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3/22/23, 3:01 PM EMPREENDEDORISMO NO BRASIL

EMPREENDEDORISMO NO BRASIL

Alguns anos atrás, empreendedorismo não fazia nem  parte oficial da língua
portuguesa.  Isso obviamente não quer dizer que não havia  empreendedoras e
empreendedores no milênio  passado.  Na verdade, é por causa delas e deles que tudo
que conhecemos é dessa forma, desde os primórdios da humanidade. Mas, quando virou
verbete,  empreendedorismo não só passou a existir no  dicionário brasileiro, como trouxe
consigo novas possibilidades.

Empreendedoras e empreendedores questionam a  realidade e fazem acontecer a


revolução todos os dias. Em todas as partes do Brasil e do mundo.
Ao inovar e solucionar problemas de outras pessoas,  de outras empresas ou de toda a
sociedade, o empreendedorismo promove um grande desenvolvimento.

De acordo com Shapero (1975, apud HISRISH; PETERS, 2004, p. 29), apesar das diferentes
definições sobre o empreendedorismo, quase todas elas incluem: 

Tomar iniciativa; 
Organizar e reorganizar mecanismos sociais e econômicos a fim de transformar
recursos e situações para proveito prático;
Aceitar o risco ou o fracasso. 

Desenvolvimento da teoria do empreendedorismo e do termo


empreendedor

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— Idade Média

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‒ Pessoa que assume riscos é diferente da que fornece o capital.

— Século XVII

‒ Pessoa que assumia riscos de lucro (ou prejuízo) em um contrato

— 1725

‒ Pessoa que assume riscos é diferente da que fornece o capital. 

— 1803

‒ Lucros do empreendedor separados do lucro do capital.

— 1876

‒ Distinguiu entre os que forneciam fundos e aqueles que obtinham

— 1934

‒ O empreendedor é inovador e desenvolve tecnologia que ainda nã

— 1961

‒ O empreendedor é alguém dinâmico que corre riscos moderados.

— 1964

‒ O empreendedor maximiza oportunidades.

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— 1975

‒ O empreendedor toma iniciativa, organiza alguns mecanismos soc

— 1980

‒ O empreendedor é visto de modo diferente por economistas, psicó

— 1983

‒ O intra-empreendedor é um empreendedor que atua dentro de um

Em 1985,  Robert Hisrich define que o empreendedorismo é o processo de criar algo


diferente e com valor, dedicando o tempo e o esforço necessários, assumindo riscos
financeiros, psicológicos e sociais correspondentes e recebendo as consequentes
recompensas da satisfação econômica e pessoal. 

No Brasil, o movimento do empreendedorismo começou a tomar forma em 1990, quando


foram criadas entidades como o SEBRAE (Serviço Brasileiro de Apoio à Micro e Pequenas
Empresas), e a SOFTEX (Sociedade Brasileira para Exportação de Softwares). Antes desse
período não havia condições políticas e econômicas propícias ao empreendedor
(DORNELAS, 2005).

Segundo o mesmo autor, o Sebrae foi criado para dar suporte ao pequeno empresário que
pretende abrir o seu negócio, bem como para oferecer consultorias para resolver
pequenos problemas pontuais dos negócios já iniciados. A Softex foi criada com o intuito
de levar as empresas de softwares do país ao mercado externo, oferecendo capacitação
em gestão e tecnologia a esses empresários.

As incubadoras de empresas e as universidades/cursos de Ciências da Computação e


Informática também foram responsáveis pelo grande avanço do empreendedorismo no
Brasil nesse período. Foi então que a sociedade brasileira começou a se despertar para
realização de planos de negócios (até então não valorizado pelos pequenos empresários),
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a formação para o empreendedorismo e para programas públicos de incentivo. Para


Dornelas (2005), passados 15 anos desse início, o Brasil passou a ter um dos maiores
programas de ensino de empreendedorismo de todo o mundo, comparável apenas aos
Estados Unidos.

Conforme o autor, segue um resumo das ações históricas desenvolvidas no Brasil que
permitiram esse avanço no país:

• 1990 – Criação de programas Softex e Genesis (Geração de Novas Empresas de Software,


Informação e Serviços) que apoiavam atividades empreendedoras em softwares. O ensino
da disciplina em universidades e a geração de novas empresas de softwares (start-ups).

• 1999 a 2002 - O Programa Brasil Empreendedor do Governo Federal, dirigido a mais de 6


milhões de empreendedores, e destinando recursos financeiros e operações de créditos
para estímulo ao empreendedorismo.

• Programas do Sebrae: EMPRETEC e Jovem Empreendedor, voltados à capacitação do


empreendedor.

• Criação de vários cursos e programas universitários para o ensino do


empreendedorismo.

• 1999 a 2000 houve o movimento de criação das empresas ponto com do país que, apesar
de ter sido pontual, trouxe grande contribuição para disseminação do empreendedorismo
local.

• Crescimento das incubadoras de empresas no país. Em 2004, a Anprotec (Associação


Nacional de Entidades Promotoras de Empreendimentos de Tecnologia Avançadas) já
apontava a existência de 280 incubadoras, com mais de 1700 empresas incubadas,
gerando mais 28 mil postos de trabalho.

Apesar desse importante crescimento do empreendedorismo no Brasil, cabe ressaltar que,


em sua maioria, ainda se estabelece o empreendedorismo por necessidade, característica
própria dos países em desenvolvimento. Nesse tipo de empreendedorismo, os candidatos
a empreendedores não possuem outra opção de trabalho e renda e acabam criando seus
negócios de maneira informal com pouco planejamento, muitos fracassam muito rápido,

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não gerando o desenvolvimento esperado e contribuindo para o aumento das estatísticas


de mortalidade dos negócios (DORNELAS, 2005).

Conforme o mesmo autor, o interessante seria o estímulo ao empreendedorismo por


oportunidade, quando os negócios são abertos em função de uma oportunidade de
mercado. Assim, o empreendedor visionário sabe aonde quer chegar, possui um
planejamento bem estabelecido do seu negócio e tem em mente a geração de lucros,
empregos e riquezas, contribuindo para a promoção do desenvolvimento.

Para isso, segundo Dornelas (2005), ainda faltam políticas públicas efetivas e duradouras,
dirigidas a incentivar o empreendedorismo no país, oferecendo suporte às organizações
não governamentais que já fazem a sua parte nesse processo.

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