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O ensaio sobre “As técnicas do Corpo” (2003) abordava os modos como o corpo se

torna o elemento no qual a cultura molda e agrega de modo para criar diferenças sociais.
Em outras sociedades o corpo não é isolado do homem e está inserido numa rede
complexa de correspondências entre a condição humana e a natureza. O corpo é uma
realidade mutante de uma sociedade para a outra: as imagens que o definem e dão
sentido à sua extensão invisível. Se pensarmos essa categoria “estado natural”,
irremediavelmente retornaremos a ideia apresentada por Durkheim de uma antropologia
do corpo baseada em análises dos usos metafóricos dos símbolos naturais na reprodução
da ordem social, nas “Formas Elementares da Vida Religiosa”, Durkheim aponta que
as categorias da sensibilidade e do entendimento não são do “estado natural”, mas
construídas socialmente, essas categorias são socialmente construídas e compartilhadas,
ou seja, “representações sociais” são sempre categorias compreendidas através de uma
historicidade.

E determinam inclusive a maneira como conhecemos e entendemos o tempo e o espaço.


Isso significa que ao mesmo tempo em que os indivíduos as sofrem, eles às reproduzem.
O conceito de “representações sociais” nos permite compreender como um grupo social
ou instituição entende o mundo e, consequentemente, o representa, pois, as maneiras de
pensar e representar o mundo se traduz nas práticas adotas por tal grupo ou instituição.

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