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ESCOLA BÁSICA DA VENDA DO PINHEIRO
PORTUGUÊS
FICHA DE AVALIAÇÃO – 5.º C
2013/2014 Prof.ª Sílvia Rebocho

Lê, com atenção, os textos que se seguem e depois responde, de forma clara e completa, às questões
que te são colocadas. Não transcrevas exemplos do texto, a não ser que te sejam pedidos.

GRUPO I – COMPREENSÃO DE TEXTO INFORMATIVO

Escritor português, natural de Vila Franca de Xira, António Alves Redol nasceu
a 29 de dezembro de 1911 e faleceu 29 de novembro de 1969. Foi autor de uma vasta
obra ficcional, que inclui o teatro e o conto.
Filho de um pequeno comerciante ribatejano, obteve um curso comercial e,
cedo, teve de se iniciar no mundo do trabalho. Ainda jovem, partiu para Angola à
procura de melhores condições de trabalho, mas lá conheceu a pobreza e o
desemprego. De regresso a Portugal, à capital, desenvolveu várias atividades
profissionais e enveredou nos meandros da política. De início, tornou-se colaborador
do jornal O Diabo, mas a sua veia literária acabaria por se manifestar em 1939.
Empenhado na luta de resistência ao regime salazarista, compreendeu a literatura como uma forma de mudar a
sociedade; nesse mesmo ano, surgiu o seu primeiro romance, Gaibéus, cujo assunto está relacionado com
problemas económicos vividos pelos ceifeiros.
A sua literatura não se caracteriza pela escrita de histórias inventadas, mas essencialmente pela
abordagem da realidade e de experiências vividas.
Ao longo de uma extensa produção literária, Alves Redol trouxe para o romance personagens, temas e
situações, ignorados pela literatura, postura que lhe valeu, simultaneamente, o êxito junto de um grande público
e o ataque impiedoso da crítica, que apontava como deficiência de escrita a linguagem simples da sua prosa.
Acusações que pareciam reforçadas pela modéstia literária manifestada pelo autor, como sucede em Gaibéus, no
aviso de que "Este romance não pretende ficar na literatura como obra de arte. Quer ser, antes de tudo, um
documentário humano fixado no Ribatejo. Depois disso, será o que os outros entenderem".

In http://www.infopedia.pt (consultado em 16 de setembro de 2013; adaptado).

1. Identifica as afirmações verdadeiras e as falsas, corrigindo estas últimas.

a) Alves Redol foi um escritor português que se dedicou exclusivamente aos contos.
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b) Este escritor iniciou-se cedo no mundo do trabalho pois a sua família dependia da agricultura.
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c) A obra deste autor é grande e foi bem acolhida pelo público.


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GRUPO II – COMPREENSÃO DE TEXTO LITERÁRIO

“Falam os bagos de trigo ” 

Metidos numa velha arca, desde que o António Seareiro os guardara para semente, os
bagos de trigo tinham acabado por adormecer naquela escuridão de muitos meses, julgando talvez
que estavam esquecidos e ali ficariam a apodrecer o resto da vida.
Ignoravam, pois, que o Doirado, um boi amarelo todo paciência e poder, já lavrara com a
charrua, no outono, a parte da leiva destinada à semeadura e que o António preparava a grade
com que desfaria os torrões do alqueive, na esperança de uma boa colheita, tanto mais que já comprara um saco
de adubo para revigorar a terra cansada.
Só quem dormisse a apatia dorminhoca dos bagos resignados poderia entender depois o entusiasmo e a
alegria que rebentaram na velha arca mal a Maria Rita lhe levantou a tampa e a luz do dia os sacudiu.
Até o Serrano -vejam lá!-, um bago anafado e sempre resmungão, se pôs a saltitar de contentamento,
como se percebesse, o maroto, o destino que lhe reservavam.
E não se enganava, o espertalhão!

in REDOL, Alves - A vida mágica da sementinha . Lisboa: Caminho, pp. 11-12.

1. Identifica o espaço onde se encontram os bagos de trigo e retira do texto o adjetivo que o caracteriza.
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2. Como se sentiam os bagos de trigo nesse local?


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3. Explica, por palavras tuas, o que julgavam eles que lhes iria acontecer.
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4. Refere como se sentiram os bagos de trigo, quando viram de novo a luz do dia.
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5. Explica o sentido da seguinte expressão: “…a luz do dia os sacudiu.” 


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6. Afinal, por que razão estavam eles ali?


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7. Como lhes prepararam o espaço onde iriam continuar a viver?
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8. Refere uma característica física e duas características psicológicas do Doirado.


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9. Classifica o narrador, quanto à presença. Justifica a tua resposta e transcreve um exemplo do texto.
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10. Identifica o recurso expressivo que predomina no texto, justificando a tua resposta.
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GRUPO III – VOCABULÁRIO E RECURSOS EXPRESSIVOS

1. A obra A Vida Mágica da Sementinha contém vocabulário relacionado com a vida no campo.

1.1 Realiza o exercício seguinte, associando as palavras da primeira coluna ao seu significado, com uma seta.

alqueive  A 1 cultivador de searas


Seareiro B  2 arado
leiva C  3  falta de energia
charrua D  4 sulco feito com arado
apatia E 5 terra que se lavra para que descanse

2. O conto é rico em recursos expressivos. Identifica os que estão presentes nas seguintes expressões.

a) “Gotas de chuva refulgiam como pedras preciosas…” _________________ ______________________________

b) “… o sol despertou, confuso...” _________________________________________________________________  

c) “… que a levava por entre os troncos dos pinheiros,


dos freixos, dos eucaliptos e dos carvalhos…” _____________________________________________________  

d) “…num galho desfolhado, o pisco pipilava…” ______________________________________________________  

e) “ E sem mais aquelas, ladrão e vivo, voou rápido…” _________________ _______________________________


 

 
GRUPO IV – CONHECIMENTO EXPLÍCITO DA LÍNGUA

1. Seleciona o único conjunto de palavras ordenado alfabeticamente, sublinhando-o.


1.1 António  – arca – adormecer – apodrecer – boi
1.2 adubo – alegria – dia – escuridão – semente – saco
1.3 entusiasmo – grade – maroto – torrões – saltitar
1.4 alqueive – anafado – apatia – bagos – boi
1.5 contentamento – destino –  dorminhoca – esquecidos – esperança

2. Preenche a tabela, classificando as palavras quanto ao número de sílabas e quanto à posição da sílaba tónica.

Classificação da palavra
quanto ao número de sílabas quanto à posição da sílaba tónica
desembaraços
escuridão
boi
abóbora
entender
trigo

3.  Assinala com um X as opções corretas, identificando ditongo crescente, ditongo decrescente e hiato.

Ditongo Ditongo
Hiato
crescente decrescente
vai
quadro
régua
dois
goleada
pausa
poema

3.1  Completa a definição:

Hiato é __________________________________________________________________________________
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4. Tendo em conta as regras da translineação, divide as palavras seguintes.

disse-lhe
ali
mulher
apareceu
charrua
miúdo
 

 
5. Identifica a subclasse dos nomes retirados do excerto “Falam os bagos de trigo”. 

António
bagos
trigo
luz
Doirado
contentamento

6. Refere o nome comum coletivo que corresponde a um… 

conjunto de aves
conjunto de camelos
conjunto de cantores
conjunto de foguetes
conjunto de bois
conjunto de porcos

GRUPO V – PRODUÇÃO ESCRITA

Imagina que és o Doirado. Conta, na sua perspetiva, a parte da história reproduzida


no excerto que te foi apresentado. Utiliza entre 80 e 120 palavras (8 a 12 linhas).
Planifica, com cuidado, o teu texto, fazendo primeiro um rascunho. Depois, relê o que
escreveste e verifica o que podes melhorar ou corrigir. Só no fim, deverás passá-lo a limpo .
Não te esqueças que o aspeto gráfico do teu trabalho é muito importante, por isso
cumpre todas as regras que já te foram ensinadas na aula de Português.

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CORREÇÃO DA FICHA DE AVALIAÇÃO – 5.º C

GRUPO I – COMPREENSÃO DE TEXTO INFORMATIVO

1.
a) Falso - Alves Redol foi um escritor português que se dedicou aos contos e ao teatro, entre outros géneros.
b) Falso - Este escritor iniciou-se cedo no mundo do trabalho pois era filho de um pequeno comerciante
ribatejano.
c) Verdadeiro 

GRUPO II – COMPREENSÃO DE TEXTO LITERÁRIO

1. Os bagos de trigo encontram-se fechados numa arca e o adjetivo que a caracteriza é “velha”. 
2. Os bagos de trigo, nesse local, sentiam-se resignados, tristes, esquecidos, apáticos e aborrecidos.
3. Os bagos de trigo pensavam que iriam ficar fechados na arca para sempre e apodrecer.
4. Os bagos de trigo, quando viram de novo a luz do dia, ficaram muito entusiasmados e felizes.
5. A expressão “…a luz do dia os sacudiu.”  significa que eles acordaram bruscamente do seu sono, pois já não
estavam à espera de ver o Sol.
6. Os bagos de trigo estavam fechados na velha arca à espera do momento ideal para serem semeados.
7. O Doirado e o António Seareiro preparavam-lhes o novo espaço onde iam viver, lavrando a terra com a
charrua e adubando-a. 
8. Fisicamente, o Doirado é um boi amarelo. A nível psicológico, era forte e paciente.
9. O narrador, quanto à presença, é não participante, pois limita-se a contar a história sem entrar nela
enquanto personagem. Um exemplo do texto que justifica a minha resposta é   “…os bagos de trigo tinham
acabado por adormecer…”. 
10. O recurso expressivo que predomina no texto é a personificação, pois atribuem-se características humanas
a seres inanimados, como os bagos de trigo.

GRUPO III – VOCABULÁRIO E RECURSOS EXPRESSIVOS

1. 1
alqueive  A 1 cultivador de searas
Seareiro B  2 arado
leiva C  3  falta de energia
charrua D  4 sulco feito com arado
apatia E 5 terra que se lavra para que descanse

2.
a) “Gotas de chuva refulgiam como pedras preciosas…” O recurso expressivo é a comparação.  
b) “… o sol despertou, confuso ...”  O recurso expressivo é a personificação. 
c) “… que a levava por entre os troncos dos pinheiros ,
dos freixos, dos eucaliptos e dos carvalhos…” O recurso expressivo é a enumeração. 
d) “…num galho desfolhado, o pisco pipilava…” O recurso expressivo é a onomatopeia. 
e) “ E sem mais aquelas, ladrão e vivo , voou rápido…” O recurso expressivo é a adjetivação.
 

 
GRUPO IV – CONHECIMENTO EXPLÍCITO DA LÍNGUA
1.4 alqueive – anafado – apatia – bagos – boi

2.
Classificação da palavra
quanto ao número de sílabas quanto à posição da sílaba tónica
desembaraços polissílabo grave
escuridão polissílabo aguda
boi monossílabo aguda
abóbora polissílabo esdrúxula
entender trissílabo aguda
trigo dissílabo grave

3.

Ditongo Ditongo
Hiato
crescente decrescente
vai  X
quadro X
régua  X
dois X
goleada X
pausa X
poema X

3.1 Hiato é a sequência de duas vogais que não formam ditongo por pertencerem a sílabas diferentes.  

4.
disse-lhe dis – se -lhe
ali ali
mulher mu - lher
apareceu apa – re - ceu
charrua char - rua
miúdo miú - do

5.
António próprio
bagos comum
trigo comum
luz comum
Doirado próprio
contentamento comum

6.
conjunto de aves bando
conjunto de camelos cáfila
conjunto de cantores coro
conjunto de foguetes girândola
conjunto de bois manada
conjunto de porcos vara

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