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UNIVERSIDADE PAULISTA – CAMPUS BRASÍLIA

Responsabilidade Social
Profa. Msc. Michelle Lemos

AULA 4
Balanço Social e ISO 26000

Balanço Social
e ISO 26000

História

Na década de 60, século XX, trabalhadores, da Europa


e EUA, passaram a cobrar das empresas informações
relativas ao desempenho econômico e social. Isso
acompanhou as discussões de responsabilidade social,
fazendo com que as empresas aumentassem as
informações que já forneciam, incorporando as sociais,
especialmente as relativas ao emprego.

Assim, instituiu-se o Balanço Social na França, em


1977, evidenciando basicamente os recursos humanos.

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História

Com o passar do tempo passou a evidenciar também a


questão ambiental, a cidadania e o valor agregado à
economia do país.
No Brasil, os primeiros balanços sociais de empresas
foram divulgados na década de 1980. Entretando, só
em 1987 ganharia visibilidade, quando o Ibase lançou
um modelo único e simplificado de balanço.
Paralelamente a isso, o sociólogo Herbert de Souza, o
Betinho, iniciou uma campanha pela divulgação
voluntária das empresas.

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Defesa do Balanço Social

Defende Ribeiro (2006, p. 9 e 10):

“Tudo isso ocorreu a partir da compreensão da sociedade


a cerca de seus direitos: ser adequadamente compensada
pelos esforços que despendem na condução das atividades
de uma empresa, ter garantia da continuidade da vida
saudável e exigir que os recursos utilizados pelo governo
no incentivo de algumas atividades econômicas produzam,
efetivamente, benefícios para comunidade.”

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Conceito

“O Balanço Social é uma ferramenta que, quando


construída por múltiplos profissionais, tem a
capacidade de explicitar e medir a preocupação da
empresa com as pessoas e a vida no planeta.
Instituto Brasileiro de Análises Sociais e Econômicas (IBASE)
“(...) é um instrumento de gestão e de informação que
visa evidenciar, da forma mais transparente possível,
informações econômicas e sociais, do desempenho das
entidades, aos mais diferenciados usuários, entre estes
os funcionários.” Tinoco (2001)
Também conhecido como Relatório Social e Relatório
de Sustentabilidade

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Objetivo

“(...) tem por objetivo ser equitativo e comunicar


informação que satisfaça a necessidade de quem dela
precisa. Essa é a missão da contabilidade, como ciência de
reportar informação contábil, financeira, econômica, soci-
al, física de produtividade e de qualidade.
Tinoco (2001)

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Usuários / benefícios

É útil a muitos usuários dentre eles destacam-se:


Trabalhadores
Clientes
Acionistas
Sindicatos
Instituições financeiras
Fornecedores
Credores
Estado
Comunidade local
Pesquisadores, professores e todos formadores de opinião

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Importância – Por que fazer?

É ético
Agrega Valor
Diminui os riscos
Moderno instrumento de gestão
Instrumento de Avaliação
É inovador e transforma

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Importância

Torna público a responsabilidade social;


Mostra com transparência para o público em geral, para
os atentos consumidores e para os acionistas e investi-
dores o que a empresa está fazendo na área social;
Representa uma contribuição decisiva para o fortaleci-
mento e consolidação da prática de elaboração e
divulgação de informações de natureza socioeconômica
e ambiental do país.
Representa a obrigação da administração de estabele-
cer metas, tomar decisões e seguir rumos de ações que
são importantes em termos de valores e objetivos da
sociedade.

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Estrutura

Evidencia o que a empresa gasta e/ou faz, voluntaria


ou obrigatoriamente, para prevenir ou remediar o que
produz de consequência sobre o meio ambiente.

Evidencia, ainda, metas de controle de poluição que


deve atingir e quais restrições para suas operações.

Contempla informações de caráter qualitativo, desta-


cam-se as informações relativas a: ecologia; gasto com
pessoal (treinamento e formação); condições de higiene
e segurança no trabalho; relações profissionais; contri-
buição da empresa para a comunidade.

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Estrutura

As questões econômicas, ambientais e de cidadania,


somadas às sociais, ampliaram o escopo do Balanço
Social, denominando-o Balanço Social em sentido
amplo, compreendendo quatro vertentes:

Balanço Social em sentido restrito (balanço das


pessoas)
Demonstração do Valor Adicionado – DVA
Balanço Ecológico
Responsabilidade social da empresa

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Legislação

Projeto de Lei nº 3.116/97: Cria o balanço social para as


empresas que menciona e dá outras providências.
Neste projeto a obrigatoriedade seria para:
as empresas privadas que tiveram cem empregados
ou mais no ano anterior à sua elaboração;
as empresas públicas, sociedades de economia mista,
empresas permissionárias e concessionárias de
serviços públicos em todos os níveis da administração
pública, independentemente do número de empre-
gados.

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Legislação

Atualmente, a Comissão de Valores Mobiliários (CVM)


vem elaborando um Projeto de Lei que prevê alterações
e inovações nas informações contábeis divulgadas pelas
sociedades anônimas e limitadas, o que inclui a
obrigatoriedade da divulgação do Balanço Social por
empresas de grande porte, mesmo que não tenham
capital aberto

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ISO 26000

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A ISO

Criada em 1946 para promover e desenvolver normas e


atividades que facilitem o comércio internacional e a
cooperação intelectual, científica, tecnológica e econô-
mica;
Sediada em Genebra, presente em 153 países,
representada por órgãos de normalização nacionais;
No Brasil, é representada pela ABNT;
Os padrões ISO 9000 e ISO 14000 já foram adotados
por cerca de 634 mil organizações (www.iso.org);
A ISO possui uma parceria estratégica com a OMC

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Principais deliberações

É uma norma de diretrizes, sem propósitos de certifica-


ção;
Não tem caráter de sistema de gestão;
É aplicável a qualquer tipo de organização (empresas,
governo, ONGs, etc);
Foi construída com base em iniciativas já existentes

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I e III Reunião da ISO


Bancoc e Lisboa

Introdução

1. Escopo (preliminar – finalidade, abrangência e objeto da


norma)
2. Referências Normativas
3. Termos e definições (terminologia comum; definição
preliminar de RS: impactos sobre sociedade e meio
ambiente, DS e integração às atividades cotidianas)
4. O contexto da RS no qual as organizações operam
5. Princípios relevantes a todas as organizações
(gerais, substantivos e operacionais)

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I e III Reunião da ISO
Bancoc e Lisboa

6. Diretrizes em temas principais da RS (preliminar:


meio ambiente, direitos humanos, práticas de trabalho,
governança organizacional, práticas leais de negócios,
envolvim. comunitário/ des. sociedade, consumidores)
7. Diretrizes para todas as organizações na
implementação da RS (visão e estratégia; liderança;
engajamento de stakeholders; cadeia de suprimentos;
comunicação)
Anexos
Bibliografia

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Principais riscos e desafios

Exclusão e competição com outras iniciativas importan-


tes.
Norma genérica demais.
A ISO é orientada para os negócios.
A Norma como barreira não tarifária ao comércio inter-
nacional.
A não certificação poderá diminuir a aceitação.
A RS ainda é um “saber em construção”.

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Principais oportunidades

Competição com outras iniciativas importantes.


Processo multistakeholder.
ISO tem grande representatividade, mais de 150 países
membros
Convergência e consenso entre as iniciativas e as
organizações
Favorecimento de países pobres
ISO e OMC, parceria estratégica
Comparabilidade geral e ampla
As normas da ISO possuem mais de 600 mil usuários

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FIM

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