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CAPÍTULO I
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EFEITO COLATERAL
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GRACILIANO TOLENTINO
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GRACILIANO TOLENTINO
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EFEITO COLATERAL
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GRACILIANO TOLENTINO
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GRACILIANO TOLENTINO
CAPÍTULO II
- Milton Nascimento -
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EFEITO COLATERAL
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GRACILIANO TOLENTINO
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GRACILIANO TOLENTINO
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GRACILIANO TOLENTINO
estava meio encoberto por uma flor Zínnia vermelha, com uma
coloração amarela bem viva em diversos pontinhos no meio.
Ele foi rápido na compreensão, lisonjeiro nas ações e
eficaz no planejamento. Achei inteligente da parte dele. Gosto de
homens inteligentes.
Ele permanecia ali, após alguns segundos sem minha
resposta, esperando que eu dissesse algo.
Olhei pra trás novamente, desta vez mais rapidamente.
Meu amigos me esperavam. Faziam gestos com as mãos,
como se me perguntassem o que estava acontecendo e pedindo
que eu me apressasse.
Virei novamente a cabeça para ele, e disse:
- Espera só um minutinho, por favor, que vou ali
conversar com meus amigos.
- Ok. – Falou com um tom um tanto insatisfeito, e
estendeu o braço esquerdo na direção dos meus amigos, como
quem me desse passagem.
Olhei pra ele com cara de gratidão e soltei um sorrisinho
com a boca fechada, com olhos de desculpas, ternura e medo de
que ele fosse embora...
Mesmo que em algum lugar em mim, eu rezava pra que
ele fizesse isso mesmo, pra que quando eu desligasse meu olhar
do olhar dele, e virasse as costas, da próxima vez que eu tornasse
a olhar pra trás, ele já não estivesse lá.
Que tivesse sido um sonho, que eu estivesse cochilando
no banco do ônibus que estava indo rumo à Santos, e qualquer
hora alguém me acordaria bêbada no banco do ônibus no
Terminal da Ponta da Praia.
Já tive outros assim, mas esse parecia mais real... Se bem
que os sonhos, sempre parecem reais!
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GRACILIANO TOLENTINO
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GRACILIANO TOLENTINO
TUM!
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EFEITO COLATERAL
CAPÍTULO III
- CAZUZA -
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EFEITO COLATERAL
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GRACILIANO TOLENTINO
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GRACILIANO TOLENTINO
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GRACILIANO TOLENTINO
- Foi promovido?
- Não. – Ele respondeu, ainda com um sorriso e,
aparentemente, animado.
Trepliquei:
- Trocou o carro?
- Não.
- Descobriu um restaurante novo de comida
mineira?
- Não filha, algo mais importante! – Disse ele
abrindo os braços, como se tivesse inventado a lâmpada.
- Hum... – Apenas dei de ombros e continuei o que
estava fazendo.
Fechei a geladeira com os quadris e me dirigi à pia com
dois ovos em uma mão e o pacote de massa de mandioca na outra.
Quebrei os ovos e os derramei numa tigela.
Passei a peneirar a goma de mandioca, maravilhosa, que
minha amiga trouxe de Sergipe, de uma viajem que fez para
percorrer a trilha do cangaço.
Ele continuou:
- Vai ter um evento para jovens casais na Igreja este
fim de semana!
E abriu os braços novamente, como se aquele fosse o
achado do século! Tipo, a apresentação da peça “Fantasma da
Ópera” no Credicard Hall.
E ficou, com aquele sorriso, estampado na cara,
esperando aprovação.
Eu olhei para a cara dele, com uma puxada do canto da
boca, como quem dizia: “Que merda que esse cara quer?”.
Eu sempre tive os cabelos cacheados. E isso sempre foi
uma grande vantagem para mim, pelo o menos quando não queria
que ninguém me visse, eu jogava o cabelo no rosto, e, pronto.
Desaparecia, como num passe de mágica!
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EFEITO COLATERAL
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GRACILIANO TOLENTINO
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GRACILIANO TOLENTINO
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EFEITO COLATERAL
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GRACILIANO TOLENTINO
CAPÍTULO IV
- Jamily -
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GRACILIANO TOLENTINO
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GRACILIANO TOLENTINO
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EFEITO COLATERAL
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EFEITO COLATERAL
CAPÍTULO V
- Raul Seixas -
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