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Estética é muitas vezes apresentada como a disciplina filosófica que se ocupa dos

problemas e dos conceitos que utilizamos quando nos referimos a objetos estéticos,
ou seja, esta é a disciplina filosófica que se ocupa dos problemas, teorias e argumentos
acerca da arte. A estética é, portanto, o mesmo que filosofia da arte.
Um dos primeiros problemas da filosofia da arte é definir arte.
Uma maneira de abordar a questão é começar pelos objetos estéticos
O que são objetos estéticos?
Objetos estéticos são objetos que nos provocam um prazer estético, maior parte das
pessoas gasta bastante tempo em busca do prazer estético, um prazer que obtemos
através de sensações e emoções, ouvir música no carro, saborear a nossa comida
preferida ou apreciar o pôr do sol são todos exemplos de apreciação estética.
Como humanos somos naturalmente atraídos para estes objetos, por exemplo, muitas
das vezes ao comprar calçado, roupa, ou até um carro, não estamos focados nas
funcionalidades dos objetos, mas sim na sua beleza e no prazer estético que nos
trazem.
Então, como posso avaliar o prazer estético ou a beleza de um objeto?
Muitas pessoas defendem que a arte é totalmente subjetiva, ou seja, é apenas uma
questão de gosto pessoal.
Outras argumentam que a intenção do artista é o mais importante — o artista deve
querer provocar algum sentimento valioso no seu público para que a sua obra seja
considerada arte.
Algumas argumentam ainda que o que faz arte, arte é a emoção estética que traz ao
público. Então, ao invés do momento da sua criação, o objeto torna-se arte quando o
público se depara com, e é afetado pela obra.
Certos filósofos aperceberam-se que as nossas ideias de arte estão em desacordo, por
um lado parece ser subjetiva, mas por outro, deve existir algum critério objetivo.
David Hume foi um filósofo do século 18 que disse que não devemos confundir gostar
de algo com achar algo bom. O facto de gostar ou não de algo não pode estar errado
uma vez que é totalmente subjetivo, enquanto algo ser bom ou mau é objetivo até
certo ponto, ou seja Hume achava que estamos predispostos a achar certos padrões e
objetos mais apreciáveis que outros, por exemplo temos uma tendência natural de
gostar de simetria e desprezar assimetria.
Também dizia que, assim como temos sentido de cheiro, visão e audição, também
temos um sentido de gosto estético. Uma habilidade de detetar e avaliar as
propriedades estéticas de um objeto. Mas podemos usar os nossos gostos estéticos de
formas diferentes e ser melhores em apreciar algumas coisas do que outras.
Pensem em algo que gostem bastante como um desporto ou um instrumento musical,
quando vão a um concerto ou vêm o Cristiano Ronaldo a Jogar, reconhecem pequenas
falhas e apreciam pequenos detalhes que outras pessoas não apanhariam.
Segundo Hume certas pessoas têm um gosto estético naturalmente refinado, no
entanto caso não possuamos este dom natural podemos aprendê-lo com o tempo,
estudando o que os outros apreciam num objeto estético, e eventualmente
reconhecê-lo-ão tal como o futebol e a música.
Uma maior apreciação artística pode nos fazer bem. Talvez por nos dar prazer, ou por
nos dar uma perspetiva diferente do mundo e das pessoas, ou até por realçar detalhes
que poderia porventura deixar passar ao lado.

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