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Higiene e

Segurança do
Trabalho
Prof.: Eng.º Rodrigo Teixeira Pereira

Eng.º Rodrigo Teixeira Pereira.


Riscos Físicos
Temperaturas Extremas
Prof.: Eng.º Rodrigo Teixeira Pereira

Eng.º Rodrigo Teixeira Pereira.


O que são os agentes físicos?
 Você lembra o que são agentes físicos? Para responder a
esta pergunta, vejamos o que define a NR-9, que trata
do Programa de Prevenção de Riscos Ambientais:
 “Consideram-se agentes físicos as diversas formas de
energia a que possam estar expostos os trabalhadores, tais
como: ruído, vibrações, pressões anormais, temperaturas
extremas, radiações ionizantes, radiações não
ionizantes, bem como o infrassom e o ultrassom”.

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Temperaturas Extremas
 Temperaturas extremas são condições térmicas rigorosas
sob as quais podem ser realizadas atividades profissionais
(OLIVEIRA et al., 2011).
 Dentre estas condições, destacamos o calor e o frio
intenso.

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Calor
 Quando colocamos dois corpos com temperaturas diferentes em contato,
podemos observar que a temperatura do corpo "mais quente" diminui, e a do
corpo "mais frio" aumenta, até o momento em que ambos os corpos apresentem
temperatura igual. Esta reação é causada pela passagem de energia térmica do
corpo "mais quente" para o corpo "mais frio", a transferência de energia é o que
chamamos calor.
 Calor é a transferência de energia térmica entre corpos com temperaturas
diferentes.
 A unidade mais utilizada para o calor é caloria (cal), embora sua unidade no SI
seja o joule (J). Uma caloria equivale a quantidade de calor necessária para
aumentar a temperatura de um grama de água pura, sob pressão normal, de
14,5 °C para 15,5 °C.
 A relação entre a caloria e o joule é dada por:
 1 cal = 4,186J
 Partindo daí, podem-se fazer conversões entre as unidades usando regra de
três simples.
 Como 1 caloria é uma unidade pequena, utilizamos muito o seu múltiplo,
a quilocaloria.
 1 kcal = 10³cal

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Interação térmica do nosso
organismo com o meio ambiente.
 Uma pessoa, quando exposta a diferenças de
temperatura, pode:
 ganhar ou perder calor por condução, convecção e
radiação, dependendo se a temperatura da sua pele está
mais alta ou mais baixa que a temperatura do ar;
 ganhar calor por metabolismo (gerado pelo seu próprio
organismo, dependendo da atividade física que está
realizando);
 perder calor por evaporação (por meio do suor)

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Os mecanismos de troca térmica
 Para a maioria dos mamíferos, entre eles podemos incluir
o homem, apresentam e mantém a sua temperatura
interna aproximadamente constante, mesmo que
ocorram variações de temperatura ambiente.
 Por sermos dotados desta capacidade, somos
denominados homeotérmicos.
 Além disso, somos endotérmicos, pois produzimos e
controlamos nossas próprias fontes de calor.

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Equação do Equilíbrio Térmico
 Como temperaturas extremas entendem-se o calor e o
frio, cuja intensidade seja suficiente para causar
alterações e prejuízos à eficiência e a saúde do
trabalhador. A
 exposição do trabalhador a temperaturas extremas é
governada pela do equilíbrio homeotérmico.

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Trocas Térmicas
 Em trocas térmicas por condução, convecção e radiação,
podemos receber ou ganhar calor por estes mecanismos,
que dependerá da temperatura da pele se está maior ou
menor do que a temperatura ambiente.

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Condução
 Condução do calor, onde a temperatura Ta (objeto “a”)
é maior do que Tb (objeto “b”) e Q representa o
sentido do fluxo.

Quando nesta situação as temperaturas dos


objetos se igualarem, temos o equilíbrio
térmico.
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Convecção
 Convecção do calor, a setas vermelhas representam o
fluido quente e as azuis o fluido frio.

 Na convecção, as trocas térmicas que ocorrem entre os corpos se


dão por movimentação de fluidos (líquidos ou gases), que no caso
dos ambientes de trabalho é o ar.
 De início, a troca acontece por um corpo aquecido que perde
calor para o ar próximo.
 Este ao receber calor, aumenta sua temperatura tornando o fluido
(ar) mais leve (menos denso).
 Com isso, surge um movimento ascendente deslocando-se,
recebendo um novo volume de ar frio que o substitui. O ar
aquecido
Eng.º Rodrigo é levado para corpos mais distantes, carregando
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 consigo o calor recebido.


Radiação Térmica
 Na radiação, o calor se propaga sem a necessidade de ter
um meio material.
 Neste, um corpo aquecido emite radiação infravermelha
para os corpos que estão a uma temperatura menor.
 O calor que é transportado por este meio é denominado
calor radiante.

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Radiação Térmica – Troca de
calor por evaporação
 A troca de calor por evaporação resulta na diminuição da
temperatura da pele, que surge devido a mudança de
fase (líquido para vapor) do suor produzido.
 Então, o balanço de energia homeotérmico depende
destes mecanismos, ocorrendo o equilíbrio térmico
quando o Q = 0.
 Nas condições onde temos Q>0, temos a possibilidade de
ocorrer um hipertermia e para Q < 0, a hipotermia.

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Fatores Influentes nas Trocas
Térmicas
 Na higiene ocupacional, os fatores mais comuns de se
estudar nas avaliações de sobrecarga térmica e que
interferem nas trocas térmicas, são as cinco
seguintes:
 A temperatura do ar.
 A velocidade do ar (dependendo do caso, pode ser o
vento).
 A umidade relativa do ar.
 O calor radiante.
 Tipo de atividade.

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Temperatura do ar
 A temperatura do ar vai mostrar a influência da troca de
calor do corpo humano com o ambiente.
 A medida pode ser feita com um termômetro de bulbo seco
(tbs), termopares, termorresistências.
 Quando a informação do equipamento fornecer uma
temperatura maior do que a temperatura da pele, tem-se a
indicação de que existe um ganho de calor do organismo
pelos mecanismos de convecção ou condução.

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Umidade relativa do ar
 A umidade é um conceito diretamente
relacionado com a quantidade de vapor
d’água contida em uma quantidade de
ar. Entretanto, denomina-se por
umidade relativa, motivo de interesse
na exposição, a relação entre a
quantidade de vapor contido no ar e a
quantidade de vapor saturado.
 Pode ainda definir-se como a relação
entre a pressão parcial de vapor de
água e a pressão de saturação do vapor
de água.
 O instrumento para a medição de sua
influência é o termômetro de bulbo
úmido natural.
A umidade relativa influi na troca térmica que ocorre entre o organismo humano
e o meio ambiente pela evaporação. Ou seja, de acordo com o valor da umidade
relativa, a perda de calor por evaporação poderá ser maior ou menor, pois esta é
uma função da pressão de vapor d’água do meio ambiente (que depende da
temperatura ambiente e da quantidade de água existente na atmosfera)
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juntamente com a pressão de vapor existente na superfície da pele.
Baixa umidade relativa do ar
 A diferença entre as leituras pode nos
dar um indicativo de que a umidade
relativa está alta ou baixa.
 Quanto mais próximo a medida de
temperatura no bulbo úmido for da
lida para o do bulbo seco, mais alta
será a umidade relativa,
estabelecendo a saturação (umidade
relativa de 100%) quando ambas
forem iguais.
 Nesta condição a troca de calor por
evaporação torna-se difícil.
 Reciprocamente, quando as leituras
apresentam valores de temperatura
cada vez mais distantes, tem-se a
presença de baixa umidade relativa.

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Velocidade do ar
 A velocidade do ar é a responsável por aumentar a troca
térmica entre o corpo e meio ambiente, por
condução/convecção.
 Existe uma grande variedade de instrumentos para a
medida da velocidade do ar.
 Os aparelhos para medir a velocidade do ar são os
anemômetros. Existem também aqueles que medem a
velocidade do ar, mas com opção de medir a
temperatura e a umidade relativa, denominados
termohigroanemômetros.

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Calor radiante
 O calor radiante é a energia emitida pelos corpos
aquecidos procedente de fontes de radiação
infravermelha.
 Em higiene ocupacional verifica-se a sua influência pela
medida de temperatura de globo (tg).

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Tipo de Atividade
 A classificação da atividade do trabalhador pode ser feita
medindo a taxa metabólica do trabalhador enquanto
realiza um trabalho, através do consumo de ar, geração
de dióxido de carbono e o número de batimentos
cardíacos.
 São medições que se tornam difíceis de efetuar
diretamente no trabalho, pois ainda não temos a
disposição de equipamento e a sua exigência por parte
da legislação brasileira.

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Exposição Ocupacional ao
Calor
 O calor constitui um fator de risco relevante do ponto de
vista da saúde ocupacional.
 A exposição a este agente físico pode ocorrer em
diversos ambientes de trabalho, tais como: siderúrgicas,
fundições, indústrias têxteis, padarias, entre outros
(SALIBA, 2011)

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A termorregulação humana
 A termorregulação tem como objetivo
impedir grandes variações na temperatura
interna do corpo de maneira que os sistemas
vitais possam operar adequadamente.
 Essa tarefa é coordenada pelo hipotálamo,
também constituído por substância cinzenta,
é definido por ser o centro de integração e
controle de atividades automáticas do
organismo, cabendo a este a responsabilidade
por várias funções corporais, tais como: a
regulagem do nosso sono, apetite, balanço de
água e o controle da temperatura do núcleo
do corpo diante de
situações extremas de calor e frio.

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A Termorregulação Humana
 O hipotálamo está preparado a todo instante para receber
impulsos elétricos, originados de células existentes na pele
que apresentam sensibilidade a perda
e ao ganho de calor, assim como dos músculos e de outras
partes do organismo, e manda através dos nervos
comandos que acionam mecanismos de compensação,
como a vasoconstrição e vasodilatação e a sudação
(sudorese), que interferem nas trocas térmicas do corpo
com o ambiente de forma a manter a temperatura interna.

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Metabolismo
 Quando nos referimos ao metabolismo,
estamos considerando o calor produzido pelo
corpo resultante de uma atividade física que
está sendo desenvolvida.
 Não podemos confundir com o metabolismo
que funciona em nosso organismo quando
estamos em repouso denominado “basal”.

A palavra tem origem da


língua grega de “metabolé”
cujo signif cado quer dizer
“mudança”. Este representa as
transformações químicas que o
organismo realiza para quebrar
moléculas de substâncias que
ingerimos, como por exemplo, o
açúcar para produzir a glicose
transformando-a em energia
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Mecanismos de defesa do organismo
frente ao calor e doenças do calor

 Vasodilatação periférica: é o aumento da circulação


(fluxo) de sangue na superfície do corpo para permitir
maior troca de calor entre o organismo e o ambiente,
pois o fluxo de sangue transporta calor do núcleo
(interior) do corpo para superfície, onde ocorrem as
trocas térmicas.
 Sudorese: é a ativação das glândulas sudoríferas,
permitindo a perda de calor por meio da evaporação do
suor. O número de glândulas ativadas é diretamente
proporcional ao desequilíbrio térmico existente.

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Doenças causadas por
temperatura extrema calor
 Se os mecanismos forem insuficientes para promover a
perda adequada de calor (de forma a manter a
temperatura do corpo em torno de 37°C), uma fadiga
fisiológica poderá ocorrer, manifestando- se na forma das
seguintes doenças:

 Exaustão de Calor
 Desidratação
 Cãibra de Calor
 Choque Térmico

Muitos são os sintomas destas doenças, dentre os quais


podemos destacar:dores de cabeça, tonturas, mal-estar,
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franqueza etc.
Exaustão do Calor
 Com a dilatação dos vasos sanguíneos em resposta
ao calor, há insuficiência do suprimento de sangue
do córtex cerebral, resultando em queda de
pressão (baixa pressão arterial).

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Desidratação
 Em seu estágio inicial, a desidratação atua
principalmente na redução do volume de sangue,
promovendo a exaustão do calor.
 Mas, em casos mais extremos produz distúrbios na função
celular, ineficiência muscular, redução da secreção
(especialmente das glândulas salivares), perda de
apetite, dificuldade de engolir, acúmulo de ácido nos
tecidos, febre e até mesmo a morte

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Cãinbra do Calor
 Durante a sudorese, ocorre perda de água e sais
minerais, principalmente do cloreto de sódio.
 Com a redução desta substância no organismo, poderão
ocorrer espasmos musculares e cãibras

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Hipertermia
 A hipertermia é uma elevação anormal da temperatura
do corpo, quadro grave que pode levar a morte, onde o
sistema termorregulador de temperatura localizado no
hipotálamo, não apresenta mais o controle frente as
diferenças de temperatura.

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Hipertermia e Exposição
Ocupacional
 Quando envolve a exposição ocupacional ao calor,
a hipertermia pode ser consequência de uma sobrecarga
térmica, na qual a carga térmica a que o trabalhador
está exposto é suficiente para se ter o esgotamento
completo do organismo para manter o equilíbrio térmico
por meio de vasodilatação e sudorese.

 Na exposição ocupacional ao calor, o que se analisa são as


condições de trabalho com a possibilidade de sobrecarga
térmica, típicas de ambientes industriais muito quentes,
nos quais são desenvolvidos trabalhos pesados (com altas
taxas metabólicas) como em metalúrgicas, siderúrgicas,
padarias, fundições e locais com a presença de fontes de
radiação (fornos de uma indústria de vidros, por exemplo)

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Choque térmico
 Ocorre quando a temperatura do núcleo do corpo é tal
que põe em risco algum tecido vital que permanece em
contínuo funcionamento

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Medidas de Controle para o
Calor
 As medidas relativas ao ambiente destinadas ao
controle do calor procuram diminuir os fatores que
influenciam na sobrecarga térmica, como os fatores
ambientais (temperatura do ar, velocidade do ar,
umidade relativa do ar e calor radiante) e metabólicos
(influenciados pelo tipo de atividade desenvolvida).

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Medidas de controle
administrativas e relativas ao
trabalhador
 Existe uma série de medidas que podem ser aplicadas
diretamente ao trabalhador visando minimizar a
sobrecarga térmica. Dentre elas, estão as medidas de
caráter administrativo e outras específicas ao pessoal

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Exames Médicos Ocupacionais
 Recomenda-se a realização de exames médicos pré-
-admissionais (ou de seleção) e exames periódicos.
 Mas, por que isso ?
 Os exames pré-admissionais têm por objetivo detectar
problemas de saúde que possam ser agravados pela
exposição ao calor, tais como:
 problemas respiratórios, cardiocirculatórios, deficiências
glandulares (principalmente glândulas sudoríparas), problemas
de pele, hipertensão etc.

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Aclimatização
 Consiste em uma adaptação fsiológica do organismo
a um ambiente quente.
 É uma medida de fundamental importância na
prevenção dos riscos decorrentes do calor intenso.
 Quando um indivíduo se expõe pela primeira vez ao
calor, há um aumento significativo da temperatura
retal e do ritmo cardíaco, baixa sudorese e outros
desconfortos como tonturas e náuseas.

Nos quatro ou seis dias subsequentes, há redução


deste desconforto, queda da temperatura retal e do
ritmo cardíaco, intensificando-se a sudorese.
A aclimatização será total em aproximadamente duas
semanas.
É importante mencionar que a perda de cloreto de
sódio (sais) pela sudorese será menor no indivíduo
aclimatizado
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Reposição Hídrica e Salina
 Um profissional exposto ao calor intenso, deverá
ingerir maior quantidade de água e sal, sob
orientação médica, para compensar a perda
ocorrida na sudorese.
 A não reposição destes elementos pode levar à
desidratação e cãibras do calor

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Limitação do tempo de
exposição
 Limitação do tempo de exposição: os tempos de
exposição devem ser compatíveis com as condições de
trabalho, no sentido de que o regime de trabalho –
descanso atenda aos limites recomendáveis pela NR-15.

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Educação e treinamento
 A orientação dos trabalhadores quanto à prática
correta de suas tarefas pode, por exemplo, evitar
esforços físicos inúteis ou longos e desnecessários
períodos de permanência próximos à fonte de calor.
 Deve-se conscientizar o trabalhador sobre o risco
que representa a exposição ao calor intenso,
educando-o quanto ao uso correto dos EPIs e
alertando-o sobre a importância de asseio pessoal.

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Equipamento de Proteção
Individual (EPI)
 O uso de óculos com lentes especiais é necessário sempre
que houver fontes consideráveis de calor radiante.
 Luvas, mangotes, aventais e capuzes devem ser utilizados
para proteção das diversas partes expostas ao calor.

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Avaliação
Ocupacional do
Calor
Professor: Eng.º Rodrigo Teixeira Pereira

Eng.º Rodrigo Teixeira Pereira.


Avaliação do Calor
 Cinco são os fatores que devem ser considerados:
temperatura do ar, umidade relativa do ar, velocidade do
ar, calor radiante e tipo de atividade exercida pelo
trabalhador (BREVIGLIERO, POSSEBON, SPINELLI, 2012).
Limites de tolerância
 O Anexo 3 da NR-15, que trata dos limites de tolerância
para exposição ao calor, determina que devemos
empregar na avaliação da exposição do calor o Índice de
Bulbo Úmido – Termômetro de Globo (IBUTG).
Índice de Bulbo Úmido –
Termômetro de Globo (IBUTG).

 Ambientes internos ou externos sem carga solar:


 IBUTG = 0,7tbn + 0,3tg
 Ambientes externos com carga solar:
 IBUTG = 0,7tbn + 0,1tbs + 0,2tg
 Onde:
 tbn = temperatura de bulbo úmido natural
 tg = temperatura de globo
 tbs = temperatura de bulbo seco
Instrumentação
 De acordo com o anexo 3 da NR-15,
os aparelhos que devem ser usados
nesta avaliação são: termômetro de
bulbo úmido natural, termômetro de
globo e termômetro de mercúrio
comum.

 As medições devem ser efetuadas no


local onde permanece o trabalhador
à altura da região do corpo mais
atingida.
Instrumentos de medição
 Termômetro de Bulbo Seco: é um
termômetro de mercúrio comum, cujo
bulbo fica em contato com o ar. Portanto,
por meio dele obtemos a temperatura do
ar (tbs).
Instrumentos de medição
 Termômetro de Bulbo Úmido Natural:é um
termômetro cujo bulbo é recoberto por um pavio
em forma tubular, de cor branca, de tecido de
algodão, com alto poder de absorção de água. Esse
pavio deve ser mantido úmido em água destilada,
no mínimo meia hora antes de fazer a leitura da
temperatura (tbn).
Instrumentos de medição
 Termômetro de Globo: é um aparato que possui
um termômetro posicionado no centro de uma
esfera oca de cobre de diâmetro de seis polegadas.
A esfera é preenchida naturalmente com ar e a
abertura é fechada pela rolha do termômetro. A
esfera é pintada externamente de preto fosco, um
acabamento altamente absorvedor de radiação
infravermelha (SESI, 2007). A leitura deste
instrumento corresponde à temperatura média de
radiação do ambiente (calor radiante).locais
específicos de trabalho.
Instrumentos de medição

Termômetro de Globo
Princípio de funcionamento dos
principais instrumentos (sensores) e
parâmetros que afetam sua leitura

Eng.º Rodrigo Teixeira Pereira.


Metodologia de Avaliação de
Calor em Ambiente Laboral

Eng.º Rodrigo Teixeira Pereira.


Trabalho e descanso no
mesmo local
 Nos casos em que o descanso e o trabalho ocorrem no
mesmo local, a avaliação da exposição ao calor é
realizada de acordo com o Quadro 1 do Anexo 3 da NR-15
Trabalho e descanso no
mesmo local

Quadro 1 do Anexo 3 da NR15


Método de Avaliação

 Antes de utilizar o Quadro 1, devemos


calcular o IBUTG por meio das fórmulas
vistas na aula anterior e determinar se o
tipo de atividade realizada pelo trabalhador
é leve, moderada ou pesada.

 Para saber qual é o tipo da atividade,


consultamos o quadro 3 do Anexo 3 da NR-
15. Na sequência, de posse das informações,
verificamos no Quadro 1, qual é o regime de
trabalho que a norma propõe para a situação
avaliada
Método de Avaliação

Quadro 3 do Anexo 3 da NR-15


Método de Avaliação
 É importante esclarecer que para utilizar o Quadro 1 do
Anexo 3 da NR-15, o descanso no próprio local de
trabalho deve ser entendido como aquele que ocorre no
mesmo ponto físico do trabalho, e não no “mesmo
recinto”, significando que o trabalhador está submetido
ao mesmo IBUTG de quando trabalha
Exemplo Prático
 Trabalho e descanso no próprio
local:
 Um operador de forno carrega a carga
em 03 minutos, a seguir aguarda por 04
minutos o aquecimento da carga, sem sair
do lugar, e gasta outros 03 minutos para a
descarga.
 Este ciclo de trabalho é continuamente
repetido durante a jornada de trabalho.
 No levantamento ambiental,
obtivemos os seguintes valores:
 Tg = 35°C
 Tbn = 25°C
O tipo de atividade é
considerado como moderado.
Solução
 Resposta:
 Cada ciclo de trabalho é de 10 minutos;
portanto, em uma hora teremos 06 ciclos, e o
operador trabalha 6x6 = 36 minutos e
descansa 4x6 = 24 minutos.
 Como o ambiente é interno, sem incidência
solar, o IBUTG será:
 IBUTG = 0,7Tbn + 0,3Tg
 IBUTG = 0,7 x 25 + 0,3 x 35 = 28 ºC
Análise
 IBUTG = 28,0°C
 Consultando-se o quadro I da NR-15, Anexo 3,
verificamos que o regime de trabalho nesse
caso deve ser de 45 minutos de trabalho e 15
minutos de descanso a cada hora, para que
não haja sobrecarga térmica.
 Como o operador trabalha 36 minutos e
descansa 24 minutos, a sobrecarga térmica é
considerada aceitável.
 Logo, podemos concluir que a atividade
exercida pelo trabalhador, do exercício 1, é
salubre.
Trabalho com descanso em outro
local
 Quando o trabalhador descansa em local
diferente (termicamente mais ameno) do
lugar em que trabalha, devemos utilizar
outra metodologia para avaliar a exposição
ao calor.
 Nestes casos, devemos calcular o IBUTG do
ambiente de trabalho e o IBUTG do
ambiente de descanso, para, então, com
estes valores, calcular o IBUTG médio,
ponderado por hora. Para estas condições,
os limites de tolerância são fornecidos
pelo Quadro 2, do Anexo 3 da NR-15.
Quadro 2, do Anexo 3 da
NR-15

Quadro 2 do Anexo 3 da NR-15


Fonte: NR-15 do Ministério do Trabalho e
Emprego
Taxa de Metabolismo
 M é a taxa de metabolismo média ponderada para uma
hora, determinada pela seguinte fórmula:
 M = (Mt × Tt + Md × Td)/60
 Sendo que:
 Mt = taxa de metabolismo no local de trabalho.
 Tt = soma dos tempos, em minutos, em que se
permanece no local de
 trabalho.
 Md = taxa de metabolismo no local de descanso.
 Td = soma dos tempos, em minutos, em que se
permanece no local de
 descanso.
IBUTG MÉDIO
 Já, os valores presentes na segunda coluna do
Quadro 2 do Anexo 3 da NR- 15 correspondem ao
maior valor do IBUTG médio ponderado, que é
admissível ao respectivo metabolismo.
 O IBUTG médio ponderado para uma hora, chamado
de IBUTG , é determinado pela seguinte fórmula:
 IBUTG = (IBUTGt × Tt + IBUTGd × Td )/60
 Onde:
 • IBUTGt = valor do IBUTG no local de trabalho.
 • IBUTGd = valor do IBUTG no local de descanso.
 • Tt e Td = variáveis anteriormente definidas.
Exemplo Prático 2
 Regime de trabalho com descanso em
outro local:
 Um operador de forno demora 03 minutos
para carregar o forno, a seguir aguarda o
aquecimento por 04 minutos, fazendo
anotações em um local distante do forno,
para depois descarregá-lo durante 03
minutos.
 Verificar qual o regime de
trabalho/descanso.
Análise
 Temos duas situações térmicas diferentes,
uma na boca do forno e outra na segunda
tarefa. Temos, portanto, de fazer as
medições nos dois lugares.
 Local 1 Tg = 54°C
 (Trabalho) Tbn = 22°C
 Atividade Metabólica M = 300 kcal/h
 Máximo IBUTG Médio Ponderado
Permissível – NR – 15
Máximo IBUTG Médio Ponderado
Permissível – NR – 15
Solução
 Local 1 (Trabalho)
 Calculando-se o IBUTG de trabalho = 0,7 x 22 + 0,3 x 54
 (IBUTG)t = 31,6°C
 Local 2 (Descanso)
 Tg = 28°C
 Tbn = 20°C
 M = 125 kcal/h
 Calculando-se o IBUTG de descanso = 0,7 x 20 + 0,3 x 28
 (IBUTG)d = 22,4°C
 Temos que calcular o IBUTG médio e o Metabolismo médio, que
será a média ponderada entre o local de trabalho e o de
descanso.
 O tempo de trabalho no ciclo é de 06 minutos e o de descanso
de 04 minutos. Como os ciclos se repetem, em uma hora
teremos, portanto, 06 ciclos de 10 minutos cada um. Teremos
em uma hora 36 minutos de trabalho e 24 minutos de descanso.
O IBUTG médio
 O IBUTG médio será:
 IBUTG = (31,6 × 36 + 24 × 24)/60
 IBUTG = 27,9oC
 M = (300 × 36 + 125 × 24)/60
 M = 230 Kcal/h
 Considerando o quadro do máximo IBUTG médio
ponderado permissível para o metabolismo médio de 230
kcal/h da legislação (não encontramos esse valor,
adotamos o valor de 250 kcal/h a favor da segurança),
deparamos com o valor de 28,5°C.
 Como o IBUTG médio calculado foi de 27,9°C, concluímos
que esse ciclo de trabalho é compatível com as
condições térmicas existentes.
NHO – 06

Eng.º Rodrigo Teixeira Pereira.


NHO - 06
 A Norma de Higiene Ocupacional NHO-06
da Fundacentro estabelece procedimentos
técnicos para avaliação da exposição
ocupacional ao calor. Essa norma, além de
preencher as lacunas no Anexo 3 da NR-15,
auxilia os profissionais de segurança a
interpretar e analisar de maneira
científica o índice de avaliação IBUTG,
adotado pelo Ministério do Trabalho e
Emprego (MTE) por meio da NR-15
NHO 06 - Avaliação Da Exposição
Ocupacional Ao Calor

 As principais modificações e avanços técnicos em relação à


Norma anterior são:
 Possibilita a determinação do Índice de Bulbo Úmido
Termômetro de Globo
 – IBUTG, tanto com a utilização de equipamento
convencional como com
 equipamento eletrônico;

 Modificações na tabela para a determinação de taxas


metabólicas, visando oferecer maior flexibilidade e refinamento
na estimativa da taxa metabólica;
 Inclusão de Anexos contendo informações complementares que
poderão contribuir na estimativa da taxa metabólica.

Eng.º Rodrigo Teixeira Pereira.


Objetivo

 Esta Norma Técnica tem por objetivo o estabelecimento


de critérios e procedimentos para a avaliação da
exposição ocupacional ao calor que implique sobrecarga
térmica ao trabalhador, com consequente risco
potencial de dano à sua saúde.

Eng.º Rodrigo Teixeira Pereira.


Aplicação

 Esta Norma se aplica à exposição ocupacional ao calor


em ambientes internos ou externos, COM ou SEM carga
solar direta, em quaisquer situações de trabalho, não
estando, no entanto, voltada para a caracterização de
conforto térmico.

Eng.º Rodrigo Teixeira Pereira.


Definições

 Ciclo de Exposição: conjunto de situações térmicas ao qual o


trabalhador é submetido, conjugado às diversas atividades físicas
por ele desenvolvidas, em uma sequência definida, e que se repete
de forma contínua no decorrer da jornada de trabalho.
 Índice de Bulbo Úmido Termômetro de Globo Médio (IBUTG):
média ponderada no tempo dos diversos valores de IBUTG obtidos
em um intervalo de 60 minutos corridos.
 Grupo Homogêneo: corresponde a um grupo de trabalhadores que
experimentam exposição semelhante, tanto do ponto de vista das
condições ambientais como das atividades físicas desenvolvidas, de
modo que o resultado fornecido pela avaliação da exposição de
parte do grupo seja representativo da
 exposição de todos os trabalhadores que compõem o mesmo grupo.

Eng.º Rodrigo Teixeira Pereira.


Critério de avaliação da
exposição ocupacional ao calor

 O critério de avaliação da exposição ocupacional ao calor


adotado pela presente Norma tem por base o Índice de
Bulbo Úmido Termômetro de Globo – IBUTG, calculado
através das Equações :
 IBUTG = 0,7 tbn + 0,3 tg [4.1]
 Para ambientes internos ou externos SEM carga solar direta
 IBUTG = 0,7 tbn + 0,2 tg + 0,1 tbs [4.2]
 Para ambientes externos COM carga solar direta
 Onde:
 tbn = temperatura de bulbo úmido natural em ºC
 tg = temperatura de globo em ºC
 tbs = temperatura de bulbo seco (temperatura do ar) em ºC

Eng.º Rodrigo Teixeira Pereira.


Duas ou mais situações
térmicas diferentes
 Quando o trabalhador está exposto a duas ou mais
situações térmicas diferentes, deve ser determinado o
IBUTG média ponderada – IBUTG, utilizando-se os valores
de IBUTG representativos das distintas situações térmicas
que compõem o ciclo de exposição do trabalhador
avaliado.

Eng.º Rodrigo Teixeira Pereira.


 Onde:

 IBUTG= IBUTG médio ponderado no tempo em °C IBUTGi


= IBUTG da situação térmica “i” em °C
 ti = tempo total de exposição na situação térmica “i” em
minutos, no período de 60 minutos corridos mais
desfavorável
 i = iésima situação térmica

t1 + t2 + ...+ ti + ... + tn = 60 minutos

A determinação do Índice de Bulbo Úmido Termômetro de


Globo Médio, IBUTG, e da Taxa Metabólica Média, M,
representativos da exposição ocupacional ao calor, deve ser
obtida em um intervalo de 60 minutos corridos, considerado
o mais crítico em relação à exposição ao calor.

Eng.º Rodrigo Teixeira Pereira.


Procedimentos de avaliação
 Abordagem dos locais e das condições de trabalho
 A avaliação de calor deverá ser feita de modo a
caracterizar a exposição de todos os trabalhadores
considerados no estudo.
 Identificando-se grupos de trabalhadores que
apresentem iguais características de exposição – grupos
homogêneos –, nem todos os trabalhadores precisarão
ser avaliados.
 Havendo dúvidas quanto à possibilidade de redução do
número de trabalhadores a serem avaliados, a
abordagem deve incluir necessariamente a totalidade
dos expostos no grupo considerado.

Eng.º Rodrigo Teixeira Pereira.


 Para que as medições sejam representativas da exposição
ocupacional é importante que o período de amostragem seja
adequadamente escolhido, de maneira a considerar os 60
minutos corridos de exposição que correspondam à

 condição de sobrecarga térmica mais desfavorável,


considerando-se as condições térmicas do ambiente e as
atividades físicas desenvolvidas pelo trabalhador. Portanto,
a identificação do período de exposição mais desfavorável
deve ser feita mediante análise conjunta do par de
variáveis, situação térmica e atividade física, e nunca por
meio de análise isolada de cada uma delas.
 Os procedimentos de avaliação devem interferir o mínimo
possível nas condições ambientais e operacionais
características da condição de trabalho em estudo.
 Condições de exposição não rotineiras, decorrentes de
operações ou procedimentos de trabalho previsíveis mas não
habituais, devem ser avaliadas e interpretadas
isoladamente, considerando-se a sua contribuição na
caracterização da exposição ocupacional do trabalhador
exposto.

Eng.º Rodrigo Teixeira Pereira.


Equipamentos de medição
 Conjunto convencional para a determinação do IBUTG
Especificações mínimas
 O conjunto convencional para a determinação do IBUTG é
composto de termômetro de globo, termômetro de bulbo
úmido natural e termômetro de bulbo seco.
 Conjunto não convencional para a determinação do IBUTG
 É permitida a utilização de equipamento eletrônico para a
determinação do IBUTG, ou outros dispositivos para a medição
das temperaturas de globo, de bulbo úmido natural e de
bulbo seco, desde que, para quaisquer condições de trabalho
avaliadas, apresentem resultados equivalentes aos que seriam
obtidos com a utilização do conjunto convencional.
 Os dispositivos de medição de temperatura deverão apresentar,
no mínimo, a mesma exatidão exigida para os termômetros de
mercúrio do conjunto convencional.

Eng.º Rodrigo Teixeira Pereira.


Procedimentos de medição
 A medição não deve interferir com suas atividades
habituais, devendo manter a sua rotina de trabalho, a
não ser nas exceções previstas no Item 5.3.3.
 O equipamento de medição só pode ser removido pelo
avaliador.
 Posicionamento do conjunto de medição
 A altura de montagem dos equipamentos deve coincidir
com a região mais atingida do corpo. Quando esta não for
definida, o conjunto deve ser montado à altura do tórax do
trabalhador exposto.
 No caso do conjunto convencional, os termômetros devem
ser posicionados de maneira que as escalas de leitura
fiquem na face oposta àquela voltada para a fonte.

Eng.º Rodrigo Teixeira Pereira.


Medições

 A avaliação da exposição ao calor é feita por meio da


análise da exposição de cada trabalhador, cobrindo-se
todo o seu ciclo de exposição.
 Portanto, devem ser feitas medições em cada situação
térmica que compõe o ciclo de exposição a que fica
submetido o trabalhador. Ressaltamos que o número de
situações térmicas poderá ser superior ao número de
pontos de trabalho, já que no mesmo ponto poderão
ocorrer duas ou mais situações térmicas distintas.

Eng.º Rodrigo Teixeira Pereira.


Vestimentas
 As vestimentas de trabalho e Equipamentos de Proteção
Individual naturalmente interferem nos mecanismos de
troca térmica entre o trabalhador e o ambiente.
 Nas situações em que o trabalhador utiliza Equipamentos
de Proteção Individual ou roupas especiais, diferenciados
daqueles definidos no critério de avaliação estabelecido
nesta Norma, poderá ocorrer uma contribuição positiva ou
negativa na condição de sobrecarga térmica do trabalhador.
 A quantificação desta variável é de caráter complexo,
devendo ser analisada caso a caso pelo higienista
ocupacional.

Eng.º Rodrigo Teixeira Pereira.


Aclimatação
 Uma vez que existe resposta fisiológica diferenciada do
organismo, durante o período de aclimatação o
trabalhador deve ter acompanhamento médico.
 No período de aclimatação os limites de exposição
estabelecidos nesta Norma não são válidos, visto que os
valores máximos admissíveis para trabalhadores não
aclimatados são inferiores.
 A aclimatação é necessária no início de exercício de
funções que submetam o trabalhador a uma sobrecarga
térmica.
 A reaclimatação será necessária sempre que houver a
interrupção da atividade sob condições de sobrecarga
térmica, mesmo que temporariamente, INCLUSIVE
devido a férias.

Eng.º Rodrigo Teixeira Pereira.


QUADRO 1 TAXA METABÓLICA POR
TIPO DE ATIVIDADE

Eng.º Rodrigo Teixeira Pereira.


Eng.º Rodrigo Teixeira Pereira.
Eng.º Rodrigo Teixeira Pereira.
Eng.º Rodrigo Teixeira Pereira.
LIMITE DE EXPOSIÇÃO Eng.º Rodrigo Teixeira Pereira.

OCUPACIONAL AO
CALOR
Eng.º Rodrigo Teixeira Pereira.
Eng.º Rodrigo Teixeira Pereira.
Taxa Metabólica
para atividades
típica

Eng.º Rodrigo Teixeira Pereira.


Eng.º Rodrigo Teixeira Pereira.
Temperaturas Extremas
Frio
Prof.: Eng.º Rodrigo Teixeira Pereira

Eng.º Rodrigo Teixeira Pereira.


Exposição ocupacional ao frio
e seus efeitos no organismo
 A exposição ocupacional ao frio pode ser observada em
diversas atividades laborativas realizadas em indústrias
alimentícias, lacticínios, fabricação de sorvetes,
frigorífcos, indústrias de bebidas, dentre outras.

Eng.º Rodrigo Teixeira Pereira.


Exposição ocupacional ao frio
e seus efeitos no organismo
 Assim como o calor intenso, o frio também provoca
inúmeras alterações no organismo e a exposição de
trabalhadores a estas condições pode levar a
doenças sérias, conforme veremos a seguir.
 Neste contexto, podemos dizer que a vasoconstrição
periférica é a primeira reposta do organismo frente à
exposição ao frio, objetivando reduzir as perdas de calor
do nosso corpo, de forma que o fluxo sanguíneo se reduz
proporcionalmente à queda de temperatura corpórea

Eng.º Rodrigo Teixeira Pereira.


Reação do Corpo ao Frio
Intenso
 Se a temperatura do corpo cair de maneira a atingir
35°C, uma redução gradual de todas as atividades
fisiológicas ocorrerá, diminuindo a pressão arterial,
a frequência dos batimentos cardíacos e a taxa
metabólica.
 Com isso, o corpo tentará compensar as perdas por
meio de tremores, como tentativa de produzir calor
pela atividade muscular.
 Mas, se esta medida não for sufciente, o corpo
continuará a perder calor e por volta dos 29°C, o
hipotálamo perderá sua capacidade
termorreguladora e, consequentemente,
entraremos em um estado de sonolência e coma,
determinando um quadro de hipotermia

Eng.º Rodrigo Teixeira Pereira.


Doenças relacionadas ao frio
ocupacional
 Além da hipotermia (queda excessiva da temperatura
corporal), vários outros estados patogênicos, conhecidos
como lesões do frio, podem afetar nosso organismo.
 Dentre estas lesões, podemos citar:
 Enregelamento dos Membros
 Pés de Imersão
 Ulcerações do Frio

Eng.º Rodrigo Teixeira Pereira.


Medidas de controle
 Da mesma forma que com o calor, as medidas de
controle para ambientes frios visam alterar os
fatores que influenciam as trocas térmicas. Logo,
muitas das medidas são semelhantes às que já
aprendemos na aula anterior, mas, é claro, voltadas
para o frio. Vejamos quais são elas:
a) Aclimatização: consiste na exposição gradual de
trabalhadores a ambientes frios para sua adaptação.
b) Vestimentas de trabalho e EPIs: é necessário que o
isolamento do corpo proporcionado pela vestimenta de
trabalho seja satisfatório e que a camada de ar
compreendida entre a pele e a roupa elimine
parcialmente a transpiração para se ter uma troca regular
de temperatura (BREVIGLIERO, POSSEBON, SPINELLI,
2012). Além das vestimentas, é necessário proteger as
extremidades do corpo. Logo, é indicado usar botas, luvas,
capuz, entre outras, visando proteger pés, mãos e cabeça
(SALIBA, Eng.º Rodrigo Teixeira Pereira. 2011).
Medidas de controle
 c) Limitação do tempo de exposição: quando a exposição
ao frio é intensa, é necessário que o trabalhador intercale
períodos de descanso em local termicamente superior ao
local frio para manter uma reposta termorreguladora
adequada do corpo (BREVIGLIERO, POSSEBON, SPINELLI,
2012). Para isso, devem ser considerados os limites de
tolerância propostos nas normas vigentes.
d) Exames médicos: os exames médicos admissionais
devem levar em conta a exclusão de diabéticos, fumantes,
alcoólatras que tenham doenças articulares ou vasculares
periféricas. Nos exames médicos, deve-se atentar para o
diagnóstico de vasculopatias periféricas, ulcerações
térmicas, dores articulares, perda de sensibilidade,
pneumonias e infecções das vias áreas superiores

Eng.º Rodrigo Teixeira Pereira.


Normas aplicáveis e
limites de tolerância
 O Anexo 9 da NR-15 é aquele que trata do
agente físico frio. A seguir, transcrevemos
toda a informação nele contido:
 1. As atividades ou operação executadas
no interior de câmaras frigoríficas, ou em
condições que apresentem condições
similares, que exponham os trabalhadores
ao frio, sem a proteção adequada, serão
consideradas insalubres em decorrência de
laudo de inspeção realizada no local de
trabalho.
Normas aplicáveis e
limites de tolerância
 Perceba que o Anexo 9 é bastante sucinto
e traz pouca informação a respeito da
exposição ao frio. Então, devemos nos
embasar em outras normas
regulamentadoras para complementar
nosso conhecimento acerca do frio.
 Nesse sentido, temos a NR-29, que trata
da segurança e saúde no trabalho
portuário, a qual estabelece que a jornada
de trabalho em locais frigorificadosve
obedecer à tabela
Normas aplicáveis e
limites de tolerância

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