Você está na página 1de 67

72

 Gabinete de Estratégia e Planeamento (GEP),


Ministério da Solidariedade, Emprego e Segurança Social (MSESS)

CARTA SOCIAL – REDE DE SERVIÇOS E EQUIPAMENTOS 2014


Coordenação do GEP / MSESS
E-mail: cartasocial@gep.msess.pt
Página: www.cartasocial.pt; www.gep.msess.pt

ISBN: 978-972-704-392-7

Coordenação Editorial:
Direção de Serviços de Apoio Técnico e Documentação - DSATD
Praça de Londres, 2, 4.º
1049-056 Lisboa
Tel.: (+351) 595 33 05/ 23
E-mail: gep.cid@gep.msess.pt

Reservados todos os direitos para a língua portuguesa,


de acordo com a legislação em vigor por GEP/MSESS
Gabinete de Estratégia e Planeamento (GEP)
Praça de Londres, n.º 2 - 5.º andar
1049-056 Lisboa
Tel.: (+351) 211 155 000
Fax: (+351) 211 155 150

Equipa Multidisciplinar de Análise de Políticas e Economia Social


Coordenador do Trabalho: João Gonçalves
Equipa Técnica: Carina Metelo, Ana Gil
Colaboração: ISS, IP – Instituto da Segurança Social, IP (MSESS)
SCML – Santa Casa da Misericórdia de Lisboa (MSESS)
CPL – Casa Pia de Lisboa (MSESS)
Índice

1. Nota introdutória ............................................................................................................... 4


2. Caraterização geral da Rede de Serviços e Equipamentos ................................................ 5
2.1 - Entidades Proprietárias .............................................................................................. 5
2.2 - Equipamentos Sociais ............................................................................................... 6
2.3 - Respostas Sociais .................................................................................................... 10
3. Respostas sociais por população-alvo ............................................................................. 14
3.1 - Crianças e Jovens .................................................................................................... 14
3.2 - Crianças, Jovens e Adultos com deficiência ........................................................... 26
3.3 - Pessoas Idosas ......................................................................................................... 34
3.4 - Família e Comunidade ............................................................................................ 46
3.5 - Pessoas Toxicodependentes .................................................................................... 50
3.6 - Pessoas Infetadas pelo VIH/SIDA e suas Famílias ................................................. 52
3.7 - Pessoas com Doença do Foro Mental ou Psiquiátrico ............................................ 54
4. Despesas de funcionamento em serviços e equipamentos sociais: o esforço público ..... 56
ANEXOS ............................................................................................................................. 59
Nomenclaturas e Conceitos ............................................................................................. 60
4
Carta Social – Rede de Serviços e Equipamentos – Relatório 2014

1. Nota introdutória 1

A Rede de Serviços e Equipamentos Sociais (RSES) constitui-se como um elemento fun-


damental na promoção e desenvolvimento da proteção social, consubstanciada na oferta de
um conjunto alargado de respostas sociais, direcionadas, particularmente aos grupos mais
vulneráveis, tendo ainda um papel determinante no combate das situações de pobreza, as-
sim como de promoção da inclusão social e da conciliação entre a atividade profissional e
a vida pessoal e familiar.

Por sua vez, a Carta Social na sua vertente de estudo da dinâmica do setor social no âmbito
da RSES prosseguido pelas instituições de solidariedade social e demais entidades públicas
e privadas, apresenta-se como instrumento de informação privilegiado e de caraterização e
análise, fundamental para o processo de conceção e adequação das políticas sociais, no
apoio ao planeamento territorial e na preparação da tomada de decisão, afirmando-se tam-
bém como meio essencial na linha de informação ao cidadão.

Sempre com o intuito de disponibilizar mais e melhor informação, tem sido promovida,
junto das entidades que desenvolvem respostas sociais enquadradas na RSES, a atualização
da informação da Carta Social via eletrónica, o que tem possibilitado que as referidas enti-
dades acedam a uma plataforma informática através da internet que lhes permite atualizar
ou inserir novos elementos associados à atividade desenvolvida, modelo que para além de
desburocratizar o processo e reduzir os procedimentos administrativos, tem menos encar-
gos financeiros para o Estado.

O presente relatório, não se constituindo como um instrumento de divulgação estatística


nem de análise qualitativa, tem por base a informação obtida por referência a 31 de dezem-
bro de 2014, pretendendo dar a conhecer a dinâmica da evolução recente da RSES, apre-
senta as principais variáveis e indicadores de caraterização do comportamento das entida-
des, equipamentos sociais de suporte e das diferentes respostas sociais, assim como o es-
forço público que tem sido realizado ao nível do funcionamento.

1
No desenvolvimento deste Relatório, são utilizados indiscriminadamente os termos “valência” e “resposta social”.
5
Carta Social – Rede de Serviços e Equipamentos – Relatório 2014

2. Caraterização geral da Rede de Serviços e Equipamentos

2.1 - Entidades Proprietárias


Considera-se entidade proprietária, no âmbito da Rede de Serviços e Equipamentos Sociais
(RSES), qualquer entidade, individual ou coletiva a quem pertence (dono) um ou mais
equipamentos (instalações) onde se desenvolvem respostas sociais.

Entidades lucrativas e não lucrativas


No âmbito do relatório da Carta Social as entidades proprietárias de equipamentos sociais
são agrupadas segundo a natureza jurídica em entidades lucrativas e entidades não lucrati-
vas. As entidades não lucrativas compreendem as Instituições Particulares de Solidariedade
Social (IPSS), outras entidades sem fins lucrativos (entidades equiparadas a IPSS e outras
organizações particulares sem fins lucrativos), as Entidades Oficiais, que prosseguem fins
de ação social, os Serviços Sociais de Empresas e a Santa Casa da Misericórdia de Lisboa
(SCML). As entidades lucrativas congregam as entidades particulares com fins lucrativos.

O número de entidades proprie-


Evolução do número de entidades proprietárias segundo a natureza jurídica,
tárias de equipamentos sociais Continente 2000-2014¹
registou nos últimos anos um 4 500

4 000
desenvolvimento significativo,
3 500
quer as entidades lucrativas, co-
valores absolutos

3 000
mo as entidades não lucrativas.
2 500
O universo das entidades não 2 000
lucrativas, principal suporte no 1 500

âmbito da RSES, apresenta um 1 000

incremento moderado desde 500

0
2005, enquanto as entidades lu- 2000 2005 2010 2014
crativas registam um cres- Entidades lucrativas Entidades não lucrativas
Fonte: GEP-MSESS, Carta Social.
cimento mais acentuado desde
¹Nova série.
2000, ampliando o apoio social
existente para alguns grupos-
alvo.
6
Carta Social – Rede de Serviços e Equipamentos – Relatório 2014

Em 2014, por referência a 31 de dezembro, contabilizaram-se cerca de 5500 entidades


proprietárias de equipamentos sociais no Continente, das quais 70 % são entidades não
lucrativas.

Distribuição das entidades proprietárias, segundo a natureza jurídica,


Continente 2014¹

IPSS 62,41 %

Equiparada a IPSS
3,20%
Outras Organizações
Part. s/ fins Lucrativos
Entidades Entidades não 2,92 %
lucrativas lucrativas
Entidades Oficiais
30,5 % 69,5 %
0,93 %
SCML
0,02 %

Serviços Sociais de
Empresa
0,04 %

Fonte: GEP-MSESS, Carta Social.


¹Nova série.

2.2 - Equipamentos Sociais


No âmbito da Carta Social é considerado equipamento social, toda a estrutura física onde
se desenvolvem as diferentes respostas sociais ou estão instalados os serviços de enqua-
dramento de determinadas respostas.

Equipamentos sociais de entidades lucrativas e não lucrativas


O número de equipamentos Evolução do n.º de equipamentos, segundo a natureza jurídica
da entidade proprietária, Continente 2000-2014
sociais em funcionamento
7 000
apresenta em 2014 um cres-
6 000
cimento de 38 % por compa-
valores absolutos

5 000
ração a 2000, traduzindo-se
4 000
num aumento de cerca de
3 000
2300 novos equipamentos
2 000
desde o ano 2000.
1 000

2000 2005 2010 2014


Equipamentos de entidades lucrativas
Equipamentos de entidades não lucrativas
Fonte: GEP-MSESS, Carta Social.
7
Carta Social – Rede de Serviços e Equipamentos – Relatório 2014

Os equipamentos de entidades não lucrativas têm constituído o principal suporte da RSES


ao longo do período de análise, sendo que em 2014 representavam 79 % do número total
de equipamentos em funcionamento. Os equipamentos de entidades lucrativas registam
contudo, um crescimento na ordem dos 85 % no período 2000-2014, enquanto os equipa-
mentos de entidades não lucrativas apresentam no mesmo período um aumento que não vai
além dos 29 %.

Distribuição percentual dos equipamentos sociais, segundo a natureza jurídica da entidade proprietária,
por distrito e Continente 2014

100 %
90 %
80 %
70 %
60 %
50 %
40 % 20,8 %
30 %
20 %
10 % 79,2 %
0%

Equipamentos de entidades não lucrativas Equipamentos de entidades não lucrativas


Equipamentos de entidades lucrativas Equipamentos de entidades lucrativas

Fonte: GEP-MSESS, Carta Social.

A distribuição da oferta de equipamentos a nível distrital confirma a superioridade do nú-


mero de equipamentos de entidades não lucrativas. Apesar disso, os distritos de Faro
(21,5%), Leiria (30,8 %), Lisboa (33,9 %), Porto (27,5 %) e Setúbal (35,3 %), apresentam
um peso de equipamentos de entidades lucrativas acima de 20 %.

No ano de 2014, em média, por cada quatro equipamentos de entidades não lucrativas (re-
de solidária e rede pública), corresponde um de entidades lucrativas, proporção que se tem
mantido constante.
8
Carta Social – Rede de Serviços e Equipamentos – Relatório 2014

Distribuição espacial dos equipamentos sociais por concelho


A implantação diferenciada de equipamen- Distribuição espacial dos equipamentos sociais,
por concelho 2014
tos sociais no Continente espelha as assime-
trias na distribuição populacional do territó-
rio. Os concelhos localizados ao longo da
faixa litoral concentram um maior número
de equipamentos, mas também o interior
norte, visivelmente mais envelhecido.

Em 2014, a totalidade dos municípios do


Continente detinha equipamentos sociais,
sendo a oferta superior a 10 equipamentos
em 202 municípios.

Fonte: GEP-MSESS, Carta Social.

Peso dos equipamentos sociais e da população residente por distrito


A distribuição percentual dos Distribuição percentual dos equipamentos sociais e da população residente,
por distrito 2014
equipamentos sociais e da popula-
25
ção residente por distrito revela
20
uma distribuição relativamente
15
equitativa.
%
Os distritos de Aveiro, Braga, 10

Faro, Lisboa, Porto e Setúbal 5

apresentam o maior peso de popu-


0
lação residente em relação aos
equipamentos existentes.

População Equipamentos

Fonte: GEP-MSESS, Carta Social.


INE, Estimativas da População Residente para 2014.
9
Carta Social – Rede de Serviços e Equipamentos – Relatório 2014

Equipamentos sociais novos e encerrados


O número de equipamentos no- Evolução do n.º de equipamentos sociais novos e encerrados,
Continente 2010-2014
vos e encerrados tem registado
350
alguma flutuação no período
300
2010-2014. Após um elevado
250

valores absolutos
crescimento em 2013, o número
200
de equipamentos novos regista
150
em 2014 uma queda acentuada.
100
Por outro lado, verifica-se um
50
ligeiro aumento do número de
0
equipamentos encerrados em 2010 2011 2012 2013 2014
2014 por comparação ao ano de Equipamentos novos Equipamentos encerrados

2013. Fonte: GEP-MSESS, Carta Social.

À exceção de Coimbra, Évora e


Viseu, o saldo entre equipamentos
Distribuição do n.º de equipamentos sociais novos e encerrados,
novos e encerrados é positivo em por distrito, 2014

2014 em todos os restantes distri- 45


40
tos. 35
30
valores absolutos

25
Lisboa contínua a constituir o ter- 20
ritório com o maior volume de 15
10
novos equipamentos, seguido do
5
Porto e Setúbal. 0

Equipamentos novos Equipamentos encerrados


Fonte: GEP-MSESS, Carta Social.
10
Carta Social – Rede de Serviços e Equipamentos – Relatório 2014

Distribuição percentual dos equipamentos sociais novos, Distribuição percentual dos equipamentos sociais encerrados,
segundo a natureza jurídica da entidade proprietária, segundo a natureza jurídica da entidade proprietária,
Continente 2014 Continente 2014

33,3 %
47,9 % 52,1 %
66,7 %

Equipamentos de entidades não lucrativas Equipamentos de entidades não Lucrativas


Equipamentos de entidades lucrativas Equipamentos de entidades lucrativas

Do total de equipamentos novos que entraram em funcionamento em 2014, 52,1 % perten-


ce a entidades não lucrativas. No que diz respeito aos equipamentos que encerraram duran-
te o ano de 2014, 66,7 % eram propriedade destas entidades, face a 33,3 % pertencentes a
entidades lucrativas.

2.3 - Respostas Sociais


Respostas sociais por população-alvo
O crescimento do número de Evolução do n.º de respostas sociais por população-alvo,
Continente 2000-2014
respostas sociais que integram
8 000
a RSES situou-se em 2014 em 7 000
38 %, por referência ao ano de 6 000
valores absolutos

2000, valor que traduz um 5 000

acréscimo superior a 3800 4 000

novas respostas. 3 000

2 000

1 000
As respostas dirigidas às pes-
0
soas com deficiência constitu- Crianças e Crianças, Pessoas Família e Outras
Jovens Jovens e Idosas Comunidade
em o grupo de respostas que Adultos com
Deficiência
apresentam o maior crescimen-
2000 2005 2010 2014
to (86 %) no período de análi- Fonte: GEP-MSESS, Carta Social.

se (2000-2014), seguindo-se as
11
Carta Social – Rede de Serviços e Equipamentos – Relatório 2014

respostas dirigidas às Pessoas Idosas (49 %). O apoio ao grupo das crianças e jovens, no
âmbito da RSES, revela um aumento no mesmo período de 22 %, o que corresponde a um
aumento de 809 novas respostas.

As respostas dirigidas às Pessoas Idosas Distribuição percentual das respostas sociais por população-alvo,
Continente 2014
representam 54 % do número total de 0,5 % 0,3 % Crianças e Jovens
4,5 % 0,4 %
respostas da RSES, o que reflete as
Crianças, Jovens e Adultos
necessidades de apoio à população com Deficiência
Pessoas Idosas
idosa, cujo grupo etário tem aumentado Crianças e
Jovens
de forma acentuada na população Família e Comunidade
32,9 %
Pessoas
residente, sendo mais evidente no Idosas Pessoas
54,7 % Toxicodependentes
interior do país. Contrariamente, as
Pessoas Infectadas com
6,7 % VIH/Sida
respostas para as Crianças e Jovens têm
Pessoas com Doença do
apresentado um peso decrescente no Foro Mental
universo das respostas, embora registem Fonte: GEP-MSESS, Carta Social.

um crescimento significativo em termos absolutos.

Distribuição espacial das respostas sociais por população-alvo


A distribuição espacial de respostas Distribuição espacial das respostas sociais por população-alvo
Continente 2014
sociais no território continental repro-
duz o padrão de distribuição populaci-
onal. A maior concentração encontra-
se nos territórios de maior densidade
populacional, designadamente na faixa
litoral norte e na área metropolitana de
Lisboa.

Como referido anteriormente, as


respostas destinadas à população idosa
e às crianças e jovens são as que apre-
sentam maior disseminação no territó-
Respostas sociais por população-alvo:
rio continental.

Fonte: GEP-MSESS, Carta Social.


12
Carta Social – Rede de Serviços e Equipamentos – Relatório 2014

Evolução do número de respostas sociais novas,


Respostas sociais novas Continente 2010-2014
Em 2014 verificou-se um decréscimo 700

do número de respostas sociais que 600

valores absolutos
entraram em funcionamento nesse ano. 500

400
A disponibilidade financeira das insti-
300
tuições, resultado do atual contexto
200
socioeconómico do país, a par de mai-
100
or contenção das despesas por parte
0
das famílias, são fatores que poderão 2010 2011 2012 2013 2014
Respostas sociais novas
explicar esta situação.
Fonte: GEP-MSESS, Carta Social.

Os distritos de Lisboa, Porto, Santa- Distribuição do número de respostas sociais novas,


por distrito 2014
rém e Setúbal lideram a dinâmica de 100
criação de novas respostas em 2014, 90
80
valores absolutos

reunindo cerca de 50 % das respostas 70


60
que entraram em funcionamento.
50
40
30
20
10
0

Fonte: GEP-MSESS, Carta Social.

Distribuição percentual do número de respostas sociais novas, Distribuição do número de respostas sociais novas, segundo a
segundo a natureza jurídica da entidade proprietária, natureza jurídica da entidade proprietária,
Continente 2014 por distrito 2014
120

100
Valores Absolutos

80

25,9 % 60

40

20
74,1 %
0

Respostas sociais de entidades não lucrativas


Respostas sociais de entidades lucrativas

Respostas sociais de entidades lucrativas


Fonte: GEP-MSESS, Carta Social.
Respostas sociais de entidades não lucrativas
Fonte: GEP-MSESS, Carta Social.
13
Carta Social – Rede de Serviços e Equipamentos – Relatório 2014

As entidades não lucrativas apresentam em 2014 um maior número de respostas so-


ciais novas (74 %), seguindo a tendência dos anos anteriores. Ainda assim, é de des-
tacar que 26 % das respostas que entraram em funcionamento pertencem a entidades
lucrativas. A nível distrital, à exceção de Setúbal, verifica-se um peso superior de
novas respostas de entidades não lucrativas em todos os distritos.

Distribuição percentual das respostas sociais novas,


por tipologia, Continente 2014
A Estrutura Residencial para Pessoas
Lar Residencial Residência
Idosas (ERPI) (23 %), a Creche (20 %) Centro de Autónoma
4,8 %
Atividades 3,6 % Estrutura
e o Serviço de Apoio Domiciliário Ocupacionais
Residencial
4,8 %
para pessoas idosas (SAD) (19 %) fo- Apartamento p/pessoas
de Reinserção idosas
ram as respostas que em 2014 entra- Social 23,0 %
5,4 %
ram em funcionamento em maior nú- Centro de
Atividades de
mero, representando mais de 50 % do Tempos Livres Creche
9,8 % 19,7 %
universo das novas respostas.
Centro de Dia
9,9 % Serviço de
Apoio
Domiciliário
19,0 %

Fonte: GEP-MSESS, Carta Social.

Relação entre a capacidade instalada e o número de utentes


A capacidade das respostas que Evolução da capacidade e dos utentes
Continente 2000-2014
compõem a RSES tem
1 000 000
apresentado um crescimento 900 000
800 000
significativo (93 %) ao longo do
700 000
Valores absolutos

período de análise (2000-2014), 600 000


o que se traduz num aumento de 500 000
400 000
cerca de 380 000 lugares desde
300 000
↑ 93 % Capacidade
2000, totalizando quase 800 000 200 000 ↑ 54 % Utentes
(2014/2000)
lugares de oferta em 2014. O 100 000
0
número de utentes/utilizadores 2000 2005 2010 2014

das respostas da RSES tem Capacidade Utentes

Fonte: GEP-MSESS, Carta Social.


acompanhado este crescimento,
ultrapassando já os 650 000.
14
Carta Social – Rede de Serviços e Equipamentos – Relatório 2014

3. Respostas sociais por população-alvo


3.1 - Crianças e Jovens
Evolução do número de respostas sociais para as Crianças e Jovens,
Respostas sociais e capacidades Continente 2000-2014
3 000
Entre os anos de 2000 e 2014 as
2 500

valores absolutos
respostas sociais dirigidas às Crianças
2 000
e Jovens apresentaram um cres-
1 500
cimento de 19 %, o que se traduziu
1 000
num aumento superior a 700 novas res-
500
postas desde 2000, totalizando 4569
0
respostas em 2014. A Creche constitui Creche Centro de Lar de Infância e Centro de
Atividades de Juventude Acolhimento
a valência, no âmbito deste grupo-alvo Tempos Livres Temporário

e no universo das respostas da RSES 2, 2000 2005 2010 2014

com maior expressão e procura por Fonte: GEP-MSESS, Carta Social.

parte das famílias, registando um


Evolução do número de respostas de Creche,
incremento muito significativo ao Continente 2000-2014
3 000
longo do período de análise. 2 633
2 500
valores absolutos

2 000
A Creche, estando direcionada para o
apoio à primeira infância (0-3 anos de 1 500
1 619
idade), regista um aumento entre 2000 1 000

e 2014 de 67 %, resultando em 1000 500


novas respostas. Do total de Creches 0
em funcionamento em 2014, 74 % 2000 2005 2010 2014
Distribuição percentual do número de respostas de Creche,
eram desenvolvidas em equipamentos Fonte: GEP-MSESS, Carta Social.
segundo a natureza jurídica da entidade proprietária,
Continente 2014
de entidades não lucrativas, maiori-
tariamente da rede solidária, com
acordos de cooperação estabelecidos
26 %
com o MSESS, o que demonstra o peso
deste setor no âmbito do apoio à
74 %
primeira infância.

Creches de entidades lucrativas


Creches de entidades não lucrativas
Fonte: GEP-MSESS, Carta Social.
2
As valências da tutela do Ministério da Educação e Ciência não são consideradas neste relatório.
15
Carta Social – Rede de Serviços e Equipamentos – Relatório 2014

À semelhança do número de Evolução da capacidade das respostas sociais para as Crianças e Jovens,
Continente 2000-2014
respostas, verifica-se um desen- 1000 000
volvimento muito positivo da 100 000

Escala Logarítimica
capacidade (número de lugares) das 10 000
respostas dirigidas a este grupo-alvo 1 000
no período em análise. Em 2014, por 100
comparação a 2000, registou-se um 10
aumento de 25 % do número total de 1
Creche Centro de Lar de Infância e Centro de
lugares disponíveis nas respostas para Atividades de Juventude Acolhimento
Tempos Livres Temporário
as Crianças e Jovens.
2000 2005 2010 2014
Fonte: GEP-MSESS, Carta Social.

Ao nível da Creche, o número de lu-


Evolução da capacidade, n.º de utentes e n.º utentes em acordo
gares (capacidade) entre 2000-2014 da resposta social Creche,
Continente 2000-2014
apresenta um crescimento de 100 %, o 140 000
que se traduz num aumento de 57 649
120 000 114 807
lugares. O número total de crianças
valores absolutos

100 000
que frequentam esta resposta, bem
80 000
como o número de lugares com acordo
60 000
de cooperação têm seguido a mesma 57 399
40 000
tendência de crescimento, embora
20 000
desde 2010 revelem um ligeiro abran-
0
damento.
2000 2005 2010 2014
Capacidade N.º utentes Utentes em acordo
Fonte: GEP-MSESS, Carta Social.
Em 2014, o número de lugares em
Creche em equipamentos de entidades
Distribuição percentual da capacidade da resposta de Creche,
segundo a natureza jurídica da entidade proprietária,
não lucrativas correspondia a 79 % do Continente 2014
total de lugares, valor que reflete o pe-
so do setor social no apoio à primeira
21 %
infância.

79 %

Capacidade em creches de entidades lucrativas


Capacidade em creches de entidades não lucrativas
Fonte: GEP-MSESS, Carta Social.
16
Carta Social – Rede de Serviços e Equipamentos – Relatório 2014

População residente até 3 anos de idade

Relação entre a população dos 0 aos 3 anos e a população total,


por distrito e concelho 2014

por distrito:

por concelho:

Fonte: INE, Estimativas da População Residente para 2014.

Os territórios no Continente com maior percentagem de crianças com menos de 3 anos de


idade localizam-se ao longo da faixa litoral, com especial incidência na área metropolitana
de Lisboa e Algarve. O interior norte do país revela pelo contrário, as menores percenta-
gens de crianças.

É de destacar que em 15 distritos a percentagem de crianças até aos 3 anos de idade no


conjunto da população residente é inferior a 2,5 %, valor este que se observa também em
234 concelhos.
17
Carta Social – Rede de Serviços e Equipamentos – Relatório 2014

Distribuição espacial das respostas sociais por concelho


A faixa litoral norte e centro do território conti- Distribuição espacial das respostas sociais para as
Crianças e Jovens, por concelho 2014
nental concentra a maioria das respostas para as
Crianças e Jovens.

Do total de municípios do Continente, 274 dis-


punha de respostas sociais dirigidas a este gru-
po-alvo, dos quais 161 oferecia 5 ou mais res-
postas.

Distribuição percentual da resposta social Creche, por natureza


jurídica da entidade proprietária e distrito 2014 Fonte: GEP-MSESS, Carta Social.

Ao nível da natureza jurídica das entidades


proprietárias destes equipamentos, a oferta
de Creche é providenciada maioritaria-
mente por entidades não lucrativas na ge-
neralidade dos distritos. Ainda assim, os
distritos de Lisboa (43 %), Setúbal (42 %),
Porto (34 %) e Leiria (31 %), apresentam
um peso acima dos 30 % de creches da
rede privada/lucrativa.

Fonte: GEP-MSESS, Carta Social.


18
Carta Social – Rede de Serviços e Equipamentos – Relatório 2014

A resposta social Ama


A resposta social Ama, enquadrada nos Centros Distritais do Instituto da Segurança Social,
IP, na Santa Casa da Misericórdia de Lisboa ou em IPSS é desenvolvida através de um
serviço prestado por pessoa idónea que apoia as famílias através do acolhimento das crian-
ças durante um período de tempo correspondente ao trabalho ou impedimento dos pais.

Número de amas e crianças acolhidas Evolução do número de amas e de crianças acolhidas,


Continente 2000-2014
O número de Amas e de crianças aco- 6 000
lhidas apresenta uma descida desde
5 000

Valores absolutos
2005.
4 000

3 000
Em 2014, a média de crianças acolhidas
por Ama fixou-se em 3,7 crianças, valor 2 000

que está em linha com os anos anterio- 1 000

res e que se enquadra dentro dos parâ- 0


2000 2005 2010 2014
metros definidos na lei (permitido um
N.º de amas N.º de crianças
máximo de quatro crianças/ama).
Fonte: GEP-MSESS, Carta Social.

Peso relativo das respostas sociais para a Primeira Infância


A distribuição espacial da resposta Ama (Creche e Ama) segundo o número de crianças acolhidas,
por distrito 2014
tem-se diferenciado das restantes
100 %
respostas, existindo oferta apenas em
80 %
alguns distritos. Bragança (14,3 %), Se-
60 %
túbal (10,8 %) e Santarém (10,3 %) são
os distritos com maior peso de crianças 40 %

acolhidas em Ama. 20 %

0%

Crianças em Ama Crianças em Creche

Fonte: GEP-MSESS, Carta Social.


19
Carta Social – Rede de Serviços e Equipamentos – Relatório 2014

Taxa de cobertura das respostas sociais


A cobertura de respostas de apoio à Evolução da taxa de cobertura das respostas sociais Creche e Ama,
Continente 2006-2014
primeira infância (Creche e Ama)
100
apresenta um crescimento muito posi-
tivo entre 2006-2014, registando um 80

aumento de 85 %.
60
49,2 %
%

A taxa de cobertura média no Conti- 40

nente em 2014 fixou-se em 49,2 %, 20


33 % meta de Barcelona
26,7 %
traduzindo um aumento de 6 pontos
0
percentuais relativamente a 2013 e um 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014
aumento de cerca de 2000 novos luga- Fonte: INE, Estimativas da População Residente para 2014.
GEP-MSESS, Carta Social.
res em Creche.

Os desenvolvimentos verificados no Taxa de cobertura das respostas sociais Creche e Ama,


por concelho 2014
âmbito das respostas de apoio à 1ª
infância têm conduzido a um crescimen-
to contínuo da cobertura destas respos-
tas, embora a diminuição da população
residente até aos 3 anos de idade tenha
igualmente um peso importante.
Do total de concelhos do território con-
tinental, 214 registaram em 2014 uma
taxa de cobertura acima de 40 %.

Fonte: INE, Estimativas da População Residente para 2014.


GEP-MSESS, Carta Social.
20
Carta Social – Rede de Serviços e Equipamentos – Relatório 2014

Taxa de utilização das respostas sociais


A utilização das respostas sociais Evolução da taxa de utilização das respostas sociais para as
Crianças e Jovens, Continente 2000-2014
para Crianças e Jovens tem apre-
100
sentado uma diminuição no perí-
odo 2000-2014. À exceção do 80

Centro de Acolhimento Tempo-


60
rário (89,4 %), todas as respostas %
registam uma taxa de utilização 40

abaixo dos 80 %, inclusive a


20
Creche (80,4 %).
0
2000 2005 2010 2014

Embora se verifique um aumento Creche Centro de Atividades de Tempos Livres


Lar de Infância e Juventude Centro de Acolhimento Temporário
do número de lugares, acompa-
Fonte: GEP-MSESS, Carta Social.
nhado pelo crescimento a um
ritmo mais baixo do número de Evolução do n.º de crianças dos 0-3 anos e do n.º de utentes em Creche,
Continente 2000-2014
crianças que frequentam a res-
350 000
posta Creche, a redução do nú-
300 000
mero de crianças residentes até
250 000
valores absolutos

aos 3 anos de idade, em conse-


quência da quebra da natalidade 200 000

dos últimos anos, poderá explicar 150 000

o decréscimo da utilização desta 100 000

resposta e eventualmente dificul- 50 000


dades financeiras sentidas pelas 0
famílias. 2000 2005 2010 2014
N.º crianças 0-3 anos Utentes em creche

Fonte: INE, Estimativas da População Residente para 2014.


GEP-MSESS, Carta Social.
21
Carta Social – Rede de Serviços e Equipamentos – Relatório 2014

Taxa de utilização das respostas sociais Creche e Ama,


A utilização das respostas Creche e Ama revela por concelho 2014
alguma assimetria ao longo do território
continental, sendo notória a menor utilização
nos concelhos do interior do país, territórios
com menor percentagem de crianças.

É de destacar que do total de concelhos do


Continente, apenas 128 (46 %) regista uma taxa
de utilização superior a 80 %.

Fonte: GEP-MSESS, Carta Social.

Evolução da taxa de cobertura e da taxa de utilização


das respostas sociais Creche e Ama,
Continente 2006-2014
100 Se por um lado, a taxa de cobertura das
80,4 respostas para a 1.ª infância tem revelado
80
um desenvolvimento significativo nos
60
49,2 últimos anos, a taxa de utilização, tal
%
40 como foi referido atrás, tem apresentado
20 uma quebra acentuada, pelos fatores
também já mencionados.
0
2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014
Taxa de cobertura Taxa de utilização

Fonte: INE, Estimativas da População Residente para 2014.


GEP-MSESS, Carta Social.
22
Carta Social – Rede de Serviços e Equipamentos – Relatório 2014

Evolução da taxa de cobertura e da taxa de utilização das respostas


sociais Creche e Ama, por natureza jurídica da entidade proprietária, Quanto à natureza jurídica da entidade
Continente 2006-2014
proprietária, verifica-se que a taxa de
100
84,9 utilização tem vindo a decrescer quer em
80 Taxa de Utilização
63,4
respostas de equipamentos de entidades
60 não lucrativas, quer em respostas de
% 39,2
40 equipamentos de entidades lucrativas.
Taxa de Cobertura Embora apresente uma diminuição, a
20 10,0
utilização de creches de entidades não
0
2000 2005 2010 2011 2012 2013 2014 lucrativas regista uma taxa acima dos 80 %
Taxa de cobertura entidades lucrativas
Taxa de cobertura entidades não lucrativas
(84,9 %).
Taxa de utilização entidades lucrativas
Taxa de utilização entidades não lucrativas
Em sentido contrário a cobertura destas

Fonte: INE, Estimativas da População Residente para 2014. respostas tem observado um crescimento
GEP-MSESS, Carta Social.
significativo, sendo que as entidades não
lucrativas registam níveis de oferta
superiores às restantes, apresentado em
2014 uma taxa de cobertura de 39,2 %.
Funcionamento da resposta Creche
Distribuição percentual das Creches por âmbito geográfico de Distribuição percentual das Creches por âmbito geográfico de
funcionamento, Continente 2014 funcionamento e natureza jurídica da entidade proprietária,
Continente 2014
3,3 % 100 %

80 %
15,6 %
19,7 % 60 %

40 %

20 %
61,4 %

0%
continente distrito concelho freguesia creches de entidades lucrativas creches de entidades não
lucrativas
continente distrito concelho freguesia
Fonte: GEP-MSESS, Carta Social. Fonte: GEP-MSESS, Carta Social.

No ano 2014, do total de creches em funcionamento, 61 % acolhia crianças do próprio


concelho onde a Creche está instalada e 20 % do distrito onde se situa o equipamento. A
frequência maioritária de crianças do próprio concelho onde está fixada a Creche prevalece
tanto em equipamentos de entidade lucrativas como de entidades não lucrativas.
23
Carta Social – Rede de Serviços e Equipamentos – Relatório 2014

Os dias úteis da semana continuam a ser o Distribuição percentual das Creches, por período de funcionamento,
Continente 2014
período de funcionamento que a maioria
0,2 % 0,4 %
das Creches (99 %) pratica. Ainda assim,
uma pequena percentagem de equi-
pamentos já funciona também ao sábado
(0,2 %) e todos os dias (0,4 %).

99,4 %

Dias úteis da semana Dias úteis e sábado Todos os dias

Fonte: GEP-MSESS, Carta Social.

Distribuição percentual das Creches com encerramento Distribuição percentual das Creches com encerramento
para férias, Continente 2014 para férias, por natureza jurídica da entidade proprietária Continente
2014
100 %

80 %
não
encerram 60 %
34,0 %
40 %

20 %
encerram
66,0 % 0%
creches de entidades lucrativas creches de entidades não
lucrativas

não encerram encerram

Fonte: GEP-MSESS, Carta Social. Fonte: GEP-MSESS, Carta Social.

Do total de Creches em funcionamento, 66 % encerra para férias, principalmente durante o


mês de Agosto (ou parte do mês). Porém, ao nivel das creches de entidades lucrativas, 55%
mantém-se abertas ao longo de todo o ano.

Em 2014, a abertura da maioria das creches (84 %) decorria entre as 7h01 e as 8h00, 54 %
das quais até às 7h30. Relativamente ao encerramento, o período entre as 18h01 e as 19h00
era o mais utilizado (55 %), seguindo-se o período entre as 19h01 e as 20h00 (40 %). De
referir que a abertura antes das 7h00 já se verifica em 15 % das creches, o que poderá per-
mitir uma melhor gestão dos tempos de trabalho e das responsabilidades familiares.
24
Carta Social – Rede de Serviços e Equipamentos – Relatório 2014

Distribuição percentual das Creches por horário de abertura, Distribuição percentual das Creches por horário de encerramento,
Continente 2014 Continente2014

Depois das Depois das Antes das


8h31 21h01 17h00
8h01 às Antes das 0,2 %
0,1 % 0,1 %
8h30 6h30 17h01 às
1,4 % 0,5 % 20h01 às 18h00
21h00 4,6 %
6h31 às 0,1 %
7h00
7h31 às 14,0 %
8h00 18h01 às
29,7 % 19h00
19h01 às 54,6 %
20h00
7h01 às 40,4 %
7h30
54,3 %

Fonte: GEP-MSESS, Carta Social. Fonte: GEP-MSESS, Carta Social.

O número de creches em funcionamento até 12 horas diárias representava em 2014 85,4 %


do universo, enquanto 11,2 % ultrapassavam as 12 horas. No que concerne ao tempo mé-
dio de permanência das crianças nesta resposta, em 46 % das creches este situa-se entre as
4 e as 8 horas e 45 % entre as 8 e as 10 horas.

Distribuição percentual das Creches por número de horas Distribuição percentual das Creches por tempo médio de
em funcionamento, Continente 2014 permanência diária das crianças,
Continente 2014
> 12 6 a 10 0 a 4 horas
horas horas > 10 horas 0,2 %
11,2 % 3,4 % 8,4 %

>4a8
horas
46,1 %
> 10 a 12 > 8 a 10
horas horas
85,4 % 45,3 %

Fonte: GEP-MSESS, Carta Social. Fonte: GEP-MSESS, Carta Social.


25
Carta Social – Rede de Serviços e Equipamentos – Relatório 2014

Caraterização dos Utentes em Creche


Em 2014, 51 % das crianças Distribuição percentual dos utentes em Creche por escalão etário,
Continente 2014
que frequentavam a resposta
3 anos
Creche tinham idade igual ou 100 %
90 %
inferior a 1 ano de idade, das
80 %
quais 17 % tinham menos de 2 anos
70 %
um ano de idade. As crianças 60 %
50 %
com 2 anos de idade represen-
40 %
tavam cerca de 45 % do total 1 ano
30 %

de crianças. 20 %
10 % < 1 ano
0%
Fonte: GEP-MSESS, Carta Social.

Distribuição percentual dos utentes em Creche por escalão etário


A nível distrital não se verifi- e distrito 2014
0% 20 % 40 % 60 % 80 % 100 %
cam grandes variações na dis-
Aveiro
tribuição das crianças em Cre- Beja
Braga
che por idade, observando-se Bragança
Castelo Branco
apenas em alguns distritos uma Coimbra
Évora
percentagem superior de crian- Faro
Guarda
ças com mais idade (2 e 3 Leiria
Lisboa
anos). Portalegre
Porto
Santarém
Setúbal
Viana do Castelo
Vila Real
Viseu
< 1 ano 1 ano 2 anos 3 anos

Fonte: GEP-MSESS, Carta Social.


26
Carta Social – Rede de Serviços e Equipamentos – Relatório 2014

3.2 - Crianças, Jovens e Adultos com deficiência


Respostas sociais e capacidades Evolução das respostas sociais para as Crianças, Jovens
e Adultos com deficiência, Continente 2000-2014
As respostas sociais destinadas
ao apoio às Crianças, Jovens e 450

Adultos com deficiência têm 400


350
apresentado ao longo do período 300

valores absolutos
de análise um desenvolvimento 250
200
muito positivo (68 %), traduzin-
150
do-se em cerca de 350 novas 100
50
respostas desde 2000.
0
O Centro de Atividades Ocupa- Intervenção Centro de Lar Serviço de Residência CAAAPD
Precoce Atividades Residencial Apoio Autónoma
cionais (CAO) e o Lar Residen- Ocupacionais Domiciliário

cial consistem nas respostas que 2000 2005 2010 2014

apresentam o maior nível de Fonte: GEP-MSESS, Carta Social.


crescimento (66 % e 115 % res-
petivamente) entre 2000 e 2014 Evolução da capacidade das respostas sociais para as
Crianças, Jovens e Adultos com deficiência, Continente 2000-2014
e com maior representatividade.
16 000
14 000
No que diz respeito ao número
12 000
Valores absolutos

de lugares (capacidade), verifi- 10 000


ca-se, igualmente, um incremen- 8 000
6 000
to significativo (104 %), refle-
4 000
tindo-se num aumento superior
2 000
a 19 000 novos lugares entre 0
Intervenção Centro de Lar Serviço de Residência CAAAPD
2000 e 2014. Precoce Atividades Residencial Apoio Autónoma
Ocupacionais Domiciliário

2000 2005 2010 2014


A Intervenção Precoce, o Lar
Residencial, o CAO e o Centro Fonte: GEP-MSESS, Carta Social.

de Atendimento, Acompanhamento e Animação para Pessoas com Deficiência (CAAAPD)


são as respostas com aumento mais significativo. É de destacar o crescimento expressivo
do CAAAPD, resposta relativamente nova que visa o apoio e orientação de pessoas com
deficiência através da promoção do desenvolvimento de competências, bem como de ativi-
dades de animação sociocultural.
27
Carta Social – Rede de Serviços e Equipamentos – Relatório 2014

Distribuição espacial das respostas sociais por distrito


A distribuição espacial no território continental Distribuição espacial das respostas sociais para as
Crianças, Jovens e Adultos com deficiência,
de respostas sociais para Crianças, Jovens e por distrito 2014

Adultos com deficiência revela algumas dispa-


ridades. Apesar disso, todos os distritos do
Continente registam respostas para esta popula-
ção-alvo.

Os distritos de Braga, Porto, Aveiro, Coimbra,


Lisboa e Setúbal concentram 60 % das respos-
tas para este grupo, sendo que os distritos do
interior do país apresentam o menor peso de
respostas.

Fonte: GEP-MSESS, Carta Social.

Taxa de cobertura das respostas sociais


Ao longo do período de análise Evolução da Taxa de cobertura das respostas Lar Residencial, Centro de
Atividades Ocupacionais e Serviço de Apoio Domiciliário para pessoas com
(2006-2014) a cobertura de respostas deficiência, Continente 2006-2014¹
10
dirigidas a pessoas com deficiência
revela um incremento significativo 8

(40 %), resultando num aumento su-


6
perior a 6100 novos lugares desde %
3,8 %
2006. 4
2,7 %

2
Por consequência, em 2014, a taxa de
0
cobertura média no Continente das 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014

principais respostas para esta popula- Fonte: INE, Estimativas da População Residente para 2014.
GEP-MSESS, Carta Social.
¹Série revista.
28
Carta Social – Rede de Serviços e Equipamentos – Relatório 2014

Taxa de cobertura das respostas sociais Lar Residencial,


ção-alvo (Lar Residencial, CAO e SAD para Centro de Atividades Ocupacionais e Serviço de Apoio Domiciliário
para pessoas com deficiência, por distrito 2014
pessoas com deficiência) fixou-se em 3,8 %,
correspondendo a um aumento de cerca de
1200 lugares por referência a 2013.

A nível distrital, verifica-se que os distritos


do interior norte e centro apresentam uma
melhor cobertura de respostas para pessoas
com deficiência. Do total de distritos do terri-
tório continental, 10 registam uma taxa de
cobertura acima da média.

Porto, Vila Real, Faro e Setúbal constituem


os distritos com um nível de cobertura mais
baixo neste âmbito, refletindo uma taxa que
não vai além dos 3 %.

Fonte: INE, Estimativas da População Residente para 2014.


Taxa de utilização das respostas sociais GEP-MSESS, Carta Social.

Relativamente à utilização das respos-


tas para as Crianças, Jovens e Adultos Evolução da taxa de utilização das respostas sociais para as
Crianças, Jovens e Adultos com deficiência, Continente 2000-2014
com deficiência regista-se uma taxa de
100
utilização média em 2014 de 92 %, o
80
que revela a elevada procura que estas
respostas têm. 60
%
Em 2014, o Lar Residencial (95 %), a 40

Intervenção Precoce (94 %) e o CAO 20


(92 %) são as valências com taxas de
0
utilização mais elevadas. A Residência 2000 2005 2010 2014
Intervenção Precoce Centro de Atividades Ocupacionais
Autónoma tem visto aumentar o núme- Lar Residencial Serviço de Apoio Domiciliário
Residência autónoma
ro de utentes significativamente, sendo
Fonte: GEP-MSESS, Carta Social.
que em 2014 a taxa de utilização fixou-
se em 84 %, contra 67 % em 2010.
29
Carta Social – Rede de Serviços e Equipamentos – Relatório 2014

Ao nível distrital, ainda que apresente Taxa de utilização das respostas sociais Lar Residencial, Centro
de Atividades Ocupacionais e Serviço de Apoio Domiciliário para
algumas diferenças, a taxa de utilização pessoas com deficiência,
por distrito 2014
das principais respostas para as Crian-
ças, Jovens e Adultos com deficiência
regista uma utilização acima dos 80 %
em todos os distritos do Continente,
sendo que em 11 distritos os valores são
superiores a 90 %.

Fonte: GEP-MSESS, Carta Social.

Funcionamento da resposta Centro de Atividades Ocupacionais


Do universo de respostas CAO em fun- Distribuição percentual da resposta CAO por âmbito geográfico
de funcionamento, Continente 2014
cionamento no território continental em
2014, 46 % acolhia utentes do concelho 0,5 % 6,2 %

onde está implantado o equipamento e


47 % do respetivo distrito.
47,4 %

45,8 %
No que diz respeito ao período de funci-
onamento a quase totalidade (98 %) dos
CAO encerrava ao fim de semana, e cer-
continente distrito concelho freguesia
ca de 70 % encerra para férias.

Fonte: GEP-MSESS, Carta Social.


30
Carta Social – Rede de Serviços e Equipamentos – Relatório 2014

Distribuição percentual dos CAO com encerramento Distribuição percentual da resposta CAO por período de
para férias, Continente 2014 funcionamento, Continente 2014

0,3 % 1,9 %
não
encerram
29,6 %

encerram
70,4 %

97,9 %

Dias úteis da semana Dias úteis e sábado Todos os dias

Fonte: GEP-MSESS, Carta Social. Fonte: GEP-MSESS, Carta Social.

Nos CAO, o período entre as 8h01 e as 9h00 da manhã é o horário de abertura mais prati-
cado (73 %), abrindo apenas 23 % antes das 8h00 da manhã. Em relação ao encerramento,
93 % fecha entre as 17h00 e as 18h00, dos quais 73 % só funciona até às 17h30, o que po-
derá criar algumas dificuldades ao nível da conciliação trabalho-família no caso dos uten-
tes que vivem com familiares. É de referir, contudo, a existência de situações de utentes
que frequentam esta resposta durante o dia e pernoitam em Lares Residenciais, em regra,
da mesma instituição.

Distribuição percentual dos CAO por horário de abertura, Distribuição percentual dos CAO por horário de encerramento,
Continente 2014 Continente 2014

Antes das Depois das


7h00 7h01 às 18h01 às
Depois das 7h30 19h01
9h01 1,6 % 19h00 1%
4,0 % 6%
4,3 %
7h31 às Antes das
8h00 17h31 às 17h00
17,6 % 18h00 41%
21%
8h31 às
9h00
40,3 %

8h01 às 17h01 às
8h30 17h30
32,3 % 31%

Fonte: GEP-MSESS, Carta Social. Fonte: GEP-MSESS, Carta Social.


31
Carta Social – Rede de Serviços e Equipamentos – Relatório 2014

Caraterização dos utentes das respostas para pessoas com deficiência


Utentes por escalão etário e género

Distribuição percentual dos utentes em CAO, Distribuição percentual dos utentes em CAO,
por escalão etário, Continente 2014 por escalão etário e género, Continente 2014
≥ 60 anos 100 %
100 %
50-59 anos 90 %
90 %
80 %
80 % 70 %
70 % 35-49 anos 60 %
60 % 50 %
40 %
50 %
30 %
40 % 20 %
25-34 anos 10 %
30 %
20 % 0%
≤ 20 anos 21-24 25-34 35-49 50-59 ≥ 60 anos
10 % 21-24 anos anos anos anos anos
0% ≤ 20 anos Feminino Masculino
Fonte: GEP-MSESS, Carta Social. Fonte: GEP-MSESS, Carta Social.

A distribuição etária dos utentes em CAO coloca em evidência o peso significativo que os
utentes em idade adulta têm na frequência desta resposta, designadamente entre os 25-49 anos
(72 %). Para além disso, verifica-se também que 50 % dos utentes têm menos de 35 anos e 17%
até 24 anos. No que diz respeito ao género, é de salientar um maior peso de utentes do género
masculino, mais notório sobretudo nos escalões mais jovens.

Distribuição percentual dos utentes em Lar Residencial, Distribuição percentual dos utentes em Lar Residencial,
por escalão etário, Continente 2014 por escalão etário e género, Continente 2014

100 % 100 %
≥ 60 anos 90 %
90 %
80 %
80 %
50- 59 anos 70 %
70 % 60 %
60 % 50 %
50 % 35-49 anos 40 %
40 % 30 %
30 % 20 %
10 %
20 % 25-34 anos 0%
10 % ≤ 20 anos 21-24 25-34 35-49 50- 59 ≥ 60 anos
21-24 anos
0% ≤ 20 anos anos anos anos anos
Feminino Masculino

Fonte: GEP-MSESS, Carta Social. Fonte: GEP-MSESS, Carta Social.

Relativamente à resposta Lar Residencial, o peso dos utentes com mais de 35 anos (72 %)
sobrepõe-se no universo de utentes que frequentam esta resposta, traduzindo-se numa po-
pulação mais envelhecida, por comparação à resposta CAO. Quanto aos utentes por géne-
32
Carta Social – Rede de Serviços e Equipamentos – Relatório 2014

ro, a percentagem de homens e mulheres denota algum equilíbrio na generalidade dos esca-
lões etários, verificando-se uma ligeira maioria de homens (55 %).

Utentes por tempo de permanência e género


O tempo de permanência dos utentes Distribuição percentual dos utentes em CAO e Lar Residencial,
por tempo de permanência, Continente 2014
nas respostas CAO e Lar Residencial 30
revela algumas diferenças. Enquanto
25
no Lar Residencial, o escalão ≥1 ano
20
e <5 anos é o que apresenta o maior
% 15
peso de utentes (29 %), no CAO o
peso dos utentes com permanência na 10

resposta ≥15 anos (28 %) é a que 5

regista maior representatividade entre 0


< 1 ano ≥ 1 e < 5 anos ≥ 5 e < 10 ≥ 10 e < 15 ≥ 15 anos
os escalões observados. anos anos
CAO Lar Residencial

Fonte: GEP-MSESS, Carta Social.

Utentes por grau de dependência


A situação de dependência carateri- Distribuição percentual dos utentes em CAO e Lar Residencial
por grau de dependência, Continente 2014
za uma percentagem muito signifi-
100%
cativa dos utentes que frequentam as
90%
respostas dirigidas às pessoas com 80%
deficiência. Cerca de 84 % dos uten- 70%
60%
tes de Lar Residencial encontra-se
50%
nesta situação, valor que no caso do 40%

CAO se fixa em 79 %. 30%


20%
10%
0%
Centro de Atividades Ocupacionais Lar Residencial
Grandes dependentes Dependentes Parcialmente dependentes Autónomos
Fonte: GEP-MSESS, Carta Social.
33
Carta Social – Rede de Serviços e Equipamentos – Relatório 2014

Utentes por problemas nas Funções do Corpo


A esmagadora maioria dos utentes que Distribuição percentual dos utentes em CAO, por existência
de problemas nas funções do corpo, Continente 2014
frequentam a resposta CAO apresenta
problemas nas funções mentais, as
movimento
quais se associam, por vezes, a pro-
blemas nas funções auditivas, da voz e orgãos ou aparelhos internos

da fala, e até mesmo do movimento,


auditivas, da voz e da fala
designadamente em situações de para-
lisia cerebral, trissomias e perturba- visão

ções do desenvolvimento, entre ou- mentais


tras.
0% 20 % 40 % 60 % 80 % 100 %
sem problema problema moderado problema grave problema completo

Fonte: GEP-MSESS, Carta Social.


Os problemas nas funções mentais Distribuição percentual dos utentes em Lar Residencial, por existência
de problemas nas funções do corpo, Continente 2014
constituem, igualmente, o tipo de
dificuldade com maior representação
movimento
no universo dos utentes da resposta
orgãos ou aparelhos internos
Lar Residencial, o que espelha, em
boa medida, as caraterísticas da popu- auditivas, da voz e da fala
lação-alvo que procura esta resposta.
visão

Em 2014, do universo de utentes que mentais

frequentavam a resposta CAO, 27 % 0% 20 % 40 % 60 % 80 % 100 %


participou em atividades/projetos de sem problema problema moderado problema grave problema completo

inclusão na sociedade. Do conjunto Fonte: GEP-MSESS, Carta Social.

de utentes envolvidos em atividades,


Distribuição percentual dos utentes em CAO com participação em ativida-
91 % integrou ações com pessoas sem des/projetos de inclusão na sociedade, Continente 2014
Estágios Projetos de
deficiência. Enquanto o número de profissionais emprego
Ações de 1,3 % protegido/
utentes envolvidos em ações de for- formação apoiado
profissional 0,6 %
mação, estágios profissionais e proje- 7,1 %

tos de emprego protegido tem, ainda,


segundo as entidades, uma representa- Atividades/
projetos em
ção reduzida. conjunto
c/pessoas
sem
deficiência
91,0 %

Fonte: GEP-MSESS, Carta Social.


34
Carta Social – Rede de Serviços e Equipamentos – Relatório 2014

3.3 - Pessoas Idosas 3


Respostas sociais e capacidades Evolução das respostas sociais para as Pessoas Idosas,
Continente 2000-2014
As respostas sociais dirigidas às 3 000
pessoas idosas revelam um cres-
2 500
cimento significativo (49 %) no
2 000

valores absolutos
período 2000-2014, resultando
num aumento de 2500 respostas, 1 500

aproximadamente.
1 000

500
O Centro de Dia (33 %), a ERPI4
(59 %), mas sobretudo o SAD 0
Centro de Estrutura Serviço de Centro de Unidade de Apoio
(68 %) constituem as respostas Dia Residencial Apoio Convívio Apoio Domiciliário
p/Pessoas Domiciliário Integrado Integrado
com maior incremento no âmbito Idosas (UAI) (ADI)
2000 2005 2010 2014
deste grupo-alvo.
Fonte: GEP-MSESS, Carta Social.

O número de lugares nas respostas


Evolução da capacidade das respostas sociais para as Pessoas Idosas,
para as Pessoas Idosas evidencia Continente 2000-2014
120 000
também, um desenvolvimento no-
tório desde 2000, que se concreti- 100 000
valores absolutos

zou na implementação de mais de 80 000


102 000 novos lugares.
60 000

40 000
De referir que, em virtude do de-
20 000
senvolvimento da Rede Nacional
de Cuidados Continuados Integra- 0
Centro de Estrutura Serviço de Centro de Unidade de Apoio
dos (RNCCI), as respostas UAI e Dia Residencial Apoio Convívio Apoio Domiciliário
p/ Pessoas Domiciliário Integrado Integrado
ADI têm sido reconvertidas em Idosas (UAI) (ADI)
2000 2005 2010 2014
novas unidades, razão pela qual se
Fonte: GEP-MSESS, Carta Social.
vem observando uma extinção das
mesmas.

3
A análise do grupo-alvo Pessoas Idosas integra as respostas para Pessoas em Situação de Dependência.
4
Nova denominação das respostas residenciais para pessoas idosas, substituindo as designações lar de idosos e residência para idosos,
nos termos da Portaria n.º 67/2012, de 21 de março.
35
Carta Social – Rede de Serviços e Equipamentos – Relatório 2014

Evolução da capacidade da resposta social SAD,


O SAD constitui a resposta, neste Continente 2000-2014
grupo-alvo, com o crescimento mais 120 000

acentuado. É de salientar que os 100 000

valores absolutos
cerca de 48 700 lugares disponíveis 80 000
em SAD em 2000, ascenderam a
60 000
104 500 lugares, aproximadamente,
40 000
em 2014.
20 000

0
2000 2005 2010 2014
Fonte: GEP-MSESS, Carta Social.

População residente com 65 ou mais anos de idade


Nos últimos anos, o peso da Relação entre a População Idosa (≥ 65 anos) e a População Total,
por distrito e por concelho 2014
população com 65 ou mais
anos tem-se intensificado por
todo o território continental.
por distrito:
Em 2014, à exceção das
áreas metropolitanas de
Lisboa e Porto, constata-se
que 78 % dos distritos do
Continente e 71 % dos
concelhos registam um peso
de população com 65 ou
mais anos superior à média
do Continente (20,6 %). por concelho:

Fonte: INE, Estimativas da População Residente 2014.


36
Carta Social – Rede de Serviços e Equipamentos – Relatório 2014

Distribuição espacial das respostas sociais por concelho


A distribuição espacial das respostas soci- Distribuição espacial das respostas sociais para as Pessoas Idosas,
por concelho 2014
ais dirigidas à população idosa evidencia
uma elevada disseminação pelo território
continental. Em 2014, do total de conce-
lhos do Continente, 228 oferecia 10 ou
mais respostas para este grupo.

A oferta de SAD é maioritariamente feita


por entidades da rede solidária, apesar dos
distritos de Lisboa e Porto apresentarem já
uma oferta significativa de respostas pro-
priedade da rede lucrativa. Quanto à res-
posta ERPI a situação é idêntica, todavia
em 8 distritos do Continente (Setúbal,
Lisboa, Leiria, Porto, Santarém, Faro,
Évora e Coimbra), as entidades lucrativas
representam já mais de 20 % da oferta.

Fonte: GEP-MSESS, Carta Social.

Distribuição percentual da resposta social SAD, por natureza Distribuição percentual da resposta social ERPI, por natureza
jurídica da entidade proprietária e distrito 2014 jurídica da entidade proprietária e distrito 2014

Fonte: GEP-MSESS, Carta Social. Fonte: GEP-MSESS, Carta Social.


37
Carta Social – Rede de Serviços e Equipamentos – Relatório 2014

Taxa de cobertura das respostas sociais


O alargamento do número de luga- Evolução da taxa de cobertura das respostas sociais Centro Dia,
Estrutura Residencial para Pessoas Idosas e Serviço de Apoio Domiciliário,
res nas respostas dirigidas às Pesso- Continente 2006-2014
as Idosas tem-se refletido no cres- 20
18
cimento da taxa de cobertura das
16
12,7
respostas para esta população, to- 14
12
davia o aumento crescente da popu-
% 10
lação ≥65 anos tem condicionado o 11,1
8
nível de cobertura oferecido. 6
4
2
Em 2014, a taxa de cobertura média 0
2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014
das principais respostas para este Fonte: INE, Estimativas da População Residente 2014.
GEP-MSESS, Carta Social.
grupo fixou-se em 12,7 %, o que
demonstra um incremento de 1,6
pontos percentuais em relação a Taxa de cobertura das respostas sociais Centro Dia, Estrutura Residencial
para Pessoas Idosas e Serviço de Apoio Domiciliário,
2006. por concelho 2014

A distribuição espacial das respos-


tas para as pessoas idosas é marca-
da por alguma assimetria no Conti-
nente, designadamente entre o inte-
rior e o litoral do país. Os concelhos
do interior do país apresentam mai-
or cobertura que os concelhos do
litoral. Evolução da taxa de utilização das respostas sociais para as
Pessoas Idosas, Continente 2000-2014
Em 2014, à semelhança do ano Fonte: GEP-MSESS, Carta Social.

anterior, do total de concelhos do


Continente, 179 registaram uma
taxa de cobertura igual ou superior
à média.

Fonte: INE, Estimativas da População Residente 2014.


GEP-MSESS, Carta Social.
38
Carta Social – Rede de Serviços e Equipamentos – Relatório 2014

Taxa de utilização das respostas sociais


Nos últimos anos tem sido Evolução da taxa de utilização das respostas sociais para as Pessoas Idosas,
Continente 2000-2014
visível uma quebra na utiliza-
100
ção das diferentes respostas
para a população idosa, de tal 80

forma que as taxas de utiliza-


60
ção têm-se situado abaixo dos
%
80 %. Contudo este abaixa- 40
mento tem sido menos eviden-
20
te na ERPI, mantendo em
2014 uma taxa de utilização 0
2000 2005 2010 2014
acima dos 90 %. As dificulda-
Centro de Dia Estrutura Residencial p/Pessoas Idosas
des financeiras de algumas Serviço de Apoio Domiciliário Centro de Convívio

famílias poderão constituir


Fonte: GEP-MSESS, Carta Social.
uma das razões que explicam
as tendências recentes obser-
vadas.

Evolução da taxa de utilização das respostas sociais para as Pessoas Idosas,


No ano de 2014, a ERPI apre- por natureza jurídica da entidade proprietária
100
94,7
sentava uma taxa de utiliza- 91,5
ção de 91,5 %, constituindo a 80 79,8
73,9
resposta de maior procura no 66,1
60 66,0
conjunto das respostas para %
idosos, seguindo-se o Centro 40

de Convívio (80,9 %), o SAD


20
(73,9 %) e o Centro de Dia
(66,0 %). É de salientar, rela- 0
2000 2005 2010 2014
tivamente ao SAD, que o au- Estrutura Residencial p/Pessoas Idosas (todas as entidades)
Estrutura Residencial p/Pessoas Idosas (entidades não lucrativas)
mento do ritmo da oferta não Serviço de Apoio Domiciliário (todas as entidades)
Serviço de Apoio Domiciliário (entidades não lucrativas)
acompanhado pela procura Centro de Dia (todas as entidades)
Centro de Dia (entidades não lucrativas)
poderá explicar a diminuição
Fonte: GEP-MSESS, Carta Social.
na utilização desta resposta.
39
Carta Social – Rede de Serviços e Equipamentos – Relatório 2014

Naturalmente, as taxas de utilização das Taxa de utilização das respostas sociais para as Pessoas Idosas,
por concelho 2014
respostas prosseguidas pelas entidades
não lucrativas, designadamente IPSS,
apresentam valores de utilização mais
elevados, mormente, 95 % em ERPI.

A taxa de utilização média das principais


respostas para a população idosa em
2014 situou-se nos 78 % (81 % no caso
das respostas de entidades não lucrati-
vas), observando-se alguma assimetria ao
longo do território continental.

Fonte: GEP-MSESS, Carta Social.

Funcionamento das respostas para as pessoas idosas

Distribuição percentual das respostas para as Pessoas Idosas Distribuição percentual das respostas para as Pessoas Idosas por âmbito
por âmbito geográfico de funcionamento, geográfico de funcionamento e natureza jurídica da entidade proprietária,
Continente 2014 Continente 2014
100 %
continente 90 %
11 % 80 %
70 %
freguesia
distrito 60 %
35 %
12 % 50 %
40 %
30 %
20 %
10 %
concelho
0%
42 %
respostas de entidades lucrativas respostas de entidades não
lucrativas
freguesia concelho distrito continente
Fonte: GEP-MSESS, Carta Social.
Fonte: GEP-MSESS, Carta Social.
40
Carta Social – Rede de Serviços e Equipamentos – Relatório 2014

Em 2014 as respostas dirigidas à população idosa acolhiam maioritariamente utentes do


próprio concelho (42 %) e da freguesia (35 %) de implantação do equipamento. Os equi-
pamentos de entidades lucrativas mostram porém, segundo os dados disponíveis, terem um
raio de abrangência mais alargado, sendo que cerca de 78 % dos utentes não são originá-
rios do concelho de implantação do equipamento. Esta realidade é especialmente notória
na resposta ERPI.
Distribuição percentual da resposta Estrutura Residencial para
Pessoas Idosas (ERPI) por modalidade de alojamento,
Sem alterações relativamente a 2013, o Continente 2014

alojamento em quarto constituiu a modali- Misto:


Apartamento Apartamento
dade de ERPI prevalente em 2014 (97 %). ou moradia + ou moradia
Quarto 1,5 %
Os alojamentos em apartamento ou mora- 1,4 %

dia e os equipamentos que preveem as


duas modalidades de alojamento (em
Quarto
quarto e apartamento ou moradia) têm 97,1 %
uma representação que ainda não vai além
dos 3 %.
Fonte: GEP-MSESS, Carta Social.

Distribuição percentual da resposta SAD Distribuição percentual da resposta SAD por modelo de funcionamento
por modelo de funcionamento, e natureza jurídica da entidade proprietária,
Continente 2014 Continente 2014

Só fins de 100%
semana (2 90%
dias
p/semana) 80%
Só dias
1% úteis (5 70%
dias 60%
Todos os
p/semana)
dias (7 dias 50%
30 %
p/semana)
55 % 40%
30%
20%
10%
Dias úteis + 0%
sábado (6 SAD de entidades lucrativas SAD de entidades não lucrativas
dias
p/semana) Todos os dias (7 dias p/semana) Dias úteis + sábado (6 dias p/semana)
14 %
Só dias úteis (5 dias p/semana) Só fins de semana (2 dias p/semana)
41
Carta Social – Rede de Serviços e Equipamentos – Relatório 2014

Do universo de respostas de SAD existentes em 2014, 55 % está em funcionamento duran-


te 7 dias por semana, realidade comum a respostas de SAD da rede solidária como da rede
privada/lucrativa, o que evidencia uma maior oferta de serviços por parte das entidades. A
modalidade de funcionamento 7 dias por semana coexiste, geralmente, com outras modali-
dades (só dias úteis, dias úteis + sábado ou só fins de semana) tendo em conta que as ne-
cessidades e o nível de utilização dos serviços varia de utente para utente.

Caraterização dos utentes das respostas para as pessoas idosas

Utentes por escalão etário e género

Distribuição percentual dos utentes em Centro de Dia Distribuição percentual dos utentes em Centro de Dia
por escalão etário, Continente 2014 por escalão etário e género, Continente 2014
100 % ≥ 95 anos 100 %
90 aos 94 anos
90 % 90 %
85 aos 89 80 %
80 % anos
70 %
70 %
80 aos 84 60 %
60 % anos 50 %
50 % 40 %
40 % 30 %
75 aos 79
anos 20 %
30 %
10 %
20 % 70 aos 74
0%
anos
10 % 65 aos 69 < 65 65 aos 70 aos 75 aos 80 aos 85 aos 90 aos ≥ 95
0% < 65 anos anos anos 69 anos 74 anos 79 anos 84 anos 89 anos 94 anos anos
Feminino Masculino
Fonte: GEP-MSESS, Carta Social.
Fonte: GEP-MSESS, Carta Social.

Em 2014, cerca de metade (47 %) dos utentes que frequentavam a resposta Centro de Dia
tinham até 79 anos de idade, embora numa análise por escalão etário se verifique que o
grupo dos 80-84 anos é aquele que apresenta maior representatividade (30 %). Em termos
de género, as mulheres sobrepõem-se em todos os escalões, sendo uma resposta de
utilização fortemente feminina, até, fundamentalmente por razões demográficas.
42
Carta Social – Rede de Serviços e Equipamentos – Relatório 2014

Distribuição percentual dos utentes em SAD Distribuição percentual dos utentes em SAD por escalão
por escalão etário, Continente 2014 etário e género, Continente 2014
100 % ≥ 95 anos
90 aos 94 anos
100 %
90 % 90 %
85 aos 89 anos
80 % 80 %
70 % 70 %
80 aos 84 anos 60 %
60 %
50 %
50 % 40 %
40 % 75 aos 79 anos 30 %
30 % 20 %
70 aos 74 anos 10 %
20 %
65 aos 69 anos 0%
10 %
< 65 anos < 65 65 aos 70 aos 75 aos 80 aos 85 aos 90 aos ≥ 95
0% anos 69 anos 74 anos 79 anos 84 anos 89 anos 94 anos anos

Fonte: GEP-MSESS, Carta Social.


Feminino Masculino
Fonte: GEP-MSESS, Carta Social.

Ao nível da resposta SAD, embora o escalão dos 80 aos 84 anos seja o que apresenta o
maior peso (27 %), à semelhança do Centro de Dia, os utentes até aos 79 anos de idade
constituíam 48 % dos utentes apoiados. O esforço pela manutenção do idoso no seu espaço
habitacional por mais anos e uma institucionalização tardia poderá explicar a maior procu-
ra desta resposta em idades menos avançadas, designadamente antes dos 80 anos. No que
diz respeito à distribuição por género, à exceção dos escalões <65 anos e 65-69 anos em
que os homens estão em maioria, verifica-se um aumento progressivo do peso do género
feminino com o aumento da idade.

Distribuição percentual dos utentes em ERPI Distribuição percentual dos utentes em ERPI por
por escalão etário, Continente 2014 escalão etário e género, Continente 2014
100 % ≥ 95 anos 100 %
90 aos 94 90 %
90 %
anos
80 % 80 %
85 aos 89 70 %
70 % anos
60 %
60 %
50 %
50 % 80 aos 84
anos 40 %
40 % 30 %
30 % 75 aos 79 20 %
anos
20 %
70 aos 74
10 %
10 % 65 aos 69 anos 0%
< 65 anos anos < 65 65 aos 70 aos 75 aos 80 aos 85 aos 90 aos ≥ 95
0% anos 69 anos 74 anos 79 anos 84 anos 89 anos 94 anos anos
Feminino Masculino
Fonte: GEP-MSESS, Carta Social.
Fonte: GEP-MSESS, Carta Social.
43
Carta Social – Rede de Serviços e Equipamentos – Relatório 2014

Contrariamente às restantes respostas dirigidas à população idosa, cerca de 80 % dos uten-


tes acolhidos em ERPI em 2014 tinha 75 ou mais anos, evidenciando-se uma clara supre-
macia dos utentes mais idosos com maiores níveis de dependência, o que traduz uma insti-
tucionalização tardia da população nesta resposta. Se até aos 69 anos o género masculino
está em superioridade, a partir dos 70 anos de idade as mulheres estão em clara maioria,
reflexo de uma maior esperança de vida. De referir, ainda, que os utentes com 95 ou mais
anos em 2014 atingem já um peso de 4 %.

Utentes por tempo de permanência


As frequências prolongadas na res- Distribuição percentual dos utentes em Estrutura Residencial para
Pessoas Idosas por tempo de permanência na resposta, Continente 2014
posta ERPI são uma realidade dos
100 % >=15 anos
utentes que frequentam esta resposta. 90 % >=10 e <15 anos

É de notar que cerca de 50 % dos 80 % >=5 e <10 anos

utentes mantém-se na ERPI por 3 ou 70 %


>=4 e <5 anos
60 %
mais anos, dos quais cerca de 12 % >=3 e <4 anos
50 %
por mais de 10 anos. >=2 e <3 anos
40 %
30 % >=1 ano e <2 anos

Enquanto as frequências prolongadas 20 %


>=6 m e <1 ano
10 % >=3 e <6 meses
são mais usuais nas respostas de en- >=1 e <3 meses
0% >=0 e <1 mês
tidades não lucrativas, as frequências Fonte: GEP-MSESS, Carta Social.

de curta duração são habituais em


respostas de equipamentos de entida-
Distribuição percentual dos utentes em Estrutura Residencial para
des lucrativas (76 % até 4 anos), quer Pessoas Idosas por tempo de permanência na resposta e natureza
jurídica de entidade proprietária, Continente 2014
por razões de adaptação, necessidade 25

de mudança de equipamento, entrada 20


do idoso em ERPI numa idade já
15
avançada ou dificuldades financeiras, %
10
entre outras razões.
5

Utentes de entidades lucrativas Utentes de entidades não lucrativas


Fonte: GEP-MSESS, Carta Social.
44
Carta Social – Rede de Serviços e Equipamentos – Relatório 2014

Utentes por grau de dependência


O grau de dependência dos uten- Distribuição percentual dos utentes em respostas para as Pessoas Idosas
por grau de dependência, Continente 2014
tes das diferentes respostas dirigi- 100 %
das à população idosa é bastante 90 %
80 %
distinto, dependendo da idade dos 70 %
utilizadores e dos níveis de difi- 60 %
50 %
culdade que apresentam. 40 %
30 %
20 %
Por conseguinte, em 2014 a maio- 10 %
ria dos utentes em Centro de Dia 0%
Estrutura Residencial Serviço de Apoio Centro de Dia
(54 %) detinha autonomia, reali- para p/idosas Domiciliário
Grandes dependentes Dependentes
dade que contrasta com os utentes Parcialmente dependentes Autónomos
de SAD (39 %), e sobretudo de Fonte: GEP-MSESS, Carta Social.

ERPI (20 %). Nestas circunstân-


cias, a resposta ERPI acolhia em
2014 cerca de 80 % de utentes
com algum grau de dependência,
enquanto o SAD era utilizado por Distribuição percentual dos utentes em respostas para Pessoas em Situação
de dependência por grau de dependência, Continente 2014
um universo de utentes mais alar-
gado.

Relativamente às respostas dirigi- 21 %

das especificamente a pessoas em 46 %


situação de dependência, é notório
o peso dos utentes idosos com ele- 33 %

vado grau de dependência, repre-


sentando quase cerca de 50 % do
Parcialmente dependentes Dependentes Grandes dependentes
total de utentes que frequentavam
Fonte: GEP-MSESS, Carta Social.
estas respostas em 2014.
45
Carta Social – Rede de Serviços e Equipamentos – Relatório 2014

Utentes por serviços prestados

Distribuição percentual dos utentes em ERPI por serviços prestados,


Continente 2014

55 000

50 000

45 000

40 000

35 000
valores absolutos

30 000

25 000

20 000

15 000

10 000

5 000

0
Alojamento Higiene Alimentação Tratamento Serviço de Enfermagem Fisioterapia Psicologia Cabeleireiro Assuntos Outros
pessoal de roupas animação Legais serviços

Fonte: GEP-MSESS, Carta Social.

Os serviços disponibilizados no âmbito das ERPI em funcionamento têm vindo a aumentar, refle-
tindo as necessidades dos utentes. Para além do alojamento, a higiene pessoal, a alimentação, o tra-
tamento de roupas, a animação e a enfermagem, existem outros serviços com uma utilização signi-
ficativa, designadamente, a fisioterapia, a psicologia e, sobretudo, os serviços de cabeleireiro.

Distribuição percentual dos utentes em SAD por serviços prestados,


Continente 2014
50 000

45 000

40 000

35 000
valores absolutos

30 000

25 000

20 000

15 000

10 000

5 000

0
Higiene pessoal Higiene Alimentação Tratamento de Serviço de Serviço de Acompanhamento Reparações no Outros serviços
habitacional roupas teleassistência animação p/assuntos domicílio
pessoais e
obrigações legais

Fonte: GEP-MSESS, Carta Social.


46
Carta Social – Rede de Serviços e Equipamentos – Relatório 2014

Relativamente à resposta SAD, o conjunto de serviços disponibilizados revela, igualmente,


uma abrangência bastante grande. Para além dos serviços de base como a alimentação, a
higiene pessoal e habitacional e o tratamento de roupas, também são disponibilizados os
serviços de animação, o acompanhamento dos utentes para assuntos pessoais e obrigações
legais, as reparações no domicílio e a teleassistência, apresentando já um número de utili-
zadores considerável.

3.4 - Família e Comunidade


Evolução das respostas sociais para a Família e Comunidade,
Respostas sociais e capacidades Continente 2000-2014

Ao longo do período de análise 60

(2000-2014) as respostas dirigidas à valores absolutos 50

Família e Comunidade 5 têm registado 40


um crescimento considerável (102 %),
30
o que traduz um esforço contínuo no
20
apoio aos grupos mais vulneráveis.
10

0
Centro de Alojamento Comunidade de Inserção Casa de Abrigo
Relativamente à capacidade de res- Temporário

posta destes serviços, a Comunidade 2000 2005 2010 2014

de Inserção destaca-se no âmbito des- Fonte: GEP-MSESS, Carta Social.

Evolução da capacidade nas respostas para a Família e Comunidade,


te grupo de respostas, revelando um Continente 2000-2014
incremento assinalável em linha com 12 000

o aumento do número de respostas. 10 000


Valores absolutos

8 000

6 000

4 000

2 000

0
Centro de Alojamento Comunidade de Inserção Casa de Abrigo
Temporário

2000 2005 2010 2014


Fonte: GEP-MSESS, Carta Social.
5
No que diz respeito à resposta Refeitório/Cantina Social, devido ao facto da informação obtida das instituições não ser
precisa quanto à natureza da resposta, ou seja, se se trata nos últimos anos de cantinas instituídas no âmbito da RSES e/ou
de cantinas no quadro do PES, optou-se por não se apresentar essa informação.
47
Carta Social – Rede de Serviços e Equipamentos – Relatório 2014

Distribuição espacial das respostas sociais por distrito


A distribuição espacial das respostas para a Distribuição espacial das respostas sociais para a
Família e Comunidade, por distrito 2014
Família e Comunidade é marcada por alguma
assimetria no território continental, sendo que
os distritos localizados ao longo da faixa lito-
ral apresentam um número de respostas mar-
cadamente superior.

Lisboa, Aveiro, Porto e Faro constituem os


distritos que registam maior implantação des-
tas valências, apresentando 63 % do total de
respostas para este grupo-alvo.

Fonte: GEP-MSESS, Carta Social.

Taxa de utilização das respostas sociais


Desde 2010 que se observa uma Evolução da taxa de utilização das respostas sociais para a
Família e Comunidade, Continente 2000-2014
diminuição na utilização das respostas
140
dirigidas à Família e Comunidade, 120
designadamente do Centro de Aloja- 100
mento Temporário e Comunidade de 80
%
Inserção, após alguns anos de sobrelo- 60

tação. 40

20

0
Em 2014 o Centro de Alojamento 2000 2005 2010 2014

Temporário consiste na resposta com Centro de Alojamento Temporário Comunidade de Inserção


Fonte: GEP-MSESS, Carta Social.
a taxa de utilização mais elevada, si-
tuando-se em torno dos 96 %.
48
Carta Social – Rede de Serviços e Equipamentos – Relatório 2014

A resposta social Acolhimento Familiar


A publicação do Decreto-Lei n.º Evolução do número de famílias de acolhimento e de
pessoas acolhidas por grupo-alvo, Continente 2001-2014
11/2008, de 17 de janeiro, que
regula o regime de aplicação do 7 000

acolhimento familiar, previsto 6 000

valores absolutos
na Lei n.º 147/99, de 1 de se- 5 000

tembro - que aprovou a proteção 4 000

de crianças e jovens em perigo, 3 000

veio alterar consideravelmente o 2 000

universo das famílias de acolhi- 1 000

mento. Desde 2008, podem ape- 0


Famílias de Crianças e Crianças e Adultos com Idosos
nas candidatar-se a família de Acolhimento Jovens Jovens com deficiência
deficiência
acolhimento pessoas ou famílias 2001 2005 2010 2014
que não tenham qualquer relação
Fonte: GEP-MSESS, Carta Social.
de parentesco com a criança ou
o jovem, ou que não sejam can-
Distribuição percentual do número de pessoas acolhidas por grupo-alvo,
didatos a adoção. Continente 2014

Crianças e
No ano de 2014, à semelhança dos Jovens
26,7 %
anos anteriores, verificou-se uma
Idosos
descida do número de famílias de 48,2 %

acolhimento (21 %), por compara-


ção a 2013. O universo de pessoas Crianças e
Jovens com
acolhidas apresentou igualmente deficiência
5,1 %
Adultos
uma redução de cerca de 23 %, com
deficiência
sendo que o número médio de 20,0 %
pessoas acolhidas por família bai-
Fonte: GEP-MSESS, Carta Social.
xou para 1,7.

Cerca de 50 % das pessoas acolhidas são idosas, grupo que revela um aumento assinalável
(39 %) desde 2001, ainda que apresente uma quebra em 2014 (28 %) relativamente a 2013.
O grupo das crianças e jovens é o segundo grupo com mais representação (27 %), seguido
dos adultos com deficiência (20 %).
49
Carta Social – Rede de Serviços e Equipamentos – Relatório 2014

Distribuição das Famílias de Acolhimento


A distribuição do número de por distrito, 2014
250
famílias de acolhimento no território
continental demonstra uma implan- 200

valores absolutos
tação mais acentuada no norte do
150
país.
100

Os distritos de Braga, Porto, Viana 50


do Castelo e Vila Real são os que
0
têm maior número de famílias de
acolhimento, reunindo 82 % do total
de famílias.
Fonte: GEP-MSESS, Carta Social.

No que diz respeito aos grupos-alvo


Distribuição percentual das pessoas acolhidas por grupo-alvo,
acolhidos, embora as pessoas idosas por distrito, 2014
100 %
sejam o grupo com maior peso, ape-
90 %
nas 9 distritos acolhem idosos. 80 %
70 %
60 %
50 %
É de destacar, ainda, que em todos 40 %
os distritos com acolhimento famili- 30 %
20 %
ar (15) são acolhidas crianças e jo- 10 %
vens (com ou sem deficiência). 0%

Idosos Adultos com deficiência


Crianças e Jovens com deficiência Crianças e Jovens

Fonte: GEP-MSESS, Carta Social.


50
Carta Social – Rede de Serviços e Equipamentos – Relatório 2014

3.5 - Pessoas Toxicodependentes

Respostas sociais e capacidades


Evolução das respostas sociais para as Pessoas Toxicodependentes,
As respostas destinadas ao apoio a Continente 2000-2014
50
pessoas toxicodependentes têm regis-
tado ao longo do período de análise 40

Valores absolutos
(2000-2014) um crescimento bastante 30

positivo (65%). 20

10
Ao nivel da capacidade das respostas
0
para este grupo-alvo, esta tem acom- Equipa de Intervenção Direta Apartamento de Reinserção Social

panhado o aumento do número de


2000 2005 2010 2014
respostas sociais. Fonte: GEP-MSESS, Carta Social.

Embora em menor número, as Equipas


Evolução da capacidade nas respostas sociais para
de Intervenção Direta têm evidenciado as Pessoas Toxicodependentes, Continente 2000-2014

um incremento considerável da sua 7 000

6 000
capacidade de apoio, o que se traduz
Valores absolutos

5 000
num crescimento de 235 %.
4 000

3 000
Quanto aos Apartamentos de Reinser-
2 000
ção Social, que apresentam por regra
1 000
um número reduzido de lugares por
0
resposta, revelam um acréscimo de 9 % Equipa de Intervenção Direta Apartamento de Reinserção Social

desde 2000. 2000 2005 2010 2014

Fonte: GEP-MSESS, Carta Social.


51
Carta Social – Rede de Serviços e Equipamentos – Relatório 2014

Distribuição espacial das respostas sociais por distrito


A distribuição espacial de respostas soci- Distribuição espacial das respostas sociais para as Pessoas
Toxicodependentes, por distrito 2014
ais para o grupo das Pessoas Toxicode-
pendentes denota uma marcada assime-
tria, sendo que os distritos localizados na
faixa litoral apresentam maior número de
respostas.

Lisboa constituiu o distrito com maior


expressão deste tipo de respostas, concen-
trando mais de 1/3 do número total de
respostas.

Fonte: GEP-MSESS, Carta Social.

Taxa de utilização das respostas sociais


Evolução da taxa de utilização dos Apartamentos de Reinserção Social,
No ano de 2014, a taxa de utilização Continente 2000-2014
dos Apartamentos de Reinserção 120

Social observa uma ligeira descida, 100

relativamente a 2013, em virtude do 80

aumento do número de lugares dis- % 60

poníveis, fixando-se em 77 %. 40

20

0
2000 2005 2010 2014
Apartamento de Reinserção Social
Fonte: GEP-MSESS, Carta Social.
52
Carta Social – Rede de Serviços e Equipamentos – Relatório 2014

3.6 - Pessoas Infetadas pelo VIH/SIDA e suas Famílias


Respostas sociais e capacidades
O número de respostas sociais do Evolução das respostas sociais para as Pessoas Infetadas
pelo VIH/SIDA e suas Famílias,
âmbito da RSES dirigidas às Continente 2000-2014
35
Pessoas Infectadas pelo VIH/Sida 30
25

Valores absolutos
evidenciam um ligeira descida
20
nos últimos anos, à exceção dos
15
Centros de Atendimento e Acom- 10
panhamento Psicossocial (CAAP). 5
0
Centro de Atendimento Serviço de Apoio Residência
Em 2014, por comparação ao ano e Acompanhamento Domiciliário
Psicossocial
de 2000, verifica-se um aumento 2000 2005 2010 2014
de 28 % dos CAAP, resposta que
Fonte: GEP-MSESS, Carta Social.
ao nivel da capacidade de apoio
revela um crecimento con- Evolução da capacidade nas respostas sociais para as Pessoas
Infetadas pelo VIH/SIDA e suas Famílias,
siderável de 74 %. Continente 2000-2014
5 000

4 000
Valores absolutos

As respostas Serviço de Apoio


Domiciliário (SAD) e Residência 3 000

para pessoas infetadas com o 2 000

VIH/SIDA não apresentam gran- 1 000


des alterações relativamente ao
número de lugares entre 2000 e Centro de Atendimento e Serviço de Apoio Residência
Acompanhamento Domiciliário
2014, ainda assim o SAD regista Psicossocial

um incremento por comparação a 2000 2005 2010 2014

2013 de cerca de 10 %. Fonte: GEP-MSESS, Carta Social.


53
Carta Social – Rede de Serviços e Equipamentos – Relatório 2014

Distribuição espacial das respostas sociais por distrito


As respostas destinadas a pessoas infectadas
Distribuição espacial das respostas sociais para as Pessoas
pelo VIH/SIDA localizam-se sobretudo nos Infetadas pelo VIH/SIDA e suas Famílias,
por distrito 2014
distritos do litoral do território continental.

Embora a maioria dos distritos (11)


apresente respostas para esta população-
alvo, cerca de metade estão concentradas no
distrito de Lisboa.

Fonte: GEP-MSESS, Carta Social.

Taxa de utilização das respostas sociais Evolução das taxas de utilização das respostas sociais para as
Pessoas Infetadas pelo VIH/SIDA e suas Famílias,
A taxa de utilização das respostas para Continente 2000-2014
as pessoas infetadas pelo VIH/SIDA 120

tem-se mantido ao longo do período de 100


análise (2000-2014) sempre próxima
80
dos 100 %, particularmente a Residên-
% 60
cia.
40

20
A resposta SAD apresenta em 2014
0
uma taxa de utilização de 87 %, regis- 2000 2005 2010 2014
tando uma ligeira descida por compara-
Serviço de Apoio Domiciliário Residência
ção a 2013.
Fonte: GEP-MSESS, Carta Social.
54
Carta Social – Rede de Serviços e Equipamentos – Relatório 2014

3.7 - Pessoas com Doença do Foro Mental ou Psiquiátrico


Respostas sociais e capacidades
As respostas sociais direcionadas às Evolução das respostas sociais para as Pessoas com
Doença do Foro Mental ou Psiquiátrico,
Pessoas com Doença do Foro Mental Continente 2000-2014
40
ou Psiquiátrico do âmbito da RSES,
35
têm registado ligeiras alterações no
30

valores absolutos
período 2000-2014, à exceção da 25
resposta Fórum Sócio Ocupacional 20

que tem apresentado um aumento 15


10
progressivo.
5
0
Ao nível da capacidade instalada, as Unidade de Vida Unidade de Vida Unidade de Vida Fórum Sócio
Protegida Apoiada Autónoma Ocupacional
flutuações são igualmente ligeiras,
2000 2005 2010 2014
todavia é de destacar o aumento da Fonte: GEP-MSESS, Carta Social.

capacidade da Unidade de Vida


Evolução da capacidade nas respostas sociais para as Pessoas com
Apoiada em 2014 (93 %) por compa- Doença do Foro Mental ou Psiquiátrico,
Continente 2000-2014
ração a 2010, assim como do Fórum
1 200
Sócio Ocupacional (16 %) no mesmo
1 000
Valores absolutos

período.
800

600

400

200

Unidade de Vida Unidade de Vida Unidade de Vida Fórum Sócio


Protegida Apoiada Autónoma Ocupacional
2000 2005 2010 2014
Fonte: GEP-MSESS, Carta Social.
55
Carta Social – Rede de Serviços e Equipamentos – Relatório 2014

Distribuição espacial das respostas sociais por distrito


A distribuição espacial das Distribuição espacial das respostas sociais para as
Pessoas com Doença do Foro Mental ou Psiquiátrico,
respostas sociais para pessoas com por distrito 2014

doença do foro mental ou psi-


quiátrico revela alguma diferença
ao nível da sua implantação
territorial.

Do 18 distritos do Continente,
apenas 8 dispõem de pelo menos
duas respostas. O distrito de
Lisboa, à semelhança da situação
para outros grupos de intervenção,
reúne o maior peso de respostas
(43 %).

Fonte: GEP-MSESS, Carta Social.

Taxa de utilização das respostas sociais


Evolução das taxas de utilização das respostas sociais para as
Os elevados níveis de utilização marcam Pessoas com Doença do Foro Mental ou Psiquiátrico,
Continente 2000-2014
desde 2000 as respostas deste grupo-
100
alvo. No ano de 2014 todas as respostas
80
apresentavam taxas acima dos 90 %.
60
%
40

20

0
2000 2005 2010 2014
Unidade de Vida Protegida Unidade de Vida Apoiada
Unidade de Vida Autónoma Fórum Sócio Ocupacional

Fonte: GEP-MSESS, Carta Social.


56
Carta Social – Rede de Serviços e Equipamentos – Relatório 2014

4. Despesas de funcionamento em serviços e equipamentos sociais: o esforço público


Despesa de funcionamento 6
O funcionamento das respostas que Evolução da despesa com acordos de cooperação,
Continente 2000-2014
compõem a RSES é suportado com
1 400
base nos acordos de cooperação
1 200
celebrados entre o Estado e as enti-

Milhões de euros
1 000
dades que integram a rede solidária 800
(IPSS e entidades equiparadas), 600
para além da comparticipação do 400
utente e/ou do familiar e das recei- 200
tas próprias das instituições. 0
2000 2005 2010 2014
Fonte: MSESS-IGFSS, Conta da Segurança Social.

Embora num ritmo mais moderado nos últimos anos, o crescimento da despesa pública
com acordos de cooperação tem registado um crescimento progressivo ao longo do período
de análise (2000-2014), traduzindo por um lado a atualização anual dos valores da compar-
ticipação pública por utente, e por outro, o alargamento do número de utentes abrangidos
pelos acordos de cooperação.

Despesas de funcionamento por população-alvo


O grupo-alvo das Pessoas com Evolução da despesa de funcionamento por população-alvo,
Continente 2000-2014
Deficiência é o que tem apresen- 1 400
tado maior crescimento ao nível 1 200
da despesa no período 2000-2014 1 000
Milhões de euros

(130 %), seguindo-se as Pessoas 800


Idosas (97 %) e as Crianças e 600
Jovens (37 %). 400

200

0
2000 2005 2010 2014
Crianças e Jovens Pessoas c/ Deficiência Pessoas Idosas
Família e Comunidade Outras

Fonte: MSESS-IGFSS, Conta da Segurança Social.

6
Não inclui o valor da despesa relativa ao funcionamento dos estabelecimentos integrados.
57
Carta Social – Rede de Serviços e Equipamentos – Relatório 2014

No ano de 2014, as respostas dirigidas Distribuição percentual da despesa de funcionamento


por população-alvo, Continente 2014
às Pessoas Idosas e às Crianças e Jovens
foram as que apresentaram maior nível Família e Outras
Comunidade 0,9 %
de despesa, 42,6 % e 40,8 % respetiva- 3,4 %

mente, representando em conjunto 83 %


Crianças e
da despesa total de funcionamento da Pessoas Jovens
Idosas 40,8 %
RSES. Apesar de registar o maior au- 42,6%

mento na despesa nos últimos anos, o


grupo das Pessoas com Deficiência re-
Pessoas c/
gistou em 2014 apenas 12,3 % do total Deficiência
12,3 %
de encargos.
Fonte: MSESS-IGFSS, Conta da Segurança Social.

Comparticipação da Segurança Social - Acordos de cooperação


Evolução da comparticipação da Segurança Social às instituições,
por resposta social e utente, com base nos acordos de cooperação,
Continente 2000-2014
1 100

1 000

900

800

700
Euros

600

500

400

300

200

100

0
Creche Creche CATL c/ CATL s/ CATL CATL Lar de Lar de CAO Lar ERPI Centro de Centro de SAD
Familiar Almoço Almoço extensão extensão Infância e Apoio Residencial Dia Convívio
horário c/ horário s/ Juventude
almoço almoço

2000 2005 2010 2014


Fonte: Protocolos de Cooperação.

Em 2014, o valor da comparticipação financeira da Segurança Social relativamente às


respostas sociais abrangidas pelo Protocolo de Cooperação foi atualizado em 1 %.
58
Carta Social – Rede de Serviços e Equipamentos – Relatório 2014

As respostas dirigidas a pessoas com deficiência – Lar Residencial e Lar de Apoio, consti-
tuem as valências com maior valor de comparticipação por utente em 2014, para além da
resposta Lar de Infância e Juventude, no âmbito das Crianças e Jovens em situação de pe-
rigo, que desde 2013 viu o valor da comparticipação financeira aumentar, atendendo ao
processo de qualificação de que esta resposta foi alvo.
59
Carta Social – Rede de Serviços e Equipamentos – Relatório 2014

ANEXOS
60
Carta Social – Rede de Serviços e Equipamentos – Relatório 2014

Nomenclaturas e Conceitos

(Despacho de Aprovação do Secretário de Estado da Segurança Social, exarado em 2006/01/19)


61
Carta Social – Rede de Serviços e Equipamentos – Relatório 2014

INFÂNCIA E JUVENTUDE
Crianças e Jovens
AMA
Resposta social desenvolvida através de um serviço prestado por pessoa idónea que, por conta própria e
mediante retribuição, cuida de crianças que não sejam suas parentes ou afins na linha reta ou no 2.º grau da
linha colateral, por um período de tempo correspondente ao trabalho ou impedimento dos pais.

CRECHE FAMILIAR
Resposta social desenvolvida através de um serviço prestado por um conjunto de amas (não inferior a 12
nem superior a 20), que residam na mesma zona geográfica e que estejam enquadradas, técnica e financei-
ramente, pelos Centros Distritais de Segurança Social, Santa Casa da Misericórdia de Lisboa ou Instituições
Particulares de Solidariedade Social com atividades no âmbito das 1.ª e 2.ª infâncias.

CRECHE
Resposta social, desenvolvida em equipamento, de natureza socioeducativa, para acolher crianças até aos
três anos de idade, durante o período diário correspondente ao impedimento dos pais ou da pessoa que
tenha a sua guarda de facto, vocacionada para o apoio à criança e à família.

ESTABELECIMENTO DE EDUCAÇÃO PRÉ-ESCOLAR


Resposta, desenvolvida em equipamento, vocacionada para o desenvolvimento da criança, proporcionando-
-lhe atividades educativas e atividades de apoio à família.

CENTRO DE ATIVIDADES DE TEMPOS LIVRES – CATL


Resposta social, desenvolvida em equipamento ou serviço, que proporciona atividades de lazer a crianças e
jovens a partir dos 6 anos, nos períodos disponíveis das responsabilidades escolares e de trabalho, desen-
volvendo-se através de diferentes modelos de intervenção, nomeadamente acompanhamento/inserção, prá-
tica de atividades específicas e multiactividades, podendo desenvolver, complementarmente, atividades de
apoio à família.

Crianças e Jovens com Deficiência


INTERVENÇÃO PRECOCE
Resposta desenvolvida através de um serviço que promove o apoio integrado, centrado na criança e na
família mediante ações de natureza preventiva e habilitava, designadamente do âmbito da educação, da
saúde e da ação social.

LAR DE APOIO
Resposta social, desenvolvida em equipamento, destinada a acolher crianças e jovens com necessidades
educativas especiais que necessitem de frequentar estruturas de apoio específico situadas longe do local da
sua residência habitual ou que, por comprovadas necessidades familiares, precisem, temporariamente, de
resposta substitutiva da família.

TRANSPORTE DE PESSOAS COM DEFICIÊNCIA


Resposta social desenvolvida através de um serviço de natureza coletiva de apoio a crianças, jovens e adul-
tos com deficiência, que assegura o transporte e acompanhamento personalizado.
62
Carta Social – Rede de Serviços e Equipamentos – Relatório 2014

Crianças e Jovens em Situação de Perigo


CENTRO DE APOIO FAMILIAR E ACONSELHAMENTO PARENTAL
Resposta social, desenvolvida através de um serviço, vocacionada para o estudo e prevenção de situações
de risco social e para o apoio a crianças e jovens em situação de perigo e suas famílias, concretizado na sua
comunidade, através de equipas multidisciplinares.

EQUIPA DE RUA DE APOIO A CRIANÇAS E JOVENS


Resposta social, desenvolvida através de um serviço, destinada ao apoio a crianças e jovens em situação de
perigo, desinseridas a nível sociofamiliar e que subsistem pela via de comportamentos desviantes.

ACOLHIMENTO FAMILIAR PARA CRIANÇAS E JOVENS


Resposta social, desenvolvida através de um serviço, que consiste na atribuição da confiança da criança ou
do jovem a uma família ou a uma pessoa singular, habilitadas para o efeito, tecnicamente enquadradas,
decorrente da aplicação da medida de promoção e proteção, visando a sua integração em meio familiar.

CENTRO DE ACOLHIMENTO TEMPORÁRIO


Resposta social, desenvolvida em equipamento, destinada ao acolhimento urgente e temporário de crianças
e jovens em perigo, de duração inferior a seis meses, com base na aplicação de medida de promoção e
proteção.

LAR DE INFÂNCIA E JUVENTUDE


Resposta social, desenvolvida em equipamento, destinada ao acolhimento de crianças e jovens em situação
de perigo, de duração superior a 6 meses, com base na aplicação de medida de promoção e proteção.

APARTAMENTO DE AUTONOMIZAÇÃO
Resposta social, desenvolvida em equipamento – apartamento inserido na comunidade local – destinada a
apoiar a transição para a vida adulta de jovens que possuem competências pessoais específicas, através da
dinamização de serviços que articulem e potenciem recursos existentes nos espaços territoriais.

POPULAÇÃO ADULTA
Pessoas Idosas
SERVIÇO DE APOIO DOMICILIÁRIO – SAD
Resposta social, desenvolvida a partir de um equipamento, que consiste na prestação de cuidados individua-
lizados e personalizados no domicílio a indivíduos e famílias quando, por motivo de doença, deficiência ou
outro impedimento, não possam assegurar temporária ou permanentemente, a satisfação das necessidades
básicas e/ou as atividades da vida diária.

CENTRO DE CONVÍVIO
Resposta social, desenvolvida em equipamento, de apoio a atividades sócio-recreativas e culturais, organi-
zadas e dinamizadas com participação ativa das pessoas idosas de uma comunidade.

CENTRO DE DIA
Resposta social, desenvolvida em equipamento, que consiste na prestação de um conjunto de serviços que
contribuem para a manutenção das pessoas idosas no seu meio sociofamiliar.

CENTRO DE NOITE
Resposta social, desenvolvida em equipamento, que tem por finalidade o acolhimento noturno, prioritaria-
mente para pessoas idosas com autonomia que, por vivenciarem situações de solidão, isolamento ou insegu-
rança necessitam de suporte de acompanhamento durante a noite.
63
Carta Social – Rede de Serviços e Equipamentos – Relatório 2014

ACOLHIMENTO FAMILIAR PARA PESSOAS IDOSAS


Resposta social que consiste em integrar, temporária ou permanentemente, em famílias consideradas idó-
neas, pessoas idosas quando, por ausência ou falta de condições de familiares e/ou inexistência ou insufici-
ência de respostas sociais, não possam permanecer no seu domicílio.

RESIDÊNCIA
Resposta social, desenvolvida em equipamento, constituída por um conjunto de apartamentos com espaços
e/ou serviços de utilização comum, para pessoas idosas, ou outras, com autonomia total ou parcial.

LAR DE IDOSOS
Resposta social, desenvolvida em equipamento, destinada ao alojamento coletivo, de utilização temporária
ou permanente, para pessoas idosas ou outras em situação de maior risco de perda de independência e/ou
de autonomia.

ESTRUTURA RESIDENCIAL PARA PESSOAS IDOSAS – ERPI (Nova denominação das respostas resi-
denciais para pessoas idosas, substituindo as designações lar de idosos e residência para idosos, nos ter-
mos da Portaria n.º 67/2012, de 21 de março.)
Considera-se estrutura residencial para pessoas idosas, o estabelecimento para alojamento coletivo, de
utilização temporária ou permanente, em que sejam desenvolvidas atividades de apoio social e prestados
cuidados de enfermagem. A estrutura residencial pode assumir um das seguintes modalidades de alojamen-
to: a) Tipologias habitacionais, designadamente apartamentos e ou moradias; b) Quartos e c) Tipologias
habitacionais em conjunto com o alojamento em quartos.

Pessoas Adultas com Deficiência


CENTRO DE ATENDIMENTO/ACOMPANHAMENTO E ANIMAÇÃO PARA PESSOAS COM DEFICIÊNCIA
Resposta social, desenvolvida em equipamento, organizada em espaço polivalente, destinado a informar,
orientar e apoiar as pessoas com deficiência, promovendo o desenvolvimento das competências necessárias
à resolução dos seus próprios problemas, bem como atividades de animação sociocultural.

SERVIÇO DE APOIO DOMICILIÁRIO – SAD


Resposta social, desenvolvida a partir de um equipamento, que consiste na prestação de cuidados individua-
lizados e personalizados no domicílio a indivíduos e famílias quando, por motivo de doença, deficiência ou
outro impedimento, não possam assegurar temporária ou permanentemente, a satisfação das necessidades
básicas e/ou as atividades da vida diária.

CENTRO DE ATIVIDADES OCUPACIONAIS – CAO


Resposta social, desenvolvida em equipamento, destinada a desenvolver atividades para jovens e adultos
com deficiência grave.

ACOLHIMENTO FAMILIAR PARA PESSOAS ADULTAS COM DEFICIÊNCIA


Resposta social, que consiste em integrar, temporária ou permanentemente, em famílias consideradas idó-
neas, pessoas com deficiência, a partir da idade adulta.

LAR RESIDENCIAL
Resposta social, desenvolvida em equipamento, destinada a alojar jovens e adultos com deficiência, que se
encontrem impedidos temporária ou definitivamente de residir no seu meio familiar.

TRANSPORTE DE PESSOAS COM DEFICIÊNCIA


Resposta social, desenvolvida através de um serviço, de natureza coletiva de apoio a crianças, jovens e
adultos com deficiência, que assegura o transporte e acompanhamento personalizado.
64
Carta Social – Rede de Serviços e Equipamentos – Relatório 2014

Pessoas em Situação de Dependência


SERVIÇO DE APOIO DOMICILIÁRIO – SAD
Resposta social, desenvolvida a partir de um equipamento, que consiste na prestação de cuidados individua-
lizados e personalizados no domicílio a indivíduos e famílias quando, por motivo de doença, deficiência ou
outro impedimento, não possam assegurar temporária ou permanentemente, a satisfação das necessidades
básicas e/ou as atividades da vida diária.

APOIO DOMICILIÁRIO INTEGRADO – ADI


Resposta que se concretiza através de um conjunto de ações e cuidados pluridisciplinares, flexíveis, abran-
gentes, acessíveis e articulados, de apoio social e de saúde, a prestar no domicílio, durante vinte e quatro
horas por dia e sete dias por semana.

UNIDADE DE APOIO INTEGRADO – UAI


Resposta, desenvolvida em equipamento, que visa prestar cuidados temporários, globais e integrados, a
pessoas que, por motivo de dependência, não podem, manter-se apoiadas no seu domicílio, mas que não
carecem de cuidados clínicos em internamento hospitalar.

Pessoas com Doença do Foro Mental ou Psiquiátrico


FORUM SÓCIO-OCUPACIONAL
Resposta, desenvolvida em equipamento, destinada a pessoas com desvantagem, transitória ou permanen-
te, de origem psíquica, visando a sua reinserção sociofamiliar e ou profissional ou a sua eventual integração
em programas de formação ou de emprego protegido.

UNIDADE DE VIDA PROTEGIDA


Resposta, desenvolvida em equipamento, destinada a pessoas adultas com problemática psiquiátrica grave e
de evolução crónica clinicamente estável e que necessitam de treino de autonomia.

UNIDADE DE VIDA AUTÓNOMA


Resposta, desenvolvida em equipamento, destinada a pessoas adultas com problemática psiquiátrica grave
estabilizada e de evolução crónica, mas com capacidade autonómica, permitindo a sua integração em pro-
gramas de formação profissional ou em emprego normal ou protegido e sem alternativa residencial satisfató-
ria.

UNIDADE DE VIDA APOIADA


Resposta, desenvolvida em equipamento, destinada a pessoas adultas que, por limitação mental crónica e
fatores sociais graves, alcançaram um grau de desvantagem que não lhes permite organizar, sem apoio, as
atividades de vida diária, mas que não necessitam de intervenção médica frequente.

Pessoas Sem-Abrigo
EQUIPA DE RUA PARA PESSOAS SEM-ABRIGO
Resposta social, desenvolvida através de um serviço prestado por equipa multidisciplinar, que estabelece
uma abordagem com os sem-abrigo, visando melhorar as suas condições de vida.

ATELIER OCUPACIONAL
Resposta social, desenvolvida em equipamento, destinada ao apoio à população adulta, sem abrigo, com
vista à reabilitação das suas capacidades e competências sociais, através do desenvolvimento de atividades
integradas em programas “estruturados” que implicam uma participação assídua do indivíduo, ou “flexíveis”
onde a assiduidade depende da sua disponibilidade e motivação.
65
Carta Social – Rede de Serviços e Equipamentos – Relatório 2014

FAMÍLIA E COMUNIDADE
Família e Comunidade em Geral
ATENDIMENTO/ACOMPANHAMENTO SOCIAL
Resposta social, desenvolvida através de um serviço de primeira linha, que visa apoiar as pessoas e as famí-
lias na prevenção e/ou reparação de problemas geradores ou gerados por situações de exclusão social e, em
certos casos, atuar em situações de emergência.

GRUPO DE AUTO-AJUDA
Resposta social, desenvolvida através de pequenos grupos para interajuda, organizados e integrados por
pessoas que passam ou passaram pela mesma situação/problema, visando encontrar soluções pela partilha
de experiências e troca de informação.

CENTRO COMUNITÁRIO
Resposta social, desenvolvida em equipamento, onde se prestam serviços e desenvolvem atividades que, de
uma forma articulada, tendem a constituir um polo de animação com vista à prevenção de problemas sociais
e à definição de um projeto de desenvolvimento local, coletivamente assumido.

CENTRO DE FÉRIAS E DE LAZER


Resposta social, desenvolvida em equipamento, destinada à satisfação de necessidades de lazer e de que-
bra da rotina, essencial ao equilíbrio físico, psicológico e social dos seus utilizadores.

REFEITÓRIO/CANTINA SOCIAL
Resposta social, desenvolvida em equipamento, destinada ao fornecimento de refeições, em especial a indi-
víduos economicamente desfavorecidos, podendo integrar outras atividades, nomeadamente de higiene
pessoal e tratamento de roupas.

CENTRO DE APOIO À VIDA


Resposta social, desenvolvida em equipamento, vocacionada para o apoio e acompanhamento a mulheres
grávidas ou puérperas com filhos recém-nascidos, que se encontram em risco emocional ou social.

COMUNIDADE DE INSERÇÃO
Resposta social, desenvolvida em equipamento, com ou sem alojamento, que compreende um conjunto de
ações integradas com vista à inserção social de diversos grupos alvo que, por determinados fatores, se en-
contram em situação de exclusão ou de marginalização social.

CENTRO DE ALOJAMENTO TEMPORÁRIO – CAT


Resposta social, desenvolvida em equipamento, que visa o acolhimento, por um período de tempo limitado,
de pessoas adultas em situação de carência, tendo em vista o encaminhamento para a resposta social mais
adequada.

AJUDA ALIMENTAR
Resposta social, desenvolvida através de um serviço, que proporciona a distribuição de géneros alimentícios,
através de associações ou entidades sem fins lucrativos, contribuindo para a resolução de situações de ca-
rência alimentar de pessoas e famílias.

Pessoas com VIH/Sida e Suas Famílias


CENTRO DE ATENDIMENTO/ACOMPANHAMENTO PSICOSSOCIAL – CAAP
Resposta social, desenvolvida através de um serviço, dirigida a pessoas infetadas e/ou doentes de VIH,
vocacionada para o atendimento, acompanhamento e ocupação em regime diurno.
66
Carta Social – Rede de Serviços e Equipamentos – Relatório 2014

SERVIÇO DE APOIO DOMICILIÁRIO – SAD


Resposta social, desenvolvida a partir de um equipamento, que consiste na prestação de cuidados individua-
lizados e personalizados no domicílio a indivíduos e famílias quando, por motivo de doença, deficiência ou
outro impedimento, não possam assegurar temporária ou permanentemente, a satisfação das necessidades
básicas e/ou as atividades da vida diária.

RESIDÊNCIA PARA PESSOAS INFETADAS PELO VIH/SIDA


Resposta social, desenvolvida em equipamento, vocacionada para alojar pessoas infetadas e/ou doentes de
HIV, em rutura familiar e desfavorecimento socioeconómico.

Pessoas Toxicodependentes
EQUIPA DE INTERVENÇÃO DIRETA
Resposta social desenvolvida através de um serviço constituído por unidades de intervenção junto da popu-
lação toxicodependente e suas famílias e junto de comunidades afetadas por este fenómeno.

APARTAMENTO DE REINSERÇÃO SOCIAL


Resposta social, desenvolvida em equipamento, que consiste em acolher, temporariamente, pessoas toxico-
dependentes, que após a saída de unidades de tratamento, de estabelecimentos prisionais, de centros tutela-
res ou de outros estabelecimentos da área da justiça, se confrontem com problemas de reinserção social,
familiar, escolar ou profissional.

Pessoas Vítimas de Violência Doméstica


CENTRO DE ATENDIMENTO
Resposta, desenvolvida através de um serviço constituído por uma ou mais equipas técnica e pluridisciplina-
res, que assegura o atendimento, apoio e reencaminhamento das mulheres vítimas de violência, tendo em
vista a proteção destas.

CASA DE ABRIGO
Resposta social, desenvolvida em equipamento, que consiste no acolhimento temporário a mulheres vítimas
de violência, acompanhadas ou não de filhos menores, que não possam, por questões de segurança, per-
manecer nas suas residências habituais.

GRUPO FECHADO DE RESPOSTAS PONTUAIS

APOIO DOMICILIÁRIO PARA GUARDA DE CRIANÇAS


Serviço prestado por pessoas enquadradas por uma instituição que, por conta própria, mediante pagamento
pecuniário, se deslocam ao domicílio para prestação de cuidados individuais a crianças, durante um determi-
nado período de tempo, fora dos horários dos equipamentos tradicionais e de acordo com as necessidades
da família.

APOIO EM REGIME AMBULATÓRIO


Resposta social, desenvolvida através de um serviço/equipamento, destinada ao apoio de pessoas com
deficiência, a partir dos 7 anos, suas famílias e técnicos da comunidade, que desenvolve atividades de avali-
ação orientação e intervenção terapêutica e socioeducativa promovidas por equipas transdisciplinares.

IMPRENSA BRAILLE
Serviço de apoio a crianças, jovens e adultos com deficiência visual, que se destina a produzir, adaptar e
editar a produzir, adaptar e editar livros em Braille, de suporte ao processo de ensino/aprendizagem, assim
como às atividades de natureza cultural e recreativa.
67
Carta Social – Rede de Serviços e Equipamentos – Relatório 2014

ESCOLA DE CÃES-GUIA
Equipamento onde se desenvolvem atividades de formação, educação e treino de cães-guia para apoio à
pessoa cega.

Você também pode gostar