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FACULDADE DE VENDA NOVA DO IMIGRANTE- FAVENI PSICOPEDAGOGIA

INSTITUCIONAL E CLÍNICA

JOSÉ ERINALDO PINHEIRO MENDONÇA

TRANSTORNO DE ANSIEDADE GENERALIZADA: por que os alunos dão branco


na hora da prova?

PENALVA-MA
2023
FACULDADE DE VENDA NOVA DO IMIGRANTE - FAVENI

JOSÉ ERINALDO PINHEIRO MENDONÇA

TRANSTORNO DE ANSIEDADE GENERALIZADA: por que os alunos dão branco


na hora da prova?

Trabalho de Conclusão de Curso, no formato


de artigo científico, apresentado como
requisito parcial à obtenção do Título
Especialista em Psicopedagogia Institucional
e Clínica.

PENALVA-MA
2023
TRANSTORNO DE ANSIEDADE GENERALIZADA: por que os alunos dão
branco na hora da prova?

JOSÉ ERINALDO PINHEIRO MENDONÇA1

Declaro que sou autor (José Erinaldo Pinheiro Mendonça)¹ deste Trabalho de
Conclusão de Curso. Declaro também que o mesmo foi por mim elaborado e
integralmente redigido, não tendo sido copiado ou extraído, seja parcial ou
integralmente, de forma ilícita de nenhuma fonte além daquelas públicas consultadas
e corretamente referenciadas ao longo do trabalho ou daqueles cujos dados
resultaram de investigações empíricas por mim realizadas para fins de produção
deste trabalho.
Assim, declaro, demonstrando minha plena consciência dos seus efeitos civis,
penais e administrativos, e assumindo total responsabilidade caso se configure o
crime de plágio ou violação aos direitos autorais.

RESUMO

A maioria dos alunos experimenta alta ansiedade durante o exame. Essa alta ativação pode ter um
impacto negativo, não apenas no desempenho antes das avaliações, mas também pode desequilibrar
a saúde dos alunos nesse tipo de situação. Muito antes de os exames começarem corretamente, eles
começam a sofrer de distúrbios físicos muito diferentes (insônia, dores de cabeça, náusea, vômito
etc.), piorando à medida que os dias para o exame se aproximam. A ansiedade nos exames consiste
em uma série de reações emocionais negativas que alguns alunos sentem antes dos exames. O
medo dos exames não é um medo irracional, não é em vão que agir sobre eles determina grande
parte do futuro acadêmico da pessoa. Mas, como acontece com mais frequência com a ansiedade, é
quando ocorre em níveis muito altos quando pode interferir seriamente na vida da pessoa. A
ansiedade no exame é um problema sério, não apenas por causa da alta porcentagem de alunos que
sofrem com isso, mas também por ter um efeito muito negativo no desempenho. Portanto, deve-se
considerar que um número muito alto de alunos que sofrem de reprovação escolar não apresenta
problemas relacionados ao aprendizado ou à sua capacidade, mas aos níveis extremos de ansiedade
que apresentam antes dos exames. A ansiedade também deteriora a memória. Quanto maiores as
demandas da tarefa de processar e recuperar informações, maior será a influência negativa da
interferência causada pela ansiedade. O exame é definido como um teste no qual temos que
demonstrar nossa aptidão em determinadas disciplinas. As pessoas que experimentam alta
ansiedade a ser avaliada sofrem uma diminuição significativa na execução desses testes em
comparação com as que não sofrem dessa ansiedade.

Palavras-chave: Transtorno de ansiedade; exames.

1 Pós-graduando do Curso de Psicopedagogia Institucional e Clínica da Faculdade de Venda Nova do


Imigrante. E-mail:
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1 INTRODUÇÃO

A ansiedade, contrária à sensação de medo, é a apreensão de um perigo que não


está associado a um estímulo específico ou identificável e é acompanhado por
sintomas como agitação, dispneia e taquicardia. Pensa-se que a ansiedade
patológica surge de uma ameaça interna, vaga e desconhecida. Torna-se patológico
quando gera sofrimento e tem um impacto negativo diariamente, em todas as
atividades da pessoa, como cuidados pessoais, aprendizado, socialização ou vida
profissional (KNAPP et al, 2007).
O transtorno de ansiedade generalizada é relativamente comum e geralmente se
desenvolve durante a infância ou adolescência. É caracterizada por ansiedade
excessiva, ansiedade e incerteza presentes quase diariamente por um período de
pelo menos seis meses. A causa do transtorno de ansiedade generalizada, diferente
da ansiedade cujo estresse original é identificável, é imprecisa. Pode ser
efetivamente tratado através de psicoterapia e farmacologia, na maioria das vezes
através de uma combinação de ambos. Sem intervenção, os sintomas tendem a
aumentar com o tempo (CLARK; BECK, 2012).
A causa desse ataque permanece desconhecida, mas vários pesquisadores
atribuem uma origem multifatorial: genética, bioquímica e existencial. Na maioria das
vezes, o desenvolvimento de um distúrbio de ansiedade seria o resultado de uma
combinação de experiências de vida, traços psicológicos e componentes genéticos,
o que resultaria em um desequilíbrio nos níveis de neurotransmissores cerebrais
(LIMA et al.,2017).
As perspectivas sobre as causas do transtorno de ansiedade são de três tipos: a
perspectiva psicanalítica, a abordagem cognitivo-comportamental e a perspectiva
existencial. Segundo a teoria psicanalítica, conflitos internos não resolvidos estão na
raiz do transtorno de ansiedade generalizada. A Escola Cognitivo-Comportamental
avança, e não uma percepção irreal ou incorreta do perigo seria responsável por
esse ataque (KNAPP et al, 2007).
As mulheres têm duas vezes mais chances de desenvolver transtorno de ansiedade
generalizada que os homens. A causa dessa desproporção é desconhecida. Vários
compostos químicos podem aumentar o nível de ansiedade na pessoa, incluindo
cafeína e alguns medicamentos sem receita médica. No entanto, o exercício regular
pode ajudar a reduzir os níveis de ansiedade (KNAPP et al, 2007). A soma dos
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estressores na vida de uma pessoa também pode variar as taxas de ansiedade, mas
elas são compensadas pelo número de estratégias de gerenciamento de estresse
disponíveis para cada pessoa. No entanto, o número de estressores isoladamente,
mesmo se alto, não explica a presença de um transtorno de ansiedade generalizada
em uma pessoa. Alguns serão capazes de lidar com um número impressionante de
situações estressantes sem serem afetados (CLARK; BECK, 2012).
Segundo as teorias biológicas, uma reação excessiva do sistema nervoso autônomo
estaria na origem da ansiedade. Isso resultaria em aumento da produção de
catecolaminas e noradrenalina.
A redução simultânea dos níveis de ácido gama-aminobutírico (GABA) levaria à
hiperatividade do sistema nervoso central. Um aumento na atividade dopaminérgica
e uma diminuição nos níveis de serotonina também estariam relacionados ao
aumento da ansiedade. Esse processo explicaria o aumento da intensidade da
ansiedade nas pessoas, tornando-a patológica, mas o que causa e mantém esse
processo biológico provavelmente estaria relacionado às predisposições genéticas
da pessoa e de suas experiências (CLARK; BECK, 2012). Em crianças e
adolescentes, a doença é frequentemente acompanhada por um distúrbio de déficit
de atenção com hiperatividade e agitação. Os sintomas que serão observados nos
jovens serão distúrbios do sono, sudorese excessiva, exaustão e desconforto físicos
causados por dores musculares, estômago ou dores de cabeça. Assim como os
adultos, os sintomas experimentados podem causar dificuldades para as atividades
diárias da criança, ao mesmo tempo em que sofrem angústias e perturbações do
funcionamento social e acadêmico (CLARK; BECK, 2012).

2 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA

De acordo com Beck (2013), o transtorno de ansiedade generalizada ou transtorno


de ansiedade generalizada é um estado de ansiedade excessiva e permanente. Faz
parte da família da ansiedade, mas se manifesta por um desconforto contínuo. A
tensão é psíquica e física, invasiva e impossível de controlar, mesmo que o indivíduo
esteja ciente da desproporção de sua preocupação permanente. Embora suas
causas ainda não sejam bem conhecidas, considera-se que, além da predisposição,
o tipo de educação, a presença de pais ansiosos, episódios de separação ou
abandono favorecem o desenvolvimento de um TAG. Uma ansiedade compreensível
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por estar relacionada a um problema médico (hipertireoidismo, distúrbios cardíacos)


ou secundária a uma doença grave (câncer por exemplo) pode degenerar em TAG.
Para os autores Clark e Beck (2012) a ansiedade na escola, um dos sintomas mais
comuns do estresse emocional, é uma área importante, mas negligenciada da
pesquisa. Mais e mais crianças em idade escolar têm problemas emocionais na
escola. Estudos epidemiológicos indicam que os transtornos de ansiedade no
desenvolvimento afetam aproximadamente 9% das crianças e entre 13 e 17% dos
jovens. Outras referências indicam que entre 10 e 20% das crianças em idade
escolar são afetadas por problemas relacionados à ansiedade.
Pensamentos disfuncionais e que normalmente as pessoas não conseguem avaliar
se são verdadeiras ou não devido ao momento em que esses pensamentos
negativos são internalizados na mente. Cada indivíduo é único, tem suas
experiências e gatilhos, o que nos leva à conclusão de que não podemos generalizar
ou colocar na prateleira todas as pessoas para qualificá-las. É por isso que é
importante pesquisar e entender o que desperta ansiedade em cada pessoa.
Existem também combinações de problemas comportamentais que coincidem com
as concepções de transtornos ansiosos em crianças e adolescentes. Ao mesmo
tempo, cada criança e cada adolescente apresentam sintomas ansiosos diferentes e
com intensidade variável. Também podem variar tanto na persistência quanto no
período em que ocorrem, obedecendo a três sistemas de resposta: motor, fisiológico
e subjetivo (KNAPP, 2007).
Para Leahy (2011), da mesma forma, nem todas as crianças e adolescentes
experimentam o mesmo padrão ou intensidade da sintomatologia; as reações podem
variar em duração, persistência e flutuação ao longo do tempo. Altos níveis de
ansiedade reduzem a eficiência do aprendizado, pois diminuem a atenção, a
concentração e a retenção, com a consequente deterioração do desempenho
escolar. Os muito ansiosos têm dificuldade em prestar atenção, ficam facilmente
distraídos. Eles usam poucas das chaves concedidas em tarefas intelectuais. À
medida que processam a informação, eles não organizam ou elaboram
adequadamente os materiais e tendem a ser pouco flexíveis para se adaptar aos
processos de aprendizagem (LIMA et al, 2017).
A ansiedade no exame é um tipo de ansiedade na execução, uma sensação que
uma pessoa pode experimentar em uma situação em que o desempenho é muito
importante ou há uma grande pressão para fazer as coisas corretamente. Todo tipo
de ansiedade é uma reação à antecipação de algo estressante. Como qualquer
outra reação de ansiedade, a ansiedade de teste afeta o corpo e a mente. Quando
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uma pessoa está sob estresse, seu corpo libera um hormônio chamado adrenalina,
que os prepara para reagir ao perigo. É isso que causa sintomas corporais, como
suor, batimentos fortes no peito e respiração acelerada. Essas sensações podem ser
leves ou intensas (KAPLAN; SADOCK, 2007).
Focar o quão ruim isso pode acontecer também alimenta a ansiedade do teste. Por
exemplo, uma pessoa preocupada em fazer um teste ruim pode ter pensamentos
como: "E se eu ficar em branco?" ou "E se o teste for muito difícil?" Se tivermos
muitos pensamentos como esses, não haverá espaço em nossas mentes para focar
nas perguntas do exame. Pessoas com ansiedade de teste também podem se sentir
estressadas por suas reações corporais e pensar coisas como: "E se eu vomitar?"
ou "Oh, não, minhas mãos estão tremendo!"
Como qualquer outro tipo de ansiedade, a ansiedade de teste pode gerar um círculo
vicioso: quanto mais uma pessoa se concentra nas coisas negativas que podem lhe
acontecer, mais sua ansiedade se intensifica. Isso faz a pessoa se sentir pior e,
estando sua mente cheia de medos e pensamentos que geram distração, as
chances de um exame ruim aumentam.
Quem sofre com ansiedade nos experimentam várias manifestações emocionais,
fisiológicas e psicológicas. Sentirão, portanto, emoções como medo, tensão,
insegurança, inquietação e pânico. Eles podem apresentar sintomas físicos como
taquicardia, palpitações, tontura, dor de cabeça, tensão muscular, sudorese, falta de
ar, desconforto digestivo, etc. No nível mental, você pode notar dificuldade em se
concentrar e pensar, confusão, dificuldade em controlar preocupações, pensamentos
negativos relacionados ao mau desempenho, não atender às suas expectativas ou
às dos outros, consequências negativas de um possível baixo desempenho, medo
de não ser capaz e ser menor que os outros, etc. Além disso, todos esses
pensamentos e sentimentos dificultam a concentração na tarefa (KNAPP, 2007).
Quando a pessoa já desenvolveu a ansiedade antes dos exames, a proximidade de
uma prova acadêmica provoca a antecipação da possível reprovação, as
consequências da mesma (com relação a si mesma ou com os pais, colegas de
classe e professores, por exemplo), e disso forma desencadeia as preocupações e
os sintomas que as acompanham: medos, ativação fisiológica (GONÇALVES, 2014).
Dessa forma, a pessoa olha especialmente para a dificuldade do sujeito, a falta de
confiança, as falhas anteriores, etc. Isso pode levar a pessoa a tentar estudar mais
horas e revisar mais o assunto, embora a interferência de suas preocupações e
ansiedade possa prejudicar seu estudo e, portanto, sua eficácia. Se a pessoa
pertencer ao grupo sem habilidades de estudo, a interferência de ansiedade ainda
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será maior. O medo antecipado e o desconforto que eles causam podem fazer com
que a pessoa decida não fazer o exame, o que a longo prazo mantém ainda mais o
problema (CLARK; BECK, 2012).
Essa ansiedade às vezes ocorre bem antes da data do exame. Porém, na maioria
das vezes, ocorre nas horas anteriores ao teste, com crescente medo e sinais de
tensão nervosa, como um nó na garganta ou barriga, palpitações, ondas de calor,
vontade de ir banheiros, etc. Como o rastreamento habitual, esses sinais geralmente
permanecem suportáveis e diminuem rapidamente quando a ação começa. Eles se
tornam problemáticos quando são muito intensos e persistentes, e podem atrapalhar
o parto devido às consequências físicas (tremores, gagueira, dor etc.) ou intelectuais
(incapacidade de se concentrar e encontrar suas ideias) desse distúrbio emocional
(KAPLAN; SADOCK, 2007).
Uma vez no exame, a atenção direcionada a pensamentos negativos sobre falha,
falta de capacidade de fazer o certo e sensações físicas desagradáveis diminuem a
capacidade de atenção direcionada para a tarefa, para a compreensão do teste,
para ser capaz de raciocinar e lembre-se e, portanto, pode influenciar o
desempenho. Obviamente, nem todas as pessoas com ansiedade nos testes têm um
desempenho ruim, pois usamos naturalmente estratégias que compensam essas
dificuldades e nosso desempenho pode ser adequado; no entanto, a experiência
será bastante desagradável e, ao final do exame, muito provavelmente eles se
sentem exaustos (BECK, 2013).
A ansiedade antes dos exames consiste em uma série de reações emocionais
negativas que alguns alunos sentem antes dos exames, sendo capazes de perceber
seus efeitos tanto emocional quanto psicologicamente e fisiologicamente. Por
exemplo, a ansiedade no exame pode fazer o aluno sentir um nó na garganta, as
mãos tremerem ou suar, o coração bate muito rápido, uma dor de cabeça por tensão
aparece e se o a ansiedade era muito alta, vômitos, diarréia etc.
Os alunos enfrentam situações de grande pressão, como adaptação a novos
professores e colegas, aprendendo novos conteúdos em constante atualização,
reorganizações curriculares e avaliações exigentes e seletivas da aprendizagem. No
entanto, eles percebem a situação da avaliação como mais ou menos ameaçadora,
dependendo das diferenças individuais de ansiedade com relação a exames e
fatores pessoais e situacionais (por exemplo, domínio do sujeito avaliado, seus
objetivos para o sujeito ou interesse do sujeito). Por sua vez, as habilidades de
estudo influenciam a preparação do aluno para enfrentar a situação da avaliação.
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Essa percepção inicial é completada com uma interpretação da situação do exame


(CLARK; BECK, 2012).
Além das variáveis pessoais indicadas, a ansiedade antes dos exames é explicada
por outros fatores, como família, social, educacional, etc., interrelacionados e que
contribuem significativamente para a aparência e manutenção. Nesta área, alguns
pesquisadores descobriram uma relação entre a ansiedade no exame e certos
padrões de interação pai-filho, bem como os processos de socialização da escola
(por exemplo, a experiência acumulada de falhas, as interações punitivas de adultos
significativos, a experiência críticas contundentes na sala de aula e falta de apoio
dos professores, etc.). Tudo isso contribui para o desenvolvimento de uma
percepção ameaçadora da lição de casa, para o aumento de uma motivação voltada
para evitar falhas, procrastinação). De fato, a literatura sugere que o adiamento pode
ser um comportamento de fuga quando confrontado com a tarefa e uma
incompetência no processo de autoregulação, sendo a ansiedade um dos seus
gatilhos (LEAHY, 2010).
O fracasso escolar associada com a ansiedade é um gatilho para a ansiedade mais
insalubre, limitando as interações pessoa na escola e em outras áreas da vida
social. O fracasso escolar é uma fonte de frustração que restringe os alunos, criando
culpa e semeadura duvidar de suas próprias habilidades para o desempenho
acadêmico. Alterações cognitivas e emocionais ocorrem: no primeiro caso, os
problemas com a atenção, a concentração, a retenção, distração e perda de
interesse na aprendizagem; no segundo caso, baixa auto- estima, medo, vergonha,
insegurança, preocupação excessiva, baixa tolerância à frustração e impotência.
Com o aumento da ansiedade, sintomas somáticos ocorrem frequentemente. O
problema com a ansiedade do teste foi estudado a partir das habilidades de
comportamento, cognição e aprendizagem (BECK, 2013).

3 CONSIDERAÇÕES FINAIS

A ansiedade, antecipatória ou imediata, é proporcional à lacuna percebida pelo


jovem entre suas habilidades e a dificuldade da tarefa, mas também é proporcional
às consequências temidas em caso de falha. Essa apreciação é eminentemente
subjetiva e muito sensível ao clima emocional do momento, o que pode atrapalhar
bastante a percepção da realidade, o sentimento de autocontrole e a situação. O
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principal mecanismo do pânico é uma espiral que se agrava: quanto mais estresse é
sentido, mais vulnerável se torna.
Os casos de transtorno de ansiedade crescem nos consultórios dos psicólogos. Os
especialistas dizem que a maioria dos casos que ocorrem durante a temporada são
de ansiedade social. Os principais sintomas da ansiedade social são geralmente a
transpiração das axilas e mãos, o tremor da voz, o desconforto em locais públicos e,
às vezes, ficar em branco.
Dentro da ansiedade social, aparece um distúrbio que é visto cada vez mais durante
esse período nos consultórios de especialistas: o medo de fazer exames. Os
pacientes não são apenas estudantes do ensino médio ou universitários, também
existem profissionais que bloqueiam antes de uma avaliação ou exibição.
Os exames são percebidos por muitos alunos com base em avaliações subjetivas e
interpretações individuais como situações ameaçadoras e, consequentemente,
produzindo ansiedade, cuja intensidade é proporcional à magnitude da ameaça
percebida por cada sujeito. Assim, argumenta-se que existem pessoas mais
propensas à ansiedade (medo) em situações de exames. Também é afirmado que,
em muitas pessoas, a percepção da situação do exame como potencialmente
ameaçadora e causadora de ansiedade está relacionada ao fato de que falhar nela
pode interferir no alcance de objetivos importantes.
Essa teoria também considera que o nível de status de ansiedade é maior durante
os exames considerados difíceis, do que nos fáceis, e que qualquer exame estrito
sujeita os alunos a duas desvantagens: a dificuldade intrínseca das perguntas e o
possível nível distorcido de ansiedade. Embora um aumento moderado no nível de
status de ansiedade possa ser útil se motivar o aluno a aumentar seus esforços e
concentrar sua atenção no conteúdo do exame, um aumento maior de ansiedade
pode produzir resultados insatisfatórios.
Atualmente, dois componentes são aceitos na ansiedade produzida pelos exames:
preocupação e emocionalidade. A preocupação é descrita como pensamentos sobre
as consequências do fracasso. A emocionalidade refere-se a sensações
desagradáveis e reações fisiológicas causadas pela tensão do exame. Preocupação
e emoção parecem contribuir para reduzir o desempenho de estudantes muito
ansiosos em testes de inteligência e tarefas relacionadas à aprendizagem:
pensamentos preocupantes distraem a atenção do indivíduo e reações emocionais
intensas levam a erros e eles causam uma repressão que obstrui a memória.
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REFERÊNCIAS

BECK, J. S. Terapia Cognitivo Comportamental – Teoria e Prática. Trad. Sandra


Mallmann da Rosa. 2. Ed. Porto Alegre: Artmed, 2013.

CLARK, D. A.; BECK, A. T. Terapia Cognitiva para Transtornos de Ansiedade –


guia do terapeuta. Trad. Maria Cristina Monteiro. Porto Alegre: Artmed, 2012.

GONÇALVES, D.A. et al. Brazilian multicentre study of common mental


disorders in primary care: rates and related social and demographic factors.
Cad. Saúde Pública, Rio de Janeiro, v30, n.3, p.623-632, Mar. 2014.

KAPLAN, H. I.; SADOCK, B. Compêndio de Psiquiatria: ciências do


comportamento e psiquiatria clínica. Porto Alegre: Artes Médicas, 2007.

KNAPP, P. et al. Terapia Cognitivo-Comportamental na prática psiquiátrica. Porto


Alegre:Artmed, 2007.

LEAHY, R. L. Terapia cognitiva contemporânea: teoria, pesquisa e prática. Porto


Alegre. Artmed, 2010.

LEAHY, R. L. Livre de Ansiedade. Trad.Vinicius Figueira. Porto Alegre: Artmed,


2011.

LIMA, B. V. de B. G. et al. Avaliação da ansiedade e autoestima em concluintes do


curso de graduação em enfermagem. Revista Enfermagem: OFPE on line, Recife,
v. 11, n. 11, p. 4326-4333, nov. 2017. Disponível em:
https://periodicos.ufpe.br/revistas/revistaenfermagem/article/view/13440/24678.
Acesso em: 18 abr. 2022.

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