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Execução da auditoria: plano vôo

• Papeis de trabalho;
• Técnicas de Auditoria;
• Achados de Auditoria;
• Responsabilização;
• Relatório de Auditoria;
• Funções do supervisor e revisor.
PAPÉIS DE TRABALHO
PAPÉIS DE TRABALHO

São documentos, apontamentos, informações e


provas reunidas pelo auditor, que subsidiam e
evidenciam o trabalho executado e fundamentam a
sua opinião.
Papéis de Trabalho outras definições
Toda a documentação obtida, preparada e mantida pelo
auditor para a execução do seu trabalho.

Conjunto de documentos nos quais o auditor registra os


dados e informações obtidos, assim como os resultados e
provas do seus exames.

Conjunto de documentos e apontamentos, com informações


e provas obtidas pelo auditor, que constituem a evidência do
trabalho executado e o fundamento de sua opinião
.
FINALIDADES DOS PAPÉIS DE TRABALHO

• Auxílio aos exames e à elaboração do relatório;

• Registro do trabalho e das conclusões;

• Suporte do relatório;

• Supervisão e revisão (qualidade).


Completos e detalhados

• Os papéis de trabalho devem ser completos e


detalhados suficientemente para permitir a um
auditor experiente obter um entendimento geral
da auditoria
Extensão da documentação
• Até certo ponto, é um assunto de julgamento
profissional, uma vez que não é necessário, nem
prático, documentar toda a observação,
consideração ou conclusão.

• Todos os assuntos significativos que requeiram o


exercício do julgamento, juntamente com as
respectivas conclusões, devem ser incluídos nos
papéis de trabalho.
Organização
• Os papéis de trabalho devem ser elaborados,
organizados e arquivados de forma sistemática e
racional.

• Papéis de trabalho desordenados, ilegíveis, mal


redigidos ou com falhas, criam uma desconfiança
sobre a capacidade profissional do auditor e,
consequentemente, do seu conteúdo.
Classificação
• Gerais
– São aqueles que não correspondem a uma operação ou
questão específica e que por sua natureza são de
aplicação geral.
• Específicos
– São aqueles que por sua natureza ou objetivo,
destinam-se ao registro de trabalhos específicos de
auditoria
Atributos dos Papéis de Trabalho

• Abrangência;

• Objetividade;

• Clareza;

• Limpeza.
Abrangência
• Começo - Meio – Fim;

• documentação do planejamento;

• natureza, oportunidade e extensão dos procedimentos;

• Análises;

• Conclusões.
Objetividade

• Pontos Vitais

• Exemplo: Numa entrevista não é necessário


relatar tudo o que foi conversado mas
apenas o pertintente à matéria em exame
Clareza

• qualquer pessoa que manuseie os papéis de


trabalho;
• sem necessidade de explicações verbais;
• deve ser capaz de determinar:
• Propósito;
• Alcance;
• Conclusões.
Limpeza
• Papéis de Trabalho:
• desorganizados
• ilegíveis
• sujos
• Dificultam a revisão do trabalho.
• Dificultam a elaboração do relatório.
• Perdem o valor como evidência.
Elaboração

• Planejamento;

• Tipos de papéis;

• Codificação e Referência-cruzada;

• Símbolos e Marcas de Auditoria.


Planejamento
• Essencial para que eles forneçam a evidência
necessária de forma concisa e efetiva
• Cabeçalho;
• título do papel de trabalho;
• período dos exames.
Referência Cruzada

• Links em cada valor ou informações que


apareçam em diferentes papéis de trabalho;

• fundamental para organização e utilização


dos papéis de trabalho.
Simbologia e Marcas de Auditoria
• “ticks” para economia de espaço e racionalização
de registros;
• elimina a repetição de explicações;
• facilita a revisão rápida dos papéis;
• apostos com lápis de cor;
• acompanhar o andamento do trabalho;
• cada papel tem de indicar o significado de cada
marca.
Exemplos de marcas de auditoria
Símbolo Significado

 Conferido

 Soma conferida

W Conferido com a documentação


suporte
 Referência cruzada interna (mesmo
papel de trabalho)
PAPÉIS DE TRABALHO

PERMANENTE
TRANSITÓRIO
- comprovar ou definir as questões
- período limitado;
e os procedimentos de auditoria
- arquivados ou
- controlar, auxiliar ou documentar
descartados.
a execução da auditoria
- evidenciar os achados de auditoria
- classificados em:
evidências dos achados
registros do trabalho executado
PAPÉIS DE TRABALHO

PERMANENTE CORRENTES, TRANSITORIOS


-informações que OU PROVISÓRIOS
interessam para
futuras auditorias. - informações, evidências e
documentos obtidos e utilizados
durante o trabalho de auditoria e que
sirvam de embasamento para as
conclusões expressas no relatório.
Tratamento dado aos papéis de
trabalho
• O auditor deve adotar procedimentos apropriados
para manter a custódia dos papeis de trabalho
pelo prazo de cinco anos, a partir da data de
emissão do seu parecer.
(NBC TA 11.02, item 12)
Custódia (NAGs)
4408.5 – A documentação de auditoria é de propriedade
exclusiva do TC, responsável por sua guarda e sigilo. Ela
deve ser arquivada pelo prazo de cinco anos, contado a
partir da data de julgamento ou apreciação das
auditorias governamentais relacionadas. Após esse
período, pode ser transferida para o arquivo permanente
ou eliminada, conforme decisão do colegiado de cada TC,
salvos os prazos fixados pela legislação pertinente ao ente
auditado.
INFORMATIZAÇÃO
DO
TRABALHO DO AUDITOR
INFORMATIZAÇÃO DA ATIVIDADE
DE AUDITORIA
Objetivos de um software de
gerenciamento e execução
• Aumentar a produtividade;
• Documentar;
• Garantir melhor armazenamento da informação;
• Melhorar a qualidade;
• Aumentar a segurança.
Ferramentas de Avaliação de
Riscos
• Suporte da Metodologia de avaliação:
– fatores, cálculos e ponderações
• Registro sistematizado em bibliotecas ou
matrizes de risco;
• Flexibilidade na inserção de novos fatores e
recálculos;
• Relatórios de suporte à decisão. (Reinfes)
Utilização de Softwares na
Atividade de Auditoria
• Softwares de gerenciamento e execução
– Sigfis e Fiscalis
• Softwares de processamento de dados
– Access, Idea, ACL, Excel, SQL Server
• Softwares de Edição de Textos
– Word, emacs (linux), vim(linux)
• Softwares Estatísticos
– SPSS, SAS, R, Matlab
Técnicas de Auditoria
Procedimentos de Auditoria

• Ações e técnicas sistematicamente ordenados, em


sequência racional e lógica;
• Executados durante os trabalhos;
• Indicam o que e como fazer o trabalho;
• Maximizam o resultado alcançado.
PRINCÍPIO DA AUDITORIA: TRIANGULAÇÃO

• Comparação de informações obtidas em


diferentes fontes, por intermédio da utilização de
mais de uma técnica;

• Dados registrados em documentos obtidos em


entrevistas;

• Fortalece, aumenta e corrobora a consistência das


evidências.
Tornar as coisas “auditáveis”
UTILIZAÇÃO
AMOSTRAGEM DE
ESPECIALISTAS

CONTROLES INTERNOS ANÁLISE DE RISCO


Técnicas de Auditoria Definição

• Formas ou maneiras utilizadas na aplicação


dos procedimentos de auditoria com vistas
à obtenção de diferentes tipos de
evidências ou ao tratamento de informações
Técnicas de Auditoria
• exame documental
• inspeção física
• conferência de cálculos
• observação
• entrevista
• circularização
• conciliações
• análise de contas contábeis
• revisão analítica
EXAME DOCUMENTAL
• Procedimento mais usado

• Confundido com a própria auditoria

• Deve ser opção deliberada e não por desconhecimento


de outras técnicas

Exame de Edital, Prestação de Contas de Convênio,


Nota Fiscal
INSPEÇÃO FÍSICA

• Constatação “in loco”


– Localização de bens (desaparecidos, inexistentes,
estoques, obras)
– Identificação de servidores ou contratados fantasmas
– Bens danificados (escolas, hospitais)
– Existência de empresas contratadas
CONFERÊNCIA DE CÁLCULOS

• Indispensável para conferência de operações que


envolvam cálculos, transposição de valores
Privatização do Banespa (omissão de crédito
tributário na planilha de avaliação)
OBSERVAÇÃO

• Sempre que possível deverá ser realizada por


mais de um membro da equipe
• Registrar os fatos observados
concomitantemente à sua ocorrência
Comparar atividade prevista em norma com a
sua efetiva realização (análise de prestação de
contas de convênio)
ENTREVISTA
• Elaboração de perguntas objetivando respostas
para quesitos previamente definidos.

• As respostas obtidas deverão ser checadas, pois


não constituem evidências que possam ser
utilizadas pelo Tribunal.
CIRCULARIZAÇÃO
• Confirmação, junto a terceiros, de fatos apresentados pela
entidade
– Cartas p/ confirmação de saldos em bancos;
– Confirmação do pagamento a fornecedores ;
– Escola recebeu merenda escolar;
– Alegados licitantes foram realmente convidados;
– Verificações de Notas Fiscais junto ao Fisco.
CONCILIAÇÃO
• Compatibilidade entre o saldo das contas
sintéticas com aqueles das contas analíticas;

• Confronto dos registros mantidos pela entidade


com elementos de fontes externas;

Ex.: Conciliação bancária dos pagamentos em


convênios.
ANÁLISE DE CONTAS

• Exame das transações que geraram lançamentos


na conta contábil;

• Parte dos lançamentos contábeis para a


identificação dos fatos e documentos que o
suportam;

Ex.: Lançamento de investimento como custeio.


REVISÃO ANALÍTICA
• Objetiva verificar o comportamento de valores
significativos, mediante índices, quocientes, quantidades
absolutas ou outros meios, com vistas à identificação de
situações ou tendências atípicas.

• Inferências lógicas ou estruturação de raciocínio que


permita chegar a determinada conclusão.

Ex.: demonstração de “jogo de planilha” em licitação de


obras, equilíbrio econômico financeiro
Outras Técnicas
• Grupo Focal;
• Árvore de problemas;
• Análise Swot;
• Análise RECI;
• Análise de Conteúdo;
• DVR;
• Marco Lógico e mapa de processos;
• Ishikawa;
• Potencialmente todas as técnicas de pesquisa.
Achados de Auditoria
Achado de Auditoria

• O achado de auditoria é resultante da


confrontação do critério (padrão normativo,
legal, doutrinário (etc) esperado) e os fatos e
atos identificados e analisados pelo auditor
(situação encontrada).
• Conforme vão sendo constatados, os achados
devem ser incluídos na matriz de achados.
APRESENTAÇÃO DOS ACHADOS (Relatório)
• Os achados de auditoria devem ser expostos em
tópico próprio, representando o principal capítulo
do relatório. Para sua elaboração, deve-se utilizar
a matriz de achados, papel de trabalho que
estrutura o desenvolvimento dos achados. Cada
achado deve ser descrito com base nos seguintes
elementos, quando aplicável:

I. descrição ou basicamente o título do achado;


II. Critérios;
III. situação encontrada;
APRESENTAÇÃO DOS ACHADOS
IV. objetos nos quais foi constatado;
V. evidências;
VI. causas;
VII. efeitos reais ou potenciais;
VIII. responsável: qualificação, conduta, nexo de
causalidade e culpabilidade;
IX. esclarecimentos prestados pelos responsáveis;
X. conclusão da equipe de auditoria;
XI. proposta de encaminhamento.
APRESENTAÇÃO DOS ACHADOS
(diferenças entre auditorias de conformidade e
operacionais)

• Em auditorias operacionais, a forma de apresentação dos


achados pode diferir da utilizada em auditorias de
conformidade, podendo, inclusive variar entre um e outro
trabalho. Os capítulos principais do relatório compõem-se
do relato articulado e argumentado sobre os achados de
auditoria, que devem ser apresentados em ordem
decrescente de relevância, isto é, inicia-se pelo tema que
se revelou mais importante (NAT 141).
Comentários dos Gestores

• Um dos modos mais efetivos para assegurar que um


relatório seja imparcial, objetivo e completo é
submeter o relatório preliminar para obtenção de
comentários por parte dos dirigentes da entidade
auditada. A inclusão desses comentários no relatório
final resulta em um documento que não só apresenta
os achados, as conclusões e as propostas da equipe,
mas também a perspectiva dos dirigentes da
entidade e as ações corretivas que pretendem tomar.
Comentários dos Gestores

• Nas auditorias operacionais, a regra é submeter o


relatório preliminar aos comentários dos gestores,
inclusive os achados, as conclusões e as propostas
de encaminhamento formuladas pela equipe.
• Nas demais auditorias, o encaminhamento do
relatório preliminar aos gestores é obrigatório se
houver achados de alta complexidade ou de grande
impacto, e opcional nas demais situações, a critério
do dirigente da unidade técnica (NAT 145).
Comentários do Gestor

• O relatório preliminar a ser submetido aos gestores deve ser antes


revisado pelo supervisor e deve ser remetido por intermédio de ofício da
unidade técnica, estipulando-se prazo reduzido, porém factível, para que
os gestores encaminhem seus comentários;

• Esses comentários ainda não representam abertura do contraditório e,


portanto, não significam exercício de direito de defesa, que será
exercido em fases processuais posteriores.
• A não apresentação dos comentários, no prazo estipulado, não impedirá
o andamento normal do processo nem será considerada motivo de
sanção
MATRIZ DE ACHADOS

Auxilia a elaboração do relatório de auditoria.

Para reduzir a possibilidade de retrabalho ou


extensão do prazo da auditoria, a matriz de achados
deve ser preenchida na fase de execução da
auditoria, na medida em que os achados vão sendo
detectados.
MATRIZ DE ACHADOS

• O preenchimento da matriz de achados em campo deve ser


tempestivo, de modo a subsidiar a realização de novas
solicitações, caso sejam identificadas lacunas na
sistematização dos achados de auditoria.
• Durante a execução dos trabalhos, caso sejam identificados
achados de auditoria inicialmente fora do escopo das
questões de auditoria constantes da matriz de
planejamento, a equipe de auditoria dará conhecimento
imediato do fato ao supervisor e promoverá a atualização
da matriz de planejamento. Nesta situação deverão ser
observados o objetivo e o escopo da auditoria.
Matriz de Achados: campos
• Achado;
• Critério;
• * Resumo da Situação encontrada;
• Evidência;
• Causa;
• Efeito;
• Encaminhamento.
Achado de Auditoria
O achado não se confunde com os indícios. Para o TCU,
indícios são “discordâncias entre a situação encontrada e o
critério, que ainda não foram devidamente investigadas,
nem estão suficientemente suportadas por evidências a
ponto de caracterizar-se como achado de auditoria. Uma vez
encontradas evidências que transformam o indício em
achado, este deve ser incluído no relatório.”
Achado de Auditoria
• As investigações acerca dos indícios devem ser
esgotadas ao longo da fase execução, evitando-se
mal entendidos e minimizando o recolhimento de
informações posteriores.
• O achado de auditoria deve ser descrito de forma
concisa, precisa, clara e objetiva. Deve informar ao
leitor qual foi a ilegalidade ou impropriedade
identificada, ou seja, deve resumir a não-
conformidade encontrada em relação ao critério
adotado.
Evidências X Indícios
• Indícios - discordâncias entre a situação
encontrada e o critério que ainda não foram
devidamente investigadas, nem estão suficientemente
suportadas por evidências a ponto de
caracterizarem-se como achados de auditoria.
• Uma vez encontradas evidências que transformam o
indício em achado, este deve ser incluído no relatório.

Tendência - Vide Acórdão TCU nº 630/2006-Plenário – prova


indiciária - declaração de inidoneidade.
Acórdão TCU 630/06
A própria acepção da palavra “comprovada”, segundo o Dicionário
Aurélio [1. Concorrer para provar; ajuntar novas provas a;
confirmar; corroborar; 2. Evidenciar, demonstrar; 3. Tip.
Evidenciar em nova prova (as emendas assinaladas em prova
anterior); contraprovar, conferir.)], indica a possibilidade de
utilização da prova indiciária no dispositivo em apreço. Ora, se os
indícios concorrem para a mesma conclusão ou reforçam
conclusão anterior, evidenciando os fatos constantes dos autos,
servem para comprovar a ocorrência de fraude. Fatos
comprovados, consoante a lição de De Plácido e Silva (in
Vocabulário Jurídico), “devem ser fatos que se encaram como
integralmente demonstrados ou postos em evidência”, o que
restou feito nos autos.
Acórdão TCU 630/06 - cont
• É de se reconhecer, no entanto, que não são
quaisquer indícios que se prestam a comprovar a
ocorrência de fraude; necessitam, pois, consoante a
construção jurisprudencial do Supremo Tribunal
Federal, serem “vários, concordantes e
convergentes”. Se acaso os argumentos
apresentados pela empresa recorrente tivessem
afastado as conclusões do Acórdão recorrido, haveria
de se reconhecer que a prova indiciária não bastaria
por si só para ensejar a declaração de inidoneidade.
Jurisprudência TCU - cont
Acórdão 1223/2015 Plenário (Tomada de Contas Especial)
É licito ao julgador formar seu convencimento com base em prova
indiciária quando os indícios são vários, fortes e convergentes, e o
responsável não apresenta contraindícios de sua participação nas
irregularidades.

Acórdão 333/2015 Plenário (Pedido de Reexame)


A prova indiciária, constituída por somatório de indícios que apontam
na mesma direção, é suficiente para caracterizar fraude a licitação por
meio de conluio de licitantes, não se exigindo prova técnica inequívoca
para tanto.
Jurisprudência TCU - cont

Acórdão 834/2014 Plenário (TCE)


Constitui prova a existência de indícios vários,
convergentes e concordantes, o que, sinalizando para a
manipulação de procedimento licitatório, autoriza o TCU a
declarar a inidoneidade das empresas envolvidas na
fraude, assim como multar os gestores públicos
responsáveis.
ACHADOS DE AUDITORIA

Os achados de auditoria devem atender aos requisitos básicos a


seguir:
a) serem relevantes para que mereçam ser destacados;
b) estarem fundamentados em evidências juntadas ao relatório;
c) serem apresentados de forma objetiva;
c) respaldarem as propostas de encaminhamento dele resultantes;
e
d) apresentar consistência, de modo a mostrar-se convincente a
quem não participou da auditoria.
Deve-se evitar o uso de expressões vagas, genéricas ou amplas na
descrição do achado.
COMO DESCREVER O ACHADO

Ao invés de “irregularidade no processo licitatório”, utilizar:


Achado 01: Frustração do processo licitatório em virtude
de fracionamento de despesas

Ao invés de “Pagamento inadequado da despesa”, utilizar:


Achado 02: Pagamento de despesas sem comprovação da
respectiva liquidação

Fonte: Guia Geral 02: Matriz de Achados - SGE


COMO DESCREVER O ACHADO - exemplos
 Fuga à licitação em virtude de fracionamento de despesas.

 Contratação direta indevida em virtude de falha de planejamento.

 Divergência entre a descrição do objeto no contrato e a constante no


instrumento convocatório da licitação.

 Contratação com prazo superior ao previsto na legislação em virtude


de enquadramento indevido do objeto como serviço continuado.
COMO DESCREVER O ACHADO - exemplos

 Ausência de lei para a concessão de benefício


tributário.
 As previsões de estimativa do impacto orçamentário-
financeiro não asseguram o equilíbrio fiscal nos
exercícios subsequentes.
 Realização de operações de crédito que excedem o
montante das despesas de capital.
 Contratação temporária de pessoal para o exercício
de funções de caráter permanente.
COMO DESCREVER O ACHADO - exemplos

 Deficiências na gestão de créditos sujeitos a


parcelamentos especiais.

 Ausência de controle sistemático, por parte das UG,


do cálculo das contribuições e fragilidade na
conferência dos repasses e pagamentos de
parcelamentos (CONTROLE - RPPS)
CRITÉRIOS

• Critério de auditoria é o referencial que indica o estado


requerido ou desejado, ou a expectativa em relação a uma
situação objeto de auditoria, refletindo como deveria ser a
gestão, provendo o contexto para compreensão dos achados e
avaliação das evidências.
• Critério de auditoria inclui a legislação, norma, princípio,
jurisprudência, entendimento doutrinário ou padrão adotado,
das cláusulas contratuais, de convênios e de outros ajustes, ou
ainda, no caso de auditorias operacionais, dos referenciais
aceitos ou tecnicamente validados para o objeto sob análise,
como padrões e boas práticas, que o auditor compara com a
situação encontrada.
CRITÉRIOS

• O preenchimento da coluna “critério” permite a


revisão da fundamentação legal, da jurisprudência
e da doutrina, diminuindo a possibilidade de
eventuais omissões ou equívocos.
• Na matriz de achados, os critérios devem ser
descritos de forma sucinta, clara e objetiva
indicando o padrão de normalidade esperado do
objeto de auditoria.
Exemplo:
Critério: art. 24, inciso IV, da Lei Federal n° 8.666/93;
Critério: princípio da impessoalidade;
Critério: Art. 37, caput, da Constituição Federal de 1988
(princípio da eficiência); art. 25, inciso II, da Lei Federal n°
8.666/93.
Critério: Súmula n° 13 do Supremo Tribunal Federal.
Crítério: seção 5.4 da ABNT ISO 31.000
EVIDÊNCIAS
• Evidências consistem no conjunto probatório (provas) que dão
suporte aos achados de auditoria, que servem de base para a
sustentação das conclusões e para a formulação das propostas
de encaminhamento.
ATRIBUTOS:
• Devem ser suficientes e completas de modo a permitir que
terceiros cheguem às conclusões da equipe;
• pertinentes ao tema e diretamente relacionadas com o achado;
• adequadas e fidedignas, gozando de autenticidade,
confiabilidade e exatidão da fonte.
Evidências

Suficientes e completas

Pertinentes ao tema
Relacionadas com o achado
(evitar a acumulação
indiscriminada de papéis)

Adequadas e fidedignas:
- autenticidade;
- confiabilidade;
- exatidão da fonte.
Evidências X Indícios
• Indícios - discordâncias entre a situação
encontrada e o critério que ainda não foram
devidamente investigadas, nem estão suficientemente
suportadas por evidências a ponto de
caracterizarem-se como achados de auditoria.

• Uma vez encontradas evidências que transformam o


indício em achado, este deve ser incluído no relatório.
Atributos das Evidências (NAT 108)
I. VALIDADE: a evidência deve ser legítima, ou seja, baseada em
informações precisas e confiáveis;

II. CONFIABILIDADE: garantia de que serão obtidos os mesmos


resultados se a auditoria for repetida. Para obter evidências
confiáveis, é importante considerar que: é conveniente usar
diferentes fontes; é interessante usar diferentes abordagens; fontes
externas, em geral, são mais confiáveis que internas; evidências
documentais são mais confiáveis que orais; evidências obtidas por
observação direta ou análise são mais confiáveis que aquelas obtidas
indiretamente;
Atributos das Evidências (NAT 108)
III. RELEVÂNCIA: a evidência é relevante se for relacionada, de
forma clara e lógica, aos critérios e objetivos da auditoria;

IV. SUFICIÊNCIA: a quantidade e qualidade das evidências


obtidas devem persuadir o leitor de que os achados, conclusões,
recomendações e determinações da auditoria estão bem
fundamentados. A quantidade de evidências não substitui a falta
dos outros atributos (validade, confiabilidade, relevância). Quanto
maior a materialidade do objeto, o risco e o grau de sensibilidade
do auditado a determinado assunto, maior será a necessidade de
evidências mais robustas.
• Adequação e Fidedignidade
• Fonte da Informação

– Interna;

– Externa.

• As evidências testemunhais devem, sempre


que possível, ser reduzidas a termo e
corroboradas por outras evidências (NAT 107,
TCU).
• Classificação das Evidências
– Física

– Documental

– Eletrônica

– Oral (testemunhal)

– Analítica
Evidência Física

– Obtida pela inspeção ou observação direta

– Deve ser documentada : fotografias,


amostras, filmes, etc.
Evidência Documental

– Tipo mais comum

– Documentos internos e externos


Evidência Eletrônica
• Informação produzida ou mantida em meio
eletrônico;

• Pode ser transformada em evidência


documental.

Ex: bancos de dados, planilhas eletrônicas etc.


Evidência Oral
• Obtida por intermédio de entrevistas ou
questionários;

• Valor limitado como evidência (vide NAT 107,


TCU);

• Fornece pistas;

• Tem de ser confirmada por outras evidências.


EVIDÊNCIA TÉCNICA

FÍSICA INSPEÇÃO FÍSICA

EXAME DOCUMENTAL;
DOCUMENTAL CIRCULARIZAÇÃO;
CONCILIAÇÕES.

ORAL ENTREVISTA
ANÁLISE DE CONTAS
REVISÃO ANALÍTICA
ANALÍTICA CONFERÊNCIA DE CÁLCULOS
Evidência Analítica
• Cálculos, comparações, raciocínio lógico etc.
• Depende de fatores como exatidão dos
cálculos e tamanho da amostra.
Documentos considerados como evidências
• originais de ofícios, cartas, relatórios, outros documentos endereçados à
equipe de auditoria;

• cópias de documentos internos ou externos ao órgão/entidade auditado;

• fotografias, fitas de vídeo ou áudio, arquivos magnéticos;

• extratos de entrevista;

• respostas a questionários;

• planilhas de cálculo, quadros comparativos, demonstrativos;


• amostras físicas.
Organização das Evidências no Processo de
Fiscalização

– As evidências devem ser juntadas ao relatório de


auditoria;

– Para facilitar o manuseio e a leitura, as evidências


devem ser organizadas, preferencialmente, em anexos ao
processo principal;

– Cada anexo - em sua(s) folha(s) inicial(is), um


sumário dessas evidências juntadas e indicação das
respectivas folhas/páginas.
Evidências

• Também não poderá ser indicado como


evidência todo o processo administrativo (de
licitação, pagamento, dispensa...).
• A evidência será o documento desse processo
administrativo que, de forma objetiva e
precisa, suporte a definição da não-
conformidade.
Evidências
• Exemplos:
– Evidência 1: Parecer Jurídico constante do processo de
licitação n° 123456789-10 (arquivo “processo de
licitação.pdf” fls. 50).
– Evidência 2: Relatório do Fiscal do Contrato constante
processo de pagamento n° 12456-9 (arquivo
“processo de pagamento.pdf” fls. 11).
– Evidência 3: Empenhos n° 234, 456 e 879 constantes
da lista de empenhos enviados em resposta ao item 03
do Termo de Solicitação de Informações e Documentos
n° 02 (arquivo “notas de empenho.pdf”).
CAUSAS

• Causa é o que motivou a ocorrência do achado.


Corresponde à origem das impropriedades ou ilegalidades
devidamente investigadas.
• A investigação das causas deve ser devidamente registrada
no planejamento da auditoria, inclusive para adequação do
prazo necessário à realização dos trabalhos.
• A identificação das causas dos achados, bem como a
verificação da adequação dos critérios, são atividades que
devem ser desenvolvidas durante a fase de execução da
auditoria.
CAUSAS
• A coluna “causa” deve ser feita para dar consistência às propostas de
encaminhamento, seja de aplicação de penalidades ou, em caso
contrário, para afastar a ocorrência de irregularidades e está
intimamente relacionada à imputação de responsabilidades em relação
aos fatos encontrados na auditoria.
• A causa deve ser investigada e não mera suposição do auditor. Ao
investigar as causas, deve-se ser conclusivos: a causa não é uma
hipótese, uma possibilidade, é uma circunstância concreta.
• Caso não tenha sido possível identificar a causa do achado, deve ser
indicada na matriz a inscrição “causa não identificada”. Entretanto,
esta situação deve ser excepcional, devendo o auditor, sempre que
possível, apurar as causas dos achados de auditoria.
EFEITOS

• A análise e o registro do efeito de cada


ocorrência na coluna respectiva servem para
dimensionar a relevância do próprio achado,
além de fornecer elementos para a formulação
das propostas de encaminhamento.
• Os efeitos representam as consequências ou
possíveis consequências do achado.
EFEITOS

• São exemplos:
– prejuízo ao erário pelo pagamento de vantagem
remuneratório indevida ou pelo superfaturamento na
aquisição de bens ou prestação de serviços;
– prejuízo aos princípios da ampla competição e à igualdade
entre possíveis licitantes (em caso de restrição indevida à
participação de possíveis fornecedores/prestadores em
licitação pública).

• Potencial X Real
Astreintes
Lei 15.958/07 (LOTCM-GO)
Seção V
Das Medidas Cautelares
Art. 53. No início ou no curso de qualquer apuração, o Tribunal, de ofício, por
sugestão das Secretarias de Controle Externo ou de equipe de fiscalização, ou a
requerimento do Ministério Público junto ao Tribunal, poderá determinar, cautelarmente,
o afastamento temporário do responsável, exceto os Chefes dos Poderes Executivo e
Legislativo, se constatados indícios suficientes de que, prosseguindo no exercício de suas
funções, possa retardar ou dificultar a
realização de auditoria ou inspeção, causar novos danos ao erário ou inviabilizar o seu
ressarcimento.
Art. 56. O Tribunal Pleno ou o relator, em caso de urgência, de fundado receio de grave
lesão ao erário ou a direito alheio, ou de risco de ineficácia da decisão de mérito, poderá,
de ofício ou mediante provocação, adotar medida cautelar, com ou sem a prévia oitiva da
parte, determinando, entre outras providências, a suspensão do ato ou do procedimento
impugnado, até que o Tribunal decida sobre o mérito da questão suscitada.
Tutela de Urgência e Tutela de Evidência (CPC/2015)

Art. 300. A tutela de urgência será concedida quando houver elementos que evidenciem a
probabilidade do direito e o perigo de dano ou o risco ao resultado útil do processo.
§ 2o A tutela de urgência pode ser concedida liminarmente ou após justificação prévia.
§ 3o A tutela de urgência de natureza antecipada não será concedida quando houver
perigo de irreversibilidade dos efeitos da decisão.
Art. 301. A tutela de urgência de natureza cautelar pode ser efetivada mediante arresto,
sequestro, arrolamento de bens, registro de protesto contra alienação de bem e qualquer
outra medida idônea para asseguração do direito.

Art. 303. Nos casos em que a urgência for contemporânea à propositura da ação, a petição
inicial pode limitar-se ao requerimento da tutela antecipada e à indicação do pedido de
tutela final, com a exposição da lide, do direito que se busca realizar e do perigo de dano ou
do risco ao resultado útil do processo.
Responsabilização
Responsabilização

- Fundamentação legal -

- Poder Sancionatório

- Irregularidade

- Contraditório e ampla defesa

- Preenchimento da Matriz de Responsabilização


Matriz de Responsabilização
Matriz de Responsabilização - exemplo
Matriz de Responsabilização - exemplo
Responsabilização (Lei 13.655/18 - LINDB)

• Arts. 20 a 30 – normas sobre segurança jurídica e


eficiência na criação e na aplicação do direito público.
• Art. 20. Nas esferas administrativa, controladora e
judicial, não se decidirá com base em valores
jurídicos abstratos sem que sejam consideradas as
consequências práticas da decisão. (AED)
Parágrafo único. A motivação demonstrará a
necessidade e a adequação da medida imposta ou da
invalidação de ato, contrato, ajuste, processo ou
norma administrativa, inclusive em face das
possíveis alternativas.
Responsabilização (Lei 13.655/18 - LINDB)
Primado da Realidade – justificativa

• Art. 22 Na interpretação de normas sobre gestão pública, serão considerados


os obstáculos e as dificuldades reais do gestor e as exigências das
políticas públicas a seu cargo, sem prejuízo dos direitos dos administrados.
• § 1º Em decisão sobre regularidade de conduta ou validade de ato,
contrato, ajuste, processo ou norma administrativa, serão consideradas as
circunstâncias práticas que houverem imposto, limitado ou condicionado a
ação do agente.
• § 2º Na aplicação de sanções, serão consideradas a natureza e a
gravidade da infração cometida, os danos que dela provierem para a
administração pública, as circunstâncias agravantes ou atenuantes e os
antecedentes do agente.
• § 3º As sanções aplicadas ao agente serão levadas em conta na
dosimetria das demais sanções de mesma natureza e relativas ao mesmo
fato.”
Responsabilização (Lei 13.655/18 - LINDB)
 Primado da Realidade – justificativa
Art. 22: ...
§ 1º Em decisão sobre regularidade de conduta ou validade de ato,
contrato, ajuste, processo ou norma administrativa, serão
consideradas as circunstâncias práticas que houverem imposto,
limitado ou condicionado a ação do agente.

 Critérios a serem considerados na aplicação das sanções:


a) Natureza e gravidade da infração cometida;
b) Danos causados à Administração Pública;
c) Agravantes;
d) Atenuantes; Dosimetria
e) Antecedentes;
f) Sanções de mesma natureza (mesmo fato).
Responsabilização (Lei 13.655/18 - LINDB)
 Abrandamento do regime constitucional de responsabilidade?

Art. 28. O agente público responderá pessoalmente por suas decisões


ou opiniões técnicas em caso de dolo ou erro grosseiro.

X
CF/88, art. 37 (...):
6º As pessoas jurídicas de direito público e as de direito privado
prestadoras de serviços públicos responderão pelos danos que seus
agentes, nessa qualidade, causarem a terceiros, assegurado o direito
de regresso contra o responsável nos casos de dolo ou culpa. (tese da
dupla garantia).
ENCAMINHAMENTOS

• Propostas da equipe de auditoria. Deve conter a identificação e


qualificação do(s) responsável(eis) que deu(deram) causa ao
achado.
• São os chamamentos aos responsáveis para esclarecimentos, as
recomendações e determinações sugeridas pela equipe de
auditoria para corrigir as impropriedade e irregularidades
identificadas, recompor o erário ou divulgar boas práticas.
• Como etapa final de elaboração da matriz, a comparação das
colunas “situação encontrada” e “encaminhamento” diminui a
possibilidade de eventuais achados sem respectivas propostas
de encaminhamento.
O que exaurir durante a auditoria

- Justificativa x explicação x esclarecimento (sim)

- Notificação para apresentar Defesa –


estabelecimento do contraditório – faculdade

- Citação para recolher débito ou apresentar defesa


RELATÓRIO DE AUDITORIA
• Instrumento formal e técnico, em linguagem
impessoal;
• Comunicar aos leitores (partes interessadas),
devendo conter:
– a deliberação que autorizou a auditoria e as razões
que motivaram a deliberação, se necessário;
– uma declaração de conformidade com as NAT;
– o objetivo e as questões de auditoria;
– a metodologia da auditoria, o escopo e as limitações
de escopo;
• Comunicar aos leitores (partes
interessadas), devendo conter:

– a visão geral do objeto da auditoria, revisada


após a execução;
– os resultados da auditoria, incluindo os
achados, as conclusões, os benefícios estimados
ou esperados, o volume de recursos fiscalizados
(VRF) e as propostas de encaminhamento;
– a natureza de qualquer informação confidencial
ou sensível omitida, se aplicável.
REQUISITOS DA PALAVRA “CERTO” NAT 129

C Clareza

C Convicção

C Concisão

E Exatidão

R Relevância

Tempestividade
T
O Objetividade
Objetivo, escopo, metodologia e limitações

• O relatório deve conter o objetivo da auditoria, o


escopo, a metodologia utilizada e as limitações, estas
se tiverem ocorrido, ou uma declaração de que
nenhuma restrição significativa foi imposta aos
exames. Os usuários do relatório precisam dessas
informações para entender o propósito da auditoria,
a natureza e a extensão dos trabalhos de realizados,
o contexto e perspectiva sobre o que é relatado, e
todas as limitações significativas ao trabalho
realizado.
Visão geral do objeto auditado

• Os relatórios devem conter uma descrição das


características do objeto de auditoria que sejam
necessárias à sua compreensão, objetivando
oferecer ao leitor o conhecimento e a
compreensão necessária para um melhor
entendimento do relatório. A visão geral do
objeto, elaborada na fase de planejamento e
revisada após a fase de execução, atende a esse
objetivo.
APRESENTAÇÃO DOS ACHADOS
• Os achados de auditoria devem ser expostos em
tópico próprio, representando o principal capítulo
do relatório. Para sua elaboração, deve-se utilizar a
matriz de achados, papel de trabalho que estrutura
o desenvolvimento dos achados. Cada achado deve
ser descrito com base nos seguintes elementos,
quando aplicável:

I. descrição ou basicamente o título do achado;


II. situação encontrada;
APRESENTAÇÃO DOS ACHADOS
III. objetos nos quais foi constatado;
IV. critério de auditoria adotado;
V. evidências;
VI. causas;
VII. efeitos reais ou potenciais;
VIII. referências aos responsáveis constantes da matriz de
responsabilização: qualificação, conduta, nexo de
causalidade e culpabilidade;
IX. esclarecimentos prestados pelos responsáveis;
X. conclusão da equipe de auditoria;
XI. proposta de encaminhamento.
APRESENTAÇÃO DOS ACHADOS
(diferenças entre auditorias de conformidade e
operacionais)

• Em auditorias operacionais, a forma de apresentação


dos achados pode diferir da utilizada em auditorias de
conformidade, podendo, inclusive variar entre um e
outro trabalho. Os capítulos principais do relatório
compõem-se do relato articulado e argumentado sobre
os achados de auditoria, que devem ser apresentados
em ordem decrescente de relevância, isto é, inicia-se
pelo tema que se revelou mais importante (NAT 141).
Responsabilização (NAT 142)

• Caso a situação encontrada seja avaliada como


irregularidade grave, que justifique a audiência
para eventual aplicação de multa ou a conversão
em tomada de contas especial para fins de
citação, os responsáveis devem ser devidamente
identificados em rol juntado ao processo. A
avaliação de culpabilidade e, se for o caso, as
considerações acerca da punibilidade devem ser
desenvolvidas com base em matriz de
responsabilização.
FUNÇÕES DO SUPERVISOR
Na fase de execução:
• Verificar se os procedimentos foram executados de acordo com o
planejamento de auditoria aprovado;
• Realizar o controle dos prazos programados e dos efetivamente
utilizados e dos recursos e custos previstos e aplicados;
• Avaliar a observância das técnicas, ferramentas e procedimentos de
auditoria governamental, da extensão, da qualidade e do método dos
testes de comprovação efetuados;
• Avaliar as dificuldades encontradas pela equipe de auditoria
governamental, os procedimentos não executados ou realizados em
extensão insuficiente, os atrasos incorridos e as limitações impostas.
• Verificar se os trabalhos foram adequadamente documentados e os
objetivos dos procedimentos técnicos alcançados;
FUNÇÕES DO SUPERVISOR
Na fase de execução:
• Verificar a aplicação dos papéis de trabalho elaborados para
consecução do objetivo da auditoria;
• A seu critério, ou por determinação superior, acompanhar a equipe de
auditoria de forma a avaliar a adequação dos procedimentos de
auditoria;
• Verificar o tratamento dado à irregularidade identificada, cuja
natureza seja diversa do objetivo da auditoria, depois de consultar o
Coordenador-Geral;
• Solicitar formalmente ao Coordenador-Geral a revisão ou ampliação
do prazo de execução da auditoria nas hipóteses previstas no § 1º
deste artigo.
FUNÇÕES DO SUPERVISOR
Na fase de execução:
• Verificar a necessidade de revisar a matriz de planejamento, em
especial quando da identificação de achados de auditoria não
contemplados no escopo das questões de auditoria constantes do
planejamento, resguardada a observância ao objetivo da auditoria;
• Verificar a elaboração da matriz de achados e a necessidade de serem
realizados novos procedimentos de auditoria ou de serem colhidas
evidências.
• Orientar a elaboração e aprovar a Matriz de Achados;
• Orientar a elaboração e aprovar a Matriz de Responsabilização;

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