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CURSO DE PSICOLOGIA
ARACAJU,SERGIPE
2021
BIANCA FONTES MELO
CECÍLIA MARIA GOMES ANDRADE
LUIZ ANTÔNIO LOURENÇO SANTOS ARAÚJO
MARIA GABRIELLE DA SILVA SANTANA
ARACAJU-SERGIPE
2021
BIANCA FONTES MELO
CECÍLIA MARIA GOMES ANDRADE
LUIZ ANTÔNIO LOURENÇO SANTOS ARAÚJO
MARIA GABRIELLE DA SILVA SANTANA
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Psicólogo Marcos Vinicius Santos Ramalho
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Prof.ª Dr.ª Luana Cristina Silva Santos
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Prof.º Dr. José Marcos Melo dos Santos
RESUMO
A conciliação de duas atividades que demandam tempo e esforço caracteriza a dupla jornada,
podendo essas atividades envolver trabalho, estudo, maternidade, cuidados com o lar, dentre
outras combinações. Este artigo teve como foco a dupla jornada de estudantes universitários
que trabalham, abordando aspectos que influenciam na qualidade da saúde mental desses
estudantes, como a ansiedade, estresse e alterações de sono. Trata-se de uma revisão de
literatura, com base em artigos encontrados na base de dados Scielo. Foram pesquisados artigos
entre os anos de 2014 e 2021, com busca pelos termos estresse, ansiedade e dupla jornada de
estudo e trabalho. Após excluir artigos que focavam apenas na divisão de trabalho por gênero
(mulheres ou homens), foram selecionados cinco artigos para a análise. Os resultados
encontrados mostram que a inserção dos jovens no mercado de trabalho se dá primordialmente
devido a busca por autonomia e independência, mas, também, como forma de complementar a
renda familiar. Observou-se que há benefícios relacionados a dupla jornada, como obtenção de
experiência, mas os artigos demonstram prioritariamente os aspectos negativos, como a
mudança no padrão de sono e dificuldades de manter vínculos afetivos no ambiente de estudo
e familiar, devido às demandas do trabalho. Por fim, observou-se maior incidência de
transtornos mentais associados ao estresse e ansiedade em jovens com dupla jornada.
The simultaneous performing of two activities that demand time and effort characterize double
shifts. These activities may involve work, study, motherhood, home care, among other
combinations. This article focused on the double shift that involves work and university
studying, addressing aspects that influence the quality of mental health of these students, such
as anxiety, stress and sleep disorders. This is a literature review, based on articles found in
Scielo database. Articles between the years 2014 and 2021 were searched, considering the terms
stress, anxiety and double journey of study and work. After excluding articles that focused in
gender (women or men) impact in double shifts, five articles were selected for analysis. The
results found show that the insertion of young people into the labor market is primarily due to
the search for autonomy and independence, but also as a way to supplement family income. It
was observed that there are benefits related to the double shift, such as gaining experience, but
the articles primarily demonstrate the negative aspects, such as the change in the sleep patter
and difficulties in maintaining affective bonds in the study and family environment, due to the
demands of work . Finally, there was a higher incidence of mental disorders associated with
stress and anxiety in young people with double shifts.
INTRODUÇÃO ...................................................................................................................................... 7
REVISÃO DE LITERATURA ............................................................................................................. 8
Aspectos gerais sobre ansiedade, estresse e adoecimento ................................................................... 8
Estresse.................................................................................................................................................... 8
Ansiedade .............................................................................................................................................. 11
Adoecimento no ambiente de trabalho............................................................................................... 11
MÉTODO ............................................................................................................................................. 12
RESULTADOS E DISCUSSÃO ......................................................................................................... 13
CONSIDERAÇÕES FINAIS .............................................................................................................. 18
REFERÊNCIAS ................................................................................................................................... 18
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RESUMO
A conciliação de duas atividades que demandam tempo e esforço caracteriza a dupla jornada,
podendo essas atividades envolver trabalho, estudo, maternidade, cuidados com o lar, dentre
outras combinações. Este artigo teve como foco a dupla jornada de estudantes universitários
que trabalham, abordando aspectos que influenciam na qualidade da saúde mental desses
estudantes, como a ansiedade, estresse e alterações de sono. Trata-se de uma revisão de
literatura, com base em artigos encontrados na base de dados Scielo. Foram pesquisados artigos
entre os anos de 2014 e 2021, com busca pelos termos estresse, ansiedade e dupla jornada de
estudo e trabalho. Após excluir artigos que focavam apenas na divisão de trabalho por gênero
(mulheres ou homens), foram selecionados cinco artigos para a análise. Os resultados
encontrados mostram que a inserção dos jovens no mercado de trabalho se dá primordialmente
devido a busca por autonomia e independência, mas, também, como forma de complementar a
renda familiar. Observou-se que há benefícios relacionados a dupla jornada, como obtenção de
experiência, mas os artigos demonstram prioritariamente os aspectos negativos, como a
mudança no padrão de sono e dificuldades de manter vínculos afetivos no ambiente de estudo
e familiar, devido às demandas do trabalho. Por fim, observou-se maior incidência de
transtornos mentais associados ao estresse e ansiedade em jovens com dupla jornada.
ABSTRACT
The simultaneous performing of two activities that demand time and effort characterize double
shifts. These activities may involve work, study, motherhood, home care, among other
combinations. This article focused on the double shift that involves work and university
studying, addressing aspects that influence the quality of mental health of these students, such
as anxiety, stress and sleep disorders. This is a literature review, based on articles found in
Scielo database. Articles between the years 2014 and 2021 were searched, considering the terms
stress, anxiety and double journey of study and work. After excluding articles that focused in
gender (women or men) impact in double shifts, five articles were selected for analysis. The
1
Graduanda do Curso de Psicologia do Centro Universitário Estácio de Sergipe. E-mail:
biiancafontes.bf@hotmail.com
1
Graduanda do Curso de Psicologia do Centro Universitário Estácio de Sergipe. E-mail: ce_cilia_@outlook.com
1
Graduando do Curso de Psicologia do Centro Universitário Estácio de Sergipe. E-mail: luizkung@gmail.com
1
Graduanda do Curso de Psicologia do Centro Universitário Estácio de Sergipe. E-mail: sgabi0244@gmail.com
2
Doutor em Ciências Fisiológicas- Neurociência pela Universidade Federal de Sergipe e professor do
Departamento de Psicologia do Centro Universitário Estácio de Sergipe – Aracaju. E-mail:
josemarcos.se@gmail.com
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results found show that the insertion of young people into the labor market is primarily due to
the search for autonomy and independence, but also as a way to supplement family income. It
was observed that there are benefits related to the double shift, such as gaining experience, but
the articles primarily demonstrate the negative aspects, such as the change in the sleep patter
and difficulties in maintaining affective bonds in the study and family environment, due to the
demands of work . Finally, there was a higher incidence of mental disorders associated with
stress and anxiety in young people with double shifts.
INTRODUÇÃO
A dupla jornada caracteriza-se como uma rotina duplicada, ou seja, o indivíduo que
divide seu tempo entre responsabilidades e obrigações em sua atividade profissional e, também,
em outras atividades, com similar carga, como vida acadêmica, vida materna, rotina doméstica,
dentre outros. Diante de uma rotina acelerada e sua consequente sobrecarga, têm-se, como
principal consequência, o comprometimento da saúde mental e física daqueles que estão
inseridos neste cenário. Prova disso é o aumento considerável de jovens diagnosticados com
patologias oriundas de tais condições, que se mostram desfavoráveis para a manutenção de uma
vida saudável (VIGANO, 2018).
A dupla jornada e sua relação com a saúde mental dos jovens é um tema de suma
importância, pois aborda uma realidade atual enfrentada por parte da juventude brasileira. Um
dos motivos para tal fenômeno advém da necessidade dos jovens de ingressarem no mercado
de trabalho, devido ou às condições socioeconômicas da sua família ou, até mesmo, à busca
pela emancipação financeira (CARRANÇA, 2020).
O aumento do índice de jovens estressados e ansiosos fez com que a dupla jornada
passasse a ser um tema mais abordado nas literaturas da área da psicologia. Isso porque a cada
ano, cada vez mais cedo, a juventude está ingressando no mercado de trabalho, assim como
também, no Ensino Superior, de forma simultânea (FISCHER, 2003). Em sua maioria, esse
público não está preparado e não recebem orientações para administrar tal realidade. Acabam,
por consequência, comprometendo sua saúde mental e desencadeando, dentre outras patologias,
a aquisição do estresse.
O estresse costuma ser desenvolvido aos poucos, variando sua intensidade de acordo
com as situações estressoras. Isso acaba gerando várias reações psicológicas.
Consequentemente, causa o desequilíbrio no organismo do indivíduo. Todavia, situações
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estressoras acontecem ao longo de toda a vida e as respostas a elas variam de indivíduo para
indivíduo (MARGIS, 2003 apud MARCHESI; ALMEIDA; GOMIDE, 2014).
As diferentes cargas de estresse, quando surgem de maneira constante, trazem
consequências devastadoras para a saúde. Prova disso, por exemplo, são os ambientes de
trabalho de clima hostil, frio, e repleto de pressões e cobranças. A presença destes fatores nesses
ambientes pode gerar no indivíduo um sentimento de medo do futuro, desconfianças e
incertezas. Assim, podem desencadear gatilhos para o desenvolvimento de um quadro de
ansiedade (LIMA, 2004 apud MARCHESI; ALMEIDA; GOMIDE, 2014).
A ansiedade é um sentimento desagradável de medo, de apreensão, caracterizado por
tensão ou desconforto, derivado de pensamentos que antecipam situações desconhecidas ou de
perigo. Sendo assim, segundo o Manual Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais, 5ª
edição, o DSM-V (APA, 2014), o transtorno de ansiedade é caracterizado por sintomas
frequentes e que afetam o desenvolvimento e as atividades diárias do indivíduo, tornando-o
disfuncional.
Portanto, o presente trabalho tem como foco a seguinte problemática: como se dá a
influência da dupla jornada de estudo e trabalho no desenvolvimento da ansiedade e estresse?
Com base nisso, têm-se como objetivo geral compreender as variáveis que influenciam no
processo de desencadeamento da ansiedade e do estresse no contexto da dupla jornada de estudo
e trabalho. Dessa forma, busca-se entender como ocorre o adoecimento mental da juventude
brasileira inserida em tal contexto.
REVISÃO DE LITERATURA
Estresse
O termo estresse foi introduzido no campo da saúde em 1926 pelo fisiologista Hans
Selye, que designou uma resposta geral e inespecífica do estressor ou de uma situação
estressante. Posteriormente, passou-se a utilizar o termo tanto para designar uma resposta do
organismo quanto para nomear a situação que vai desencadear a resposta do mesmo. (MARGIS,
2003 apud MARCHESI; ALMEIDA; GOMIDE, 2014).
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sim, a maneira como é interpretado pelo indivíduo. Já os estressores externos estão relacionados
às exigências do dia-a-dia do indivíduo - como os problemas familiares, problemas sociais,
problemas de trabalho, como a perda de uma posição num cargo que era considerado importante
para o sujeito, dificuldades econômicas, assaltos ou outros tipos de violência, morte ou doença
de um familiar (LIPP et al., 1984 apud BORINE; WANDERLEY; BASSIT, 2015).
Portanto, é importante considerar os fatores que podem potencializar o estresse, como
também os aspectos individuais e a maneira como cada um reage às pressões cotidianas, além
dos aspectos culturais e sociais aos quais os indivíduos estão submetidos. O estresse irá ser
vivenciado por cada indivíduo de forma diferente e única, mesmo em um mesmo contexto
social, histórico e cultural, ainda será uma experiência subjetiva do indivíduo (LIPP, 1994, 1997
apud BORINE; WANDERLEY; BASSIT, 2015).
O estresse tem três fases distintas. A primeira fase é a de alerta, que pode ser analisada
como uma fase positiva. Na fase de alerta, o sujeito irá se deparar com um agente estressor e
uma condição de alerta e fará o organismo se arranjar para o modo de “luta ou fuga”, onde
acontece a anulação natural da homeostase. Caso o estressor tenha uma duração curta, a
adrenalina é logo extinta, ocorrendo assim o reparo da homeostase, retornando o corpo ao
estado de origem homeostática; o organismo, em seu campo físico e emocional, não terá
dificuldades em se adaptar sem prejuízos ao bem-estar. Lipp (1997 apud BORINE;
WANDERLEY; BASSIT, 2015) denomina essas adaptações do organismo como um esforço
saudável que irá garantir a sobrevivência e o organismo irá se recuperar sem que exista um
agravo maior.
A segunda fase é a da resistência, que ocorre após a primeira fase se seguir; ou seja, se
o estressor for mantido ou se ele for de extensa permanência. Por meio da ação reparadora, o
organismo tenta reverter a homeostase e, assim que consegue, os sintomas desaparecem e o
indivíduo percebe que está melhorando. Se isso não ocorrer por algum motivo, a produtividade
sofre uma redução e aumenta a vulnerabilidade do indivíduo. Nesta fase o indivíduo concentra
toda energia adaptativa para se equilibrar novamente.
A terceira e última fase é a da exaustão, que é vista como a temática mais negativa por
diversos autores. Ela é patológica e acontece quando o estressor persiste por mais tempo ou
quando outros estressores ocorrem ao mesmo tempo, evoluindo assim o processo. Nesse
processo, irá se instalar a exaustão psicológica em forma de depressão (LIPP, 1997 apud
BORINE; WANDERLEY; BASSIT, 2015).
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Ansiedade
Com base nessas condições estabelecidas, o sujeito também poder vir a desenvolver
ansiedade, que será considerada uma situação subjetiva de apreensão seguida por uma
sequência de indicações independentes e somáticas. Souza (2017 apud VIGANÓ;
VERONESE; COSTA, 2018) afirma que junto com o medo, a ansiedade irá partir para as
reações de defesa, que irão conduzir o indivíduo a reduzir ou impedir situações que irão lhe
causar danos físicos ou psicológicos.
De acordo com o DSM-V (APA, 2014), os transtornos de ansiedade incluem transtornos
que compartilham características de medo e ansiedade excessivos e perturbações
comportamentais relacionados. Os sintomas podem ser divididos em: sintomas subjetivos, que
são referentes à percepção de sensações desconfortáveis como angústia, inquietação,
preocupações excessivas, medo ou pavor; e sintomas físicos, que se referem às sensações
corporais, tais como aperto no peito, palpitação, falta de ar, cólica abdominal, transpiração
excessiva, tontura, tremores, calafrios ou formigamentos.
Cabe lembrar que os jovens podem desenvolver estresse causado pelo excesso de
atividades acadêmicas, falta de motivação para com os estudos e a carreira escolhida, a
existência de conflitos com os colegas de turma, colegas de trabalho e professores, a
apresentações de trabalhos, a possível dificuldade na aquisição de livros e materiais de estudo,
a dupla jornada de trabalho e estudo, problemas familiares, problemas financeiros e sociais.
Esse estresse, associado à ansiedade, acaba dificultando o desempenho do sujeito, que como
consequência, tem sua capacidade acadêmica e profissional reduzidas.
A ansiedade é considerada patológica quando é desproporcional à situação que a
desencadeia, ou quando não o objeto que ela está direcionada não existe (LEITE et al., 2016
apud SILVA; HOLANDA, 2019). A diferença entre a ansiedade normal e a patológica é que a
normal é de curta duração e é relacionada ao evento que lhe deu origem. Já a patológica, a
duração é desproporcional ao estímulo, além de ser frequente e se manifestar de forma
espontânea e de modo difuso (GALVÃO, 2013 apud SILVA; HOLANDA, 2019).
Em relação aos ambientes de trabalho, Lima (2014) observou que são ambientes frios,
hostis e exigentes, com uma grande competição e exploração - tanto material quanto
psicológica. A constante cobrança por produtividade pode criar também, dentro do ambiente de
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MÉTODO
RESULTADOS E DISCUSSÃO
Para a realização da análise dos artigos selecionados foram idealizados alguns subtemas
norteadores. A análise será iniciada pelo momento da vida pelo qual os jovens passam nesse
período em que iniciam o mercado de trabalho. Em seguida serão analisados os significados
que o trabalho assume para os jovens, passando para verificação das condições de trabalho e
estudo abordadas pelos autores analisados. Por fim, serão averiguadas os benefícios do trabalho
na juventude e as consequências negativas da inserção no mercado de trabalho, perpassando
pelos transtornos mentais associados a essas consequências.
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amadurecimento. Também ajuda a preparar o jovem para a iniciar sua carreira profissional e,
muitas vezes, colocar em prática teorias e conceitos que estudou na faculdade.
Contudo, há, também, pontos negativos. Um dos principais pontos negativos é a
competição que o trabalho e os estudos assumem na vida do jovem. Enquanto seus colegas
socializam, o jovem trabalhador fica o tempo todo indo do trabalho para a universidade ou
escola e destes lugares para casa. Não há tempo de aproveitar a socialização e lazer que ocorrem
tão intensamente na juventude (BORINE; WANDERLEY; BASSITT, 2015; FISCHER et al.,
2003; SILVA; HOLANDA, 2019; MARCHESI; ALMEIDA; GOMIDE, 2014; VIGANO;
VERONESE; COSTA, 2018).
Fischer e colaboradores (2003) apontam que outro fator negativo para os jovens que
estão no mercado de trabalho é a mudança no padrão de sono. Os autores apontam que jovens
que trabalham tem uma redução na média de duração do sono, o que aumenta a sonolência
durante o dia e reduz a atenção para os estudos. As alterações no padrão de sono também são
mencionadas por Vigano, Veronese e Costa (2018).
Por fim, destaca-se que a ocorrência de transtornos mentais é comum em jovens que
possuem dupla jornada. Fischer e colaboradores (2003) apontam que os jovens que trabalham
e estudam acabam ficando mais isolados, com redução das atividades extracurriculares, de lazer
e sociais
Silva (2019) também indicam uma alta incidência de problemas psicossomáticos.
Borine, Wanderley e Bassitt (2015), por sua vez, destacam a ocorrência de ansiedade, baixa
autoestima, depressão, dificuldades de relacionamento, estresse, preocupações excessivas com
os estudos gerando um grande índice de evasões nas escolas e universidades. Vigano, Veronese
e Costa (2018) ressaltam a existência de um maior número de casos de estudantes com dupla
jornada que desenvolvem ansiedade,
Dessa forma, conclui-se que o trabalho pode, sim, ser muito benéfico para o
desenvolvimento dos jovens. No entanto, é necessário que o Estado, as empresas, universidades
e famílias apoiem esses jovens, fornecendo suporte para lidar com as dificuldades que forem
surgindo. Dessa forma, os benefícios da inserção dos jovens no mercado de trabalho serão
potencializados.
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CONSIDERAÇÕES FINAIS
REFERÊNCIAS
BORINE, Calderani, Cássia, Rita. WANDERLEY, Silva, Kátia. BASSITT, Pastore, Débora.
Relação entre qualidade de vida e o estresse em acadêmicos da área da saúde. Estudos
Interdisciplinares em Psicologia, 2015; 6 (1): 100-118. Disponível em:
https://url.gratis/LIq6m6. Acesso em: 30 out. 2021.
CARRANÇA, Thaís. Dupla jornada de estudo e trabalho ganha força entre jovens brasileiros.
Revista valor econômico, São Paulo, 05 fev. 2020. Disponível em: https://url.gratis/AQDgUG.
Acesso em: 02 abr. 2021.
CRUZ, Fernanda. Por que depressão e ansiedade afetam cada vez mais universitários. Revista
desafios da educação. São Paulo, 30 de julho 2018. Disponível em:
https://desafiosdaeducacao.grupoa.com.br/ansiedade-e-depressao-na-universidade/. Acesso
em: 04 nov 2021.