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República de Angola

Governo da Província de Luanda


Ministério da Educação
Instituto Médio Comercial de Luanda
Organização e Gestão de Empresas Financeiras

Tema:

INSTITUIÇÃO FINANCEIRA
NÃO BANCÁRIA

Nome: Aguinelo Paulino Joaquim


Nº: 01
Classe: 12ª
Curso: Finanças
Turno: Tarde
Sala: 6A
Turma: BTF

O(A) professor(a)

______________________________
Albino Matamba

Luanda, 2020/2021
República de Angola
Governo da Província de Luanda
Ministério da Educação
Instituto Médio Comercial de Luanda
Organização e Gestão de Empresas Financeiras

Tema:

INSTITUIÇÃO FINANCEIRA
NÃO BANCÁRIA

Nome: Aguinelo Paulino Joaquim


Nº: 01
Classe: 12ª
Curso: Finanças
Turno: Tarde
Sala: 6A
Turma: BTF

O(A) professor(a)

______________________________
Albino Matamba

Luanda, 2020/2021
SUMÁRIO
INTRODUÇÃO ................................................................................................................ 1
Instituições Financeiras .................................................................................................... 2
Tipos de Instituições Financeiras .................................................................................. 3
As instituições financeiras não bancárias ..................................................................... 4
Os Seguros................................................................................................................. 5
Introdução aos seguros .......................................................................................... 5
Origem Do Seguro E Evolução Histórica.............................................................. 6
Casas de Câmbios...................................................................................................... 9
Sociedades Financeiras ........................................................................................... 10
Sociedades de crédito, financiamento e investimento ......................................... 10
As sociedades financeiras podem ser classificadas como: .................................. 11
Orgãos de Regulação e Supervisão ......................................................................... 11
Instituições sujeitas à jurisdição do Banco Nacional de Angola (BNA): ............ 12
Instituições sujeitas à jurisdição da Comissão do Mercado de Capitais (CMC): 12
Instituições sujeitas à jurisdição da Agência Angolana de Regulação e
Supervisão de Seguros (ARSEG): ....................................................................... 12
Banco Nacional de Angola ......................................................................................... 12
CONCLUSÃO ................................................................................................................ 14
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICA ............................................................................. 15
DEDICATÓRIA ............................................................................................................. 16
AGRADECIMENTO ..................................................................................................... 17
INTRODUÇÃO
O presente trabalho fala sobre Instituição financeira não bancária,
define-a, caracteriza-a, bem como fala dos seus tipos existentes no mercado
financeiro, ele ainda refere que, as instituições financeiras (IF) são
corporações responsáveis pelo abastecimento de dinheiro ao mercado por
meio da transferência de fundos de investidores para as empresas, em
forma de empréstimos, depósitos e investimentos, e é nesta instituição que
encontramos as IF não Bancárias, é um trabalho rico em matéria de IFNB,
pois especifica certos pontos importantes no conhecimento económico
acerca destas instituição, aprenderemos ainda com este trabalho, afinal das
contas, qual é o papel destas instituiçõs no sistema financeiro de cada país.

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Instituições Financeiras

As instituições financeiras (IF) são corporações responsáveis pelo


abastecimento de dinheiro ao mercado por meio da transferência de fundos
de investidores para as empresas, em forma de empréstimos, depósitos e
investimentos. Os tipos mais comuns de instituições financeiras incluem
bancos comerciais, bancos de investimentos de sociedade fiduciária, firmas
de corretagem ou negociantes de investimentos, empresas de seguros e
fundos de gestão de ativos. Outros tipos incluem administradoras de cartão
de crédito e firmas financeiras. As instituições financeiras são
regulamentadas para controlar a oferta de dinheiro no mercado e proteger
os consumidores.

As instituições financeiras desenvolvem papel essencial no sistema


financeiro de cada país, tendo importância em uma economia em
desenvolvimento contínuo. Essas instituições fornecem requisitos de
capital a longo prazo das principais indústrias. Ademais, as instituições
financeiras também exercem papel crucial para a maioria dos cidadãos ao
oferecem transações financeiras, poupança e investimentos. O governo
considera indispensável supervisionar e regulamentar bancos e outras
empresas de serviços financeiros.

A instituição financeira também são organizações com a finalidade


de otimizar a alocação de capitais financeiros próprios ou de terceiros,
obedecendo uma co-relação de risco, custo e prazo que atenda aos
objectivos dos seus patrocinadores incluindo pessoas físicas ou jurídicas
que tenham interesses em suas operações como acionistas, clientes,
colaboradores, cooperadores, fornecedores, agências reguladoras do
mercado onde a organização opera. As instituições financeiras intervêm no
mercado de capitais e concedem créditos para ajudar financeiramente a
construção, produção e aquisição de bens a médio e longo prazo.
Promovem e criam empresas mercantis. Captam fundos e várias operações
de natureza financeira. Pelo mesmo motivo, a falência da instituição
financeira pode causar muito pânico dentro da economia. Organizações
como a Federal Deposit Insurance Corporation (FDIC) americana
controlam as contas de depósitos para proteger indivíduos e empresas de
vários riscos as suas finanças no depósito com instituições financeiras.

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A perda de confiança nas instituições financeiras pode causar
externalidades negativas adicionais na economia. Quase todo mundo lida
com várias instituições financeiras diariamente. Seja para depositar
dinheiro, pegar empréstimos ou trocar moedas, as instituições financeiras
são parte integral dessas atividades. As instituições financeiras podem ser
basicamente divididas em dois tipos: instituições financeiras bancárias e
instituições financeiras não bancárias.

Tipos de Instituições Financeiras

Quase todo mundo lida com várias instituições financeiras


diariamente. Seja para depositar dinheiro, pegar empréstimos ou trocar
moedas, as instituições financeiras são parte integral dessas atividas. As
instituições financeiras podem ser basicamente divididas em dois tipos:
instituições financeiras bancárias e instituições financeiras não bancárias.

Instituições financeiras bancária incluem os bancos comerciais, cujo


papel principal é aceitar depósitos e dar empréstimos. As instituições
financeiras não bancárias podem incluir bancos de investimentos, empresas
de seguros, empresas de finanças, empresas de alugue etc. Vamos dar uma
olhada aprofundada em ambos os tipos de instituições financeiras.

O banco é a mais conhecida instituição financeira bancária. É o


intermediário financeiro que age entre os depositante, ou fornecedores de
fundos, e os tomadores de empréstimo, que usam os fundos. As principais
tarefas de uma instituição financeira bancária é aceitar depósitos e usar
esses fundos para oferecer empréstimos a seus clientes que, por sua vez,
vão usá-los para financiar compras, estudos, ampliar negócios, investir em
construção,e tc. O banco também age como agente de pagamento
oferecendo uma variedade de serviços de pagamento, incluindo cartões de
crédito e débito, talões de cheque, depósitos diretos, cheques
administrativos, etc.

A função primária do depósito de fundos em um banco é a


conveniência, a renda por juros e segurança. A capacidade de um banco de
emprestar fundos é determinada pela quantidade de reservas excedentes e a
relação entre as reservas de caixa mantidas pelo banco. É relativamente
fácil para que um banco arrecade fundos, pois certas contas, como as de
depósito, não pagam juros ao titular da conta.

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O banco ganha dinheiro investindo o dinheiro recebido dos
depósitos, às vezes em ativos e em obrigações financeiras, mas
predominantemente em empréstimos. Há também várias instituições
financeiras não bancárias, incluindo bancos de investimento, empresas de
aluguel, empresas de seguros, fundos de investimento, empresas
financeiras, etc. Uma instituição financeira não bancária oferece uma gama
de serviços financeiros. Os bancos de investimento oferecem serviços a
empresas, o que inclui lidar com questões de dívidas e ações, comércio de
obrigações/títulos, investimentos, serviços de aconselhamento corporativo,
transações derivadas. Empresas de seguros e similares oferecem proteção
contra perdas específicas, pelas quais se paga um prêmio de seguro.
Pensões e fundos de investimentos servem como instituições de poupança
onde os investidores podem investir seus fundos em veículos de
financiamento coletivo e receber, em troca, renda em forma de juros.

Os market makers são instituições financeiras que agem como


corretoras e negociadoras, facilitando as transações em ativos financeiros
como derivativos, moedas, patrimônio líquido etc. Outros provedores de
serviços financeiros - empresas de aluguel, por exemplo - facilitam a
compra de equipamentos, empresas imobiliárias fazem capital disponível
com compras de imóveis e consultores financeiros oferecem orientações
em troca de um pagamento. A principal diferença entre os dois tipos de
instituições financeiras é que instituições financeiras bancárias podem
aceita depósitos em várias contas de poupança e corrente, o que não pode
ser feito por uma instituição financeira não bancária.

As instituições financeiras não bancárias

As instituições financeiras não bancárias podem incluir bancos de


investimentos, empresas de seguros, empresas de finanças, empresas de
alugue etc. Há também várias instituições financeiras não bancárias,
incluindo bancos de investimento, empresas de aluguel, empresas de
seguros, fundos de investimento, empresas financeiras, etc. Uma instituição
financeira não bancária oferece uma gama de serviços financeiros. Os
bancos de investimento oferecem serviços a empresas, o que inclui lidar
com questões de dívidas e ações, comércio de obrigações/títulos,
investimentos, serviços de aconselhamento corporativo, transações
derivadas.

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Empresas de seguros e similares oferecem proteção contra perdas
específicas, pelas quais se paga um prêmio de seguro. Pensões e fundos de
investimentos servem como instituições de poupança onde os investidores
podem investir seus fundos em veículos de financiamento coletivo e
receber, em troca, renda em forma de juros.

Os market são instituições financeiras que agem como corretoras e


negociadoras, facilitando as transações em ativos financeiros como
derivativos, moedas, patrimônio líquido etc. Outros provedores de serviços
financeiros - empresas de aluguel, por exemplo - facilitam a compra de
equipamentos, empresas imobiliárias fazem capital disponível com
compras de imóveis e consultores financeiros oferecem orientações em
troca de um pagamento. Existem várias instituições financeira não
bancárias tais como: Casas de câmbio; Seguradoras; Sociedades
Cooperativas de Crédito; Sociedades de Cessão Financeira; Sociedades de
Locação Financeira; Sociedades Mediadoras dos Mercados Monetário e de
Câmbios; Sociedades de Microcrédito; Sociedades Prestadoras de Serviços
de Pagamento; Sociedades Operadoras de Sistemas de Pagamentos,
Compensação ou Câmara de Compensação, nos termos da Lei do Sistema
de Pagamentos de Angola e etc.

Os Seguros

Seguradora: instituições financeiras não bancárias especializada em


pactuar contratos, por meio do qual assumem a obrigação de pagar ao
segurado, ou a quem este designar, uma indemnização, no caso em que
advenha o risco indicado e temido, recebendo para isso, o prêmio
estabelecido.
Introdução aos seguros

O risco é, pois, algo de perfeitamente natural e inevitável. Seria


impossível e mesmo insuportavelmente maçador viver sem a companhia do
risco. Só que o instinto da conservação, da sobrevivência leva-nos a tentar
esse impossível: eliminar o risco. Como não o podemos fazer, procuramos
definir o caráter alea- tório dos acontecimentos que não dominamos, cujo
determinismo não controlamos; em suma, procuramos conhecer o risco.
Esse conhecimento dá-nos segurança, permite-nos orientar o estilo de vida,
procurando escapar às chamadas “situações de risco”e permite-nos vir a

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minorar as consequências da ocorrência dos riscos que não consigamos
evitar.

Ao longo da História da Humanidade encontramos várias tentativas


de “afastar o risco”. Claro que não podemos afastá-lo a 100%, mas a
adoção de comportamentos mais prudentes permite minorá-lo. A maneira
mais completa de minorar os efeitos práticos dos riscos a que as pessoas e
as empresas se encontram expostas é precisamente aquilo a que se chama
SEGURO. Atenção: o seguro NÃO elimina o risco, nem é essa a sua
função; permite, sim, minorar as consequências da sua ocorrência,
garantindo uma compensação, geralmente (mas não necessariamente)
pecuniária pelos prejuízos verificados. Sem nos preocuparmos em, para já,
definir rigorosamente o conceito de Seguro (o que procuraremos fazer
adiante), retenhamos apenas que é, essencialmente, um contrato.

Origem Do Seguro E Evolução Histórica

A História dos Seguros apresenta um longo caminho de muitos


séculos. O conhecimento dessa História é mais do que conhecer uma
faceta da atividade humana: por um lado, permite-nos compreender melhor
algumas regras práticas e algumas técnicas da atividade seguradora que,
hoje em dia, são comummente usadas; por outro, permitirá pôr em
evidência algo de muito elementar mas muitas vezes esquecido: o seguro
existe apenas para satisfazer necessidades das pessoas e das organizações e
apenas enquanto essas necessidades forem sentidas.

Em tempos muito recuados, encontramos como que um pré-seguro


(onde, no entanto, já estavam presentes formas de solidariedade e de
compensação, base do seguro moderno): por exemplo na civilização
egípcia, cerca de 4700 anos a.C.

De facto, já na Antiguidade as pessoas se agrupavam e punham em


comum os meios de que dispunham para ajudar quem fosse afetado por um
golpe de má sorte: o Código de Hammurabi (século XVIII a.C.), da velha
civilização da Mesopotâmia, contém disposi- ções relativas a um sistema
de assistência mútua, para o caso de as mercadorias transportadas em
caravanas não chegarem ao destino.

Na Grécia antiga, existia um sistema de pagamento de um sub- sídio


aos descendentes de quem falecesse e, em Roma, existiam algumas
espécies de associações de socorros mútuos. São exemplo disso as
“mútuas” dos soldados, para proverem às necessidades dos familiares,
quando eram mobilizados para zonas mais afastadas.

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Note-se que nenhum destes sistemas era, propriamente, aquilo a que
hoje se chamaria “seguro”: eram meros esquemas de assistên- cia mútua.
Só mais tarde, quando, na Idade Média, se transfere o risco para um
terceiro, totalmente estranho à atividade arriscada, é que se abrem as portas
do seguro moderno. Esta transferência ocorre com o contrato de
empréstimo, verdadeiro antepassado do seguro marítimo2, também
conhecido por empréstimo para a grande aventura.

Para armarem os barcos em que transportavam as suas mercadorias,


os comerciantes precisavam de fundos, recorrendo a empréstimos que, em
caso de sucesso da viagem, seriam pagos com um juro que chegava a
atingir os 50%... Em caso de naufrágio, o empréstimo não seria
reembolsado. O credor fazia, de facto, uma aposta algo especulativa, o que
justificava o elevado juro e o nome dado a este tipo de contrato. Era uma
prática geradora de abusos e considerada pura agiotagem, que, em 1234,
por decisão do Papa Gregório IX, foi proibida.

A proibição levou a que se procurassem outras soluções para o


problema e, desse modo, chegou-se a um esquema em que a ope- ração de
garantia era separada da de empréstimo: os comerciantes associavam-se e
aceitavam garantir, mediante o pagamento de uma quantia previamente
fixada, que aquele que, por naufrágio, perdesse o seu barco e respetiva
carga seria reembolsado do prejuízo. Este contrato era reduzido a escrito e
chamava-se apólice (nome que foi adotado para o contrato de seguro).
Quando a viagem chegava ao fim, o contrato era rasgado; talvez por isso,
poucos exemplares subsistiram até aos nossos dias; não se sabe, ao certo,
quando teria começado este sistema; contudo, conhecem-se alguns
exemplares; o mais antigo data de 1347, tendo sido celebrado em Génova.

A institucionalização das obras de caridade, na Idade Média, foi uma


outra forma de responder ao desafio de minorar o risco (agora riscos de
pessoas e não de patrimónios), podendo-se, desse modo, afirmar que a
prática seguradora, em especial no que se refere ao seguro de pessoas, tem
origem no mutualismo cristão (sobretudo monástico). Tratava-se, porém,
de uma atividade filantrópica, não económica, não visando obter um lucro;
isso terá travado o desenvolvimento dos seguros de pessoas, que só muito
mais tarde vão surgir.

É na alta Idade Média, e em intima ligação com o comércio


marítimo, que o seguro, propriamente dito, se começa a configurar: no
“empréstimo para a grande aventura” separa-se a garantia do empréstimo
propriamente dito, e é então que se assiste à transferência do risco para um
terceiro, totalmente estranho à “grande aventura” propriamente dita.

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Esse terceiro vai assumir o risco mediante uma remuneração, cedo
designada como prémio, e assim nasce o Seguro. Surgiu todo um conjunto
de regras sobre o funcionamento desta nova atividade, verdadeiros códigos
do contrato de seguro, tais como o Consulado do Mar, de Barcelona, do
século XII, o Regulamento de Oléron, de 1200, e as “Ordenações de
Wisbury”, de 1288.

A importância económica de alguns Estados italianos – Génova e


Veneza, graças ao comércio marítimo, e Florença, graças ao sistema
bancário – irá fazer com que essas cidades-estado venham a ser, nos
séculos XIV a XVII, os principais centros de atividade seguradora da
Europa. A figura do intermediário de seguros vai surgir, pela primeira vez,
em Florença, em pleno século XIV, e a primeira empresa de seguro
marítimo foi criada em Génova, em 1424. É também em Itália, em 1552, na
cidade de Veneza, que será publicado o primeiro texto sistemático sobre
teoria e prática de seguros: o Tractatus de Assecurationibus et
Sponsionibus Mercato- rum, da autoria do jurisconsulto e corretor de
seguros Pedro de Santarém, judeu português que aí exercia a atividade
seguradora. Esta obra, ímpar na literatura de seguros, tem a particularidade
de não ser apenas um trabalho meramente teórico, mas também um
verdadeiro manual prático para o exercício quotidiano da profissão de
segurador. Curiosamente, a Inglaterra, tida como a pátria dos seguros, só
começará a desenvolver essa atividade no reinado de Isabel I (1558-1603).

A decadência económica das repúblicas italianas e, depois, de


Portugal (e de Espanha) levou a que, a partir do século XVII, os principais
centros do comércio internacional se deslocassem para Londres e para
Amesterdão, arrastando para aí os centros segura- dores da Europa. Em
Londres, em 1686, vai surgir uma instituição única e muito sui generis.
Vejamos do que se tratou. Muitos armadores, comerciantes e seguradores
londrinos reuniam-se, num misto de convívio e de encontro de negócios, no
café do Senhor Eduardo Lloyd.

Para fidelizar essa clientela o Senhor Lloyd teve a iniciativa de criar


um registo de naufrágios: sempre que chegava a notícia de um naufrágio,
não só o anunciava, fazendo soar uma sineta, mas também registava num
livro, colocado num ponto central do seu estabelecimento, junto à sineta, o
nome do navio sinistrado, a data e local do acidente, o nome do armador, a
carga, enfim toda a informação disponível e relevante. Por outro lado, cedia
o espaço do seu café para a realização de negócios. Assim nasceu a atual
corporação Lloyds – ou mercado de Londres – onde se continua a celebrar
grande parte dos contratos de seguro, onde se mantém o registo de
naufrágios, sempre atualizado e usando o ritual do sécu- lo XVII e onde se

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edita a gazeta do Lloyds, relevante informação sobre armadores,
naufrágios, frotas mercantes e, de uma forma geral, sobre comércio
marítimo internacional.

Casas de Câmbios

Casas de Câmbios: instituições financeiras não bancárias dedicada


ao comércio de compra e venda de moeda estrangeiras, conforme
regulamentação própria. O mercado cambial é composto pelo conjunto de
operações de compra e venda de moedas conversíveis de diversos países.
Podem ocorrer operações a prazo para suprimento de necessidades
momentâneas de moeda estrangeira, como, por exemplo, para fechamento
de câmbio de importações. Inversamente, podem ser adquiridas divisas por
antecipação, como é o caso de exportadores que trocam kwanzas pelas
moedas estrangeiras que receberão.

As operações nesse segmento de mercado são feitas sob a


intermediação de instituições financeiras autorizadas, bancárias e não
bancárias. O mercado cambial é um mercado global onde são trocadas
moedas entre agentes econômicos, em que a moeda de um país é oferecida
em troca da moeda de outro. Neste mercado encontram-se os compradores
e vendedores que realizam a troca de moedas estrangeiras, mais conhecidas
como divisas. O mercado de câmbio serve para diversas operações que
envolvem pagamentos ou recebimentos em moeda estrangeira, além de
participar nos processos de investimentos e especulações.

O mercado cambial serve de base para diversas operações que


envolvem pagamentos ou recebimentos em moeda estrangeira. O sistema
também opera na participação de processos de investimentos e
especulações do sistema financeiro mundial.

O mercado de câmbio é extremamente importante para o mundo


contemporâneo pelos seguintes aspectos: por meio dele as pessoas
conseguem realizar viagens ao exterior, os capitais estrangeiros são
movimentados possibilitando o comércio internacional e ainda é utilizado
como meio de investimento e proteção financeira. Tal mercado pode afetar
diretamente o sistema econômico do país e, consequentemente, as empresas
na comercialização de seus produtos e serviços. Com as variações
cambiais, as atividades de importação e exportação acabam sendo
impactadas, trazendo um aumento ou redução na venda de produtos

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nacionais. O mercado de câmbio nada mais é do que o local onde
acontecem as transações que envolvem dinheiro de países diferentes.

• Primário: refere-se ao fluxo de entrada e saída das moedas do país, feitas


por importadores, exportadores e turistas.

• Secundário ou Interbancário: refere-se aos negócios realizados entre


bancos. Como as moedas vão de uma instituição a outra, não há registro do
fluxo de entrada e saída de moeda estrangeira no país.

Sociedades Financeiras

São sociedades financeiras as empresas, com exceção das


instituições de crédito, cuja atividade principal consista em exercer pelo
menos uma das atividades permitidas aos bancos, com exceção da receção
de depósitos ou outros fundos reembolsáveis do público, incluindo as
empresas de investimento. São empresas que não sejam instituições de
crédito e cuja actividade principal consista em exercer uma ou mais das
seguintes actividades:

 Operações de crédito, incluindo concessão de garantias e outros


compromissos;
 Emissão e gestão de outros meios de pagamento;
 Transacções, por conta própria ou da clientela, sobre instrumentos do
mercado monetário e cambial, instrumentos financeiros a prazo,
opções e operações sobre divisas, taxas de juro, mercadorias e valores
mobiliários;
 Participações em emissões e colocações de valores mobiliários e
prestação de serviços correlativos;
 Actuação nos mercados interbancários;
 Consultoria, guarda, administração e gestão de carteiras de valores
mobiliários;
 Gestão e consultoria em gestão de outros patrimónios.
Sociedades de crédito, financiamento e investimento

As sociedades de crédito, financiamento e investimento, também


conhecidas por financeiras, foram instituídas pela Portaria do Ministério da
Fazenda 309, de 30 de novembro de 1959. São instituições financeiras
privadas que têm como objetivo básico a realização de financiamento para
a aquisição de bens, serviços e capital de giro. Devem ser constituídas sob a

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forma de sociedade anônima e na sua denominação social deve constar a
expressão “Crédito, Financiamento e Investimento”.

Tais entidades captam recursos por meio de aceite e colocação de


Letras de Câmbio - LC (Resolução CMN 45, de 1966) e Recibos de
Depósitos Bancários – RDB (Resolução CMN 3454, de 2007). Podem,
também, as financeiras, realizar repasses de recursos governamentais,
financiarem profissionais autônomos legalmente habilitados e conceder
crédito pessoal. Não podem manter contas correntes e os seus instrumentos
de captação restringem-se às letras de câmbio, que são títulos de crédito
sacados pelos financiados e aceitos pelas financeiras para colocação junto
ao público. As letras de câmbio são emitidas pelo mutuário e recebem, por
meio de aceite, a coobrigação da Sociedade de Crédito, Financiamento e
Investimento. Os recursos assim captados são transferidos aos mutuários
(consumidor ou empresa comercial).

Na esfera das financeiras, giram as chamadas promotoras de vendas,


constituídas, em geral, sob a forma de sociedades civis que servem de elo
entre o consumidor final, o lojista e a financeira, por meio de contratos
específicos, em que figuram com poderes especiais, inclusive para sacar
letras de câmbio na qualidade de procuradores dos financiados e também
prestando garantia dos credores dos contratos intermediados.
As sociedades financeiras podem ser classificadas como:

a) Independentes, quando actuam sem nenhuma vinculação com outras


instituições financeiras;
b) Ligadas a conglomerados financeiros;
c) Ligadas a grandes estabelecimentos comerciais;
d) Ligadas a grandes grupos industriais, como montadoras de veículos, por
exemplo. As empresas conhecidas por promotoras de vendas não são
instituições financeiras. Visam unicamente cadastrar clientes para as
operações de financiamento, mediante, geralmente, postos avançados de
atendimento, recebendo uma comissão por esses serviços.
Orgãos de Regulação e Supervisão

O sistema financeiro nacional é uma estrutura extremamente


complexa que é composta por diversas instituições financeiras, de bancos e

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seguradoras até as corretoras, instituições de pagamento e alguns órgãos do
governo.
Instituições sujeitas à jurisdição do Banco Nacional de Angola (BNA):
 Instituições Bancárias;
 Casas de câmbio;
 Sociedades Cooperativas de Crédito;
 Sociedades de Cessão Financeira;
 Sociedades de Locação Financeira;
 Sociedades Mediadoras dos Mercados Monetário e de Câmbios;
 Sociedades de Microcrédito;
 Sociedades Prestadoras de Serviços de Pagamento;
 Sociedades Operadoras de Sistemas de Pagamentos, Compensação ou
Câmara de Compensação, nos termos da Lei do Sistema de Pagamentos de
Angola;
 Outras sociedades que sejam como tal qualificadas por lei.

Instituições sujeitas à jurisdição da Comissão do Mercado de Capitais


(CMC):
 Sociedades Correctoras de Valores Mobiliários;
 Sociedades de Capital de Risco;
 Sociedades Distribuidoras de Valores Mobiliários;
 Sociedades Gestoras de Participações Sociais (HOLDINGS);
 Sociedades de Iinvestiimento;
 Sociedades Gestoras de Patrimónios;
 Sociedades Gestoras de Fundos de Investimento;
 Sociedades Gestoras de Fundos de Titularização;
 Sociedades Gestoras de Investimento Imobiliário;
 Sociedades Operadoras de Sistemas ou Câmaras de Liquidação e
Compensação de Valores Mobiliários com observância da Lei do Sistema
de Pagamentos de Angola;
 Outras sociedades que sejam como tal qualificadas por lei.

Instituições sujeitas à jurisdição da Agência Angolana de Regulação e


Supervisão de Seguros (ARSEG):
 Sociedades Seguradoras e Resseguradoras;
 Fundos de Pensões e suas Sociedades Gestoras;
 Outras sociedades que sejam como tal qualificadas por lei.

Banco Nacional de Angola


O Banco Central e Emissor em Angola, é denominado Banco
Nacional de Angola, este foi criado em 1926, na altura ainda denominado
Banco de Angola tendo assim permanecido até 1975 após a independência

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de Angola da colónia Portuguesa, passando assim a designação actual
desde 1976. Sua sede situa-se em Luanda, capital de Angola, na Avenida 4
de Fevereiro, embora tenha outras delegações espalhada pelas províncias, e
mesmo representações no exterior.

O BNA é um órgão público pertencente ao Governo da República de


Angola, nomeadamente o Ministério das Finanças. No topo da sua
hierarquia institucional está um governador, a saber, actualmente Dr. José
Lima Massano. O BNA assegura a preservação do valor da moeda nacional
e coopera na definição das políticas monetária, financeira e cambial.
Realiza, escolta e fiscaliza as políticas monetárias, cambial e de crédito, e a
gestão do sistema de pagamentos e administração do meio circulante no
âmbito da política económica do País. É o único Banco com direito a
emissão de notas e moedas metálicas e ainda moedas comemorativas, e
ainda o único que pode substitui-las e destruí-las.

O Banco Nacional de Angola pode impor a qualquer entidade


financeira, dados obrigatórios para o cumprimento de suas funções e
obrigações relacionadas a política cambial, sistemas e pagamentos e outras.
Caso estas instituições se neguem-se a fornecer estes dados, ou estes não
serem exactas ou credíveis, estarão sujeitas penas nos termos da Lei em
vigor. Até 1864 a actividade economica de Angola repousava
essencialmente sobre os mecanismos do tradicional sistema de permua de
generos. Da parte das populações locais que trocavam entre si as
mercadorias mais do seu costuma; da parte dos pombeiros q, erigindo
fortins e estações comerciais, iam ao interior buscar as mercadorias mais
cobiçadas, como maarfins e escravos, em troca de produtos europeus. Nesta
permuta os meios mais correntes de pagamento eram as fazendas, o zimbo,
as pedras de sal da Kissama (que corria em toda a parte) e os libongos.

O giro da moeda metálica-esta praticamente inexpressiva, porque


circunscrita as zonas literaneas,apenas servia ao aparelho do estado
colonial na cobrança dos direitos da alfandega e da renumeralção dos
funcionarios e das tropas encarregadas da ocupação. Carente de
investimento de capital que despertassem o seu desenvolvimento
economico, Angola foi durante tempo posto da rapinagem de traficantes e
aventuarios muitos deles negreiros e degredados.

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CONCLUSÃO

Após uma pesquisa sobre o tema IFNB, chegou-se a conclusão que


As instituições financeiras desenvolvem papel essencial no sistema
financeiro de cada país, tendo importância em uma economia em
desenvolvimento contínuo. Essas instituições fornecem requisitos de
capital a longo prazo das principais indústrias. E que as instituições
financeiras não bancárias podem incluir bancos de investimentos, empresas
de seguros, empresas de finanças, empresas de alugue etc. Há também
várias instituições financeiras não bancárias, incluindo bancos de
investimento, empresas de aluguel, empresas de seguros, fundos de
investimento, empresas financeiras, etc. Concluimos também que São
sociedades financeiras as empresas, com exceção das instituições de
crédito, cuja atividade principal consista em exercer pelo menos uma das
atividades permitidas aos bancos, com exceção da receção de depósitos ou
outros fundos reembolsáveis do público, incluindo as empresas de
investimento.

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REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICA

WWW.WIKIPÉDIA.COM
WWW.GOOGLE.COM
https://www.remessaonline.com.br/blog/mercado-de-cambio-2/
cambial/https://pt.ihodl.com/academy/forex/em-que-consiste-o-mercado-
cambial/
https://pt.ihodl.com/academy/forex/em-que-consiste-o-mercado-
https://editalconcursosbrasil.com.br/blog/economia_mercado-cambial/
https://investorcp.com/gestao-empresarial/mercado-de-cambio/
http://www.cmc.gv.ao/sites/main/pt/Paginas/newsEdit.aspx?ListID=31&mid=2&
smid=29, consultado
https://opais.co.ao/index.php/2018/02/21/analise
http://www.bodiva.ao/files/relatorio
https://www.bancobai.ao/content/files/relatrio_de_conjuntura_econmica

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DEDICATÓRIA
Dedico este trabalho a minha família, exemplo de união e
perseverança, pelo apoio que tem me dado em termos financeiros e também
por estar a me ensinar os desafios da vida. Meus melhores votos de
gratidão vão a ela.

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AGRADECIMENTO
A Deus, Autor de todo dom maravilhoso, Detentor da omnipotência
e Concretizador dos nossos sonhos positivos: tenho a certeza que os meus
“muito obrigado” não é suficiente. Votos de gratidão vão ao senhor
professor pelo trabalho concedido, bem como aos meus colegas de cursos
pela influência indirecta que têm na minha trajectória estudantil.

O meu muito obrigado! Que o senhor jesus cristo, nosso deus, vos
abençoe e que o seu sol vos dê todo o brilho da felicidade eterna.

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