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Administração dos Estoques

Profa. Miriam Rocha


Administração dos Estoques

• Encarregada de planejar e controlar os estoques dos


itens comprados, fabricados e montados definindo os
tamanhos dos lotes, a forma de reposição e os
estoques de segurança do sistema.

Profa. Miriam Rocha


Planejamento e Controle de Operações I
Administração dos Estoques

Funções dos Estoques

✓ Garantir a independência entre etapas produtivas


✓ Permitir uma produção constante
✓ Possibilitar o uso de lotes econômicos
✓ Reduzir os lead times produtivos
✓ Colocar segurança no sistema produtivo
✓ Obter vantagens de preço

Profa. Miriam Rocha


Planejamento e Controle de Operações I
Administração dos Estoques

Os estoques são criados para absorver diferentes


problemas do sistema de produção alguns deles,
como a sazonalidade, são insolúveis, outros como o
atraso na entrega de matérias-primas ou a produção de
itens defeituosos podem ser resolvidos

✓ menor o nível de estoques com que um sistema produtivo


conseguir trabalhar, mais eficiente e enxuto esse sistema
será.

Profa. Miriam Rocha


Planejamento e Controle de Operações I
Administração dos Estoques

Os estoques estão relacionados (ou são a causa ou a


consequência) a todas as sete perdas que devem ser
combatidas para se chegar à manufatura enxuta (ME).

✓ superprodução, espera, transporte, processamento, estoque,


movimentos desnecessários e produtos defeituosos;

✓ um dos melhores indicadores de desempenho da eficiência


dos sistemas produtivos é a análise e acompanhamento do
giro de estoques,

Profa. Miriam Rocha


Planejamento e Controle de Operações I
Administração dos Estoques
Decisões a serem tomadas

1. tamanho dos lotes de reposição


✓ relacionado aos custos envolvidos com a reposição e
manutenção dos estoques no sistema produtivo

2. tamanho dos estoques de segurança


✓ relacionado com os erros de previsão e com o nível de
serviço previsto

3. modelo de controle de estoque


✓ relacionado à importância relativa do item e a seu sistema
de produção

Profa. Miriam Rocha


Planejamento e Controle de Operações I
Lote econômico (Q*)

Custo Direto (CD) : incorrido diretamente com a


compra ou fabricação do item. É proporcional a
demanda para o período e aos custos unitários do item
(de fabricação ou de compra).

Profa. Miriam Rocha


Planejamento e Controle de Operações I
Lote econômico (Q*)

Custo de Preparação (CP): custos referentes ao


processo de reposição do item pela compra ou
fabricação do lote de itens.

✓ mão-de-obra para emissão;


✓ e processamento das ordens de compra ou de fabricação;
✓ materiais e equipamentos utilizados para a confecção das
ordens;
✓ custos indiretos dos departamentos de Compras ou do PCP
para a confecção das ordens, como luz, telefone, aluguéis,
etc., e,
✓ quando for o caso de fabricação dos itens, os custos de
preparação dos equipamentos produtivos
Profa. Miriam Rocha
Planejamento e Controle de Operações I
Lote econômico (Q*)

Custo de Preparação (CP)

Profa. Miriam Rocha


Planejamento e Controle de Operações I
Lote econômico (Q*)

Custo de Manutenção de Estoques (CM):


decorrentes do fato do sistema produtivo necessitar
manter itens em estoques para o seu funcionamento

✓ mão-de-obra para armazenagem;


✓ movimentação dos itens;
✓ aluguel, luz, seguro, telefone, sistemas computacionais e
equipamentos do almoxarifado;
✓ custos de deterioração e obsolescência dos estoques;
✓ custo do capital investido relacionado com a taxa de mínima
atratividade (TMA) da empresa

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Planejamento e Controle de Operações I
Lote econômico (Q*)

Custo de Manutenção de Estoques (CM)

Profa. Miriam Rocha


Planejamento e Controle de Operações I
Estoque médio ( )
Quantidade

Q
d
t Q 1 Q
Qm =  =
2 t 2
t Tempo

Profa. Miriam Rocha


Planejamento e Controle de Operações I
Exemplo (lote econômico, Q*)
Um comerciante trabalha com máquinas fotográficas
compradas em Manaus a um custo de $ 50 cada e
vendidas aqui. Em cada viagem a Manaus se gasta $
1.300, independente da quantidade trazida. A demanda
anual pelas máquinas é de 600 unidades, e sobre o
capital empatado se paga uma taxa de 78% ao ano.
Quantas viagens ele deve fazer por ano, ou qual o
tamanho do lote a ser comprado em cada viagem?

• C = $ 50
• D = 600
• A = $ 1.300
• I = 0,78
• Qm = Q/2 Profa. Miriam Rocha
Planejamento e Controle de Operações I
Exemplo (lote econômico, Q*)

Viagens Lotes CD CP CM CT
CD = D x C 1 600 30.000
2 300 30.000
C = $ 50 3 200 30.000
D = 600
4 150 30.000
A = $ 1.300
I = 0,78 5 120 30.000
Qm = Q/2 6 100 30.000
7 86 30.000
8 75 30.000
9 67 30.000
Profa. Miriam Rocha
10 60 e Controle
Planejamento 30.000 de Operações I
Exemplo (lote econômico, Q*)

Viagens Lotes CD CP CM CT
CP = N x A 1 600 1.300
2 300 2.600
C = $ 50 3 200 3.900
D = 600
4 150 5.200
A = $ 1.300
I = 0,78 5 120 6.500
Qm = Q/2 6 100 7.800
7 86 9.100
8 75 10.400
9 67 11.700
Profa. Miriam Rocha
10 60 e Controle de Operações
Planejamento 13.000I
Exemplo (lote econômico, Q*)

Viagens Lotes CD CP CM CT
CM = Qm x C x I 1 600 11.700
2 300 5.850
C = $ 50 3 200 3.900
D = 600 4 150 2.925
A = $ 1.300
5 120 2.340
I = 0,78
Qm = Q/2 6 100 1.950
7 86 1.671
8 75 1.463
9 67 1.300
Profa. Miriam Rocha
10 60
Planejamento e Controle de Operações I 1.170
Exemplo (lote econômico, Q*)

Viagens Lotes CD CP CM CT
1 600 30.000 1.300 11.700 43.000
2 300 30.000 2.600 5.850 38.450
3 200 30.000 3.900 3.900 37.800 Lote Econômico
4 150 30.000 5.200 2.925 38.125
5 120 30.000 6.500 2.340 38.840
6 100 30.000 7.800 1.950 39.750
7 86 30.000 9.100 1.671 40.771
8 75 30.000 10.400 1.463 41.863
9 67 30.000 11.700 1.300 43.000
Profa. Miriam Rocha
10 60 30.000 13.000
Planejamento e Controle de1.170
Operações I44.170
Exemplo (lote econômico, Q*)

50.000 CD CP CM CT
45.000
40.000
35.000
30.000
R$

25.000
20.000
15.000
10.000
5.000
0
1 2 3 4 5 6 7 8 9 10
Número de Viagens

Profa. Miriam Rocha


Planejamento e Controle de Operações I
Lote econômico (Q*)
Quantidade

Q Q D
d
Qm = N=
2 Q

t Tempo

D D Q
CT = D  C +  A + Qm  C  I = D  C +  A +  C  I
Q Q 2
CT D  A C I
=0− 2 + =0
Q Q 2

2D  A 2 D A D C  I
Q = * Q =
*
N =
*
ou
Cm 2 A
C I Profa. Miriam Rocha
Planejamento e Controle de Operações I
Lote econômico (Q*)
Quantidade

Q
d

t Tempo

2D  A 2  600  1300


Q* = = = 200 unid. por reposição
C I 50  0,78

D C  I 600  50  0,78
N* = = = 3 rep. por ano
2 A 2  1300

D Q Profa.600
Miriam Rocha 200
CT = D  C +  A +  C  I =Planejamento
600  50 +e Controle
 1.de
300Operações I 50  0,78 = 37 .800 $ por ano
+
Q 2 200 2
Variação do lote econômico (Q*)

46.000

44.000

42.000
Faixa Econômica
R$

40.000

38.000

36.000

34.000
1 2 3 4 5 6 7 8 9 10
Núm ero de Viagens

Viagens Lote CD CP CM CT DCT %DCT DLote %DLote


1 600 30.000 1.300 11.700 43.000 5.200 13,76 400 200,00
2 300 30.000 2.600 5.850 38.450 650 1,72 100 50,00
3 200 30.000 3.900 3.900 37.800 0 0,00 0 0,00
4 150 30.000 5.200 Profa. Miriam 38.125
2.925 Rocha 325 0,86 -50 -25,00
10 60 30.000 Planejamento
13.000 e Controle44.170
1.170 de Operações I
6.370 16,85 -140 -70,00
Variação do lote econômico (Q*)

• Ao se determinar um valor para o lote econômico,


este servirá apenas como um indicativo do valor em
torno do qual se dará a reposição (Faixa
Econômica).

Profa. Miriam Rocha


Planejamento e Controle de Operações I
Variação do lote econômico (Q*)

Uma série de problemas práticos irá impedir que o PCP


possa programar exatamente o valor encontrado:

✓ A dificuldade em se levantar precisamente os valores


das variáveis que entrarão na fórmula de cálculo do lote
econômico (A, I, D, C);

✓ A logística de movimentação e armazenagem do item


(embalagem, meio de transporte, ou forma de
armazenagem) impede o uso do valor exato;

✓ A proporcionalidade de uso do item no produto acabado não


se encaixa no valor exato do lote.
Profa. Miriam Rocha
Planejamento e Controle de Operações I
Estoque de segurança (Qs)

Quantidade
d

Qs

t t´ Tempo

São projetados para absorver as variações na demanda


durante o tempo de ressuprimento, ou variações no
próprio tempo de ressuprimento, dado que é apenas
durante este período que os Rocha
Profa. Miriam estoques podem acabar e
Planejamento e Controle de Operações I
causar problemas ao fluxo produtivo .
Estoque de segurança (Qs)

Estoques de segurança agem como amortecedores


para os erros do sistema produtivo associados ao
abastecimento interno ou externo dos itens.

✓ Na ME a ênfase é na prevenção dos erros, e não na


correção e convivência com eles através dos estoques de
segurança;

✓ Na prática, as empresas tendem a conviver com esses


problemas e colocar estoques de segurança nos modelos de
controle de estoques para amortecer os erros, pelo menos
enquanto os problemas não forem tratados como tal e
eliminados .
Profa. Miriam Rocha
Planejamento e Controle de Operações I
Estoque de segurança (Qs)

Geralmente, a colocação dos estoques de segurança


não precisa ser feita em todos os itens.

✓ Se for colocada segurança na ponta da cadeia produtiva, ou


seja, na montagem do plano-mestre dos produtos
acabados, essa segurança já cobriria as possíveis variações
da demanda dos componentes do produto (MRP);

✓ Nos pontos do roteiro de fabricação aonde houvessem


recursos gargalos, a programação desses recursos deveria
ser protegida com uma quantidade adicional de segurança
para evitar paradas.

Profa. Miriam Rocha


Planejamento e Controle de Operações I
Estoque de segurança (Qs)

Projetado para absorver as variações (randômicas) da


demanda durante o tempo de ressuprimento.

Z .s Nível de Serviço Z
80% 0,84
d dmáx
85% 1,03
90% 1,28
Qs = Z .s s = 141,25 95% 1,64
99% 2,32
𝑄𝑠 = 1,03 ⋅ 141,25 = 146,49 kg
99,99% 3,09
𝑄𝑠 = 2,32 ⋅ 141,25 = 327,70 kg Profa. Miriam Rocha
Planejamento e Controle de Operações I
Estoque de segurança (Qs)

Existem outras formas mais simples de cálculo dos


estoques de segurança:

✓ considerá-lo como uma porcentagem da demanda durante


o tempo de ressuprimento;

✓ considerá-la como tempo, ou seja, planejar o recebimento do


item com um tempo de segurança, também chamado de
timer buffer, como forma de garantir que o item chegará
a tempo para seu consumo.

Profa. Miriam Rocha


Planejamento e Controle de Operações I
Referências
• Moreira, Daniel A. Administração da Produção e Operações - 2ª Edição Revista e
Ampliada. Disponível em: Minha Biblioteca, (2nd edição). Cengage Learning Brasil, [Inserir
ano de publicação].

• Moreira, Daniel. ADMINISTRAÇÃO DA PRODUÇÃO E OPERAÇÕES. Disponível em: Minha


Biblioteca, Editora Saraiva, 2012.

• TUBINO, D. F. Planejamento e Controle da Produção: Teoria e Prática. 2008.

Profa. Miriam Rocha


Planejamento e Controle de Operações I

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