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Guia do Professor-Sentidos 12 soluções

Economia Portuguesa e Europeia (Universidade Lusófona do Porto)

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GUIA DO
PROFESSOR

SENTIDOS
PORTUGUÊS

12
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Materiiais
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MARIA JOSÉ PEIXOTO

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Índice
1. Apresentação do Projeto . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 03

2. Programa/Metas Curriculares . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 11

3. Transcrição dos Recursos Áudio . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 29

4. Propostas Alternativas . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 35

5. Soluções do Manual . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 39

6. Grelhas de Avaliação . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 51

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1.
APRESENTAÇÃO
DO PROJETO

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1. APRESENTAÇÃO DO PROJETO

APRESENTAÇÃO DO PROJETO SENTIDOS — 12.O ANO

O projeto Sentidos 12 disponibiliza os componentes a seguir elencados e descritos.

Manual
O Manual dedica as primeiras páginas a sugestões para o Projeto de Leitura e à Diagnose – Recordar.
Apresenta, de seguida, a Unidade 0, que exibe um friso cronológico com datas associadas a aconte-
cimentos relevantes, ocorridos nos períodos temporais delimitados – nascimento de Fernando Pessoa
(1888) e atribuição do Prémio Nobel da Literatura a José Saramago (1998), – autores que iniciam e
encerram o Programa/Metas Curriculares de 12.o ano (domínio da Educação Literária). Acompanha
estes frisos uma seleção de textos de referência, com informação pertinente sobre acontecimentos
históricos, culturais e literários. A Unidade 0 encerra com um texto inédito do Professor José Augusto
Cardoso Bernardes, que, numa linguagem acessível aos alunos, faz a apresentação macro da Literatura
Portuguesa do século XX e contextualiza os autores/obras que serão objeto de estudo ao longo do ano
letivo.

A estrutura do Manual tem por base a definição dos autores/obras propostos pelo Programa/Metas
Curriculares para o domínio da Educação Literária. Assim, o Manual apresenta 6 unidades:

t Unidade 1 – Fernando Pessoa, poesia do ortónimo.


Apesar de o Programa/Metas Curriculares apenas propor a abordagem obrigatória de 6 poemas
deste autor, o Manual apresenta 11 poemas, distribuídos pelos diferentes tópicos de conteúdo:
fingimento artístico, dor de pensar, sonho e realidade e nostalgia da infância.

t Unidade 2 – Fernando Pessoa, heterónimos e Bernardo Soares.


A unidade integra a poesia dos heterónimos e a prosa de Bernardo Soares, com o Livro do desas-
sossego. Esta opção decorre, por um lado, do facto de Bernardo Soares ser considerado um se-
mi-heterónimo; por outro lado, os fragmentos de Bernardo Soares previstos no Programa/Metas
Curriculares permitem estabelecer um diálogo com alguns dos temas dos heterónimos pessoanos.
O Manual apresenta, globalmente, mais textos do que os sugeridos pelo Programa/Metas Curricu-
lares. Assim, o Professor terá um leque mais alargado de escolha, considerando as particularida-
des de cada uma das turmas.

t Unidade 3 – Fernando Pessoa, Mensagem.


O Manual apresenta 11 poemas da obra Mensagem. Contudo, o Programa/Metas Curriculares
propõe a abordagem obrigatória de apenas 8 poemas desta obra.

t Unidade 4 – Contos
Das 3 alternativas sugeridas no Programa/Metas Curriculares, o Professor deverá selecionar
2 contos.
O projeto Sentidos 12 apresenta, na íntegra, as opções abaixo elencadas, nas quais explora didati-
camente todos os tópicos de conteúdo.
– “Sempre é uma companhia”, de Manuel da Fonseca;
– “George”, de Maria Judite de Carvalho.

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1. APRESENTAÇÃO DO PROJETO

Para o caso de o Professor optar pela lecionação do conto “Famílias desavindas”, de Mário de
Carvalho, o projeto Sentidos 12 disponibiliza, no Dossiê do Professor, brochura Educação Literária,
o texto integral e a respetiva didatização, em metodologia idêntica à proposta no Manual. Esta
proposta didática pode ser fotocopiada e/ou projetada para trabalho em sala de aula.

t Unidade 5 – Poetas contemporâneos


O projeto Sentidos 12 apresenta, no Manual, a proposta de 4 poemas de cada um dos seguintes
autores propostos pelo Programa/Metas Curriculares:
– Miguel Torga;
– Eugénio de Andrade;
– Ana Luísa Amaral;
– Manuel Alegre.
Os poemas selecionados de cada um destes autores permitem a abordagem dos tópicos do Pro-
grama/Metas Curriculares:
– representações do contemporâneo;
– tradição literária;
– figurações do poeta;
– arte poética.
Apesar de o Programa/Metas Curriculares apenas convocar o estudo de 3 poetas contemporâneos,
considerando a lista de autores e a possibilidade de o Professor selecionar poetas/textos que me-
lhor se adequem aos alunos, o projeto Sentidos 12 disponibiliza ainda um Roteiro Poético, com
poemas de Alexandre O´Neill e de Ruy Belo.
Optando por estes autores, o projeto Sentidos 12 disponibiliza, no Dossiê do Professor, brochura
Educação Literária, os poemas, na íntegra, que evidenciam a exploração dos tópicos de conteúdo
supramencionados. Estes textos podem ser fotocopiados e/ou projetados em sala de aula.

t Unidade 6 – O ano da morte de Ricardo Reis1 OU Memorial do convento, de José Saramago.


Em conformidade com a intenção do Programa/Metas Curriculares, que pressupõe a leitura inte-
gral de uma das obras de Saramago, foi selecionada uma quantidade generosa de excertos textuais
de ambos os romances, dispostos no Manual de acordo com a exploração detalhada dos tópicos de
conteúdo indicados no Programa/Metas Curriculares.

Todas as unidades iniciam com o domínio da Oralidade (Compreensão e/ou Expressão Oral), seguido da
Leitura e/ou da Escrita (do 12.o ano ou em recuperação de anos anteriores, devidamente identificados –
género textual e ano de lecionação), com atividades exemplificativas dos géneros contemplados no
Programa/Metas Curriculares e em articulação com as temáticas a desenvolver no domínio da Educa-
ção Literária.
O domínio da Educação Literária é acompanhado de textos de referência, na rubrica Informar, que
cumprem o propósito da contextualização e/ou fornecem informações relativas aos tópicos de conteúdo
do texto/autor em estudo.

1
Nos anos letivos de 2017/2018 e 2018/2019, esta será a obra a estudar obrigatoriamente.

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1. APRESENTAÇÃO DO PROJETO

Todos os textos, independentemente do domínio em que são trabalhados (incluindo os da rubrica


Informar), são acompanhados de questionários/exercícios para registo e tratamento da informação.
A Gramática é testada nos questionários que acompanham os vários textos (Educação Literária e Lei-
tura), convocando conteúdos de 12.o ano e/ou de anos anteriores, tal como preconizado no Programa/
Metas Curriculares. Também se apresentam, em dupla página, sistematizações dos conteúdos grama-
ticais específicos deste ano de escolaridade – Aprender –, seguidas de exercícios para treino – Aplicar.

Todas as unidades terminam com:


t Consolidar, sistematização dos conteúdos temáticos;
t Verificar, exercícios para aferição de conhecimentos respeitantes às obras de Educação Literária
em estudo;
t Avaliar, testes para avaliação formativa com estrutura semelhante à que tem sido usada em
Exame Nacional (modelo IAVE).

O Manual encerra com duas rubricas – Relacionar/Recordar e Bloco Informativo – que cumprem o
propósito de consolidação de conteúdos, organizados de forma a incluir o essencial de todo este ciclo
de estudos.

t Relacionar/Recordar, por Carla Marques.


Esta rubrica, centrada sobretudo no domínio da Educação Literária, permite estabelecer relações
temáticas entre as obras estudadas nos 10.o, 11.o e 12.o anos. Apresenta, como ponto de partida,
os seguintes temas:
– “A variedade do sentimento amoroso”
– “Representações do quotidiano”
– “Matéria épica”
– “Crítica”

Na versão digital do Manual, disponível em , são ainda apresentados excertos tex-


tuais das diferentes obras do Ensino Secundário que evidenciam as relações temáticas/textuais
explicitadas.

Além da exploração das várias relações temáticas, são igualmente propostas atividades práticas,
com base nos seguintes temas:
– “O tema do amor” (Camões lírico vs. O ano da morte de Ricardo Reis)
– “Representações da mulher na literatura”
– “A crítica na literatura”
– “A reflexão existencial”
Os cenários de resposta destas propostas de atividades estão agregadas no Guia do Professor.
Além de serem editáveis, podem ser disponibilizadas aos alunos (formato fotocopiável e/ou pro-
jetável).

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1. APRESENTAÇÃO DO PROJETO

t Bloco Informativo, no qual se sistematizam conteúdos de natureza gramatical (tanto do 3.o Ciclo
como de todos os anos do Ensino Secundário); se apresentam verbos instrucionais e se explicitam
as operações que estes implicam; se elencam e exemplificam os recursos expressivos, as noções
de versificação e os géneros textuais dos vários domínios relativos ao Ensino Secundário e traba-
lhados ao longo das diferentes unidades. Também apresenta ao aluno uma proposta de ficha de
leitura/apreciação crítica da obra que pode ser utilizada a propósito do Projeto de Leitura.

O projeto Sentidos 12 é composto, além do Manual, pelos seguintes componentes:

Recordar Textos e Obras — 10.˚/11.˚ anos


Publicação que apresenta uma síntese dos tópicos de conteúdo dos diferentes autores/obras dos 10.o e
11.o anos. Além de constituir um importante recurso para revisão do conteúdo do domínio da Educação
Literária dos anos precedentes, permite a autoavaliação das aprendizagens através da questionação
(escolhas múltiplas, classificações verdadeiro/falso, associações, …) e dos cenários de resposta pro-
postos.

Preparar o Exame
Este componente, de grande utilidade para o aluno, permite desenvolver um trabalho autónomo,
de reforço e de consolidação das aprendizagens.
Apresenta fichas de trabalho para os seguintes domínios:
t Compreensão do Oral, com propostas de exercícios que respeitam os géneros convocados pelo
Programa/Metas Curriculares para o 12.o ano. Os recursos vídeo estão disponibilizados no sítio do
projeto em: www.sentidos12.asa.pt.
t Leitura, com textos de todos os géneros textuais convocados pelo Programa/Metas Curriculares
do Ensino Secundário, acompanhados de questionamento em itens de seleção e de construção.
t Leitura e Gramática, estruturada em fichas globalizantes, semelhantes às do grupo II do Exame
Nacional, que permitem avaliar a compreensão leitora e os conteúdos gramaticais do 12.o ano e
de anos anteriores.
t Gramática, organizada em fichas que permitem rever, reforçar e consolidar as aprendizagens de
determinado conteúdo gramatical.
t Escrita, estruturada em 4 etapas: Para recordar/Para exemplificar/Para praticar/Para avaliar.
Abarca todos géneros textuais indicados no Programa/Metas Curriculares para o Ensino Secun-
dário. As propostas de produção escrita do Manual são remetidas para as diferentes grelhas de
avaliação desta secção, destinadas a registar a autoavaliação das produções realizadas, conside-
rando as marcas específicas de cada um dos géneros textuais.
t Educação Literária, estruturada de acordo com a distribuição das unidades didáticas no Manual,
primeiramente com exemplificação de análise textual e, seguidamente, com propostas de traba-
lho, que contemplam os objetivos e os descritores para o 12.o ano.
t Soluções, destacáveis, de modo a serem geridas pelo Encarregado de Educação ou pelo Professor.

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1. APRESENTAÇÃO DO PROJETO

Dossiê do Professor
Componente de apoio ao Professor nos vários momentos da sua prática letiva. É constituído por cinco
brochuras, picotadas, que permitem uma utilização ajustada à realidade dos alunos/turmas.

I – Planificações e Planos de Aula


Planificação Anual e Trimestral
Planos de Aula2

II – Guia do Professor
Programa e Metas Curriculares de Português
Transcrição dos Recursos Áudio
Soluções do Manual
Grelhas de Avaliação
– Grelhas de classificação, por teste, em formato Excel, disponível em .

III – Livro de Testes


Matrizes de Conteúdos/Cotação
14 Testes de Avaliação
Cenários de Resposta

IV – Livro de Fichas e Questões de Aula


2 Fichas de Diagnóstico
8 Fichas de Gramática (por conteúdo gramatical)
5 Fichas Globais (compreensão leitora e gramática)
6 Fichas Questões de Aula
Cenários de Resposta

V – Educação Literária
Textos Inéditos (por José Augusto Cardoso Bernardes e Ana Paula Arnaut)
Relações entre Textos (documentos de apoio a questões do Manual relativos ao domínio da
Educação Literária)
Esquemas Interpretativos (das unidades 1, 3 , 4 e 5)
Textos Complementares (de apoio à rubrica Informar)
Textos em Opção
– Roteiro Poético (Alexandre O’Neill e Ruy Belo)
– “Famílias Desavindas”, de Mário de Carvalho
t Cenários de Resposta

Os diferentes recursos do Dossiê do Professor são fotocopiáveis e estão disponíveis em ,


em formato editável e/ou projetável.

2
Na versão de demonstração, disponibilizam-se todos os planos para as aulas previstas para o 1.˚ período letivo (unidades
0, 1 e 2). Os restantes planos (unidades 3, 4, 5 e 6) encontram-se disponíveis, em formato editável, em .

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1. APRESENTAÇÃO DO PROJETO

— Sentidos 12
O é uma ferramenta inovadora que possibilita, em sala de aula, a fácil exploração do
projeto Sentidos 12 através das novas tecnologias. Permite o acesso a um vasto conjunto de conteúdos
multimédia associados ao Manual:
t Vídeos
t Animações
t Apresentações em PowerPoint®
t Áudios
t Documentos
t Fichas de Avaliação
t Links
t Soluções

Vídeos (5 no total)
Vídeos de apoio às atividades propostas no Manual, sobretudo respeitantes ao domínio da Oralidade e
da Educação Literária, com vista à contextualização histórico-literária (MC 16.1).
Disponibiliza-se para a obra O ano da morte de Ricardo Reis uma encenação, com aproximada-
mente 10 minutos, que poderá funcionar como ponto de partida para o estudo desta obra do Pré-
mio Nobel português.

Animações (4 no total)
O projeto Sentidos 12 disponibiliza um conjunto de Animações de apoio às atividades propostas no Ma-
nual. Estas Animações visam, sobretudo, apresentar o contexto político e social em que decorre a ação
da obra O ano da morte de Ricardo Reis.
– As características do Estado Novo
– Guernica
t A Guerra Civil espanhola
t “Guernica” – Introdução
– Fascismo
t Regime totalitário
t Nacionalismo e Imperialismo
t A caminho da Segunda Guerra Mundial

Apresentações em PowerPoint® (50 no total)


Estes recursos, projetáveis e editáveis, permitem a apresentação de diversos conteúdos programáti-
cos, em articulação com as atividades sugeridas no Manual. Estas apresentações cumprem diferentes
funções:
– Contextualização histórico-literária
– Exposição de novos conteúdos gramaticais
– Projeção de esquemas interpretativos
t poemas de Fernando Pessoa ortónimo e da obra Mensagem (unidades 1 e 3)
t peripécia final do conto “Sempre é uma companhia”, de Manuel da Fonseca (unidade 4)
t poemas da unidade Poetas contemporâneos (unidade 5)
– Síntese das unidades

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1. APRESENTAÇÃO DO PROJETO

Áudios (48 no total)


Recursos multimédia que complementam algumas atividades dos domínios da Educação Literária e da
Compreensão do Oral. São disponibilizadas canções, programas radiofónicos, declamações/recitações
de poemas e documentários.

Documentos (35 no total)


Recursos que permitem complementar algumas atividades propostas no Manual e/ou possibilitar a
exploração de conteúdos programáticos sugeridos no Manual. De entre os vários Documentos, de des-
tacar:
– Ampliação de imagens que, no Manual, apresentem o ícone , ou de ilustrações dos separadores,
para complemento de atividades de Expressão Oral.
– Projeção de tabelas, fichas, listas, quadros comparativos, textos, entre outros.
– Projeção da rubrica Relacionar/Recordar que permite estabelecer ligações com diferentes textos
de Educação Literária do Programa/Metas Curriculares dos três anos do Ensino Secundário que
estabeleçam, entre si, relações temáticas.

Fichas de Avaliação (7 no total)


Fichas de avaliação, em formato editável, apresentadas no final de cada unidade e associadas à rubrica
Avaliar.

Links (24 no total)


Suportes de apoio às atividades propostas no Manual, sobretudo respeitantes ao domínio da Compreen-
são do Oral e da Educação Literária, com vista à contextualização histórico-literária (MC 16.1).

Soluções (14 no total)


Recursos que facultam os cenários de resposta de todas as atividades propostas em cada uma das
unidades didáticas do Manual.
Estas Soluções, que o Professor poderá editar e disponibilizar aos alunos, reproduzem os cenários de
resposta constantes nas bandas do Manual, edição do Professor.

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2.
PROGRAMA
E METAS
CURRICULARES

OBJETIVOS GERAIS
ORALIDADE, LEITURA E ESCRITA: DISTRIBUIÇÃO DOS GÉNEROS
METAS CURRICULARES DO ENSINO SECUNDÁRIO
CONTEÚDOS PROGRAMÁTICOS — 12.O ANO
PROGRAMA/METAS CURRICULARES VS. MANUAL
PROJETO DE LEITURA

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2. PROGRAMA E METAS CURRICULARES

OBJETIVOS GERAIS

1. Compreender textos orais de complexidade crescente e de diferentes géneros, apreciando a sua


intenção e a sua eficácia comunicativas.

2. Utilizar uma expressão oral correta, fluente e adequada a diversas situações de comunicação.

3. Produzir textos orais de acordo com os géneros definidos no Programa.

4. Ler e interpretar textos escritos de complexidade crescente e de diversos géneros, apreciando cri-
ticamente o seu conteúdo e desenvolvendo a consciência reflexiva das suas funcionalidades.

5. Produzir textos de complexidade crescente e de diferentes géneros, com diversas finalidades e em


diferentes situações de comunicação, demonstrando um domínio adequado da língua e das técnicas
de escrita.

6. Ler, interpretar e apreciar textos literários, portugueses e estrangeiros, de diferentes épocas e géne-
ros literários.

7. Aprofundar a capacidade de compreensão inferencial.

8. Desenvolver a consciência linguística e metalinguística, mobilizando-a para melhores desempenhos


no uso da língua.

9. Desenvolver o espírito crítico, no contacto com textos orais e escritos e outras manifestações cul-
turais.

ORALIDADE, LEITURA E ESCRITA: DISTRIBUIÇÃO DOS GÉNEROS

10.0 Ano 11.0 Ano 12.0 Ano


Géneros
CO EO L E CO EO L E CO EO L E
Reportagem

Documentário

Anúncio publicitário

Relato de viagem
Artigo de divulgação científica
Diário

Memórias

Discurso político

Síntese

Exposição

Apreciação crítica

Texto/artigo de opinião

Diálogo argumentativo

Debate
CO: Compreensão do Oral; EO: Expressão Oral; L: Leitura; E: Escrita.

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METAS CURRICULARES – ENSINO SECUNDÁRIO

OBJETIVOS E DESCRITORES DE DESEMPENHO

Domínio 10.0 11.0 12.0

1. Interpretar textos orais de diferentes géneros. 1. Interpretar textos orais de diferentes géneros. 1. Interpretar textos orais de diferentes géneros.
1. Identificar o tema dominante, justificando. 1. Identificar o tema dominante, justificando. 1. Identificar tema e subtemas, justificando.
2. Explicitar a estrutura do texto. 2. Explicitar a estrutura do texto. 2. Explicitar a estrutura do texto.

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3. Distinguir informação subjetiva de informação 3. Distinguir informação subjetiva de informação 3. Fazer inferências.
objetiva. objetiva. 4. Apreciar a qualidade da informação
4. Fazer inferências. 4. Fazer inferências. mobilizada.
5. Distinguir diferentes intenções comunicativas. 5. Reconhecer diferentes intenções 5. Identificar argumentos.
6. Verificar a adequação e a expressividade dos comunicativas. 6. Apreciar a validade dos argumentos aduzidos.
recursos verbais e não verbais. 6. Verificar a adequação e a expressividade dos 7. Identificar marcas reveladoras das diferentes
7. Explicitar, em função do texto, marcas recursos verbais e não verbais. intenções comunicativas.
dos seguintes géneros: reportagem, 7. Explicitar, em função do texto, marcas 8. Explicitar, em função do texto, marcas dos
documentário, anúncio publicitário. dos seguintes géneros: discurso político, seguintes géneros: diálogo argumentativo
exposição sobre um tema e debate. e debate.
2. Registar e tratar a informação.
1. Tomar notas, organizando-as. 2. Registar e tratar a informação. 2. Registar e tratar a informação.
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2. Registar em tópicos, sequencialmente, 1. Selecionar e registar as ideias-chave. 1. Diversificar as modalidades de registo


a informação relevante. da informação: tomada de notas, registo
3. Planificar intervenções orais.
de tópicos e ideias-chave.
3. Planificar intervenções orais. 1. Pesquisar e selecionar informação
Oralidade 1. Pesquisar e selecionar informação. diversificada. 3. Planificar intervenções orais.
2. Planificar o texto oral, elaborando tópicos 2. Planificar o texto oral, elaborando tópicos 1. Planificar o texto oral elaborando um plano
de suporte à intervenção. e dispondo-os sequencialmente. de suporte, com tópicos, argumentos
3. Elaborar e registar argumentos e respetivos e respetivos exemplos.
4. Participar oportuna e construtivamente
exemplos.
em situações de interação oral. 4. Participar oportuna e construtivamente

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1. Respeitar o princípio de cortesia: formas 4. Participar oportuna e construtivamente em situações de interação oral.
de tratamento e registos de língua. em situações de interação oral. 1. Debater e justificar pontos de vista e opiniões.
2. Utilizar adequadamente recursos verbais 1. Respeitar o princípio de cortesia: pertinência 2. Considerar pontos de vista contrários
e não verbais: postura, tom de voz, na participação. e reformular posições.
articulação, ritmo, entoação, expressividade. 2. Mobilizar quantidade adequada de
informação. 5. Produzir textos orais com correção
5. Produzir textos orais com correção e pertinência.
3. Mobilizar informação pertinente.
e pertinência. 1. Produzir textos orais seguindo um plano
4. Retomar, precisar ou resumir ideias, para
1. Produzir textos seguindo tópicos fornecidos. previamente elaborado.
facilitar a interação.
2. Produzir textos seguindo tópicos elaborados 2. Produzir textos linguisticamente corretos,
autonomamente. 5. Produzir textos orais com correção com riqueza vocabular e recursos expressivos
3. Produzir textos linguisticamente corretos, e pertinência. adequados.
com diversificação do vocabulário e das 1. Produzir textos seguindo tópicos elaborados 3. Mobilizar adequadamente marcadores

13
2. PROGRAMA E METAS CURRICULARES

estruturas utilizadas. autonomamente. discursivos que garantam a coesão textual.


Os objetivos e descritores são de concretização obrigatória no ano de escolaridade a que se referem. Sempre que necessário, devem continuar a ser mobilizados em anos subsequentes.
14
OBJETIVOS E DESCRITORES DE DESEMPENHO

Domínio 10.0 11.0 12.0

6. Produzir textos orais de diferentes géneros 2. Estabelecer relações com outros 6. Produzir textos orais de diferentes géneros
e com diferentes finalidades. conhecimentos. e com diferentes finalidades.
1. Produzir os seguintes géneros de texto: 3. Produzir textos adequadamente estruturados, 1. Produzir os seguintes géneros de texto: texto
síntese e apreciação crítica. recorrendo a mecanismos propiciadores de opinião e diálogo argumentativo.
2. Respeitar as marcas de género do texto de coerência e de coesão textual. 2. Respeitar as marcas de género do texto
2. PROGRAMA E METAS CURRICULARES

a produzir. 4. Produzir textos linguisticamente corretos, a produzir.


3. Respeitar as seguintes extensões temporais: com diversificação do vocabulário e das 3. Respeitar as seguintes extensões temporais:
síntese – 1 a 3 minutos; apreciação crítica – estruturas utilizadas. texto de opinião – 4 a 6 minutos; diálogo
2 a 4 minutos. argumentativo – 8 a 12 minutos.
6. Produzir textos orais de diferentes géneros
Oralidade 4. Participar ativamente num debate (duração
e com diferentes finalidades.
média de 30 a 40 minutos), sujeito a tema e
1. Produzir os seguintes géneros de texto:
de acordo com as orientações do professor.
exposição sobre um tema, apreciação crítica
e texto de opinião.
2. Respeitar as marcas de género do texto
a produzir.
3. Respeitar as seguintes extensões temporais:
exposição sobre um tema – 4 a 6 minutos;
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apreciação crítica – 2 a 4 minutos; texto


de opinião – 4 a 6 minutos.
7. Ler e interpretar textos de diferentes géneros 7. Ler e interpretar textos de diferentes géneros 7. Ler e interpretar textos de diferentes géneros
e graus de complexidade. e graus de complexidade. e graus de complexidade.
1. Identificar o tema dominante, justificando. 1. Identificar tema e subtemas, justificando. 1. Identificar tema e subtemas, justificando.
2. Fazer inferências, fundamentando. 2. Fazer inferências, fundamentando. 2. Explicitar a estrutura interna do texto,
3. Explicitar a estrutura do texto: organização 3. Explicitar a estrutura do texto: organização justificando.
interna. interna. 3. Fazer inferências, fundamentando.
4. Explicitar o sentido global do texto, 4. Identificar universos de referência ativados 4. Identificar universos de referência ativados

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fundamentando. pelo texto. pelo texto.
Leitura 5. Relacionar aspetos paratextuais com 5. Explicitar o sentido global do texto, 5. Explicitar o sentido global do texto,
o conteúdo do texto. fundamentando. fundamentando.
6. Explicitar, em textos apresentados em 6. Relacionar aspetos paratextuais com 6. Relacionar aspetos paratextuais com
diversos suportes, marcas dos seguintes o conteúdo do texto. o conteúdo do texto.
géneros: relato de viagem, artigo de 7. Explicitar, em textos apresentados em 7. Explicitar, em textos apresentados em
divulgação científica, exposição sobre diversos suportes, marcas dos seguintes diversos suportes, marcas dos seguintes
um tema e apreciação crítica. géneros: artigo de divulgação científica, géneros: diário, memórias, apreciação crítica
discurso político, apreciação crítica e artigo e artigo de opinião.
de opinião.

SENTIDOS 12t(VJBEP1SPGFTTPSt"4"
OBJETIVOS E DESCRITORES DE DESEMPENHO

Domínio 10.0 11.0 12.0

8. Utilizar procedimentos adequados ao registo 8. Utilizar procedimentos adequados ao registo 8. Utilizar procedimentos adequados ao registo
e ao tratamento da informação. e ao tratamento da informação. e ao tratamento da informação.
1. Selecionar criteriosamente informação 1. Selecionar criteriosamente informação 1. Selecionar criteriosamente informação
relevante. relevante. relevante.

SENTIDOS 12t(VJBEP1SPGFTTPSt"4"
2. Elaborar tópicos que sistematizem as 2. Elaborar tópicos que sistematizem as 2. Elaborar tópicos que sistematizem as
ideias-chave do texto, organizando-os ideias-chave do texto, organizando-os ideias-chave do texto, organizando-os
Leitura sequencialmente. sequencialmente. sequencialmente.
9. Ler para apreciar criticamente textos 9. Ler para apreciar criticamente textos 9. Ler para apreciar criticamente textos
variados. variados. variados.
1. Exprimir pontos de vista suscitados por 1. Exprimir pontos de vista suscitados por 1. Exprimir pontos de vista suscitados por
leituras diversas, fundamentando. leituras diversas, fundamentando. leituras diversas, fundamentando.
2. Analisar a função de diferentes suportes
em contextos específicos de leitura.

10. Planificar a escrita de textos. 10. Planificar a escrita de textos. 10. Planificar a escrita de textos.
lOMoARcPSD|11836316

1. Pesquisar informação pertinente. 1. Consolidar e aperfeiçoar procedimentos 1. Consolidar e aperfeiçoar procedimentos


2. Elaborar planos: de elaboração de planos de texto. de elaboração de planos de texto.
a) estabelecer objetivos;
11. Escrever textos de diferentes géneros 11. Escrever textos de diferentes géneros
b) pesquisar e selecionar informação
e finalidades. e finalidades.
pertinente;
1. Escrever textos variados, respeitando as 1. Escrever textos variados, respeitando
c) definir tópicos e organizá-los de acordo
marcas do género: exposição sobre um tema, as marcas do género: exposição sobre um
com o género de texto a produzir.
apreciação crítica e texto de opinião. tema, apreciação crítica e texto de opinião.
11. Escrever textos de diferentes géneros
12. Redigir textos com coerência e correção 12. Redigir textos com coerência e correção
e finalidades.

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linguística. linguística.
1. Escrever textos variados, respeitando as
Escrita 1. Respeitar o tema. 1. Respeitar o tema.
marcas do género: síntese, exposição sobre
2. Mobilizar informação adequada ao tema. 2. Mobilizar informação ampla e diversificada.
um tema e apreciação crítica.
3. Redigir um texto estruturado, que reflita 3. Redigir um texto estruturado, que reflita
12. Redigir textos com coerência e correção uma planificação, evidenciando um bom uma planificação, evidenciando um bom
linguística. domínio dos mecanismos de coesão textual: domínio dos mecanismos de coesão textual:
1. Respeitar o tema. a) texto constituído por três partes a) texto constituído por três partes
2. Mobilizar informação adequada ao tema. (introdução, desenvolvimento (introdução, desenvolvimento
3. Redigir um texto estruturado, que reflita e conclusão), individualizadas e conclusão), individualizadas
uma planificação, evidenciando um bom e devidamente proporcionadas; e devidamente proporcionadas;
domínio dos mecanismos de coesão textual b) marcação correta de parágrafos; b) marcação correta de parágrafos;
com marcação correta de parágrafos c) utilização adequada de conectores.
e utilização adequada de conectores.

15
2. PROGRAMA E METAS CURRICULARES
16
OBJETIVOS E DESCRITORES DE DESEMPENHO

Domínio 10.0 11.0 12.0

4. Mobilizar adequadamente recursos da 4. Mobilizar adequadamente recursos da c) articulação das diferentes partes por meio
língua: uso correto do registo de língua, língua: uso correto do registo de língua, de retomas apropriadas;
vocabulário adequado ao tema, correção vocabulário adequado ao tema, correção d) utilização adequada de conectores
na acentuação, na ortografia, na sintaxe na acentuação, na ortografia, na sintaxe diversificados.
e na pontuação. e na pontuação. 4. Mobilizar adequadamente recursos da
2. PROGRAMA E METAS CURRICULARES

5. Observar os princípios do trabalho 5. Observar os princípios do trabalho língua: uso correto do registo de língua,
intelectual: identificação das fontes intelectual: identificação das fontes vocabulário adequado ao tema, correção
utilizadas; cumprimento das normas de utilizadas; cumprimento das normas de na acentuação, na ortografia, na sintaxe
citação; uso de notas de rodapé; elaboração citação; uso de notas de rodapé; elaboração e na pontuação.
da bibliografia. da bibliografia. 5. Observar os princípios do trabalho
Escrita 6. Explorar as virtualidades das tecnologias 6. Utilizar com acerto as tecnologias intelectual: identificação das fontes
de informação na produção, na revisão de informação na produção, na revisão utilizadas; cumprimento das normas de
e na edição do texto. e na edição de texto. citação; uso de notas de rodapé; elaboração
da bibliografia.
13. Rever os textos escritos. 13. Rever os textos escritos.
6. Utilizar com acerto as tecnologias
1. Pautar a escrita do texto por gestos 1. Pautar a escrita do texto por gestos
de informação na produção, na revisão
recorrentes de revisão e aperfeiçoamento, recorrentes de revisão e aperfeiçoamento,
e na edição de texto.
tendo em vista a qualidade do produto final. tendo em vista a qualidade do produto final.
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13. Rever os textos escritos.


1. Pautar a escrita do texto por gestos
recorrentes de revisão e aperfeiçoamento,
tendo em vista a qualidade do produto final.
14. Ler e interpretar textos literários. 14. Ler e interpretar textos literários. 14. Ler e interpretar textos literários.
1. Ler expressivamente em voz alta textos 1. Ler expressivamente em voz alta textos 1. Ler expressivamente em voz alta textos
literários, após preparação da leitura. literários, após preparação da leitura. literários, após preparação da leitura.
2. Ler textos literários portugueses de 2. Ler textos literários portugueses de 2. Ler textos literários portugueses do século
diferentes géneros, pertencentes aos diferentes géneros, pertencentes aos XX, de diferentes géneros.

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séculos XII a XVI. séculos XVII a XIX. 3. Identificar temas, ideias principais,
3. Identificar temas, ideias principais, 3. Identificar temas, ideias principais, pontos de vista e universos de referência,
Educação pontos de vista e universos de referência, pontos de vista e universos de referência, justificando.
Literária justificando. justificando. 4. Fazer inferências, fundamentando.
4. Fazer inferências, fundamentando. 4. Fazer inferências, fundamentando. 5. Analisar o ponto de vista das diferentes
5. Analisar o ponto de vista das diferentes 5. Analisar o ponto de vista das diferentes personagens.
personagens. personagens. 6. Explicitar a forma como o texto está
6. Explicitar a estrutura do texto: organização 6. Explicitar a estrutura do texto: organização estruturado.
interna. interna. 7. Estabelecer relações de sentido entre
situações ou episódios.

SENTIDOS 12t(VJBEP1SPGFTTPSt"4"
OBJETIVOS E DESCRITORES DE DESEMPENHO

Domínio 10.0 11.0 12.0

7. Estabelecer relações de sentido 7. Estabelecer relações de sentido: 8. Mobilizar os conhecimentos adquiridos sobre
a) entre as diversas partes constitutivas a) entre as diversas partes constitutivas as características dos textos poéticos
de um texto; de um texto; e narrativos.
b) entre características e pontos de vista b) entre situações ou episódios; 9. Identificar e explicitar o valor dos recursos

SENTIDOS 12t(VJBEP1SPGFTTPSt"4"
das personagens. c) entre características e pontos de vista expressivos mencionados no Programa.
8. Identificar características do texto poético das personagens; 10. Reconhecer e caracterizar textos quanto
no que diz respeito a: d) entre obras. ao género literário: o conto.
a) estrofe (dístico, terceto, quadra, oitava); 8. Reconhecer e caracterizar os elementos
b) métrica (redondilha maior e redondilha constitutivos do texto poético anteriormente 15. Apreciar textos literários.
menor; decassílabo); aprendidos e, ainda, os que dizem respeito a: 1. Reconhecer valores culturais, éticos
c) rima (emparelhada, cruzada, interpolada); a) estrofe (quintilha); e estéticos manifestados nos textos.
d) paralelismo (cantigas de amigo); b) métrica (alexandrino). 2. Valorizar uma obra enquanto objeto
e) refrão. 9. Reconhecer e caracterizar os elementos simbólico, no plano do imaginário individual
9. Identificar e explicitar o valor dos recursos constitutivos do texto dramático: e coletivo.
expressivos mencionados no Programa. a) ato e cena; 3. Expressar pontos de vista suscitados pelos
10. Identificar características do soneto. b) didascália; textos lidos, fundamentando.
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11. Reconhecer e caracterizar textos quanto c) diálogo, monólogo e aparte. 4. Fazer apresentações orais (5 a 7 minutos)
ao género literário: epopeia e auto ou farsa. 10. Reconhecer e caracterizar os seguintes sobre obras, partes de obras ou tópicos do
Educação elementos constitutivos da narrativa: Programa.
Literária 15. Apreciar textos literários. 5. Escrever exposições (entre 130 e 170
a) ação principal e ações secundárias;
1. Reconhecer valores culturais, éticos palavras) sobre temas respeitantes às
b) personagem principal e personagem
e estéticos manifestados nos textos. obras estudadas, de acordo com um plano
secundária;
2. Valorizar uma obra enquanto objeto previamente elaborado pelo aluno.
c) narrador:
simbólico, no plano do imaginário individual 6. Ler uma ou duas obras do Projeto de
– presença e ausência na ação;
e coletivo. Leitura relacionando-a(s) com conteúdos
– formas de intervenção: narrador-

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3. Expressar pontos de vista suscitados pelos programáticos de diferentes domínios.
-personagem; comentário ou reflexão;
textos lidos, fundamentando. 7. Analisar recriações de obras literárias
d) espaço (físico, psicológico e social);
4. Fazer apresentações orais (5 a 7 minutos) do Programa, com recurso a diferentes
e) tempo (narrativo e histórico).
sobre obras, partes de obras ou tópicos do linguagens (por exemplo, música, teatro,
11. Identificar e explicitar o valor dos recursos
Programa. cinema, adaptações a séries de TV),
expressivos mencionados no Programa.
5. Escrever exposições (entre 120 e 150 estabelecendo comparações pertinentes.
12. Reconhecer e caracterizar textos quanto
palavras) sobre temas respeitantes às obras
ao género literário: o sermão, o drama
estudadas, seguindo tópicos fornecidos.
romântico e o romance.
6. Ler uma ou duas obras do Projeto de
Leitura relacionando-a(s) com conteúdos 15. Apreciar textos literários.
programáticos de diferentes domínios. 1. Reconhecer valores culturais, éticos
e estéticos manifestados nos textos.

17
2. PROGRAMA E METAS CURRICULARES
18
OBJETIVOS E DESCRITORES DE DESEMPENHO

Domínio 10.0 11.0 12.0

7. Analisar recriações de obras literárias 2. Valorizar uma obra enquanto objeto 16. Situar obras literárias em função de grandes
do Programa, com recurso a diferentes simbólico, no plano do imaginário individual marcos históricos e culturais.
linguagens (por exemplo, música, teatro, e coletivo. 1. Reconhecer a contextualização histórico-
cinema, adaptações a séries de TV), 3. Expressar pontos de vista suscitados pelos -literária nos casos previstos no Programa.
estabelecendo comparações pertinentes. textos lidos, fundamentando. 2. Comparar temas, ideias e valores expressos
2. PROGRAMA E METAS CURRICULARES

4. Fazer apresentações orais (5 a 7 minutos) em diferentes textos da mesma época e de


16. Situar obras literárias em função de
sobre obras, partes de obras ou tópicos do diferentes épocas.
grandes marcos históricos e culturais.
Programa.
1. Reconhecer a contextualização histórico-
5. Escrever exposições (entre 130 e 170
-literária nos casos previstos no Programa.
palavras) sobre temas respeitantes às obras
2. Comparar diferentes textos no que diz
estudadas, seguindo tópicos fornecidos.
respeito a temas, ideias e valores.
6. Ler uma ou duas obras do Projeto de
Leitura relacionando-a(s) com conteúdos
Educação
programáticos de diferentes domínios.
Literária
7. Analisar recriações de obras literárias
do Programa, com recurso a diferentes
linguagens (por exemplo, música, teatro,
cinema, adaptações a séries de TV),
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estabelecendo comparações pertinentes.


16. Situar obras literárias em função de
grandes marcos históricos e culturais.
1. Reconhecer a contextualização histórico-
-literária nos casos previstos no Programa.
2. Comparar temas, ideias e valores expressos
em diferentes textos da mesma época e de
diferentes épocas.

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17. Conhecer a origem e a evolução 17. Construir um conhecimento reflexivo sobre 17. Construir um conhecimento reflexivo sobre
do português. a estrutura e o uso do português. a estrutura e o uso do português.
1. Referir e caracterizar as principais etapas 1. Consolidar os conhecimentos gramaticais 1. Consolidar os conhecimentos gramaticais
de formação do português. adquiridos no ano anterior. adquiridos nos anos anteriores.
2. Reconhecer o elenco das principais línguas
Gramática
românicas.
3. Explicitar processos fonológicos que
ocorrem na evolução do português.
4. Identificar étimos de palavras.

SENTIDOS 12t(VJBEP1SPGFTTPSt"4"
OBJETIVOS E DESCRITORES DE DESEMPENHO

Domínio 10.0 11.0 12.0

5. Reconhecer valores semânticos de palavras 18. Reconhecer a forma como se constrói 18. Reconhecer a forma como se constrói
considerando o respetivo étimo. a textualidade. a textualidade.
6. Relacionar significados de palavras 1. Demonstrar, em textos, a existência 1. Demonstrar, em textos, a existência
divergentes. de coerência textual. de coerência textual.

SENTIDOS 12t(VJBEP1SPGFTTPSt"4"
7. Identificar palavras convergentes. 2. Distinguir mecanismos de construção 2. Distinguir mecanismos de construção
8. Reconhecer a distribuição geográfica do da coesão textual da coesão textual.
português no mundo: português europeu; 3. Identificar marcas das sequências textuais.
19. Reconhecer modalidades de reprodução
português não europeu. 4. Identificar e interpretar manifestações
ou de citação do discurso.
9. Reconhecer a distribuição geográfica dos de intertextualidade.
1. Reconhecer e fazer citações.
principais crioulos de base portuguesa.
2. Identificar e interpretar discurso direto, 19. Explicitar aspetos da semântica
18. Explicitar aspetos essenciais da sintaxe discurso indireto e discurso indireto livre. do português.
do português. 3. Reconhecer e utilizar adequadamente 1. Identificar e interpretar formas
1. Identificar funções sintáticas indicadas diferentes verbos introdutores de relato de expressão do tempo.
no Programa. do discurso. 2. Distinguir relações de ordem cronológica.
3. Identificar orações coordenadas. 3. Distinguir valores aspetuais.
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20. Identificar aspetos da dimensão


4. Identificar orações subordinadas. 4. Identificar e caracterizar diferentes
pragmática do discurso.
5. Identificar oração subordinante. modalidades.
1. Identificar deíticos e respetivos referentes.
2. Dividir e classificar orações.
Gramática
19. Explicitar aspetos essenciais da lexicologia
do português.
1. Identificar arcaísmos.
2. Identificar neologismos.
3. Reconhecer o campo semântico de uma
palavra.

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4. Explicitar constituintes de campos lexicais.
5. Relacionar a construção de campos lexicais
com o tema dominante do texto e com a
respetiva intencionalidade comunicativa.
6. Identificar processos irregulares
de formação de palavras.
7. Analisar o significado de palavras
considerando o processo de formação.

19
2. PROGRAMA E METAS CURRICULARES
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2. PROGRAMA E METAS CURRICULARES

CONTEÚDOS PROGRAMÁTICOS — 12.O ANO

DOMÍNIOS TÓPICOS DE CONTEÚDO TEMPOS


ORALIDADE 14
Compreensão do Oral (4)

Diálogo argumentativo Marcas de género comuns:


Debate Tema, informação significativa, encadeamento lógico dos tópicos
tratados, recursos verbais e não verbais (e.g. postura, tom de voz,
articulação, ritmo, entoação, expressividade, silêncio e olhar).
Marcas de género específicas:
– diálogo argumentativo: caráter persuasivo, defesa de um ponto
de vista sustentado por argumentos válidos e exemplos significativos,
concisão do discurso e respeito pelo princípio da cortesia;
− debate: caráter persuasivo, papéis e funções dos intervenientes,
capacidade de argumentar e contra-argumentar, concisão das
intervenções e respeito pelo princípio da cortesia.

Expressão Oral (10)

Texto de opinião Marcas de género comuns:


Diálogo argumentativo Tema, informação significativa, encadeamento lógico dos tópicos
tratados, recursos verbais e não verbais (e.g. postura, tom de voz,
Debate
articulação, ritmo, entoação, expressividade, uso adequado de
ferramentas tecnológicas de suporte à intervenção oral), correção
linguística.
Marcas de género específicas:
− texto de opinião: explicitação de um ponto de vista, clareza
e pertinência da perspetiva adotada, dos argumentos desenvolvidos
e dos respetivos exemplos; discurso valorativo (juízo de valor explícito
ou implícito);
− diálogo argumentativo: caráter persuasivo, defesa de um ponto
de vista sustentado por argumentos válidos e exemplos significativos,
concisão do discurso e respeito pelo princípio da cortesia;
− debate: caráter persuasivo, papéis e funções dos intervenientes,
capacidade de argumentar e contra-argumentar, concisão
das intervenções e respeito pelo princípio da cortesia.

LEITURA 15
Diário Marcas de género comuns:
Memórias Tema, informação significativa, encadeamento lógico dos tópicos
tratados, aspetos paratextuais (e.g. título e subtítulo, epígrafe,
Apreciação crítica
prefácio, notas de rodapé ou notas finais, bibliografia, índice
(de filme, de peça
e ilustração).
de teatro, de livro,
de exposição ou outra Marcas de género específicas:
manifestação cultural) – diário: variedade de temas, ligação ao quotidiano (real ou suposta),
narratividade, ordenação cronológica, discurso pessoal (prevalência
Artigo de opinião
da 1.a pessoa);
− memórias: variedade de temas, narratividade, mobilização
de informação seletiva, discurso pessoal e retrospetivo (prevalência
da 1.a pessoa, formas de expressão do tempo);
− apreciação crítica: descrição sucinta do objeto, acompanhada
de comentário crítico;
− artigo de opinião: explicitação de um ponto de vista, clareza e
pertinência da perspetiva adotada, dos argumentos desenvolvidos
e dos respetivos exemplos; discurso valorativo (juízo de valor explícito
ou implícito).

A presente proposta indica apenas o peso relativo dos cinco domínios. A sua concretização terá em conta o facto de, em cada aula, dever
existir uma articulação entre os vários domínios considerados pertinentes.

20 SENTIDOS 12t(VJBEP1SPGFTTPSt"4"

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2. PROGRAMA E METAS CURRICULARES

DOMÍNIOS TÓPICOS DE CONTEÚDO TEMPOS


ESCRITA 25

Exposição sobre Marcas de género comuns:


um tema Tema, informação significativa; encadeamento lógico dos tópicos
Apreciação crítica tratados; aspetos paratextuais (e.g. título e subtítulo, notas de rodapé
(de filme, de peça ou notas finais, bibliografia, índice e ilustração), correção linguística.
de teatro, de livro, de Marcas de género específicas:
exposição ou outra – exposição sobre um tema: caráter demonstrativo, elucidação
manifestação cultural) evidente do tema (fundamentação das ideias), concisão e objetividade,
Texto de opinião valor expressivo das formas linguísticas (deíticos, conectores…);
– apreciação crítica: descrição sucinta do objeto, acompanhada
de comentário crítico;
– texto de opinião: explicitação de um ponto de vista, clareza
e pertinência da perspetiva adotada, dos argumentos desenvolvidos
e dos respetivos exemplos; discurso valorativo (juízo de valor explícito
ou implícito).

EDUCAÇÃO LITERÁRIA 68
Retoma (em revisão) de conteúdos do 10.˚ e do 11.˚ Ano (10)

Fernando Pessoa Contextualização histórico-literária. (6)


A questão da heteronímia.
Poesia do ortónimo
(Escolher 6 poemas) O fingimento artístico.
A dor de pensar.
Sonho e realidade.
A nostalgia da infância.

Linguagem, estilo e estrutura:


– recursos expressivos: a anáfora, a antítese, a apóstrofe, a enumeração,
a gradação, a metáfora e a personificação.

Fernando Pessoa − O imaginário urbano. (4)


Bernardo Soares, Livro O quotidiano.
do desassossego Deambulação e sonho: o observador acidental.
Escolher 3 dos Perceção e transfiguração poética do real.
fragmentos indicados:
Linguagem, estilo e estrutura:
1. “Eu nunca fiz senão – a natureza fragmentária da obra.
sonhar. […]”
2. “Amo, pelas tardes
demoradas de verão
[…]”
3. “Quando outra virtude
não haja em mim […]”
4. “Releio passivamente
[…]”
5. “O único viajante com
verdadeira alma […]”
6. “Tudo é absurdo. […]”

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2. PROGRAMA E METAS CURRICULARES

DOMÍNIOS TÓPICOS DE CONTEÚDO TEMPOS


Fernando Pessoa − O fingimento artístico: (10)
Poesia dos heterónimos – Alberto Caeiro, o poeta “bucólico”;
– Ricardo Reis, o poeta “clássico”;
– Álvaro de Campos, o poeta da modernidade.

Alberto Caeiro Reflexão existencial:


(Escolher 2 poemas) – Alberto Caeiro: o primado das sensações;
– Ricardo Reis: a consciência e a encenação da mortalidade;
– Álvaro de Campos: sujeito, consciência e tempo; nostalgia da infância.

Ricardo Reis O imaginário épico (Álvaro de Campos):


(Escolher 3 poemas) – matéria épica: a exaltação do Moderno;
– o arrebatamento do canto.

Álvaro de Campos Linguagem, estilo e estrutura:


(Escolher 3 poemas) – formas poéticas e formas estróficas, métrica e rima;
– recursos expressivos: a aliteração, a anáfora, a anástrofe, a apóstrofe,
a enumeração, a gradação, a metáfora e a personificação;
– a onomatopeia.

Fernando Pessoa – O Sebastianismo. (6)


Mensagem O imaginário épico:
(Escolher 8 poemas) – natureza épico-lírica da obra;
– estrutura da obra;
– dimensão simbólica do herói;
– exaltação patriótica.

Linguagem, estilo e estrutura:


– estrutura estrófica, métrica e rima;
– recursos expressivos: a apóstrofe, a enumeração, a gradação,
a interrogação retórica e a metáfora.

Contos Linguagem, estilo e estrutura: (6)


(Escolher 2 dos contos) – o conto: unidade de ação; brevidade narrativa; concentração de tempo
e espaço; número limitado de personagens;
– a estrutura da obra;
– discurso direto e indireto;
– recursos expressivos.

Manuel da Fonseca Solidão e convivialidade.


Caracterização das personagens. Relação entre elas.
“Sempre é uma
companhia” Caracterização do espaço: físico, psicológico e sociopolítico.
Importância das peripécias inicial e final.

OU
Maria Judite As três idades da vida.
de Carvalho O diálogo entre realidade, memória e imaginação.
“George” Metamorfoses da figura feminina.
A complexidade da natureza humana.

OU
Mário de Carvalho História pessoal e história social: as duas famílias.
“Famílias desavindas” Valor simbólico dos marcos históricos referidos.
A dimensão irónica do conto.
A importância dos episódios e da peripécia final.

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2. PROGRAMA E METAS CURRICULARES

DOMÍNIOS TÓPICOS DE CONTEÚDO TEMPOS

Poetas Representações do contemporâneo. (12)


contemporâneos Tradição literária.
(Escolher, de 3 autores, Figurações do poeta.
4 poemas de cada) Arte poética.

Linguagem, estilo e estrutura:


Miguel Torga – formas poéticas e formas estróficas;
Jorge de Sena – métrica;
Eugénio de Andrade – recursos expressivos.
Alexandre O’Neill
António Ramos Rosa
Herberto Helder
Ruy Belo
Manuel Alegre
Luiza Neto Jorge
Vasco Graça Moura
Nuno Júdice
Ana Luísa Amaral

José Saramago (14)

O ano da morte Representações do século XX: o espaço da cidade, o tempo histórico


de Ricardo Reis e os acontecimentos políticos.
(integral)* Deambulação geográfica e viagem literária.
Representações do amor.
Intertextualidade: José Saramago, leitor de Luís de Camões, Cesário
Verde e Fernando Pessoa.

Linguagem, estilo e estrutura:


– a estrutura da obra;
– o tom oralizante e a pontuação;
– recursos expressivos: a antítese, a comparação, a enumeração,
a ironia e a metáfora;
– reprodução do discurso no discurso.
OU

Memorial do convento O título e as linhas de ação.


(integral)* Caracterização das personagens. Relação entre elas.
O tempo histórico e o tempo da narrativa.
Visão crítica.
Dimensão simbólica.

Linguagem, estilo e estrutura:


– a estrutura da obra;
– intertextualidade;
*Nos anos letivos de – pontuação;
2017/2018 e 2018/2019, – recursos expressivos: a anáfora, a comparação, a enumeração,
a obra a estudar será, a ironia e a metáfora;
obrigatoriamente, – reprodução do discurso no discurso.
O ano da morte
de Ricardo Reis.

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2. PROGRAMA E METAS CURRICULARES

GRAMÁTICA 20
1. Retoma (em revisão) dos conteúdos estudados no 10.o e 11.o ano. (10)

2. Linguística textual
2.1. Texto e textualidade: (4)
a) organização de sequências textuais (narrativa, descritiva, argumentativa, explicativa
e dialogal);
b) intertextualidade.

3. Semântica
3.1. Valor temporal: (2)
a) formas de expressão do tempo (localização temporal): flexão verbal, verbos auxiliares,
advérbios ou expressões de tempo e orações temporais;
b) relações de ordem cronológica: simultaneidade, anterioridade e posterioridade.

3.2. Valor aspetual: aspeto gramatical (valor perfetivo, valor imperfetivo, situação genérica, (2)
situação habitual e situação iterativa).

3.2. Valor modal: modalidade epistémica (valor de probabilidade ou de certeza), deôntica (2)
(valor de permissão ou de obrigação) e apreciativa.

Avaliação escrita 18

Total 160

PROGRAMA/METAS CURRICULARES 12.O VS. MANUAL

DOMÍNIOS/OBJETIVOS CONTEÚDOS PÁGINAS DO MANUAL

1. Interpretar textos orais Q COMPREENSÃO DO ORAL


de diferentes géneros. š Diálogo argumentativo š 58, 188
2. Registar e tratar a informação.
š Debate š 40, 248
3. Planificar intervenções orais.
4. Participar oportuna e
ORALIDADE

Q EXPRESSÃO ORAL
construtivamente em situações
de interação oral. š Texto de opinião š 29, 71, 159, 226, 317
5. Produzir textos orais com š Diálogo argumentativo š 116, 188, 269, 321
correção e pertinência. š Debate š41, 291
6. Produzir textos orais de
diferentes géneros e com
diferentes finalidades.

7. Ler e interpretar textos š Diário š 113, 227


de diferentes géneros e graus š Memórias š 166, 196
de complexidade.
š Apreciação crítica š 27, 96
8. Utilizar procedimentos
LEITURA

adequados ao registo š Artigo de opinião š 116, 178, 247


e ao tratamento
da informação.
9. Ler para apreciar criticamente
textos variados.

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2. PROGRAMA E METAS CURRICULARES

DOMÍNIOS/OBJETIVOS CONTEÚDOS PÁGINAS DO MANUAL

10. Planificar a escrita de textos. š ;nfei_‚€eieXh[kcj[cW š (,",-"./"',-


11. Escrever textos de diferentes š 7fh[Y_W‚€eYh‡j_YW š */"-+"'&+"(&)
ESCRITA
géneros e finalidades.
š J[njeZ[ef_d_€e š ')'"'-+"(++"(/)
12. Redigir textos com coerência
e correção linguística.
13. Rever os textos escritos.

14. Ler e interpretar textos Q UNIDADE 1 š (*#++


literários. Fernando Pessoa ortónimo
15. Apreciar textos literários.
16. Situar obras literárias em Q UNIDADE 2 š +,#'')
função de grandes marcos Fernando Pessoa –
históricos e culturais. Heterónimos e
Bernardo Soares, Livro do desassossego

QUNIDADE 3 š ''*#'*)
Fernando Pessoa –
Mensagem

Q UNIDADE 4 š '**#'.+
Contos
Manuel da Fonseca,
“Sempre é uma companhia”
OU
EDUCAÇÃO LITERÁRIA

Maria Judite de Carvalho,


“George”
OU
Mário de Carvalho, š8heY^khWEducação
“Famílias desavindas” Literária, Dossiê do
Professor

QUNIDADE 5 š '.,#(()
Poetas contemporêneos
Miguel Torga
Eugénio de Andrade
Manuel Alegre
Ana Luísa Amaral
Alexandre O’Neill š8heY^khWEducação
Ruy Belo Literária, Dossiê do
Professor (Roteiro
Poético)
Q UNIDADE 6

José Saramago
O ano da morte de Ricardo Reis š ((*#(-/
OU
Memorial do convento š (.&#))/

Q RELACIONAR/RECORDAR š )*&#)*/

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2. PROGRAMA E METAS CURRICULARES

DOMÍNIOS/OBJETIVOS CONTEÚDOS PÁGINAS DO MANUAL

17. Construir um conhecimento š LWh_[ZWZ[iZefehjk]k…i š'/,


reflexivo sobre a estrutura
e o uso do português. š FheY[iiei\edebŒ]_Yei š'+/"',-"(,/"(/-")'-
18. Reconhecer a forma como š ;j_cebe]_W š(,/")(-
se constrói a textualidade.
19. Explicitar aspetos da š FheY[iieiZ[\ehcW‚€eZ[fWbWlhWi š*)",-"/'"'+."',-"
semântica do português. 237

š <b[n€el[hXWb š)("-)"'-/"(&)

š 9bWii[Z[fWbWlhWi š)&"*/"')+

š <kd‚[ii_dj|j_YWi š)&")'")("))"*("*/"
65, 73, 97, 104, 131,
158, 167, 212, 317

š 9eehZ[dW‚€e š))"'(*"'+."()-

š IkXehZ_dW‚€e š)&"))"*("*)"**"*/"
65, 73, 97, 129, 135,
269, 293

š Fhedec[f[iieWbh[\[h[dj[ š)'"*("*/",-"/-"'('"
313

š 9Wcfeb[n_YWb š'+.
GRAMÁTICA

š 9Wcfei[c~dj_Ye š'-+

š H[fheZk‚€eZeZ_iYkhiedeZ_iYkhie š(,'"(,/"(./")&'"
313, 327

š LWbehWif[jkWb š38, 42, 49, 87, 101,


124, 129, 135, 179,
190, 237, 269, 307

š LWbehceZWb š68, 86, 124, 158, 167,


212, 307

š LWbehj[cfehWb š148, 158, 190, 297

š :…_n_i š)+"**"*/".-"'('"
129, 227, 237, 317

š CWhYWZeh[iZ_iYkhi_lei%Yed[Yjeh[i š)&"*)"++"'+.

š CeZeiZ[h[bWjeZeZ_iYkhie š(,'"(,/")')

š 9e[h…dY_W š((-

š 9e[i€e š))")+"*(".-"/-"'&'"
121, 129, 159, 175, 307

š ?dj[hj[njkWb_ZWZ[ š204, 214, 255, 269

š I[gk…dY_Wij[njkW_i š162, 175, 261, 269,


307, 317

26 SENTIDOS 12t(VJBEP1SPGFTTPSt"4"

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2. PROGRAMA E METAS CURRICULARES

PROJETO DE LEITURA

O Projeto de Leitura, assumido por cada aluno, deve ser concretizado nos três anos do Ensino Secundá-
rio e pressupõe a leitura, por ano, de uma ou duas obras de literaturas de língua portuguesa ou traduzi-
das para português, escolhida(s) da lista apresentada no Programa.
Este Projeto tem em vista diferentes formas de relacionamento com a Educação Literária, tais como:
– confronto com autores coetâneos dos estudados;
– escolha de obras que dialoguem com as analisadas;
– existência de temas comuns aos indicados no Programa.
Podem ainda ser exploradas várias formas de relacionamento com o domínio da Leitura, nomeada-
mente a proposta de obras que pertençam a alguns dos géneros a estudar nesse domínio (por exemplo,
relatos de viagem, diários, memórias).
A articulação com a Oralidade e a Escrita far-se-á mediante a concretização de atividades inerentes a
estes domínios, consoante o ano de escolaridade e de acordo com o estabelecido entre professor e alunos.

Obras propostas para o Projeto de Leitura — 12.0 Ano

Agualusa, José Eduardo O vendedor de passados


Almeida, Germano Estórias de dentro de casa
Anónimo As mil e uma noites (excertos escolhidos)
Andrade, Carlos Drummond de Antologia poética (poemas escolhidos)
Assis, Machado de Memórias póstumas de Brás Cubas
Borges, Jorge Luís Ficções
Cendrars, Blaise Poesias em viagem (poemas escolhidos)
Dionísio, Mário Calçada do sol: Diário desgrenhado de um qualquer homem nascido
no princípio do século XX
García Lorca, Federico Antologia poética (poemas escolhidos)
Garcia Márquez, Gabriel Cem anos de solidão
Gersão, Teolinda A árvore das palavras
Gogol, Nikolai Contos de São Petersburgo
Honwana, Luís Bernardo Nós matámos o Cão Tinhoso
Kafka, Franz Contos
Kavafis, Konstandinos Poemas e prosas (poemas escolhidos)
Knopfli, Rui Obra poética (poemas escolhidos)
Levi, Primo Se isto é um homem
Márai, Sándor As velas ardem até ao fim
Mourão-Ferreira, David Obra poética (poemas escolhidos)
Murakami, Haruki Autorretrato do escritor enquanto corredor de fundo
Namora, Fernando Retalhos da vida de um médico
Negreiros, Almada Nome de guerra
Neruda, Pablo Vinte poemas de amor e uma canção desesperada
Orwell, George 1984
Pamuk, Ohran Istambul
Patraquim, Luís Carlos O osso côncavo e outros poemas (poemas escolhidos)
Paz, Octavio Antologia poética (poemas escolhidos)

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2. PROGRAMA E METAS CURRICULARES

Obras propostas para o Projeto de Leitura — 12.0 Ano

Pessanha, Camilo Clepsydra


Pina, Manuel António Como se desenha uma casa
Pires, José Cardoso Balada da praia dos cães
Proust, Marcel Em busca do tempo perdido. Vol. I: Do lado de Swann
Régio, José Poemas de Deus e do Diabo
Sá-Carneiro, Mário de Indícios de oiro
Strindberg, August A menina Júlia
Tabucchi, Antonio O tempo envelhece depressa
Tavares, Paula Como veias finas da Terra
Vieira, Arménio O poema, a viagem, o sonho
Whitman, Walt Folhas de erva (poemas escolhidos)
Woolf, Virginia A casa assombrada e outros contos
Xingjian, Gao Uma cana de pesca para o meu avô

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3.
TRANSCRIÇÃO
DOS RECURSOS
ÁUDIO

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3. TRANSCRIÇÕES DOS RECURSOS ÁUDIO

TRANSCRIÇÃO DOS RECURSOS ÁUDIO


Unidade 2 — Compreensão do Oral, página 71

Ricardo Reis, o reinado da abdicação

Não tenhas nada nas mãos


Nem uma memória na alma,

Que quando te puserem


Nas mãos o óbolo último,

Ao abrirem-te as mãos
Nada te cairá.

Que trono te querem dar


Que Átropos to não tire?

Que louros que não fanem


Nos arbítrios de Minos?

Que horas que te não tornem


Da estatura da sombra

Que serás quando fores


Na noite e ao fim da estrada.

Colhe as flores mas larga-as,


Das mãos mal as olhaste.

Senta-te ao sol. Abdica


E sê rei de ti próprio.

Ricardo Reis nasceu em 1887, no Porto. Educado num colégio de Jesuítas, é médico, vive no Brasil desde
1919, pois expatriou-se espontaneamente por ser monárquico. É um latinista por educação alheia e um
semi-helenista por educação própria. Se há uma atitude perante a vida e o destino que pode resumir o
heterónimo mais altivo de Fernando Pessoa é a tranquilidade. Como viver ou passar pela vida está no
cerne da sua obra poética. A aceitação tranquila do destino, a aceitação da brevidade da vida, a aceita-
ção do tempo que passa e leva consigo a permanência: fomos, já não somos; somos, já não fomos.

Nada, senão o instante, me conhece.


Minha mesma lembrança é nada, e sinto
Que quem sou e quem fui
São sonhos diferentes.

Esquivando-se do amor e do ódio, Ricardo Reis busca a calma de passar pela vida sem se entregar aos
sentimentos. Essa é a sua liberdade, embora saiba que “só na ilusão da liberdade / A liberdade existe”.
Poderia também ter dito: “só na ilusão da tranquilidade, a tranquilidade existe”. Por detrás da aparente
calma, esconde-se uma inquietude por ser, por conhecer, por se realizar.

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3. TRANSCRIÇÕES DOS RECURSOS ÁUDIO

Reis adere ao estoicismo e ao epicurismo para formular uma compreensão trágica da vida, sobre a qual
erige o seu imaginário poético, simbolizado pela rosa, pelo rio, pelo destino, pelos deuses, pelo jogo,
enfim, por tudo o que remete para a brevidade da vida.

Breve o dia, breve o ano, breve tudo.


Não tarda nada sermos.

Na primeira pessoa do plural ou na segunda do singular, Ricardo Reis vai compondo uma espécie de
código sobre como viver entre o gozo dos prazeres e a atenuação do sofrimento. Ser rei é saber viver,
saber que a vida é indiferente, que o tempo não cessa de passar, o destino de conduzir, e que a morte
inevitavelmente chegará sobre os “cadáveres adiados que procriam”. Para Ricardo reis, a liberdade
funda-se sobre o nada querer.

Quer pouco, terás tudo


Quer nada, serás livre.

Mas esse nada querer não se confunde com mediocridade.

Para ser grande, sê inteiro: nada


Teu exagera ou exclui.
Sê todo em cada coisa. Põe quanto és
No mínimo que fazes.
Assim em cada lago a lua toda
Brilha porque alta vive.

Na sua conceção pagã da religiosidade, Ricardo Reis acredita que os deuses são reais e irreais ao mesmo
tempo. São irreais porque não são realidade mas são reais porque são abstrações concretizadas. Uma
ideia só se torna deus quando é devolvida à concreção. Passa então a ser uma força da natureza. Isso
é um deus. Na obra de Fernando Pessoa, o deus que concretiza o seu imaginário é Hermes. Deus da
comunicação e das diferenças entre os comunicantes, Hermes é o mensageiro, a divindade dos limites,
o deus das encruzilhadas, dos ladrões e do comércio. A Hermes ligam-se os símbolos da estrada, do
caminho onde o acaso e o imprevisto serpenteiam, labirinto de provas, viagem, jornada, trajeto, media-
ção. Conhecido como puer e senex, a criança e o velho, é também língua e razão, não só responsável
pela pluralidade, mas ele próprio plural, como plural foi Fernando Pessoa.

Unidade 2 — Compreensão do Oral, página 78

Álvaro de Campos, a experiência de existir


Álvaro de Campos transpira emoção. A vida pulsa nas suas palavras, o poeta sente e quer sentir de
todas as maneiras. Existe e quer ser tudo e todos.

Ah não ser eu toda a gente e toda a parte!

Querendo viver a totalidade, encontra um mundo fragmentado; entendendo a sua existência como um
vaso partido, entrega-se à busca do mistério, entusiasma-se e deprime-se. Dionisíaco, entrega-se à
orgia das sensações, crava as suas garras na terra e, embebido em feminilidade, funde-se com a noite

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3. TRANSCRIÇÕES DOS RECURSOS ÁUDIO

sagrada, ancestral, com o mar, de cujo cais partimos. Prometeico, saúda o novo mundo, uma nova
humanidade, seduzido pela tecnologia, pelas máquinas, pelo progresso que aproxima os homens dos
deuses. Hermesiano, lança-se à vida como uma viagem, está sempre de partida ou de chegada, mesmo
que nunca chegue, mesmo que nunca parta, mesmo que adie indefinidamente a arrumação das malas.
Deslizando pelo labirinto ou perdendo-se nele, concilia os contrários, a razão e a emoção, a infância e a
vida adulta, sonho e técnica, grandes propósitos e nenhuma ação. Álvaro de Campos foi, de todos, o que
mais desejou a pluralidade, o que mais a sentiu, mas foi também o que se esqueceu de agir, o que viveu
frequentemente deprimido, enfim, o grande fracassado.

Álvaro de Campos nasceu em Tavira, no dia 15 de outubro de 1890. É engenheiro naval mas agora está
aqui em Lisboa em inatividade. É alto, magro, e um pouco tendente a curvar-se, teve uma educação vul-
gar de liceu. Depois foi mandado para a Escócia estudar engenharia, primeiro mecânica, depois naval.
Numas férias, fez a viagem ao oriente, de onde resultou o Opiário. Ensinou-lhe latim um tio beirão que
era padre.

A poesia de Campos retrata o universo do homem moderno, tanto no seu quotidiano, como nas suas in-
quietações metafísicas; nega a racionalidade, que convoca para a ação objetivada e recolhe-se nos seus
sonhos, onde e quando tudo se torna possível, como o seu desejo de abarcar a totalidade da existência.

Afinal, a melhor maneira de viajar é sentir.


Sentir tudo de todas as maneiras.
Sentir tudo excessivamente
Porque todas as coisas são, em verdade excessivas
E toda a realidade é um excesso, uma violência,
Uma alucinação extraordinariamente nítida
Que vivemos todos em comum com a fúria das almas,
O centro para onde tendem as estranhas forças centrífugas
Que são as psiques humanas no seu acordo de sentidos.

Quanto mais eu sinta, quanto mais eu sinta como várias pessoas,


Quanto mais personalidades eu tiver,
Quanto mais intensamente, estridentemente as tiver,
Quanto mais simultaneamente sentir com todas elas,
Quanto mais unificadamente diverso, dispersadamente atento,
Estiver, sentir, viver, for,
Mais possuirei a existência total do universo,
Mais completo serei pelo espaço inteiro fora,
Mais análogo serei a Deus, seja ele quem for,
Porque, seja ele quem for, com certeza que é Tudo,
E fora d’EIe há só EIe, e Tudo para Ele é pouco.

Campos oscila entre a plenitude do sentido e o esvaziamento do mundo moderno. Em certos momentos
irascível, noutros dócil, irónico ou cético, capaz de sonhar tudo e sentir-se nada, deixar-se abandonar ou
saber-se lúcido. Atado à vontade de conhecer, reconhece que o conhecimento é impossível e faz dessa
impossibilidade o seu conhecimento. Álvaro de Campos é o arquétipo do homem moderno, a voz que fala
do inefável. Há sangue, suor e sémen nas suas palavras.

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3. TRANSCRIÇÕES DOS RECURSOS ÁUDIO

Não: não quero nada


Já disse que não quero nada.

Não me venham com conclusões!


A única conclusão é morrer.

Não me tragam estéticas!


Não me falem em moral!
Tirem-me daqui a metafísica!
Não me apregoem sistemas completos, não me enfileirem conquistas
Das ciências (das ciências, Deus meu, das ciências!) —
Das ciências, das artes, da civilização moderna!

Que mal fiz eu aos deuses todos?

Se têm a verdade, guardem-na!

Sou um técnico, mas tenho técnica só dentro da técnica.


Fora disso sou doido, com todo o direito a sê-lo.
Com todo o direito a sê-lo, ouviram?

Não me macem, por amor de Deus!

Queriam-me casado, fútil, quotidiano e tributável?


Queriam-me o contrário disto, o contrário de qualquer coisa?
Se eu fosse outra pessoa, fazia-lhes, a todos, a vontade.
Assim, como sou, tenham paciência!
Vão para o diabo sem mim,
Ou deixem-me ir sozinho para o diabo!
Para que havemos de ir juntos?

Não me peguem no braço!


Não gosto que me peguem no braço. Quero ser sozinho.
Já disse que sou sozinho!
Ah, que maçada quererem que eu seja de companhia!

Ó céu azul — o mesmo da minha infância —


Eterna verdade vazia e perfeita!
Ó macio Tejo ancestral e mudo,
Pequena verdade onde o céu se reflete!
Ó mágoa revisitada, Lisboa de outrora de hoje!
Nada me dais, nada me tirais, nada sois que eu me sinta.

Deixem-me em paz! Não tardo, que eu nunca tardo...


E enquanto tarda o Abismo e o Silêncio quero estar sozinho!

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4.
PROPOSTAS
ALTERNATIVAS

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4. PROPOSTAS ALTERNATIVAS

Proposta alternativa à contextualização de Fernando Pessoa (p. 26)

COMPREENSÃO DO ORAL

Visione uma sequência fílmica do programa Grandes Livros que apresenta Fernando Pessoa – um dos
maiores poetas portugueses – e o contexto político-cultural que o envolveu.

1. Assinale a alternativa que corresponde ao visionado na sequência vídeo.

1.1 O documento começa com a referência


[A] a um livro que nunca foi publicado.
[B] a uma obra pessoana que levou 20 anos a construir.
[C] a um conjunto de obras escritas por Fernando Pessoa.

1.2 Ainda no início da sequência fílmica, estabelece-se uma comparação entre


[A] as cidades de Lisboa, Braga e Porto.
[B] Fernando Pessoa e outros escritores modernistas.
[C] Fernando Pessoa, o vinho do Porto e Eusébio.

1.3 As personalidades convidadas a pronunciarem-se sobre o autor do Livro do desassossego


pertencem
[A] a diversificadas áreas do saber.
[B] às mesmas áreas do saber.
[C] à área de investigação em Literatura.

1.4 O excerto fílmico realça


[A] o percurso biográfico de Fernando Pessoa.
[B] a biobibliografia de Fernando Pessoa.
[C] Fernando Pessoa e alguns aspetos variados com ele relacionados.

2. Complete os espaços atendendo às informações recolhidas.

No documento vídeo, sucedem-se vários depoimentos. O primeiro é de a. _________________, edi-


tor e investigador. Segue-se o de b. _________________, professor universitário. José Eduardo Agualusa,
c. _________________, diz que muitos são os que pensam que Fernando Pessoa é brasileiro, as-
sim como d. _________________, dado serem os dois autores portugueses mais lidos no Brasil. Já
e. _________________, especialista em criação e gestão de marcas, realça o facto de Pessoa ter muitos
f. _________________, e g. _________________, diretora da Casa Fernando Pessoa, afirma que o poeta se tor-
nou num ícone gráfico. Ainda intervêm h. _________________, psiquiatra, e i. _________________, escritor.
Este último afirma que Pessoa não foi um génio mas cinco ou seis génios. Na mesma linha,
o poeta j. _________________ diz que o melhor poeta português devia chamar-se k. _________________.

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4. PROPOSTAS ALTERNATIVAS

3. O documento audiovisual apresenta também factos relacionados com a biografia de Fernando


Pessoa.

3.1 Classifique como verdadeiras ou como falsas as seguintes afirmações, considerando o docu-
mento visionado.
a. Fernando Pessoa nasceu no largo de S. Carlos, no dia de Camões.

b. A avó do poeta padecia de doença mental.


c. Toda a família de Pessoa chegou a viver em Durban.
d. Os heterónimos pessoanos surgiram na idade adulta do poeta, em Portugal.
e. Fernando Pessoa regressou a Portugal no ano em que se deu o assassinato do rei D. Carlos
e do príncipe Luís Filipe.
f. O escritor, após a implantação da República, inscreve-se na Faculdade de Letras.
g. Em 1914, numa noite, Pessoa criou três heterónimos: Alberto Caeiro, Ricardo Reis e Álvaro
de Campos.
h. Ao longo da vida, Fernando Pessoa só inventou, além dos três heterónimos mais conhecidos,
mais um outro heterónimo – Bernardo Soares.
i. O mais íntimo amigo de Pessoa era Almada Negreiros.
j. Pessoa e Sá-Carneiro foram os principais responsáveis pelo aparecimento da revista Orpheu.
k. A publicação do primeiro número de Orpheu causou polémica e os textos publicados foram
rotulados de literatura de manicómio.
l. Orpheu defende o aburguesamento das artes e o provincianismo do país.
m. Almada Negreiros publicou o Ultimato futurista às gerações portuguesas do século XX.
n. O Modernismo, em Portugal, deveu-se à geração do Orpheu, constituída por Fernando Pes-
soa, Mário de Sá-Carneiro, Almada Negreiros, Amadeu Sousa Cardoso e Santa-Rita Pintor.

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4. PROPOSTAS ALTERNATIVAS

Proposta alternativa à análise da “Ode triunfal”, de Álvaro de Campos (pp. 80-86 do Manual)
(ver cenários de resposta – p. 50 desta brochura)

1. Complete, em trabalho de pares, a tabela relativa à análise da obra “Ode triunfal”, de Álvaro de
Campos, após a leitura integral do poema.

Tópicos Justificação/Exemplificação

Tema e sua relação com o título Exaltação da modernidade e de aspetos com ela relacionados, como se an-
tevê pelo título (“Ode triunfal”), uma vez que a palavra “ode” significa canto
elogioso, a que se acrescenta “triunfal”, que reforça a magnitude desse elogio
(neste caso, é dirigido à era moderna e industrial).

Contexto espacial
a. __________________________________________________________________________

Estado emocional do sujeito


b. __________________________________________________________________________
poético

Realidades retratadas c. __________________________________________________________________________

Matéria épica d. __________________________________________________________________________

Valorização do tempo e. __________________________________________________________________________

Tipos sociais evocados Referem-se vários tipos sociais, nomeadamente “comerciantes”, “vadios”,
“escrocs”, “aristocratas”, “esquálidas figuras dúbias”, “chefes de família”,
“cocottes”, “burguesinhas”, “pederastas”, “gente elegante que passeia”,
“caixeiros-viajantes”, “gente ordinária e suja”, “gente humana que vive como
cães”.

Presença do Sensacionismo f. __________________________________________________________________________

Elogio da modernidade g. __________________________________________________________________________

Recursos estilísticos
- apóstrofe
- aliteração
- enumeração h. __________________________________________________________________________
- gradação
- anáfora __________________________________________________________________________
- onomatopeia
- metáfora
- personificação

Ritmo e sua funcionalidade Impera no poema um ritmo torrencial, feroz, vivo, em que surgem, em
catadupa, as diferentes realidades captadas por um “eu” em plena histeria
de sensações. O autor incute no texto um ritmo alucinante, onde os aspetos
evidenciados se atropelam, sugerindo a euforia do sujeito poético e a sua
quase devoção à modernidade e às transformações, boas e más, operadas pela
civilização industrial em que este “eu” sensacionista se insere.

Marcas do Futurismo O poema inscreve-se na segunda fase poética de Álvaro de Campos, aquela em
e do Sensacionismo que se faz sentir o Futurismo e o Sensacionismo, o elogio à era Moderna e aos
símbolos da modernidade, ao belo feroz, e se assiste à anulação da estética
aristotélica e à mistura do objetivo com o subjetivo. A nível formal também
se verifica a subversão sintática, estrófica e métrica. O vocabulário é atípico,
rompendo, em todos os aspetos, com a tradição poética anterior.

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5.
SOLUÇÕES
DO MANUAL

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5. SOLUÇÕES DO MANUAL

SOLUÇÕES DO MANUAL

Página 26 – Oralidade
Documento (projeção) de apoio para resolução da questão 1.1

TEMAS NOTAS

− Assassinato do rei D. Carlos e do príncipe Luís Filipe.


− Implantação da República a 5 de outubro de 1910.
− Início da Primeira Guerra Mundial no verão de 1914 (após assassinato do arquiduque Augusto Fernando,
herdeiro do trono austro-húngaro).
Situação política e social

− Portugal tenta manter-se afastado do conflito, uma vez que procura sanar as dificuldades do início
da República.
− Declaração de guerra a Portugal, por parte da Alemanha, em 1917, o que obriga o país a entrar
no conflito.
a.

− Golpe militar (1917) leva Sidónio Pais ao poder.


− Fernando Pessoa acredita ver em Sidónio Pais a personificação do regresso de D. Sebastião.
− Golpe militar de 28 de maio de 1926 e instauração da Ditadura Militar.
− Nomeação de Oliveira Salazar como ministro das Finanças.
− Agitação política a nível europeu durante a década de 1930.
− (Acontecimentos sumariados após 1935 – Segunda Guerra Mundial, Guerra Colonial e a Guerra Fria,
anos dourados do cinema, o advento da televisão…)
− Publicações de Fernando Pessoa: A Águia, O Jornal, República, Renascença, O Raio…
Movimentos estéticos e culturais e formas

− Publicação, em 1915, do 1.o número da revista Orpheu e consequente polémica (discussão entre
a admiração e o escárnio, o atrevimento e a vanguarda de uma nova geração: Fernando Pessoa
e Álvaro de Campos, Mário de Sá-Carneiro, Almada Negreiros, Amadeo de Souza-Cardoso, Santa-Rita
Pintor – a geração do Orpheu).
− Almada Negreiros sintetiza, No Ultimatum futurista às gerações portuguesas, a crítica: “o povo completo
de divulgação

será aquele que tiver reunido no seu máximo todas as qualidades e todos os defeitos: coragem,
portugueses, só vos faltam as qualidades”.
b.

− O Modernismo (estética, autores).


− Publicação do segundo Orpheu. O escândalo repete-se.
− Em Paris, a depressão de Sá-Carneiro acentua-se e, depois de intensa correspondência com Fernando
Pessoa, põe termo à vida, em abril de 1916. Morrem, pouco depois, Santa-Rita e Souza-Cardoso.
O Modernismo sobrevive, mas dispersa-se em múltiplas direções e Fernando Pessoa segue o seu próprio
caminho.
− O Modernismo tem o segundo fôlego com a revista Presença. Logo nos primeiros números, José Régio
reconhece Fernando Pessoa como mestre da nova geração.
− Nascimento no Largo de S. Carlos no dia 13 de junho.
− Torna-se órfão de pai aos 5 anos; pouco depois morre o irmão Jorge com meses de idade. A mãe casa
com o cônsul português em Durban e a família parte para a África do Sul.
− Fernando Pessoa cresce, estuda e escreve sempre que pode, em português ou inglês, na língua
que o poema falar, e cria os seus primeiros heterónimos.
− Regressa a Portugal, com cerca de 17 anos.
− Frequenta a Faculdade de Letras, torna-se empregado de escritório e traduz cartas comerciais.
de Fernando Pessoa
Dados biográficos

− Muda de casa constantemente e publica um pouco por toda a imprensa.


− Amizade com Mário de Sá-Carneiro, um génio precoce que na adolescência já traduzia Goethe
e Schiller, filho de famílias abastadas da alta burguesia.
c.

− Depois da morte do padrasto, a mãe e os irmãos de Fernando Pessoa regressam a Portugal


e instalam-se no n.o 16 da rua Coelho da Rocha. Fernando Pessoa fixa-se, finalmente, na casa
onde viverá até ao fim da sua vida.
− Relação (“desjeitada” e relativamente curta) com uma jovem de nome Ofélia Queirós.
− Perde a mãe em 1925 e entrega-se cada vez mais ao álcool. Vive obcecado com a sua obra e tem
constantes crises depressivas. Por isso, a reaproximação a Ofélia Queirós volta a terminar pouco tempo
depois do reatamento.
− Publica o seu primeiro livro de poesia em português, em 1934: Mensagem. A obra é premiada pelo
Secretariado da Propaganda Nacional, mas Pessoa falta à cerimónia.
− Morre a 30 de novembro de 1935.
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5. SOLUÇÕES DO MANUAL

− Cria os primeiros heterónimos, Chevalier de Pas, com cerca de 6-7 anos de idade, e Alexander Search.

Heterónimos pessoanos
− Criou, numa só noite, três heterónimos: o mestre, Alberto Caeiro; o médico e classicista, Ricardo Reis e o
engenheiro futurista, Álvaro de Campos. Eram três personalidades distintas, com uma história própria,
qualquer deles candidato a melhor poeta do seu tempo.
d.

− Terá inventado, ao longo da vida, mais de 70 heterónimos. Mas os três que ali nasciam eram mais que
estilos de escrita.
− Fernando Pessoa “viveu” com Bernardo Soares durante 20 anos, escrevendo na sombra quase doentia
(aparece sempre que Pessoa está cansado ou sonolento. É um semi-heterónimo porque, não sendo
a personalidade a dele, é uma mutilação dela).
Livro do desassossego

− Publicado em 1982.
− Bernardo Soares, o semi-heterónimo, é o autor desse livro.
− Caracterizado com um livro interminado, um livro impossível, sobre o qual os intervenientes destacam
o hibridismo (valter hugo mãe), a surpresa, ideias intensas que se entrechocam.
e.

− Composto por mais de mais de 500 textos escritos à solta, sem um sentido concreto, sem princípio, nem
meio, nem fim que refletem a solidão profunda de quem vive em sonho.
− Livro traduzido em várias línguas.

− Considera Pessoa um dos maiores autores do século XX e afirma que Portugal


Jerónimo Pizarro:
é praticamente o único país que no século XX desafiou o grande autor e grande
editor e investigador
épico da literatura – Camões.
Fernando Cabral − Diz que houve toda uma euforia de marchandise em torno do Pessoa que
Martins: professor ganhou um peso cultural específico.
na Universidade Nova − Fernando Pessoa é sozinho o modernismo português.
de Lisboa.
− Afirma que há muitos brasileiros que estão convencidos que Fernando
José Eduardo Pessoa era brasileiro, tal como Eça de Queirós, que foi mais lido no Brasil
Agualusa: escritor do que em Portugal.
− Pessoa é um génio que consegue ir além dos limites normais.
Intervenientes: profissões e opiniões

Carlos Coelho: − A marca Fernando Pessoa é uma das primeiras linhas do património en-
especialista em dógeno do país. Ele tinha muitos “eus” e isso é também característico
criação e gestão da marca.
de marcas
− Fernando Pessoa é um ícone gráfico.
− O facto de Fernando Pessoa escrever sob vários nomes, e de criar polémicas
f.

Inês Pedrosa:
consigo próprio, mostra que ele não acreditava em movimentos, não acredi-
diretora da Casa
tava em rebanhos em sentido cultural nem em sentido político. Ele ultrapassou
Fernando Pessoa
muito a questão da época e é por isso que continua tão atual.
− A pátria de Pessoa era Lisboa.
− Destaca a presença de uma avó maníaco-depressiva que pode ter tido grande
Carlos Amaral Dias: impacto na vida de Pessoa. Evidencia, ainda, o facto de, em Pessoa, se verificar
psiquiatra a procura de um génio imaginário, alguém com quem se pode falar, dialogar,
que corresponde a um duplo, a um “eu” que somos “nós próprios”.
− Pessoa não foi um génio, foi cinco ou seis génios. Seria um ser humano
esdrúxulo, eventualmente um louco.
valter hugo mãe:
− É absolutamente fascinante perceber que o escritor máximo do Modernismo
escritor
português poderia ser o escritor máximo do nosso pós-Modernismo. Ainda
estamos muito longe de o esgotar.
− Pessoa devia chamar-se Fernando Pessoas.
− Refere que quando Pessoa criou um poema como Mensagem, tal como Homero
António Cícero: poeta
com a Ilíada, fez uma coisa memorável que muda a própria língua portuguesa
e Portugal.

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5. SOLUÇÕES DO MANUAL

Página 26 – Escrita 5. Este debate é pertinente para a abordagem do tema da


eutanásia dada a informação que disponibiliza à audiên-
1. Proposta de planificação do texto: cia. Os intervenientes são especialistas na área da me-
Introdução: A genialidade de Pessoa e o impacto cultu- dicina (cuidados paliativos e biomédica) e deputados da
ral que teve. Comissão de Ética. Na defesa das suas posições, apre-
Desenvolvimento: Breves referências biográficas: data sentam argumentos, sustentados em exemplos concre-
e local de nascimento; partida para a África do Sul; re- tos, que ajudam a esclarecer a opinião pública sobre o
gresso a Portugal e entrega à escrita; a criação de três tema em causa.
grandes heterónimos e de um semi-heterónimo; revistas 6. O moderador apresenta o tema, os intervenientes e gere
em que colaborou com destaque para o Orpheu, seus co- as várias intervenções de modo a garantir a imparcialidade
laboradores e intenções. do tratamento do tema. Solicita intervenções concisas ou
Conclusão: Reforço da incomparável genialidade de Fer- sintetiza ideias para melhor condução e compreensão das
nando Pessoa, o único que igualou ou suplantou Camões. ideias defendidas. Respeita e promove o princípio de cor-
tesia entre os vários interlocutores.

Página 29 – Escrita
Página 67 – Educação Literária
1. Resposta de caráter pessoal. No entanto, os alunos po-
derão abordar/desenvolver os seguintes tópicos: 5. A tristeza do sujeito poético resulta do gozo excessivo
proporcionado pelas sensações e pelo contacto com a
− o tema do diálogo é o sentido da existência humana;
Natureza. Porém, o “eu” aceita essa tristeza com natu-
− a necessidade de saber “por que existimos” parece não ralidade, uma vez que provém do excesso de felicidade,
ser importante para o interlocutor de Mafalda seja por- a qual resulta da relação direta com a realidade (“Sinto
que nunca se questionou sobre o assunto seja porque todo o meu corpo deitado na realidade”).
a existência é um fim em si mesma, não necessitando,
6. Justifica-se pela oração introduzida por uma conjun-
portanto, de explicação;
ção subordinativa “quando”.
− embora a personagem Mafalda apresente um ar “re-
7. “dia”
flexivo” e, de certa forma, “apreensivo”, o seu interlo-
cutor ostenta uma atitude bastante descontraída face 8. Derivação por sufixação
à complexidade do tema; conclui-se que Filipe atribui
pouca importância à questão; Página 67 – Escrita
− entre o sujeito poético de “Autopsicografia” e o interlo-
1.
cutor de Mafalda são notórias as diferenças: à atitude
reflexiva e à intelectualidade de Pessoa, opõe-se a su- Introdução: Caeiro, o heterónimo considerado o mestre.
perficialidade e a leviandade intelectual de Filipe, que Desenvolvimento: Vive em permanente contacto com
se mostra ansioso pela resolução do “problema”, não a Natureza (bucolismo) e apreende a realidade através
importando a resposta que irá obter. dos sentidos, recusando questionar a existência do que
o rodeia e aceitando a ordem natural do mundo, como a
chuva e o sol, a felicidade e a infelicidade.
Página 36 – Educação Literária No poema, o sujeito poético identifica-se com um guar-
9. O último verso, que encerra um apelo, traduz a incer- dador de rebanhos e com o próprio rebanho. Na imagem,
teza da vida do “eu”: o coração é incerto e a sombra re- destaca-se o pastor que, no meio do seu rebanho, con-
mete para o sonho, logo para a irrealidade. templa a Natureza, comungando daquela realidade que
10. Predominam, ao longo do texto, sons sibilantes (/s/) e o faz feliz, tal como acontece ao sujeito poético.
nasais (/-m/, /-ão/, /nh/), sugerindo o estado de angústia Conclusão: Espécie de compensação para o subjeti-
e de reflexão em que o “eu” se encontra. vismo do criador, que viveu atormentado pela raciona-
lidade excessiva.
Página 40 – Compreensão do Oral
4. De entre os argumentos da posição contrária à prática
Página 73 − Educação Literária
da eutanásia, o mais persuasivo parece ser o que refere o 9. O classicismo é visível, a nível temático, na crença nos
perigo de aquele ato se tornar “a pedido”. Este argumento deuses e na mitologia pagã, na crença no destino, na uti-
torna-se forte dada a possibilidade de refutação a que lização de símbolos que remetem para a consciência da
está sujeito: até que ponto a pessoa que “deseja” a prá- brevidade da vida e a inexorabilidade da morte. A nível
tica da eutanásia estará na posse de todas as faculdades formal, a preferência pela ode, pela sintaxe alatinada e
para tomar tal decisão? Esta é uma prática irreversível! pelo vocabulário impregnado de termos latinizantes, com
O argumento que pode assumir relevância na defesa da recurso à anástrofe, à gradação, à metáfora.
eutanásia é a possibilidade que esta prática dá de uma 10. Lídia é elevada à categoria de musa, sendo que a
morte com dignidade, evitando o risco da dependência expectativa do sujeito lírico é a de que ela seja plato-
total relativamente a alguém. nicamente distante, alheia, descomprometida e, à sua
semelhança, espetadora do mundo.

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5. SOLUÇÕES DO MANUAL

11. Página 75 − Escrita


a. estamos, fica, deixa, regressa, vai, vale, passamos, le-
1. A imagem apresenta um rosto indefinido e o contorno
vantam, dão, cremos enlaçamos, beijamos
de um chapéu colocado numa cabeça que, imediata-
b. lembrar-te-ás, terei, ser-me-ás mente, associamos a Fernando Pessoa.
c. fitemos, aprendamos, enlacemos, pensemos, desenla- No lugar do rosto está um espaço, uma espécie de rua
cemos, gozemos, amemo-nos, colhamos, suavize, arda, cercada de muros altos, com portas laterais à direita,
fira, mova com um fundo escuro. À esquerda, no muro, está uma
d. levares janela que, pela cor clara, parece deixar ver o espaço
e. tivesse, quiséssemos exterior. Nesta rua encontram-se figuras humanas mas-
culinas, dispostas num plano que vai do particular para
12.
o geral, sendo que há três silhuetas mais percetíveis e
a. Oração subordinada substantiva completiva. uma, ao fundo, menos clara.
b. Oração subordinada adjetiva relativa restritiva. Parece representar-se nesta imagem a fragmentação
12.1. Complemento direto. daquele que vive os heterónimos na sua mente, ou seja,
a figura de Fernando Pessoa que, como sabemos, povoou
a sua vida de outros “eus” ou outros seres, mais autên-
Página 75 − Educação Literária ticos que ele próprio. Por isso, facilmente se identificam
3. As formas verbais no presente servem o propósito de os seus três principais heterónimos na posição mais pró-
enfatizar o momento atual e delimitar unidades tempo- xima, sendo que o que se encontra mais distante tanto
rais mais restritas, de forma a estabelecer uma homologia pode ser o seu semi-heterónimo Bernardo Soares como
entre o tempo presente e o ser humano. É como se o ser o próprio Pessoa.
humano se diluísse no próprio tempo e fosse ele o tempo: Este tipo de representação da heteronímia pessoana é
“No mesmo hausto / Em que vivemos, morreremos. Colhe bastante sugestiva, dado que permite perceber que os
/ O dia, porque és ele”. Remete ainda para a intemporali- heterónimos são representações mentais mas também
dade dos conselhos dados pelo “eu”. configurações autênticas daquele que se “outrou” e
4. Como marcas clássicas evidenciam-se o carpe diem viveu várias entidades.
(aproveita o dia), a consciência da efemeridade da vida e (196 palavras)
a eminência da morte, o caráter moralista, recorrendo-
-se ao imperativo. Ao nível estilístico, destaca-se a iso-
metria (regularidade métrica) e a regularidade estrófica, Página 87 − Educação Literária
as construções sintáticas alatinadas (recurso às anás- 4. No verso está presente uma metáfora que sugere a
trofes e ao hipérbato), o uso da primeira pessoa do plural. enormidade, a dimensão do estado emotivo e das emo-
5. A passagem da nuvem branca parece ser inútil, uma ções que se apossaram do sujeito poético.
vez que o sujeito poético afirma que ela é “fugidia” (“inútil 5. Como típico da modernidade, temos a referência à
nuvem fugidia” – v. 2) e que apenas ergue instantanea- eletricidade e à paz reinante na província que permite
mente um “sopro arrefecido” entre os campos. Além perceber que contrastava com o bulício citadino a que o
disso, a sua inutilidade acaba por se tornar ainda mais “eu” estaria habituado. O versilibrismo e o heteroestro-
evidente nos efeitos nefastos que produz no “eu”. fismo (verso livre e variedade estrófica, respetivamente)
6. A passagem da nuvem suscita no “eu” poético uma evidenciam-se, deixando antever o desprezo pelo rigor
espécie de autoanálise que o leva a comparar esta pas- formal que sempre esteve associado à poesia tradicio-
sagem à ideia que povoa a sua alma e lhe enegrece a nal. Como marcas temátivas de Campos, destacam-se
mente, revelando que a racionalização excessiva lhe traz o abatimento, a desilusão, a angústia existencial e a
sofrimento e dor, dado que a ideia é perturbadora, altera consciência da impossibilidade de realização por não ser
a sua tranquilidade, tal como a nuvem branca produz nada (“Sou nada… / sou uma ficção…”, vv. 13-14), numa
efeitos negativos na terra pela sua passagem, ainda que aproximação evidente ao ortónimo e que caracteriza a
breve. última fase de Campos.
7. A personificação é suscitada pela utilização do adjetivo 6. Como exemplos de marca deítica temporal temos as
“Solene” para caracterizar a nuvem e a sua passagem, formas verbais usadas na primeira estrofe que remetem
conferindo-lhe um estatuto humano e, por isso, desenca- para o passado (“não havia”, “foi”, “li”) e que se opõem
deando efeitos concretos no sujeito poético. A anástrofe às usadas na segunda e apontam para o presente (“sou”,
é também visível nos versos 1 e 2, uma vez que a ordem “ando”, “manda”). Deíticos que marcam a pessoa estão
direta seria “A inútil nuvem branca fugidia passa solene presentes não só em algumas formas verbais, mas es-
sobre a fértil terra”. O objetivo é destacar, primeiro, as pecialmente nos pronomes pessoais “eu”, “me”, “mim”.
características do objeto que vai ser alvo da descrição do Como indiciador do espaço, evidencia-se o advérbio com
“eu” porque são elas que refletem as suas atitudes. A ali- valor semântico de lugar “Ali”.
teração é visível, por exemplo, no verso 4 em que o som 7. A forma verbal “Relia-a” (v. 11), conjugada pronomi-
/r/ (“um sopro arrefecido”) sugere o barulho produzido nalmente, ilustra a coesão referencial por anáfora, dado
pela passagem da nuvem bem como o efeito negativo que o pronome pessoal aí presente retoma o antecedente
que ela produz no sujeito poético. “A Primeira Epístola aos Coríntios” (v. 10).

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5. SOLUÇÕES DO MANUAL

8. A coesão interfrásica é visível no verso 2, mais preci- Página 89 − Oralidade


samente na utilização do conector “Por isso”, que intro-
duz a explicação para a afirmação anterior. 1.
9. A forma verbal permite identificar o valor aspetual − O orador é Richard Zenith.
habitual, porque o facto de não haver luz é uma situação − O objetivo é ler e comentar um dos últimos poemas de
recorrente num período de tempo ilimitado. Álvaro de Campos.
− A partir de determinados versos, Richard Zenith tece
Página 89 − Educação Literária alguns comentários que se prendem, por exemplo, com
4. o facto de Pessoa afirmar não ser nada, mas também
poder ser tudo. Para este estudioso, Pessoa era o poeta
a. As expressões “Transbordou da vasilha” (v. 3) e “pre- do nada e do tudo e, por isso, ficou sempre “entre”.
gas na alma!” (v. 9) exemplificam a metáfora e apontam
para o excesso da angústia e para os efeitos que ela pro- − Explora ainda a afirmação que diz que “o coração é
duz, respetivamente. maior que o universo inteiro” e justifica-a, dizendo que
realmente o coração é o ritmo da vida, é o que sente
b. A afirmação “que trago há séculos em mim” (v. 2) confi- tudo, até a própria existência.
gura uma hipérbole, uma vez que dá conta da quantidade
de tempo em que se sente neste estado de espírito nega- Proposta de planificação da exposição oral:
tivo, exagerando-o para acentuar a sua dor. Introdução: Justificação e tema da intervenção (res-
c. A anáfora está presente nos versos 1 e 2 (“Esta”) e posta à atividade do Manual, sob solicitação do profes-
também nos versos 4, 5 e 6. Enquanto na primeira situa- sor, com o objetivo de falar de Fernando Pessoa).
ção, e através do deítico demonstrativo, se presentifica Desenvolvimento: Informações relativas ao orador
a angústia, nos versos seguintes a anáfora é reveladora (Richard Zenith, especialista em Fernando Pessoa e
do modo como ela se manifesta. galardoado com o prémio Pessoa em 2012. Poder-se-á
d. A gradação presente em “Este quase,  / Este poder ainda disponibilizar o sítio: https://www.publico.pt/cul-
ser que..., / Isto.” (vv. 12-14) ou em “Era feiíssimo, era turaipsilon/noticia/premio-pessoa-2012-para-richard-
grotesco” (v. 32) sugerem o crescendo do abatimento zenith-1577444, onde se encontra uma notícia sobre a
que pode mesmo levar à anulação do “eu”, como se de- atribuição do referido prémio e informações mais deta-
preende na sua transformação em “Isto”. lhadas sobre o orador; aspetos abordados e sua impor-
tância para a compreensão da heteronímia pessoana.
5.1 De um modo geral, a pontuação “obriga” a uma de-
clamação marcada por um ritmo pausado que reforça o Conclusão: Contributos deste tipo de tarefas para o es-
pendor reflexivo do poema (como se confirma na decla- tudo de obras e pessoas.
mação do ator Virgílio Castelo). Particularmente, o ponto
de interrogação reforça o desespero do sujeito poético; Página 89 – Escrita
as reticências expressam a hesitação, a indefinição e a
ansiedade; o ponto de exclamação traduz a emotividade Pessoa e os heterónimos (proposta de texto)
que assola o “eu”; o ponto final está ao serviço da expres- A complexidade e a riqueza intelectual de Fernando
são da certeza dos factos enunciados; os dois pontos an- Pessoa fizeram-no, desde muito cedo, imaginar “outros”,
tecedem a explicação para a dicotomia “Estou alheio a através dos quais pudesse exprimir os seus pensamen-
tudo” e “igual a todos”. tos, “dando à luz”, numa fase mais tardia, aqueles a quem
6. O “eu” manifesta o desejo de encontrar uma solução deu total autonomia: Caeiro, Reis e Campos.
para o seu drama interior que poderia passar pela crença Pessoa concedeu a estes três heterónimos uma identi-
numa “religião qualquer”, não importando qual, desde dade e estilos próprios, tornando-os distintos entre si e
que fosse consoladora. Reafirma ainda a vontade de de si, demarcando-se das suas posições e anulando-se
“crer num manipanso qualquer”, o que evidencia a neces- para lhes dar voz. Ao primeiro dotou-o da instintividade
sidade de encontrar formas de ultrapassar ou atenuar e primitivismo típicos de alguém pouco culto academi-
a angústia que o domina. Note-se que a fé, a crença se camente e que privilegia as sensações em detrimento
inscreve num plano não racional e, portanto, assiste-se do pensamento bem como a ruralidade à cidade. Ao
à subordinação da razão à emoção, uma vez que o pen- segundo fê-lo clássico, pagão, latinista, adepto do epi-
samento, a sua racionalidade e lucidez são a causa do curismo e do estoicismo. Ao terceiro deu-lhe a missão
sofrimento atual, ainda que tenha consciência da impos- de ser o porta-voz do Modernismo e do Futurismo, mas
sibilidade de se libertar dessa angústia, como se percebe também seu irmão quando chega à última fase poética.
pela utilização do condicional “serviria” (v. 36). Distintos entre si, mas filhos do mesmo pai e pupilos do
mesmo mestre, é normal que partilhem algumas dispo-
7. Neste verso, o sujeito poético dirige-se ao coração,
sições: Reis aproxima-se de Caeiro no amor à Natureza
pedindo-lhe que estale pois só assim, dado que parece
e Campos no sensacionismo. Porém, se Pessoa quis uni-
exprimir um desejo subtil de morte, poderá pôr fim ao
ficar a cisão do seu “eu” através dos heterónimos, essa
sofrimento. Este coração é de “vidro pintado”, logo é frá-
tentativa saiu gorada pois estes estilhaçaram-no ainda
gil, não servindo, por isso, para lhe dar a força necessária
mais, fazendo-o questionar a sua própria existência.
para ultrapassar a angústia sentida.
(191 palavras)

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5. SOLUÇÕES DO MANUAL

Página 103 – Escrita d. Linguagem verbal e não verbal, com recurso a várias
imagens, delas resultando a persuasão, alimentada pela
O diálogo entre as personagens desenvolve-se de forma linguagem valorativa do locutor.
monótona, abordando temas relativos à literatura (a re-
e. Promover turisticamente Portugal.
ferência a Orpheu e à escrita), mas também abordando
banalidades, como o emprego modesto ou a dificuldade 2. O anúncio publicitário convoca diferentes linguagens e
em andar. neste sobressai a verbal e a icónica. Com efeito, o orador
Esta monotonia, acentuada pelo fumo constante do ta- descreve de forma entusiástica e assertiva as imagens
baco, é reforçada pelo cenário escuro, degradado − quer que vão passando, acompanhadas por um fundo musical,
das ruas ou das casas que se avistam da janela quer do e que refletem as razões pelas quais Portugal é um país
próprio quarto onde Bernardo Soares habita. É de des- a visitar. Nesta argumentação, destaca-se a variedade e a
tacar o jogo de sombras e de luz, conferindo uma tona- beleza paisagísticas, a diversidade de atividades de lazer,
lidade de tristeza, visível também no rosto crispado e na a riqueza cultural e gastronómica, entre outros aspetos.
dificuldade em encarar a luz ao abrir a janela do quarto. O objetivo é, pois, promover turisticamente Portugal, tal
O plano das escadas dá a ideia de um labirinto, o que se como evidencia o slogan final.
coaduna com o estado de espírito da personagem, que
confessa o seu desalento. Os efeitos sonoros são quase
inexistentes, excetuando o barulho da porta que se fecha Página 131 – Escrita
(o que também é representativo deste ambiente fechado 1.
e solitário) ou do chá que é servido, pondo, assim, em
Introdução: A esperança é fundamental na concretiza-
destaque o texto.
ção dos sonhos e dos ideais.
A articulação com os fragmentos estudados é visível nas
falas das personagens (Soares afirma que só consegue Desenvolvimento:
escrever fragmentos) e nas temáticas abordadas: o de- − 1º argumento: sem esperança, a vida, “metade de
salento, a reflexão de caráter existencial, a descrença nada, morre”, torna-se vazia e sem sentido;
em Deus. − Exemplo: quem que se limita a viver como “besta
(197 palavras) sadia, cadáver adiado que procria” está impedido de
ser feliz e nunca alcançará a felicidade suprema;
Página 123 – Educação Literária − 2º argumento: o ânimo, a fé, a crença são fatores que
se associam à esperança e que permitem derrubar
6. O poema é constituído por duas estrofes, de cinco ver- obstáculos e lutar pela concretização dos sonhos;
sos (quintilhas). Quanto à métrica, os versos são irregu- − Exemplo: situações catastróficas como uma doença
lares, apresentando seis, oito ou dez sílabas métricas. terminal, um sismo ou outro tipo de cataclismo podem
A rima é cruzada e emparelhada tal como se percebe ser ultrapassados quando a esperança acompanha quem
pelo esquema rimático ababb / cdcdd. teve ou esteve sujeito a este tipo de contrariedades.
7.1 Os dois textos enaltecem a ação e a determinação Conclusão: A importância de nunca se perder a esperança
do rei D. Sebastião – surge como um rei valente e do- para que a vida faça sentido e valha a pena ser vivida.
minador, que, por isso, alcançará a imortalidade. Esta
dimensão mítica é expressa pela jovem Maria da obra
Frei Luís de Sousa, que enaltece a sua ousadia e rejeita a Página 134 – Educação Literária
possibilidade de o rei ter morrido “às mãos dos mouros”: 5. O salvador da Pátria moribunda recebe no poema
“Não pode ser, não pode ser, Deus não podia consentir em várias designações, todas elas de caráter místico. Sa-
tal” (ato II, cena 1). Maria alude ainda às profecias que
bendo-se que Fernando Pessoa foi um febroso cultor do
transformarão esta crença num verdadeiro mito (“Pois
sebastianismo e designando este redentor por “Enco-
não há profecias que o dizem? Há, e eu creio nelas”,
berto”, facilmente se pode associar a mensagem deste
idem). Note-se que também o verso de Pessoa (“Ficou
texto ao culto sebástico.
meu ser que houve, não o que há”) remete também para
a imortalidade que D. Sebastião alcançou. 6. É o único poema de Mensagem que não apresenta tí-
tulo. É constituído por cinco quadras com regularidade
métrica, já que todos os versos têm oito sílabas. Tam-
Página 130 – Compreensão do Oral bém apresenta regularidade rimática, pois só existe rima
1. a. Turismo de Portugal cruzada.
b. Portugal, situado geograficamente no local onde 7.1 No poema pessoano, o estado de desalento do poeta
a terra acaba, é caracterizado como um país de mari- é despertado pela presença do “Senhor” que ele evoca;
nheiros, gentes calorosas, um país de contrastes cuja na letra da canção, o “eu” também sairá da escuridão
riqueza é a diversidade, com uma natureza intocável; é graças à voz que chama por ele e o lembra que a noite
uma nação jovem e acolhedora; é um país cheio de cor, terá fim, tal como a mágoa do sujeito poético do texto
onde o sol brilha o ano inteiro; é uma terra maravilhosa pessoano será atenuada pela convicção na vinda do re-
e cativante. dentor. As constantes interrogações visíveis no texto de
c. Planícies sem fim; praias banhadas pelo Atlântico Fernando Pessoa enfatizam a preocupação do sujeito
e pelo sol; florestas encantadas; país de artistas que que procura saber quando virá o seu salvador; o mesmo
deixaram a sua marca; castelos imponentes; palácios; se percebe no poema da canção, quando o “eu” reafirma
o passado ao lado do futuro; praias intermináveis para que procura por quem não esqueceu, pedindo apenas um
desfrutar; vários cenários de diversão. sinal.

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5. SOLUÇÕES DO MANUAL

Página 159 – Educação Literária Página 175 – Educação Literária


10.1 O fim deste mês poderia significar a devolução do 11. As três fases da vida humana aparecem fragmentadas
aparelho, tal como impusera a mulher de Bartola. Essa e são corporizadas pela memória e pela imaginação, es-
possibilidade representaria o regresso à solidão, à misé- tando representadas no nome que a personagem vai as-
ria, à vida dura e monótona do trabalho rural e o fim da sumindo ao longo dos tempos: Gi, uma jovem de 18 anos,
“convivialidade”. No fundo, nada mais esperaria aquela repleta de sonhos e de projetos, que anseia abandonar a
população do que a solidão da noite e uma vida pouco terra natal para os cumprir. George, adulta, no apogeu da
digna enquanto seres humanos: “[…] saíram da venda vida, tem 45 anos, pintora bem-sucedida, “já com nome
mudos e taciturnos. Fora esperava-os o negrume fe- nos marchands das grandes cidades da Europa”, mulher
chado. E eles voltavam para a escuridão, iam ser, outra independente a todos os níveis – financeiro, profissional,
vez, o rebanho que se levanta com o dia, lavra, cava amoroso. Georgina, precursora do futuro de George, ante-
a terra, ceifa e recolhe vergado pelo cansaço e pela vendo os temores emocionais, anuncia a solidão (“vivo tão
noite…” (ll. 226-229). só”) e o envelhecimento físico.
11.1 Chegado o momento de devolver o rádio, é a mulher 12. A viagem física de George dá origem a uma viagem
de Batola que, com ar submisso, sugere ao marido que interior. Desta forma, por um lado, dá-se o reencontro
com o seu passado e a revisitação, através da memória,
não devolva o aparelho: “− Olha… Se tu quisesses, a gente
desse tempo e dos sonhos que a povoavam e a impeliam
ficava com o aparelho:” (ll. 245--246). Esta personagem,
a partir; por outro, através de uma idealização, é possí-
autoritária e arrogante no início da ação, aparece trans-
vel antever o envelhecimento físico e a solidão causadas
formada, após um mês de ausência. Perdeu a postura do-
pelo desprendimento emocional em que George vive.
minadora e apresenta “uma quase expressão de ternura”
Comprova-se, assim, prevalência do espaço psicológico.
(l. 244) após perceber que, afinal, viviam num deserto e
só aquele aparelho permitiria uma ligação ao “mundo”. 13. O nome da personagem, aparentemente masculino,
dever-se-á à sua maneira de ser, mulher independente,
12.1 Pela análise do conto, pode associar-se a ideia de liberta, também no campo amoroso, e com vontade de
“cinzas” à primeira parte, em virtude da ausência de vencer no mundo da pintura, isto é, uma mulher que é o
vitalidade dos aldeãos, do seu quotidiano “cinzento” e oposto das suas contemporâneas e conterrâneas, muito
desconsolado, fruto da solidão em que viviam naquele mais dedicadas a tarefas ditas ou consideradas mais
“deserto”. O “fogo” corresponderá à segunda parte, que apropriadas às mulheres.
descreve a mudança operada na aldeia pela telefonia.
14. Trata-se de um conto em virtude da concentração
Assiste-se a “um sopro de vida”, que leva os habitantes
espacial e temporal. A história desenrola-se em dois
de Alcaria (homens, mulheres, crianças, namorados, …)
espaços: numa rua (da vila natal de George) e no com-
à venda do Batola todas as noites para ouvir “as notícias
boio que leva a personagem de regresso a Amesterdão.
da guerra” e “as melodias que vêm de longe”. No fundo, Decorre num curto período de tempo: correspondendo
das cinzas renasceu o fogo! ao curto diálogo de George com o seu “eu” do passado
e à antevisão do “eu” do futuro. E a ação é única: uma
C – Atente na globalidade do texto viagem interior da pintora. Está também presente uma
personagem única.
1. a. Anterioridade.
b. Simultaneidade.
c. Posterioridade.
Página 175 – Expressão Oral
2. Modalidade deôntica, valor de obrigação. 1.
A tela de Klimt representa três figuras femininas: uma
3. a. Predicativo do sujeito.
mulher idosa, uma jovem e uma criança, todas nuas. Esta
b. Sujeito. representação poderá querer evidenciar o ciclo da vida
4.a. Derivação não afixal. (a infância, a idade adulta e a velhice), mostrando a pas-
b. Derivação por sufixação. sagem do tempo e a sua influência no ser humano.
A mulher idosa encontra-se de perfil, com os cabelos a
5. Valor temporal. tapar-lhe o rosto, apresentando as consequências físicas
6. Orações coordenadas assindéticas. da passagem do tempo: seios caídos, flacidez e defor-
7. “lavra”, “cava”, “terra”, “ceifa” e “recolhe”. mações que se espalham por todo o corpo. Ao lado, está
uma jovem mãe, com cabelos ruivos, cujo aspeto físico
8. Coesão gramatical referencial (uso anafórico de pro-
não revela ainda a passagem do tempo, uma vez que os
nomes).
seios são firmes e a pele não se apresenta envelhecida;
9. a. Sonorização e metátese. segura ternamente uma criança adormecida nos braços,
b. Vocalização. denotando tranquilidade e segurança, reforçadas pela
existência de um manto que envolve as duas figuras.
(fonte consultada: http://www.unicamp.br/chaa/eha/
atas/2009/TERRA,%20Manan%20-%20VEHA.pdf)

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5. SOLUÇÕES DO MANUAL

Página 175 – Escrita na medida em que poderá representar a luta de um


indivíduo, tentando dar um rumo diferente ao mundo,
1. Proposta de desenvolvimento do texto:
assumindo a sua diferença relativamente aos outros,
− A imagem de Klimt pode ilustrar o presente, o passado uma massa homogénea e indiferenciada (sugerida pelos
e o futuro de George. capacetes amontoados).
− A figura mais velha será o retrato que Georgina coloca
perante os olhos de George – a inevitável influência da
passagem do tempo. Página 203 – Escrita
− A mulher adulta será a fase do presente da pintora – a 1. Em primeiro plano encontram-se duas figuras, mãe e
beleza e a fecundidade. filho, comunicando afetuosamente, numa carícia mútua.
− A criança representará a fase mais jovem de George, a A figura robusta da mãe está sentada no chão e debru-
ingenuidade de Gi, o passado e a maturação do espírito çada sobre o filho, envolvendo-o com os braços, as mãos,
e dos sonhos. e o sorriso. Num plano de fundo, uma linha separa o azul
do céu, do amarelo do chão, cores primárias que põem em
destaque o volume do corpo da mãe. As pregas do vestido,
Página 188 — Expressão Oral em cinzento azulado, reforçam o movimento circular que
2. Resposta de caráter pessoal. Contudo, pode desenvol- a imagem sugere e que acentua a envolvência dos dois
ver o seguinte tópico: corpos, reforçada pela luz que incide sobre eles e trans-
− a arte permite estimular a criatividade, desenvolver a mitindo a ideia de proteção e segurança, enfatizada pela
comunicação, contribuir para o alargamento de horizon- excessiva dimensão dos pés.
tes culturais, promover a aceitação da diferença, con- A pintura relaciona-se de forma contrastiva com “Poema
tribuindo, assim, para a formação integral do indivíduo. à mãe”, na medida em que a proteção aceite e requerida
pela criança, visível na posição dos braços e das mãos,
esticados em direção à mãe, é recusada pelo sujeito
Página 189 – Informar poético, que deseja libertar-se da excessiva proteção
1. A Natureza adquire na poesia de Torga uma centrali- materna. Por outro lado, a felicidade que se evidencia
dade inquestionável, o que constitui um vetor de tradição na pintura contrasta com o amor infeliz que caracteriza
literária. Por outro lado, os ideais humanistas que ma- a relação mãe-filho, no poema de Eugénio de Andrade.
nifesta são simultaneamente os ideais de uma geração (180 palavras)
confrontada com as questões que o mundo envolvente
coloca ao ser humano, o que confere à sua obra um ca- Página 208 – Educação Literária
ráter atual e universal.
6.1 Em ambos os poemas, o divino torna-se humano; no
poema de Caeiro, é o Menino Jesus que desce do céu,
Página 191 – Educação Literária “Sísifo” também cansado de aí viver. No entanto, em Caeiro o pa-
7.1 “És homem, não te esqueças!” (v. 18). ganismo é mais acentuado, pois infere-se que a criança
que é o “Menino Jesus” existe dentro de cada um de nós.
7.2 O poema é um “hino à condição humana”, na me-
dida em que valoriza o sonho e a liberdade enquanto 6.2 A interligação entre o plano humano e o plano divino é
valores a defender, e constitui uma exortação ao um tema frequente na literatura portuguesa, nomeada-
espírito de resistência e de insubmissão do ser hu- mente em Os Lusíadas, no episódio “A Ilha dos Amores”.
mano, simbolizado no esforço de superação inferido 7. O poema é constituído por três quintilhas e duas qua-
pela retoma sucessiva da tarefa, por parte de Sísifo. dras; os versos são decassilábicos e predominantemente
Trata-se de um tema abordado, por exemplo, em Os brancos.
Lusíadas, nomeadamente nos cantos I e VI, em que
o poeta reflete sobre a insegurança e sobre a efeme- Página 212 – Educação Literária
ridade da vida humana (canto I); reflete sobre o ver-
dadeiro valor da glória e as formas de a conquistar: 6. “Canto” remete para a escrita camoniana, e “armas”
com esforço, sofrimento, perseverança e humildade − aponta para a ação, o que nos envia para a tradição lite-
em tom didático, o poeta afirma ainda que os portugue- rária, nomeadamente para a epopeia Os Lusíadas (que
ses não devem deixar-se dominar pela ociosidade, e de- se assume como um “canto” e se refere à ação épica dos
fende o esforço como forma de alcançar recompensas portugueses). Para além disso, o poeta revela-se um ser
futuras (canto VI, est. 95-99). empenhado socialmente, uma voz consciente, correspon-
dendo ao conceito de “poeta engagé”, o que comprova a
8. Ambas as reproduções podem funcionar como uma
presença do tópico figurações do poeta.
ilustração do conteúdo do poema. Na pintura de Ticiano,
a postura da figura humana, em primeiro plano, 7. Sujeito.
reveladora do esforço que o transporte da enorme pedra 8. Modalidade deôntica com valor de obrigação.
implica e do sofrimento que isso acarreta (visível no
pormenor dos músculos em esforço), por um lado, e os
tons escuros, em plano de fundo, por outro, sugerem a
dureza do caminho a que o poema alude e a persistência
necessária para levar a cabo tamanha tarefa. Também a
imagem de Steven Allen ilustra o esforço e a persistência,

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5. SOLUÇÕES DO MANUAL

Página 213 – Educação Literária − Intenção alemã de ocupar a Renânia.


− Invasão do território checoslovaco por forças milita-
7. O poema transmite uma mensagem de inconformismo, res alemãs.
ideia que poderá ser também sugerida pela imagem, pelo − Denúncia, por parte da Alemanha, do pacto de Locarno
facto de o casaco estar vestido ao contrário, numa ati- e ocupação da zona renana.
tude que poderá ser entendida como desafio às regras − Idolatria de Hitler.
estabelecidas. No entanto, a atitude de convicção do − Declaração da união do Reich e da Igreja Católica na
sujeito poético contrasta com o humor da imagem, su- luta contra o comunismo.
gerido pelas mãos, que poderão representar o caráter
multifacetado de Jean Cocteau (poeta, dramaturgo, de- França
signer, ator, encenador). − Demissão do governo francês.
− Constituição por Sarraut de um governo de concentra-
ção republicana.
Página 243 – Educação Literária − Contestação do governo pelos partidos da direita.
1. A Europa encontrava-se num período extremamente − Vitória do socialista Blum em França.
conturbado. Nota-se a completa inutilidade e incapaci-
dade das instituições para a resolução de conflitos entre Página 255 – Escrita
os países. Assiste-se, nestes anos, a movimentações polí-
ticas e ideológicas que estarão na base da constituição de 1.
regimes ditatoriais e que, em última análise, deflagram a Introdução: Apresentação sucinta do local, tendo em
Segunda Guerra Mundial. conta aspetos como a localização geográfica, o número
Cada um dos países concorre negativamente para o ce- de habitantes ou marcos distintivos… e exposição da opi-
nário acima indicado, tal como se sintetiza: nião (positiva ou negativa) sobre a terra.
Itália Desenvolvimento: Fundamentação da opinião com argu-
mentos e exemplos.
− Invasão da Etiópia pelas tropas italianas.
− Denúncia de atrocidades cometidas pelas tropas ita- Conclusão: Retoma da posição defendida e fecho.
lianas.
− Fim da guerra na Etiópia e nomeação de Mussolini Página 289 – Educação Literária
como imperador da África Oriental Italiana.
− Fuga do Negus para a Somália francesa. 4. O facto de o narrador afirmar que, em Portugal, não
− Disponibilização, por parte de Mussolini, da força ita- há artífices de tanta qualidade, e se os houvesse ganha-
liana na luta contra o comunismo. riam menos, é uma forma de demonstrar o menosprezo
dos portugueses e das suas competências por parte dos
Espanha governantes que valorizavam tudo o que era estrangeiro,
− Demissão do governo espanhol. não investindo nos seus concidadãos nem na sua cultura.
− Divergências na direita espanhola. (A propósito desta questão, pode estabelecer-se uma
− Proclamação, pela Falange, da oposição ao comunismo. relação de intertextualidade com A Abóbada e com
− Declaração da ilegalidade do partido fascista Falange Os Maias, focando-se o desprestígio a que muitas vezes
Espanhola e prisão do seu dirigente José António o povo português foi votado.
Primo de Rivera. – A Abóbada: o facto de Afonso Domingues ter sido pre-
− Destituição de Alcalá Zamora da presidência da República. terido por Mestre Ouguet.
− Comemoração da Revolução em Espanha. – Os Maias: a valorização da cultura francesa, em detri-
− Ida para Portugal de milhares de espanhóis como re- mento da portuguesa, por Dâmaso Salcede; o episódio da
fugiados. corrida de cavalos, “costume” importado de Inglaterra e
− Surgimento de um movimento revolucionário fascista, que não se coadunava com as tradições portuguesas).
liderado pelo general Franco.
− Intensificação da guerra em Espanha contra as forças
de esquerda.
Página 289 – Informar
− Apoio à revolução nacionalista de Franco concedido 1.1 Retiram-se a uma parte D. João V e o inquisidor,
por um grupo de financeiros norte-americanos. e este diz:
− Aquele que além está é frei António de S. José, a quem
Inglaterra falando-lhe eu sobre a tristeza de vossa majestade por
− Nomeação de Eduardo VIII como novo rei de Ingla- lhe não dar filhos a rainha nossa senhora, pedi que en-
terra. comendasse vossa majestade a Deus para que lhe desse
− Denúncia por Lloyd George do favorecimento de Portu- sucessão.
gal em termos de colónias face à Alemanha e à Itália. E ele me respondeu que vossa majestade terá filhos se
− Desculpabilização da Itália por Winston Churchill. quiser. E então perguntei-lhe que queria ele significar
Alemanha com tão obscuras palavras…
− Reprovação, pela Frente Patriótica Austríaca, da liga- 1.2 Discurso direto: “(e este diz:) − Aquele que além está
ção da Alemanha à Áustria. é frei António de S. José”.
− Declaração de Hitler sobre o propósito da Alemanha Marcas: verbo de tipo declarativo, dois pontos, pará-
ser um país pacifista. grafo, travessão.

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5. SOLUÇÕES DO MANUAL

Discurso indireto: “e então perguntei-lhe que queria ele b. A crítica da literatura


significar com tão obscuras palavras…”. Tópicos que o aluno poderá abordar:
Marcas: verbo de tipo declarativo, oração subordinada As obras denunciam aspetos negativos que corrompem
substantiva completiva. a sociedade:
− Os Lusíadas: o poeta denuncia o poder do dinheiro e a
corrupção que ele traz, associada à traição e à mentira.
Página 291 − Compreensão do Oral
− “Sermão de Santo António”: Vieira denuncia também
4. Trata-se de um debate, uma vez que estamos na pre- a ganância e a traição associadas à busca do poder
sença de dois intervenientes que assumem posições material, representadas alegoricamente por meio do
diferentes em relação ao tema e às questões lançadas polvo ou do voador.
pela moderadora, servindo-se de argumentos e exem-
− Os Maias: o poder do dinheiro é perspetivado critica-
plos que fundamentam as suas opiniões. É ainda evi-
mente como não sendo garantia de elegância ou de
dente o respeito pelo princípio da cortesia.
autenticidade, o que fica patente nos episódios que de-
nunciam o provincianismo de uma sociedade que não
Página 346 – Relacionar/Recordar conhece os comportamentos a adotar numa corrida de
cavalos ou num sarau literário.
2. O aluno poderá focar aspetos como:
c. A reflexão existencial.
Introdução: As obras dos autores em questão ilustram
diferentes perspetivas do sentimento amoroso. Tópicos a abordar pelos alunos:
Desenvolvimento: Lírica camoniana: presença do amor A reflexão existencial está presente em diversos auto-
neoplatónico, sentimento idealizado que permite ao res, que procuram uma resposta filosófica para encon-
poeta o acesso ao Bem; este reflete também sobre as trar o caminho de uma existência que se possa revelar
pulsões físicas do amor, mostrando a necessidade da ex- significativo para o ser humano ou que possa constituir
periência física (tensão patente no soneto “Transforma- uma resposta para as dúvidas e angústias inerentes ao
se o amador na cousa amada”); próprio facto de existir:
O ano da morte de Ricardo Reis: tema associado à perso- − Alberto Caeiro: defende uma vida simples, ao ritmo
nagem Reis, que mantém relacionamentos diferentes que da Natureza, onde a razão e o pensamento não têm
correspondem a visões distintas do amor: com Lídia, vive lugar porque trazem a tristeza e a infelicidade ao ser
um amor físico, sem assumir nenhum tipo de sentimento humano (ex.: “O guardador de rebanhos”).
emocional (o que fica patente nos diferentes encontros − Ricardo Reis: advoga uma vida pautada pelo estoicismo
ao longo da obra e na atitude de indiferença de Reis face e pelo epicurismo que permitem ao ser humano mini-
à gravidez de Lídia); com Marcenda, a relação ilustra um mizar a dor provocada pela consciência da morte pela
tipo de amor contemplativo, incapaz de se concretizar (as redução ao mínimo das suas consequências (ex.: “Vem
personagens não conseguem tornar o sentimento real ou sentar-te comigo, Lídia, à beira do rio”).
físico – entre eles aconteceu apenas a troca de um beijo e
− Álvaro de Campos: sustenta, na segunda fase literária,
um pedido de casamento pouco convicto).
uma vida pautada pelo excesso das sensações como
Conclusão: As obras evidenciam diferentes perspetivas do forma de aproveitar ao máximo a existência, procu-
amor, tanto do ponto de vista reflexivo como experiencial. rando as sensações limite, indo até além do que é hu-
3. a. Representação da mulher na literatura mano (ex.: “Ode triunfal”).
Tópicos que o aluno poderá abordar: − Antero de Quental: manifesta uma angústia existen-
− Mulher na poesia trovadoresca: donzela que vive em cial, assumindo um tom desiludido e uma postura
ambiente rural, caracterizada pela sua simplicidade e pessimista perante a fragilidade humana (ex.: “Nox”
pela naturalidade, espontaneidade dos seus sentimen- e dúvida perante a ação de Deus).
tos (ex.: “Ondas do mar de Vigo” e “Bailemos já todas
três, ai amigas”). Propostas alternativas – Página 26 Manual (página 36, Guia do
− Mulher na lírica camoniana: mulher, representante da
realidade extraterrena, marcada pela perfeição física
Professor)
e moral, capaz de elevar o poeta a outra dimensão (ex.: 1.1. [B]
“Ondados fios de ouro”). 1.2. [C]
− Mulher no conto “George”: mulher que possui a ânsia 1.3. [A]
de liberdade desde jovem; no presente, vive recon-
fortada com o seu êxito como pintora e com as re- 1.4. [C]
percussões financeiras que este lhe traz. É, contudo, 2. a. Jerónimo Pizarro; b. Fernando Cabral Martins;
inconstante no amor e de personalidade complexa c. escritor; d. Eça de Queirós; e. Carlos Coelho;
(muda constantemente a cor dos cabelos, não possui f. eus; g. Inês Pedrosa; h. Carlos Amaral Dias;
nada de seu, mora em casas alugadas, desfaz-se dos
livros; nada possui do passado, com exceção de uma i. valter hugo mãe; j. António Cícero; k. Fernando Pessoas
fotografia sua quando jovem) e receia o seu futuro de 3.
solidão e degradação física. a. F; b. V; c. V; d. F; e. V; f. F; g. V; h. F; i. F; j. V
k. V; l. F; m. V; n. V

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5. SOLUÇÕES DO MANUAL

Tópicos Justificação/Exemplificação

Tema e sua Exaltação da modernidade e de aspetos com ela relacionados, como se antevê pelo título (“Ode triunfal”), uma vez
relação com que a palavra “ode” significa canto elogioso, a que se acrescenta “triunfal”, que reforça a magnitude desse elogio
o título que, neste caso, é dirigido à era moderna e industrial.

Contexto a. O sujeito poético encontra-se numa fábrica, a escrever sob a luz das grandes lâmpadas elétricas como se
espacial comprova nos dois primeiros versos do poema.

Estado b. O “eu” sente dor, febre causadas por sensações contraditórias provocadas pela beleza dolorosa daquilo que
emocional do o rodeia, destacando-se a nova noção de estética preconizada pelo Modernismo e que é “desconhecida dos
sujeito poético antigos”. Apresenta-se apaixonado e exaltado; numa histeria de sensações face ao esplendor do progresso, deseja
sentir tudo de todas as maneiras, identificando-se com tudo, querendo ser tudo e fundir-se em tudo (“Ah!, poder
exprimir-me todo como um motor se exprime! / Ser completo como uma máquina!”/ “Poder ao menos penetrar-me
fisicamente de tudo isto...”).
Sobressai também um tom nostálgico perante o fracasso de algumas transformações decorrentes da
modernidade.

Realidades c. O lado positivo da realidade observada é visível nas referências aos avanços da técnica, como confirmam
retratadas as referências à fábrica, às lâmpadas, às rodas, às engrenagens, às correias de transmissão, aos navios, aos
comboios, às grandes cidades, à atividade transatlântica, aos guindastes, aos navios…. Porém, a esta exaltação
da modernidade opõe-se a outra face da realidade – o lado negativo da nova era industrial. Nela surgem a
corrupção, os escândalos financeiros, as agressões políticas, os desastres de comboio, os naufrágios, as notícias
desmentidas, as guerras, as injustiças…

Matéria épica d. O facto de o poema ‘cantar’ a civilização industrial da época bem como referir os pensadores da Antiguidade
como responsáveis pela preparação da era Moderna e a exaltação das transformações operadas fazem com que
perpasse um tom épico pelo poema.

Valorização e. Ao contrário de Marinetti que defendia a valorização do futuro, anulando o passado e o presente, o Futurismo
do tempo alvariano reduz o passado e o futuro a um só tempo: o presente. Defende mesmo que o presente só é possível
porque nele está todo o passado e todo o futuro, ambos ganham significação no presente, até porque no passado
se preparou o presente e no presente se prepara o futuro, levando-o a afirmar: “Eia todo o passado dentro do
presente! / Eia todo o futuro já dentro de nós! eia!” (vv. 222-223).

Tipos sociais Referem-se vários tipos sociais, nomeadamente “comerciantes”, “vadios”, “escrocs”, “aristocratas”, “esquálidas
evocados figuras dúbias”, “chefes de família”, “cocottes”, “burguesinhas”, “pederastas”, “gente elegante que passeia”,
“caixeiros-viajantes”, “gente ordinária e suja”, “gente humana que vive como cães”.

Presença do f. O Sensacionismo é levado ao paroxismo, uma vez que o “eu” afirma querer sentir tudo de todas as maneiras
Sensacionismo e, extasiado deseja “poder exprimir-[se] todo como um motor se exprime!”, “Ser completo como uma máquina!”,
“Poder ir na vida triunfante como um automóvel último-modelo!”, ou poder “morrer triturado por um motor / Com
o sentimento de deliciosa entrega duma mulher possuída”, assumindo mesmo uma atitude sadomasoquista só
para aceder a “tudo com que hoje se constrói, com que hoje se é diferente de ontem!”

Elogio da g. No poema faz-se o elogio do belo feroz, abolindo-se o conceito de beleza aristotélica, por isso tudo o que é
modernidade símbolo da modernidade e da era industrial é elogiado, numa euforia nunca vista, vendo grandiosidade e beleza em
todos os símbolos e efeitos da sociedade contemporânea e na época moderna, ao ponto de, depois de enumerar
alguns aspetos negativos, concluir: “Que importa tudo isto, mas que importa tudo isto”/Ao fúlgido e rubro ruído
contemporâneo, / Ao ruído cruel e delicioso da civilização de hoje?”

Recursos h. Apóstrofe:“Ó rodas, ó engrenagens”, “ó grandes ruídos modernos”. Aliteração do som /f/: “Em fúria fora e
estilísticos dentro de mim”, “de ferro e fogo e força”. Enumeração: “Andam por estas correias de transmissão e por estes
êmbolos e por estes volantes”, “Desta flora estupenda, negra, artificial e insaciável!”. Gradação: “Rugindo,
rangendo, ciciando, estrugindo, ferreando”. Anáfora: “Por todos os meus nervos dissecados fora, / Por todas as
papilas fora de tudo com que eu sinto!”. Onomatopeia: “r-r-r-r-r-r-r eterno!”, “ Z-z-z-z-z-z-z-z-z-z-z-z!”. Metáfora:
“Arde-me a cabeça”, “Fauna maravilhosa do fundo do mar da vida!”, “A luz do sol abafa o silêncio das esferas”.
Personificação: “Do tumulto disciplinado das fábricas”, “Progressos dos armamentos gloriosamente mortíferos!”;
a anástrofe: “Em febre e olhando os motores como a uma Natureza tropical − / Grandes trópicos humanos de ferro
e fogo e força − / Canto, e canto o presente, e também o passado e o futuro”.

Ritmo e sua Impera no poema um ritmo torrencial, feroz, vivo, em que surgem, em catadupa, as diferentes realidades
funcionalidade captadas por um “eu” em plena histeria de sensações. O autor incute no texto um ritmo alucinante, onde os
aspetos evidenciados se atropelam, sugerindo a euforia do sujeito poético e a sua quase devoção à modernidade
e às transformações, boas e más, operadas pela civilização industrial em que este “eu” sensacionista se insere.

Marcas do O poema inscreve-se na segunda fase poética de Álvaro de Campos, aquela em que faz sentir o Futurismo e o
Futurismo e Sensacionismo, o elogio à era Moderna e aos símbolos da modernidade, ao belo feroz, e se assiste à anulação
Sensacionismo da estética aristotélica e à mistura do objetivo com o subjetivo. A nível formal também se verifica a subversão
sintática, estrófica e métrica. O vocabulário é atípico, rompendo, em todos os aspetos, com a tradição poética
anterior.

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6. GRELHAS
DE AVALIAÇÃO

ORALIDADE
E ESCRITA

Material disponível, em formato editável, em

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6. GRELHAS DE AVALIAÇÃO

Guião de verificação da Escrita: EXPOSIÇÃO

Ano letivo _______ Nome do aluno: __________________________________________________________ Ano/Turma: ____________ N.o: __________

Data de realização do texto

Fases Parâmetros

Pesquisa e seleção da informação.


PLANIFICAÇÃO

Elaboração do plano.

Respeito pelo tema:


− apresentação do tema de forma
elucidativa;
− fundamentação das ideias;
− concisão e objetividade.
REDAÇÃO/TEXTUALIZAÇÃO

Mobilização de informação adequada


e pertinente.

Respeito pelas marcas específicas


do género textual, estrutura e número
de palavras.

Utilização correta de mecanismos de


coesão, de conectores e de vocabulário
diversificado.

Marcação correta de parágrafos e respeito


pelas regras de pontuação, de acentuação,
de ortografia e de citação.

Uso de registo(s) de língua adequado(s).


REVISÃO

Revisão e reformulação do texto.

Total

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6. GRELHAS DE AVALIAÇÃO

Guião de verificação da Escrita: TEXTO DE OPINIÃO

Ano letivo _______ Nome do aluno: __________________________________________________________ Ano/Turma: ____________ N.o: __________

Data de realização do texto

Fases Parâmetros

Pesquisa e seleção da informação.


PLANIFICAÇÃO

Elaboração do plano.

Respeito pelo tema:


− explicitação de um ponto de vista com
clareza e pertinência;
− apresentação de argumentos
pertinentes;
− seleção de exemplos significativos.
REDAÇÃO/TEXTUALIZAÇÃO

Produção de um discurso valorativo


através da emisão de juízos de valor.

Respeito pelas marcas específicas


do género textual, estrutura e número
de palavras.

Utilização correta de mecanismos de


coesão, de conectores e de vocabulário
diversificado.

Marcação correta de parágrafos e respeito


pelas regras de pontuação, de acentuação,
de ortografia e de citação.

Uso de registo(s) de língua adequado(s).


REVISÃO

Revisão e reformulação do texto.

Total

SENTIDOS 12t(VJBEP1SPGFTTPSt"4" 53
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6. GRELHAS DE AVALIAÇÃO

Guião de verificação da Escrita: APRECIAÇÃO CRÍTICA

Ano letivo _______ Nome do aluno: __________________________________________________________ Ano/Turma: ____________ N.o: __________
Data de realização do texto
Fases Parâmetros
PLANIFICAÇÃO

Pesquisa e seleção de informação.

Elaboração do plano.

Respeito pelo tema:


− respeito pelo tema e o género textual:
− descrição sucintamente do objeto.
− avaliação crítica.
REDAÇÃO/TEXTUALIZAÇÃO

Mobilização de informação adequada


e pertinente.
Respeito pelas marcas específicas
do género textual, estrutura e número
de palavras.
Utilização correta de mecanismos de
coesão, de conectores e de vocabulário
diversificado.
Marcação correta de parágrafos e respeito
pelas regras de pontuação, de acentuação,
de ortografia e de citação.
Uso de registo(s) de língua adequado(s).
REVISÃO

Revisão e reformulação do texto.

Total

Ficha de auto e heteroavaliação: COMPREENSÃO DO ORAL

Ano letivo _______ Data: _____________ Nome do aluno: ___________________________________________ Ano/Turma: ___________ N.o: ________
PARÂMETROS + – +/–
Esteve atento(a).
Tomou notas.
Identificou o tema.
Registou a informação de forma sequencial.
Compreendeu a estrutura do texto/documento.
Distinguiu a informação objetiva da subjetiva.
Distinguiu diferentes intenções comunicativas.
Verificou a adequação dos recursos verbais e não verbais.
Explicitou marcas dos géneros textuais apresentados.
Fez inferências.

54 SENTIDOS 12t(VJBEP1SPGFTTPSt"4"

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Grelha de avaliação da EXPRESSÃO ORAL

Ano letivo _______ Ano/Turma: ____________ Período: __________

NOMES DOS ALUNOS

SENTIDOS 12t(VJBEP1SPGFTTPSt"4"
PARÂMETROS

1–
2–
3–
4–
5–
6–
7–
8–
9–
10 –
11 –
12 –
13 –
14 –
15 –
16 –
17 –
18 –
19 –
20 –
21 –
22 –
23 –
24 –
25 –
26 –
27 –
28 –
29 –
30 –
31 –

Pesquisa/
seleção da informação
Planificação da intervenção
Contemplação dos tópicos
lOMoARcPSD|11836316

(fornecidos ou elaborados)
Respeito pelos princípios
da cortesia
Adequação do registo de língua
e formas de tratamento
Utilização de recursos verbais
e não verbais

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Intervenção correta, com
propriedade vocabular
Respeito pelas marcas específicas
do género textual e pela estrutura
textual
Qualidade e pertinência
da informação
Respeito pela extensão temporal
AVALIAÇÃO FINAL

55
6. GRELHAS DE AVALIAÇÃO

Nota: A ficha deve passar por cada um dos alunos de modo a que cada um proceda à sua autoavaliação. / Cada parâmetro deve ser classificado na escala de 0 a 20 pontos
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Título
Sentidos 12
Guia do Professor
Português – 12.o ano

Autoras
Ana Catarino
Ana Felicíssimo
Isabel Castiajo
Maria José Peixoto

Execução Gráfica
CEM, Artes Gráficas, S.A.

Depósito Legal
N.o 20964/17

ISBN
978-888-89-1023-9

Ano / Edição / Tiragem / N.o Exemplares


2017 / 1.a Edição / 1.a Tir. / 6500 Exs.

© 2017, ASA, uma editora do Grupo LeYa

E-mail: apoio@leyaeducacao.com
Internet: www.asa.pt
Livraria Online: www.leyaonline.com

Apoio ao Professor
707 231 231
210 417 495

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LeYa em Aveiro Porto
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Santarém
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Lisboa Viseu
LeYa na Buchholz LeYa na Pretexto
Rua Duque de Palmela, 4 Rua Formosa, 83
1200-098 Lisboa 3500-135 Viseu

www.sentidos12.asa.pt
978-888-89-1023-9

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