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Anátomo-Fisiologia

Sistema Respiratório

Yraima de Macêdo
Sistema Respiratório
SISTEMA RESPIRATÓRIO - Divisão

• Superior: nariz, faringe e laringe

• Inferior: traquéia, brônquios, bronquíolos e alvéolos


MÚSCULOS RESPIRATÓRIOS
• 55% de fibras estriadas do tipo I vermelhas(resistentes a
fadiga)

• 45% de fibras estriadas tipo II brancas (fadigáveis)

• Contraem-se de maneira rítmica , intermitente e durante


toda a vida

Auler , José Costa . Assistência Ventilatória Mecânica . São Paulo , Editora


Atheneu , 1995
MÚSCULOS INSPIRATÓRIOS
DIAFRAGMA

Área de aposição
Em repouso o
deslocamento do
diafragma é
aproximadamente de 1
cm , e nas inspiração
forçada , pode chegar
até a 10 cm

Auler , José Costa . Assistência Ventilatória Mecânica . São Paulo , Editora


Atheneu , 1995
MÚSCULOS INTERCOSTAIS
O músculo intercostal
externo e a porção
intercondral do
intercostal interno
são inspiratórios e a
porção interóssea do
intercostal interno é
expiratória
São inervados pelos
nervos intercostais (1o
ao 12o segmento
torácico)
ESCALENOS

De Troyer , observou-se que


em pessoas normais , na
Quandosentada
posição se contraem
, sempre
elevam
há as costelas
contração dos eo
paraesternais
esterno , no emovimento
dos
escalenos
denominado durante
braçoa de
inspiração de repouso
bomba
MÚSCULOS SECUNDÁRIOS DA
INSPIRAÇÃO

Peitoral maior
Peitoral menor
Trapézio
Serrátil anterior
Esternocleidomastoídeo
MÚSCULOS EXPIRATÓRIOS

• Ação

• Importantes músculos para a tosse e expiração


forçada
RETO ABDOMINAL
• O: 5º,6º e 7º cartilagens costais e esterno e se insere
no púbis
OBLÍQUO EXTERNO
• O: Últimas costelas
• I: Crista ilíaca , tubérculo púbico e linha alba
OBLÍQUO INTERNO
• O: Parte lateral do ligamento inguinal e fáscia
tóracolombar
• I: Púbis , linha alba e cartilagem das três últimas
costela
TRANSVERSO ABDOMINAL
• O: face interna das seis
últimas costelas , onde se
interdigitaliza com as fibras
costais do diafragma , fáscia
lombar , crista ilíaca e
ligamento inguinal ,
inserindo-se na aponeurose
ventral
Lesão diafragmática induzida pela VM
• Alteração Estrutural:
Redução da força de contração diafragmática

• Lesão Oxidativa:
Redução do metabolismo oxidativo e redução da contratilidade

Modos Controlados vs PSV

Modo espontâneo tem a capacidade de minimizar a progressão da lesão

Powers SK, Wiggs MP, Sollanek KJ, Smuder AJ. Ventilator-induced diaphragm dysfunction: cause
and effect. Am J Physiol Regul Integr Comp Physiol. 2013;305:R464–R477
Inspiração Espontânea
↑ Retorno
↓ PVC
Venoso

AD VD AP VP AE VE

Pressão venosa
sistêmica ↓ Pressão Intratorácica
Transporte de O2 no sangue
• 99% ligados a hemoglobina

• Oxiemoglobina(ligação de
O2 a hemoglobina)

• Desoxiemoglobina
(hemoglobina não ligada
ao O2)
Curva de dissociação da
oxiemoglobina
• Fatores clínicos alteram a afinidade da Hb pelo O2

• Impacto direto na oxigenação tecidual



Curva normal
(%)
100

80

60

40
Veias(em
Artérias
repouso)
20

0
0 20 40 60 80 100 120 140 160
PaO2 (mmHg)
Durante o exercício intenso
• Em repouso: 25% do O2 transportado no sangue é
descarregado nos tecidos

• Durante o exercício intenso: 90% do O2 transportado no


sangue é descarregado nos tecidos

Afinidade reduzida

(%)

100

80

60
pH
40 PCO2
Temp
20

0
0 20 40 60 80 100 120 140 160
PaO2 (mmHg)
2-3 DPG

• Subproduto da glicólise anaeróbica dos eritrócitos que


combina com a hemoglobina e reduz a afinidade desta
pelo O2

• ↑ durante a exposição a altitudes elevadas e na anemia

• Exercício (efeitos controversos)


• Exercícios moderados mantem valores constantes
• Exercícios intensos pequena diminuição

Afinidade aumentada

(%) pH
PCO2
100
Temp

80

60

40

20

0
0 20 40 60 80 100 120 140 160
PaO2 (mmHg)
Afinidade aumentada

• Desloca a curva para a esquerda

• Para um mesmo valor de PaO2 a saturação será bem


maior

• Ocorre normalmente durante a circulação pulmonar


Transporte de CO2 no Sangue
• Dissolvido (10%)
• Ligado a hemoglobina (20%)
• Bicarbonato (70%)
CONTROLE NEURAL
COMANDO CORTICAL
Pneumotáxico,

Apnêustico

Neurônios
inspiratórios

Neurônios expiratórios
QUIMIORECEPTORES
• Influências corticais (córtex tem conexão com o bulbo e
tronco):Controle voluntário

• Quimiorreceptores centrais (bulbo): mudança de H ou PCO2 no


LCR

• Quimiorreceptores periféricos (artérias sistêmicas): PaO2, H e


PCO2 no sg

John B. West: Fisiologia Respiratória Moderna, 5ª ed - Ed. Manole, 1996, São Paulo-
SP
PROCESSO RESPIRATÓRIO
VIAS AÉREAS E FLUXO AÉREO

• Vias aéreas condutoras


• Não contém alvéolos
• Constitui o espaço morto anatômico
• Volume de cerca 150ml

• Zona respiratória
• Constitui a maior parte do pulmão
• Volume de 2,5 a 3 litros.
SECÇÃO TRANVERSA
VIAS AÉREAS E FLUXO AÉREO

• A velocidade do gás cai


rapidamente na região
dos bronquíolos
terminais devido ao
grande aumento da área
de secção transversa
REMOÇÃO DE PARTÍCULAS
INALADAS
• Partículas grandes
• Partículas menores que se
depositam em vias aéreas
condutoras, escalada do muco
→ deglutição
• Glândulas mucosas e células
caliciformes
• Cílios
CIRCULAÇÃO BRÔNQUICA

Shunt
Fisiológico
PRESSÃO DENTRO DOS VASOS
SANGUÍNEOS PULMONARES

Veias
Artérias pulmonares
pulmonares
Aorta
25/8

Veia
Cava 0

Coraç Coração
ão Artérias
Esquerdo
Direit Sistêmicas
VE 120/0
o 120/80
AE 5
Veias VD
sistêmicas 25/0
AD 2

Conteúdo de O2: 145 Conteúdo de O2: 200


ml/l ml/l
Conteúdo de CO2: 540 Capilares sistêmicos Conteúdo de CO2: 490
10 20 30 ml/l
ml/l
RESISTÊNCIA VASCULAR
PULMONAR

• Resistência de um sistema de vasos sanguíneos

• R. = P de entrada – P de saída
Fluxo sanguíneo
RESISTÊNCIA VASCULAR
PULMONAR

• Diminui a resistência vascular pulmonar:

• Aumenta a resistência vascular pulmonar:


RESISTÊNCIA VASCULAR
Resistência PULMONAR
Vascular Resistência
Pulmonar Vascular
Total

vasos
alveolares

vasos extra-alveolares

VR CRF CPT
West, 1990
ESTABILIDADE ALVEOLAR
ESTABILIDADE ALVEOLAR
• Pulmão – 300 milhões de alvéolos / instáveis

• Alvéolos tendem ao colapso devido à tensão superficial


do líquido que reveste os alvéolos

• Surfactante (↓a tensão superficial e ↑estabilidade


alveolar)
VENTILAÇÃO
• De cada 500 ml inalados, 150 ml permanecem para trás no
espaço morto anatômico

• Ventilação total: 500 x 15 = 7.500 ml/min

• Volume de gás fresco que entra na zona respiratória a cada


minuto é: (500 – 150) x 15 = 5.250 ml/ min (ventilação alveolar)
CAPACIDADES E VOLUMES
VOLUMES E CAPACIDADES
PULMONARES

Capacidade Capacidade
Pulmonar
vital total
Volume corrente
Capacidade
residual
funcional Volume residual
VOLUMES E CAPACIDADES
PULMONARES

• Volumes: volume corrente, volume de reserva


inspiratório , volume de reserva expiratório e o volume
residual

• Capacidades: capacidade pulmonar total, capacidade


inspiratória, capacidade residual funcional e a capacidade
vital
VOLUMES PULMONARES
• VOLUME CORRENTE (VC): é a quantidade de ar
movimentada pelos pulmões durante um ciclo
respiratório

• VOLUME DE RESERVA INSPIRATÓRIO (VRI): é o


máximo volume de ar que pode ser inspirado após o
término de uma inspiração normal.
VOLUMES PULMONARES

• VOLUME DE RESERVA EXPIRATÓRIO (VRE): é o


máximo volume de ar que pode ser expirado após o
término de uma expiração normal

• VOLUME RESIDUAL (VR): é o volume de ar que


permanece nos pulmões após uma expiração forçada
CAPACIDADES PULMONARES

• CAPACIDADE VITAL (CV): é a quantidade de gás


mobilizada entre uma inspiração e uma expiração
máximas

• CAPACIDADE INSPIRATÓRIA(CI): é o volume


máximo inspirado a partir do final de uma expiração
espontânea
CAPACIDADES PULMONARES

• CAPACIDADE RESIDUAL FUNCIONAL(CRF): é a


quantidade de gás contida nos pulmões ao final de uma
expiração máxima

• CAPACIDADE PULMONAR TOTAL (CPT): é a


quantidade de gás contida nos pulmões ao final de uma
inspiração máxima
CAPACIDADES E VOLUMES
• Vt x Fr = Vm

• Espaço morto anatômico (EMA)


• volume ocupado por essas vias aéreas de condução

• ventilação alveolar
• Volume corrente que efetivamente chega à area de trocas
respiratórias (VC – EMA)

Arthur Guyton: Tratado de Fisiologia Humana, 10ª ed, Guanabara- Koogan, 2002, Rio
de Janeiro - RJ
O PULMÃO EM DIFERENTES
NÍVEIS DE INSUFLAÇÃO
INSPIRAÇÃO
INSPIRAÇÃO
• Negativação e entrada do ar

• Ar inspirado flui para baixo até os bronquíolos terminais

• Aumento da área de secção transversal: ramificações

John B. West: Fisiologia Respiratória Moderna, 5ª ed - Ed. Manole, 1996, São Paulo-
SP
EXPIRAÇÃO
EXPIRAÇÃO

• Imediatamente após a inspiração

• Provoca diminuição do volume pulmonar e expulsão do


gás

• Desativação da musculatura inspiratória: expulsão de gás


dos pulmões

John B. West: Fisiologia Respiratória Moderna, 5ª ed - Ed. Manole, 1996, São Paulo-SP
PRESSÕES DURANTE O CICLO
RESPIRATÓRIO
Propriedades elásticas e
resistivas
do sistema respiratório

Pulmões + Caixa Torácica


PROPRIEDADES ELÁSTICAS DO
PULMÃO CURVA DE PRESSÃO

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