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CENTRO UNIVERSITÁRIO ESTACIO DE SERGIPE

CURSO DE PSICOLOGIA

BIANCA FONTES MELO


CECÍLIA MARIA GOMES ANDRADE
LUIZ ANTÔNIO LOURENÇO SANTOS ARAÚJO
MARIA GABRIELLE DA SILVA SANTANA

A DUPLA JORNADA DE ESTUDO E TRABALHO:


uma juventude estressada e ansiosa

ARACAJU,SERGIPE
2021
BIANCA FONTES MELO
CECÍLIA MARIA GOMES ANDRADE
LUIZ ANTÔNIO LOURENÇO SANTOS ARAÚJO
MARIA GABRIELLE DA SILVA SANTANA

A DUPLA JORNADA DE ESTUDO E TRABALHO:


uma juventude estressada e ansiosa

Trabalho apresentado à Produção Avançada


de Trabalho Acadêmico II como requisito
parcial para obtenção do grau de Bacharel em
Psicologia pelo Centro Universitário Estácio
de Sergipe.

Orientador: Prof. Dr. José Marcos Melo


dosSantos

ARACAJU-SERGIPE
2021
BIANCA FONTES MELO
CECÍLIA MARIA GOMES ANDRADE
LUIZ ANTÔNIO LOURENÇO SANTOS ARAÚJO
MARIA GABRIELLE DA SILVA SANTANA

A DUPLA JORNADA DE ESTUDO E TRABALHO:


UMA JUVENTUDE ESTRESSADA E ANSIOSA

Trabalho apresentado à Produção Avançada


de Trabalho Acadêmico II como requisito
parcial para obtenção do grau de Bacharel em
Psicologia pelo Centro Universitário Estácio
de Sergipe.

_______________________________________
Psicólogo Marcos Vinicius Santos Ramalho

________________________________________
Prof.ª Dr.ª Luana Cristina Silva Santos

________________________________________
Prof.º Dr. José Marcos Melo dos Santos
RESUMO

A conciliação de duas atividades que demandam tempo e esforço caracteriza a dupla jornada,
podendo essas atividades envolver trabalho, estudo, maternidade, cuidados com o lar, dentre
outras combinações. Este artigo teve como foco a dupla jornada de estudantes universitários
que trabalham, abordando aspectos que influenciam na qualidade da saúde mental desses
estudantes, como a ansiedade, estresse e alterações de sono. Trata-se de uma revisão de
literatura, com base em artigos encontrados na base de dados Scielo. Foram pesquisados artigos
entre os anos de 2014 e 2021, com busca pelos termos estresse, ansiedade e dupla jornada de
estudo e trabalho. Após excluir artigos que focavam apenas na divisão de trabalho por gênero
(mulheres ou homens), foram selecionados cinco artigos para a análise. Os resultados
encontrados mostram que a inserção dos jovens no mercado de trabalho se dá primordialmente
devido a busca por autonomia e independência, mas, também, como forma de complementar a
renda familiar. Observou-se que há benefícios relacionados a dupla jornada, como obtenção de
experiência, mas os artigos demonstram prioritariamente os aspectos negativos, como a
mudança no padrão de sono e dificuldades de manter vínculos afetivos no ambiente de estudo
e familiar, devido às demandas do trabalho. Por fim, observou-se maior incidência de
transtornos mentais associados ao estresse e ansiedade em jovens com dupla jornada.

Palavras-chaves: Dupla jornada. Ansiedade. Estresse. Jovens.


ABSTRACT

The simultaneous performing of two activities that demand time and effort characterize double
shifts. These activities may involve work, study, motherhood, home care, among other
combinations. This article focused on the double shift that involves work and university
studying, addressing aspects that influence the quality of mental health of these students, such
as anxiety, stress and sleep disorders. This is a literature review, based on articles found in
Scielo database. Articles between the years 2014 and 2021 were searched, considering the terms
stress, anxiety and double journey of study and work. After excluding articles that focused in
gender (women or men) impact in double shifts, five articles were selected for analysis. The
results found show that the insertion of young people into the labor market is primarily due to
the search for autonomy and independence, but also as a way to supplement family income. It
was observed that there are benefits related to the double shift, such as gaining experience, but
the articles primarily demonstrate the negative aspects, such as the change in the sleep patter
and difficulties in maintaining affective bonds in the study and family environment, due to the
demands of work . Finally, there was a higher incidence of mental disorders associated with
stress and anxiety in young people with double shifts.

Keywords: Anxiety. Double journey. Stress. Youth.


SUMÁRIO

INTRODUÇÃO ...................................................................................................................................... 7
REVISÃO DE LITERATURA ............................................................................................................. 8
Aspectos gerais sobre ansiedade, estresse e adoecimento ................................................................... 8
Estresse.................................................................................................................................................... 8
Ansiedade .............................................................................................................................................. 11
Adoecimento no ambiente de trabalho............................................................................................... 11
MÉTODO ............................................................................................................................................. 12
RESULTADOS E DISCUSSÃO ......................................................................................................... 13
CONSIDERAÇÕES FINAIS .............................................................................................................. 18
REFERÊNCIAS ................................................................................................................................... 18
6

A DUPLA JORNADA DE ESTUDO E TRABALHO: uma juventude estressada e


ansiosa
Bianca Fontes Melo1
Cecília Maria Gomes Andrade
Luiz Antônio Lourenço Santos Araújo
Maria Gabrielle da Silva Santana
José Marcos Melo dos Santos2

RESUMO

A conciliação de duas atividades que demandam tempo e esforço caracteriza a dupla jornada,
podendo essas atividades envolver trabalho, estudo, maternidade, cuidados com o lar, dentre
outras combinações. Este artigo teve como foco a dupla jornada de estudantes universitários
que trabalham, abordando aspectos que influenciam na qualidade da saúde mental desses
estudantes, como a ansiedade, estresse e alterações de sono. Trata-se de uma revisão de
literatura, com base em artigos encontrados na base de dados Scielo. Foram pesquisados artigos
entre os anos de 2014 e 2021, com busca pelos termos estresse, ansiedade e dupla jornada de
estudo e trabalho. Após excluir artigos que focavam apenas na divisão de trabalho por gênero
(mulheres ou homens), foram selecionados cinco artigos para a análise. Os resultados
encontrados mostram que a inserção dos jovens no mercado de trabalho se dá primordialmente
devido a busca por autonomia e independência, mas, também, como forma de complementar a
renda familiar. Observou-se que há benefícios relacionados a dupla jornada, como obtenção de
experiência, mas os artigos demonstram prioritariamente os aspectos negativos, como a
mudança no padrão de sono e dificuldades de manter vínculos afetivos no ambiente de estudo
e familiar, devido às demandas do trabalho. Por fim, observou-se maior incidência de
transtornos mentais associados ao estresse e ansiedade em jovens com dupla jornada.

Palavras-chaves: Dupla jornada. Ansiedade. Estresse. Jovens.

ABSTRACT

The simultaneous performing of two activities that demand time and effort characterize double
shifts. These activities may involve work, study, motherhood, home care, among other
combinations. This article focused on the double shift that involves work and university
studying, addressing aspects that influence the quality of mental health of these students, such
as anxiety, stress and sleep disorders. This is a literature review, based on articles found in
Scielo database. Articles between the years 2014 and 2021 were searched, considering the terms
stress, anxiety and double journey of study and work. After excluding articles that focused in
gender (women or men) impact in double shifts, five articles were selected for analysis. The

1
Graduanda do Curso de Psicologia do Centro Universitário Estácio de Sergipe. E-mail:
biiancafontes.bf@hotmail.com
1
Graduanda do Curso de Psicologia do Centro Universitário Estácio de Sergipe. E-mail: ce_cilia_@outlook.com
1
Graduando do Curso de Psicologia do Centro Universitário Estácio de Sergipe. E-mail: luizkung@gmail.com
1
Graduanda do Curso de Psicologia do Centro Universitário Estácio de Sergipe. E-mail: sgabi0244@gmail.com
2
Doutor em Ciências Fisiológicas- Neurociência pela Universidade Federal de Sergipe e professor do
Departamento de Psicologia do Centro Universitário Estácio de Sergipe – Aracaju. E-mail:
josemarcos.se@gmail.com
7

results found show that the insertion of young people into the labor market is primarily due to
the search for autonomy and independence, but also as a way to supplement family income. It
was observed that there are benefits related to the double shift, such as gaining experience, but
the articles primarily demonstrate the negative aspects, such as the change in the sleep patter
and difficulties in maintaining affective bonds in the study and family environment, due to the
demands of work . Finally, there was a higher incidence of mental disorders associated with
stress and anxiety in young people with double shifts.

Keywords: Anxiety. Double journey. Stress. Youth.

INTRODUÇÃO

A dupla jornada caracteriza-se como uma rotina duplicada, ou seja, o indivíduo que
divide seu tempo entre responsabilidades e obrigações em sua atividade profissional e, também,
em outras atividades, com similar carga, como vida acadêmica, vida materna, rotina doméstica,
dentre outros. Diante de uma rotina acelerada e sua consequente sobrecarga, têm-se, como
principal consequência, o comprometimento da saúde mental e física daqueles que estão
inseridos neste cenário. Prova disso é o aumento considerável de jovens diagnosticados com
patologias oriundas de tais condições, que se mostram desfavoráveis para a manutenção de uma
vida saudável (VIGANO, 2018).
A dupla jornada e sua relação com a saúde mental dos jovens é um tema de suma
importância, pois aborda uma realidade atual enfrentada por parte da juventude brasileira. Um
dos motivos para tal fenômeno advém da necessidade dos jovens de ingressarem no mercado
de trabalho, devido ou às condições socioeconômicas da sua família ou, até mesmo, à busca
pela emancipação financeira (CARRANÇA, 2020).
O aumento do índice de jovens estressados e ansiosos fez com que a dupla jornada
passasse a ser um tema mais abordado nas literaturas da área da psicologia. Isso porque a cada
ano, cada vez mais cedo, a juventude está ingressando no mercado de trabalho, assim como
também, no Ensino Superior, de forma simultânea (FISCHER, 2003). Em sua maioria, esse
público não está preparado e não recebem orientações para administrar tal realidade. Acabam,
por consequência, comprometendo sua saúde mental e desencadeando, dentre outras patologias,
a aquisição do estresse.
O estresse costuma ser desenvolvido aos poucos, variando sua intensidade de acordo
com as situações estressoras. Isso acaba gerando várias reações psicológicas.
Consequentemente, causa o desequilíbrio no organismo do indivíduo. Todavia, situações
8

estressoras acontecem ao longo de toda a vida e as respostas a elas variam de indivíduo para
indivíduo (MARGIS, 2003 apud MARCHESI; ALMEIDA; GOMIDE, 2014).
As diferentes cargas de estresse, quando surgem de maneira constante, trazem
consequências devastadoras para a saúde. Prova disso, por exemplo, são os ambientes de
trabalho de clima hostil, frio, e repleto de pressões e cobranças. A presença destes fatores nesses
ambientes pode gerar no indivíduo um sentimento de medo do futuro, desconfianças e
incertezas. Assim, podem desencadear gatilhos para o desenvolvimento de um quadro de
ansiedade (LIMA, 2004 apud MARCHESI; ALMEIDA; GOMIDE, 2014).
A ansiedade é um sentimento desagradável de medo, de apreensão, caracterizado por
tensão ou desconforto, derivado de pensamentos que antecipam situações desconhecidas ou de
perigo. Sendo assim, segundo o Manual Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais, 5ª
edição, o DSM-V (APA, 2014), o transtorno de ansiedade é caracterizado por sintomas
frequentes e que afetam o desenvolvimento e as atividades diárias do indivíduo, tornando-o
disfuncional.
Portanto, o presente trabalho tem como foco a seguinte problemática: como se dá a
influência da dupla jornada de estudo e trabalho no desenvolvimento da ansiedade e estresse?
Com base nisso, têm-se como objetivo geral compreender as variáveis que influenciam no
processo de desencadeamento da ansiedade e do estresse no contexto da dupla jornada de estudo
e trabalho. Dessa forma, busca-se entender como ocorre o adoecimento mental da juventude
brasileira inserida em tal contexto.

REVISÃO DE LITERATURA

Aspectos gerais sobre ansiedade, estresse e adoecimento

Estresse

O termo estresse foi introduzido no campo da saúde em 1926 pelo fisiologista Hans
Selye, que designou uma resposta geral e inespecífica do estressor ou de uma situação
estressante. Posteriormente, passou-se a utilizar o termo tanto para designar uma resposta do
organismo quanto para nomear a situação que vai desencadear a resposta do mesmo. (MARGIS,
2003 apud MARCHESI; ALMEIDA; GOMIDE, 2014).
9

O estresse é um dos construtos que estão mais relacionados às doenças psicossociais


dentro de qualquer área social junto aos universitários. O termo estresse resulta do latim
stringere, que significa apertar, cerrar, comprimir. As primeiras referências ao estresse, foram
vistas no século XIV, onde o significado estaria relacionado as sensações de aflição e de
adversidade. Já no século XVII, o vocabulário passou a ser utilizado em inglês para designar
desconforto, opressão e adversidade. (RIOS, 2006 apud MARCHESI; ALMEIDA; GOMIDE,
2014).
Para Chiavenato (1989 apud BORINE; WANDERLEY; BASSITT, 2015), o estresse é
um conjunto de reações mentais, químicas e físicas de uma determinada pessoa a estímulos
ambientais. As perturbações psíquicas e orgânicas serão provocadas por diversos agentes
agressores, como traumas, fortes emoções, fadiga, e exposições a situações conflitantes.
Para Miguel e Noronha (2007 apud BORINE; WANDERLEY; BASSITT, 2015) o
estresse é uma condição imposta pelo próprio indivíduo, que se coloca nessas situações por
causa de oportunidades, restrições ou exigências que estarão relacionadas ao que ele almeja.
Assim, o resultado pode ser percebido como sendo incerto ou importante.
Para o neurocientista Sapolsky (2008 apud MARCHESI; ALMEIDA; GOMIDE, 2014)
todos os seres vertebrados respondem à situações de estresse liberando hormônios, como
adrenalina e glicocorticoides, que irão aumentar o ritmo cardíaco e o nível de atenção de forma
instantânea. Sendo assim, quando os indivíduos são expostos à constantes cargas de estresse, é
possível identificar consequências devastadoras para a saúde. Percebe-se, por exemplo, as
respostas de estresse que, quando ativadas, com frequência e de forma crônica, aumentam o
risco do desenvolvimento de diabetes, pressão alta e problemas intestinais. Além disso,
Sapolsky (2008 apud MARCHESI; ALMEIDA; GOMIDE, 2014) observou também que as
funções cerebrais podem ser prejudicadas, uma vez que os neurônios associados à regiões de
aprendizagem, de memória e de tomadas de decisões não funcionam de forma adequada sob
estresse.
Já na área social pode ocorrer o isolamento, a falta de amigos e, culturalmente, poderá
ocorrer uma rigidez no desempenho das mudanças que serão desenvolvidas. O estresse não
deixa vulnerável somente a saúde, prejudica, também, a criatividade do indivíduo, podendo
ocorrer um empobrecimento de valores e produtividade (ABREU et al., 2002 apud FISCHER
et al., 2003).
O estresse é originário de fontes internas e externas, cujas fontes internas estão ligadas
ao modo de ser do indivíduo - o tipo de personalidade e o seu modo típico de reagir à vida -
uma vez que, não é o acontecimento em si que se constitui como um momento estressante, mas,
10

sim, a maneira como é interpretado pelo indivíduo. Já os estressores externos estão relacionados
às exigências do dia-a-dia do indivíduo - como os problemas familiares, problemas sociais,
problemas de trabalho, como a perda de uma posição num cargo que era considerado importante
para o sujeito, dificuldades econômicas, assaltos ou outros tipos de violência, morte ou doença
de um familiar (LIPP et al., 1984 apud BORINE; WANDERLEY; BASSIT, 2015).
Portanto, é importante considerar os fatores que podem potencializar o estresse, como
também os aspectos individuais e a maneira como cada um reage às pressões cotidianas, além
dos aspectos culturais e sociais aos quais os indivíduos estão submetidos. O estresse irá ser
vivenciado por cada indivíduo de forma diferente e única, mesmo em um mesmo contexto
social, histórico e cultural, ainda será uma experiência subjetiva do indivíduo (LIPP, 1994, 1997
apud BORINE; WANDERLEY; BASSIT, 2015).
O estresse tem três fases distintas. A primeira fase é a de alerta, que pode ser analisada
como uma fase positiva. Na fase de alerta, o sujeito irá se deparar com um agente estressor e
uma condição de alerta e fará o organismo se arranjar para o modo de “luta ou fuga”, onde
acontece a anulação natural da homeostase. Caso o estressor tenha uma duração curta, a
adrenalina é logo extinta, ocorrendo assim o reparo da homeostase, retornando o corpo ao
estado de origem homeostática; o organismo, em seu campo físico e emocional, não terá
dificuldades em se adaptar sem prejuízos ao bem-estar. Lipp (1997 apud BORINE;
WANDERLEY; BASSIT, 2015) denomina essas adaptações do organismo como um esforço
saudável que irá garantir a sobrevivência e o organismo irá se recuperar sem que exista um
agravo maior.
A segunda fase é a da resistência, que ocorre após a primeira fase se seguir; ou seja, se
o estressor for mantido ou se ele for de extensa permanência. Por meio da ação reparadora, o
organismo tenta reverter a homeostase e, assim que consegue, os sintomas desaparecem e o
indivíduo percebe que está melhorando. Se isso não ocorrer por algum motivo, a produtividade
sofre uma redução e aumenta a vulnerabilidade do indivíduo. Nesta fase o indivíduo concentra
toda energia adaptativa para se equilibrar novamente.
A terceira e última fase é a da exaustão, que é vista como a temática mais negativa por
diversos autores. Ela é patológica e acontece quando o estressor persiste por mais tempo ou
quando outros estressores ocorrem ao mesmo tempo, evoluindo assim o processo. Nesse
processo, irá se instalar a exaustão psicológica em forma de depressão (LIPP, 1997 apud
BORINE; WANDERLEY; BASSIT, 2015).
11

Ansiedade

Com base nessas condições estabelecidas, o sujeito também poder vir a desenvolver
ansiedade, que será considerada uma situação subjetiva de apreensão seguida por uma
sequência de indicações independentes e somáticas. Souza (2017 apud VIGANÓ;
VERONESE; COSTA, 2018) afirma que junto com o medo, a ansiedade irá partir para as
reações de defesa, que irão conduzir o indivíduo a reduzir ou impedir situações que irão lhe
causar danos físicos ou psicológicos.
De acordo com o DSM-V (APA, 2014), os transtornos de ansiedade incluem transtornos
que compartilham características de medo e ansiedade excessivos e perturbações
comportamentais relacionados. Os sintomas podem ser divididos em: sintomas subjetivos, que
são referentes à percepção de sensações desconfortáveis como angústia, inquietação,
preocupações excessivas, medo ou pavor; e sintomas físicos, que se referem às sensações
corporais, tais como aperto no peito, palpitação, falta de ar, cólica abdominal, transpiração
excessiva, tontura, tremores, calafrios ou formigamentos.
Cabe lembrar que os jovens podem desenvolver estresse causado pelo excesso de
atividades acadêmicas, falta de motivação para com os estudos e a carreira escolhida, a
existência de conflitos com os colegas de turma, colegas de trabalho e professores, a
apresentações de trabalhos, a possível dificuldade na aquisição de livros e materiais de estudo,
a dupla jornada de trabalho e estudo, problemas familiares, problemas financeiros e sociais.
Esse estresse, associado à ansiedade, acaba dificultando o desempenho do sujeito, que como
consequência, tem sua capacidade acadêmica e profissional reduzidas.
A ansiedade é considerada patológica quando é desproporcional à situação que a
desencadeia, ou quando não o objeto que ela está direcionada não existe (LEITE et al., 2016
apud SILVA; HOLANDA, 2019). A diferença entre a ansiedade normal e a patológica é que a
normal é de curta duração e é relacionada ao evento que lhe deu origem. Já a patológica, a
duração é desproporcional ao estímulo, além de ser frequente e se manifestar de forma
espontânea e de modo difuso (GALVÃO, 2013 apud SILVA; HOLANDA, 2019).

Adoecimento no ambiente de trabalho

Em relação aos ambientes de trabalho, Lima (2014) observou que são ambientes frios,
hostis e exigentes, com uma grande competição e exploração - tanto material quanto
psicológica. A constante cobrança por produtividade pode criar também, dentro do ambiente de
12

trabalho, relacionamentos interpessoais prejudicados e desconfianças, trazendo um sentimento


de medo pelo futuro, construindo desse modo, um ciclo infindo de fatores estressantes. São
estímulos estressores externos a falta de condições necessárias para a realização das atividades,
a falta de uma estrutura adequada, falta de reconhecimento e o excesso de trabalho dentro e fora
das organizações empregadoras. Já os fatores internos podem ser de origem física, emocional
ou pessoais, tendo grande influência no desempenho e na satisfação do profissional. Portanto,
pessoas que acabam passando mais tempo no trabalho estão mais sujeitas a fatores estressores.
É possível observar, desde o ambiente escolar, situações estressoras que acompanharão
os indivíduos até a universidade. Tal situação corrobora para a busca de alternativas para
minimizar os efeitos do estresse. Existem diversas comprovações científicas sobre as
consequências negativas do estresse na vida do sujeito que estuda e trabalha ao mesmo tempo,
como, por exemplo, o desgaste pessoal e emocional de ter que lidar com prazos de entregas e
cobranças nos dois ambientes.
O processo de adaptação ao Ensino Superior pode acabar gerando uma baixa qualidade
de vida, segundo Saupe e colaboradores (2004 apud BORINE; WANDERLEY; BASSIT,
2015), uma vez que os acadêmicos estão passando por diversas situações novas nessa fase,
como o processo de adaptação aos estudos, ao mecanismo de ensino da instituição, a dupla
jornada e também as formas de avaliação e a interação com os novos colegas de sala. A vida
desses alunos é extremamente agitada, pois recebem uma carga de informações novas
diariamente que os obriga a buscar atualizações constantemente. É constante o encontro de
desgaste físico e emocional nos acadêmicos que não conseguem adaptar-se à dupla jornada de
estudo e trabalho. Essas constantes mudanças influenciam negativamente sua qualidade de vida,
podendo propiciar com uma frequência ainda maior o surgimento do estresse.

MÉTODO

Este trabalho trata-se de uma pesquisa de revisão de literatura integrativa. Analisou-se


quatro artigos científicos publicados na base de dados Scielo, entre os anos de 2014 à 2021.
Como critérios de inclusão foram considerados o período de publicação e o uso das palavras-
chaves: ansiedade, estresse e dupla jornada de estudo e trabalho. Outro critério utilizado foi o
direcionamento para a faixa etária estabelecida (jovens adultos). Foram excluídos artigos que
tinham objetivos relacionados à divisão de gênero do trabalho ou outras questões que saíssem
do foco do tema aqui trabalhado. Após a leitura dos artigos, buscou-se fazer a análise e
13

interpretação de cada informação coletada, podendo ser classificado como um trabalho


científico qualitativo.

RESULTADOS E DISCUSSÃO

Para a realização da análise dos artigos selecionados foram idealizados alguns subtemas
norteadores. A análise será iniciada pelo momento da vida pelo qual os jovens passam nesse
período em que iniciam o mercado de trabalho. Em seguida serão analisados os significados
que o trabalho assume para os jovens, passando para verificação das condições de trabalho e
estudo abordadas pelos autores analisados. Por fim, serão averiguadas os benefícios do trabalho
na juventude e as consequências negativas da inserção no mercado de trabalho, perpassando
pelos transtornos mentais associados a essas consequências.
14

Tabela 01 – Resumo dos artigos analisados

Autores Título Tipo Delinea- Objetivos Método Principais resultados


de mento
produ-
ção
Borine, Relação Artigo Pesquisa Compreen- Foi utilizado Acadêmicos com maior nível de
Wan- entre de campo der a relação um qualidade de vida apresentam
derley e qualidade entre a instrumento menores índices de estresse, sendo
Bassit de vida e qualidade de para avaliar a os acadêmicos do curso de
(2015) o estresse vida e o qualidade de Medicina Veterinária aqueles com
em estresse em vida Whoqol maior índice de qualidade de vida e
acadêmi- acadêmicos – bref (Wordl os acadêmicos do curso de
cos da da área da Health Fisioterapia os que apresentam o
área da saúde de uma Organization maior nível de estresse. Observou-
saúde. faculdade Quality of se, também, que o sexo feminino
privada do Life apresentou mais níveis de estresse
interior de Instrument em comparação ao sexo masculino.
Rondônia. Bref)
Mar- Dupla Artigo Pesquisa Correlacio- Aplicação de O rendimento acadêmico médio e o
chesi, jornada, de campo nar dupla um nível de estresse médio feminino é
Almei- estresse e jornada, questionário similar ao masculino. O o
da e aprovei- estresse e de medida de rendimento acadêmico de quem
Gomide tamento Aproveita- carga de não trabalha é similar a quem
(2014) acadêmi- mento trabalho e trabalha. O nível de estresse médio
co. acadêmico estudo, um dos indivíduos que não trabalham
em estudantes cálculo do foi inferior aos que trabalham,
universitá- histórico sendo que o maior nível de estresse
rios. escolar apareceu nas mulheres que
e o inventário trabalham.
de sintomas
de stress de
Lipp (ISSL)

Silva e A Traba- Pesquisa Investigar o Revisão de Os sintomas de ansiedade nos


Holand ansiedade lho de bibliográ- transtorno de literatura com estudantes são resultantes das
a em Conclu- fica. ansiedade em busca de dificuldades de manejo e
(2019). estudantes são de estudantes descritores elaboração de conflitos internos
universi- Curso universitá- (Transtorno emocionais, decorrentes de tensão
tários: rios. Ansiedade, ou estresse psíquico,
uma universitários, Há necessidade de
revisão saúde mental) acompanhamento psicológico.
biblio-
gráfica à
luz da
psicologia
Viganó, Ansiedad Artigo Pesquisa O objetivo Aplicação de Pode-se concluir que a maioria dos
Verone- eea empírica deste estudo é questionário estudantes trabalhadores sentem
se e Dupla quantita- identificar sobrecarregados diariamente e que
Costa Jornada tiva. relações entre já adoeceram por conta da
(2018) dos a ansiedade e conciliação das atividades da vida
Estudan- a dupla acadêmica com os afazeres do
tes jornada de trabalho, encontrando assim
Trabalha- estudantes algumas dificuldades para conciliar
dores trabalhadores a dupla jornada.

Fonte: Autoria própria (2021).


15

No que se refere ao momento da vida em que os jovens se encontram ao adentrar ao


mercado de trabalho, é necessário lembrar que há diversas transições ocorrendo. A educação e
o trabalho são constantemente apontados como fatores que influenciam na formação da
identidade das pessoas (BENDASSOLLI, 2007; LOPES, 2013). A juventude, em si, é um
momento de intensas transformações.
Alguns dos textos analisados trazem esse caráter de mudanças da juventude como ponto
de atenção ao se falar na dupla jornada. Borine, Wanderley e Bassitt (2015) destacam o intenso
processo emocional pelo qual os jovens passam na transição da adolescência para juventude.
Ressaltam, ainda, que há uma experiência de luto pela infância perdida. Esse luto, no entanto,
costuma ser percebido com sentimento de ambiguidade. Se por um lado está se perdendo os
benefícios da infância, a proteção e os cuidados, em geral, por outro lado há o ganho de
liberdade, autonomia, independência.
Essas novas conquistas, apontam Borine, Wanderley e Bassitt (2015), estão associadas
ao ganho de responsabilidades que podem ter reflexo por toda a vida, como a responsabilidade
pela escolha profissional. Silva (2019) destaca, também, as transformações relacionadas ao
início da vida acadêmica.
Segundo a autora, a entrada nas universidades está associada ao desencadeamento da
ansiedade. Isso porque há muita pressão social para que o jovem consiga manter um ritmo de
estudos, há cobranças dos professores, pais, amigos e da sociedade em geral. Essas dificuldades
estão associadas, ainda, a distância da cidade de origem e do núcleo familiar que grande parte
dos estudantes enfrentam.
Silva (2019) aponta que esse período de entrada nas universidades aumenta as incertezas
sobre o mercado de trabalho, sobre o curso escolhido e a profissão. Borine, Wanderley e Bassitt
(2015) também apontam as dificuldades desse momento de entrada nas universidades,
destacando a necessidade do desenvolvimento de habilidades sociais para aprender a lidar com
esse momento.
Essas possíveis dificuldades a serem enfrentadas pelos jovens na conciliação entre
trabalho e estudos também são apontadas Viganó, Veronese e Costa (2018). Os autores
ressaltam a necessidade de lidar com seus próprios limites, de conciliar as jornadas de trabalho
e estudos, as demandas de cada ambiente e os sentimentos que estes ambientes geram.
Corroborando as informações trazidas sobre o significado do trabalho, Fischer e
colaboradores (2003) apontam que a entrada de adolescentes e jovens no mercado de trabalho
tem sido desejada por esse público e incentivada pela sociedade e pelo próprio Estado, por meio
de políticas governamentais como o Programa Primeiro Emprego.
16

Segundo Fischer e colaboradores (2003), o significado do trabalho está ligado a


maturidade e a emancipação econômica, como mencionado anteriormente sobre novas
responsabilidade. No entanto, no Brasil, há um significado que, muitas vezes, é anterior a
questão da independência: a sobrevivência. Os autores ressaltam que frequentemente os jovens
entram no mercado de trabalho para ajudar no sustento da família, como forma de
complementar a renda.
Apesar de nenhum dos artigos analisados terem dado um enfoque social a essa questão
da complementação de renda, cabe destacar que esse significado do trabalho varia muito se
forem consideradas as classes sociais dos jovens. Grande parte da população jovem brasileira
não tem opção.
Trabalhar não é uma possibilidade, mas, sim, uma necessidade. Quando não é para
complementar a renda familiar, o trabalho se faz necessário para financiar a continuidade dos
estudos na faculdade ou cursos especializados. Por outro lado, uma menor parcela da população
jovem no Brasil é incentivada a não trabalhar para poder focar sua atenção, tempo e dedicação
nos estudos para passar em uma universidade federal ou em um concurso público. Essa situação
tem reverberações intensas nos anos seguintes e consequências negativas sobre as quais ainda
haverá discussão neste artigo.
Além disso, esse tipo de necessidade do trabalho para garantir a sobrevivência da família
ou continuidade dos estudos abre espaço para uma outra questão: a aceitação de condições de
trabalho desumanas ou precárias. O que também é reafirmado por Fischer e colaboradores
(2003) que também apontam que o trabalho que os jovens costumam fazer frequentemente tem
mais caráter produtivo do que educativo. A prioridade é garantir a produção de bens e serviços,
não há tanta preocupação com condições adequadas para o jovem realizar o trabalho ou
segurança.
Viganó, Veronese e Costa (2018) apontam, também, que mulheres, historicamente, tem
piores condições de trabalho do que homens. Além disso, quando o trabalhador tem a percepção
de que ocupa um cargo que considera privilegiado e, inclusive, além do que seria socialmente
esperado para sua classe social, o trabalhador passa a aceitar piores condições de trabalho.
Submete-se a situações que consideraria inviável ou insustentável em outras situações.
Ressalta-se, porém, que os artigos analisados focaram apenas em aspectos negativos da
inserção dos jovens no mercado de trabalho. Mas há. Diversos. Como mencionado
anteriormente, o trabalho é uma forma de garantir a sobrevivência própria e da família do
jovem, promove senso de responsabilidade, proporciona maior autonomia, liberdade e
17

amadurecimento. Também ajuda a preparar o jovem para a iniciar sua carreira profissional e,
muitas vezes, colocar em prática teorias e conceitos que estudou na faculdade.
Contudo, há, também, pontos negativos. Um dos principais pontos negativos é a
competição que o trabalho e os estudos assumem na vida do jovem. Enquanto seus colegas
socializam, o jovem trabalhador fica o tempo todo indo do trabalho para a universidade ou
escola e destes lugares para casa. Não há tempo de aproveitar a socialização e lazer que ocorrem
tão intensamente na juventude (BORINE; WANDERLEY; BASSITT, 2015; FISCHER et al.,
2003; SILVA; HOLANDA, 2019; MARCHESI; ALMEIDA; GOMIDE, 2014; VIGANO;
VERONESE; COSTA, 2018).
Fischer e colaboradores (2003) apontam que outro fator negativo para os jovens que
estão no mercado de trabalho é a mudança no padrão de sono. Os autores apontam que jovens
que trabalham tem uma redução na média de duração do sono, o que aumenta a sonolência
durante o dia e reduz a atenção para os estudos. As alterações no padrão de sono também são
mencionadas por Vigano, Veronese e Costa (2018).
Por fim, destaca-se que a ocorrência de transtornos mentais é comum em jovens que
possuem dupla jornada. Fischer e colaboradores (2003) apontam que os jovens que trabalham
e estudam acabam ficando mais isolados, com redução das atividades extracurriculares, de lazer
e sociais
Silva (2019) também indicam uma alta incidência de problemas psicossomáticos.
Borine, Wanderley e Bassitt (2015), por sua vez, destacam a ocorrência de ansiedade, baixa
autoestima, depressão, dificuldades de relacionamento, estresse, preocupações excessivas com
os estudos gerando um grande índice de evasões nas escolas e universidades. Vigano, Veronese
e Costa (2018) ressaltam a existência de um maior número de casos de estudantes com dupla
jornada que desenvolvem ansiedade,
Dessa forma, conclui-se que o trabalho pode, sim, ser muito benéfico para o
desenvolvimento dos jovens. No entanto, é necessário que o Estado, as empresas, universidades
e famílias apoiem esses jovens, fornecendo suporte para lidar com as dificuldades que forem
surgindo. Dessa forma, os benefícios da inserção dos jovens no mercado de trabalho serão
potencializados.
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CONSIDERAÇÕES FINAIS

O presente artigo teve como objetivo investigar como se dá o desenvolvimento da


ansiedade e estresse no contexto da dupla jornada trabalho-universidade. A partir das discussões
trazidas neste artigo, entende-se que a dupla jornada pode representar um fator de risco para a
saúde mental dos jovens brasileiros. Isso porque essa dupla jornada tem sido associada a
desgastes físicos, emocionais e sociais (MARCHESI; ALMEIDA; GOMIDE, 2014; SILVA;
HOLANDA, 2019; VIGANÓ; VERONESE; COSTA, 2018).
Um dos fatores que pode desencadear a ansiedade e o estresse e, portanto, causar
adoecimento nos jovens trabalhadores, é a competição que o trabalho gera entre relações
sociais, saúde mental, estudos e trabalho (BORINE; WANDERLEY; BASSITT, 2015;
FISCHER et al., 2003; SILVA; HOLANDA, 2019; MARCHESI; ALMEIDA; GOMIDE, 2014;
VIGANO; VERONESE; COSTA, 2018). Dessa forma, o jovem está em constante desgaste
entre suas jornadas, não restando tempo para que ele dedique ao seu lazer e suas necessidades
emocionais, familiares e sociais.
A falta de tempo para cuidar da sua saúde mental, associada a intensas cobranças no
ambiente acadêmico e laboral, pode acabar desencadeando o estresse e a ansiedade. Além disso,
pode acabar gerando alterações no padrão de sono (FISCHER et al., 2003). Por sua vez, a
alteração no padrão de sono pode gerar instabilidade no humor e acentuar o desenvolvimento
da ansiedade e estresse.
No entanto, ressalta-se que trabalhar e estudar nem sempre vai impulsionar o
desenvolvimento de transtornos psicológicos relacionados ao estresse e a ansiedade. Esse é
apenas um fator de risco para o desenvolvimento desses problemas. A associação com outros
fatores de risco é o que torna a dupla jornada mais propícia a desencadear estresse e ansiedade
no jovem. A falta de habilidades para lidar com desafios e problemas cotidianos, a falta de
orientação de um supervisor, de políticas públicas que amparem o jovem trabalhador e de apoio
familiar, por exemplo, são outros fatores de risco.
Cabe lembrar, também, que o significado que o jovem trabalhador atribui a sua inserção
no mercado de trabalho também pode ser um fator de proteção ou um fator de risco para o
desenvolvimento de transtornos psicológicos. Isso porque alguns jovens percebem o trabalho
como sendo um meio para alcançar a independência. Enquanto outros percebem como sendo
uma forma de garantir a sobrevivência da família. Dessa forma, o jovem que se vê sem opção
acaba aceitando ser submetido a situações aversivas no trabalho para manter o emprego. E essa
longa exposição à adversidade pode desencadear o adoecimento psíquico do jovem trabalhador.
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Estudos futuros podem investigar e comparar como os homens e as mulheres percebem


a dupla jornada de trabalho-estudo. Podem analisar, também, as estratégias para lidar com a
ansiedade e estresse. Por fim, podem ser feitos estudos empíricos com o uso de entrevistas,
grupos focais ou questionários com jovens trabalhadores.
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