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• Corrente 2 - A analogia deveria ser com o art. 33 da Lei do Inquilinato. Logo, quando do
desrespeito à preferência surgiria ao interessado a alternativa de reaver o bem para si,
depositando o preço e demais despesas do ato de transferência, desde que o direito de
superfície estivesse registrado há pelo menos trinta dias e o exercício do direito pelo
prejudicado se desse em até seis meses. Caso não mais houvesse interesse ao preterido de
reaver o bem para si, o mesmo art. 33 da Lei do Inquilinato lhe autorizaria o pedido de perdas
e danos.
• Corrente 3 - Seria o caso de se aplicar o art. 504 do CC: utilizar o direito de preferência
disciplinado no condomínio para, com isso, permitir no prazo decadencial de 180 dias para o
ajuizamento de ação de adjudicação.
A segunda tese vem ganhando ares de majoritária, ao superficiário que não foi
previamente notificado pelo proprietário para exercer o direito de preferência previsto no art.
1.373 do CC é assegurado o direito de, no prazo de seis meses, contado do registro da
alienação, adjudicar para si o bem mediante depósito do preço. Extinta a concessão por este
ou qualquer outro motivo proprietário passará a ter a propriedade plena sobre o terreno,
construção ou mesmo plantação, independentemente de indenização, se as partes não
houverem estipulado coisa distinta no contrato (CC, art. 1.375).
Havendo uma desapropriação o direito de superfície, por via de consequência, será
extinto. Nesse caso, o art. 1.376 do CC prevê cabível indenização tanto ao proprietário do
terreno, quanto ao superficiário no valor correspondente ao direito real de cada um. O
momento da desapropriação e as condições da concessão superficiário serão considerados
para fins da divisão do montante indenizatório (art. 1.376, CC), constituindo-se litisconsórcio
passivo necessário simples entre proprietário e superficiário.
Não caberá usucapião entre superficiário e proprietário, na medida em que o uso e a
fruição do terreno se darão sem animus domini, requisito essencial à prescrição aquisitiva. Por
fim, recorda-se que o direito de superfície será extinto: com o vencimento de seu termo, para
o caso de se ter um ajuste por tempo determinado; por descumprimento das obrigações
assumidas; resilição unilateral ou bilateral; causas gerais de extinção dos negócios jurídicos,
tais quais a consolidação, o perecimento, a desapropriação etc.