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Disciplina: Estágio III

Professor (a): Andrea Sebastiana Rosário Cavalcante Machado; Ana Michelle de Carvalho Martins e Gelciane da Silva Brandão
Data: 14 /02/2023
Acadêmico (a): Ana Maria Pereira Nunes / Vanessa Brasil dos Santos.
FICHAMENTO
Referência: ALARCÃO, Isabel (Org.). Escola reflexiva e nova racionalidade. Porto Alegre: Artmed Editora, 2001.

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“A mudança de que a escola precisa é uma mudança paradigmática.
Porém, para mudá-la, é preciso mudar o pensamento sobre ela. É preciso
refletir sobre a vida que lá se vive, em uma atitude de diálogo com os
15 problemas e as frustrações, os sucessos e os fracassos, mas também em
diálogo com o pensamento, o pensamento próprio e o dos outros”
(ALARCÃO, 2001. p. 15).
“Contudo, nos discursos oficiais, é unanimemente reconhecido que a
educação é fonte de desenvolvimento humano, cultural, social e
16 económico. E que, nesse desenvolvimento, os professores e a escola
desempenham um papel fundamental” (ALARCÃO, 2001. p. 16).
“No entanto, se a escola é um edifício, ela não é só um edifício. É
também um contexto e deve ser, primeiro que tudo, um contexto de
trabalho. Trabalho para o aluno. Trabalho para o professor. Para o aluno,
o trabalho é a aprendizagem em suas várias dimensões. Para o professor,
17 é a educação na multiplicidade de suas funções. Não se aprende sem
esforço, e as crianças e os jovens precisam aprender a se esforçar, a
trabalhar, a investir no estudo, na aprendizagem, na compreensão”
(ALARCÃO, 2001. p. 17).
“Como afirma Paulo Freire, “não se muda a cara da escola por um ato de Para que a escola possa desenvolver um trabalho
vontade do secretário” (1991, p. 35). Para mudá-la é preciso envolver as adequado e sua gestão tornar-se democrática,
Nesta perspectiva podemos dizer que, a escola em si
deve-se refletir sobre os seus atos, seja ele, positivo ou
negativo levando em consideração todos os aspectos que
favoreceram o desenvolvimento educacional e
pedagógico desta instituição, onde todos os envolvidos
possam dialogar para que aconteçam essas mudanças
paradigmáticas.
Assim, a escola utiliza de relatos que mostram os
verdadeiros valores que a escola deve realizar, mas que
muitas das vezes não passam de meros discursos, que
acabam deixando seus alunos a desejar e o ensinamento
educacional que devia ser prazeroso se tornando um mero
momento monótono e desmotivador.
Compreende-se assim, que a escola é um espaço amplo
de aprendizagens, porém, o aluno por sua vez deve se
empenhar para desenvolver de forma que o mesmo possa
produzir seus próprios trabalhos, tornando-se um
individuo crítico e com autonomia para tomar suas
próprias decisões.
 decisões político-administrativo-pedagógicas, os alunos e os professores,
19 os auxiliares e os funcionários, os pais e os membros da comunidade.
É preciso envolver o elemento humano, as pessoas e, através delas,
mudar a cultura que se vive na escola e que ela própria inculca”
(FREIRE, 1991. p. 35 apud ALARCÃO, 2001, p. 19).
“Uma escola sem pessoas seria um edifício sem vida. Quem a torna viva
são as pessoas: os alunos, os professores, os funcionários e os pais
20 que, não estando lá permanentemente, com ela interagem. As pessoas
são o sentido da sua existência. Para elas existem os espaços, com elas se
vive o tempo” (ALARCÃO, 2001, p. 20).
“As relações das pessoas entre si e de si próprias com o seu trabalho e
com a sua escola são a pedra de toque para a vivência de um clima de
20 escola em busca de uma educação melhor a cada dia” (ALARCÃO, 2001,
p. 20).
“Um projeto institucional específico implica margens de liberdade
concedidas a cada escola sem que se perca a dimensão educativa mais
21 abrangente, definida para a sua área geográfica, o seu país e o mundo”
(ALARCÃO, 2001, p. 21)
“Esta também é uma cultura a ser desenvolvida e assumida. Uma
22 educação a ser feita a partir da vida da escola” (ALARCÃO, 2001, p. 22).
“Mais uma vez, o diálogo entre as pessoas, o poder esclarecedor ou
argumentativo da palavra e a aceitação do ponto de vista do outro são
22 essenciais à negociação, à compreensão, à aceitação” (ALARCÃO, 2001,
p.22).
“Por um lado, intensificam-se esforços na sociedade para que sejam
desenvolvidas as condições necessárias ao exercício da profissão docente.
23 Por outro lado, os professores tomam consciência da sua própria
profissionalidade e do seu poder e responsabilidade em termos
individuais e coletivos” (ALARCÃO, 2001, p.23).
necessariamente todo o corpo docente precisão envolver
todos os membros inseridos nesta perspectiva instituição
seja ela pública ou privada, mas todas tem um objetivo a
alcançar que vem ser a aprendizagem educacional de
todos os estudantes.
A escola não se faz somente por Gestor, Pedagogo e
Professor, ela se faz por todos os membros que nela estão
inseridos.
Compreende-se que as pessoas necessitam estar bem
consigo mesmas para que isso reflita atentamente em seu
ambiente de trabalho ou qualquer outro, pois cada
indivíduo demonstra através de seus atos e palavras
muitos de seus sentimos no decorrer de cada dia.
Devemos compreender como profissionais da educação e
perceber que em qualquer lugar que se insira uma escola
ela possuirá suas peculiaridades, mas que sempre o foco
maior é estabelecer e proporcionar aos educandos uma
boa educação seja ela na cidade ou campo.
Devemos lembrar sempre, que todos os indivíduos
possuem culturas diferentes, e qualquer lugar também
possuem sua cultura, assim cada um de nós devemos
compreender e respeitar cada uma delas.
Para que o ambiente escolar se torne agradável e
favorável para um bom desempenho profissional é
necessário que ocorra a troca de conhecimentos e um
bom diálogo entre os participantes desta instituição.
É necessário que os profissionais da Educação possuam
uma qualificação adequada para proporcionar aos alunos
uma aula prazerosa e produtiva, sempre levando a teoria
aprendida para prática, pois ambas necessitam sempre
caminhar juntas par que o ensino-aprendizagem seja
realizado com sucesso. Cabendo assim, as autoridades
 proporcionar a esses profissionais esses cursos
profissionalizantes.
“Se a escola como instituição não quiser estagnar, deve interagir com Uma boa administração ou gestão democrática em uma
25 as transformações ocorridas no mundo e no ambiente que a rodeia. instituição educacional necessita estar apta para novas
Deve entrar na dinâmica atual marcada pela abertura, pela interação transformações e torna-se flexível para qualquer tipo de
e pela flexibilidade” (ALARCÃO, 2001, p. 25). desafio que possa aparecer neste ambiente, sempre
pensando no melhor para todos os educandos, pois eles
são os principais alvos para uma educação de qualidade.

Qual a relação do texto com a prática do Estágio?

A experiência vivenciada em outros estágios nos enriquece, com conhecimentos que nos ajudará a relacionar a teoria e a prática no contexto
escolar a partir do estágio III. O texto abordado nos faz compreender e refletir melhor sobre a prática dos gestores diante do cotidiano escolar
vivenciado por cada um deles, assim, nesta perspectiva pode-se afirmar que teoria e prática não podem ser separadas, pois todo conhecimento e
prática tem sempre uma teoria que embasa, servindo de norteadora para que seja aprofundado nas profissões educacionais ou qualquer outra.

Ainda sobre os textos abordados, eles relatam muito como a escola deve ser aulto-avaliativa com a sua própria prática, pois todos os membros
inseridos nesta instituição fazem parte de uma gestão democrática que sempre necessita estar flexível para novos métodos a serem trabalhados e
ideias a serem compartilhadas que podem favorecer o desenvolvimento educacional e profissional de cada um. Esse olhar crítico nos favorece
como estagiários, pois à partir dai que iremos refletir sobre a necessidade de Gestão Democrática Participativa que necessariamente essas
instituições necessitam ter para que o trabalho possa fluir com clareza e satisfação de todos.