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Transitórios E
Transitórios letrromagnéticos
Elet omagnéticos
Sérgio H
Sérgio affner
Haffner
Março 2006
Sumário
Introdução
Esta Nota de Aula tem como objetivo apresentar, de forma resumida, o conteúdo da disciplina
Sobretensões em Sistemas Elétricos que consiste na estudo dos fenômenos transitórios (ou transitórios
eletromagnéticos) que estão sujeitos todos os sistemas elétricos de alta ou baixa tensão. Estas notas não
pretendem esgotar todos os aspectos relacionados aos transitórios eletromagnéticos mas podem ser
utilizadas como roteiro para estudos introdutórios nesta área.
Cabe ressaltar que o objetivo desta disciplina não é a escolha dos equipamentos de proteção ou a sua
especificação e sim descrever como é possível quantificar os fenômenos transitórios. Desta forma, o
conteúdo foi dividido da seguinte forma.
No Capítulo I são abordados os principais conceitos relativos aos transitórios eletromagnéticos e sua
relação com a teoria clássica de circuitos.
No Capítulo II são apresentados os circuitos equivalentes para análise dos transitórios simples de
chaveamento tais como fechamento e abertura de chaves (ou disjuntores).
No Capítulo III é avaliado o efeito atenuador sobre os fenômenos transitórios causados pelas
resistências elétricas inerentes aos circuitos elétricos ou pelas resistências de pré-inserção ou abertura.
I.1 Introdução
Os sistemas elétricos operam a maior parte do tempo em regime permanente mas devem ser projetados
para suportar as piores solicitações (normalmente produzidas durante situações transitórias como a
abertura/fechamento de alguma chave ou um curto-circuito).
No estudo dos fenômenos transitórios não existe uma única representação para os componentes de um
sistema. Os resultados esperados e o conhecimento prévio do fenômeno em estudo auxiliam na escolha
do modelo a ser empregado.
• Formas de Onda Anormais: São gerados por elementos não lineares (conversores, retificadores,
etc.) que produzem harmônicos no sistema.
• TEMPORÁRIA: Duração relativamente longa com amplitude pequena (inferior a 1,5 pu). Origem:
rejeição de carga, curto-circuitos 3φ, fenômenos não-lineares (ressonância e ferro-ressonância) e
Efeito Ferranti. [Furnas, 41-51]
• MANOBRA: Mais rápidas que as temporárias porém com amplitude maior (entre fases ou fase-
terra até 3,5 ou 4,5 pu) - vide Figura I.1. O tempo de frente (tf) varia de 100 a 500 µs e o tempo de
cauda (tc) varia de 2000 a 3000 µs. Origem: energização e religamento de linhas, chaveamento de
Estes parâmetros apresentam-se de forma distribuída, isto é, cada pequena parte do circuito possui a
sua parcela.
onde A é uma constante a ser determinada a partir das condições iniciais. Supondo que a capacitância C
apresente uma tensão inicial v1(0), tem-se:
t
−
v1(t)= V − V − v1(0) e RC
(I.3)
Graficamente observa-se que o capacitor não assume instantaneamente a tensão da fonte quando a
chave é fechada - vide Figura I.3. Nota-se, pela expressão (I.3), que a tensão na capacitância apresenta
t
−
dois termos distinto: V que é a tensão em regime permanente e V − v1(0) e RC
que define o transitório
ocorrido durante a transição da tensão sobre a capacitância.
d
−t −t
−1
i (t ) = C V − [V − v1 (0 )]e RC
= C (− 1)[V − v1 (0 )]e RC
dt RC
V − v1( 0) RC
−t
i (t ) = e (I.4)
R
Em estudos de transitórios, usa-se como medida do tempo que se gasta para ir de uma situação de
regime permanente à outra, também de regime permanente, a constante de tempo. Observa-se que
decorrido um tempo igual à constante de tempo já terá acontecido (1− 1e ) da variação do valor entre a
1
condição inicial e o novo regime (aproximadamente 63 % da variação) e faltará ainda e
para se atingir
o novo regime permanente (aproximadamente 37 %).
Em qualquer sistema linear, se um estímulo S1 produz uma resposta R1 e um estímulo S2 produz uma
resposta R2, então caso os estímulos S1 e S2 sejam aplicados simultaneamente a resposta será dada por
R1+R2. Este princípio não pode ser aplicado para elementos não lineares tais como transformadores,
reatores, resistores não lineares de supressores de surto, retificadores, etc.
Considere o circuito analisado na Figura I.2, cujo circuito equivalente, para t>0 encontra-se na Figura
I.4.
Observar que, para qualquer valor da tensão inicial do capacitor, após um longo período este ficará
carregado com a tensão da fonte e a corrente no circuito tenderá a zero.
EPC I.1 - Determinar a equação da corrente no circuito RLC série da Figura I.5 excitado por uma
fonte senoidal de freqüência e amplitudes fixas utilizando:
a) Solução clássica de circuitos empregando equação diferencial (cuja solução é formada por duas
parcelas: resposta natural e resposta forçada).
b) Transformada de Laplace.
c) Simulação MATLAB/SIMULINK.
e(t ) = Fm senωt
ω = 10 + A + B rad
s
C = 0,05(1 + C) F
L = 10(1 + E ) H
R = 3(1 + F) Ω
Fm = 10 V vc ( 0 ) = 5 V
MATLAB e SIMULINK são marcas registradas da The MathWorks, Inc.
I – Noções Sobre Transitórios Elétricos – SHaffner Versão 9/3/2006 I.6