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APRESENTAÇÃO

Olá pessoal, meu nome é Bruno, sou Auditor-Fiscal da Receita


do Distrito Federal. Formado na Escola de Sargentos das
Armas (ESA), fui Sargento do Exército por quase 15 anos. Sou
Graduado em Matemática e Ciências Contábeis, Pós Graduado
em Direito Tributário e em Direito Administrativo. Também fui

l
aprovado nos seguintes concursos da área fiscal: SEFAZ RS

ra
para Técnico Tributário da Receita, Fiscal de Tributos de
Biguaçu-SC e Especialista em Gestão da Tributação,
Arrecadação e Fiscalização (Auditor-Fiscal) de Aracati- CE.

ab
C
@rbrunocabral
o

DIREITO TRIBUTÁRIO II
n

LC 192/22

➢ Tema super importante, uma vez que a Lei Complementar 192/2022 (LC
192/22) veio de forma expressa no nosso Edital, dentro da disciplina Direito
ru

Tributário II, com PESO 2.

➢ Ademais, como se trata de um tema muito recente, há grandes chances de que a


FGV explore a LC 192/22 na prova (Acredito que venham questões literais).
B
INTRODUÇÃO:

➢ A LC 192/22 foi editada com a intenção de dar eficácia a um dispositivo


constitucional que já tinha sido publicado desde 2001, através da EC nº 33:

ART. 155, § 2º O imposto previsto no inciso II (ICMS) atenderá ao seguinte:

XII - cabe à lei complementar:

l
h) definir os combustíveis e lubrificantes sobre os quais o imposto incidirá UMA ÚNICA

ra
VEZ, QUALQUER QUE SEJA A SUA FINALIDADE, hipótese em que não se aplicará o
disposto no inciso X, b;

ab
➢ Tal dispositivo, até a publicação da LC 192/22, NÃO TINHA NENHUMA APLICAÇÃO
PRÁTICA, por falta de regulamentação.

➢ Com a edição da LC 192/22 foram definidos os combustíveis sobre os quais o


ICMS incidirá uma ÚNICA VEZ, o que não era previsto na Constituição Federal de
C
1988.

1. DISPOSITIVOS IMPORTANTES:
o

ART. 155, § 2º O imposto previsto no inciso II (ICMS) atenderá ao seguinte:

X - não incidirá:
n

b) sobre operações que destinem a OUTROS ESTADOS (OPERAÇÕES INTERESTADUAIS)


petróleo, inclusive lubrificantes, combustíveis líquidos e gasosos dele derivados, e
ru

energia elétrica;

➢ Esse dispositivo trata da IMUNIDADE dos combustíveis derivados de petróleo (e o


próprio petróleo) e energia elétrica, quando destinados a outras Unidades da
B

Federação.

➢ Importante notar que essa imunidade não veio para reduzir a carga tributária de
nenhum Estado ou DF, tendo em vista que a carga tributária continua sendo a
mesma.

➢ O que se propôs com essa Imunidade foi repartir a arrecadação dessas


mercadorias (petróleo, combustíveis derivados de petróleo e energia elétrica)
entre todos os Estados e o DF.
➢ Por exemplo: Em regra, o ICMS INTERESTADUAL fica para o estado de origem da
mercadoria. Então, se eu, Bruno, estando aqui no DF, compro uma camisa do
Flamengo que sai do Rio de Janeiro (RJ), a alíquota interestadual de 7% fica para
o RJ, enquanto que no destino (DF) fica o diferencial de alíquota (DIFAL).

PREÇO DA CAMISA R$ 300,00

l
RJ —------------------------------DF

ra
ICMS QUE FICA PARA DIFAL DEVIDO AO DF
O RJ, NA SAÍDA DE RJ: (DESTINO): R$ 33,00
R$ 21,00 (300*7%) 300*(18% -7%)

● ALÍQUOTA INTERNA NO DF = 18%

ab
➢ Assim, foi percebido que o petróleo, seus derivados e energia elétrica eram
C
produtos de grande consumo por todos os Estados e DF, porém, com poucos entes
produtores. Além disso, aqueles que produziam, acabavam explorando uma
riqueza que não era deles, mas da União (Petróleo).

➢ Dessa forma, concluiu-se que não estava sendo justo que, por exemplo, o RJ, que
o

produz boa parte do petróleo no Brasil, ficasse sempre com o ICMS lá, por ocasião
da saída dessas mercadorias. Isso aumentaria a desigualdade socioeconômica
entre os estados.
n

➢ Logo, decidiram repartir o ICMS sobre petróleo, seus derivados e energia elétrica,
entre os estados consumidores. E como isso seria possível ? Com a criação de
ru

uma imunidade na saída dessas mercadorias para outros estados, isto é, nas
operações interestaduais com as mercadorias citadas.

➢ Dessa forma, foi criada a EC nº 33 de 2001, fazendo com que as operações interestaduais
com petróleo, seus derivados e energia elétrica não fossem tributadas na saída
B

dessas mercadorias:
PREÇO DO PETRÓLEO R$ 1.000,00

RJ —------------------------------DF-------------DF

ICMS NA SAÍDA DE ICMS SÓ SERÁ DEVIDO


PETRÓLEO DO RJ: QUANDO OCORRER A VENDA
R$ 00,00 (IMUNE) DENTRO DO DF (OP. INTERNA)
ICMS FICA TODO PARA O DF

l
R$ 180,00 (1000*18%)

ra
➢ No exemplo acima, estou considerando a saída do petróleo destinada à
comercialização no DF. Caso a saída do RJ fosse destinada ao consumidor
final, o ICMS já seria devido na entrada do DF.

ab
2. TRIBUTAÇÃO MONOFÁSICA X ST:

➢ Com a notória existência de muita sonegação no mercado de combustíveis, surgiu a ideia


de criar uma tributação monofásica, que se assemelha à Substituição Tributária
(ST).
C
➢ Na ST, por exemplo, a Refinaria vende combustível para a distribuidora, que depois
vende para o posto de combustíveis e que só depois é vendido para o consumidor
final.

NESSAS OPERAÇÕES INCIDE ICMS EM CADA FASE DA CADEIA TRIBUTÁRIA:


o

REFINARIA-----DISTRIBUIDORA-------POSTO DE GASOLINA—-------CONSUMIDOR
n

ICMS 1 ICMS 2 ICMS 3


ru

➢ Em uma operação “normal”, ou seja, sem ST, cada um dos contribuintes deveriam pagar
ICMS nas operações de saída do combustível. Entretanto, como se trata de ST, a
REFINARIA é contribuinte do ICMS 1 e substituta dos ICMS 2 e ICMS 3. Ou seja,
todo o ICMS é pago por ela, de forma antecipada, antes de ocorrerem os ICMS 2 e
3.
B

➢ Só uma observação. Embora a Refinaria faça esse pagamento antecipado na ST,


quando ela vende os combustíveis, ela já inclui o valor do ICMS que ela pagou
antecipadamente, ou seja, a Refinaria não fica no prejuízo.

➢ Beleza! Agora que você entendeu ou relembrou como funciona uma operação com
ST, fica mais fácil falar sobre o ICMS MONOFÁSICO.
2.1 TRIBUTAÇÃO MONOFÁSICA NA PRÁTICA:

➢ Conforme exemplificado no item anterior, na ST a Refinaria paga o ICMS todo de uma


vez, porém, o pagamento é referente às 3 (três) operações que ocorreram. Ou
seja, a Refinaria paga o ICMS 1, ICMS 2 e ICMS 3 de uma vez só.

➢ No caso do ICMS MONOFÁSICO, SOMENTE UMA OPERAÇÃO É TRIBUTADA, as


outras não têm a incidência do ICMS.

➢ Para quem vende, acaba sendo muito parecido com a ST, pois da mesma forma,

l
o pagamento é feito todo na 1º Operação. Porém, não há substituição relativa às

ra
etapas posteriores, uma vez que o ICMS só é devido uma vez (na 1ª Operação).

NESSAS OPERAÇÕES INCIDE ICMS SOMENTE NA 1ª FASE DA CADEIA TRIBUTÁRIA:

ab
REFINARIA-----DISTRIBUIDORA-------POSTO DE GASOLINA—-------CONSUMIDOR

ICMS MONOFÁSICO NÃO INCIDE NÃO INCIDE

➢ Essa prática teve como objetivo, evitar que houvesse sonegação nas operações
C
posteriores com combustíveis, como acontecia de forma frequente.

2.2 TRIBUTAÇÃO MONOFÁSICA X IMUNIDADE:


o

➢ Beleza Bruno, entendi que na Tributação Monofásica SOMENTE UMA OPERAÇÃO É


TRIBUTADA e nas etapas posteriores não há incidência do ICMS. Entendi, também,
que o objetivo principal desse tipo de tributação é evitar fraudes nas operações posteriores
n

com combustíveis e energia elétrica. Mas a minha dúvida é a seguinte: lá atrás você
tinha dito que na saída de petróleo, seus derivados e energia elétrica para outros
ru

estados (Operações Interestaduais) não incidiria ICMS por conta da IMUNIDADE


constitucional (ART. 155, § 2º, X, b). Então, por exemplo, quando a gasolina sair
do RJ para SP, como vai ocorrer a incidência do ICMS só nessa etapa, se essa
saída é IMUNE ?
B

➢ A resposta para essa pergunta está prevista na parte final do ART. 155, § 2º, XII, h:
ART. 155, § 2º O imposto previsto no inciso II (ICMS) atenderá ao seguinte:

XII - cabe à lei complementar:

h) definir os combustíveis e lubrificantes sobre os quais o imposto incidirá uma única


vez, qualquer que seja a sua finalidade, HIPÓTESE EM QUE NÃO SE APLICARÁ O
DISPOSTO NO INCISO X, b;

l
ra
➢ Veja que a parte final do dispositivo (HIPÓTESE EM QUE NÃO SE APLICARÁ O
DISPOSTO NO INCISO X, b) diz, exatamente, que, nos casos de operações que destinem
a OUTROS ESTADOS (OP. INTERESTADUAIS) petróleo, inclusive lubrificantes,
combustíveis líquidos e gasosos dele derivados, e energia ELÉTRICA NÃO OCORRERÁ

ab
A IMUNIDADE.

➢ Então, exclusivamente, para esses casos, vai poder cobrar o ICMS todo de uma vez,
mesmo sobre uma operação que era considerada IMUNE pela constituição.

➢ Só que esta Lei Complementar prevista no inciso XII, § 2º, do Art. 155, nunca tinha
C
sido editada até o dia 11 de março de 2022, quando foi publicada a LC 192/22. Por
isso, não havia aplicabilidade desse dispositivo, mesmo constando na CF/88.

➢ Perceba que a CF/88 fala que a Lei Complementar irá “definir os combustíveis e
lubrificantes”, ou seja, não há restrição apenas aos derivados de petróleo,
o

incluindo-se nessa interpretação o álcool combustível, por exemplo.

➢ No entanto, quanto aos combustíveis derivados de petróleo, existia um pacto em


n

1988, dizendo que haveria uma Imunidade para garantir que o ICMS ficasse todo no
DESTINO, repartindo o impostos sobre combustíveis para todos os Estados e DF.
ru

➢ Então, como estava ocorrendo a tributação, até o advento da LC 192/22 ? Conforme


já demonstramos acima. Vamos repetir o exemplo:

PREÇO DO PETRÓLEO R$ 1.000,00


B

RJ —------------------------------DF-------------DF

ICMS NA SAÍDA DE ICMS SÓ SERÁ DEVIDO


PETRÓLEO DO RJ: QUANDO OCORRER A VENDA
R$ 00,00 (IMUNE) DENTRO DO DF (OP. INTERNA)
ICMS FICA TODO PARA O DF
R$ 180,00 (1000*18%)
➢ E com o advento da LC 192/22, como fica a tributação ? Vejamos um exemplo:

VENDA DE PETRÓLEO DO RJ PARA SP

RJ —------------------------------SP

NA SAÍDA DE O VALOR DO ICMS


PETRÓLEO DO ARRECADADO

l
RJ INCIDIRÁ O NO RJ SERÁ TODO
ICMS MONOFÁSICO REPASSADO PARA SP

ra
➢ Isso porque, a própria CF/88, no Art. 155, § 4º, inciso I, diz que o ICMS caberá ao
Estado onde ocorrer o consumo do petróleo, inclusive lubrificantes, combustíveis

ab
líquidos e gasosos dele derivados, e da energia ELÉTRICA. Vejamos:

ART. 155, § 4º Na hipótese do inciso XII, h, observar-se-á o seguinte:

I - nas operações com os lubrificantes e combustíveis derivados de petróleo, o imposto


C
caberá ao Estado onde ocorrer o CONSUMO;

II - nas operações interestaduais, ENTRE CONTRIBUINTES (COMERCIANTES), com gás


natural e seus derivados, e lubrificantes e combustíveis não incluídos no inciso I deste
o

parágrafo, o imposto será repartido entre os Estados de origem e de destino (DIFAL),


mantendo-se a mesma proporcionalidade que ocorre nas operações com as demais
mercadorias;
n

➢ OU SEJA, QUANDO A OPERAÇÃO SE REFERIR A OUTROS COMBUSTÍVEIS QUE NÃO


SEJAM DERIVADOS DE PETRÓLEO, COMO NO CASO DO ÁLCOOL, TAMBÉM COBRA-SE
ru

TODO ICMS NA ORIGEM, PORÉM, O VALOR NÃO É TODO ENTREGUE AO DESTINO,


COMO OCORRE COM OS DERIVADOS DE PETRÓLEO E ENERGIA ELÉTRICA. NESSES
CASOS, JÁ QUE O ICMS FOI TODO RECOLHIDO NA ORIGEM, DEVE-SE FAZER A
DIVISÃO DO VALOR, FICANDO UMA PARTE NA ORIGEM E OUTRA NO DESTINO.
B

III - nas operações interestaduais com gás natural e seus derivados, e lubrificantes e
combustíveis não incluídos no inciso I deste parágrafo, DESTINADAS A NÃO
CONTRIBUINTE, o imposto caberá ao ESTADO DE ORIGEM;

➢ JÁ NESSES CASOS, COMO SE TRATA DE CONSUMIDOR NÃO CONTRIBUINTE O ICMS


FICA TODO NA ORIGEM.
EM RESUMO
OP. INTERESTADUAL de lubrificantes e TRIBUTA TUDO UMA ÚNICA VEZ NA
combustíveis derivados de petróleo para SAÍDA, MAS O VALOR RECOLHIDO É
CONTRIBUINTE ou NÃO: ENTREGUE TODO PARA O ESTADO DE
DESTINO.

OP. INTERESTADUAL de gás natural e seus TRIBUTA TUDO UMA ÚNICA VEZ NA
derivados, lubrificantes e combustíveis SAÍDA, MAS O VALOR RECOLHIDO É
NÃO derivados de petróleo entre REPARTIDO ENTRE OS ESTADOS DE

l
CONTRIBUINTES: ORIGEM E DESTINO (DIFAL).

ra
OP. INTERESTADUAL de gás natural e seus TRIBUTA TUDO UMA ÚNICA VEZ NA SAÍDA
derivados, lubrificantes e combustíveis E O VALOR RECOLHIDO FICA TODO NO
NÃO derivados de petróleo para NÃO ESTADO DE ORIGEM.
CONTRIBUINTES:

ab
IV - as alíquotas do imposto serão definidas mediante deliberação dos Estados e Distrito
Federal, nos termos do § 2º, XII, g (CONFAZ) , observando-se o seguinte:

➢ LC 24/75, trata dos convênios, no âmbito do CONFAZ, para deliberações quanto ao


C
ICMS.

a) serão uniformes em todo o território nacional, podendo ser diferenciadas por produto;

b) poderão ser específicas (Ad Rem. Ex. R$ 1,50 por litro), por unidade de medida
o

adotada, ou ad valorem (Ex: 10% DO VALOR), incidindo sobre o valor da operação ou


sobre o preço que o produto ou seu similar alcançaria em uma venda em condições de
livre concorrência;
n

➢ As alíquotas “Ad Rem” são aquelas que não variam com valor (FIXAS). Dessa forma,
ru

se houver aumento no preço dos combustíveis, por exemplo, o ICMS continuará


sendo o mesmo, tendo em vista que sua cobrança estará baseada em um valor fixo.

➢ Já as alíquotas “ad valorem” são aquelas que variam com o valor (VARIÁVEIS).
Sendo assim, se houver um aumento no preço dos combustíveis, por exemplo, o ICMS
B

também irá aumentar, uma vez que o percentual irá incidir sobre a base de cálculo.

➢ Na LC 192/22, foi definido que as alíquotas utilizadas para combustíveis serão


específicas (Ad Rem).

c) poderão ser reduzidas e restabelecidas, não se lhes aplicando o disposto no art. 150,
III, b .
➢ Isso é, as alíquotas do ICMS sobre combustíveis e energia elétrica poderão ser
reduzidas e restabelecidas, sem obediência ao princípio da Anterioridade do
Exercício. Ou seja, podem entrar em vigor no mesmo exercício em que foi
restabelecida.

—------------------------------------------------------------------------------------------------------

XII - cabe à lei complementar:

l
ra
h) definir os combustíveis e lubrificantes sobre os quais o imposto incidirá uma única
vez, qualquer que seja a sua finalidade, hipótese em que não se aplicará o disposto no
inciso x, b;

ab
C
n o
ru
B
3. LC 192 DE 11 DE MARÇO DE 2022:

Art. 1º Esta Lei Complementar define, nos termos da alínea h do inciso XII do § 2º do art.
155 da Constituição Federal, os combustíveis (NÃO FALOU NADA SOBRE
LUBRIFICANTES) sobre os quais incidirá uma única vez o Imposto sobre Operações
Relativas à Circulação de Mercadorias e sobre Prestações de Serviços de Transporte
Interestadual e Intermunicipal e de Comunicação (ICMS), ainda que as operações se iniciem
no exterior.

l
Art. 2º Os combustíveis sobre os quais incidirá uma única vez o ICMS, qualquer que seja

ra
sua finalidade, são os seguintes:

I - gasolina e etanol anidro combustível;

ab
II - diesel e biodiesel; e

III - gás liquefeito de petróleo (GLP), inclusive o derivado do gás natural.


C
➢ Não fizeram nenhuma previsão de lubrificantes na LC 192/22, conforme estabelece a
CF/88.

➢ Outro detalhe, é que o Art. 2º da LC 192/22 fez exatamente o que CF/88 determinou, ao
definir sobre quais combustíveis o ICMS incidirá uma única vez. Veja que temos
o

várias hipóteses que não são derivadas de petróleo, como: etanol, diesel, biodiesel e
GLP.
n

➢ Além disso, é importante salientar que, embora estivesse previsto no projeto de lei, o QAV
(Querosene de aviação) não entrou entre as possibilidades de incidência do ICMS
Monofásico da LC 192/22.
ru

Art. 3º Para a incidência do ICMS nos termos desta Lei Complementar, será observado o
seguinte:
B

V - as alíquotas do imposto serão definidas mediante deliberação dos Estados e do Distrito


Federal, nos termos da alínea g do inciso XII do § 2º do art. 155 da Constituição
Federal (deliberação do CONFAZ), observado o seguinte:

a) serão uniformes em todo o território nacional e poderão ser diferenciadas por produto
(cópia da CF/88);

b) serão específicas (ad rem), por unidade de medida adotada, nos termos do § 4º do art.
155 da Constituição Federal; e

➢ Conforme mencionado anteriormente, a LC 192/22 definiu que as alíquotas


utilizadas para combustíveis serão específicas (Ad Rem), isto é, alíquotas fixas.
Lembrando que a CF/88 possibilitou também a alíquota Ad valorem, no entanto,
a LC 192 preferiu utilizar alíquotas Ad Rem.

c) poderão ser reduzidas e restabelecidas no mesmo exercício financeiro, observado o

l
disposto na alínea c do inciso III do caput do art. 150 da Constituição Federal.

ra
➢ Conforme falamos anteriormente, as alíquotas do ICMS sobre combustíveis e
energia elétrica poderão ser reduzidas e restabelecidas, sem obediência ao
princípio da Anterioridade do Exercício. Ou seja, podem entrar em vigor no
mesmo exercício em que foi restabelecida. No entanto, deverá observar a

ab
NOVENTENA. C
Art. 4º São contribuintes do ICMS incidente nos termos desta Lei Complementar o
produtor e aqueles que lhe sejam equiparados e o importador dos combustíveis.

Parágrafo único. O disposto no caput deste artigo alcança inclusive as pessoas que
produzem combustíveis de forma residual, os formuladores de combustíveis por
o

meio de mistura mecânica, as centrais petroquímicas e as bases das refinarias de


petróleo.
n

Art. 5º Considera-se ocorrido o fato gerador do ICMS incidente nos termos desta
Lei Complementar no momento:
ru

I - da saída dos combustíveis de que trata o art. 2º do estabelecimento do


contribuinte de que trata o art. 4º desta Lei Complementar, nas operações
ocorridas no território nacional; e
B

➢ Ocorre o F.G do ICMS nas saídas de combustíveis do estabelecimento do


produtor ou quem a lei a ele equiparar, no caso de operações nacionais.

II - do desembaraço aduaneiro dos combustíveis de que trata o art. 2º desta Lei


Complementar, nas operações de importação.

➢ Já na hipótese de importação, o F.G ocorrerá no momento do desembaraço


aduaneiro (Ato privativo do AFRFB de liberar a mercadoria).
Art. 6º Os Estados e o Distrito Federal disciplinarão o disposto nesta Lei
Complementar mediante deliberação nos termos da alínea g do inciso XII do § 2º
do art. 155 da Constituição Federal.

§ 4º Na definição das alíquotas, nos termos do inciso V do caput do art. 3º desta

l
Lei Complementar, deverá ser previsto um intervalo mínimo de 12 (doze) meses
entre a primeira fixação e o primeiro reajuste dessas alíquotas, e de 6 (seis)

ra
meses para os reajustes subsequentes, observado o disposto na alínea c do inciso
III do caput do art. 150 da Constituição Federal.

➢ Conforme o § 4º , do Art. 6º, o 1º reajuste das alíquotas do ICMS só poderá

ab
ocorrer após 12 MESES da publicação desta LEI. Logo, durante os 12 MESES
seguintes à publicação da LC 192/2022, o ICMS ficará “congelado”.

➢ Além disso, os reajustes posteriores da alíquota do ICMS só poderão ocorrer


num intervalo MÍNIMO DE 6 MESES, OBSERVADO O PRINCÍPIO DA NOVENTENA.
C
§ 5º Na definição das alíquotas, nos termos do inciso V do caput do art. 3º desta
Lei Complementar, os Estados e o Distrito Federal observarão as estimativas de
evolução do preço dos combustíveis de modo que não haja ampliação do peso
proporcional do tributo na formação do preço final ao consumidor.
o

➢ É uma medida difícil de ser cumprida para as alíquotas específicas. O tributo tem um
peso proporcional na formação do preço, quando a alíquota é Ad Valorem. Uma
n

vez que as alíquotas Ad valorem variam conforme o preço varia. No entanto,


para alíquotas específicas (Fixas) é, na prática, algo difícil de se aplicar, pois,
naturalmente, se o preço do combustível subir de valor, o peso proporcional do
ru

imposto vai ficar menor e se o preço do combustível cair, o peso proporcional do


imposto vai ficar maior. De qualquer forma, para prova, o importante é saber a
literalidade desse parágrafo.
B
Art. 8º O disposto nos incisos I e II do caput e no § 2º do art. 14 da Lei
Complementar nº 101, de 4 de maio de 2000 (Lei de Responsabilidade Fiscal), e
nos arts. 124, 125, 126, 127 e 136 da Lei nº 14.194, de 20 de agosto de 2021, não
se aplica às proposições legislativas e aos atos do Poder Executivo que entrarem
em vigor no exercício de 2022, relativamente aos impostos e às contribuições
previstos no inciso II do caput do art. 155, no § 4º do art. 177, na alínea b do
inciso I e no inciso IV do caput do art. 195 e no art. 239 da Constituição Federal,
nas operações que envolvam biodiesel, óleo diesel, querosene de aviação, gás
liquefeito de petróleo, derivado de petróleo e de gás natural, gasolina, exceto de

l
aviação, álcool, inclusive para fins carburantes, e gás natural veicular no referido
exercício.

ra
➢ Esse dispositivo trata da inaplicabilidade das regras de renúncia fiscal.
Aproveitando a publicação da LC 192/2022, o Governo Federal aproveitou para
reduzir a zero a alíquota de PIS e a COFINS e PASEP sobre combustíveis.

ab
➢ Essa redução a zero seria considerada uma renúncia fiscal, conforme a LC
101/2000 (LRF). E para que uma renúncia fiscal seja efetivada, conforme a
LRF, é necessário que sejam cumpridos alguns requisitos, como estimtiva do
impacto orçamentário-financeiro, compensação…

➢ Porém, o Art. 8º, da LC 192/2022, excetua o ICMS sobre combustíveis, CIDE


C
combustíveis, PIS/COFINS e PASEP desses requisitos exigidos pela LRF até
31/12/2022.
n o
ru
B
PRONTO PRA GUERRA

l
QUESTÕES INÉDITAS SEM COMENTÁRIOS

ra
1) (Bruno) A LC 192/2022 regulamentou a incidência monofásica do ICMS sobre
combustíveis, lubrificantes e derivados de petróleo.

2) (Bruno) Somente combustíveis derivados de petróleo estão inseridos na LC 192/2022.

(Querosene de Aviação).

ab
3) (Bruno) Entre os combustíveis previstos na LC 192/2022, não foi contemplado o QAV

4) (Bruno) Em janeiro de x1, a alíquota específica sobre a gasolina foi estabelecida em


R$ 1,25 por litro. Posteriormente, em abril de x1, o governo reduziu a alíquota referida
C
para R$ 1,15 por litro. No entanto, para se alinhar às Diretrizes propostas pela
Petrobrás, o Governo decidiu, em 01 de julho de x1, aumentar a alíquota da gasolina
para R$ 1,50.

Nos termos da LC 192/2022, a cobrança da nova alíquota poderá ocorrer a partir do


o

mês de outubro, visto que tal hipótese é exceção ao princípio da anterioridade do


exercício, devendo obediência à noventena.
n

5) (Professor Eduardo Da Rocha) A lei complementar 192/2022 definiu os


combustíveis sobre os quais o ICMS incide uma única vez. Não está sob a égide da
ru

referida LC:

a) gasolina.

b) etanol anidro combustível.


B

c) gás liquefeito de petróleo.

d) querosene de aviação.

e) biodiesel.
6) (Professor Eduardo Da Rocha) A lei complementar 192/2022 definiu situações sobre
as quais o ICMS incide uma única vez. Não está sob a égide da referida LC:

a) diesel.

b) biodiesel.

c) lubrificantes.

d) gás liquefeito de petróleo.

l
e) etanol anidro combustível.

ra
7) (Professor Eduardo Da Rocha) De acordo com a lei complementar 192/2022, julgue
os itens abaixo e assinale a opção correta.

imposto nas saídas interestaduais.


ab
I. Para os combustíveis sob regime do ICMS monofásico, não haverá incidência do

II. Nas operações com os combustíveis derivados de petróleo, o imposto caberá ao


C
Estado remetente.

III. Nas operações interestaduais, entre contribuintes, com combustíveis não derivados
do petróleo, o imposto será repartido entre os Estados de origem e de destino,
o

mantendo-se a mesma proporcionalidade que ocorre nas operações com as demais


mercadorias.
n

IV. Nas operações interestaduais com combustíveis não derivados do petróleo,


destinadas a não contribuinte, o imposto caberá ao Estado de origem. Está correto o
que se afirma APENAS em:
ru

a) I.

b) I e II.
B

c) III.

d) III e IV.

e) IV.
8) (Professor Eduardo Da Rocha) De acordo com a lei complementar 192/2022, julgue
os itens abaixo e assinale a opção correta.

I. As alíquotas do ICMS serão definidas por Resolução do Senado.


II. As alíquotas do ICMS monofásico serão uniformes em todo o território nacional, não
podendo ser diferenciadas por produto.
III. As alíquotas do ICMS monofásico poderão ser específicas ou ad valorem. Está
correto o que se afirma APENAS em:

l
a) I.

ra
b) II.

c) III.

d) II e III.

e) nenhum dos itens.


ab
C
9) (Professor Eduardo Da Rocha) De acordo com a lei complementar 192/2022,
assinale a alternativa correta:

a) as alíquotas do ICMS podem ser reduzidas ou restabelecidas, devendo-se respeitar


o

os princípios da noventena e da anterioridade anual.

b) as alíquotas do ICMS podem ser reduzidas ou restabelecidas, devendo-se respeitar o


n

princípio da noventena, mas não o da anterioridade anual.

c) as alíquotas do ICMS podem ser reduzidas ou restabelecidas, devendo-se respeitar o


ru

princípio da anterioridade anual, mas não o da noventena.

d) as alíquotas do ICMS podem ser reduzidas ou restabelecidas, sem necessidade de


respeito aos princípios da noventena e da anterioridade anual.
B

e) as alíquotas do ICMS podem ser reduzidas, mas não restabelecidas, sem


necessidade de respeito aos princípios da noventena e da anterioridade anual.
10) (Professor Eduardo Da Rocha) De acordo com a lei complementar 192/2022, a
alíquota de ICMS monofásico deve obedecer a um prazo mínimo de _____ entre as
alterações após a primeira fixação.

a) 6 meses.

b) 9 meses.

c) 12 meses.

l
ra
d) 15 meses.

e) 24 meses.

ab
11) (Professor Eduardo Da Rocha) De acordo com a lei complementar 192/2022, julgue
os itens abaixo e assinale a opção correta.

I. São contribuintes do ICMS monofásico o produtor e aqueles que lhe sejam


C
equiparados e o importador dos combustíveis.

II. Considera-se momento da ocorrência do fato gerador a saída do produtor, quando


em operação dentro do Brasil e no desembaraço aduaneiro, quando de importação.
o

III. Não se permite a atribuição de responsabilidade pelo recolhimento do ICMS


monofásico. Está correto o que se afirma APENAS em:
n

a) I.

b) II.
ru

c) I e II.

d) II e III.
B

e) nenhum dos itens.


12) (Professor Eduardo Da Rocha) De acordo com a lei complementar 192/2022, julgue
os itens abaixo e assinale a opção correta.

I. Os incentivos fiscais de ICMS monofásico prescindem de autorização no âmbito do


CONFAZ.

II. Serão instituídos mecanismos de compensação entre os entes federados, tais como
câmara de compensação ou outro instrumento mais adequado, com atribuições
relativas aos recursos arrecadados em decorrência da incidência do ICMS monofásico.

l
ra
III. Permite-se a equiparação a produtores de combustíveis. Está correto o que se
afirma APENAS em:

a) I.

b) II.

c) I e II.
ab
C
d) II e III.

e) nenhum dos itens.


o

13) (Bruno) É inconstitucional o Art. 8º da LC 192/2022, que trata da exceção às


exigências previstas na Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF), para concessão de
renúncia de receitas relativas à tributação sobre os combustíveis.
n
ru
B
QUESTÕES INÉDITAS COMENTADAS

1) (Bruno) A LC 192/2022 regulamentou a incidência monofásica do ICMS sobre


combustíveis, lubrificantes e derivados de petróleo.

R: ERRADA. Embora a CF/88 autorize à Lei Complementar estabelecer a incidência


monofásica do ICMS sobre combustíveis, lubrificantes e derivados de petróleo, a LC 192/2022
só previu ICMS sobre combustíveis, nada trazendo em relação aos lubrificantes.

l
ra
2) (Bruno) Somente combustíveis derivados de petróleo estão inseridos na LC 192/2022.

R: ERRADA. Pois a LC 192/2022 elencou, no seu Art. 2º, os combustíveis sobre os quais o
ICMS incidirá uma única vez, elencando diversas hipóteses que não são derivadas de
petróleo, como: etanol, diesel, biodiesel e GLP.

ab
3) (Bruno) Entre os combustíveis previstos na LC 192/2022, não foi contemplado o QAV
(Querosene de Aviação).
C
R: CORRETA. Embora estivesse previsto no projeto de lei como uma das hipóteses de
combustíveis sujeita à incidência monofásica do iCMS, o QAV (Querosene de aviação) não
entrou entre as possibilidades previstas na LC 192/2022.
o

4) (Bruno) Em janeiro de x1, a alíquota específica sobre a gasolina foi estabelecida em R$


1,25 por litro. Posteriormente, em abril de x1, o governo reduziu a alíquota referida para R$
n

1,15 por litro. No entanto, para se alinhar às Diretrizes propostas pela Petrobrás, o Governo
decidiu, em julho de x1, aumentar a alíquota da gasolina para R$ 1,50.
ru

Nos termos da LC 192/2022, a cobrança da nova alíquota poderá ocorrer já a partir de


novembro, visto que tal hipótese é exceção ao princípio da anterioridade do exercício,
devendo obediência à noventena.
B

R: ERRADA. Conforme a LC 192/2022, Art. 3º, V, c, a exceção à anterioridade do


exercício somente se aplica aos casos de redução e restabelecimento da alíquota e
não nas hipóteses de aumento. Sendo assim, como a alíquota aumentou de R$ 1,15
para R$ 1,50, será necessário a celebração de um novo convênio no âmbito do
CONFAZ e a cobrança da nova alíquota só poderá ocorrer a partir de 1º de janeiro de
x2 (Exercício seguinte), em obediência ao princípio da anterioridade do exercício.
5) (Professor Eduardo Da Rocha) A lei complementar 192/2022 definiu os combustíveis
sobre os quais o ICMS incide uma única vez. Não está sob a égide da referida LC:

a) gasolina.

b) etanol anidro combustível.

c) gás liquefeito de petróleo.

d) querosene de aviação.

l
ra
e) biodiesel.

R: LETRA D. Conforme comentamos anteriormente, o QAV (Querosene de aviação), embora


estivesse previsto no Projeto de Lei, não foi contemplado entre as hipóteses de incidência

ab
monofásica do ICMS. Vejamos o que diz o Art.2º da LC 192/2022 e seus incisos:

Art. 2º Os combustíveis sobre os quais incidirá uma única vez o ICMS, qualquer que seja
sua finalidade, são os seguintes:

I - gasolina e etanol anidro combustível;


C
II - diesel e biodiesel; e

III - gás liquefeito de petróleo (GLP), inclusive o derivado do gás natural.


o

6) (Professor Eduardo Da Rocha) A lei complementar 192/2022 definiu situações sobre as


n

quais o ICMS incide uma única vez. Não está sob a égide da referida LC:

a) diesel.
ru

b) biodiesel.

c) lubrificantes.
B

d) gás liquefeito de petróleo.

e) etanol anidro combustível.

R: LETRA C. Embora a CF/88 tenha previsto a possibilidade de tributação monofásica do


ICMS sobre lubrificantes, a LC 192/2022 não fez menção sobre esse produto. O
objetivo de não contemplar os lubrificantes na LC 192/2022 foi simplificar ao
máximo o texto da norma, de forma que ela fosse aprovada o mais rápido possível.
Art. 1º Esta Lei Complementar define, nos termos da alínea h do inciso XII do § 2º do art.
155 da Constituição Federal, os combustíveis (NÃO FALOU NADA SOBRE
LUBRIFICANTES) sobre os quais incidirá uma única vez o Imposto sobre Operações
Relativas à Circulação de Mercadorias e sobre Prestações de Serviços de Transporte
Interestadual e Intermunicipal e de Comunicação (ICMS), ainda que as operações se iniciem
no exterior.

7) (Professor Eduardo Da Rocha) De acordo com a lei complementar 192/2022, julgue os

l
itens abaixo e assinale a opção correta.

ra
I. Para os combustíveis sob regime do ICMS monofásico, não haverá incidência do
imposto nas saídas interestaduais.

ab
II. Nas operações com os combustíveis derivados de petróleo, o imposto caberá ao
Estado remetente.

III. Nas operações interestaduais, entre contribuintes, com combustíveis não derivados
do petróleo, o imposto será repartido entre os Estados de origem e de destino,
mantendo-se a mesma proporcionalidade que ocorre nas operações com as demais
C
mercadorias.

IV. Nas operações interestaduais com combustíveis não derivados do petróleo,


destinadas a não contribuinte, o imposto caberá ao Estado de origem. Está correto o
o

que se afirma APENAS em:

a) I.
n

b) I e II.
ru

c) III.

d) III e IV.
B

e) IV.

R: LETRA D. O item I está incorreto, pois, como vimos, na tributação monofásica o ICMS é
todo cobrado nas saídas interestaduais. O item II, também, está incorreto, uma vez que
nas saídas de combustíveis derivados de petróleo, o imposto caberá ao Estado de
ORIGEM. Já o item III está correto, pois, conforme o ART. 155, § 4º, II, nas operações
interestaduais, entre contribuintes, com combustíveis não derivados do petróleo, o
imposto será repartido entre os Estados de origem e de destino, mantendo-se a mesma
proporcionalidade que ocorre nas operações com as demais mercadorias. Por fim, o item IV,
também, está correto, nos termos do ART. 155, § 4º, III.
EM RESUMO
OP. INTERESTADUAL de lubrificantes e TRIBUTA TUDO UMA ÚNICA VEZ NA
combustíveis derivados de petróleo para SAÍDA, MAS O VALOR RECOLHIDO É
CONTRIBUINTE ou NÃO: ENTREGUE TODO PARA O ESTADO DE
DESTINO.

OP. INTERESTADUAL de gás natural e TRIBUTA TUDO UMA ÚNICA VEZ NA


seus derivados, lubrificantes e SAÍDA, MAS O VALOR RECOLHIDO É
combustíveis NÃO derivados de petróleo REPARTIDO ENTRE OS ESTADOS DE

l
entre CONTRIBUINTES: ORIGEM E DESTINO (DIFAL).

ra
OP. INTERESTADUAL de gás natural e TRIBUTA TUDO UMA ÚNICA VEZ NA
seus derivados, lubrificantes e SAÍDA E O VALOR RECOLHIDO FICA
combustíveis NÃO derivados de petróleo TODO NO ESTADO DE ORIGEM.
para NÃO CONTRIBUINTES:

ab
8) (Professor Eduardo Da Rocha) De acordo com a lei complementar 192/2022, julgue os
itens abaixo e assinale a opção correta.
C
I. As alíquotas do ICMS serão definidas por Resolução do Senado.
II. As alíquotas do ICMS monofásico serão uniformes em todo o território nacional, não
podendo ser diferenciadas por produto.
III. As alíquotas do ICMS monofásico poderão ser específicas ou ad valorem. Está
correto o que se afirma APENAS em:
o

a) I.
n

b) II.
ru

c) III.

d) II e III.

e) nenhum dos itens.


B

R: LETRA E. O item I está errado, pois as alíquotas do ICMS são definidas mediante
deliberação dos Estados e do Distrito Federal, por meio de convênio do CONFAZ (Art. 3º,
V). O item II está incorreto, uma vez que as alíquotas do ICMS monofásico serão uniformes
em todo o território nacional e poderão ser diferenciadas por produto (Art. 3º, V, a). E, por
fim, o item III também está errado, tendo em vista que o Art. 3º, V, b, da LC 192/2022
definiu que as alíquotas do ICMS Monofásico serão específicas (ad rem), por unidade
de medida adotada, nos termos do § 4º do art. 155 da Constituição Federal.
9) (Professor Eduardo Da Rocha) De acordo com a lei complementar 192/2022, assinale a
alternativa correta:

a) as alíquotas do ICMS podem ser reduzidas ou restabelecidas, devendo-se respeitar


os princípios da noventena e da anterioridade anual.

b) as alíquotas do ICMS podem ser reduzidas ou restabelecidas, devendo-se respeitar o


princípio da noventena, mas não o da anterioridade anual.

l
c) as alíquotas do ICMS podem ser reduzidas ou restabelecidas, devendo-se respeitar o

ra
princípio da anterioridade anual, mas não o da noventena.
d) as alíquotas do ICMS podem ser reduzidas ou restabelecidas, sem necessidade de
respeito aos princípios da noventena e da anterioridade anual.

ab
e) as alíquotas do ICMS podem ser reduzidas, mas não restabelecidas, sem
necessidade de respeito aos princípios da noventena e da anterioridade anual.

R: LETRA B. Conforme estabelece o Art. 3º, V, c, da LC 192/2022.


C
10) (Professor Eduardo Da Rocha) De acordo com a lei complementar 192/2022, a
alíquota de ICMS monofásico deve obedecer a um prazo mínimo de _____ entre as
alterações após a primeira fixação.
o

a) 6 meses.

b) 9 meses.
n

c) 12 meses.
ru

d) 15 meses.

e) 24 meses.
B

R: LETRA A. Pois, de acordo com o Art. 6º. § 4º, da LC 192/2022: Na definição das
alíquotas, nos termos do inciso V do caput do art. 3º desta Lei Complementar, deverá ser
previsto um intervalo mínimo de 12 (doze) meses entre a primeira fixação e o
primeiro reajuste dessas alíquotas, e de 6 (seis) meses para os reajustes
subsequentes, observado o disposto na alínea c do inciso III do caput do art. 150 da
Constituição Federal.
11) (Professor Eduardo Da Rocha) De acordo com a lei complementar 192/2022,
julgue os itens abaixo e assinale a opção correta.

I. São contribuintes do ICMS monofásico o produtor e aqueles que lhe sejam


equiparados e o importador dos combustíveis.

II. Considera-se momento da ocorrência do fato gerador a saída do produtor, quando


em operação dentro do Brasil e no desembaraço aduaneiro, quando de importação.

l
III. Não se permite a atribuição de responsabilidade pelo recolhimento do ICMS

ra
monofásico. Está correto o que se afirma APENAS em:

a) I.

ab
b) II.

c) I e II.

d) II e III.
C
e) nenhum dos itens.

R: LETRA C. O item I está correto, nos termos do ART. 4º, da LC 192/2022. O item II
também está correto, conforme ART. 5º, incisos I e II. E, por fim, o item III está errado,
o

pois a LC 192/2022 permitiu que o CONFAZ atribuísse ao contribuinte do ICMS ou a


depositário a responsabilidade pelo recolhimento do ICMS. Vejamos:
n

Art. 6º Os Estados e o Distrito Federal disciplinarão o disposto nesta Lei Complementar


mediante deliberação nos termos da alínea g do inciso XII do § 2º do art. 155 da Constituição
Federal.
ru

§ 1º Serão admitidas:

I - equiparações a produtores dos combustíveis referidos no art. 2º para fins de incidência do


ICMS nos termos desta Lei Complementar; e
B

II - atribuição, a contribuinte do imposto ou a depositário a qualquer título, da


responsabilidade pela retenção e pelo recolhimento do ICMS incidente nos termos desta Lei
Complementar.
12) (Professor Eduardo Da Rocha) De acordo com a lei complementar 192/2022, julgue
os itens abaixo e assinale a opção correta.

I. Os incentivos fiscais de ICMS monofásico prescindem de autorização no âmbito do


CONFAZ.

II. Serão instituídos mecanismos de compensação entre os entes federados, tais como
câmara de compensação ou outro instrumento mais adequado, com atribuições
relativas aos recursos arrecadados em decorrência da incidência do ICMS monofásico.

l
ra
III. Permite-se a equiparação a produtores de combustíveis. Está correto o que se
afirma APENAS em:

a) I.

b) II.

c) I e II.
ab
C
d) II e III.

e) nenhum dos itens.


o

R: LETRA C. O item I está incorreto, tendo em vista que os incentivos fiscais de ICMS
monofásico devem seguir o mesmo rito dos demais, ou seja, devem ser aprovados por
unanimidade no CONFAZ (Art. 6º. § 2º). O item II está correto, conforme o Art. 6º. §
n

3º. E o item III também está correto, conforme Art. 6º § 1º.


ru

13) (Bruno) É inconstitucional o Art. 8º da LC 192/2022, que trata da exceção às exigências


previstas na Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF), para concessão de renúncia de receitas
relativas à tributação sobre os combustíveis.
B

R: ERRADA. Uma vez que a própria Lei Complementar (LC 192/2022) estabeleceu a
não aplicação de outra Lei Complementar (LRF), não há que se falar em
inconstitucionalidade de norma.
l
ra
Faço um convite para que participem do Grupo “PAPIRÔMETRO FISCAL”
(Telegram: https://t.me/+crk_iq-nYlc4ZDk5).

ab
C
@rbrunocabral
n o
ru
B

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