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‘’Será que realmente vou precisar saber disso para exercer a medicina?’’
Nós sabemos disso, pois passamos pela mesma coisa. E percebemos também que a grande maioria dos
médicos formados apenas seguem os protocolos estabelecidos por grandes instituições, como Ministério da Saúde,
mas não fazem a mínima ideia do porquê estão exercendo a medicina daquela maneira. Para te ajudar a resolver
esse problema, a MEDsimple lançou o 1º volume do Klinikase, em que vamos te dar exemplos de como cada área do
Ciclo Básico é fundamental para exercer uma medicina consciente e bem fundamentada que, sem dúvidas, irá
resultar em um melhor Raciocínio Clínico e um melhor tratamento para os seus pacientes. Faça bom proveito!
1: Anatomia
Realizando um acesso venoso central
Anatomia - Realizando um
Acesso Central
● Instabilidade hemodinâmica;
● Aferição da Pressão e saturação venosa central;
● Infusão rápida de drogas, líquidos e hemocomponentes;
● Uso de drogas irritantes ou indutoras de vasoespasmo;
● Nutrição parenteral total;
● Falência de acesso venoso periférico;
● Implante de marca-passo transvenoso;
● Manejo hidroeletrolítico.
Você vai precisar:
- Kit de acesso venoso central
- kit para procedimentos cirúrgicos
Como o próprio nome diz, a punção é feita em VEIAS, de forma a obter acesso à
circulação central!
FEMORAL. SUBCLÁVIA
Dentre outros fatores, o conhecimento ANATÔMICO é imprescindível para execução desse procedimento!
Para todas as veias, devemos dominar a anatomia das regiões!
Vamos começar com a punção da veia JUGULAR INTERNA
* Devemos dar preferência à punção da jugular interna DIREITA! Essa escolha é para minimizar o risco de
lesão da cúpula pleural e não lesar o ducto torácico (porque fica do lado esquerdo)
Mamilo
Orelha
A punção supraclavicular é
feita por alguns profissionais
com muito mais experiência
- LIGAMENTO INGUINAL
- MÚSCULO SARTÓRIO
● Por isso, vamos palpar o ponto de máxima pulsação arterial (correspondente à artéria femoral).
★ É uma proteína fibrosa formada pelo enovelamento de até três cadeias peptídicas;
★ Apresenta cerca de 27 cadeias diferentes, cada uma delas codificada por um gene
diferente;
★ É encontrado em tecidos conjuntivos, músculos e na camada córnea dos olhos;
★ Tem a função de fornecer resistência e elasticidade contra forças de tensão.
Triglicerídeos
beta-hidroxibutirato
Agora ficou fácil de entender, doc!! São esses ácidos que geram a acidose no
nosso paciente, e é por isso que utilizamos insulina endovenosa para reverter
todo este processo!!
3.2: Bioquímica
Tiamina e rebaixamento do nível de consciência
Bioquímica: rebaixamento do nível de consciência e tiamina
Doc, você muito provavelmente já percebeu que, em inúmeros pacientes que chegam com
rebaixamento do nível de consciência, é feito tiamina (vitamina B1) para tentar reverter o
quadro mental e, além disso, deve ter percebido também que está medicação é feita antes de
repor glicose para pacientes que possivelmente estejam hipoglicêmicos. Agora, você sabe o
racional por trás dessas intervenções? Ou apenas decorou que usam essas intervenções e ficou
por aí?
Vamos entender de onde vem a necessidade de utilizar a tiamina e porque ela deve ser
administrada antes de começar a glicose para seu paciente.
Se você se lembra lá da bioquímica, existem algumas enzimas essenciais no metabolismo da
glicose dentro da célula. Antes disso, só é importante lembrar que a glicose dentro da célula é
convertida em piruvato e, depois disso, vai sofrer diversas reações e entrar no ciclo de Krebs para
produzir ATP.
Aqui, vou destacar duas importantes pra nossa discussão: a alpha-cetoglutarato desidrogenase
e o complexo da piruvato desidrogenase. Ahn? Não lembro de nada disso!! Calma, essa imagem
abaixo vai refrescar a sua memória, dá só uma olhada:
Rebaixamento do nível de consciência e tiamina
Doc, você muito provavelmente já percebeu que, em inúmeros
pacientes que chegam com rebaixamento do nível de consciência, é
feito tiamina (vitamina B1) para tentar reverter o quadro mental e,
além disso, deve ter percebido também que está medicação é feita
antes de repor glicose para pacientes que possivelmente estejam
hipoglicêmicos. Agora, você sabe o racional por trás dessas
intervenções? Ou apenas decorou que usam essas intervenções e
ficou por aí?
Vamos entender de onde vem a necessidade de utilizar a
tiamina e porque ela deve ser administrada antes de começar a
glicose para seu paciente.
Se você se lembra lá da bioquímica, existem algumas enzimas
essenciais no metabolismo da glicose dentro da célula. Antes disso, só
é importante lembrar que a glicose dentro da célula é convertida em
piruvato e, depois disso, vai sofrer diversas reações e entrar no ciclo de
Krebs para produzir ATP.
Aqui, vou destacar duas importantes pra nossa discussão: a
alpha-cetoglutarato desidrogenase e o complexo da piruvato
desidrogenase. Ahn? Não lembro de nada disso!! Calma, essa
imagem abaixo vai refrescar a sua memória, dá só uma olhada:
Rebaixamento do nível de consciência e tiamina
Não se assuste, Doc, essa imagem serve apenas
pra te mostrar que essas duas enzimas estão
envolvidas no metabolismo da glicose. Tá, tá, já
entendi, mas como isso se correlaciona com o
nosso caso? Certo, o que você talvez não saiba é
que essas duas enzimas necessitam da tiamina
como cofator enzimático!!
Agora as coisas começam a fazer um pouco
mais de sentido, já que a deficiência de tiamina
está correlacionada com alterações do estado
mental justamente por essa deficiência na
produção de energia.
Rebaixamento do nível de consciência e tiamina
E agora, o ponto final. Por que não podemos administrar a glicose antes da tiamina? Pois, olhando para a imagem
acima, fica fácil de entender que, após a glicose ser convertida em piruvato (pelo processo de glicólise), ele não
conseguirá continuar sendo metabolizada (pela deficiência de tiamina). E o que acontece se eu acumular piruvato
demais? Isso mesmo, ele será convertido em ácido láctico, o que irá gerar uma acidose metabólica severa e piorar
ainda mais o quadro neurológico do nosso paciente!! Aqui vai uma imagem para você refrescar a memória desta
última reação:
4: Farmacologia
Noradrenalina e Sepse
Farmacologia - Noradrenalina e Sepse
Doc,
Realizar
antibioticoterapia
Colher
Tratar a infecção Culturas
Usar drogas
vasoativas
Ressuscitação
Manter a perfusão nos
volêmica
tecidos e órgãos
As drogas vasoativas são substâncias
Drogas Vasoativas que possuem efeitos vasculares
periféricos, pulmonares ou cardíacos
droga vasoativa de
escolha é a É produzida nos neurônios noradrenérgicos e na
noradrenalina medula adrenal
A massa é
indolor, está
localizada na
linha média e se
move com a
deglutição ou
com a
movimentação
da língua
Fonte: SpringerLink
Doc, vamos lembrar que a glândula tireoide é
originada no forame cego, na base da língua
O tratamento é
Porém, em algumas pessoas, esse ducto não se a retirada cirúrgica do
fecha totalmente, sofrendo dilatação e gerando cisto
um cisto, o famoso cisto do ducto tireoglosso
6: Microbiologia
Gonococo e Chlamydia
Microbiologia - Gonococo e Chlamydia
Doc,
Doc, o Gonococo e a Chlamydia são bactérias Geram infecção pélvica por um processo
comumente associadas à Doença Inflamatória Pélvica! de ascensão de microorganismos da
endocérvice e da vagina.
Doc, a Neisseria gonorrhoeae é um diplococo gram-negativo
aeróbio cuja estrutura apresenta-se aos pares, com faces côncavas
adjacentes e voltadas entre si.
No homem, a Chlamydia é responsável por 30-50% dos casos de uretrite não gonocócica;
Na mulher, a infecção genital pode causar salpingite, cervicite, uretrite, endometrite e doença
inflamatória pélvica, além de infertilidade e gravidez ectópica;
prurido (coceira)
Febre reumática
nefrite lúpica
https://doencas-raras-doem.blogspot.com/2016/10/Esofag
Bora puxar a histo da memória? 💡😜
o-de-Barrett-ou-Sindrome-de-Barrett.html
Atlas de Histologia em cores da PUCRS
Fonte: https://medpri.me/upload/texto/texto-aula-1033.html
Fisiologia-Tratamento da fibrilação atrial
Mas quero focar mais nas
células de condução para te mostrar
como o entendimento da fisiologia do
ciclo básico te permite entender
importantes conceitos na clínica:
pegue, por exemplo, a condição
clínica da fibrilação atrial. Essa é uma
condição onde existem múltiplos
sítios criando potenciais de
despolarização, em vez de seguir o
caminho ordenado do nó SA → nó AV
→ Feixe de His → Fibras de Purkinje.
Dá só uma olhada:
Fisiologia: Tratamento da fibrilação atrial
Ok, já entendi isso. Mas como isso se correlaciona com os gráficos de potencial de ação?
Vamos lá: note como a despolarização súbita da célula (que é o que gera o impulso) depende do
influxo de cálcio para ocorrer. Isto é, um impulso só consegue ser passado adiante se os canais de
cálcio estiverem devidamente abertos para permitir esse fluxo.
Fisiologia: Tratamento da fibrilação atrial
O que acontece na fibrilação atrial é que, muitas vezes, múltiplos impulsos passam para o nó
AV e depois para os ventrículos, o que acaba gerando uma alta frequência de contração ventricular
(o que chamamos de FA de alta resposta ventricular). Essa condição é desfavorável e precisamos
controlá-la (o que acontece, na prática, é que o coração recebe tantos impulsos que ele não pulsa,
ele fibrila - fibrilar é tremer sem contrair efetivamente).
Uma das maneiras de conter isso é utilizando bloqueadores de canais de cálcio específicos
das células cardíacas. Isso acaba por reduzir a frequência de condução destes impulsos
justamente por bloquear o principal componente que gera eles: o influxo de cálcio durante a
despolarização da células de condução.
Outra maneira de controle de ritmo na fibrilação atrial é utilizar beta-bloqueadores
adrenérgicos, pois a resposta do sistema simpático liberando adrenalina e noradrenalina aumenta
tanto a condução quanto a frequência de disparo nesse tipo de células.
Agora ficou fácil entender como os conhecimentos de ciências básicas podem nos ajudar a
entender melhor patologias clínicas e suas respectivas terapias. Por isso, é importante não ignorar
o ciclo básico pois é justamente ele que vai te fazer compreender melhor a clínica sem precisar
decorar muitas coisas sem entender!
9.2: Fisiologia
Néfron e diuréticos
Fisiologia - Néfron e Diuréticos
Reabsorção Secreção
Fisiologia - Néfron e Diuréticos
Medicações e seus mecanismos em cada uma das partes do néfron:
K K
Na H2O Cl Na H
● Ao inibir a anidrase carbônica impedem a Cl
H2O
formação de H+, o qual seria trocado por K
Na+ Na
Reabsorção Secreção
Fisiologia - Néfron e Diuréticos
Medicações e seus mecanismos em cada
uma das partes do néfron:
Na
→ Os diuréticos de alça, ao bloquearem esse
canal, promovem a excreção de Na e aumentam a
diurese.
K K
→ Ao inibirem o canal NaCC (para Na e Cl) Na H2O Cl Na H
Cl
impedem a reabsorção desses íons e aumentam H2O
K
sua excreção.
Na
Reabsorção Secreção
Fisiologia - Néfron e Diuréticos
E no final do néfron, Doc? Aqui temos os
poupadores de potássio que podem ser 2
tipos:
5) Tubo Coletor: Reabsorção de Sódio e
água; Secreção de Potássio e Hidrogênio
Na
● Via canais ENaC: reduz absorção de sódio ao K
K
bloquear os canais ENaC Na H2O Cl Na H
Cl
→ Além disso reduz a secreção de Potássio K
H2O