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PAPÉIS DE TRABALHO

Professor:
Esp. Vilson Davi Corrêa da Cruz
DIREÇÃO

Reitor Wilson de Matos Silva


Vice-Reitor Wilson de Matos Silva Filho
Pró-Reitor de Administração Wilson de Matos Silva Filho
Pró-Reitor de EAD William Victor Kendrick de Matos Silva
Presidente da Mantenedora Cláudio Ferdinandi

NEAD - NÚCLEO DE EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA

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Diretoria Operacional de Ensino Kátia Coelho
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Gerência de Projetos Especiais Daniel Fuverki Hey
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Projeto Gráfico Thayla Guimarães
Designer Educacional Kaio Vinicius Cardoso Gomes
Editoração Flávia Thaís Pedroso

C397 CENTRO UNIVERSITÁRIO DE MARINGÁ. Núcleo de Educação


a Distância; CRUZ, Vilson Davi Corrêa da.

Auditoria Empresarial. Vilson Davi Corrêa da Cruz.


Maringá-Pr.: UniCesumar, 2017.
50 p.
“Pós-graduação Universo - EaD”.
1. Auditoria 2. Empresarial 3. EaD. I. Título.
ISBN 978-85-459-0009-2
CDD - 22 ed. 657
CIP - NBR 12899 - AACR/2

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obtidas a partir do site shutterstock.com

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sumário
01 07| CONCEITO E OBJETIVO

02 15| TÉCNICAS DE ELABORAÇÃO DOS PAPÉIS DE TRABALHO

03 24| QUESTIONÁRIO DE LEVANTAMENTO E ANÁLISE DOS


CONTROLES INTERNOS

04 33| PROCEDIMENTO E APLICAÇÃO DA ANÁLISE DOS


RELATÓRIOS CONTÁBEIS
PAPÉIS DE TRABALHO

OBJETIVOS DE APRENDIZAGEM
•• Conceituar os objetivos e tipos de Papéis de Trabalho.
•• Apresentar a técnica de Elaboração dos Papéis de Trabalho.
•• Direcionar a elaboração do Questionário de Avaliação.
•• Apresentar os procedimentos de Análises utilizados na auditoria.

PLANO DE ESTUDO

A seguir, apresentam-se os tópicos que você estudará nesta unidade:


•• Conceito e Objetivo
•• Técnicas de Elaboração dos Papéis de Trabalho
•• Questionário de Levantamento e Análise dos Controles Internos
•• Procedimento e Aplicação da Análise dos Relatórios Contábeis
INTRODUÇÃO

Caro(a) aluno(a), nesta unidade de estudo, faz-se necessário entender que os


papéis de trabalho em uma auditoria têm, por função, desenvolver e elaborar
um planejamento de ação voltado a orientar e a controlar a execução dos
serviços prestados de auditoria. Tudo isso por meio da utilização dos testes de
observância e dos testes substantivos, os quais também têm a finalidade de
registrar as evidências dos fatos e das transações contábeis, assim como os de
controles internos, identificados no decorrer da execução dos serviços prestados
de auditoria.
A elaboração dos papéis de trabalho deve ser de forma escrita e ordenada,
demonstrando coerência na sequência dos seus procedimentos, os quais
buscam a identificação de erros ou de fraudes realizadas e a segurança de que
as informações de transações contábeis e administrativas foram realizadas
corretamente, com a intenção de obter as melhores evidências e provas que
satisfaçam a necessidade do auditor em emitir o relatório de opinião.
Os papéis de trabalho de auditoria devem ser elaborados e vistoriados
constantemente pelos auditores chefes das empresas de auditoria ou pelo
profissional autônomo que presta os serviços de auditoria, podendo utilizar
modelos estruturados e padronizados pelos usos e costumes das práticas de
auditoria. Não há papéis de trabalho padronizados e regulamentados por Lei,
devido à particularidade de cada empresa ou ramo de atividade, o que possibilira
que seja estruturado pelo próprio auditor ou pela empresa de auditoria, desde
que representem a segurança que os serviços contratados foram realizados
com zelo e responsabilidade.
Por meio dos papéis de trabalhos e da utilização dos índices econômicos,
o auditor pode analisar a situação patrimonial e financeira da organização e, ao
mesmo tempo, os papéis servem como um direcionador dos procedimentos
mínimos a serem executados pelo auditor contratado.

introdução
INTRODUÇÃO

Os papéis de trabalho possuem aspectos fundamentais, tais como


completabilidade, objetividade, concisão, lógica e limpeza. Esses aspectos são
os que mais se destacam, auxiliando o auditor na elaboração e na aplicação
dos procedimentos de auditoria, proporcionando um trabalho adequado a
cada serviço de auditoria e reduzindo ao máximo os riscos envolvidos em uma
auditoria externa.
É importante ressaltar que toda documentação referente aos papéis de
trabalho foram normatizadas pela NBC-TA 230 - Documentação de Auditoria,
a qual o auditor utiliza como fundamentação para sua elaboração, utilização e
segurança na emissão do relatório de opinião.

introdução
Pós-Universo 7

CONCEITO
E OBJETIVO
8 Pós-Universo

Os papéis de trabalho podem ser conceituados como todos os documentos, planilhas


e fichas de controles que envolvem as informações administrativas e contábeis
obtidas pelo auditor no desenvolvimento dos seus serviços de auditoria e os quais
servirão de base para definir qual tipo de opinião será emitida na finalização dos seus
trabalhos. Eles servem de apoio, justificação e respaldo legal para a conclusão dos
serviços prestados de auditoria.
Almeida (2012, p. 82) comenta que “os auditores elaboram papéis de trabalho, que
representam o registro de todas as evidências (por meio da observação, inspeção,
indagação, investigação etc.) obtidas ao longo do da execução da auditoria”.
Esses papéis são confidenciais e de propriedade exclusiva do auditor ou da
empresa de auditoria:

““
A finalidade principal dos papéis de trabalho do auditor é a de servir como
base e sustentação da opinião do auditor. Eles constituem o testemunho do
trabalho que o auditor efetuou, a forma como foi realizado esse trabalho e
registram e documentam as conclusões a que o auditor chegou. Os papéis
de trabalho do auditor contêm todas as informações conseguidas no curso
dos exames, muitas vezes de forma sucinta, mas sempre clara (FRANCO;
MARRA, 2009, p. 322).

O auditor deve proceder com zelo na elaboração dos seus papéis de trabalho, atentando
para que sejam planejados e organizados de forma clara e objetiva, evidenciando que
a auditoria foi realizada de acordo com as Normas de Auditoria Independente das
Demonstrações Contábeis. Assim, evita-se qualquer tipo de dúvidas no cumprimento
legal de sua responsabilidade.
O auditor utiliza os documentos originais da empresa dando primazia ao sigilo
das informações, analisa e registra as informações necessárias para seu desempenho
nos papéis de trabalho de sua responsabilidade. Isso se deve pois o volume de
documentos analisados, geralmente, é grande o e seria inviável tirar cópias de tudo
que foi analisado, ficando as cópias restritas a documentos que demonstraram alguma
divergência legal ou administrativa.
Pós-Universo 9

Os papéis de trabalho, geralmente, seguem um padrão lógico para facilitar a


utilização, o entendimento e a estrutura da evidência de provas. Eles podem variar
dependendo do objetivo da auditoria e do tipo de atividade que a organização
está enquadrada. Almeida (2012, p. 86) explana que:“na parte superior do papel de
trabalho devem ser colocados o nome da empresa auditada, a data base do exame
e o título (caixa, bancos, teste de amortização, depreciação e etc.)”.
Os papéis de trabalho devem conter: nome do departamento, da área ou da
empresa auditada, espaço para codificação e símbolos do papel de trabalho, espaço
para identificar quem preparou, revisou, aprovou os serviços de auditoria, junto com
as respectivas datas de cada ação praticada. Segundo Attie (2011, p. 236), “a arquitetura
da evidenciação dos exames praticados nos papéis de trabalho deve obedecer a um
padrão de elaboração de forma a expressar, com clareza, início, meio e finalidade a
que se presta”.
Os papéis de trabalho possuem alguns aspectos fundamentais, tais como:
completabilidade, objetividade, concisão, lógica e limpeza. A seguir, são apresentadas
as explicações sobre cada elemento:

•• Completabilidade: os papéis de trabalho necessitam ter o levantamento


completo, com começo, meio e fim dos seus objetivos.

•• Objetividade das informações: considerar somente as informações


coletadas que serão relevantes para a tomada de decisão. Em quantidade
e qualidade na relação dos documentos, relatórios e informações obtidas
por meio de entrevistas.

•• Concisão: eles precisam estar claros e com comentários fundamentados


sobre os conteúdos analisados, para se sejam entendidos sem nenhuma
explicação adicional de quem o elaborou.

•• Lógica: devem obedecer a um raciocínio lógico, com a sequência natural


dos fatos, iniciais, processados e finais.

•• Limpeza: a elaboração e manutenção devem ser realizadas com zelo e


atenção.
10 Pós-Universo

Segundo Franco e Marra (2009, p. 327), “[...] os papéis de trabalho devem ser juntados
e organizados segundo sua finalidade”. O auditor deve manter o cuidado com a
organização da guarda dos papéis de trabalho a fim de que se siga uma ordem devida
e que esta seja seguida por toda equipe.
Os papéis de trabalho representam a forma organizada de como o auditor realizou
a auditoria, tendo, por finalidade, sustentar a opinião emitida pelo auditor.

reflita
Os papéis de trabalho evidenciam, por meio de sua elaboração e apresentação,
a capacidade técnica do profissional auditor, pois sua apresentação escrita
e formal demonstra como estão organizadas as informações e a sequência
lógica e racional do serviço realizado e o zelo e qualidade dos serviços
prestados.
Fonte: o autor.

Franco e Marra (2009, p. 322) afirmam que: “[...] os papéis de trabalho do auditor
contêm todas as informações conseguidas nos cursos dos exames, muitas vezes de
forma sucinta, mas sempre clara”. O auditor é responsável pela guarda e pelo sigilo
das informações relacionadas aos papéis de trabalho de seu uso exclusivo, devendo
manter a guarda dos papéis de trabalho pelo prazo de cinco anos, contados a partir
da data de emissão do seu relatório de opinião.

Objetivo dos Papéis de Trabalho


Os papéis de trabalho têm, como objetivo, atender as Normas Brasileiras de Auditoria,
facilitar e melhorar a eficiência do trabalho de auditoria e proporcionar uma melhor
apresentação de todos os fatos e registros obtidos na execução dos serviços. Eles
podem ser elaborados manualmente ou eletronicamente.
Para Almeida (2012, p. 67), os principais objetivos dos papéis de trabalho de
auditoria são os seguintes:

•• Atender às normas de auditoria geralmente aceitas.

•• Acumular as provas necessárias para suportar o relatório do auditor.


Pós-Universo 11

•• Auxiliar o auditor durante a execução de seu trabalho.

•• Facilitar a revisão por parte do auditor responsável, para que ele se assegure
de que o serviço foi efetuado de forma correta.

•• Servir como base para avaliação dos auditores.

•• Ajudar no trabalho da próxima auditoria (um conjunto de papéis de trabalho


bem preparados serve de guia na auditoria do outro exercício social,
concorrendo para que ela seja conduzida de forma mais eficiente).

•• Representar na Justiça (no caso de ser movida uma ação contra o auditor ou
a firma de auditoria) as evidências do trabalho executado.

Como exemplos de papéis de trabalho utilizados na prática de auditoria, temos:


Estatuto ou Contrato Social, manual de procedimentos internos, cópias de contratos
e extratos bancários, legislação específica aplicável à empresa auditada, questionários
sobre o controle interno da empresa, listagem de controle dos estoques, relatórios
de contas a receber e a pagar, assim como qualquer outro documento que evidencie
transações contábeis ou administrativas realizadas pela empresa que estiver sendo
auditada.
Na sequência, são apresentados alguns dos tipos de papéis de trabalho utilizados
pelos auditores.

Tipos de Papéis de Trabalho


São vários os tipos de papéis de trabalho que um auditor pode utilizar durante a
execução dos seus trabalhos. Entre os principais papéis, temos:

a. Planejamento da Auditoria

A auditoria deve ser planejada conforme a definição das Normas Profissionais


do Auditor Independente, sempre respeitando os prazos estabelecidos no
contrato da prestação do serviço assinado com a contratante. O planejamento
exige que o auditor tenha um alto nível de conhecimento técnico profissiona
sobre as atividades relacionadas ao serviço contratado, devendo considerar
alguns fatores relevantes na realização do seu trabalho, de acordo com as
Normas de Auditoria Independente das Demonstrações Contábeis editada
pelo CFC, Resolução 1.035/2005, que define:
12 Pós-Universo

““
PLANEJAMENTO DA AUDITORIA

O auditor deve planejar seu trabalho consoante às Normas Profissionais de


Auditor Independente e estas normas, e de acordo com os prazos e demais
compromissos contratualmente assumidos com a entidade.

O planejamento pressupõe adequado nível de conhecimento sobre as


atividades, os fatores econômicos, legislação aplicável e as práticas operacionais
da entidade, e o nível geral de competência de sua administração.

O planejamento deve considerar todos os fatores relevantes na execução dos


trabalhos, especialmente os seguintes:

a) O conhecimento detalhado das práticas contábeis adotadas pela entidade


e as alterações procedidas em relação ao exercício anterior.

b) O conhecimento detalhado do sistema contábil e de controles internos


da entidade e seu grau de confiabilidade.

c) Os riscos de auditoria e identificação das áreas importantes da entidade,


quer pelo volume de transações, quer pela complexidade de suas atividades.

d) A natureza, oportunidade e extensão dos procedimentos de auditoria a


serem aplicados.

e) A existência de entidades associadas, filiais e partes relacionadas.

f ) O uso dos trabalhos de outros auditores independentes, especialistas e


auditores internos.

g) A natureza, conteúdo e oportunidade dos relatórios e outros informes a


serem entregues à entidade.

h) A necessidade de atender prazos estabelecidos por entidades reguladoras


ou fiscalizadoras e para a entidade prestar informações aos demais usuários
externos.
Pós-Universo 13

O planejamento de auditoria deve ser feito de forma objetiva e detalhada,


para que se possa ter uma boa compreensão na hora da aplicabilidade dos
procedimentos, servindo como um guia para desenvolvimento de todas
as etapas de execução dos serviços prestados.

Na composição e apresentação dos papéis de trabalho de planejamento de


auditoria, deve-se conter a natureza dos serviços, a oportunidade e a definição
do tamanho da amostra a ser auditada, além de todos os procedimentos
de auditoria individualizados que serão aplicados especificamente na
organização auditada.

b. Programa de Auditoria

O Programa de Auditoria é um guia de direcionamento ordenado para


verificação e análise das contas do diário, balancete, razão e demonstrações
contábeis, tendo, como objetivo, o registro e o acompanhamento dos
serviços analisados.

Segundo Pinho (2007, p. 91),

““
[...] os tipos de papéis podem se apresentar nas mais diferentes formas:
programa de auditoria, papéis elaborados pelo auditor, outros papéis de
trabalho (correspondências diversas, cópias de documentos importantes,
manuais e carta de responsabilidade da administração).

Todas as documentações referentes aos papéis de trabalho foram


normatizadas pela NBC-TA 230 - Documentação de auditoria. É necessário
ressaltar que o auditor independente é constantemente avaliado, também,
na qualidade de seus trabalhos pelo Conselho Federal de Contabilidade e
pela Comissão de Valores Mobiliários. De acordo com Almeida (2012, p. 68),
o programa de auditoria é dividido basicamente em três partes:

•• Listagem dos procedimentos de auditoria.

•• Espaço para o auditor assinar ou rubricar, a fim de evidenciar que o serviço


foi feito e quem fez.

•• Espaço para comentários, observações, referências etc.


14 Pós-Universo

Os principais objetivos dos programas de auditoria se baseiam na padronização


dos procedimentos a serem executados, de forma a evidenciar cada passo
ou etapa a ser cumprida do programa de auditoria, em uma empresa de
auditoria. Segundo Almeida (2012, p. 68), esses objetivos são:

•• Estabelecer por escrito à política da firma auditoria.

•• Padronizar os procedimentos de auditoria dos profissionais de uma mesma


organização.

•• Evitar que sejam omitidos procedimentos importantes de auditoria.

•• Melhorar a qualidade dos serviços de auditoria.

Portanto, é aconselhável que o programa de auditoria seja adequado a


cada tipo de realização da auditoria, servindo, o modelo padrão, como um
guia de direcionamento na sua execução, facilitando a identificação e o
cumprimento de cada etapa dos serviços de auditoria executados.
Pós-Universo 15

TÉCNICAS DE
ELABORAÇÃO DOS
PAPÉIS DE TRABALHO
16 Pós-Universo

A técnica de elaboração dos papéis de trabalho da auditoria está relacionada com o


modo como o auditor prepara os documentos e as planilhas que servirão de apoio
para constatação e verificação dos itens que serão auditados.
Inicialmente, o auditor utiliza o Razão Geral da contabilidade da organização para
identificar as contas contábeis envolvidas e os manuais de procedimentos e rotinas
operacionais, com objetivo de se interar com os atos e fatos ocorridos na organização.

Conceito
Na elaboração dos papéis de trabalho, existem algumas técnicas básicas a serem
observadas pelos profissionais de auditoria, tais como: o nome da empresa em que
está sendo realizada a auditoria deverá constar em todas as folhas do trabalho de
auditoria, na parte superior, seguido da data do período em que está sendo auditado
e o título do papel do trabalho. Não se deve utilizar o verso do papel de trabalho e
devem ser utilizados tiques ou símbolos de identificação e de explicação, além da
identificação de planilhas utilizadas para a coleta das informações analisadas, assinatura
dos responsáveis pela execução e supervisão da auditoria.
Segundo Pinho (2007, p. 90) “[...] entende-se que os modelos e os padrões utilizados,
independentemente da formatação adotada, devem convergir para atender às
seguintes características: Clareza, Concisão e Compreensibilidade”.
Segue, a seguir, um modelo de Programa de Auditoria, onde podem ser constatados
cada um dos itens relacionados:
Pós-Universo 17

Tabela 1 - Modelo de Programa de Auditoria


Empresa XYZ S/A
Duplicatas à Receber
01/01/2015 a 31/01/2015
ANEXO 01
Tempo Tempo Ref. n° Indicação dos exames
Programa de Trabalho da Auditoria
estimado Real Gasto planilhas (tiques ou símbolos)
I – OBJETIVOS DA AUDITORIA
1. A empresa possui direito efetivo de
recebimento das contas a receber.
2. As contas a receber estão contabilizadas
de acordo com os princípios contábeis e
a Lei nº 6.404/76.
3. Foram feitas provisões para possíveis
perdas com devedores duvidosos.
4. Foi passada instrução de protesto
ao banco caso os clientes tornem-se
inadimplentes.
5. As contas a receber estão classificadas
corretamente no balanço distinguindo-
se os recebimentos de curto e de longo
prazo.
6. Verificar duplicatas concedidas como
caução ou garantia.

II – DETERMINAÇÃO DO ESCOPO DO
TRABALHO
Tomando por base a avaliação do controle
interno conforme avaliação preliminar
e questionário descrito nos itens A1 e
A2, respectivamente, determinamos que
o escopo do trabalho das duplicatas a
receber será a circularização de XX% dos
clientes, na data-base de 01/01/2015 a
31/01/2015.
III – PROCEDIMENTOS DE AUDITORIA 02 02 C.1.1 a C.1.35 √
Preliminar
1. Obter duplicatas a receber na data-base
de 31/01/2015 e executar como segue:
a) Conferência com o Razão
b) Soma dessas duplicatas
18 Pós-Universo

Tempo Tempo Ref. n° Indicação dos exames


Programa de Trabalho da Auditoria
estimado Real Gasto planilhas (tiques ou símbolos)
2. Verificar junto a documentos bancários 03 02 (ANEXO 4.1) Ω
valores recebidos pela empresa através
do banco.
Final 01 02 C.1.1 a C.1.35 ₵
3. De posse da composição das contas a
receber, adotar seguintes procedimentos:
a) Proceder soma.
b) Conferência do saldo em 31/01/2015
com o Razão.
c) Cruzar documentação suporte com o
Balanço Patrimonial.
Duplicatas a receber
4. Cruzar informações da composição das
duplicatas a receber com nota fiscal de
venda a prazo.
5. Verificar os valores recebidos das 03 04 (ANEXO 4) √
duplicatas após vencimento.
Duplicatas descontadas 02 01 (ANEXO 4.1) Ω
6. Anexar as respostas recebidas da
confirmação das duplicatas descontadas
junto ao banco e:
a) Proceder soma.
b) Cruzar títulos com a composição das
contas a receber.
c) Observar informações nas entrelinhas
das respostas fornecidas e buscar
esclarecimentos necessários.
Provisão para devedores duvidosos 04 03 Obs: limitação ₵
7. Ter acesso à movimentação para créditos no escopo do
de provisão para devedores duvidosos trabalho
ocorrida no período auditado e:
a) Proceder soma.
b) Compare a movimentação de
devedores duvidosos com a composição
das contas a receber.
c) Observe o complemento da provisão
com o resultado.
Pós-Universo 19

Tempo Tempo Ref. n° Indicação dos exames


Programa de Trabalho da Auditoria
estimado Real Gasto planilhas (tiques ou símbolos)
8. Examine a composição das outras 08 07 Ω
contas a receber quanto a sua liquidação
em período subsequente.
Geral 02 03 √
9. Revise seu trabalho verificando se ele
contém todas as evidências necessárias
e que os objetivos da auditoria foram
cumpridos.
Encerramento do trabalho
10. Discussão com o cliente quanto aos 01 01
lançamentos de ajuste e/ou reclassificação
apuradas no decorrer do trabalho.
11. Discussão quanto a pontos de 02 06
recomendações apurados no transcorrer
do trabalho.
12. Relatório de Opinião
13. Fechar com as conclusões e as 01 01
recomendações cabíveis.
Soma 01 02
30 31

__________________ ___________________ _________________


Feito Revisado Aprovado
Fonte: adaptado de Attie (2011, p. 377).
20 Pós-Universo

A técnica de elaboração e apresentação dos papéis de trabalho, em relação às


informações, deve ser objetiva, de modo a facilitar sua utilização e interpretação.

fatos e dados
AS TÉCNICAS DE AUDITORIA E A RESPONSABILIDADE
As técnicas de auditoria e a responsabilidade sobre o relatório de opinião
que é emitido com base nas técnicas de auditoria, nas quais o profissional
busca avaliar as informações, foi o tema discutido no último seminário no
Estado de Porto Alegre.

Avançando no debate sobre a responsabilidade do auditor independente e as


técnicas de aplicação, foi defendido que o conhecimento da responsabilidade
do auditor independente é limitada. Os profissionais apontam que, mesmo
utilizando todas as técnicas adequadas, a responsabilidade pela gestão das
empresas deve ser assumida por seus acionistas e administradores, e não
pelo auditor independente.

Os auditores sabem que, se as práticas de auditoria não foram aplicadas


corretamente, o trabalho de auditoria não ficará adequadamente realizado,
ou, se ficar comprovado que o auditor compactuou com a prática fraudulenta,
ele deve ser responsabilizado, mas isso não justifica assumir responsabilidade
total sobre a gestão organizacional.
Fonte: adaptado de Ibracon (2015, on-line)1.

Como técnica de elaboração dos papéis de trabalho de auditoria e em relação à sua


natureza, os papéis podem ser classificados em Correntes ou Permanentes.
Os papéis de trabalho permanentes são aqueles que podem ser utilizados em mais
de um exercício social. Não só, mas também podem ser analisados pelos auditores
em mais de um ano, tendo, como exemplo: Estatuto Social ou Contrato Social e suas
últimas alterações, cópias de contratos bancários, cartões de assinatura, cópias de
atas etc. Já os papéis de auditoria correntes são aqueles utilizados em curso e são
úteis apenas para o trabalho de auditoria que está sendo desenvolvido no momento
e, portanto, não pode ser aproveitado para outros trabalhos ou em outros anos. Por
exemplo: relatórios de contas a receber, de estoque, das aplicações financeiras, de
receitas e de despesas etc.
Pós-Universo 21

Codificação
A técnica de codificação dos papéis de trabalho do auditor tem o objetivo de identificar
as informações colhidas para que sejam encontradas facilmente. Essa identificação
pode ser realizada de forma numérica ou alfabética ou, ainda, com combinação de
números e letras. Essa codificação é realizada na parte superior direita do papel de
trabalho, conforme apresentado na tabela 1, Modelo do Programa de Auditoria.
A utilização da técnica de sinais ou tiques e símbolos são utilizados nos papéis
de trabalho para evidenciar o que foi conferido e cruzado com valores de outros
documentos e/ou registros contábeis. Eles podem ser utilizados para realizar
conferências e verificações, conforme apresentado na tabela 1.

Tiques de Auditoria
A técnica de tiques é utilizada no decorrer da auditoria. Eles são colocados nos papéis
de trabalho conforme vão sendo analisadas as informações. O auditor vai colocando
tiques ou símbolos que evidenciam que o serviço foi executado e confrontado com
as informações disponibilizadas ou relatórios, conforme apresentado na quinta coluna
da tabela 01, Modelo de Programa de auditoria.
A seguir, é apresentado um exemplo de tipos de tiques, pois não existe um modelo
padrão (Exemplo de Folha de Tiques - ticks) a ser seguido:

Quadro 1 – Modelo de tiques


√ Confere com Razão
Ↄ Não confere com Razão
© Confere com o Balanço Patrimonial
₵ Não confere com o Balanço Patrimonial
€ Confere com Balancete
¥ Não confere com Balancete
₢ Confere com Encargos Sociais
# Não confere com Encargos Sociais
ⱷ Confere com DRE
22 Pós-Universo

∩ Não confere com DRE


ℓ Confere com Notas Explicativas
Ω Não confere com Notas Explicativas
Fonte: o autor.
Observe que, para cada símbolo de confere, temos outro de não confere, para facilitar
o entendimento dos usuários da auditoria de que as informações foram confrontadas
e analisadas.

Modelo de Conciliação ou Confrontação dos Papéis de


Trabalho
As técnicas utilizadas na auditoria têm, como finalidade, obter provas suficientes
para se avaliar se os procedimentos realizados pelas empresas estão concernentes
com a legislação fiscal, trabalhista, as normas e aos regulamentos definidos pelas
organizações.
Franco e Marra (2009, p. 292) classificam essas práticas como:

•• Confirmação externa (circularização).

•• Inspeção física.

•• Contagem dos itens físicos.

•• Exame, ou obtenção de comprovantes autênticos.

•• Revisão profunda dos critérios de avaliação e exame de sua conformidade


com os princípios contábeis.

•• Exame de registros auxiliares e fiscais e sua repercussão nos registros contábeis


principais.

•• Obtenção de informações de várias fontes fidedignas e cruzamento dessas


informações.

•• Conferência de somas e cálculos.

•• Estudo dos métodos operacionais.

•• Avaliação dos controles internos.


Pós-Universo 23

A técnica de confirmação externa ou circularização por meio de cartas é uma forma de


estipular, na auditoria, como serão obtidas as informações relacionadas à contabilidade
da empresa auditada, dos seus fornecedores, dos clientes, das instituições financeiras
e de outros.
A conciliação de exame ou inspeção física proporciona a garantia dos bens
registrados na contabilidade para que possam ser identificados e analisados quanto
a sua localização e a sua forma de utilização, levando em consideração a depreciação
e suas devidas contabilizações, assim como suas quantidades estocadas de: matéria-
prima, produtos em elaboração, produtos acabados, produtos para revenda etc.
A técnica de conciliação e a confrontação da auditoria devem ocorrer de forma
contínua e criteriosa, em relação à avaliação dos bens, dos direitos e das obrigações
da empresa auditada, pois os valores estarão representados nas demonstrações
contábeis das empresas que serão auditadas.
A conferência e os cálculos da contabilidade apresentados por meio dos relatórios
das demonstrações contábeis são a prática mais utilizada na execução dos serviços
de auditoria, pois todos os dados são compilados em contas com um único resultado
final.
24 Pós-Universo

QUESTIONÁRIO
DE LEVANTAMENTO
E ANÁLISE DOS
CONTROLES INTERNOS
Pós-Universo 25

O objetivo da aplicação do questionário de levantamento das informações sobre a


empresa auditada consiste na avaliação do controle interno administrativo e contábil
da organização, que proporciona, ao auditor, a possibilidade de verificar, mediante
entrevistas com os responsáveis e demais funcionários, possíveis erros ou fraudes
vulneráveis por meio do sistema informatizado ou de controle interno adotado pela
organização, delimitando a abrangência dos serviços de auditoria.
Perez Jr. (2012, p. 80) comenta que o auditor pode classificar o controle interno:

““
[...] a fim de delimitar a extensão do auditor quanto à revisão do controle
interno, ele foi subdividido em dois grupos:

Controles administrativos – cujo objetivo é garantir o controle sobre as


operações da empresa e a qualidade das informações e documentos a serem
processados pelo sistema contábil.

Controles contábeis – cujo objetivo é garantir a qualidade dos registros e


demonstrações contábeis.

Almeida (2012) ressalta que a avaliação e a análise do sistema de controle interno


administrativo e contábil possibilita, ao auditor, a identificação imediata de erros ou
de irregularidades no sistema atual de controle, constatação da fragilidade ou falta
de controle interno, o que contribui com o auditor na determinação da extensão dos
procedimentos de auditoria.
A avaliação do controle interno deve servir como um guia ou direcionamento
sobre como está a situação dos controles dentro da organização, os quais envolvem as
informações contábeis e os fatos administrativos que possam influenciar a ocorrência
de mudanças ou variações no patrimônio da organização. Um controle interno
eficiente possibilita a minimização de riscos de erros ou de fraudes possíveis na
entidade.
26 Pós-Universo

Segundo a NBC T 16.8 – Resolução CFC 1.135/2008, que trata do controle interno
e direcionado ao controle contábil:

““
[...] controle interno sob o enfoque contábil compreende o conjunto de
recursos, métodos, procedimentos e processos adotados pela entidade do
setor público, com a finalidade de:

(a) salvaguardar os ativos e assegurar a veracidade dos componentes


patrimoniais;

(b) dar conformidade ao registro contábil em relação ao ato correspondente;

(c) propiciar a obtenção de informação oportuna e adequada;

(d) estimular adesão às normas e às diretrizes fixadas;

(e) contribuir para a promoção da eficiência operacional da entidade;

(f ) auxiliar na prevenção de práticas ineficientes e antieconômicas, erros,


fraudes, malversação, abusos, desvios e outras inadequações. (CFC, 2008, s.p.)

O controle interno de uma organização e seu plano de organização são tão importantes
que, sem eles, seria impossível tratarmos de aprimoramento e de adequações de
sistemas de informações e gerenciais. O controle interno pode ser classificado em:
Operacional (envolvendo todos os atos e fatos ocorridos na organização, com foco no
alcance dos seus objetivos operacionais ou de produção), Contábil (voltado a garantir
a fidelidade e confiabilidade dos registros contábeis e dos seus demonstrativos) e
Normativo (abrangendo todas as normas, resoluções, manuais de procedimentos
internos e demais instruções que regulamentam as atividades da organização avaliada).
Perez Jr. (2012) destaca que o auditor deve levar em consideração, na avaliação
do controle interno, a detecção de que a organização possua um bom plano
organizacional, um sistema de autorização e procedimentos de registro adequado
e eficiente e a utilização de um pessoal devidamente qualificado e competente.
Destaca-se que todo controle interno está sujeito a adequações e aprimoramento,
pois, por mais eficiente que seja um controle interno, sempre estará propenso a algum
tipo de risco. Segundo a NBC T 16.8, “entende-se por riscos ocorrênciais, circunstâncias
ou fatos imprevisíveis que podem afetar a qualidade da informação contábil”. (CFC,
2008, s.p.)
Pós-Universo 27

Um bom plano de organização do controle interno, relacionado aos possíveis riscos


ocorrênciais, deve prever sua possibilidade de ocorrência e como serão administrados,
caso apareçam e quais são as ações estratégicas que possam prevenir, minimizar ou
eliminar os seus efeitos, registrando todas as ocorrências para contínuo de análise e
melhoramento do controle interno existente.
saiba mais
Um auditor externo foi contratado por uma organização para auditar a conta
de empréstimos a pagar no curto e no longo prazo, relacionados aos valores
contabilizados no balanço patrimonial da organização.

Como prática na elaboração dos papéis de trabalho, o auditor elaborou o


questionário de controle interno com perguntas específicas na conta de
empréstimo a pagar e algumas a mais, relacionadas com a conta auditada
indiretamente.

Todavia, ocorreu que, durante a execução dos serviços de auditoria, foi


encontrada a contabilização incorreta das obrigações com fornecedores
registradas como empréstimos a pagar no longo prazo.

O auditor externo solicitou que a organização efetuasse o devido ajuste,


pois, no questionário de controle interno, foi respondido, pelo funcionário
responsável pelos pagamentos de empréstimos e fornecedores, que a
empresa possuía planilhas de acompanhamento individualizado para cada
conta.

Por esse motivo, o auditor solicitou os ajustes, mas será registrado no relatório
circunstanciado que o valor da conta empréstimo estava maior nos controles
internos e o valor da conta fornecedor estava menor, o que evidenciava
que, no passivo circulante, as obrigações da organização, em valores, eram
menores, o que leva a uma interpretação errônea dos índices econômicos
financeiros pelos usuários e acionistas.
Fonte: o autor.
28 Pós-Universo

O auditor, para dar continuidade nos serviços de auditoria, deve estar convencido de
que o sistema de controle interno possui um grau, inicialmente, suficiente de garantia
de fidedignidade das informações.
Conforme Attie (2011, p. 285):

““
[...] a avaliação adequada de um sistema de controle interno requer
conhecimento e entendimento dos procedimentos e métodos prescritos,
assim como um grau de certeza de que eles estão sendo aplicados e funcionam
conforme os planos. O grau de confiança no controle interno, para determinar
a extensão e profundidade dos testes aos quais os procedimentos de auditoria
devem restringir-se, não pode ser totalmente determinado no início de um
exame, uma vez que se funda em suposições relativas ao sistema.

Um bom sistema de controle interno aumenta a confiança do auditor quanto às


transações contabilizadas e aos documentos apresentados pela empresa, mas não
pode ser considerado totalmente seguro e confiável.

Classificação
Os auditores externos geralmente utilizam questionários de avaliação de controle
interno padronizados pelas empresas de auditoria, com perguntas generalizadas e de
aspectos básicos e úteis sobre o controle da empresa. De acordo com Attie (2011, p.
293) “os questionários costumam ser divididos por seções ou áreas de operações, para
facilitar a administração do trabalho, e as respostas assinaladas em cada formulário
devem permitir avaliar a efetividade do sistema vigente”. Em nosso material, sugere-
se que sejam classificados, os assuntos com perguntas, em gerais, específicas e finais.
A avaliação do controle interno da empresa auditada deve estar voltada à
identificação da documentação do controle interno, à avaliação do controle interno
existente, ao resultado esperado pela avaliação realizada e à definição de quais
procedimentos serão aplicados no desenvolver dos serviços prestados de auditoria.
Atualmente, é aconselhável que, dependendo do ramo de atividade da empresa
auditada e do seu sistema adotado de controle interno, que seja elaborado um
questionário de controle interno específico a cada entidade auditada, buscando
obter o maior grau de informação possível e com razoável segurança.
Pós-Universo 29

No quadro a seguir, apresenta-se um modelo de questionário de avaliação a ser


aplicado nas organizações, possibilitando a avaliação inicial do sistema de controle
interno da organização:

Quadro 2 – Modelo de questionário de avaliação do controle interno


EMPRESA: XYZ S/A
PERÍODO: 01/01/20XX a 31/01/20XX
SETOR: Departamento Pessoal
ENTREVISTADO:
DATA: 05/01/20XX
PERGUNTAS SIM NÃO OBSERV.
GERAIS
01 A empresa possui controle interno? X
02 A empresa possui auditoria interna? X
03 A empresa utiliza algum relatório gerencial? X
04 A contabilidade é feita internamente? X
A comunicação entre os departamentos é
05 X
adequada e eficiente?
06 Existe código de ética formalizado? X
ESPECÍFICAS
A empresa faz processo de recrutamento e de
07 X
seleção?
É aplicado teste de avaliação antes da
08 X
contratação?
09 São realizados exames médicos admissionais? X
Os empregados são todos registrados
10 X
imediatamente?
A empresa conta com plano de cargos e de
11 X
salários?
12 Existe contrato de experiência? X
13 Existe controle de jornada de trabalho? X
As CTPS são atualizadas quando há alterações
14 X
no contrato de trabalho?
15 Existe comprovante de devolução de CTPS? X
30 Pós-Universo

16 É fornecido vale transporte ao empregado? X


17 São realizadas horas extras? X
18 Os empregados gozam de férias anualmente? X
As guias de recolhimento de FGTS e INSS estão
19 X
todas em dia?
As rescisões são pagas no prazo estipulado
20 X
pela CLT?
21 O pagamento é efetuado em espécie? X
22 O pagamento é efetuado em conta salário? X
São feitos exames médicos periódicos e
23 X
demissional?
Após o fechamento da folha de pagamento,
24 X
são feitas alterações caso seja preciso?
É efetuado pagamento de adiantamento
25 X
salarial?
O pagamento de salário é efetuado até o
26 X
quinto dia útil de cada mês?
O arquivo dos empregados é na própria
27 X
empresa?
A empresa possui Laudo Técnico das
28 X
Condições de Trabalho – LTCAT?
FINAIS
O sistema de folha de pagamento é integrado
29 X
com o contábil?
30 O sistema possui senha de acesso? X
A contabilidade da folha é feita de acordo com
31 X
as normas contábeis vigentes?
O responsável pela elaboração da folha é o
32 X
mesmo que efetua o pagamento?
Depois de pronta, a folha é conferida por outra
33 X
pessoa?

______________________ ______________________
Responsável Auditor Externo

Fonte: o autor.
Pós-Universo 31

Cada pergunta aplicada no questionário de controle interno deve ser formulada de


forma que permita que as respostas colhidas sejam, em seguida, analisadas e sirvam
de evidências para definir o tamanho da amostra a ser auditada.

Composição e Apresentação
O auditor deve elaborar e aplicar o questionário de avaliação do controle interno,
com o maior grau de detalhamento possível, documentando todas as respostas
das perguntas que considerar importante para o desenvolvimento da auditoria
e possibilitando uma apresentação objetiva e com grau de evidências colhidas
satisfatória, em concordância com as Normas Brasileiras de Auditoria.
Segundo Attie (2011, p. 297), a apresentação do resultado da avaliação do controle
interno pelo auditor pode se defrontar com os seguintes aspectos:

““
[...] o sistema de controle interno é adequado.

O sistema de controle interno é adequado, podendo, entretanto, ser aprimorado.

O sistema de controle interno é adequado, existindo, porém, fraquezas que


deterioram e podem vir a comprometer o sistema em sua totalidade.

O sistema de controle interno é inadequado, pois não atende aos princípios


básicos vitais para a obtenção de um sistema de controle interno mínimo.

Caso ocorra qualquer um dos aspectos citados, o auditor independente deve ponderar
quais são as prováveis consequências ou implicações relacionadas aos procedimentos
a serem aplicados na execução dos serviços prestados de auditoria, pois o questionário
de avaliação serve como parâmetro para a definição do tamanho da amostra a ser
auditada.
32 Pós-Universo

saiba mais
O auditor é um profissional qualificado e devidamente registrado nos órgãos
de competência legal. Ele deve possuir conhecimentos em diversas áreas,
tais como: tributária, operacional, financeira e etc., além de estar atento
e qualificado para desempenhar técnicas de auditoria em conformidade
com as normas e procedimentos de auditoria, focado a facilitar a emissão
do relatório de opinião.

As funções do auditor, atualmente, são bem mais importantes do que a


tradicional verificação de débitos e créditos, pois ele também se preocupa em
detectar falhas nos sistemas de controle interno, por meio da documentação
auditada e na elaboração e aplicação do questionário de avaliação do controle
interno utilizado pela organização, mesmo não sendo seu objetivo principal.
Fonte: adaptado de Lunelli ([2019], on-line).2
Pós-Universo 33

PROCEDIMENTO E
APLICAÇÃO DA ANÁLISE
DOS RELATÓRIOS
CONTÁBEIS
34 Pós-Universo

O procedimento e a análise da auditoria consistem na identificação e na confirmação


de um bem ou de uma obrigação empresarial, buscando o caminho que prove
sua existência material e satisfatória. Os procedimentos aplicados de auditoria são
o caminho para se chegar ao objetivo de emissão do relatório de opinião sobre as
demonstrações contábeis.
Attie (2011, p. 209) afirma que os: “procedimentos de auditoria são as investigações
técnicas que, tomadas em conjunto, permitem a formação fundamentada da opinião
do auditor sobre as demonstrações contábeis ou sobre o trabalho realizado”.

Conceito
Os procedimentos de auditoria são técnicas que o auditor independente utiliza na
execução dos seus serviços, perfazendo uma junção de informações e avaliações
realizadas que vão auxiliar na emissão do relatório de opinião.
Pinho (2007, p. 61) conceitua que:

““
[...] são investigações técnicas que, tomadas em conjunto, permitem a formação
fundamentada da opinião do auditor sobre o trabalho realizado, oferecendo
ao auditor os elementos probatórios (evidências de auditoria) necessários à
emissão do relatório. Em decorrência, podem ser levantadas evidências de
caráter físico, documental, testemunhal ou analítico.

Devem oferecer uma informação sólida para o auditor. Por informação sólida
entende-se a que estiver revestida das seguintes características: adequação,
suficiência, relevância e utilidade.

Os procedimentos de auditoria e de análise podem ser aplicados por diversas técnicas.


A seguir, são abordados os principais pontos de análise:
Pós-Universo 35

Pontos de Análise
a. Exame de documentos originais

Trata-se de todos os documentos que o auditor considera importante


para realização do seu trabalho, os quais são coletados na organização,
servindo de segurança, garantia e confiabilidade. O auditor deve guardar, em
segurança, cópias físicas ou digitais de todos os documentos importantes,
junto com os seus papéis de trabalho realizados na auditoria, por cinco
anos, os quais servem de respaldo legal e judicial, caso seja questionado
futuramente sobre a espécie do serviço contratado. Segundo Perez Jr. (2012,
p. 7), “[...] todo trabalho realizado deve estar documentado nos papéis de
trabalho, que são de propriedade exclusiva do auditor, que é responsável
por sua guarda e sigilo”.

b. Amostragem

Trata-se da técnica de procedimento de auditoria com a utilização de


amostragem estatística ou não, na definição do tamanho da amostra
de auditoria. O procedimento da técnica de amostragem é definido, na
sequência, assim que o auditor define o que ou quais contas contábeis serão
auditadas, o que envolve o volume de transações que possam refletir na
posição patrimonial e financeira da organização. Dessa forma, ele determinará
um método de seleção de cada item a ser analisado.

O Conselho Federal de Contabilidade, na Resolução 1.012/05, define no


item 11 que: “[...] ao usar métodos de amostragem estatística o auditor
deve projetar e selecionar uma amostra de auditoria, aplicar a essa amostra
procedimentos de auditoria e avaliar os resultados da amostra, de forma a
proporcionar evidência de auditoria suficiente e apropriada”.

O auditor deve considerar, na definição de uma amostra, o tamanho do risco,


a quantidade de documentos, o volume das transações etc., proporcionando
que eles sejam o suficiente para a aplicação do procedimento e da análise
das conclusões sobre a seleção da amostragem.
36 Pós-Universo

c. Exame físico

O exame físico é o procedimento de auditoria que constata tudo o que


precisa ser analisado. Para tanto, é necessária a visualização de documentos
e provas concretas para análise, permitindo, ao auditor, formar uma opinião
quanto à existência física do item avaliado.

Attie (2011, p. 212) constata que:

““
[...] o exame físico realizado pelo auditor deve conter as seguintes características:

Identificação: comprovação através do exame visual do item específico a ser


examinado.

Existência física: comprovação, através do exame visual, de que o objeto ou


item examinado existe realmente.

Autenticidade: poder de discernimento de que o item ou objeto examinado


é fidedigno.

Quantidade: a apuração das quantidades reais existentes fisicamente, somente


se dando satisfeito após apuração adequada. Qualidade: exame visual de que
o objeto examinado permanece em uso, não está deteriorado e merece fé.

O auditor precisa ter certeza de que tudo o que foi analisado, relacionado
ao sistema ou informações externas ou internas, comprova a existência
física de que um determinado bem existe.

d. Confirmação

O procedimento de confirmação ou investigação, também conhecido


como circularização, no caso de informação externa, é um procedimento
da auditoria que visa buscar informações externas, por meio de declaração
formal e imparcial da parte questionada.
Pós-Universo 37

““
A informação obtida de fonte externa oferece ao auditor maior grau de
confiança do que a verificação efetuada na própria empresa. Por esse motivo,
a confirmação externa, conhecida como “circularização”, é empregada em
todas as situações em que for aplicável. Consiste em fazer com que o cliente
expeça cartas dirigidas a empresas ou a pessoas com as quais mantém relações
de negócios, solicitando que confirmem em carta dirigida diretamente ao
auditor, qual a situação desses negócios, em data determinada (FRANCO;
MARRA, 2009, p. 299)

Portanto, o auditor precisa obter segurança sobre as respostas das solicitações


de confirmação, pois essas provas necessitam ser confiáveis e fidedignas.

e. Exame de escrituração

Este procedimento de auditoria está restrito à auditoria contábil e consiste


na verificação dos procedimentos de investigação e cálculos da escrituração
contábil, com foco na autenticidade dos fatos e atos contabilizados. Por
exemplo: testes de custos de produção, testes de compras e vendas etc.

f. Testes de Observação e Testes substantivos

Os testes de observação proporcionam a identificação de falhas e a obtenção


de segurança de que os procedimentos de controles internos normatizados
ou regulamentados pela organização estão implantados e sendo cumpridos
por todos os colaboradores.

Os testes substantivos podem ser classificados em: testes de transação e


saldos contábeis, documentais e procedimentos de revisão analítica. Esses
testes têm, por objetivo, demonstrar a exatidão e a validade das informações
geradas pelo sistema de contabilidade e pelo controle interno documentado.
38 Pós-Universo

Utilização dos Índices Econômicos e Financeiros


A utilização dos índices econômicos e financeiros, na auditoria, tem-se tornado uma
prática muito importante e conhecida como revisão analítica, para possibilitar o
entendimento do auditor quanto à situação patrimonial e financeira da organização
auditada.
Uma boa parte dos usuários das informações contábeis e de auditoria procura
visualizar os serviços de auditoria como uma garantia de que a solidez financeira e
patrimonial da empresa auditada está correta e é confiável, esperando que a empresa
avaliada não venha a falir e que o retorno sobre o capital investido, tais como ações,
seja de resultados positivos.
Ressalta-se que o objetivo da auditoria independente ou externa não é servir de
garantia, nem atestado de segurança empresarial ou que a organização auditada não
venha a falir ou que os seus resultados financeiros finais sejam positivos. O relatório
de opinião do auditor tem o objetivo de verificar se as demonstrações contábeis
estão adequadas e em conformidade com as Normas Brasileiras de Contabilidade
adotadas no Brasil.
Conforme Pereira (2011, p. 173):

““
[...] a auditoria externa, portanto, em princípio nada atesta a respeito da
rentabilidade da entidade auditada, não relata sua capacidade de solver
compromissos de curto prazo com os credores (liquidez), muito menos
assegura que a entidade está isenta de falir em determinado período de
tempo futuro.

No entanto, o auditor deve tomar as devidas precauções caso identifique a ocorrência


provável de prejuízos financeiros que foram identificados por meio das análises
econômicas financeiras da organização auditada.
Pós-Universo 39

Pereira (2011, p. 174) ressalta que:

““
Dessa forma, se o auditor tem fundadas dúvidas sobre a possibilidade de
continuidade dos negócios é ameaçada, muitos dos ativos e passivos inseridos
nas demonstrações já não evidenciarão corretamente seu valor para o usuário.
Passivos de longo prazo podem passar a ser exigíveis desde logo e receitas a
prazo podem não vir a ser recebidas. Isso, sem dúvida, modifica completamente
os pressupostos sobre os quais o auditor desenvolve seu trabalho.

A importância da utilização dos índices econômicos e financeiros, para o auditor, está


na aplicação da prática chamada de revisão analítica, geralmente efetuada sobre o
Balanço Patrimonial e na Demonstração de Resultados, envolvendo bens, direitos,
obrigações, receitas e despesas. Nela, o auditor busca identificar, detectar e avaliar as
situações contabilizadas que não são consideradas normais e podem ser representadas
significativamente por volumes (quantidades) ou valores contabilizados erroneamente.
Segundo Almeida (2012, p. 409):

““
[...] a revisão analítica, em conexão com a avaliação do controle interno,
além de ajudar o auditor na determinação da natureza, extensão e datas dos
procedimentos de auditoria, é um instrumento poderosíssimo para o auditor
das sugestões construtivas visando à maximização dos lucros e à segurança
dos sistemas internos de controle das companhias.

A prática de revisão analítica é um procedimento para a definição de amostra e para


que haja um melhor entendimento sobre a situação financeira da organização, mas
não é uma obrigatoriedade de prestação de serviço ligado às Normas Brasileiras de
Auditoria adotadas no Brasil.
O auditor aplica a prática de revisão analítica utilizando os índices econômicos
financeiros, tais como: índices de liquidez (Geral, Seca e Corrente), análise vertical e
horizontal, índices de lucratividade, índices de rotatividade, índices de volume de
operações etc. Isso é feito por meio da análise comparativa dos resultados econômicos
e financeiros encontrados com os já estabelecidos em metas e planejamento, e
principalmente com os resultados de anos anteriores.
40 Pós-Universo

Comunicação do Auditor e a Governança


Organizacional
A auditoria externa, por meio do relatório de opinião, proporciona certa credibilidade
sobre as demonstrações contábeis auditadas. Além de não ser seu objetivo, a avaliação
do controle interno da organização também contribui com a identificação e o
acompanhamento da governança organizacional estabelecida pela empresa auditada.
A essência da governança organizacional está na transparência da gestão e na
prestação de contas, fornecendo informações, apresentando responsabilidades e
resultados alcançados em determinado período, o que pode ser identificado pela
auditoria independente.
O Instituto Brasileiro de Governança Corporativa (IBGC), citado por Pereira (2011,
p. 235), define que:

““
[...] governança corporativa é o sistema pelo qual as sociedades são dirigidas
e monitoradas, envolvendo os relacionamentos entre acionistas, conselho de
administração, diretoria, auditoria independente e conselho fiscal. O objetivo
das práticas de governança corporativa é a criação e operacionalização de
um conjunto de mecanismos que visam a fazer com que as decisões sejam
tomadas de forma a otimizar o desempenho de longo prazo das empresas.

Portanto, a comunicação do auditor e a governança organizacional são fatores


primordiais e gratificantes para ambas as partes.
atividades de estudo

1. Os papéis de trabalho elaborados pelo auditor representam o registro de todas as


evidências (por meio da observação, inspeção, indagação, investigação etc.) obtidas
ao longo do da execução da auditoria. É o conjunto de formulários e documentos
que compõem as informações e os detalhes colhidos em uma auditoria. Os papéis
de trabalho são de propriedade:

a) Exclusiva do auditor ou da empresa de auditoria.


b) Somente da empresa contratante da auditoria.
c) Da empresa auditada e da empresa de auditoria.
d) Da diretoria da empresa auditada.
e) Do Auditor Externo e dos acionistas.

2. Representa um dos objetivos do Programa de Auditoria:

a) Elevar o resultado financeiro da organização.


b) Padronização do Programa de Auditoria a ser utilizado por todos os auditores de
uma mesma empresa.
c) Contribuir com uma melhor distribuição de espaços físicos no setor produtivo.
d) Estabelecimento de um papel de trabalho, mas estruturado para a empresa
auditada.
e) Estabelecer as diretrizes do planejamento da auditoria.
atividades de estudo

3. A técnica de elaboração dos papéis de trabalho da auditoria está relacionada a como


o auditor prepara documentos e planilhas que servirão de apoio para constatação
e verificação dos itens que serão auditados. A empresa X S/A, com filiais em várias
cidades do estado do Paraná, contratou uma empresa de auditoria externa para
fazer o levantamento de seus bens em todas as suas filiais. A técnica de auditoria
que proporciona confiabilidade na quantidade dos bens existentes em suas filiais é
conhecida como:

a) Circularização.
b) Confirmação externa.
c) Inspeção física.
d) Auditoria de Qualidade.
e) Segregação de funções.

4. Assinale a alternativa na qual todos os itens relacionados são procedimentos de


auditoria estudados como técnicas utilizadas na auditoria:

a) Exame físico, análises comparativas, investigações minuciosas.


b) Conferência de cálculos, inspeção física, avaliação do controle interno.
c) Exame dos documentos originais, análise comparativa, verificações matemáticas,
avaliações críticas de transações.
d) Circularização, conciliações de saldos, revisão dos controles internos.
e) Exame dos registros auxiliares, confirmações de terceiros, análises comparativas,
emissão de relatórios.
atividades de estudo

5. O objetivo da aplicação do questionário de levantamento das informações sobre a


empresa auditada consiste na avaliação do controle interno administrativo e contábil
da organização, com foco principal em:

a) Solicitar, ao fornecedor de matéria-prima, informações sobre preços e descontos.


b) Comparar as condições comerciais de uma compra entre os fornecedores
concorrentes.
c) Identificar e avaliar os controles administrativos e os controles contábeis efetivos
e em atividade na organização.
d) Autorizar o fornecedor a vender a matéria-prima e estipular em que condições
de pagamento.
e) Abranger os serviços de auditoria prestados, com foco sempre em aumentar o
tamanho da amostragem.

6. O questionário de controle interno específico, a cada entidade auditada, busca obter


o maior grau de informação possível e com razoável segurança. O questionário de
avaliação a ser aplicado nas organizações possibilita a avaliação inicial do sistema
de controle interno da organização e, durante a sua elaboração, é aconselhável que
seja classificado em perguntas:

a) Iniciais finais e conclusivas.


b) Índice, sumário, sugestões e recomendações.
c) Gerais, específicas e finais.
d) Iniciais e finais.
e) Controle, inerente e detecção.
atividades de estudo

7. O procedimento de auditoria e a análise da auditoria consistem na identificação e


confirmação de um bem ou de uma obrigação empresarial, buscando o caminho
que prove sua existência material e satisfatória. Assinale a alternativa na qual todos
os itens de pontos de análise relacionados aos procedimentos técnicos de auditoria
são geralmente aceitos e universalmente empregados:

a) Exame físico, análises comparativas, investigações minuciosas, indagações e


projeções de resultados.
b) Exame físico, testes de observações, amostragem, investigações e confirmações.
c) Análise comparativa, continuidade, verificações matemáticas, avaliações críticas
de transações.
d) Exame de escrituração, circularização, conciliações de saldos, revisão dos controles
internos e análise comparativa.
e) Exame dos registros auxiliares, confirmações de terceiros, análises comparativas,
emissão de relatórios.

8. Indique, entre as alternativas a seguir, a que constitui a utilização dos Índices Econômicos
e Financeiros em um procedimento da técnica de revisão analítica:

a) Entrevistar os clientes e consultar as demonstrações contábeis.


b) Verificar a existência de quaisquer passivos de trabalho, acordos sindicais e exame
do registro contábil.
c) Determinar se as obrigações da sociedade com terceiros são reais e se a sua
liquidação/pagamento está sendo efetuada em dia.
d) Determinar se os erros monetários, no custeamento dos estoques, são materiais
e irrelevantes.
e) Comparar a informação econômico-financeira com resultados previstos, tais como
de orçamentos ou projeções já elaborados e de anos anteriores.
resumo

Os papéis de trabalho podem ser conceituados como todos os documentos, planilhas e fichas
de controles que envolvem as informações administrativas e contábeis obtidas pelo auditor no
desenvolvimento dos seus serviços de auditoria e servirão de base para definir qual é o tipo de
opinião que será emitido na finalização dos seus trabalhos. Eles servem de apoio, justificação e
respaldo legal para a conclusão dos serviços prestados de auditoria.

O auditor é o responsável pela guarda e pelo sigilo das informações relacionadas aos papéis de
trabalho de seu uso exclusivo. Os papéis de trabalho têm, como objetivo, atender às Normas
Brasileiras de Auditoria, facilitar e melhorar a eficiência do trabalho de auditoria e proporcionar
uma melhor apresentação de todos os fatos e registros obtidos na execução dos serviços. Eles
podem ser elaborados manualmente ou eletronicamente.

Os papéis podem se apresentar nas mais diferentes formas: programa de auditoria, papéis
elaborados pelo auditor ou outros papéis de trabalho (correspondências diversas, cópias de
documentos importantes, manuais e carta de responsabilidade da administração). Além disso,
deve ser utilizada a técnica de elaboração atendendo às seguintes características: Clareza, Concisão
e Compreensibilidade.

O auditor deve elaborar e aplicar um questionário de avaliação do controle interno, com o maior
grau de detalhamento possível, documentando todas as respostas das perguntas que considerar
importante para o desenvolvimento da auditoria e possibilitando uma apresentação objetiva e com
grau de evidências colhidas satisfatória, em concordância com as Normas Brasileiras de Auditoria.
O questionário de avaliação de controle interno serve como parâmetro na definição do tamanho
da amostra a ser auditada. O auditor deve, ainda, utilizar os procedimentos de auditoria, que são
as investigações técnicas as quais tomadas em conjunto, permitem a formação fundamentada
da opinião do auditor sobre as demonstrações contábeis ou sobre o trabalho realizado. Os
procedimentos de auditoria são técnicas que o auditor independente utiliza na execução dos
seus serviços, perfazendo uma junção de informações e avaliações realizadas que vão auxiliar na
emissão do relatório de opinião.

A auditoria externa, por meio do relatório de opinião, proporciona certa credibilidade sobre as
demonstrações contábeis auditadas. Apesar de não ser seu objetivo, a avaliação do controle
interno da organização também contribui com a identificação e acompanhamento da governança
organizacional estabelecida pela empresa auditada. A comunicação do auditor e a governança
organizacional são fatores primordiais e gratificantes para ambas as partes.
material complementar

Auditoria de Demonstrações Contábeis


Autor: José Hernandes Perez Junior
Editora: Atlas

Sinopse: Paralelamente ao processo de convergência das normas


contábeis brasileiras para as normas internacionais de contabilidade, foi
iniciado o processo de convergência das normas brasileiras de auditoria
para as normas internacionais de auditoria, emitidas pela Federação
Internacional de Contabilidade.
referências

ALMEIDA, M. C. Auditoria: um curso moderno e completo. 8. ed. São Paulo: Atlas, 2012.

ATTIE, W. Auditoria: conceitos e aplicações. 6. ed. São Paulo: Atlas, 2011.

CFC. Conselho Federal de Contabilidade. Resolução CFC n. 1.035/05 - aprova a NBC T 11.4 -
Planejamento da Auditoria. Brasília: CFC, 2005.

______. Conselho Federal de Contabilidade. Resolução CFC n. 1.012/05 - aprova a NBC T 11.11
– Amostragem. Revoga o item 11.2.9 da NBC T 11 – Normas de Auditoria Independente das
Demonstrações Contábeis –, aprovada pela Resolução 820 CFC, de 17-12-97 (Informativo 03/98).
Brasília: CFC, 2005.

______. Conselho Federal de Contabilidade. Resolução CFC n. 1135/08 - aprova a NBC T 16.8
- Controle Interno. Brasília: CFC, 2008.

FRANCO, H.; MARRA, E. Auditoria Contábil. 4. ed. São Paulo: Atlas, 2009.

PEREIRA, A. D. Auditoria das Demonstrações Contábeis. São Paulo: Atlas, 2011.

PEREZ JUNIOR, J. H. Auditoria de Demonstrações Contábeis. 5. ed. São Paulo: Atlas, 2012.

PINHO, R. C. de S. Fundamentos de Auditoria: Auditoria Contábil. São Paulo: Atlas, 2007.

REFERÊNCIAS ON-LINE:

¹Em: <http://www.ibracon.com.br/ibracon/Portugues/detNoticia.php?cod=2568>. Acesso em:


27 fev. 2019.

²Em: <http://www.portaldecontabilidade.com.br/noticias/auditoria-responsabilidade-etica.htm>.
Acesso em: 27 fev. 2019.
resolução de exercícios

1. a) Exclusiva do auditor ou da empresa de auditoria.

2. b) Padronização do Programa de Auditoria a ser utilizado por todos os auditores de


uma mesma empresa.

3. c) Inspeção física.

4. b) Conferência de cálculos, inspeção física, avaliação do controle interno.

5. c) Identificar e avaliar os controles administrativos e os controles contábeis efetivos


e em atividade na organização.

6. c) Gerais, específicas e finais.

7. b) Exame físico, testes de observações, amostragem, investigações e confirmações.

8. e) Comparar a informação econômico-financeira com resultados previstos, tais como


de orçamentos ou projeções já elaborados e de anos anteriores.

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