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CURSO: PSICOLOGIA
DISCIPLINA: PSICOLOGIA, TRABALHO E ORGANIZAÇÕES
PROFA. MARA MARÇAL SALES
Orientações:
JACQUES, Maria das Graças. Identidade e trabalho. In: CATTANI, Antônio David.
Dicionário crítico sobre trabalho e tecnologia. Petrópolis: Vozes; Porto Alegre:
Ed. da UFRGS, 2002.
SALES, Mara Marçal; VIEIRA, Carlos Eduardo Carrusca; FONSECA, João César de
Freitas. Apreciar, refletir e problematizar: a visitação ao Museu de Artes e Ofícios
como oportunidade de indagação sobre as representações associadas ao
trabalhador brasileiro. In: PENZIM, Adriana Maria Brandão; ALVES, Claudemir
Francisco; SOUZA, Robson, Sávio Reis (Orgs.). Na cidade: micropolíticas e modos
de existência. Belo Horizonte: Editora PUC Minas, NESP, 2019, p. 65-84.
- somente serão aceitos exercícios postados como uma tarefa (os que forem
enviados pela caixa de entrada do Canvas não serão corrigidos);
Nome(s):
1. Giovanna Nunes Pimentel
2. Clarissa Amaral Fonseca
3. Lou Costa E Silva Peixoto
Pedro e Antônio
Pedro e Antônio fizeram o barco com as tábuas. Fizeram as tábuas com os pedaços
do tronco da árvore grande que derrubaram. Quando a árvore grande foi dividida
em pedaços, deixou de ser árvore. Quando os pedaços de tronco viraram tábuas,
deixaram de ser tronco. Quando Pedro e Antônio construíram um barco com as
tábuas, elas deixaram de ser tábuas. Viraram barco. A árvore pertence ao mundo da
natureza. O barco, feito por Antônio e Pedro, pertence ao mundo da cultura, que é o
mundo que os seres humanos fazem com seu trabalho.
O texto de Paulo Freire exemplifica com clareza alguns pontos colocados por
Harry Braverman no texto “Trabalho e Força de Trabalho”. Um deles é o fato de que
apenas seres humanos possuem a capacidade de criação através da transformação
das coisas, um tronco pode deixar de ser um tronco através da mão de obra
humana que é apta a criar a partir dele inúmeras coisas, inclusive uma canoa, como
o texto aponta. É essa capacidade criativa de transformação de matérias que faz
dos seres humanos os únicos seres capazes de realizar o trabalho propriamente
dito, já que os animais possuem competência apenas para a reprodução instintiva
de suas habilidades.
O segundo ponto posto no texto nos informa que é através dessa capacidade
de criação dinâmica humana que o mundo é concebido da maneira que
conhecemos. É por meio da transformação contínua de elementos que a cultura se
faz e se perpetua, é através da criatividade que impulsiona o trabalho que os seres
humanos produzem tradições, conhecimentos, símbolos e padrões de significados.
A cultura é uma qualidade única da humanidade.
Ela foi registrada pelo fotógrafo brasileiro Sebastião Salgado, no garimpo de Serra
Pelada. Na década de 1980, no município de Curionópolis, no estado do Pará, foram
extraídas 30 toneladas de ouro. Na ocasião, o local se constituía como o maior garimpo
a céu aberto do mundo. As fotos de Sebastião Salgado demonstram o sofrimento dos
trabalhadores envolvidos. No auge da exploração, havia 80 mil garimpeiros que
atuavam em péssimas condições de trabalho. Eles subiam e desciam a mina
incessantemente em escadas improvisadas. Carregavam nas costas sacos nos quais a
lama se encontrava misturada com as desejadas pepitas de ouro. A situação destes
trabalhadores, contudo, era desconhecida para a maior parte da sociedade brasileira.
Fonte: Disponível em: < http://tecnicoemineracao.com.br/serra-pelada-de-sebastiao-salgado/>. (Adaptado)
Tendo em vista o enfoque apresentado pelo texto “Apreciar, refletir e
problematizar: a visitação ao Museu de Artes e Ofícios como oportunidade de
indagação sobre as representações associadas ao trabalhador brasileiro” explique
que convergências podem ser identificadas entre a série de fotografias sobre Serra
Pelada e os caminhos sugeridos por Michel le Ven para ressignificação da
representação do trabalho no Brasil. Justifique.