As diferenças entre regimes totalitaristas e democráticos

“A Onda” traz nos uma reflexão fantástica sobre o surgimento dos regimes autocráticos e o
comportamento da população diante do mesmo. O filme obriga-nos a refletir do início ao fim.

Segundo o filme, será sim possível acontecer uma ditadura nos dias de hoje, como nos chega a
mostrar o Professor Rainer. Os alunos da escola adotaram uma ideologia totalitarista, ou seja,
adotaram uma ideologia que coloca o líder de uma nação (uma pessoa, um grupo ou um
partido) como controlador absoluto dos direitos dos cidadãos em suposto benefício do país.
Este projeto proposto pelo professor foi bastante aderido, criando uma união entre alunos
pertencentes ao projeto e exclusão daqueles que não o aceitavam. O projeto mostrava
resultados positivos, como a motivação dos alunos e união dos mesmos, até os estudantes se
revoltarem entre si e chegarem a cometer crimes pelo movimento.

“A Onda” é um exemplo de um regime totalitarista e os seus efeitos na sociedade. Um

movimento totalitarista retira aos cidadãos a liberdade, a autonomia e o espírito crítico,
deixando os apenas com os seus próprios pensamentos, sem os poder partilhar. Neste tipo de
regimes o povo é controlado a detalhes, tudo o que vê, ouve e fala.

Portugal é um país em democracia devido ao dia 25 de abril de 1974, a revolução dos cravos
iniciou o processo que viria a terminar quando a democracia fosse implantada. No dia 5 de
outubro, feriado nacional, celebramos a implantação da república, este ano (2022) Marcelo
Rebelo de Sousa, atual presidente, afirmou “sabemos como erros, omissões, incompetências,
ineficácias da democracia a fragilizam e matam. Sabemos como começam as ditaduras, o que
são e o que duram, e como é difícil recriar a democracia depois dela”, o que mostra o trabalho
e esforço que portugueses fizeram para beneficiarmos de um regime com liberdade,
autonomia, sem se submeter ao poder de apenas um líder, um regime ao qual as nossas
opiniões e pensamentos são válidos.

Infelizmente, existem países que ainda se encontram num regime totalitarista, tais como:
Coreia do Norte, Iraque, Venezuela, Palestina, Afeganistão, entre outros.

Pessoalmente, estou mais do que grata por viver num país em democracia e de ter, mais tarde,
um certo poder de escolha, por ter liberdade e poder dizer o que penso, acredito que em
Portugal seria difícil o retorno a um regime totalitarista pois confio que a democracia é capaz
de resistir aos perigos e encontrar alternativas para os problemas do futuro. Contudo devemos
continuar a lutar pelos nossos direitos e estar atentos a possíveis mudanças na política.

COMENTÁRIO ESCRITO FILOSOFIA 10º ANO

Mafalda Silva n20 10ºC