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UNIVERSIDADE FEDERAL DO PIAUÍ

CENTRO DE CIÊNCIAS DA SAÚDE- CCS


DEPARTAMENTO DE BIOQUÍMICA

BIOSSÍNTESE DE
AMINOÁCIDOS
ESSENCIAIS E NÃO
ESSENCIAIS INTEGRANTES:
KAYLANNE BEATRIZ
LEONARDO JOSÉ
LEONARDO PEREIRA
INTRODUÇÃO
Todos os aminoácidos são derivados intermediários
da glicólise, ciclo do ácido cítrico ou da via das
pentoses-fosfato;
O hidrogênio acaba entrando por meio do
glutamato ou glutamina;
Existem vias simples e complexas;
No geral, seres vivos variam muito em sua
capacidade de sintetizar os 20 aminoácidos comuns;
Aminoácidos não essenciais e os essenciais;
Vias Biosintética organizadas em seis famílias
correspondentes aos seus precursores;
Intermediário notável: 5-fosforibossil-1-pirofosfato
(PRPP);
Enzima ribose-fosfato-pirofosfo-cinase regula
alostericamente muitas biomoléculas das quais têm
a PRPP como um precursor.
O ALFA-CETOGLUTARATO
Origina o glutamato, glutamina, arginina e
prolina;
A via mais importante para a incorporação do
NH4+ em glutamato é constituída de duas
reações;
Inicialmente, a glutamina-sintetase cataliza a
reação entre o NH4+ e o glutamato, produzindo a
glutamina;
Essa reação possui duas partes com o gama-
glutamil-fosfato ligado à enzima como
intermediário;
Nas plantas e bactérias, o glutamato é produzido
a partir da glutamina em reação catalizada pela
glutamato-sintetase;
O alfa-cetoglutarato sofre aminação redutora
com a glutamina como doadora de nitrogênio.
O ALFA-CETOGLUTARATO
A glutamato-sintetase não está presente nos
animais;
O glutamato pode ser formado por meio de uma
outra vi, embora menos importante;
Essa reação é catalisada pela L-glutamato
desidrogenase;
A glutamina-sintetase é regulada por praticamente
todos os organismos em razão de seu papel
metabólico central como ponto de entrada para o
nitrogênio reduzido.
PROLINA
Na primeira etapa da síntese, o ATP reage
com o gama-carboxila do glutamato
formando um acil-fosfato, podendo ser
reduzido por NADPH ou NADP, formando o
gama-semialdeído do glutamato;
É o intermediário que sofre ciclização rápida
e espontânea sendo reduzido novamente
para formar a prolina;
ARGININA
A arginina é produzida a partir do glutamato, via
ornitina, usando reações do ciclo da ureia nos
animais;
Em princípio, a ornitina pode ser produzida a partir
do gama-semialdeído por meio de transaminação;
As bactérias apresentam uma via biossintética de
novo para a ornitina paralela a algumas fases da via
da prolina, porém com duas etapas adicionais.
Na primeira etapa, o grupo alfa-amino do glutamato
é bloqueado por uma acetilação;
Após a transaminação, o grupo acetila é removido
para a produção da ornitina.
EM MAMÍFEROS:
A prolina pode vir a ser sintetizada a partir da arginina
obtida da dieta ou de proteínas teciduais;
A ornitina é convertida em gama-semialdeído do glutamato
pela enzima ornitina-aminotransferase;
O semialdeído cicliza produzindo o delta'-pirrolina-
carboxiado (P5C) que é convertido em prolina;
Já com relação a arginina, quando sua quantidade obtida
da dieta e renovações de proteínas é insuficiente para a
síntese proteica, a reação da ornitina-aminotransferase
opera no sentido da formação da ornitina;
A ornitina é convertida em citrulina e arginina pelo ciclo da
ureia.
O 3-FOSFOGLICERATO
Serina, glicina e cisteína são derivadas do 3-
fosfogricerato;
Na primeira etapa: grupo hidroxila do 3-fosfoglicerato é
oxidado por uma desidrogenase produzindo o 3-fosfo-
hidroxipiruvato;
Ocorre então uma transaminação com o uso do glutamato
para formar a 3-fosfosserina que é hidroxilada em serina
livre pela fosfosserina-fosfatase;
A serina é precursora da glicina pela remoção de um átomo
de carbono pela pela serina-hidroximetiltransferase;
O tetra-hidrofolato recebe o carbono 3 beta da serina,
formando uma ponte de metileno entre N5 e N10
produzindo o N5, N10 metilenotetra-hidrofolato;
No fígado de vertebrados, a glicina pode ser produzida por
outra via.
SERINA E GLICINA
CISTEÍNA
As plantas e bactérias produzem o enxofre reduzido a
partir de sulfato do ambiente;
O sulfato é ativado por meio de duas etapas produzindo o
3'-fosfoadenosina-5’-fosfosulfato (PAPS) reduzido em
sulfeto com o uso de oito elétrons;
O sulfeto é utilizado para a síntese de cisteína a partir da
serina em uma via de duas partes.
EM MAMÍFEROS
A síntese de cisteína requer dois
aminoácidos: Metionina e Serina;
Inicialmente, a metionina é convertida em
5-adenosil-metionina que pode perder seu
grupo metila para vários aceptores
produzindo a homcisteína;
Esse resultado desmetilado é hidrolisado
liberando a homocisteína que reage com a
serina em uma reação catalisada pela
cistationína-beta-sintase, produzindo a
cistationína;
Por fim, a cistationína-gama-liase catalisa
a remoção de amônia e a clivagem da
cistationína, formando cisteína livre.
TRÊS AMINOÁCIDOS NÃO ESSENCIAIS E SEIS
AMINOÁCIDOS ESSENCIAIS SÃO SINTETIZADOS
A PARTIR DO OXALOACETATO E PIRUVATO.
AMINOÁCIDOS NÃO ESSENCIAIS:
  A alanina e o aspartato
são  sintetizados a partir de piruvato
e  oxaloacetato,
respectivamente,  por  transaminação  co
m o glutamato.
A asparagina é sintetizada por amidação
do aspartato, com o NH4+ sendo doado
pela glutamina.
AMINOÁCIDOS ESSENCIAIS:
O aspartato origina metionina, treonina e lisina.
A treonina é um dos precursores da isoleucina.
O piruvato origina valina e isoleucina.
Um intermediário na via da valina, o a-cetoisovalerato, é o
ponto de partida para uma ramificação da via, contendo
quatro passos, que leva à leucina.
O CORISMATO É UM INTERMEDIÁRIO-
CHAVE NA SÍNTESE DE TRIPTOFANO,
FENILALANINA E TIROSINA. 
A via com ramificações levando ao triptofano, à
fenilalanina e à tirosina, é a principal via biológica
para a formação do anel aromático.
Ocorre pelo fechamento do anel a partir de um
precursor alifático, seguindo-se a adição, passo a
passo, das ligações duplas.
Os quatro primeiros passos produzem chiquimato,
molécula de sete carbonos derivada da eritrose-4-
fosfato e do fosfoenolpiruvato.
O corismato é o primeiro ponto de ramificação da
via, com uma ramificação levando ao triptofano e
outra à fenilalanina e à tirosina.
Na ramificação que produz
triptofano, o corismato é
convertido em antranilato, em
uma reação em que a
glutamina doa o nitrogênio
que se tornará parte do anel
indólico.
Em plantas e bactérias, a fenilalanina e a
tirosina são sintetizadas a partir do
corismato.
O intermediário comum é o prefenato.
O passo final em ambos os casos é a
transaminação com o glutamato.
A BIOSSÍNTESE DA HISTIDINA
Utiliza 3 precursores da biossíntese de
purinas:
PRPP (concede 5 carbonos)
Anel Púrico do ATP (contribui com  um
nitrogênio e um carbono)
Glutamina (fornece o segundo nitrogênio
do anel)
A BIOSSÍNTESE DA HISTIDINA
Passos Chaves:
Condensação do ATP e do PRPP
A abertura do anel púrico
formação do anel imidazol
A BIOSSÍNTESE DA HISTIDINA
A utilização do ATP como
metabólito em vez de um cofator
rico em energia é incomum
A estrutura remanescente da
molécula do ATP (AICAR) é
reciclada
A BIOSSÍNTESE DE AMINOÁCIDOS
ESTÁ SOB REGULAÇÃO ALOSTÉRICA
a regulação ocorre em parte por meio
de inibição por retroalimentação da
primeira reação pelo produto final da
via
a primeira reação é catalisada por
uma enzima alostérica, que
desempenha um papel importante no
controle geral do fluxo através da via
A BIOSSÍNTESE DE AMINOÁCIDOS
ESTÁ SOB REGULAÇÃO ALOSTÉRICA
Inibição Orquestrada
Regulação alostérica de uma enzima individual
6 produtos atuam como moduladores na
retroalimentação negativa da enzima
Mecanismos adicionais contribuem para a regulação
das vias biossintéticas dos aminoácidos
Multiplicidade Enzimática
Impede que um produto final da biossíntese
inative completamente etapas-chave em uma via
REFERÊNCIA
NELSON, D.L.; COX, M.M. Princípios de Bioquímica de
Lehninger.

6 ed. Editora Artmed, Porto Alegre – RS, 2014.

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