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Saúde Coletiva – Aula 6 DECRETO 7508

Avisos: passou dois estudos dirigidos, estudá-los, e a prova terá peso discursivo
grande.

Além do mapa de saúde, o decreto normatiza que a assistência à saúde deve


ser feita através da configuração de redes de saúde, e existe uma tendência grande
hoje de todos os planejamentos serem feitos na construção de rede. O objetivo de
construir uma rede de saúde é contemplar o princípio chamado integralidade. A partir
do momento que tem-se uma rede de atenção a saúde, faz-se com que todos os
níveis de complexidade sejam planejados. Então na realidade, o que é preciso, é
tentar resolver em todos os níveis de complexidade a necessidade de uma população.
Então o decreto exige que seja feito conformações de rede de saúde.

O que pode ser adiantado sobre o estado de Goiás é que o estado de Goiás
hoje tem uma rede de atenção à saúde bastante desenvolvida no atendimento da
pessoa com deficiência em saúde bucal. Tem uma rede de atenção à saúde de
Atendimento à saúde da mulher, tem uma rede de atenção à saúde de Atendimento à
saúde da criança, tem uma rede de atenção à saúde de vigilância (saúde, na
realidade). E as outras redes estão em conformação. As outras redes são: saúde
mental. O Estado está instigando a criação de centros especializados de Atendimento
à saúde mental, chamado Credeqs. A partir do momento que implementar a
regionalização dos Credeqs, vai ter condições de estruturar essa rede de atenção.
Uma outra rede de atenção que está bem avançada a construção, é a rede de atenção
à saúde de urgência ou a chamada rede de urgência. Então o estado, na realidade,
fez foi aplicar uma política nacional de urgência, uma política que integra o SAMU, a
UPA e hospitais de referência. As demais necessidades de saúde: oncologia, depende
de investimento maciço. Então está bem precária a construção dessa rede. Temos um
hospital referência, mas não tem a média e a atenção básica construída nessa rede de
atenção. Na realidade, a Oncologia começou ao contrário, estruturou o sistema
hospitalar. Na realidade, quando foi criado o hospital de referência em Oncologia do
Estado de Goiás, nem se falava em rede de atenção, então o hospital tem mais de 40
anos, deve ter uns 60 anos. Ela foi montada ao contrário. Então hoje, dentro da
questão oncológica, o que falta é capacitar a atenção básica para fazer o diagnóstico
precoce ou os exames necessários, como a biópsia simples, para o encaminhamento
para uma rede de referência, mas o que tem é só o hospital de referência.

Capítulo IV
Da assistência à saúde
Vincula o princípio da Integralidade da Assistência à Rede de Atenção
pactuada entre os entes nas Comissões Intergestoras.

Então vínculo em relação à assistência à saúde, vincula o princípio da


integralidade, atender os três níveis de complexidade. Assistência não é conformação
de redes, então a partir do momento que o decreto traduz essa informação, significa
que se não se organizar em rede, os recursos também serão cortados. De 2011 para
cá, existe uma tendência grande nessa construção, já que isso está sendo
normatizado através de um decreto lei, que é o decreto 7508, e a conformação de
redes, elas precisam ser pactuados nas comissões intergestoras. Então, se for pactuar
uma rede de atenção a nível regional dentro de uma região de saúde, a pactuação
será feita na comissão intergestora regional. Numa região de saúde é regional, entre
regiões de saúde de um mesmo estado é bipartite, entre regiões de saúde de estados
diferentes é tripartite, entre municípios de estados diferentes é tripartite.
O decreto também traz à luz a discussão de uma relação nacional de ações e
Serviços de Saúde. Para a construção de um mapa de saúde é preciso conhecer os
profissionais, é preciso conhecer os serviços, é preciso conhecer os pontos de
atenção. Não existe nenhuma forma de planejamento se não conhece o que tem de
capacidade instalada, o que tem de serviço instalado.

Capítulo IV
Seção I – Da Relação Nacional de
Ações e Serviços de Saúde –Renases
Institui a RENASES, que compreende todas as ações e serviços ofertados
pelo SUS para atendimento da integralidade da assistência à saúde, a ser
atualizada e publicada bianualmente pelo MS, conforme diretrizes pactuadas na
CIT.
Nesse momento, precisamos entender que a Renases é importante para
demonstrar aonde o serviço está instalado, e ao mesmo tempo, conseguir perceber a
carência. Se sei o que tem, indiretamente sei o que não tem, então o decreto trás essa
discussão.
Institui a renases, que compreende todas as ações e serviços ofertados pelo
SUS. Ela é uniformizada para que em todo território nacional tenha a mesma forma de
atendimento. Trata o direito da integralidade a ser atualizada e publicada
bianualmente. As vezes ela antecede um pouco, isso vai depender da necessidade de
formulação do serviço de saúde. Conforme diretrizes pactuadas na CIT. Se a relação é
nacional, não é um hospital qualquer, é a necessidade do hospital referência. Se ela é
nacional, a única comissão que tem competência para fazer a pactuação é a
intergestora tripartite, porque vai envolver outras questões, questões que envolvam
estados diferentes da Federação Nacional.
O que é a Renases: para perceber que tem um serviço específico pelo sistema
único de saúde, ele tem que estar inscrito nessa Relação. Então saúde bucal é
conformatada dentro do PSF, paralela ao PSF. A equipe de saúde bucal tem que estar
prevista na Renases. Se ela não está prevista na renases, ela não é um serviço
nacional. A partir do momento que é incluída na relação nacional, passa a ser,
obrigatoriamente, oferecido o mesmo serviço, da mesma forma, em todo território.
Então o serviço de atendimento ao câncer de mama é o mesmo em todo
território nacional. A suspeita, os exames de rotina devem ser feitos na saúde da
família; a referência deve ser feita a nível de média complexidade; o serviço
especializado, gineco-obstetrícia; e o atendimento hospitalar é feito dentro de um
hospital de referência com a saúde da mulher.
Os três níveis para atender o princípio da integralidade estão previstos numa
rede de atenção da saúde da mulher, que integram o serviço de detecção precoce de
câncer de mama. Se ele não está previsto, não há a necessidade de prestar o serviço,
não há obrigatoriedade de prestar esse serviço. Só que muitos casos não previstos
tem surgido na população, e aí a população que não está sendo atendida, porque não
tem a previsão do serviço na renases, acabam judicializando. O que se tem de maior
gasto hoje nos serviços de saúde são para responder processos. São as situações
que fogem do que está previsto na legislação onde o usuário, para atender o princípio
da integralidade dele, ele judicializa, e aí tem o juiz, que não entende nada de SUS,
que determina o cumprimento. Não é que não deva, mas o interessante é o juiz
chamar a Equipe técnica, entender como funciona, entender se consegue prestar esse
serviço. Porém ele entende somente dos princípios doutrinários: universalidade,
integralidade e equidade.
Resposta a uma pergunta feita na sala: Você tem uma necessidade regional, e
aí precisa prestar aquele serviço e tem autonomia para fazer isso, não precisa mandar
incluir na renase. Agora se o problema a nível municipal, a nível estadual, é um
problema comum e que envolve outros municípios, outros estados, essa discussão é
levada para CIT assitir, analisar o quadro epidemiológico nacional e observar se
aquela é uma necessidade comum entre os estados. Se for comum entre os estados,
reformula as renases. Então a cada dois anos a renases é reformulada. Pelo menos
deveria. Exemplo: medicamento para tratamento de algumas síndromes, porém é um
produto proibido no território nacional, ele não pode ser usado, apesar de já conhecer
o efeito desse medicamento. Então o usuário que está no Sistema Único de Saúde,
que é prescrito a ele um medicamento que não pode ser comercializado no Brasil, vai
querer ter acesso ao serviço. Ele judicializa, e como esse medicamento foi um
problema que começou a surgir para atender a uma parcela significativa da população,
gerando uma demanda em vários estados, essa discussão foi parar na renases e na
rename. Na renases, para se oferecer o serviço nos três níveis de complexidade, e na
rename, para incluir o medicamento. Só que ele é considerado uma droga ilegal no
Brasil, então esse processo foi reportado ao STF para se posicionar sobre a liberação
ou não do uso deste medicamento. Se for legalizado, ele pode ser encaminhado para
a comissão intergestora tripartite para reformular as renases e para reformular a
rename. O serviço está previsto nas renases, porém determinado estado não possui o
serviço, então deverá fazer a pactuação com o estado vizinho.
A rename, da mesma forma que tem uma relação nacional de ações e
serviços, tem-se uma relação nacional de medicamentos. A rename serve para
padronizar a terapêutica, padronizar os medicamentos, para evitar desvio de verba,
para facilitar o planejamento. Então numa relação Nacional de medicamentos tem o
princípio ativo, e não o nome comercial. São alternativas que fazem com que o custo
caia, e não é qualquer medicamento, é um medicamento que um dia foi levado para
discussão na comissão intergestora tripartite. Já que envolve o território nacional, é de
competência deles, e aí foi incluído. Quando foi criada a renases e rename juntaram
todos os serviços e criaram a relação nacional. A partir daí, a cada dois anos, elas são
reformuladas mediante a necessidade da população.
Todo atendimento à tuberculose no Brasil é preconizado no Brasil inteiro, ele é
um serviço que é feito na atenção primária e existe um protocolo de terapêutica que
diz que aquele paciente precisa ser assistido por pelo menos dois anos, tomando XY
medicamentos. Então o serviço de atendimento ao tuberculoso, ele na atenção básica,
o medicamento que vai utilizar o tuberculoso está previsto na Renan, então o território
nacional inteiro utiliza o mesmo protocolo clínico. Então cria-se instrumentos para
fazer com que o atendimento de saúde seja o mesmo em todo território nacional
serviço público.
Capítulo IV
Seção II – Da Relação Nacional de
Medicamentos Essenciais – RENAME
Institui a RENAME, como instrumento que compreende a seleção e a
padronização de medicamentos para atendimento de doenças ou agravos no
âmbito do SUS, e o Formulário Terapêutico Nacional, com base em protocolos
Clínicos e Diretrizes Terapêuticas atualizados bianualmente pelo MS, conforme
diretrizes pactuadas na CIT.

Institui a rename como instrumento que compreende a seleção e padronização


dos medicamentos para atendimento de doenças ou agravos no SUS, e o formulário
terapêutico nacional, a forma como isso é prescrito, se é uma vez, duas vezes, três
vezes ao dia, de 8 em 8 horas, de 12 em 12 horas. Então isso está padronizado no
território nacional com base em protocolos clínicos. Para atender o tuberculoso, tem
um protocolo; para atender o soro positivo tem outro protocolo; para câncer de mama
tem outro protocolo. Então um dos problemas que surgiram agora foi um comprimido
azul que teve um “boom” ano passado, que era um comprimido para câncer,
medicamento que estava sendo testado por um farmacêutico da USP no controle da
proliferação do câncer. E aí entrou em fase de estudo. Alguns pacientes que tiveram
acesso ao medicamento obtiveram sucesso. Depois, todos queriam o medicamento,
só que ele não é específico, não é para todos os tipos de tumores. Então o STJ
determinou que o medicamento fosse disponibilizado para todos os pacientes. O
medicamento que não tem registro ainda, não conta na rename, não consta no
protocolo da Renases. Detalhe: quem produz o medicamento que é o laboratório da
USP, não dá conta da demanda nacional. Então a questão é fazer com que tenha,
pelo menos, condição de utilizar. Aquele medicamento é uma alternativa, mas
somente quando terminarem a pesquisa para saber qual é o efeito, para qual câncer
ele é indicado. Se ele não é uma alternativa, ele não consta na rename. Então a
importância da rename é justamente padronizar os medicamentos e facilitar a compra,
porque é preciso comprar esse medicamento, pois com uma Novalgina compra-se de
5 a 6 produtos com o mesmo princípio ativo, como a dipirona sódica.

Capítulo IV
Seção II – Da Relação Nacional de
Medicamentos Essenciais – RENAME
 Vinculada a garantia do acesso à assistência farmacêutica à prescrição
por profissional do SUS, à assistência em serviços do SUS e à
observância dos Protocolos Clínicos e Diretrizes Terapêuticas
estabelecidas.
 Restringe a RENAME a produtos registrados junto à ANVISA

Ainda em relação à rename, vincula a garantia do acesso à assistência


farmacêutica. Então atende também o princípio da integralidade a partir do
momento que um profissional do SUS prescreve o medicamento. Para o
medicamento estar na rename e estar disponibilizado para a população, quem
tem que prescrever não é o dentista no consultório particular, é dentista do
PSF porque o dentista particular não conhece o rename. O dentista do PSF é
obrigado a prescrever o princípio ativo que consta no rename, até para que o
município tenha a condição de dispensar aquele medicamento. Então o
dentista que trabalha em consultório particular, quando atender o paciente que
tem condição de retirar o medicamento na Farmácia Básica, pode descrever o
princípio ativo, e de preferência acessar a rename e verificar se aquele
princípio ativo está na relação nacional. Você é dentista particular, sua receita
não é pública, não é do SUS, o que o paciente tem que fazer é ir no PSF trocar
a receita, se não o medicamento não é dispensado para ele.
Restringe a rename a produtos registrados na Anvisa, caso contrário, o
paciente terá que judicializar.

Atenção Terciária
-Hospitais universitário
-Alta Complexidade

Atenção Secundária
-Internação
-Especialidades
- Diagnose terapêutica

Atenção Primária
Atenção Básica
Urgência e emergência
Referência e contra- referência

Atenção terciária entra os níveis de estágio de alta


complexidade, os hospitais universitários. Tem uma rede de hospitais especializados
em Goiânia, para AIDS, hepatites virais, o hdt de doenças tropicais, tem materno
infantil que vai se transformar no Hospital da Criança e da mulher, tem vários
hospitais, e cada um deles especializados. É alta complexidade. Atenção secundária
entra todos os protocolos iniciais de internação, paciente em observação, as
especialidades, serviço de diagnóstico e terapêutica, laboratórios para se fazer
citologia, laboratório de Patologia, todos, serviços de média complexidade. E atenção
primária, que entra atenção básica, urgência e emergência e aqui é feito o processo
de referência e contra referência.

Capítulo V
Da articulação interfederativa
Seção I- Das comissões Intergestoras

Estabelece as Comissões Intergestoras como instâncias de pactuação sobre a


organização e funcionamento das ações e serviços de saúde integrados em
redes de atenção à saúde e duas atribuições respectivas:
 CIT – âmbito nacional
 CIB – Âmbito estadual
 CIR- comissão intergestora regionais – nível regional

Uma das notícias do jornal: justiça obriga o SUS a


custear tratamento de paciente em UTI em hospital privado. Todos os dias no Jornal
da Manhã eles mostram o número de UTI e o numero da fila de demanda de UTIs no
Estado de Goiás. Qual é o problema: tem paciente morrendo na fila de UTI e está
tendo UTI que não está sendo utilizada. Então na realidade, está mostrando para a
população que existe possibilidade de atendimento. Aí uma pessoa decide que tem o
direito à UTI, mesmo que as UTIs estejam lotadas, tem o direito e entra na justiça, e a
justiça obriga a internação. É no setor público, é. Não tem vaga, é obrigado a comprar
o serviço no setor privado.
Mas o dinheiro para custear esta internação, ou
comprar o medicamento que não está previsto no rename, sai de outro setor da área
de saúde. Então o município poderia utilizar essa justificativa, mostrando para o juiz
que não é tão simples assim, pois o dinheiro é escasso. Justificativa para não custear
o tratamento, pois comprando ou pagando apenas esse tratamento, várias outras
pessoas ficariam sem medicações ou tratamentos mais baratos.

Questão de prova: Qual o argumento do advogado do paciente para que ele tenha o
medicamento? para atender o princípio da integralidade, ele solicita. Qual o contra-
argumento da prefeitura para não pagar o medicamento? é o princípio da equidade,
tratar os desiguais de forma desigual. Para atender a necessidade desse paciente, vou
ferir um outro princípio doutrinário do SUS, então os dois lados precisam ser ouvidos.

Da articulação interfederativa, elas foram definidas na NOB 93, pela primeira vez elas
foram citadas. Também foram citadas na NOB 96, e agora entrou no decreto. Só que o
decreto integrou uma comissão intergestora que não era prevista, porque como as
regiões de saúde estão sendo definidas agora no decreto 7508, passa a ser também
uma necessidade da construção das comissões intergestoras de saúde.

Arcabouço decisório e institucional do SUS

Controle social
Paritário (2:1:1)
Deliberativo

Colegiado Gestor Comissão


participativo Intergestora

Nacional Conselho Ministério da CIT


nacional Saúde
Secretarias
Estadual Conselho Estaduais CIB/CIR
Estadual
Conselho Secretarias
Municipal Municipal Municipais 0
Conselho Local

Em relação ao arcabouço decisório, existem três comissões intergestoras: comissão


intergestora tripartite, comissão intergestora bipartite e comissão intergestora regional.
Não existe nenhuma mesa de pactuação além do município, porque é o próprio
município que tem que tomar a decisão. Então tanto a CIT quanto a CIR, elas são
mesas para negociação de problemas estaduais, sendo que uma é para região de
saúde e a outra, para negociação entre regiões de saúde.

Todo arcabouço jurídico, todo arcabouço da relação que ocorre entre o serviço
ofertado e a pactuação do serviço, tem que passar pelas comissões intergestoras. Se
tem uma demanda do município, a secretaria Municipal de saúde vai fazer o plano de
saúde, e o plano de saúde é quadrienal, porque o prefeito tem mandato quadrienal.
NÃO POSSO NEGOCIAR MEU PLANO DE SAÚDE QUADRIENAL porque ele não
tem proposta orçamentária, ele tem metas a serem atingidas. Quem vai aprovar esse
plano é o Conselho Municipal. O PLANO ANUAL DE SAÚDE, QUE É UMA FRAÇÃO
DO PLANO DE SAÚDE QUADRIENAL, PREVÊ PROPOSTA ORÇAMENTÁRIA E ELE
PREVÊ PONTOS DE ATENDIMENTO. Então o plano anual de saúde tem que ser
negociado em uma instância de negociação quando o serviço não existe no município.
É preciso do serviço de outro município, vai negociar a aprovação desse plano anual
de saúde nas comissões, a comissão depende de onde foi negociado o serviço. Entre
regiões, CIR; entre regiões de saúde de um mesmo estado, CIB; entre regiões de
saúde entre Estados ou municípios entre estados, CIT. Então existe um fluxo, um
arcabouço. Então a negociação é feita nas cibs, porém a aprovação é feita nos
conselhos. Controle social exige representação paritária: 50% das vagas de usuários,
25% da vaga de gestor e prestador de serviço e 25% de profissionais de saúde. As
decisões são tomadas/negociadas/ pactuadas nas comissões intergestoras. As
decisões são por voto, ela é feita por consenso e não por maioria, e aí essas decisões,
após serem aprovadas, vai para o Conselho de saúde respectivo para confirmarem ou
não essas decisões, e volta para a origem, para se fazer a formalização. Nas CIB e na
CIR tem representante do COSEMS, na CIT tem representantes do CONASS e do
CONASEMS, assunto do semestre passado.

Capítulo V
Seção II –Das contrato Organizativo
Da Ação Pública da Saúde – COAPS
Instrumento de formalização da colaboração entre os entes para a
organização da rede de atenção à saúde, no qual são definidas as
responsabilidades respectivas com relação a ações e serviços, indicadores e
metas, critérios de avaliação de desempenho e recursos financeiros e a forma de
controle e fiscalização.
Planos de saúde ao nível da região de saúde.

Em relação aos COAPS, é um instrumento jurídico, é um contrato de prestação de


serviço, é assinado entre as partes envolvidas no processo. Então para que tenha a
obrigatoriedade do acesso e para que tenha a obrigatoriedade da prestação de
serviços é preciso desse instrumento jurídico. É um contrato para formalizar essa
negociação que foi feita a nível de CIR, CIB ou CIT. Instrumento de formalização da
colaboração entre os entes para a organização da rede de atenção, no qual são
definidas as responsabilidades respectivas com relação a ações e serviços,
indicadores e metas, critérios de avaliação de desempenho e recursos financeiros e a
forma de controle e fiscalização. Planos de saúde ao nível da região de saúde.

Capitulo V
Seção II- Das Contrato Organizativo
Da Ação Pública de Saúde – COAPS

Estabelece que a avaliação do desempenho da prestação dos serviços e


ações definidos no Contrato será realizada através de Indicadores Nacionais de
Garantia de Acesso, a serem definidos pelo MS a partir das diretrizes
estabelecidas no Plano Nacional de Saúde. Determina que os Relatórios
de Gestão Anuais contemplem seção específica sobre os compromissos
contratualizados, que serão sujeitos também ao controle e fiscalização pelo
Sistema Nacional de Auditoria e Avaliação do SUS.

O COAPS estabelece uma relação de desempenho. O contrato será feito através de


um serviço mediante Indicadores Nacionais de Garantia de Acesso, temos mais de
200 indicadores de saúde pactuados pelo ministério da saúde, e o município vai
construir o indicador de acordo com a sua necessidade a nível local. Determina que os
relatórios de gestão anual contemplem seção específica no seu relatório de quais são
os indicadores, de quais são as metas esperadas e qual o recurso necessário para a
formalização dessas metas.
Fiz a programação anual da Saúde, contém meta, recurso orçamentário e o que
executou no período de vigência, ano de 2017 Obrigatoriamente Tem que apresentar
o relatório anual de gestão de 2017, onde vai pegar os indicadores que foram
pactuados, as metas que foram pactuadas, e as metas que foram alcançadas, além do
orçamento gasto. Então vai ver o que tem planejado, o que tem executado. Vai avaliar
esse processo para saber se a programação foi efetiva, até para realimentar a próxima
programação anual. A avaliação é um processo de análise do que foi planejado e do
que foi executado.
Por exemplo, ele pactua um indicador de saúde qualquer, como a escovação
supervisionada. Ele pactuou que durante o ano de 2017, 2% da população teria esse
serviço prestado, que é a escovação supervisionada. Previu uma verba orçamentária
para comprar as escovas e as pastas de dente, tá lá na programação anual. Então tem
o orçamento por ser uma ação, tem ação e tem a meta 2%, vai ser feito o controle da
escovação. Quando o relatório foi emitido, ele vai dizer qual é o indicador que estava
previsto, qual era a meta planejada, qual foi a meta alcançada, qual era o recurso
planejado e qual foi o recurso gasto. Então está analisando o impacto da ação, isso é
avaliação, e ela é feita interna, quando elaborar o relatório de gestão, e ela pode ser
externa quando monitorada por órgão de Controle externo, pelo tribunal de Contas dos
Municípios e o serviço de auditoria do Estado.
Vamos supor que o município não tem PSF, ou melhor, tenha PSF mas não tem
saúde bucal, pois não é obrigado, mas a escovação é um indicador pactuada pelo
Ministério da Saúde, então é preciso comprar esse serviço e fazer esse serviço
funcionar mediante participação de um outro ente Federado, o município vizinho,
porque ele tem saúde bucal. Então vai pactuar entre os dois municípios e ser
aprovada entre a comissão intergestora Regional, se for da mesma região, bipartite se
for em regiões de um mesmo estado, e tripartite se for entre Estados diferentes. A
meta é a escovação de 2%, mas não tem serviço. Então na programação vai dizer que
vai comprar o serviço de algum município. O COAPS é necessário aqui porque é o
contrato que vai formalizar que o município x que está comprando o serviço do
município Y, o COAPS está acima dessa questão da avaliação. Tudo isso é
instrumento de gestão.

Capítulo VI
Das Disposições Finais
O MS informará aos órgãos de controle interno e externo:

I. Descumprimento de responsabilidades na prestação de serviços e ações


de saúde e demais obrigações previstas no Decreto;
II. Não apresentação de relatório anual de gestão;
III. Não aplicação, malversação ou desvio de recursos financeiros e
IV. Outros atos de natureza ilícita

O Ministério da Saúde informará aos órgãos de controle interno externo. Através da


análise do relatório anual de gestão, através dos indicadores que são alimentados pelo
sistema, o ministério tem Como monitorar isso e tem como controlar. Foi previsto um
gasto x e gastou Y, foi previsto 100 milhões e gastou 200 milhões, tem alguma coisa
errada no planejamento. Então se é um órgão de controle interno, Auditoria do Estado
verifique in loco a prestação de serviço, porque o relatório de gestão apresentado não
condiz com planejamento, ou ele indica o órgão o órgão de Controle externo que no
caso é o Tribunal de Contas do município.
Descumprimento de responsabilidade na prestação de serviços e ações de saúde e
demais obrigações previstas no decreto, se estão conformatadas por níveis de
atenção, quais são os serviços a serem prestados, quais são os medicamentos que
estão incluído na rename. A não apresentação do relatório anual de gestão é quase
impossível que aconteça porque todo recurso hoje está vinculado à prestação de
contas, se não prestar contas do relatório anual de gestão, o recurso é interrompido. A
não aplicação, malversação ou desvio de recursos financeiros e outros atos de
natureza ilícita, então quando o ministério da saúde, que é um órgão gestor a nível
nacional, percebe irregularidades, ele assume os órgãos de controle interno e externo
pra resolver, ou pelo menos para avaliar em que situação existe isso.

Capítulo VI
Das Disposições Finais

 Determina que a primeira RENASES seja constituída a partir da somatória


de todas as ações e serviços de saúde que na data da publicação do
Decreto sejam ofertados pelo SUS
 Estabelece o prazo de cento e oitenta dias para que o Conselho Nacional
de Saúde delibere sobre diretrizes a serem observadas na elaboração dos
Planos de Saúde.

As disposições finas, determina que a primeira renases é a união de todas as renases,


e estabelece o prazo de 180 dias para que o Conselho Nacional de saúde delibere
sobre diretrizes a serem observadas na elaboração dos planos de saúde, que vai um
pouquinho além, que é o planejasus. O planejasus é a consequência do Decreto 7508.

ESTUDO DIRIGIDO:
Em relação ao PlanejaSUS:
Qual o arcabouço jurídico do planejamento de saúde
Quais objetivos estão no planejamento de saúde
Quais instrumentos de gestão envolvidos no planejamento de saúde
Dos instrumentos de gestão, quais envolvem os planejamentos orçamentários
Quais os períodos de vigência de cada instrumento de gestão envolvidos no planejamento
Quais os entes orientadores de um plano de saúde
O que deve conter no plano de saúde
Como devem ou podem ser monitorados os instrumentos de gestão de um planejamento de
saúde
O que deve contemplar o plano de saúde de um ente Federado
Planejamento de saúde é um instrumento ascendente ou descendente? justifique sua
resposta.
O que deve contemplar o relatório de gestão de um ente Federado
Qual o fluxo de um planejamento de saúde
Quando um planejamento de saúde foge da perspectiva planejada, como deve se portar o
ente Federado
Quais instrumentos de gestão não permitem análise situacional? Justifique sua resposta.

SEGUNDO ESTUDO DIRIGIDO DA AULA


Qual a legislação que Embasa o SUS? Qual a finalidade de cada uma?
Qual a finalidade do Decreto 7508?

O resto das perguntas desse estudo dirigido permanece igual ao do ano passado, só foi
acrescentado as duas primeiras perguntas.

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