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no Canto da Lagoa
EDUARDO LISBÔA
EDUARDO LISBÔA
no Canto da Lagoa
FLORIANÓPOLIS
2018
AGRADECIMENTOS
5
"O luxo na arquitetura não é diferente do luxo na vida. Luxo é ter
em sua casa aquilo que te deixa feliz." (Isay Weinfeld)
RESUMO
12 LOCALIZAÇÃO
13 PROBLEMÁTICA E JUSTIFICATIVA
14 OBEJTIVOS
-Objetivos gerais
-Objetivos específicos
15 METODOLOGIA
17 DOCUMENTOS DE REFERÊNCIA
-Conceitos e definições de hotelaria
-Contexto propício de inserção
-Novo conceito de luxo
-Hotel Boutique
31 REFERENCIAIS
-Jingshan Boutique Hotel
-1732 Therme & Spa Vals
-Praça Eliane- CasaCor SP 2016
-Figueras Stables
42 ESTUDO DE CASO
-Hotel Casa Quatro Oito
47 DIAGNÓSTICO
-Histórico e evolução da paisagem urbana
-Mobilidade urbana
-Uso do solo
-Legislação
-Terrenos de marinha
-Aspectos bioclimáticos
-Topografia
-Potenciais visuais
69 PARTIDO ARQUITETÔNICO
-Partido e Diretrizes gerais
-Programa de necessidade e Fluxograma
-Implantação
-Suítes
-Lobby, Área comum e Área técnica
-Restaurante
-Spa
-Cortes
-Sistema estrutural, construtivo e fechamentos
-Moodboard
-Maquete eletrônica
96 CONSIDERAÇÕES FINAIS
97 REFERÊNCIAS
INTRODUÇÃO
LAGOA DA
SANTA CATARINA CONCEIÇÃO
Figura 01
Mapa de Santa Catarina e
Florianópolis
Fonte: Elaborado pelo autor FLORIANÓPOLIS
Ano:2018.2
Figura 02
Fotogradia do terreno e
entorno
Fonte: Google Earth
Acesso: 13/07/2018
PROBLEMÁTICA E JUSTIFICATIVA
13
OBJETIVOS
GERAIS
Desenvolver um projeto de arquitetura de um
Hotel Boutique localizado no Canto da Lagoa,
Florianópolis.
ESPECÍFICOS
-Analisar a área de intervenção do terreno e
diagnosticar seus potenciais;
14
METODOLOGIA
15
Figura 03
Visual do mirante da Lagoa da
Conceição
Fonte: https://bit.ly/2Jpm3we
Acesso: 23/09/2018
DOCUMENTOS
DE REFERÊNCIA
V- HOTEL HISTÓRICO:
Instalado em edificação preservada em sua
forma original ou restaurada, ou ainda que
tenha sido palco de fatos histórico-culturais
de importância reconhecida;
VI- POUSADA:
Empreendimento dec aracterística
19
CONTEXTO PROPÍCIO DE INSERÇÃO
Para Andrade et al (2013) três questôes hotel tendo por base o custo que cada padão
essenciais à serem tomadas para a implantação de apartamento terá no total das áreas do
de um hotel são: qual o segmento de mercado empreeendimento.
(para quem ele se dirige), qual o tipo de hotel e (ANDRADE, et al, 2013, p. 33).
onde ele deve estar localizado.
De acordo com Andrade et al (2013) o tipo de
De qualquer forma, a resposta adequada para hotel vai depender da localização de inserção
essas questões requer um conhecimento do mesmo. Esse critério depende de fatores
mínimo do mercado, tanto da demanda variáveis e de pesos diferentes em relação a
(tamanho, características e tendências) classificação hoteleira , o qual será pretendido
quanto da ofera (que hotèis exisitem e como instalar. Alguns fatores foram classificados
artendem aquela demanda). (ANDRADE et para serem determinados os tipos de hotéis:
al, 2003, p. 31).
-Hotel Central:
Ele ainda explica que se o território que deve Deve-se ter como objetivo ficar ou no centro
ser análisado for mais amplo, as avaliações e da cidade, ou o mais próximo possível,
informações essenciais obtidas serão genéricas. tendo assim uma fácil identificação na urbe.
Em contrapartida, quanto mais exatas Gerando um fácil deslocamento e acessos
forem as informações terão mais precisão e para aeroportos e vias da cidade. Quanto
aprofundamento para a escolha das localidade. ao terreno, deve-se haver a compatibilidade
entre o preço do terreno, o porte e o padrão
Andrade et al (2013) discorre sobre as do empreendimento. Sendo assim, o custo do
decisões de tipos de hotéis, os quais devem terreno não tem permissão para ultrapassar o
ser escolhidos a partir de uma avalição de valor estipulado pelos estudos de viabilidade
mercado local (oferta e demanda). Além disso, econômico-financeiro.
o tamanho da edificação será intimamente
ligado ao tipo ou categoria e que muitas vezes a -Hotel Econômico:
própria legislação é que determina esse limite. O terreno utilizado deve ser de custo
baixo, e permitir a implantação de pátio
Geralmente, o tamanho de um determinado de estacionamento. A edificação deve ser
tipo de hotel, caracterizado pela variável
horizontal ou de no máximo 3 pavimentos.
apartamentos, ou unidades habitacionais
(UH), está vinculado à sua rentabilidade e
aos custos de implantação e operação, e que -Hotel de Convenção:
se exprime pelo número de apartamentos. Estes, por sua vez, são caracterizados como
20 Assim, é possível estimar o custo médio do centros voltados e valorizados pelos negócios
Figura 04
Deck com vista para montanha
Fonte: https://bit.ly/2qCaeb9
Acesso: 23/09/2018
e de usos de serviço.
-Hotel Cassino:
Tem como foco a oferta de jogos de azar.
Muito encontrado em Los Angeles e Nevada,
nos EUA. No Brasil, não são mais permitidos
empreendimentos com este tipo de uso. Deve
estar perto de aeroportos, facilitando o acesso.
Além disso, ter espaço para estacionamento,
lazer e recreação.
22
Figura 05
Loft com vista para NYC
Fonte: https://bit.ly/2CSGGk2
Acesso: 18/10/2018
NOVO CONCEITO DE LUXO
Gabriella Otto, Leader Coach pela Sociedade Produtos e serviços que miram somente em
Bras. de Coaching, formada em Comunicação volume de venda e não e qualidade. David dá o
Social pela PUC/RS, Pós em Marketing pela exemplo de cadeiras desenhadas por Philippe
ESPM, discorre sobre o termo luxo o qual veio Starck ou um relógio de Patek Philippe, os
se transformando ao longo dos tempos. Era quais jamais seriam jogados fora já que tem
de costume associa-lo ao consumo de bens uma valores inestimáveis, pois são objetos de
materiais ou a classficação hierarquica perante a qualidade e atemporais. Por este fato, conclui
sociedade, de uma forma egoísta e egocêntrica. que o consumo do futuro será menor, porém
Otto, discorre em seu artigo estudos de Gilles de mais qualidade.
Lipovetsky, filsósofo francês, o qual interpreta
o luxo com significado de experiências vividas, -Saúde:
mais do que “ter” e "poder". O futuro se comportará por turtistas mais
cosmopolitas e cada vez mais interioranos. Um
“Durante anos as pessoas entendiam viagens local com menos poluição e boa infraestrutura
por uma perspectiva pequena, centrada na para a despreocupação dos consumidores.
indulgência, escapismo e diversão. Agora,
estão procurando fazer as experiências de
Além disso, a educação alimentar estará mais
viagens mais significativas e mais alinhadas
com seus valores e objetivos pessoais. Com
presente. O conceito de Slow food vem aos
milhões de pessoas esperando sentirem-se poucos se materializando em hotéis de luxo.
bem sobre o impacto que têm no mundo, A partir do consumo de produtos orgânicos,
está acontecendo uma reforma de valores vijando não somente no produto, mas no
e expectativas de viagens.” (SALZMAN, modo de preparo dele.
Marian, 2014)
-Alma:
David Report, especializado em estudos A ética é um fator de destaque. E para cada
de mercado e tendências, desenvolveu um investimento filantrópico e humanitário será
relarório -Future Luxury - apontando alguns questionado cada vez mais o destino real
itens de maior importância, os quais podem desse valor, pois elas idealizam a construção
manter uma marca forte e sustentável a longo de um mundo ideal. E por consequência,
prazo: campanhas ambientais e de responsabilidade
social estarão atreladas ao mercado de hotéis
-Qualidade: de luxo.
Os valores éticos e aspectos ambienteais e/ou
sociais, estão cada vez mais sumindo graças ao
24 consumo desenfreado de bens de baixo custo.
Figura 06
Artista: Adriana Duque -
Fotografia Maria 07 (Série
Iconos)
Fonte: https://bit.ly/2CRWeV9
Acesso: 17/10/2018
HOTEL BOUTIQUE
No inicio dos anos 2000 o conceito de hotel crescente popularidade (Wheeler, 2006).
boutique começou a se popularizar no Brasil.
Os chamados de hotéis de proprietários, O termo hotel boutique surgiu a partir de
em geral menores, começaram a atrair uma sugestão de Steven Rubell - empresário,
muitos hóspedes em busca de experiências influenciador e baladeiro- nos inicio dos anos
personalizadas. A indústria hoteleira logo 80, quando lhe foi perguntado sobre o seu novo
percebeu esse movimento e grandes grupos projeto de hotelaria - Morgans Hotel, em Nova
começaram a investir nesse nicho. York, em parceria com Ian Schrager e Philippe
Starck. Em resposta à questão, Rubell afirma
Chon e Sparrowe (2003) declaram que muitos que outros hotéis de forma geral eram grandes
donos do ramo de hotelaria percebem a lojas de departamento, ao passo que este era
necessidade do investimento de renovação uma pequena boutique. (Anhar, 2001; Asensio,
do empreendimento, assim valorizando o 2004; Christersdotter, 2005; Wheeler, 2006)
estabelecimento e a fim de alcançar novos
clientes. Para Vallen e Vallen (2003, p.45) os hotéis
boutique são singulares e únicos no gênero
Essa renovação se dá aos hotéis boutique, hoteleiro. Afirma que são projetos de dimensões
que aparecem como uma novidade de menores, variando de 10 a 30 apartamentos.
hospitalidade, tornando-se por vez mais Afirma que qualidade é tão boa quanto a de um
interessantes aos consumidores. Estes clientes bom hotel, sem a necessidade do grande porte
procuram cada vez mais por produtos e e agitação dos demais. Essa definição de hotel
serviços a fim de satisfazer suas necessidade se caracteriza por sua elegância e se encontram
de hospedagem (Horner & Swarbrooke, 2005, em excelentes localidades urbanas.
p.369)
Wheeler (2006) o identifica como uma
Verifica-se que a principal característica tendência para o ramo da hotelaria em geral e
do turismo no mundo atual é o afirma que:
desenvolvimento de experiências de viagem
para uma série de indivíduos que desejam
-Hotel boutique é um termo que teve origem
ver, entender e experimentar a natureza
de destinos diferentes e a forma como as
nos Estados Unidos e se propagou rápido
pessoas vivem e trabalham nestes destinos. na América do Norte para caracterizar
(Ritchie et al., 2010) intimidade, geralmente em ambientes
luxuosos ou peculiares.
O hotel boutique surgiu nos Estados Unidos
26
na década de 1980, e tem apresentado uma -Os primeiros hotéis boutique começaram a
Figura 07
Pátio interno do Hotel Villa
Extramuros
Fonte: https://bit.ly/2Cm2OlN
Acesso: 05/09/2018
surgir em meados da década de 1980, por meio Algumas associações do gênero – como a
de empreendedores que não se consideravam americana BLLA (Boutique & Lifestyle Lodging
apenas hoteleiros, mas, também, formadores Association) – que vêm lutando há alguns anos
de opinião. para fazer com expressão venha a ser uma nova
classificação de hotel, fazendo normatização
-O modelo hotel boutique, que transformou a do termo, mas ainda sem sucesso. No fundo,
indústria de viagens por meio da introdução o público viajante nunca soube efetivamente o
de design sofisticado, preços elevados e que faz um hotel ser chamado de boutique –
hospedagem de celebridades, atualmente e não é raro ver tantos hotéis exageradamente
mostra sinais de crescimento contínuo no simples ou exageradamente grandes se
mercado hoteleiro. apropriando do termo equivocadamente.
29
Figura 09
Trapiche com duas meninas
Fonte: https://bit.ly/2DcgrFA
Acesso: 23/09/2018
REFERENCIAIS
PROJETUAIS
TEXTUAIS E
CONCEITUAIS
ESTUDO DE CASO
Jiu-Jian Fan, arquiteto, explica que o terreno está Ambos os ângulos da perspectiva
localizado em um cume da montanha, ao lado ritualística e o eixo da intriga do pétio devem
da barragem de um reservatório. A proposta de contemplar a relação entre “natureza” e
design surgiu a partir de um dormitório estilo “humanidade. (FAN, JIU-JIANG)
“San-Ho-Yuan” (o qual possuia 2 andares e fora
A implantação foi trabalhada a partir dos
construido nos anos 1980). Nele, um pátio de
três pavimentos que a edificação apresenta. O
forma concova dava o desenho do bloco. Um
programa de necessidades vasto apresenta usos
pinheiro antigo que permanecera no centro
que serão discutidos por andares.
desse conjunto, é denominado o coração do
pátio. Este se faz importante por sua idade , e
Primeiramente em seu térreo, usos como hall,
por ter presenciado, em contexto histórico do
lobby, sala de bagagens, despensa, sala de estar
local, uma das cerimonias de chá Zen, assim
e jantar, sala de tatami, sala de xadrez, piscina
se tornando um profundo ambiente histórico e
rasa, deck, jardim, e dois quartos. O que faz
cultural. Dessa forma, a preservação do espaço
do térreo praticamente de uso coletivo. Os
e do pinheiro garantem seu potencial espacial.
dois dormitórios presentes neste piso estão
deslocados o mais distante possível de todo
Para se ter uma melhor vista das montanhas,
essa área comum.
foi decidio pelo arquiteto a redução da altura
do lado Oeste do edifício (sala de estar e jantar,
No segundo andar, a totalidade se faz na
mostrado na figura 13). Assim, os visitantes
presença de seis dormitórios. Em sequência, ao
que permanecem no pátio e no restante do
terceiro piso, foram locados dois dormitórios
edifício tem uma vista privilegiada da beleza
de dimensões maiores e a utlização do terraço
natural. Esta redução agrega em questão
para jantares e pequenos eventos.
da insolação. O pôr do sol, que se dá de
forma horizontal no pátio, acaricia a fachada
Os dormitórios apresentam pouca variedade
principal da edificiação (figura 11). A piscina
de tamanho. Classificando e numerando as
raza ao centro, formando camadas de água
tipologias em ordem crescente de tamanho, são
juntamente com a luz, transformam o local
três Suítes Twin-Twin, três Suítes King, uma
em um “templo Zen”, com um intenso senso
Suíte King-Office, uma Suíte King-Sofa e duas
de ritual. Ao sul, o pátio é separado da floresta,
Suítes King Master. Todos possuem banheira e
densa e selvagem, por uma parede de 1,60m .
varanda. Além disso apresentam varanda para
O método de design, relação à experiencia o pátio central e outras voltadas para o entorno.
de visualisação, concentra-se na noção de Com essa distribuição, nenhum dormiótorio
32 “sentar-se frente a frente” com natureza. tem vista para outro quarto.
Figura 10
Fachada Norte do Jingshan
Hotel Boutique
Fonte: https://bit.ly/2CN3KRf
Acesso: 18/08/2018
Figura 11
Fachada Leste do Jingshan
Hotel Boutique
Fonte: https://bit.ly/2CN3KRf
Acesso: 18/08/2018
Figura 12
Vista aérea Jingshan Hotel
Boutqie
Fonte: https://bit.ly/2CN3KRf
Acesso: 18/08/2018
10
7 8 9
3 4 5 6
1 2
Figura 13
Corte longitudinal
Fonte: https://bit.ly/2CN3KRf
1-Acesso Principal 3-Piscina Rasa 5-Suíte King 7-Circulação 2ºPiso 9-Suíte King Office Sacada
Acesso: 18/08/2018
2-Sala de Estar e Jantar 4-Circulação 1ºPiso 6-Sacada Suíte King 8-Suíte King Office 10-Terraço
14 15
7 12 13
11 3
Figura 14
Corte tranversal
Fonte: https://bit.ly/2CN3KRf 11-Sala Tatami 13-Twin-Twin Sacada 15-Suíte King Master
Acesso: 18/08/2018
12-Twin-Twin 14-Circulação 3ºPiso
COBERTURA
3º PAVTO
-terraço
-suítes
2º PAVTO
-rouparia
-suítes
1º PAVTO
-entrada
-lobby
-sala de estar e jantar
-maleiro
-cozinha
-sala de tatami
-rouparia
-suítes
-1º PAVTO
-sala de xadrez
PÁTIO
-piscina rasa
-deck
Figura 15
Croqui explodido do Jingshan
Hotel Boutique
Fonte: Modificado pelo autor
https://bit.ly/2CN3KRf
Acesso: 18/08/2018
1732 THERME & SPA VALS/ PETER ZUMTHOR
Local: Grisões, Suíça
Ano: 1996
Arquitetura: Peter Zumthor
Equipe: Peter Zumthor/ Marc Loeliger/ Tho-
mas Durisch/ Rainer Weistschies
Peter Zumthor projetou o spa / banhos que anteriormente. As espessas paredes internas,
foi inaugurado em 1996 para complexo muitas vezes servem para passagem das
hoteleiro existente. A ideia era criar uma estruturas da edificação como toda a parte de
forma de caverna ou pedreira como estrutura. infraestrurura.
Trabalhando com o ambiente natural, as salas
de banho ficam abaixo de uma estrutura de A iluminação interna dos espaços é concedida a
telhado de grama parcialmente enterrada na partir de aberturas zenitais - as quais permitem
encosta. O Therme Vals é construído com passagem de ventilação, auxiliando a troca
camada sobre camada de lajes Valser Quarzite interna externa- , e um jogo de iluminação
extraídas localmente. Esta pedra tornou-se a artificial para a parte noturna utilizando estes
inspiração motriz para o design e é usada com mesmos ragos, além dos pontos nas piscinas.
grande dignidade e respeito. (ARCHDAYLI,
2009). O meandro, como nós o chamamos, é um
espaço negativo projetado entre os blocos,
Montanha, pedra, água - construir em um espaço que conecta tudo conforme
pedra, construir com pedra, construir na flui por todo o edifício, criando um
montanha, construir fora da montanha, ritmo pacificamente pulsante. Movendo-
estar dentro da montanha - como é possível se em torno deste espaço significa fazer
criar uma interpretação arquitetônica descobertas. Você está andando como se
do significado sensorial e de significado estivesse na floresta. Todos estão procurando
contido nestas palavras traduzindo-os em um caminho próprio. (ZUMTHOR, 1996).
arquitetura? (ZUMTHOR, 1996)
Figura 17
Piscina externa - Therme &
SPA Valls
Fonte: https://bit.ly/2CsP0WY
Acesso: 07/09/2018
PRAÇA ELIANE - CASA COR 2016/ ALEX HANAZAKI
Local: São Paulo
Área total: 450 m²
Ano: 2016
Paisagismo: Alex Hanazaki
Equipe: Alex Hanazaki / Sergio / Luiz
Belém / Nanda Torres
Figura 19
Caminho de blocos em níveis
sobre espelho d’água na praça
Eliane
Fonte: https://bit.ly/2R05wSa
Acesso: 22/08/2018
FIGUERAS STABLES/ ESTUDIO RAMOS
Local: Gral. Rodriguez, Buenos Aires
Área total: 3.850 m²
Ano: 2017
Arquitetura: Estudio Ramos
Equipe: Juan Ignacio Ramos/ Igancio Ramos
O arquiteto Juan Ignacio Ramos, do Estudio sua vez, é metálica com perfis tipo “I” com
Ramos (como fez Frank Lloyd Wright), dimensões de 30cm. Para a construção foram
inspirou-se na paisagem para os estábulos: os utillizados dois tipos de materiais, concreto
pampas - as planícies baixas da Argentina - aparente (como sistema construtivo) e madeira
são conhecidos por suas vastas vistas planas, local (utilizados tanto no interior da edificação
e Ramos baseou-se nessa horizontalidade em pisos, forros e divisórias de celeiro, como
de estruturas. Mas ele também trouxe uma nos brises verticais compondo a fachada).
sensibilidade moderna, olhando para a
monumentalidade geométrica do Pavilhão de O telhado recebeu vegetação nativa e
Barcelona de Mies van der Rohe, o uso de água gramíneas, e pode ser acessado para ter uma
de Luis Barragán e o trabalho de Tadao Ando vista superior dos jogos de polo. Estes acessos
em concreto. (ARCHITECTURAL DIGEST se dão por uma escada helicoidal feita em
2018) concreto localizada no meio do volume, e
pela propria disposição topográfica do terreno
O térreo conta com dois setores bem (dessa forma, até mesmo os cavalos tem acesso
diferenciados por suas funções. Um a cobertura).
possui um programa social e está voltado
ao campo de Pólo, enquanto o outro,
orientado ao fundo da propriedade, abriga
as instalações de trabalho e habitações
dos funcionários. Os volumes com vista
para o campo de Pólo estão parcialmente
escondidos por trás de extensos muros
e desníveis do terreno que não somente
conferem privacidade aos estábulos, como
também reduzem sutilmente o impacto do
edifício na paisagem. Somente o centro da
edificação fica visível, onde se localiza um
grande espelho d’água, terraços exteriores e
o celeiro principal do estábulo. (SBEGHEN
2017)
Figura 21
Vista interna do pátio para a
ala norte
Fonte: https://bit.ly/2LnYHXx
Acesso: 08/09/2018
Figura 22
Vista interna do pátio para a
ala sul
Fonte: https://bit.ly/2LnYHXx
Acesso: 08/09/2018
HOTEL CASA QUATRO OITO/ ARTE ARQUITETURA
Local: Florianópolis, Santa Catarina, Brasil
Área total: 700 m²
Ano: 2016
Arquitetura: Marcia Barbieri
Paisagismo: Juliana Castro
Direção Criativa do Espaço: Felipe Morozini
O Hotel Casa Quatro Oito fica localizado no O hotel boutique, assim classificado pela
Canto dos Araçás e se encontra em um terreno própria proprietária, fica na encosta de
de aproximadamente 70.000 m². um morro, onde a topografia é altamente
acidentada. Apresenta três níveis com fachada
A casa foi projetada pela arquiteta Marcia principal voltada para leste.
Barbieri, pelo escritório Arte Arquitetura, a
pedido da proprietária Bianca Engelhardt No paisagismo, Juliana Castro e sua equipe
Pereira. Volume com linhas retas e que não aproveitam a grande massa vegetal ao redor
tem confronto com o entorno, o material para compor uma variedade de espécies à sua
(concreto aparente, madeira e pedra) e grandes jardinagem. Com foco principal, os garapuvus
aberturas fazem com que a natureza entre na se exibem ao subir à casa.
parte interna da edificação.
Na arquitetura de interiores e design, Felipe
O nome do hotel se dá principalmente pelo Morozini assina a direção criativa da casa.
número de quartos e hóspedes: 4 quartos, O hotel respira arte e design. Obras de
totalizando um máximo de 8 pessoas na casa. artes assinadas por artistas como Martin
Essa era a ideia inicial do projeto, um lobby Parr, Albano Afonso, Nazareno, BFGF e
gigantesco para apenas quatro quartos, onde Cassio Vasconcellos os mobiliários contam
os hóespedes sairiam de seus aposentos para com nomes como Enrico Franzolini, Jasper
conviver na grande sala. Com o tempo, Bianca Morrison, Sergio Rodrigues, Jader Almeida
veio querendo agitar a casa, e está abrindo as entre outros. Felipe acrescenta nos ambientes
portas e trazendo eventos e exposições diárias. sua arte, com fotografias e esculturas.
O bar permanece aberto das 17h às 23h,
gerando um fluxo maior de pessoas e assim Para os quartos, todos diferentes, Felipe dá
aumentando o rendimento. conceitos singulares, o qual fez iniciar seu
partido de projeto.
O programa de necessidades enxuto não
desmerece a qualidade e usuabilidade dos O luxo nesse hotel está presente não somente em
ambientes. Tendo apenas 4 quartos (todos cômodos grandes com mobiliários assinados
com sacada e vista para a Lagoa), a casa ainda e obras de artes espalhadas pelos cantos, mas
apresenta uma grande sala de estar/lobby, também pelo espaço, disposição e utilização
sanitários, bar da casa, cozinha, áreas técnicas, que a casa traz. Atendimentos exclusivos e
varanda com piscina aquecida, jardim de personalizados abrangem um novo público à
inverno, sala de yoga, sauna e garagem, que no localidade.
42 momento atende como exposição de arte.
Figura 23
Vista aérea da casa
Fonte: https://bit.ly/2AlyO8o
Acesso: 21/10/2018
Figura 24
Piscina "Estou Aqui"
Fonte: https://bit.ly/2AlyO8o
Acesso: 21/10/2018
Figura 25
Lobby Casa Quatro Oito
Fonte: https://bit.ly/2AlyO8o
Acesso: 21/10/2018
Figura 26
Suíte 19
Fonte: https://bit.ly/2AlyO8o
Acesso: 21/10/2018
Figura 27
Suíte 63
Fonte: https://bit.ly/2AlyO8o
Acesso: 21/10/2018
Figura 28
Suíte 72
Fonte: https://bit.ly/2AlyO8o
Acesso: 21/10/2018
Figura 29
Suíte 28
Fonte: https://bit.ly/2AlyO8o
Acesso: 21/10/2018
Figura 30
Vista aérea da ponte da Lagoa
Fonte: https://bit.ly/2DcgrFA
Acesso: 23/09/2018
DIAGNÓSTICO
Figura 32
Lagoa da Conceição em 1979
Fonte: https://bit.ly/2P7qbX1
Acesso: 03/10/2018
Figura 33
Lagoa da Conceição em 1979
Fonte: https://bit.ly/2NPjR1F
Acesso: 03/10/2018
MOBILIDADE URBANA
A mobilidade urbana de Florianópolis tem na região, onde muitos residentes tem seus
apresentado ao longo dos anos um crescimento campos de trabalham em outros bairros.
irregular, desordenado e caótico. Estes
causados principalmente pelo avanço crescente As vias que dão saída ao morro da Lagoa (via
de modais particulares na cidade. Como à esquerda - Rua João Pacheco da Costa- e via
consequência desse ato, a saturação excessiva à direita - Rua Laurindo Januário da Silveira-),
de automóveis dá-se com congestionamentos atendem a uma demanda de lotes compridos
desigual a dimensão de Florianópolis. e muito caracterizados por residências. Estas
vias por sua vez, são classificadas por coletoras
A malha urbana viária cresceu e desenvolveu e apresentam um fluxo moderado, já que
um traçado a partir da crescente ocupação atendem e conectam moradores do Canto dos
do solo da região. Passou a conectar praias e Araçás, Lagoa da Conceição, Canto da Lagoa e
outros bairros no entorno estruturando uma Porto da Lagoa.
evolução do Centrinho da Lagoa. Em geral,
as ruas tem dimensões pequenas, estreitas e As demais vias da região apresentam um fluxo
compridas. baixo, já que tem como função o acesso de
moradores às suas residências.
A ramificação da malha começou a aparecer
a partir da construção de condomínios Os acessos para o terreno, localizado na Rua
residenciais, juntamente com a crescente Laurindo Januário da Silveira, dá-se pela saída
demanda e adensamento no Centrinho. do morro do lagoa virando a direita. Para
aqueles que vem do norte da ilha o acesso
Outro fator para a expansão da malha urbana mais próximo é pela entrada na Avenida das
do bairro foi o crescimento populacional . Rendeiras que dá conexão ao Campeche. Além
Com isso é possivel perceber o avanço do disso o acesso a partir da própria lagoa é de
tecido urbanos para Zonas de APP (Área uso comum aos moradores que pertencem um
de preservação permanente) e terrenos de modal aquático particular.
marinha.
Em geral, a acessibilidade é inexistente tendo
No eixo central de saída do morro da Lagoa, em vista ruas sem o devido alargamento para
(Avenida Afonso Delambert Neto) é notável o uso adequado de calçadas. Estas presentes
o grande fluxo e, por consequência a zona de em praticamente toda a área e não exibem
maior conflito. Isso acontece porque serve uniformidade ou padrão definido. Nota-se que
como conector entre os bairros da Lagoa e pavimentação das vias, de forma geral, obtem
50 o Itacorubi, visando o grande fluxo diário condições razoáveis de pavimentação.
Via Arterial
Via Principal
Via Coletora
Via Subcoletora
Bairro vizinho
Terreno TCC 1
CANTO
DOS ARAÇAS
LAGOA DA CONCEIÇÃO
CANTO DA LAGOA
PORTO DA LAGOA
Figura 34
Mapa de mobilidade urbana
Fonte: Elaborado pelo autor
0 500 M Ano:2018.2
USO DO SOLO
CANTO DA LAGOA
Figura 35
Mapa de uso do solo
Fonte: Elaborado pelo autor
0 150 M Ano:2018.2
LEGISLAÇÃO
A partir do Plano Diretor de Florianópolis de Mesmo tendo em vista esse zoneamento para
2014, norma municipal válida para a cidade, a área, a realidade se concentra de forma
o terreno encontra-se predominantemente diferente. Existe bastante irregularidade nos
em uma ATR (Área Turística Residencial) lotes, como comentado anteriormente.
juntamente com uma APP (Área de
Preservação Permanente). O terreno possui uma área total de 11.000 m²,
sendo que destes, 4.700 m² são destinados à
Segundo o plano diretor: terrenos de marinha (o qual será aprofundado
no próximo tópico). Sendo assim, com uma
I - Área de Preservação Permanente taxa de ocupação de 50%, tendo em vista
(APP) - os espaços territoriais declarados o número de gabaritos previsto - que é de
de proteção pela legislação urbanística dois pavimentos - o pontencial edificável
anterior, notadamente pela Lei n. 2.193, de
perrmitido é de 14.700m². Isso gera em uma
1985 e pela Lei Complementar n. 001, de
1997, conforme zoneamento consolidado
demanda maior do que a necessária e possível
nos mapas desta Lei Complementar, para o terreno.
recobertos ou não por vegetação nativa,
com a função ambiental de preservar os
recursos hídricos, a paisagem, a estabilidade
geológica e a biodiversidade, facilitar o
fluxo gênico de fauna e flora, proteger o solo
e assegurar o bem-estar das populações
humanas, conforme definidas na legislação
vigente;
54
parâmetros para construção
zona pavtos mínimo básico máximo taxa de taxa de frontal lateral e altura
ocupação imperme- (M) fundos máxima
máxima abilidade (M) da
(%) máxima fachada
(%) (M)
Figura 36
ATR 2 0,25 1,0 1,5 50 70 9 3 11 Tabela parâmetros para
construção
2.5 Fonte: Modificado pelo autor
https://bit.ly/2NO2XR6
Ano:2018.2
APP
APL
ATR 2.5
AMS 2.5
CANTO DA LAGOA
ACI
Terreno TCC
Figura 37
Mapa zonemaneto
Fonte: Elaborado pelo autor
0 150 M Ano:2018.2
TERRENOS DE MARINHA
CANTO DA LAGOA
Figura 38
Mapa terrenos de marinha
Fonte: Elaborado pelo autor
0 50 M Ano:2018.2
edificações, reservada a área exigível Tendo isso em vista, é possivel notar que
para circulação de pedestres, realizar uma parte do terreno encontra-se em área
trabalhos de ajardinamento, horticultura do Patrimônio da União. São 4.700 m² em
e arborização, bem como implantar terreno de marinha juntamente com uma
equipamentos sumários de lazer e APP (Área de Preservação Permanente) os
recreação e ranchos rústicos para guarda quais classificados como “non aedificandi”.
de embarcações destinadas à pesca
artesanal e à maricultura. Neste propósito o Plano Diretor de
Florianópolis relaciona as áreas “não
§1º Consideram-se equipamentos edificáveis” à proíbição da extinção da
sumários de lazer e recreação as floresta e de toda a forma de vegetação
instalações de pequenas dimensões nativa, parcelmento do solo ou qualquer
que não impliquem em edificações outra atividade de intervenção. Esses por sua
ou impermeabilização do solo, não vez podendo ter brechas quando tratados de
ultrapassando uma ocupação de dez por forma pública e de interesse social ou ser de
cento da área referida no caput deste baixo impacto ambiental e a implantação de
artigo. parques urbanos.
58
Figura 39
Imagem geoprocessamento
terrenos de marinha
Fonte: https://bit.ly/2Q3IQ3j
Acesso: 29/10/2018
ASPECTOS BIOCLIMÁTICOS
Figura 40
Gráfico de ventos - frequência
e ocorrência
Fonte: Software Analysis SOL-
AR
Acesso: 05/10/2018
CANTO DA LAGOA
inv
ern
ver
ã
o
Figura 41
Mapa aspecto bioclimático
Fonte: Elaborado pelo autor
0 50 M Ano:2018.2
TOPOGRAFIA
62
CANTO DA LAGOA
151M
97M
E A
D
B
A
C
B
C
89M
173M E
D
Figura 42
Mapa topográfico
0 50 M Fonte: Elaborado pelo autor
Ano:2018.2
10
6
0
CORTE AA
8
0
CORTE BB
7
0
CORTE CC
10
CORTE DD
10
1 Figura 43
Cortes do terreno
CORTE EE Fonte: Elaborado pelo autor
esc 1:1500 Ano:2018.2
Figura 44
Vista aérea do terreno e
entorno imediato
Fonte: Elaborado pelo autor
Ano:2018.2
POTENCIAIS VISUAIS
64
CANTO DA LAGOA
46
47
Figura 45
Mapa de potenciais visuais (1)
Fonte: Elaborado pelo autor
0 50 M Ano:2018.2
Figura 46
Vista para a Lagoa
Fonte: Fotografia do autor
Ano:2018.2
Figura 47
Vista de cima para a Lagoa
Fonte: Fotografia do autor
Ano:2018.2
CANTO DA LAGOA
51
52
50
49 53
Figura 48
Mapa de potenciais visuais (2)
Fonte: Elaborado pelo autor 0 50 M
Ano:2018.2
Figura 49
Vista da topografia mais
acidentada do terreno
Fonte: Fotografia do autor
Ano:2018.2
Figura 50
Vista entrada da casa existente
Fonte: Fotografia do autor
Ano:2018.2
Figura 51
Vista da montanha e bairro à
partir do deck
Fonte: Fotografia do autor
Ano:2018.2
Figura 52
Vista dos fundos da casa
existente
Fonte: Fotografia do autor
Ano:2018.2
Figura 53
Vista do terreno e dos fundos
da casa existente
Fonte: Fotografia do autor
Ano:2018.2
Figura 54
Fachada Leste da proposta do
Hotel Boutique 2977
Fonte: Elaborado pelo autor
Ano: 2018.2
PARTIDO ARQUITETÔNICO
Após toda a realização dos estudos de - Separação dos blocos edificantes por
referenciais teóricos, projetuais e diagnóstico tipologias (hotel, restaurante e spa).
da área, foi possível dar início ao partido, Possibilitando a utilização tanto por visitantes
que tem como objetivo principal a inserção como moradores locais sem que os hóspedes
de um Hotel Boutique no Canto da Lagoa - percam a privacidade e exclusividade do hotel.
Florianópolis.
- Respeitar os potenciais visuais que o terreno
O projeto de hotel boutique trata-se de um apresenta, auxiliando na disposição dos blocos.
estudo a trazer uma nova tipologia ao terreno
em questão (que atualmente é residencial - Levar em conta todas as condicionantes legais
unifamiliar) e com isso aumentar não e naturais do local. Não podendo edificar
somente a economia local como dar novas entre a lagoa até a linha limite dos terrenos
possibilidades de hospedagem, gastronomia e de marinha e permanecer com a vegetação
lazer aos turistas e moradores locais. existente. Isto por se tratar de um espaço que
compreende APP e terreno de marinha.
A arquitetura adotada foi a partir de eixos
simples e longitudinais, possibilitando a - Obter uma arquitetura de encantamento, o
distribuição do programa de necessidades qual o usuário se surpreenda em cada etapa e
vasto e apoiando a conectividade dos cenários que forem produzidos. Dessa forma
hóspedes. Sendo assim, grandes espaços de o acesso principal tem um grande ponto focal
lazer permitem com que os visitantes saiam para o meio das edificações (que será produzido
de suas suítes e possibilitem a relação com os um espaço zen de boas-vindas). Estes aspectos
outros hóspedes. visuais vão se replicando ao longo de toda a
trajetória, do lobby até as suítes.
O espaço do restaurante serve tanto para a
utilização de café da manhã para o público Para melhor percepção da proposta do
que esteja hospedado como jantar para todos Hotel Boutique, programa de necessidades,
aqueles que desejam fazer uma visita. O fluxograma, implantação, plantas, cortes,
mesmo se replica ao spa, que pode receber fachadas e perspectivas serão exibidas ao longo
tanto hóspedes como visitantes e moradores deste trabalho.
locais.
VEGETAÇÃO
EXISTENTE EM APP
LAZER
LINHA LIMITE
DOS TERRENOS
DE MARINHA
ÁREA
HOTEL COMUM
PRAÇA
LINEAR LOBBY
Á.
JARDIM DE TÉC.
BOAS-VINDAS
RESTAURANTE
SPA
ACESSO
SERVIÇO
ACESSO
PRINCIPAL
Figura 55
Diagrama conceitual da
proposta
RUA LAURINDO ESC 1:1000
Fonte: Elaborado pelo autor
JANUÁRIO DA SILVEIRA Ano:2018.2
PROGRAMA DE NECESSIDADES E FLUXOGRAMA
O programa de necessidades foi elaborado para tema pois se trata de uma parte importante na
alcançar os objetivos desejados e organizar o infraestrutura de um hotel com conceitos de
material para o desenvolvimento da proposta. reflexão e conforto.
Estes foram tirados como base nos estudos de
referenciais de mesma tipologia para a melhor As tabelas (figura 57) funcionam como um
percepção dos equipamentos usos da mesma. pré-dimensionamento de espaços e usos, os
quais podem ter alterações ao longo do projeto.
O complexo do hotel foi setorizado em 3
partes: Hotel - Restaurante - Spa. Sendo assim
para melhor leitura e organização dos espaços,
escolheu-se fazer o programa separado
por essas categorias. Além disso, foram
subdivididas em áreas sociais e áreas técnicas.
LOBBY
SUÍTES
CIRCULAÇÃO PAISAGISMO
ÁREA TÉCNICA GALERIA
HOTEL LINEAR
Figura 56
Fluxograma
LAGOA Fonte: Elaborado pelo autor
Ano:2018.2
HOTEL
Depósito de bagagem: 2,80m² Galeria: 104m² Depósitos (soma dos 2): 25m²
Vestiário: 14m²
RESTAURANTE
ÁREA SOCIAL ÁREA SERVIÇO
SPA
ÁREA SOCIAL
ÁREA SERVIÇO
Figura 57
Rouparia: 8,5m² Tabela de programa de
necessidades
Depósito: 12m² Fonte: Elaborado pelo autor
Ano:2018.2
IMPLANTAÇÃO
0,00
2,00
1 B
C
2 3 3,00
3,00
A
6
3,00
A
i=20%
B
6,00
ACESSO
C SERVIÇO
ACESSO
7,00
PEDESTRE
ACESSO
VEÍCULO
Figura 58
Implantação
Implantação Fonte: Elaborado pelo autor
esc 1:1000 Ano:2018.2
Hospedagem
Área comum
Área técnica
Restaurante
Spa
Figura 59
Diagrama conceitual da
disposição dos usos
Fonte: Elaborado pelo autor
Ano:2018.2
Figura 60
Vista das rampas do Spa para o
centro do empreendimento
Fonte: Elaborado pelo autor
Ano:2018.2
Figura 61
Hotel
Fonte: Elaborado pelo autor
Ano:2018.2
Figura 62
Restaurante
Fonte: Elaborado pelo autor
Ano:2018.2
Figura 63
Spa
Fonte: Elaborado pelo autor
Ano:2018.2
SUÍTES
3 3
1 1
2 2
Figura 64
Planta baixa esquemática Suíte
térreo e primeiro pavimento
Layout Suíte - Pavimento superior - nível +6,2 Layout Suíte - Térro - nível +3,0 Fonte: Elaborado pelo autor
esc 1:150 esc 1:150 Ano:2018.2
Figura 65
Dormitório da suíte - primeiro
pavimento
Fonte: Elaborado pelo autor
Ano:2018.2
Figura 66
Banheiro da suíte - primeiro
pavimento
Fonte: Elaborado pelo autor
Ano:2018.2
LOBBY, ÁREA COMUM E ÁREA TÉCNICA
O grande bloco linear, que permanece As grandes portas de correr de vidro, ao final do
perpendicular ao bloco das suítes, faz-se salão, foram pensadas à ter a possibilidade de
um ambiente de uso comum aos hóspedes. abertura, praticamente total, do vão do bloco.
A grande parcela, com poucas divisórias, Dessa forma, o interno e o externo se conectam
permitiu a integração dos espaços os quais sem haver barreiras. Uma curiosidade no
muitas vezes são segmentados apenas pela layout, foi a colocação de um balanço (entre o
disposição do mobiliário. piano e dois sofás com uma mesa de centro). O
intuito é de fazer com que o hóspede perca a
O formato para essa edificação partiu da ideia noção do que está "dentro" e o que está "fora".
de fluxo simples e de caminhamento lento e
apreciativo (usualmente adotado em igrejas e Vizinho a área comum, o bloco menor
templos). Fazendo com que o hóspede desfrute permanece com o uso técnico e de serviço.
de toda a passagem, iniciando pelo lobby, até o Esta área tem acesso tanto pela galeria, onde o
final da sala de estar que dá direção visual ao pessoal da limpeza e organização do hotel tem
grande janelão envidraçado com vista para o passagem quanto pela parte externa.
paisagismo.
Para acesso do primeiro pavimento, os
A valorização da arte se deu a partir de uma funcionários podem utilizar a escada e uso
galeria particular, o qual artistas regionais comum ou operar pelo elevador de serviços
possam apresentar seus trabalhos. Um dos (em casos que estejam manuseando carrinhos
grandes pontos do luxo é o reconhecimento de transporte alimentícios, roupas sujas e
da arte e traze-la em destaque na edificação, outros).
lança uma questão de aprendizagem cultural e
apreciação dos demais trabalhos. Este bloco apresenta - além de toda a área
técnica de lavanderia e depósitos - um lavabo,
Em sequência, a área de estar e bar fazem uma vestiários com banheiro (na parte térrea) e
conexão com o ambiente anterior (galeria). uma copa (no primeiro pavimento) de uso dos
Espaços generosos foram dispostos a atender funcionários.
todos os hóspedes além de propiciar atividades
culturais e eventos voltados ao público pagante. Na cobertura do bloco de área comum, foi
O interior segue com as mesmas premissas das aplicado teto verde de forma a integrar o
suítes (comentadas no capítulo anterior). De edifício a paisagem e compreender noções e
forma geral, o hotel é abastecido por mobiliário técnicas de sustentabilidade. Tirando o maior
e obras de artes assinadas por profissionais proveito para uma edificação mais limpa.
80 competentes e de altíssima notoriedade.
13
6 7
Acesso à
piscina 12
10 11
Acesso ao pavto 9
superior e suítes
5
Acesso às suítes
8
Acesso
Serviço
4
1 - Lobby
2 - Maleiro
3 - WC
4 - WC
5 - Galeria
3 6 - Estar
2 7 - Bar
8 - Depósito
9 - WC Serviço
10 - Elevador Social
11 - Elevador Serviço
12 - Lavanderia
13 - Vestiário Serviço
Figura 67
Acesso Principal Planta baixa esquemática
Layout Área comum e Área técnica - Térreo - nível +3,0 Lobby, área comum e área téc.
Fonte: Elaborado pelo autor
esc 1:150 Ano:2018.2
10 - Elevador Social
11 - Elevador Serviço
14 - Depósito
15 - Lavanderia
16 - Copa Serviço
17 - Área comum 18
18 - Teto verde
16
15
17
10 11
Acesso ao terraço
14
Acesso às suítes
18
Figura 68
Planta baixa esquemática
pavimento superior do Lobby,
área comum e área téc.
Layout Área comum e Área técnica - Pavimento superior - nível +6,2
Fonte: Elaborado pelo autor
Ano:2018.2 esc 1:150
Figura 69
Interior do estar
Fonte: Elaborado pelo autor
Ano:2018.2
Figura 70
Frente do bloco da área comum
Fonte: Elaborado pelo autor
Ano:2018.2
Figura 71
Bloco área comum
Fonte: Elaborado pelo autor
Ano:2018.2
RESTAURANTE
O restaurante, por permanecer aberto tanto fazem com que haja combinações diferenciadas
aos hóspedes como ao público, foi posto mais de acordo com ventilação, trajetória solar e
próximo ao acesso principal (Rua Laurindo privacidade. Além disso, essa abertura foi
Januário da Silveira). Tornando o hotel mais feita por estar voltada ao centro do complexo e
exclusivo e restrito. tendo vista tanto para o jardim de boas-vindas
como para a edificação do spa.
Os acessos foram divididos em duas entradas,
sendo eles principal e serviço. Resultando em A ideia para a arquitetura foi formas simples e
uma setorização dos usos e fluxos obtidos no de estilo minimalista. Com o uso da madeira,
restaurante. Estes já foram pensando também o conceito foi "trazer uma caixa fechada que
à permanecerem os mais próximos dos acessos pudesse ser aberta e explorada pelos visitantes".
principais e de serviço do terreno, facilitando o Foi posto um revestimento ripado em todo o
caminhamento e visual do bloco perímetro dela para que desse essa percepção
de bloco único, pragmático e curioso. Ao
O salão foi planejado para atender todos os anoitecer, as luzes internas fazem com que seja
vinte hóspedes (lotação máxima do hotel) possível ter uma ideia do que está acontecendo
mais dezoito visitantes. Esses valores podendo no interior graças ao ripado.
mudar dependendo dos dias e eventos.
Na cobertura, foi posto um teto "verde" só que
O layout foi adotado a partir do conceito de utilizando apenas pedras de tons e cinza e
integração. Sendo assim, sofás foram postos marrom para deixar o bloco monocromático.
para que visualmente trouxesse essa união. Essa cobertura, por sua vez, dialoga com o
Estes sofás, com dimensões diferenciadas e grande verde do jardim central e do verde da
generosas, se tornam flexíveis ao desejo de cobertura do bloco da área comum do hotel.
juntar ou reservar os usuários.
Acesso Serviço
1 - Salão Principal
2 - WC
3 - Cozinha
4 - Despensa
1 3 5 - Vestiário
6 - Banheiro Serviço
4 5
2
6
Figura 72
Planta baixa esquemátca do
Restaurante
Layout Restaurante - Pavimento único (Térreo) - nível +3,0 Fonte: Elaborado pelo autor
esc 1:150 Ano:2018.2
Figura 73
Fachada restaurante
Fonte: Elaborado pelo autor
Ano:2018.2
SPA
13
11 10
9
16 3 1
Acesso ao
pavto superior
4 7 2
Acesso
Principal
8
5
Figura 74
Planta baixa esquemátca térreo
Layout SPA - Térreo - nível +7,0 do Spa
Fonte: Elaborado pelo autor
esc 1:150 Ano:2018.2
Figura 75
Interior do Spa (espaço de
Chaise e piscina Gruta) com
vista para o hotel
Fonte: Elaborado pelo autor
Ano:2018.2
88
16 - Elevador
17 - Hall
18 - Sala de Yoga
19 - Vestiário Fem.
20 - Vestiário Masc.
21 - Depósito
18
16 17
19 20 21
Figura 76
Planta baixa esquemátca
Layout SPA - Paviemtno superior - nível +10,7 pavimento superior do Spa
Fonte: Elaborado pelo autor
esc 1:150 Ano:2018.2
CORTES
Hotel
Restaurante
Spa
2 3 4
5 6
6 7
1 2 3 4 5
1 2 5 6
3 4
Figura 80
Moodboard
Fonte: Elaborado pelo autor
Ano:2018.2
MAQUETE ELETRÔNICA
Figura 81
Entrada do hotel, com vista
para o Spa
Fonte: Elaborado pelo autor
Ano:2018.2
Figura 82
Acesso de pedestres para o
hotel
Fonte: Elaborado pelo autor
Ano:2018.2
Figura 83
Vão da área comum superior
Fonte: Elaborado pelo autor
Ano:2018.2
Figura 84
Vista do Spa para o jardim
linear e Lagoa
Fonte: Elaborado pelo autor
Ano:2018.2
Figura 85
Vista da área comum superior
para o Spa
Fonte: Elaborado pelo autor
Ano:2018.2
Figura 86
Acesso pela Lagoa para o hotel
Fonte: Elaborado pelo autor
Ano:2018.2
Figura 87
Vista da sacada da suíte para a
piscina e espaço de lazer
Fonte: Elaborado pelo autor
Ano:2018.2
Figura 88
Circulação e suítes do térreo
Fonte: Elaborado pelo autor
Ano:2018.2
CONSIDERAÇÕES FINAIS
96
REFERÊNCIAS
-HANAZAKI. Casa cor 2016. Disponível em: -OTTO, Gabriela. O TURISMO E A HOTE-
<http://www.hanazaki.com.br/>. Acesso em: LARIA SE ADAPTAM AO LUXO CONTEM- 97
PORÂNEO. Blog da Gabriela Otto, [S.L], mai. -VALLEN, G. K., & Vallen, J. J. (2003). Check-
2010. Disponível em: <http://gabrielaotto.com. -in, check-out: gestão e prestação de serviços
br/blog/o-turismo-e-a-hotelaria-se-adaptam- em hotelaria. Porto Alegre: Bookman.
-ao-luxo-contemporaneo/>. Acesso em: 05
out. 2018.