. 68) através do uso dessa ferramenta “É possível
conseguir mais de 100 ideias em uma sessão de uma a duas horas. As ideias
iniciais geralmente são as mais óbvias e aquelas melhores e mais criativas
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costumam aparecer na parte final da sessão”. O Brainstorming para que


corretamente aplicado consistem em seis etapas Baxter (2008, p. 67): orientação,
preparação, análise, ideação, incubação, síntese, avaliação

Ciclo PDCA
O Ciclo PDCA pode ser descrito como um processo que realiza um giro sobre
as diversas etapas como o caso do controle de qualidade assim como também se
envolve com planejamento da qualidade ou da inovação, o controle da qualidade ou
dos processos, ou a melhoria da qualidade ou dos processos (CAMPOS, 1992).
De acordo com Vieira Filho (2010, p. 24) o PDCA é um processo que busca
coordenar as tomadas de decisões de uma forma mais organizada possível sendo
assim tendo o objetivo o aprimoramentodas atividades de uma organização sendo
muito utilizado quando se tem uma alta demanda de melhoria de desempenho

Fluxograma
Nery (2016). Descrevequeo fluxograma vai ser responsável ela analise da cadeia
da produção através da criação de um mapa de processo que pode ser muito bem
aplicado na hora de acompanha as diversas fases do sistema logístico desde fazes
como o transporte a fazes como estoque como ilustra abaixo o fluxograma.

Plano de Ação 5W1H

Para Pasello (2009) o 5W2H é uma ferramenta, utilizada por administradores


para planejar certas ações em uma organização, pois seu método é simples, de fácil
aplicação, mas principalmente de fácil entendimento por qualquer pessoa.
Lisboa e Godoy (2012) afirmam que a elaboração de um plano de ação, deve
seguir uma metodologia, dessa forma, o método 5W2H seria indicado, pois permite
a qualquer momento identificar dados e rotinas mais importantes de uma
organização

Diagrama de Dispersão
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O diagrama de dispersão é ultilizado para identificar uma possível relação


entre duas variáveis. “Onde através dele pode-se identificar se existe uma
tendência de variação conjunta (correlação) entre duas ou mais variáveis”.
(WERKEMA, 1995)
Para isso, é construído o diagrama de causa e efeito. Determinando se o
problema está relacionado a determinada causa. Assim, Vieira (1999), diz que
“em geral, estuda-se a relação entre: um característico de qualidade e um fator
que possa ter efeito sobre esse característico, dois característicos de qualidade e
dois fatores que possam ter efeito sobre o mesmo característico de qualidade”.

Gráficos de controle

O início do controle estatístico nas organizações começou quando Walter


A. Stewart desenvolveu e aplicou os chamados gráficos de controle. Sendo “a
principal ferramenta utilizada para monitorar os processos e sinalizar a presença
de causas especiais”. (Costa, 2012) Werkema (1995) fala que “os gráficos
(cartas) de controle são ferramentas para o monitoramento da variabilidade e
para a avaliação da estabilidade de um processo”. Diz ainda que “um gráfico de
controle permite a distinção entre os dois tipos de causas de variação, ou seja,
ele nos informa se o processo está ou não sob controle estatístico”

2.4 DEFENINDO ESTOQUE, GESTÃO DE ESTOQUE E CONTROLE DE


ESTOQUE.

Outro ponto crucial na constituição do conceito da logística que é formado


pelo estoque sendo constituídos por materiais, produtos e por insumos que ainda da
não foram finalizados sendo assim administrado por diverso departamento de uma
empresa (Cezar, 2002)
De acordo com Ballou (2011) o mais assertivo para um bom estoque seria se
e os estoques das empresas estivessem em sincronia com o valor e grau da busca
do produto pelo mercado consumidor para evitar manutenções desnecessárias de
um estoque. Porem a existência de diversas variantes que acabam impedindo que
essa gestão de estoque tenha uma maior sincronia, como no caso de um possível
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requerimento maior de um produto ou a disponibilidade de um insumo que podes


estar disponível somente de maneira periódica no mercado, sendo por esse fato
necessário uma manutenção do estoque. Outro ponto crucial para análise da
logística é a necessidade do conhecimento sobre a administração do estoque que
de acordo com Ballou para manter o grau de efetividade satisfatória de um serviço é
a necessidade de um manuseio da administração de estoque que seja mais
assertiva e que tenha como foco a diminuição dos investimentos em inventario.
Messias (1987) frisa que o maior foco da gestão e dar maior grau de
assertividade sobre o que tange o investimento e que o meio correto seria a própria
buscar por soluções dentro da própria empresa, sendo assim o controle do estoque
tem como objetivo gerir e administrar o insumo que a empresa detém.
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4. DEFICIÊNCIAS DO PLANEJAMENTO E CONTROLE DA PRODUÇÃO

1.1.1.1Nilo Meinchein
De acordo com Nilo Meichein (2018) A logística pode ser descrita
como o processo extremamente complexo é um processo bastante
complicado, que contempla desde a solicitação de itens junto ao
fornecedor até a entrega ao consumidor final. Em meio a tantas atividades
inerentes, alimentos e bebidas acabam ficando vulneráveis a vários riscos
e, mesmo sendo muito bem cuidados, ainda há chances de perdas devido
à alta sensibilidade de alguns itens.

De acordo com Nilo Meichein (2018)Um dos processos mais


complicados — e na maioria das vezes o mais caro — é o de transporte.
Geralmente absorvendo algo entre 50% a 70% do custo da logística, ele
também é um vilão quando o assunto é a perda de produtos,
especialmente os perecíveis.
Novaes e Alvarenga (1994) afirmam que a distribuição física é uma parte da
logística que opera de dentro para fora da manufatura, envolvendo a transferência
15 de produtos entre a fábrica e os armazéns próprios ou de terceiros, seus
estoques, os subsistemas de entrega urbana e interurbana de mercadorias, os
armazéns e depósitos de sistema (movimentação interna, embalagem, despacho,
etc), além de outros aspectos
Slack et al. (1999) definem estoque como sendo a acumulação de recursos
materiais em um sistema de transformação, sendo que estes algumas vezes podem
ser utilizados para descrever qualquer recurso armazenado. Moreira (1996) define
estoque como quaisquer quantidades de bens físicos que sejam conservados, de
forma improdutiva, por algum intervalo de tempo.

PRODUTOS DANIFICADOS DURANTE O TRANSPORTE


Em grande parte as mercadorias não são produzidas no local onde são
consumidas, para isso é necessário vencer distância entre produtores e
consumidores, sendo os produtos
para isso é necessário vencer distância entre produtores e consumidores, sendo os
produtos
transportados e estocados em depósitos, para manter a eficiência este processo de
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movimentação e armazenagem depende muito da forma de manusear o produto


várias vezes
ao longo do fluxo físico (BALLOW, 2007, apud PRADO et al., 2011) .
De acordo com, da ABRAPPE Associação Brasileira de Prevenção de
Perdas os produtos fora da validade (alimentícios ou não) representaram a perda de
R$ 1,3 bilhão em vendas nos supermercados do Paraná em 2016.
. De acordo com Alvarenga e Novaes (2000), há alguns métodos que podem
reduzir índice de avarias, como por exemplo, utilizar veículos adequados que
facilitemas operaçõeso

de carga e descarga; acondicionar, sempre que possível, as mercadorias em pallets


e
contêineres; melhorar a capacitação dos colaboradores; usar equipamentos
apropriados;
racionalizar o layout do armazém; entre outros. Desta forma, buscou-se analisar
quais
métodos eram utilizados pelas agências participantes da pesquisa, a fim de que seja
possível
minimizar perdas e avarias.
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Geraldo Barros (1) e Mauro Osaki (2)


1 - Coordenador Científico do Cepea
2 - Pesquisador da área de Custos Agrícolas do Cepea
cepea@usp.br
Data de publicação: 03/07/2018
O Brasil foi surpreendido pela manifestação dos transportadores rodoviários
no final de maio, que resultou na quase total paralisação da movimentação de
mercadorias, com interrupção de alta gravidade do abastecimento, a começar do
próprio combustível que motivou essa manifestação e, em consequência, de todos
os demais bens, inclusive os de primeira necessidade, como alimentos,
medicamentos e assim por diante.
 
As cadeias produtivas agropecuárias – que vão do produtor rural até o
consumidor e em que o transporte é atividade primordial – foram imediata e
significativamente atingidas, com perdas de produção, desabastecimento e forte
reação da taxa de inflação, que se achava sob relativo controle. 
 
As estatísticas agora disponíveis apontam para alta da inflação ao
consumidor (IPCA-15), que pode ser associada à manifestação, de 0,14% (entre 15
de abril e 15 de maio) para 1,11% (entre 15 de maio e 15 de junho). Para
alimentação a domicílio, especificamente, a mudança foi de 0,09% para 2,31%. No
caso da batata-inglesa, a alta foi de 45,12%. Outros produtos também ficaram
significativamente mais caros: cebola (19,95%), tomate (14,15%), leite longa vida
(5,59%), carnes (2,35%) e frutas (2,03%). Pode-se estimar que, entre os dois
períodos, separados por um mês, o consumo de alimentos pode ter caído em torno
de 0,46%, segundo parâmetros de Fapri¹.
 
Os preços aos produtores agropecuários, por outro lado, viram-se
comprimidos pela crise de transporte. No caso da batata, o preço ao produtor caiu
17% entre maio e junho de 2018; o do tomate, 25%. Os preços da soja, milho e boi
gordo recebidos pelo produtor caíram de 1,5% a 5% (CEPEA-ESALQ/USP).
 
A situação do produtor rural ficava agravada porque, ao mesmo tempo em
que os preços de seus produtos caíam, os de insumos aumentavam, devido ao frete.
Para fertilizantes, estima-se aumento médio no frete de 82% entre maio e junho de
2018, numa média para várias regiões do Brasil, segundo levantamentos do Cepea.
No mesmo período, também de acordo com dados do Cepea, o frete para grãos
cresceu 33%, o que ajuda a explicar a queda no preço ao produtor.
 
Esses efeitos são altamente regressivos, já que prejudicam os grandes
produtores bem como as exportações, e ainda mais pesadamente os pequenos
produtores e os consumidores de baixa renda. Os primeiros tiveram seus preços de
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venda de produção – da parcela que não se perdeu por falta de escoamento ou de


ração no caso dos animais – reduzidos; os segundos viram seus alimentos se
escassearem, perderem qualidade e seus preços aumentarem no varejo. 
 
O ônus da interrupção do transporte assim como seu encarecimento –
devido à alta dos combustíveis e à imposição de tabelas com preços mínimos a
serem cobrados dos usuários desse serviço – é repartido entre produtores e
consumidores e recai mais pesadamente sobre aqueles de mais baixa renda. 
 
A manifestação no caso das cadeias produtivas agropecuárias, a rigor, se
explica pela impossibilidade de viabilizar a produção e o consumo de alimentos a
preços que incorporassem os preços mais elevados do combustível (aumento de
17% para o diesel entre maio de 2017 e maio de 2018 em Mato Grosso, ANP): o
produtor porque seus preços caíam e os consumidores porque seus preços subiam. 
 
Não é um problema que se resolva elevando o frete, por meio de
tabelamento para nele caber o preço mais alto do combustível, sem considerar
devidamente as especificidades de cada região deste vasto país. O mercado –
produtores e consumidores – dificilmente absorverá essa medida e a tabela de frete
mínimo provavelmente não se sustentará. Não se resolve um problema de longo
prazo com expedientes de curto prazo. 
 
A raiz do problema está, além do preço do petróleo – que pode reverter-se
no médio prazo –, no fato de que o transporte é um item importante dentro da cadeia
produtiva, explicando boa parte da margem bruta que existe entre o preço ao
consumidor e aquele ao produtor. Por causa dos problemas logísticos, o Brasil
gastava, já em 2013, em transporte de alimentos quase o triplo do que gastavam os
Estados Unidos de acordo com dados da Consultoria Macrologística². O Brasil
gastava 8% do custo do alimento para o consumidor com logística, enquanto os
EUA apenas 3%. Explica-se essa diferença em grande parte porque o Brasil investia
então 0,5% do PIB em logística, enquanto os EUA investiam 4% do PIB. Como
consequência, o consumidor brasileiro paga mais caro pelo alimento e o País, evidentemente, perde
competitividade em suas exportações.
____________________________________________________
¹ Food and Agricultural Policy Research Institute (FAPRI), http://www.fapri.iastate.edu/tools/elasticity. Iowa State University.
² O Estado de S. Paulo. “Logística triplica o custo do alimento”. 10/11/2013.
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4. PROBLEMAS DE QUALIDADE DO SETOR LOGISTICO


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REFERÊNCIAS
Livros
JURAN, J. M. A qualidade desde o projeto: os novos passos para o planejamento
da qualidade em produtos e serviços. São Paulo: Pioneira Thomson Learnig, 2002.

BALLOU, R. H. (2001). Gerenciamento da Cadeia de Suprimentos. 4ª


edição.
VEIRA, C.C. Aplicação de ferramentas da qualidade no acompanhamento e
controlede perdas de INGEPRO – Inovação, Gestão e Produção Fevereiro de
2011, vol. 03, no . 02 ISSN 1984-6193 www.ingepro.com.br 71 embalagens da
produção de resfriados temperados [online]. Disponível na Internet via correio
eletrônico:
ALVRENGA, A. C., NOVAES, A. G. N. Logística Aplicada – Suprimento e
Distribuição Física. 3a edição. São Paulo: Edgar Blücher, 2000.
Dean, J.W. and Bowen, D.E. (1994) Management Theory and Total Quality
Improving Research and Practice through Theory Development
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