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https://creativecommons.org/licenses/by/4.0/deed.pt_BR
ISBN - 978-85-5696-034-4
MACUMBA, MACUMBIZAÇÃO E
DESMACUMBIZAÇÃO
Bas´Ilele Malomalo 132
4. Autenticidade compartilhada
Referências
Referências
1. Introdução
2. A Imagem Religiosa
3. A Ceia
4. Da Vinci
5. Volpi
6. Conclusão
Referências
1. Introdução
2. A teleologia democrática
3. Autonomia e heteronomia
7. Conclusão
Referências
Consultado em 14/07/2015.
Consultado em 13/07/2015.
Consultado em 14/07/2015.
Consultado em 14/07/2015.
1. Introdução
É D´OXUM
MACUMBA
Noite de Yemanjá
Negro come acaçá
Noite de Yemanjá
Filha de Nanan
Negro come acaçá
Veste seu branco abebé
Toca o águe
O caxixi
O agogô
O gã
O engona
O ilu
O lê
O ronco
O run
O rumpi
Negro pula
Negro dança
Negro bebe
Negro canta
Negro vadia
Noite e dia
Sem parar
Pro corpo de Yemanjá
Pros cabelos de Obá
Do Calunga
Do mar
Cambondo sua
Mas não cansa
Cambondo geme
Mas não chora
Cambondo toca
Até o dia amanhecer
Mulata cai no santo
150 | A religiosidade brasileira e a filosofia
Lá no terreiro
dançou para mim
seus seios bonitos
pulavam no ritmo
do atabaque
e do agogô
Fui pra casa da negra
Fomos os dois pro céu
Recebi o santo
do corpo da negra
e fiquei o maior de todos os Ogans
e passei a cavalo
Bas´Ilele Malomalo | 151
de Obatalá...
(TRINDADE, 2007, p. 123)
5. Conclusão
Referências
1. Introdução
Na proposta de Cassirer, o
Eu vou ao Bomfim
Uma promessa pagar
Dar um abraço às baianas
E a igreja lavar
Eu andava perambulando
Sem ter nada pra comer
Fui pedir às almas santas
Para vir me socorrer
Tenho fé na consciência
Que sempre andei correto
Por isso sou bem protegido
Por vovó Catarina e vovô Anacleto
Eles são meus protetores
Que garantem a minha paz
Senhora rezadeira
Reze uma prece com fé
Pra que a raça brasileira
Esteja sempre de pé
Eu de joelhos imploro
E peço a minha vovó
Na fé de Zambi me diz
Quem botou maisena no meu pó
Conheço um velho
Que é macumbeiro
208 | A religiosidade brasileira e a filosofia
Referências
Referências
1. Introdução
Referências
1. Introdução
4. Conclusão
Referências
para este esporte parecida com aquela que Platão usou para
expulsar os poetas de sua cidade ideal: o mal estaria em nos
afastar em dois graus da realidade. Se o jogador pode
justificar sua participação em uma partida de futebol
afirmando tratar-ser de uma atividade física e lúdica em que
despende energia e agressividade, essa mesma argumentação
se degradaria com a transformação do jogo em esporte,
tendo por fim a de competição e lucro; pior em um nível é a
situação de quem está na torcida e passivamente assiste a
atuação dos atletas; contudo o absurdo ganha uma terceira
potência com a multiplicação de discursos e debates em
torno dos jogos, que, com seriedade alienada, ocupam o
lugar do próprio futebol, funcionando por si mesmos (as
mesas redondas esportivas geram debates e falsas polêmicas
que se multiplicam para além do jogo, de tal modo que o
assunto deixa de ser o futebol para ser a conversa sobre
aquilo que se conversa sobre futebol). O bate-papo
esportivo toma o centro da atenção em lugar das questões
políticas e sociais, energias que poderiam ser
transformadoras, são despendidas em discussões, brigas,
lágrimas e celebrações alienadas. O futebol surge como um
ritual de irrealidade, uma celebração antirreligiosa de
alienação indulgente, “o lugar da Ignorância total” (Idem, p.
226).
Apesar desta experiência como “testemunha do
caos”, Eco somente aos vinte e dois anos abandonou sua fé
católica, mas fez isso de uma forma curiosa e parcial:
Referências
<http://media.wix.com/ugd/cf78e1_4dfba10b14854057
b003f4a4650f5b2a.pdf>, consultado em 11/11/2015.