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Polissemia
A polissemia é caracterizada pela presença de um termo que possui mais de
um significado.
 Polissemia:
Ouvir: o que é, polissemia
0:00 x ambiguidade, exemplos
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PUBLICIDADE Polissemia é um fenômeno


linguístico caracterizado
pela existência de um termo
que apresenta mais de um
significado. A palavra
“língua”, por exemplo, pode
significar um órgão ou um
idioma, de acordo com o
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bem contextualizadas,
algumas palavras
polissêmicas podem gerar a
ambiguidade, que é o duplo sentido do enunciado.

A polissemia também se diferencia da homonímia, que consiste em


palavras que têm a mesma pronúncia e/ou grafia, mas significados
diferentes, como as palavras “acento” (sinal gráfico) e “assento” (lugar
onde sentar).

Leia também: Problemas notacionais da língua portuguesa

Tópicos deste artigo

1 - O que é polissemia?
1 - O que é polissemia?
2 - Exemplos de polissemia
3 - Diferenças entre polissemia e ambiguidade
4 - Diferenças entre polissemia e homonímia
5 - Exercícios resolvidos

O que é polissemia?
Polissemia é o nome que se dá ao fato de um termo apresentar mais
de um significado. Dessa maneira, o sentido do termo depende,
também, do contexto em que ele é empregado. Portanto, se, por
exemplo, você disser que tem a pena de Camões, sem contextualizar
sua declaração, o seu ouvinte ficará em dúvida, não saberá se você
tem a pena (instrumento de escrita) que pertenceu a Camões ou se
você sente a pena (dó) que Camões sentia.

Exemplos de polissemia
Sofreu muito quando teve que partir e voltar ao seu país de origem.
(partir = ir-se embora)

Leandro, cuidado para não partir a mesa.


(partir = quebrar)

Tenho um gato de estimação chamado Astrogildo.


(gato = animal)

Acho o Pierre Batcheff um gato, mas há quem discorde de mim.


(gato = homem atraente)

Estava com tanta fome, que queimei a língua com a sopa quente.
(língua = órgão)

A língua é viva e está em constante transformação.


(língua = idioma)

Precisamos entender qual é o nosso papel em tudo isso.


Precisamos entender qual é o nosso papel em tudo isso.
(papel = função)

Depois de ler a carta, colocou o papel sobre a mesa e chorou.


(papel = lugar onde se escreve)

Evito ir ao banco, prefiro pagar minhas contas pelo aplicativo.


(banco = instituição financeira)

João sentou-se no banco e ficou admirando a paisagem.


(banco = assento)

Bruna não sabia a resposta, então chutou.


(chutou = arriscou ou tentou adivinhar uma resposta)

Quando ela chutou, eu soube que o gol era certo.


(chutou = deu chute em uma bola)

Leia também: Paronímia – palavras semelhantes na pronúncia e escrita,


mas com significados diferentes

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Diferenças entre polissemia e ambiguidade


A polissemia refere-se a um termo que possui mais de um sentido e,

por isso, depende do contexto de enunciação, pois, se estiver fora de


por isso, depende do contexto de enunciação, pois, se estiver fora de
contexto, pode provocar a ambiguidade, que consiste no duplo
sentido de um enunciado.

A ambiguidade gera a incompreensão.

Observe este diálogo:

— Jenival cortou a mangueira.

— Que pena! Eu gostava tanto daquelas mangas.

— Estou falando da mangueira de regar plantas.

— Ah, pensei que...

— Ele fez bambolês para as crianças.

Assim, se o enunciador da fala “Jenival cortou a mangueira” tivesse


contextualizado a informação, não provocaria a confusão de seu

interlocutor diante do enunciado ambíguo. Porém, a ambiguidade,


interlocutor diante do enunciado ambíguo. Porém, a ambiguidade,
considerada um vício de linguagem, não é gerada apenas pela
descontextualização de uma palavra polissêmica. Ela pode ser causada
também pelo uso inadequado de um hipérbato, isto é, da alteração da
ordem direta (sujeito, verbo, complemento ou predicativo) de uma
oração:

O filho amava o pai.

Nesse enunciado, há ambiguidade, pois não sabemos quem amava


quem, se o sujeito é o filho ou o pai, já que não é possível dizer se a
oração está na ordem direta ou inversa. Desse modo, se,
excepcionalmente, alterarmos a transitividade do verbo “amar”,
acabamos com a ambiguidade:

Ao filho amava o pai.

O uso dos pronomes possessivos “seu” e “sua” também costuma gerar


ambiguidade no português brasileiro, já que, no Brasil, são pouco
usados os pronomes “teu” e “tua”. Veja o enunciado:

Pedro, eu tentava acalmar a Maria quando roubaram o seu carro.

Aqui fica difícil saber se o carro roubado era de Pedro ou de Maria.

Veja também: Os cinco erros mais cometidos por redatores

Diferenças entre polissemia e homonímia


A polissemia é um fenômeno linguístico que consiste na existência de
um termo com mais de um significado. Já a homonímia está
relacionada com palavras com mesma pronúncia e/ou mesma grafia;
porém, com significados diferentes. Os homônimos podem ser assim
classificados:

Homógrafos heterofônicos: mesma grafia e sons diferentes.


Ela não era muito fã do jogo de baralho.
Ela não era muito fã do jogo de baralho.
(substantivo)

Quando jogo baralho, esqueço meus problemas.


(verbo)

Homófonos heterográficos: mesmo som e grafias diferentes.

Este ano, devo responder a mais um censo do IBGE.


(recenseamento)

As pessoas aqui não têm bom senso.


(juízo, discernimento)

Homófonos homográficos: mesmo som e mesma grafia.

Cedo o meu direito a seu favor.


(verbo)

Acordei cedo para protestar.


(advérbio)

Então, você deve estar se perguntando se a palavra “cedo”, além de


homônima, é também polissêmica. A resposta é não. A polissemia
refere-se a apenas uma palavra com mais de um significado. Já a
homonímia consiste em duas ou mais palavras que têm a mesma
pronúncia e/ou a mesma grafia, mas significados diferentes. Portanto,
“cedo” e “cedo” são duas palavras diferentes, já que uma é verbo e a
outra, advérbio.

Analise estes enunciados:

Auriete é uma dama, por isso não deu uma resposta à altura da ofensa.

Auriete sabia que, no xadrez, a dama é quase tão importante quanto o


rei.

Nesse caso, “dama” é uma palavra só, pois, em ambos os exemplos, é


Nesse caso, “dama” é uma palavra só, pois, em ambos os exemplos, é
um substantivo; porém, possui significados diferentes — mulher de
família nobre (primeiro enunciado) e peça de xadrez (segundo
enunciado). Portanto, é uma palavra polissêmica.

Leia também: Diferença entre hiperônimos e hipônimos

Exercícios resolvidos
Questão 01 (Enem)

Essa pequena

Meu tempo é curto, o tempo dela sobra


Meu cabelo é cinza, o dela é cor de abóbora
Temo que não dure muito a nossa novela, mas
Eu sou tão feliz com ela
Meu dia voa e ela não acorda
Vou até a esquina, ela quer ir para a Flórida
Acho que nem sei direito o que é que ela fala, mas
Não canso de contemplá-la
Feito avarento, conto os meus minutos
Cada segundo que se esvai
Cuidando dela, que anda noutro mundo
Ela que esbanja suas horas ao vento, ai
Às vezes ela pinta a boca e sai
Fique à vontade, eu digo, take your time
Sinto que ainda vou penar com essa pequena, mas
O blues já valeu a pena

CHICO BUARQUE. Disponível em: www.chicobuarque.com.br. Acesso em: 31 jun. 2012.

O texto Essa pequena registra a expressão subjetiva do enunciador,


trabalhada em uma linguagem informal, comum na música popular.

Observa-se, como marca da variedade coloquial da linguagem presente


Observa-se, como marca da variedade coloquial da linguagem presente
no texto, o uso de

a) palavras emprestadas de língua estrangeira, de uso inusitado no


português.

b) expressões populares, que reforçam a proximidade entre o autor e o


leitor.

c) palavras polissêmicas, que geram ambiguidade.

d) formas pronominais em primeira pessoa.

e) repetições sonoras no final dos versos.

Resolução:

Alternativa “b”.

Nessa letra de música, o eu lírico usa expressões populares, como


“nossa novela”, “dia voa”, “anda noutro mundo”, “essa pequena”, “valeu a
pena”. Existem, no texto, palavras polissêmicas, como “novela”, “voa” e
“pena”; no entanto, elas não geram ambiguidade.

Questão 02 (Enem)
Na criação do texto, o chargista Iotti usa criativamente um intertexto: os
traços reconstroem uma cena de Guernica, painel de Pablo Picasso que
retrata os horrores e a destruição provocados pelo bombardeio a uma
pequena cidade da Espanha. Na charge, publicada no período de
Carnaval, recebe destaque a figura do carro, elemento introduzido por
Iotti no intertexto. Além dessa figura, a linguagem verbal contribui para
estabelecer um diálogo entre a obra de Picasso e a charge, ao explorar

a) uma referência ao contexto, “trânsito no feriadão”, esclarecendo-se o


referente tanto do texto de Iotti quanto da obra de Picasso.

b) uma referência ao tempo presente, com o emprego da forma verbal


“é”, evidenciando-se a atualidade do tema abordado tanto pelo pintor
espanhol quanto pelo chargista brasileiro.

c) um termo pejorativo, “trânsito”, reforçando-se a imagem negativa de


mundo caótico presente tanto em Guernica quanto na charge.
d) uma referência temporal, “sempre”, referindo-se à permanência de
d) uma referência temporal, “sempre”, referindo-se à permanência de
tragédias retratadas tanto em Guernica quanto na charge.

e) uma expressão polissêmica, “quadro dramático”, remetendo-se tanto


à obra pictórica quanto ao contexto do trânsito brasileiro.

Resolução:

Alternativa “e”.

Ocorre um diálogo entre a obra de Picasso e a charge, a qual diz que “O


trânsito no feriadão é sempre um quadro dramático!”. Nesse texto
verbal, ocorre a polissemia na expressão “quadro dramático”, que pode
tanto se referir a uma pintura quanto a uma situação dramática.

Questão 03 (Enem)

Disponível em: www.ivancabral.com. Acesso em: 27 fev. 2012.

O efeito de sentido da charge é provocado pela combinação de


informações visuais e recursos linguísticos. No contexto da ilustração, a
informações visuais e recursos linguísticos. No contexto da ilustração, a
frase proferida recorre à

a) polissemia, ou seja, aos múltiplos sentidos da expressão “rede social”


para transmitir a ideia que pretende veicular.

b) ironia para conferir um novo significado ao termo “outra coisa”.

c) homonímia para opor, a partir do advérbio de lugar, o espaço da


população pobre e o espaço da população rica.

d) personificação para opor o mundo real pobre ao mundo virtual rico.

e) antonímia para comparar a rede mundial de computadores com a


rede caseira de descanso da família.

Resolução:

Alternativa “a”.

Na frase, “rede social” pode se referir tanto a um site ou aplicativo


quanto à rede ocupada pelos integrantes da família. Portanto, é uma
expressão polissêmica.

Por Warley Souza


Professor de Gramática

Gostaria de fazer a referência De estudante para


Gostaria de fazer a referência De estudante para
deste texto em um trabalho estudante
escolar ou acadêmico? Veja:

SOUZA, Warley. "Polissemia"; Mande sua pergunta


Brasil Escola. Disponível em:
https://brasilescola.uol.com.br/gramatica/polissemia.htm.
Acesso em 01 de dezembro Ex: Quem descobriu o Brasil?
de 2022.

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Lista de exercícios
Exercício 1 Ver Todos Exerc

Entende-se por polissemia: Observe

a) conjunto de significados, cada um unitário, relacionados com uma mesma


forma, ou seja, a polissemia consiste em uma palavra que apresenta vários
significados.

b) É a tendência que o falante – culto ou inculto – revela em aproximar uma


palavra a um determinado significado, com o qual verdadeiramente não se
relaciona.

c) Erro no emprego de uma palavra em um contexto inapropriado de interação


verbal.
Encontr
d) Erro de sintaxe que torna a palavra incompreensível ou imprecisa, ou a
inadequação de se levar para uma variedade de língua a norma de outra a) vaca.

variedade.
b) huma

e) Colocação de uma expressão fora do lugar que logicamente lhe compete.


c) coste

d) radio

e) conve

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