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Brasil dos oligopólios: 10 empresas dominam até 70% das vendas dos
supermercados
Dez grandes companhias – entre elas Unilever, Nestlé, Procter & Gamble, Kraft e
Coca-Cola – abocanham de 60% a 70% das compras de uma família e tornam o
Brasil um dos países com maior nível de concentração no mundo. O que sobra do
mercado é disputado por cerca de 500 empresas menores, regionais.
O poder da Unilever
Uma dona de casa vai uma vez por mês ao supermercado fazer as compras para
sua família: ela, o marido e duas crianças. Para a cozinha, ela compra Knorr,
Maizena, suco Ades e a maionese Hellmann’s. Para a limpeza da casa, sabão em
pó Omo e Brilhante. Compra ainda Comfort para lavar a roupa. Passa na área de
cosméticos e pega o desodorante Rexona para seu marido, e sabonete Lux para
ela. Compra pasta de dente Closeup, a marca preferida da filha.
Quase ao sair do supermercado, o filho liga e diz que quer sorvete. Ela compra
picolés Kibon. Todas as marcas adquiridas por ela pertencem à Unilever, que em
2013 foi o maior investidor no mercado publicitário do Brasil, com R$ 4,5 bilhões
aplicados. Omo possui 49,1% de participação de mercado em sua categoria,
segundo pesquisa do instituto Nielsen em 2012. A Hellmann´s detém mais de 55%
do mercado. A Unilever vende cerca de 200 produtos por segundo no Brasil.
(...)
Governo brasileiro incentivou concentração empresarial
Para alguns economistas, tem havido um aumento da presença do Estado na
economia brasileira, um movimento que ganhou força no segundo mandato do
presidente Luiz Inácio Lula da Silva, quando o BNDES passou a conceder
financiamentos a juros mais baixos para promover as chamadas “campeãs
nacionais”.
Mas essa concentração de poder nas empresas públicas é diferente das privadas.
Um exemplo está no setor de energia, em que a Petrobras tem tido uma política de
reajuste dos preços dos combustíveis alinhada à política de inflação do governo
federal. Empresas estatais bem administradas poderiam render bons lucros, que
se tornariam dividendos para o governo federal, que, por sua vez, com esse
dinheiro dos lucros, poderia investir em setores essenciais, como saúde e
educação. (Repórter Brasil).
R: Com base nesse texto, entendo que sim. Porque por mais que se tenha
estímulo do governo federal, as empresas estatais possuem um leque de
opções de produtos/serviços para consumidores assim como não possuem
boas políticas de preços o que faz deles diferentes das empresas privadas.