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– FLAUTA DOCE
INSTRUMENTO MUSICALIZADOR
– FLAUTA DOCE
Batatais
Claretiano
2016
© Ação Educacional Claretiana, 2015 – Batatais (SP)
Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução, a transmissão total ou parcial por qualquer forma e/ou qualquer meio
(eletrônico ou mecânico, incluindo fotocópia, gravação e distribuição na web), ou o arquivamento em qualquer sistema de
banco de dados sem a permissão por escrito do autor e da Ação Educacional Claretiana.
788.36 C352i
ISBN: 978-85-8377-482-2
CDD 788.36
INFORMAÇÕES GERAIS
Cursos: Graduação
Título: Instrumento Musicalizador – Flauta Doce
Versão: ago./2016
Formato: 20x28 cm
Páginas: 126 páginas
SUMÁRIO
CONTEÚDO INTRODUTÓRIO
1. INTRODUÇÃO....................................................................................................................................................................9
2. GLOSSÁRIO DE CONCEITOS...............................................................................................................................................11
3. ESQUEMA DOS CONCEITOS-CHAVE..................................................................................................................................12
4. E-REFERÊNCIAS.................................................................................................................................................................13
5. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS.........................................................................................................................................13
Conteúdo
A flauta doce como recurso de transmissão de elementos musicais, culturais e de socialização. Os principais
autores e técnicas de musicalização utilizados por meio do instrumento nas salas de aula do Ensino Funda-
mental ao Médio. Discussão sobre os recursos pedagógicos com a utilização da flauta doce (digitação barroca
ou germânica) e suas dinâmicas em sala. Elementos técnicos e estéticos para performances.
Bibliografia Básica
AKOSCHKY, J.; VIDELA, M. A. Iniciación a la flauta dulce. Buenos Aires, Ricordi, 1980. v. 1.
MONKEMEYER, H. Metodo para tocar la flauta dulce soprano – flauta doce solo. São Paulo: Editora Ricordi, 1985.
PROSSER E. S. Vem Comigo tocar flauta doce: manual para flauta doce soprano. Brasília: Musimed, 1995. v. 1.
Bibliografia Complementar
GIESBERT, F. J. Method for the treble recorder. Mainz: Schott, 1957.
PAOLIELLO, N. O. A flauta doce e sua dupla função como instrumento artístico e de iniciação musical . UFRJ: Rio de Janeiro,
2007. (Monografia).
VIDELA, M.; AKOSCHKY, J. Iniciación a la Flauta Dulce. Buenos Aires: Ricordi Argentina, 2005. v. 2.
TIRLER, H. Vamos tocar flauta doce – 38 Canções Brasileiras. São Leopoldo: Sinodal, 1992. v. 1.
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CONTEÚDO INTRODUTÓRIO
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É importante saber
Esta obra está dividida, para fins didáticos, em duas partes:
Conteúdo Básico de Referência (CBR): é o referencial teórico e prático que deverá ser assimilado para aquisição das compe-
tências, habilidades e atitudes necessárias à prática profissional. Portanto, no CBR, estão condensados os principais conceitos,
os princípios, os postulados, as teses, as regras, os procedimentos e o fundamento ontológico (o que é?) e etiológico (qual sua
origem?) referentes a um campo de saber.
Conteúdo Digital Integrador (CDI): são conteúdos preexistentes, previamente selecionados nas Bibliotecas Virtuais Univer-
sitárias conveniadas ou disponibilizados em sites acadêmicos confiáveis. É chamado "Conteúdo Digital Integrador" porque é
imprescindível para o aprofundamento do Conteúdo Básico de Referência. Juntos, não apenas privilegiam a convergência de
mídias (vídeos complementares) e a leitura de "navegação" (hipertexto), como também garantem a abrangência, a densidade e
a profundidade dos temas estudados. Portanto, são conteúdos de estudo obrigatórios, para efeito de avaliação.
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1. INTRODUÇÃO
Bem-vindo ao estudo de flauta doce!
Nesta obra, você fará uma pequena imersão no universo deste instrumento histórico,
que traz consigo tantas possibilidades. O objetivo deste material é habilitar o aluno do curso
de Licenciatura em Música do Claretiano – Centro Universitário para as inúmeras possibilida-
des que a flauta doce apresenta.
Para isso, você terá um tempo relativamente curto para um resultado expressivo na
performance de qualquer instrumento, mas adequado para reflexões de futuras abordagens
pedagógicas.
Elencamos, então, duas possibilidades (ou funções), como diz Paoliello (2007), para este
novo desafio: o pedagógico e o artístico. Ou seja, inicialmente pensamos no instrumento flau-
ta doce como suporte e ferramenta de apoio a serviço da musicalização, com propostas peda-
gógicas que acrescentem qualidades ao processo educativo. Veremos a flauta doce, também,
nas possíveis questões performáticas que poderão surgir com o conhecimento dos inúmeros,
e muitas vezes, desconhecidos recursos que ela nos apresenta e oferece.
Agora, evocamos você à missão árdua que teremos pela frente, pois, em geral, quando
se fala em flauta doce no Brasil, pensa-se, imediatamente, em um brinquedo na forma de
instrumento, um pré-instrumento ou se remete ao “som desagradável” produzido por execu-
tantes despreparados. Neste estudo, teremos, então, o dever de desmistificar esse consenso.
Para isso, serão disponibilizadas as informações básicas e necessárias que compreen-
dem, além das habilidades técnicas e pedagógicas, também a história, os tipos e as famílias
que chamamos de “consortes” no instrumento, as obras compostas, os grandes compositores
e intérpretes, que poderão ser encontrados em vídeos, filmes e materiais gráficos indicados.
Assim, será possível que este instrumento tão rico deixe de ser visto apenas como um “auxílio-
-educação”, um instrumento dedicado a amadores ou mero brinquedo.
Todos nós sabemos que a flauta é um instrumento facilitador da alfabetização musical,
ou seja, da musicalização, e isso ocorre pela pouca dificuldade que nela encontramos para
produzir ou extrair um som; também é facilitadora pela pouca complexidade na sua digitação.
A flauta doce é uma boa ferramenta porque também possui um tamanho adequado para o
público infantil, como no caso das flautas sopranos (no decorrer de nosso estudo, você verá
mais detalhes sobre a nomenclatura das flautas).
Outro facilitador da difusão deste instrumento é o baixo valor de mercado para as flautas
de séries, produzidas para estudantes. Entretanto, essa facilidade possibilita muitos equívocos
na construção da consciência musical e no comprometimento do fazer boa música, como já
citado anteriormente, mas que ainda nos debruçaremos mais à frente.
Além da mecânica, postura, respiração, sonoridade, afinação, articulação e digitação,
que são fundamentos básicos para a execução do instrumento, teremos, também, a possibi-
lidade de trabalhar os elementos da teoria musical, estabelecidos em partituras de exercícios
técnicos (rítmicos e melódicos), canções, duetos etc., bem como a interessante história da
flauta block ou doce, como é conhecida no Brasil.
Esse material também será importante para os alunos que já possuem uma noção básica
desse instrumento, pois têm igualmente o objetivo de refletir sobre alguns aspectos de edu-
cação musical, com a utilização da flauta doce em sala de aula nas diferentes problemáticas
relacionadas a seguir:
1) A falta de preparo e informação de músicos e leigos que difundem incorreta ou ina-
dequadamente, uma visão equivocada sobre o instrumento.
2) A adaptação do ensino de flauta doce à realidade de nossas instituições, visando a
apresentações performáticas nos eventos festivos do calendário escolar, priorizando
resultados imediatos.
3) A realidade dos espaços educacionais do nosso país ou falta de ambientes estimu-
lantes às práticas musicais de nossas escolas.
4) Possibilidades e impossibilidades na confecção de pequenos arranjos, usando a flau-
ta doce e instrumentos que, por ventura, existam na instituição, como violão, tecla-
do, piano, percussão, objetos da própria sala de aula e instrumentos de sucata, pois
sabemos da falta de material, especialmente relativos à música, existente em nossas
escolas.
Nesta obra, além de conhecermos o aspecto biomecânico, digitações, técnicas e leituras,
bem como a história da flauta desde seus primórdios até os dias atuais, temos, também, o
compromisso do aprender para ensinar.
É nossa intenção e objetivo que você, além de adquirir conhecimentos e habilidades
instrumentais, também trabalhe nas abordagens pedagógicas e estratégias de ensino do ins-
trumento, pois sabe-se que, por diversos motivos e equívocos existentes na educação do país,
as aulas de flauta doce, muitas vezes, são ministradas por professores de outros instrumentos
ou áreas, resultando, assim, em experiências insatisfatórias para a educação musical.
Estudaremos com o objetivo da “reflexão mais ação”, na tentativa de mudar esse cená-
rio, fazendo com que essa oportunidade gere docentes mais conscientes, positivos, aptos e
compromissados com um “educar musical” mais verdadeiro e integrador, por isso, você rece-
berá propostas de reflexão acerca de algumas problemáticas.
A proposta de reflexão para a Unidade 1 será pensarmos em como transformar os para-
digmas e conceitos equivocados existentes sobre a flauta doce.
É necessário que você tenha a sua flauta doce. Para aqueles que ainda não têm o instrumento, recomenda-se a
flauta doce soprano “barroca”.
No Brasil, há uma produção de flautas razoáveis no modelo estudante e que possuem preços acessíveis.
Oriente-se a respeito do instrumento mais adequado com seu tutor e/ou professor responsável.
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2. GLOSSÁRIO DE CONCEITOS
O Glossário de Conceitos permite uma consulta rápida e precisa das definições con-
ceituais, possibilitando um bom domínio dos termos técnico-científicos utilizados na área de
conhecimento dos temas tratados.
1) Articulação: pronúncia, distinção de notas para tornar um discurso musical mais
inteligível. Uso da boca, dentes, língua e sílabas.
2) Competências musicais: conjunto de experiências, conhecimentos e habilidades
que possibilitam a um indivíduo o exercício musical.
3) Flauta: é qualquer instrumento de sopro oco e com orifícios. É chamado de instru-
mento aerófano, ou seja, que vibra a partir da parede do seu próprio corpo, sem a
necessidade de cordas ou outros artifícios. Há registros indicando que a flauta sem-
pre esteve presente na história da humanidade, desde seus primórdios. Materiais
como ossos, argila e caniços sempre foram usados para a confecção de flautas.
4) Flautas Barrocas (inglesas)/Germânicas: sistemas de digitação da flauta doce ba-
seado na diferenciação da quarta nota da escala ou no quarto furo do instrumento.
5) Fraseado musical: conjunto de notas que formam um pequeno discurso musical.
Assim como um poema ou qualquer leitura, usamos a pontuação. Na música, não é
diferente. Usa-se unir as notas em pequenos grupos que formam uma ideia musical
completa, o que chamamos frases. A forma como as frases são dispostas ao longo
da música é chamada “fraseado”.
6) Frullato: efeito sonoro usado na música moderna e contemporânea da flauta doce.
Esse tipo de articulação diferenciada é produzida agitando-se rapidamente a ponta
da língua contra o palato duro (céu da boca). É importante que a pressão de ar seja
firme, com o meio da língua em relaxamento, a ponta da língua enrolada e os lábios
relaxados.
7) Habilidade instrumental e pedagógica: conhecimento que gera uma ação do “exe-
cutar” e “ensinar”.
8) Idade Média, Renascença e Barroco: períodos da história da música, nos quais a
flauta doce se estabeleceu como instrumento de performance. Esses três períodos
são, muitas vezes, conhecidos como Música Antiga.
9) Musicalização: é o processo para construir o conhecimento musical.
10) Luthier: é uma palavra de origem francesa, que significa “fabricante de alaúde”. Com
o tempo, a palavra passou a designar a profissão de todos aqueles que constroem
um instrumento musical, conceito não muito aceito por alguns que preferem o ter-
mo apenas para os que fabricam artesanalmente instrumentos de corda.
11) Organologia: é a disciplina que trata da descrição e da classificação de qualquer
instrumento.
12) Sonoridade: resultado da emissão de sons.
13) Técnicas de digitação: trabalho dos dedos e mãos, acionando teclas, cordas, chaves,
furos etc., para execução de um instrumento musical.
4. E-REFERÊNCIAS
NEVES NETO, A. R. Técnicas de respiração para a redução do estresse em terapia cognitivo-comportamental. Arquivos Médicos
dos Hospitais e da Faculdade de Ciências Médicas da Santa Casa São Paulo, São Paulo, 2011, 56 (3)m p. 158-168. Disponível
em: <http://www.fcmscsp.edu.br/files/AR09.pdf>. Acesso em: 10 nov. 2015.
PAOLIELLO, N. O. A flauta doce e sua dupla função como instrumento artístico e de iniciação musical. UFERJ, Rio de Janeiro,
Monografia. Disponível em: <http://www.domain.adm.br/dem/licenciatura/monografia/noarapaoliello.pdf>. Acesso em: 22
set. 2015.
REDEDUC.COM. O que é Musicalização? Disponível em: <http://www.rededuc.com/page_28.html>. Acesso: 10 nov. 2015.
5. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
GROUT, D. J. E.; PALSICA C. V. História da música ocidental. Lisboa: Gradiva, 1994.
PROSSER E. S. Vem comigo tocar flauta doce: manual para flauta doce soprano. Brasília: Musimed, 1995. v. 1.
VIDELA, M.; AKOSCHKY, J. Iniciación a la flauta dulce. Buenos Aires: Ricordi Argentina. 2005. v. 2.
Objetivos
• Conhecer a flauta doce nas suas amplas possibilidades.
• Conhecer as especificidades deste instrumento.
• Compreender a história, a organologia e a técnica da flauta doce.
• Trabalhar os primeiros passos para uma boa execução da flauta doce.
Conteúdos
• Flauta doce e suas nomenclaturas.
• História da flauta doce na Antiguidade e na Idade Média.
• Organologia: família das flautas doces (também chamadas de conjunto, consortes ou ensemble).
• Partes da flauta doce (corpo do instrumento).
• Digitação (posição dos dedos e das mãos).
• Emissão do som; respiração; ataque e articulação (embocadura e golpes de língua).
• Melhor postura para execução da flauta doce.
• Afinação e digitação das primeiras notas (Lá3, Dó4, Si3, Sol3, Ré4 e Mi3: ordem didática).
• Leitura e execução dos exercícios e canções iniciais na flauta doce.
1) Não se limite ao conteúdo deste estudo; busque outras informações em sites confiáveis e/ou nas referências
bibliográficas, apresentadas ao final de cada unidade. Lembre-se de que, na modalidade EAD, o engajamento
pessoal é um fator determinante para o seu crescimento intelectual.
2) Busque identificar os principais conceitos apresentados; siga a linha gradativa dos assuntos, observando a
evolução do estudo da flauta doce, inclusive no panorama brasileiro.
3) Não deixe de recorrer aos materiais complementares descritos no Conteúdo Digital Integrador.
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© INSTRUMENTO MUSICALIZADOR – FLAUTA DOCE
UNIDADE 1 – FLAUTA DOCE: HISTÓRIA E PRIMEIROS PASSOS
1. INTRODUÇÃO
A partir de agora, entraremos no universo interessante e peculiar da flauta doce, um
instrumento que é executado por todos os cantos do país, mas, ao mesmo tempo, é tão pouco
conhecido.
Faremos uma imersão neste universo de sonoridade, musicalidade e história e, para
isso, falaremos de nomes, conceitos, técnicas de execução, origem e inserção da flauta doce
na educação musical.
Atenção!–––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––
É fundamental que todos tenham sua flauta doce para as devidas atividades.
Àqueles que ainda não possuem o instrumento, recomendamos a flauta doce soprano barroca, com o mínimo de
qualidade possível.
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A flauta doce é também chamada de flauta de bisel, por ter um corte enviesado, abrin-
do uma janela na parte superior, a qual chamamos de cabeça. O bisel divide a coluna de ar,
quando a flauta é soprada.
Possivelmente, o nome flauta doce no Brasil veio como herança da Itália, onde o instru-
mento é chamado de flauto dolce, por causa da sonoridade aveludada que produz ao ser bem
executada. Na França, ela é chamada de flute a bec (flauta de bico); na Alemanha, blockflöte
(flauta de bloco, por ter um bloco na cabeça do instrumento, com o bisel); nos Estados Unidos,
é chamada de recorder, que podemos entender como “gorjeio”. No Brasil, além de flauta doce,
também é chamada de flauta block (de bloco).
Figura 2 Seis flautas encontradas pelo Institute of Cultural Relics and Archaeology of Henan Province em Zhengzhou, na China, e
datadas de 7000 anos.
Segundo Ilma Lira (1984), tanto as flautas de bloco como flautas doces têm sido encon-
tradas por toda parte, e elas contêm, na maioria das vezes, seis furos; a estas chamaremos de
flautas folclóricas.
“Edgar Hunt (1977) afirma que, para saber como as flautas dos séculos anteriores eram é
necessário fazer algumas investigações nas pinturas e esculturas da época” (HUNT, 1977 apud
PAOLIELLO, 2007, p. 6). Já em Gênesis 4.21 (o primeiro livro da Bíblia), consta uma citação
falando de flauta: “o nome de seu irmão era Jubal; este foi o pai de todos que tocam harpa e
flauta”.
Talvez a ilustração mais antiga de um instrumento próximo a flauta doce, esteja no The Mocking of
Jesus (posterior a 1315), um afresco da Igreja de Staro Nagoricvino, perto de Kumanova na Mace-
dônia (Yugoslavia), pintada pela casa de pintores Michael e Eutychios, no qual um músico toca uma
flauta de tubo cilíndrico, com o window/labium claramente visível, e ao pé da qual há um buraco
aberto para o dedo mindinho (LANDER, 2015).
Lander também comenta que, antes dessa gravura, há várias ilustrações de tubos pare-
cidos que podem (ou não) ser flautas doce.
Registros figurativos de flautas também são encontrados em esculturas de colunas ar-
quitetônicas, datadas por volta de 1020.
Figura 4 Symphonia da Cantiga 160, Cantigas de Santa Maria de Afonso X, o Sábio – Códice do Escorial (1221-1284).
O instrumento mais antigo, completo e próximo da flauta que hoje usamos foi encon-
trado na Holanda (com os sete furos sendo o último duplo). É a chamada flauta doce de Dor-
drecht (região que foi encontrada), datada de meados do século 13.
Outra flauta doce medieval um pouco mais completa foi achada em Göttingen, na Ale-
manha , no século 15. Foi encontrada em uma latrina no ano de 1987.
Alguns luthiers tentaram reproduzir as flautas medievais e, pelo seu “corpo cilíndrico”,
pode-se notar que os sons produzidos possuem certo tom doce e agudo, como descreve Ni-
cholas S. Lander (2015).
2.3. ORGANOLOGIA
Figura 7 Família de flauta doce em acetato – atualmente, as flautas mais usadas são as flautas doces soprano, contralto, tenor
e baixo. Esse grupo é conhecido como “quarteto de flautas doces”. Quando a flauta sopranino é inserida nesse grupo, então
temos o “quinteto de flautas doces”.
Informação–––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––
A flauta soprano é a mais usada para a musicalização. É uma Flauta em Dó – ou seja: quando toda fechada, ela
soa a nota Dó. Ela possui duas escalas completas, que vão do Dó3 ao Dó5, e mais quatro notas muito agudas.
Assim, podemos dizer que as flautas doces possuem duas escalas e meia.
A leitura da flauta doce soprano começa no Dó3, chamado de Dó Central, em referência à nota Dó central do piano.
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Curiosidade
Nas boas edições de métodos ou partituras da flauta soprano, sempre veremos um oito em cima
da Clave de Sol. Isso acontece porque ela soa naturalmente, uma 8ª acima. Escrever na extensão
exata demandaria leitura nas notas suplementares superiores.
Assim, para facilitar, usa-se sempre o artifício da anotação do número 8, acima da Clave de Sol,
como acontece também na da Flauta Baixo e Sopranino.
Observe, pelo quadro de tessituras a seguir, que a flauta doce, além de ter duas oitavas,
também conta com a possibilidade de soar notas mais agudas (super agudas), usando posi-
ções adicionais:
Figura 8 – Tessituras das Flautas Doce – com acréscimo das notas super-agudas.
Na maioria das vezes, a flauta doce se divide em três partes: cabeça, corpo e pé, confor-
me a figura a seguir:
• Corpo: possui seis furos, sendo que o último (do corpo) tem, na maioria das vezes, um
furo duplo. O orifício de trás fica quase na mesma direção do primeiro furo da frente.
• Pé: na maioria das flautas doces, o pé tem um furo duplo para o dedo mínimo da mão
direita e é separado do corpo. Alguns modelos possuem apenas duas partes – cabeça
e corpo unido ao pé.
Dessa forma, podemos definir a flauta doce como um instrumento cônico ou cilíndrico,
com oito furos para digitação, sendo sete furos na parte da frente (na maioria das vezes os
furos 6 e 7 são duplos), e, na parte de trás, há um furo para as mudanças de tessitura.
Para executar a flauta doce, os dedos devem estar ligeiramente flexionados, formando
uma letra “C”. Os pulsos devem estar retos a partir do antebraço. “Imagine um ovo (que não
deverá se apertado e quebrado) dentro deste espaço!”, este é um exemplo perfeito para ser
usado com nossos alunos.
A posição para flauta doce deve ser com a mão esquerda em cima e mão direita embai-
xo, conforme o exemplo a seguir:
Figura 13 Posição das mãos (esquerda na parte superior e direita na parte inferior da flauta).
Os três primeiros furos são fechados com a mão esquerda, sendo que o polegar deverá
ser usado como uma pinça (fechando naturalmente a abertura localizada atrás). Portanto, o
polegar terá a missão de fechar, abrir e, até mesmo, construir as notas agudas, com pequena
abertura do orifício de trás.
Os buracos duplos são os meios-tons da nota. Como exemplo disso, na flauta soprano,
fechando ambos, temos a nota Dó; ao escorregar o dedo mínimo e abrindo um dos buracos,
teremos Dó# ou Réb.
Observe que o dedo mínimo da mão esquerda não será usado. Já o polegar direito segu-
ra e apoia o instrumento, conforme a figura a seguir:
Figura 14 Posição das mãos: dedo mínimo da mão esquerda e polegar da mão direita.
Agora que você já sabe qual o posicionamento correto das mãos para segurar a flauta
doce, vamos conhecer um pouco mais sobre a emissão dos sons, a respiração e a articulação
adequada para tocar esse instrumento.
Dica
A conscientização de todo o processo da boa respiração é, sem dúvida, o primeiro passo para do-
minar a interpretação do instrumento.
Respiração
Sabemos que a respiração se divide em inspiração e expiração. Grosso modo, podemos
dizer que, na inspiração (quando entra o ar), o diafragma (músculo em forma de “V“ abaixo
dos pulmões) ajuda a puxar o ar; e na expiração (saída do ar) faz um movimento contrário e
expulsa o ar.
É chamado de apoio o controle e suporte dos músculos abdominais, que são usados
para os ataques e sustentação das notas.
Dica
A respiração tem de ser feita pela boca e não pelo nariz. Se for feita pela boca, a capacidade de ar
captada será maior.
Estratégias
Desde o começo da aprendizagem, é fundamental adquirir uma técnica de execução
correta. Além da digitação perfeita das notas, ter o cuidado com a sonoridade é de grande
relevância no resultado sonoro.
Para que você possa ter a noção de como é delicado o controle do ar ao tocar a flauta
doce, faça um teste: sopre uma vela acesa sem permitir que a chama se apague ou faça boli-
nhas de sabão, mantendo o máximo possível de tempo elas estourarem (divertidos exercícios
para o trabalho em sala de aula).
Recomenda-se, também, o chamado estudo das notas longas, que consiste em tocar
uma nota inicialmente em quatro tempos lentos. Depois, outra nota e mais outra, até traba-
lhar todas as notas que você domina no instrumento.
A proposta desse exercício resulta no aumento de sua capacidade respiratória, na maior
percepção da afinação para cada nota e nos intervalos e quantidade de ar necessários para
uma boa sonoridade.
Dica
Ao aplicar os exercícios sugeridos para os alunos, caso você disponha de um metrônomo, é interes-
sante usá-lo, para uma acuidade rítmica.
Articulação
A articulação é um dos recursos mais importantes para a execução/interpretação de um
instrumento. Articular significa unir, juntar, pronunciar com distinção e clareza. Disso podemos
entender que a articulação, em música, tem a função de unir ou separar os grupos rítmicos ou
melódicos para tornar o discurso musical inteligível. Por isso, articular bem resulta, certamen-
te, em um som claro, produzindo nitidez na construção do fraseado.
Em geral, os instrumentos usam diferentes tipos de articulações. O grupo das cordas
pode trabalhar a articulação, variando a pressão do arco, o uso de pontas/talão e a velocidade.
Já na percussão articula-se alterando a posição das baquetas, a velocidade e o trabalho
em regiões diferenciadas de superfícies sonoras.
2.7. POSTURA
Respiração–––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––
Para os dois casos, a respiração deve estar livre para que a passagem do ar não seja obstruída. Assim, a sonori-
dade não sofrerá interferências.
––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––
2.8. AFINAÇÃO
Afinamos a flauta doce sempre com outras flautas, afinadores, diapasão ou instrumen-
tos de afinação fixa como piano ou teclado. Quando há a necessidade de afinar alguma nota
imprecisa desse instrumento (escala com problemas de afinação), devemos recorrer, preferi-
velmente, a um luthier. Podemos também afinar uma nota por nuances e detalhes de digita-
ção (dedos), para acomodação da afinação do som, dentro da escala.
A altura dos sons varia ao juntar ou separar a cabeça da flauta de seu corpo, o que per-
mite afinar adequadamente o instrumento. Observamos que abrindo a flauta (entre a cabeça
e o corpo) ela ficará mais grave, pois o tubo de ar aumenta. E, ao fechar, a flauta ficará mais
aguda, pois o tubo de ar diminui.
Na imagem a seguir, temos o exemplo de duas flautas com aberturas entre cabeça e
corpo. A flauta da esquerda soará mais alta (aguda) do que a flauta da direita, estando o tubo
menor. Observamos isso pela abertura entre a cabeça e o corpo:
Depois dessa pequena imersão no universo da flauta doce, você já está preparado para
executar esse instrumento. Que tal começar?
Nota Lá3
Observe, pela imagem a seguir, que você deverá fechar os dois orifícios superiores da
flauta doce com os dedos indicador (no furo 1) e médio (no furo 2). É importante também
fechar o orifício 8 (atrás), usando o polegar como uma pinça. Veja:
Nota Do4
Para fazer a nota Dó4, é muito simples:
• faça a nota Lá3;
• levante o dedo indicador
Pronto! Você tem a nota Dó4, ou seja, a nota Do4 é feita com o dedo médio da mão es-
querda, fechando o segundo furo e o furo 8 (de trás).
Agora que você já conhece e até treinou o uso das notas Lá3 e Dó4, vamos treinar uma
nova nota.
Nota Si3
Para executar a nota Si3, utilize apenas o indicador (no furo 1) e o polegar da mão es-
querda, conforme indicado na imagem a seguir:
Nota Sol3
Para executar a nota Sol, você deverá fechar os três orifícios superiores da flauta doce
com os dedos indicador (furo 1), médio (furo 2) e anelar (furo 3) da mão esquerda.
A nota Ré4
Para executar o Ré4, você utilizará apenas o dedo médio da mão esquerda (furo 2).
A flauta, neste momento, terá somente o apoio delicado dos lábios e o polegar da mão
direita. É importante prestar atenção neste detalhe.
Agora, você já conhece as cinco notas: Sol3, Lá3, Si3, Dó4 e Ré3. Então, poderemos traba-
lhar todas elas em forma de pequenas escalas (graus conjuntos), como nos exercícios a seguir.
Lembre-se de que você deve praticar até que o som esteja saindo bem bonito! Para isso,
treine tranquilamente e com frequência. A prática garantirá uma boa execução das notas.
Para a nota MI3 (grave), começaremos a usar a mão direita juntamente com a mão es-
querda: enquanto os dedos indicador, médio e anelar da mão esquerda fecharão os furos 1,
2 e 3 (como na nota Sol) os dedos indicador e médio da mão direita fecharão os furos 4 e 5.
Importante!–––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––
Vamos trabalhar duas pequenas canções para a fixação das notas aprendidas.
Atenção!–––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––
Você verá que, no 6º compasso da 2ª canção “Flor do Fuji”, canção pentatônica, não há notas musicais, mas
grafia para percussões.
Então, execute-a com qualquer instrumento ou o próprio pé, fazendo o ritmo recomendado (treinando a coordena-
ção motora e a espacialidade).
––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––
Com o conteúdo estudado até o momento, você já é capaz de refletir sobre os conceitos
equivocados em relação à flauta doce; como transformá-los (e também os paradigmas) exis-
tentes sobre ela?
Você pôde compreender que, para tocar bem qualquer instrumento, é necessário cui-
dado, compromisso com a técnica, conscientização da biomecânica e paixão. Compreendeu
também que a flauta doce não é um pré-instrumento; ela é um instrumento qualificado e
capaz de fazer boa música.
Este estudo deve ser levado ainda a professores especializados e habilitados, e que po-
derão despertar em seus alunos o bom gosto pela música, a condição técnica eficaz e bom
ouvido, ou seja, a verdadeira musicalização.
A seguir, você terá exemplos de inúmeras formações possíveis ao usar a família da flauta.
Assista e observe as muitas possibilidades timbrísticas e instrumentais da flauta doce.
• THE ROYAL WIND MUSIC. Pierre Phalèse/Bransle Gay. Disponível em: <http://www.
youtube.com/watch?v=V8ItZ4J7A-Q>. Acesso em: 10 nov. 2015.
• THE ROYAL WIND MUSIC. Anonymous (Spain, 16th cent.): Cinco diferencias sobre Las
Vacas. Disponível em: <https://www.youtube.com/watch?v=7u_ZXP0pbwc>. Acesso
em: 10 nov. 2015.
• AMSTERDAM LOEKI STARDUST QUARTET. The Jogger. Disponível em: <https://www.
youtube.com/watch?v=VhmUQ5wZfiA>. Acesso em: 10 nov. 2015.
• AMSTERDAM LOEKI STARDUST QUARTET. Fuge around the clock (Bach/Vivaldi).
Disponível em: <https://www.youtube.com/watch?v=4Lb-YWW8rGo>. Acesso em:
10 nov. 2015.
Uma das flautas mais interessantes é, sem dúvida, a subcontrabaixo, que é o maior
exemplar da família das flautas, possuindo mais de dois metros. Ela pode ser em F e também
em Bb.
A seguir, assista a um vídeo que se refere à flauta baixo subcontrabaixo e à pequena ex-
plicação de suas notas e posições para executá-la.
• YOUTUBE. Flauta doce Subcontrabaixo. Disponível em: <http://www.youtube.com/
watch?v=h-9m7Lwtyas>. Acesso em: 26 ago. 2015.
Historicamente, já vimos que a flauta doce começa a aparecer, em um modo ainda pri-
mário, entre os séculos 13 e 15 (Idade Média). A seguir, conheça a flauta doce na música
medieval:
• CARRIÓN FOLK. Cantiga I (Cantiga de Alfonso X – El Sabio). Disponível em: <https://
www.youtube.com/watch?v=Qvp412kdkfE>. Acesso em: 10 nov. 2015.
• YOUTUBE. Cantiga 100 “Santa Maria Strela do dia”. Disponível em: <http://www.
youtube.com/watch?v=GtYOx37bX6g>. Acesso em: 26 ago. 2015.
Neste estudo, trabalhamos a flauta doce nas duas possibilidades: como instrumento de
performance e como instrumento musicalizador. A seguir, você terá mais informações sobre a
flauta doce como instrumento musicalizador e instrumento de performance/histórico. Apre-
sentaremos alguns textos para que você possa aprimorar e acrescentar ao seu conhecimento
novos elementos sobre o tema. Confira:
• DAMIÃO, R. Flauta doce. Disponível em: <http://pt.scribd.com/doc/27609153/Prof-
Romero-Damiao-Flauta-Doce>. Acesso em: 26 ago. 2015.
• FLAUTADOCEBR. Flautas doces modernas. Disponível em: <http://flautadocebr.
quintaessentia.com.br/flautas-doces-modernas/>. Acesso em: 23 jun. 2014.
• JOLLY, I. Z. L.; GOHN, D.; JOLY, M. C. L. A prática da performance no curso de
Licenciatura em Música da UFSCar. In: XV ENCONTRO ANUAL DA ABEM, EDUCAÇÃO
MUSICAL: PRODUÇÃO CIENTÍFICA, FORMAÇÃO PROFISSIONAL, POLÍTICAS PÚBLICAS
E IMPACTOS NA SOCIEDADE. João Pessoa, 17 a 20 de outubro de 2006. Anais... João
Pessoa: UFPB, 2006, p. 126-134. Disponível em: <http://www.abemeducacaomusical.
org.br/anais.html>. Acesso em: 26 ago. 2015.
4. QUESTÕES AUTOAVALIATIVAS
A autoavaliação pode ser uma ferramenta importante para você testar o seu desem-
penho. Se encontrar dificuldades em responder às questões a seguir, você deverá revisar os
conteúdos estudados para sanar as suas dúvidas.
1) Por que a flauta doce é também chamada de flauta block?
a) Porque há um bloqueio na sua estrutura facilitada.
b) Porque é um instrumento de origem inglesa.
c) Porque há um bloco na cabeça do instrumento que forma a estrutura para passagem do ar.
d) A flauta doce não é chamada de flauta block.
2) Por que a flauta doce soprano é um ótimo instrumento para usar no processo do musicalizar?
a) Porque tem um tamanho adequado para todas as idades, especialmente para as crianças.
b) Porque sendo um instrumento de embocadura livre, tem uma resposta sonora rápida.
c) Porque é de fácil digitação.
d) Por todos os itens anteriormente citados.
4) Elenque três razões pelas quais se indica o uso da flauta doce como instrumento de musicalização.
5) Por que aparece um número “8” acima da clave de Sol e Fá em partituras para flauta soprano, sopranino e
flauta baixo?
a) Porque a partitura indica que deverá ser executada por oito vozes.
b) Porque é preciso tocar uma 8ª acima.
c) Porque, ao tocar, a nota está soando uma 8ª acima.
d) Não existe o número 8 em cima das claves.
6) Qual sua visão sobre os chamados “conceitos equivocados” existentes sobre a flauta doce?
Gabarito
Confira, a seguir, as respostas corretas para as questões autoavaliativas propostas:
1) c.
2) d
3) b.
5) c.
5. CONSIDERAÇÕES
Chegamos ao final da nossa primeira unidade, que objetivou inicialmente clarear suas
ideias sobre este instrumento tão rico e, ao mesmo tempo, vitimado por conceitos equivocados.
Você pôde conhecer e trabalhar as primeiras notas musicais, algumas digitações, técni-
cas e pequenas peças para fixação; conheceu, também, a gênese do instrumento e sua posição
no início da história da Música.
Esperamos que você esteja preparado para a continuação do “aprender para ensinar”,
refletindo nas possibilidades que ele nos propõe.
6. E-REFERÊNCIAS
A FLAUTA DOCE. Homepage. Disponível em: <http://www.reocities.com/Vienna/5654/index.html>. Acesso em: 26 ago. 2015.
DISSENHA, F. Articulação. Disponível em: <http://www.dissenha.com/imprensa_art3.htm>. Acesso em: 26 ago. 2015.
ELEOTÉRIO V. M. A música na Idade Média. Disponível em: <http://www.youtube.com/watch?v=tBUbibIYaag>. Acesso em:
26 ago. 2015.
JORNAL DA GAZETA. Instrumentos antigos da Idade Média. Disponível em: <http://www.youtube.com/watch?v=SsKQrtcO5ts>.
Acesso em: 16 jun. 2014.
LANDER, 2015. A história da flauta doce. Disponível em: <http://musicaeadoracao.com.br/25185/a-historia-da-flauta-doce/>.
Acesso em: 10 nov. 2015.
LIRA, I. Rumo a um novo papel da flauta doce na educação musical brasileira. Dissertação (Mestrado em Educação Musical).
York, Universidade de York, 1984. Disponível em: <http://200.201.48.206/posgrad/ensino_fundamental/ementas_
fundamental/flauta_doce.pdf>. Acesso em: 16 jun. 2014.
PAOLIELLO, N. O. A flauta doce e sua dupla função como instrumento artístico e de iniciação musical. UFERJ, Rio de Janeiro,
2007. Monografia. Disponível em: <http://www.domain.adm.br/dem/licenciatura/monografia/noarapaoliello.pdf>. Acesso
em: 22 set. 2015.
SOUZA, Z. A, BELLOCHIO, C. R. O pensamento de professores de música e suas recordações - referências 163 para ensinar
flauta doce. Revista Eletrônica da ANPPOM – Associaçao Nacional de Pesquisa e Pós-graduação em Música, v. 19, n. 1, 2013,
versão online. Disponível em: <http://www.anppom.com.br/revista/index.php/opus/article/view/155>. Acesso em: 10 nov.
2015.
WEICHSELBAUM, A. S. Flauta doce em um curso de licenciatura em música: entre as demandas da prática musical e das
propostas pedagógicas do instrumento voltadas ao Ensino Básico. Tese (Doutorado em Música) – Instituto de Artes, Programa
de Pós-Graduação em Música, Universidade Federal do Rio Grande do Sul, 2013 – Disponível em: <http://www.eca.usp.br/
mobile/portal/publicacoes/VILLAVICENCIO_A_Flauta_Doce_Ouvirouver_2011.pdf>. Acesso em: 26 ago. 2015.
Lista de figuras
Figura 1 Flauta pré-histórica feita de osso de pássaro. Disponível em: <http://musica.uol.com.br/ultnot/reuters/2009/06/24/
encontradas-flautas-pre-historicas-feitas-de-ossos-de-passaros.jhtm>. Acesso em: 21 ago. 2015.
Figura 2 Figura 2 Seis flautas encontradas pelo Institute of Cultural Relics and Archaeology of Henan Province, Zhengzhou,
China e datadas de 7000 anos. Disponível em: <http://www.bnl.gov/bnlweb/pubaf/pr/1999/bnlpr092299.html>. Acesso em:
21 ago. 2015.
Figura 3 The Mocking of Jesus. Disponível em: <http://www.qiyanskrets.se/instruments.htm>. Acesso em: 21 ago. 2015.
Figura 4 Symphonia da Cantiga 160, Cantigas de Santa Maria de Afonso X, o Sábio - Códice do Escorial (1221-1284). Disponível
em: <http://pt.wikipedia.org/wiki/Trovadorismo>. Acesso em: 21 ago. 2015.
Figura 5 Flauta doce de Dordrecht. Disponível em: <http://www.aflauta.com.br/recorder/histdoce02.html>. Acesso em: 21
ago. 2015.
Figura 6 Flauta Doce de Göttingen. Disponível em: <http://www.aflauta.com.br/recorder/histdoce02.html>. Acesso em: 21
ago. 2015.
Figura 9 Flauta doce sub-contrabaixo de Adriana Breuking. Disponível em: <http://www.aflauta.com.br/recorder/histdoce02.
html>. Acesso em: 21 ago. 2015.
Figura 15 Esquema: mecânica da inspiração e da expiração. Disponível em: <http://educacao.globo.com/biologia/assunto/
fisiologia-humana/respiracao.html>. Acesso em: 21 ago. 2015.
7. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
BARROS, D. C. A flauta doce no século XX: o exemplo do Brasil. Recife: Universitária da UFPE, 2010.
GROUT, D. J. E.; PALSICA C. V. História da música ocidental. Lisboa: Gradiva, 1994.
PROSSER E. S. Vem comigo tocar flauta doce: manual para flauta doce soprano. Brasília: Musimed, 2005. v. 1.
SADIE, S. Dicionário Grove de Música – Edição Concisa. Rio de Janeiro: Jorge Zahar, 1994.
VIDELA, M.; AKOSCHKY, J. A. Iniciación A La Flauta Dulce – Tomo l. Ricordi. Buenos Aires, 2005. v. 2.