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ICMS NA CONSTITUIÇÃO FEDERAL:

CF: O ART. 155, II atribui COMPETÊNCIA aos ESTADOS e DF para instituir ICMS.
• ICMS: imposto sobre operações relativas à circulação de mercadorias e sobre prestações de serviços de
transporte interestadual e intermunicipal e de comunicação, AINDA QUE as operações e as prestações
SE INICIEM no EXTERIOR.

LEI COMPLEMENTAR FEDERAL: estabelece as NORMAS GERAIS  LC 87/96 (LEI KANDIR).


LEI ESTADUAL DE CADA ESTADO/DF: é a LEI que INSTITUI / CRIA o imposto ICMS.
DECRETO ESTADUAL DE CADA ESTADO/DF: é aquele que REGULAMENTA o imposto ICMS.

OS 3 FATOS GERADORES DO ICMS:


1) CIRCULAÇÃO DE MERCADORIA:
BENS (GÊNERO): coisa que possui valor para alguém;
MERCADORIAS: bens que podem ser objeto de compra e venda.
OPERAÇÃO DE CIRCULAÇÃO: saída a qualquer título do estabelecimento do titular (venda,
empréstimo, transferência).
2) PRESTAÇÃO DE SERVIÇO DE TRANSPORTE INTERESTADUAL E INTERMUNICIPAL
INTERESTADUAL: entre estados (ICMS);
INTERMUNICIPAL: entre municípios (ICMS);
INTRAMUNICIPAL: dentro do município, NÃO compete ao ICMS e SIM ao ISS.
OBS.: o ICMS NÃO incide sobre o transporte internacional nem sobre o intramunicipal.
3) PRESTAÇÃO DE SERVIÇO DE COMUNICAÇÃO (ONEROSO).
SERVIÇOS DE COMUNICAÇÃO estão APENAS no campo de incidência do ICMS se forem ONEROSOS
(CF, Art. 155, § 2º, X, d, prevê IMUNIDADE aos GRATUITOS).

CARACTERÍSTIAS DO ICMS:

→ SERÁ um imposto NÃO-CUMULATIVO - art. 155, § 2º, I, CF/88 (OBRIGATORIEDADE).


É apurado através do regime de compensação, levando se em conta apenas o valor que foi agregado
à mercadoria, pode ser chamado também de multifásico pelo fato de incidir em cada etapa da
circulação, evitando o “efeito-cascata” (espécie de IVA).
→ O ICMS PODERÁ SER SELETIVO - art. 155, § 2º, III, CF (FACULDADE).
OBS.: ≠ O IPI é que SERÁ SELETIVO (OBRIGATORIEDADE).
→ INDIRETO: transfere do encargo para o consumidor (CONTRIBUINTE DE FATO).
→ REGRESSIVO: afeta, proporcionalmente, com maior intensidade as classes de mais baixa renda pelo
fato de a % ser a mesma, por produto, para todos, independentemente de quem paga.
→ NÃO PROGRESSIVO: em regra, não há variação da % em função do montante a ser tributado, ou seja,
da BC (a % é sempre a mesma, independentemente de quanto é a BC).
→ REAL: incide sobre coisas, sobre fatos econômicos, independente das pessoas envolvidas.
→ O ICMS INTEGRA SUA PRÓPRIA BASE DE CÁLCULO;
→ ALÍQUOTAS: em regra, é AD VALOREM ou PROPORCIONAL, calculado através de um % sobre a BC.
→ FORMA DE LANÇAMENTO: em regra, o ICMS é lançado por HOMOLOGAÇÃO, entretanto nada impede
que ele seja lançado de OFÍCIO por iniciativa do FISCO.
O contribuinte faz quase todo o “lançamento”, ANTECIPA O PAGAMENTO, e o FISCO APENAS
HOMOLOGA, RATIFICA, o que o contribuinte DECLAROU E PAGOU.

ATENÇÃO: a competência para instituição, fiscalização e arrecadação do ICMS é dos E e do DF.


→ TERRITÓRIOS FEDERAIS: os impostos estaduais ficam sob COMPETÊNCIA da UNIÃO.
→ PODE HAVER COBRANÇA DE ICMS PELA UNIÃO SEMPRE QUE EXISTIR TF.
PODE(M) INSTITUIR O ICMS:
a) Apenas os Estados.
b) Os Estados, DF e a União, nos territórios.
c) Apenas os Estados e o Distrito Federal.

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d) Os Estados, DF, União e os Municípios, nos territórios.
e) Apenas a União.

REGIME DE COMPENSAÇÃO:
O ICMS ATENDERÁ AO SEGUINTE (ART. 155, § 2º, CF):
I – SERÁ NÃO-CUMULATIVO, COMPENSANDO-SE o que for DEVIDO em cada operação relativa à circulação de
mercadorias ou prestação de serviços com o montante COBRADO nas anteriores PELO MESMO OU OUTRO
ESTADO OU PELO DISTRITO FEDERAL;
→ NÃO CUMULATIVIDADE: DEVE-SE COMPENSAR o montante COBRADO nas operações ou prestações
anteriores, AINDA QUE INICIADAS EM UF DIVERSA do adquirente.
OBS.: a compensação NÃO É em relação ao montante PAGO, É com o montante COBRADO.
NA COMPRA: DIREITO AO CRÉDITO DO ICMS (ICMS A RECUPERAR).
NA VENDA: HAVERÁ UM DÉBITO DE ICMS (ICMS A PAGAR).
O contribuinte SÓ PAGA sobre o VALOR que ele ADICIONOU à mercadoria, por isso a não-cumulatividade
também chamada de PRINCÍPIO DO VALOR AGREGADO / ADICIONADO.

EXCEÇÕES À NÃO-CUMULATIVIDADE:

O ICMS ATENDERÁ AO SEGUINTE (ART. 155, § 2º, CF):


II – A ISENÇÃO OU NÃO-INCIDÊNCIA, SALVO determinação em CONTRÁRIO DA LEGISLAÇÃO (A CF PERMITE
QUE O LEGISLADOR DEFINA DE MODO DIFERENTE  CONVÊNIOS):
1) NÃO IMPLICARÁ CRÉDITO para compensação com operações e prestações SEGUINTES;
Se o contribuinte adquirir mercadorias ou serviços não tributados, seja por serem isentos, seja por não-incidência,
não há que se falar em crédito para abater do montante devido pois não houve débitos anteriores a compensar,
mesmo que seja devido o ICMS pela saída subsequente.
2) ACARRETARÁ A ANULAÇÃO DO CRÉDITO relativo às operações ANTERIORES;
Se a operação subsequente não for tributada (isenção, imunidade ou não-incidência), isto é, se não houver cobrança
de ICMS na operação seguinte, o crédito que possa existir de operações anteriores são anulados já que não existe
razão para compensar, exceto nos casos expressos em que a legislação estadual permitir que haja o creditamento
tal como as exportações.

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→ SE a operação for ISENTA OU NÃO HOUVER INCIDÊNCIA, ela NÃO gerará CRÉDITO para a compensação. MAS
A LEGISLAÇÃO pode conceder o CRÉDITO PRESUMIDO (um BF).

→ OU SEJA, a primeira etapa é tributada e gera um crédito para a etapa seguinte, mas a etapa seguinte possui
uma isenção ou não-incidência, então esse CRÉDITO relativo à primeira etapa É ANULADO E NÃO pode
MANTER esse crédito para abater em outras operações tributadas.
→ MAS O LEGISLADOR pode definir de forma a conceder a MANUTENÇÃO DO CRÉDITO, se dá uma isenção e é
mantido o crédito para outras operações tributadas (um benefício fiscal).

SELETIVIDADE:
O ICMS ATENDERÁ AO SEGUINTE (ART. 155, § 2º, CF):
III – PODERÁ SER SELETIVO, EM FUNÇÃO DA ESSENCIALIDADE;
→ REGRA: QUANTO MAIS ESSENCIAL A MERCADORIA  MENOR SERÁ A ALÍQUOTA.
PRODUTOS SUPÉRFLUOS, ALÍQUOTA MAIOR (EX.: joias, bebidas alcoólicas, cigarro);
PRODUTOS ESSENCIAIS, ALÍQUOTA MENOR (EX.: comida).
OBS.: O ICMS PODERÁ SER SELETIVO: A CF NÃO EXIGE o ICMS seja seletivo, apenas autoriza;
O IPI DEVE SER SELETIVO: para o IPI, a CF EXIGE que ele seja seletivo, é uma obrigação.
PEGADINHA: dizer que o ICMS poderá ser não-cumulativo ou que afirmar que ele será seletivo.

FIXAÇÃO DE ALÍQUOTAS DO ICMS:

ALÍQUOTAS INICIATIVA APROVAÇÃO OBSERVAÇÃO

INTERESTADUAIS E PRES. DA REPÚBLICA OBRIGATÓRIO


MA DO SENADO
EXPORTAÇÃO 1/3 DO SENADO AO SF FIXAR POR RESOLUÇÃO!

INTERNAS
1/3 DO SENADO MA DO SENADO
MÍNIMAS FACULTADO
AO SF FIXAR POR RESOLUÇÃO!
INTERNAS MÁXIMAS MAIORIA ABSOLUTA 2/3 DO SENADO

O ICMS ATENDERÁ AO SEGUINTE (ART. 155, § 2º, CF):


IV - RESOLUÇÃO do SENADO FEDERAL, de INICIATIVA do PR OU de 1/3 dos SENADORES, APROVADA pela MA
de seus membros, ESTABELECERÁ as alíquotas aplicáveis às operações e prestações, INTERESTADUAIS e de
EXPORTAÇÃO;

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→ OBRIGATORIEDADE: ESTABELECERÁ.
→ INICIATIVA: PRESIDENTE da REPÚBLICA ou 1/3 do SF.
→ APROVAÇÃO: MAIORIA ABSOLUTA.
→ ALÍQUOTAS FIXADAS PELO SF SÃO: 4%, 7%, 12% OU 13%.
13%: P/ EXPORTAÇÕES (EXISTE, mas NÃO tem aplicabilidade devido à IMUNIDADE).
7% / 12%: OPERAÇÕES INTERESTADUAIS ENTRE ESTADOS “RICOS” OU “POBRES”.

REGIÃO RICA (SUL: SC, RS E PR; E SUDESTE: RJ, MG E SP, MENOS O ES).
REGIÃO POBRE (NORTE: TO, AC, RO, RR, AP E AM; NORDESTE: BA, SE, AL, PB, PE, RN, CE, PI, MA; E CENTRO-
OESTE: DF, MT, MS E GO, MAIS O ES).
4%: TAI TRANSPORTE AÉREO E OPERAÇÃO INTERESTADUAL COM PRODUTOS IMPORTADOS OU QUE
TENHA MAIS DE 40% DE PRODUTO IMPORTADO, (RSF 13/12).
EXCEÇÃO (NÃO APLICA OS 4%):
1. SE O BEM IMPORTADO NÃO TIVER SIMILAR NACIONAL;
2. SE FOR GÁS NATURAL.
4%: SE FOR PARA TRANSPORTE AÉREO INTERESTADUAL (TAI).

EX.1: suponha que empresa de Florianópolis (SC) importou mercadoria pelo Porto de Itajaí. Um mês depois,
ao revender para o Estado de SP, irá destacar a alíquota de 4% para SC e não 12%, pelo simples fato de a
mercadoria ser importada (operação interestadual com produtos importados).
EX.2: suponha que empresa de Florianópolis (SC) importou mercadoria pelo Porto de Itajaí. Após processo de
transformação, teve-se como resultado uma nova mercadoria com conteúdo de importação de 30%. Um mês
depois, ao revender para o Estado de MT, irá destacar a alíquota de 7% para SC e não 4% pelo simples fato de
a mercadoria importada ter resultado em outra cujo conteúdo de importação é menor que 40% (composição
MENOR de 40% de produto importado).
EX.2: suponha que empresa de Florianópolis (SC) importou mercadoria pelo Porto de Itajaí. Após processo
de transformação, teve-se como resultado uma nova mercadoria com conteúdo de importação de 50%. Um
mês depois, ao revender para o Estado de SP, irá destacar a alíquota de 4% e não 12% pelo simples fato de a
mercadoria importada ter resultado em outra cujo conteúdo de importação é maior que 40% (composição
MAIOR de 40% de produto importado).
PORTANTO: sempre que a mercadoria possuir mais de 40% de conteúdo de importação ela é considerada
ainda como mercadoria importada e por isso a alíquota interestadual será de 4%. Caso a mercadoria possua
menos de 40% de importação considera-se que ela foi “nacionalizada”, ou seja, deixou de ser considerada
como importada e por isso as alíquotas interestaduais incidentes serão 7% ou 12%, dependendo entre quais
ESTADOS se dá a operação (RICO /POBRE: 7%).

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O ICMS ATENDERÁ AO SEGUINTE (ART. 155, § 2º, CF):
V - É FACULTADO AO SENADO FEDERAL:
a) estabelecer alíquotas mínimas nas operações internas, mediante resolução de iniciativa de um terço e
aprovada pela maioria absoluta de seus membros;
→ INICIATIVA: 1/3 do SF.
→ APROVAÇÃO: MAIORIA ABSOLUTA do SF.
b) fixar alíquotas máximas nas mesmas operações para resolver conflito específico que envolva interesse de
Estados, mediante resolução de iniciativa da maioria absoluta e aprovada por dois terços de seus membros;
→ INICIATIVA: MAIORIA ABSOLUTA do SF.
→ APROVAÇÃO: 2/3 do SF.

ATENÇÃO: SALVO DELIBERAÇÃO DOS E/DF POR CONVÊNIO, AS ALÍQUOTAS INTERNAS NÃO PODERÃO SER
INFERIORES ÀS ALÍQUOTAS INTERESTADUAIS.

VI - SALVO deliberação em CONTRÁRIO dos ESTADOS e do DF, nos termos do disposto no XII, “g” (CONFAZ),
as alíquotas internas, nas operações relativas à circulação de mercadorias e nas prestações de serviços, não
poderão ser inferiores às previstas para as operações interestaduais;
→ As alíquotas internas têm de ser maiores que as alíquotas interestaduais (não podem ser menores) fixadas
obrigatoriamente pelo SF (12% e 7%), A MENOS que o os ESTADOS e o DF deliberem em contrário através
de convênio do CONFAZ.
OBS.: somente por convênio pode-se fixar uma alíquota interna menor que a interestadual.
STF: a alíquota interna não pode ser menor que à alíquota interestadual de 12%, a mais geral.
è DA INCIDÊNCIA NA CF:

NA IMPORTAÇÃO (ART. 155, § 2º, IX, A, CF):

O ICMS INCIDIRÁ TAMBÉM (EC 33): SOBRE a ENTRADA de bem ou mercadoria IMPORTADOS do EXTERIOR por
PF OU PJ, AINDA QUE NÃO SEJA CONTRIBUINTE HABITUAL, QUALQUER que seja a sua FINALIDADE, ASSIM
COMO sobre o SERVIÇO prestado no EXTERIOR, cabendo o ICMS AO ESTADO onde estiver o DOMICÍLIO OU O
ESTABELECIMENTO DO DESTINATÁRIO.
ICMS incidente também, independentemente da habitualidade ou volume, que caracterize o intuito
comercial, seja qualquer a sua finalidade (consumo final ou revenda) sobre:
IMPORTAÇÃO DE MERCADORIA; e

IMPORTAÇÃO DE SERVIÇO: serviço prestado no exterior.


→ SUJEITO ATIVO: O E/DF DO O DOMICÍLIO OU ESTABELECIMENTO DO DESTINATÁRIO.
OU SEJA, A COMPETÊNCIA para cobrança do ICMS cabe ao ESTADO/DF de domicílio do importador,
independentemente do local onde as mercadorias foram desembaraçadas.

BC NA IMPORTAÇÃO: art. 155, § 2º, XII, “i” cabe à LEI COMPLEMENTAR (LK) FIXAR A BC, de modo que O
MONTANTE DO ICMS A INTEGRE, TAMBÉM NA IMPORTAÇÃO DO EXTERIOR de bem, mercadoria ou serviço.

NA PRESTAÇÃO DE SERVIÇOS COM FORNECIMENTO DE MERCADORIAS:


O ICMS INCIDIRÁ TAMBÉM: sobre o VALOR TOTAL da operação, quando MERCADORIAS forem fornecidas com
SERVIÇOS NÃO COMPREENDIDOS na competência tributária dos MUNICÍPIOS;
→ CONFLITO DE COMPETÊNCIA: quem resolve é LEI COMPLEMENTAR FEDERAL.

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SERVIÇO PREVISTO na lista da LC 116/03, - ISS sobre SERVIÇO + MERCADORIA.
SEM RESSALVA que permita a cobrança de ICMS: - ISS sobre valor TOTAL COBRADO.

SERVIÇO PREVISTO na lista do LC 116/03, - ISS sobre SERVIÇO.


COM RESSALVA que permita a cobrança de ICMS: - ICMS sobre MERCADORIA.

SERVIÇO NÃO PREVISTO na lista de serviços da LC - ICMS sobre SERVIÇO + MERCADORIA.


116/03 e COM fornecimento de MERCADORIAS: - ICMS sobre valor TOTAL COBRADO.

SERVIÇO NÃO PREVISTO na lista de serviços da LC - NÃO incidirá IMPOSTO NENHUM: falta de previsão legal
116/03 e SEM fornecimento de MERCADORIAS: (incompetência tributária).

SERVIÇO PRESENTE na lista anexa do LC 116/03, - USUÁRIO FINAL (TOMADOR DO SERVIÇO): o ISS SÓ sobre o
COM FORNECIMENTO DE MERCADORIAS: SERVIÇO.
PELO USUÁRIO FINAL (TOMADOR) OU - PRESTADOR DE SERVIÇO: ICMS sobre TUDO, o SERVIÇO e
PELO PRESTADOR DE SERVIÇOS. MERCADORIA (trata-se de encomenda).

EXCEÇÕES DA LC 116/03 (+ NOVAS EXCEÇÕES E ALTERAÇÕES DA LC 157/16):


(NOVO) 1.09 – DISPONIBILIZAÇÃO, SEM CESSÃO DEFINITIVA, DE CONTEÚDOS DE ÁUDIO, VÍDEO, IMAGEM E TEXTO
POR MEIO DA INTERNET, RESPEITADA A IMUNIDADE DE LIVROS, JORNAIS E PERIÓDICOS (EXCETO A DISTRIBUIÇÃO
DE CONTEÚDOS PELAS PRESTADORAS DE SERVIÇO DE ACESSO CONDICIONADO, de que trata a LEI 12.485/2011,
SUJEITA AO ICMS).
(ALTERADO) 13.05 – COMPOSIÇÃO GRÁFICA, INCLUSIVE CONFECÇÃO DE IMPRESSOS GRÁFICOS, fotocomposição,
clicheria, zincografia, litografia e fotolitografia, EXCETO SE DESTINADOS A POSTERIOR OPERAÇÃO DE
COMERCIALIZAÇÃO OU INDUSTRIALIZAÇÃO, (...), QND FICARÃO SUJEITOS AO ICMS.

7.02 – EXECUÇÃO DE OBRAS DE CONSTRUÇÃO CIVIL, HIDRÁULICA OU ELÉTRICA e de outras obras semelhantes,
inclusive (...) (EXCETO O FORNECIMENTO DE MERCADORIAS PRODUZIDAS PELO PRESTADOR DE SERVIÇOS FORA DO
LOCAL DA PRESTAÇÃO DOS SERVIÇOS, QUE FICA SUJEITO AO ICMS).
7.05 – REPARAÇÃO, CONSERVAÇÃO E REFORMA DE EDIFÍCIOS, ESTRADAS, PONTES, PORTOS E CONGÊNERES
(EXCETO O FORNECIMENTO DE MERCADORIAS PRODUZIDAS PELO PRESTADOR DOS SERVIÇOS, FORA DO LOCAL da
PRESTAÇÃO DOS SERVIÇOS, QUE FICA SUJEITO AO ICMS).
14.01 – LUBRIFICAÇÃO, LIMPEZA, carga e recarga, conserto, restauração, blindagem, manutenção e conservação
de MÁQUINAS, (...) (EXCETO PEÇAS E PARTES EMPREGADAS, SUJEITAS AO ICMS).
14.03 – RECONDICIONAMENTO DE MOTORES (EXCETO PEÇAS E PARTES EMPREGADAS, QUE FICAM SUJEITAS AO
ICMS).
17.11 – ORGANIZAÇÃO DE FESTAS E RECEPÇÕES; BUFÊ (EXCETO O FORNECIMENTO DE ALIMENTAÇÃO E BEBIDAS,
QUE FICA SUJEITO AO ICMS).
9.01 – HOSPEDAGEM DE QUALQUER NATUREZA EM HOTÉIS, (...) (O VALOR DA ALIMENTAÇÃO E GORJETA, QUANDO
INCLUÍDO NO PREÇO DA DIÁRIA, FICA SUJEITO AO ISS).
7.06 – COLOCAÇÃO E INSTALAÇÃO DE TAPETES, CARPETES, ASSOALHOS, CORTINAS, VIDROS, DIVISÓRIAS, GESSO e
congêneres (...), COM MATERIAL FORNECIDO PELO TOMADOR DO SERVIÇO.
14.06 – INSTALAÇÃO E MONTAGEM DE APARELHOS, MÁQUINAS E EQUIPAMENTOS, INCLUSIVE montagem industrial,
PRESTADOS AO USUÁRIO FINAL, EXCLUSIVAMENTE COM MATERIAL POR ELE FORNECIDO.
14.09 – ALFAIATARIA E COSTURA, QUANDO O MATERIAL FOR FORNECIDO PELO USUÁRIO FINAL, EXCETO AVIAMENTO.
39.01 - SERVIÇOS DE OURIVESARIA E LAPIDAÇÃO (QUANDO O MATERIAL FOR FORNECIDO PELO TOMADOR DO
SERVIÇO).

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DA NÃO INCIDÊNCIA:

1) IMUNIDADE NA EXPORTAÇÃO:

X - NÃO INCIDIRÁ ICMS:


a) sobre operações que destinem mercadorias para o exterior, nem sobre serviços prestados a destinatários
no exterior, assegurada a manutenção e o aproveitamento do montante do ICMS cobrado nas operações e
prestações anteriores;
→ DUPLO BENEFÍCIO FISCAL:
IMUNIDADE NA EXPORTAÇÃO de mercadorias e serviços;
MANUTENÇÃO DO CRÉDITO TRIBUTÁRIO das operações anteriores (NÃO ANULA o CT).

2) IMUNIDADE NA SAÍDA INTERESTADUAL DE PETRÓLEO, LUBRIF., DERIV. E ENER. ELÉ.:

X - NÃO INCIDIRÁ ICMS:


b) sobre operações que destinem a outros ESTADOS petróleo, inclusive lubrificantes, combustíveis líquidos e
gasosos dele derivados (do petróleo), e energia elétrica;
→ O ICMS NÃO INCIDE nas SAÍDAS INTERESTADUAIS com combustíveis derivados do petróleo e energia
elétrica. No caso específico dessas mercadorias a tributação fica 100% no ESTADO de DESTINO, onde houve
o CONSUMO, não ficando nada na origem.
→ ICMS MONOFÁSICO: haverá incidência na ENTRADA do ESTADO DESTINATÁRIO caso seja para CONSUMIDOR
FINAL dessas mercadorias (art. 155, § 2º, XII, h da CF).
ART. 155, § 2º, XII, h: cabe à LEI COMPLEMENTAR ( LC 192 E 194 DE 2022) definir os combustíveis e
lubrificantes sobre os quais o ICMS incidirá uma ÚNICA VEZ, qualquer que seja a sua finalidade,
hipótese em que não se aplicará o disposto no inciso X, b;
→ EXPLICAÇÃO: O PETRÓLEO é considerado um bem nacional, seria muito injusto que alguns Estados que
possuem petróleo o explorassem e ficassem com tudo sem repartir com os demais Estados que não
são privilegiados por ter petróleo em abundância. O mesmo pensamento vale para os Estados que são
privilegiados geograficamente e conseguem produzir energia elétrica.

ATENÇÃO: O ETANOL E O GNV NÃO SÃO DERIVADOS DO PETRÓLEO!


3) IMUNIDADE DO ICMS SOBRE O OURO (ATIVO FINANCEIRO ou INSTRUMENTO CAMBIAL):

X - NÃO INCIDIRÁ ICMS:


c) sobre o OURO, definido como ativo financeiro ou instrumento cambial: só IOF (art. 153, § 5º);
→ SÓ incide ICMS sobre o OURO quando este for definido como MERCADORIA (EX.: uma JOIA).
→ CASO seja definido como ATIVO FINANCEIRO ou INSTRUMENTO CAMBIAL: SÓ incide IOF.
→ ALÍQUOTA MÍNIMA: será de 1%, assegurada a transferência da arrecadação:
I – 30% para o ESTADO, o DF ou o TERRITÓRIO, conforme a ORIGEM;
II – 70% por cento para o MUNICÍPIO de ORIGEM.

4) IMUNIDADE SOBRE COMUNICAÇÃO LIVRE E GRATUITA.

X - NÃO INCIDIRÁ ICMS:


d) nas prestações de SERVIÇO DE COMUNICAÇÃO nas modalidades de radiodifusão sonora e de sons e
imagens de recepção LIVRE e GRATUITA;
→ IMUNIDADE: nas prestações de serviço de comunicação livre e gratuita.
→ INCIDÊNCIA: TV FECHADA e com COBRANÇA, ou seja, ONEROSO incidirá ICMS.
5) IMUNIDADE MUSICAL NACIONAL (EC 75/13):
ART. 150, VI, “e”: É VEDADO à UNIÃO, aos ESTADOS, ao DF e aos MUN. instituir IMPOSTOS sobre fonogramas
e videofonogramas musicais produzidos no Brasil contendo obras musicais ou literomusicais de autores
brasileiros e/ou obras em geral interpretadas por artistas brasileiros bem como os suportes materiais ou
arquivos digitais que os contenham, salvo na etapa de replicação industrial de mídias ópticas de leitura a laser

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(nesta etapa incidirá ICMS normalmente).
EC 75/2013: proibir IMPOSTOS sobre OBRAS MUSICAIS com elementos de conexão NACIONAL.
→ OBJETIVO: combate à pirataria.
→ TRIBUTOS ABRANGIDOS: apenas IMPOSTOS (ex.: ISS, ICMS, IPI, IE, a depender).
O ICMS sobre a distribuição e a venda, seja mídia física, ou arquivos disponibilizados online.
É VEDADO AOS ENTES FEDERADOS INSTITUIR IMPOSTOS SOBRE (REQUISITOS):
→ PRODUZIDOS NO BRASIL:
A EXIGÊNCIA de PRODUÇÃO no BRASIL é de CARÁTER ABSOLUTO.
→ FONOGRAMAS E VIDEOFONOGRAMAS MUSICAIS:
É irrelevante apresentação em suporte material (CD, DVD, Bluray) OU sua disponibilidade e circulação
mediante transferência eletrônica de dados (App Store, Google Play).
→ OBRAS MUSICAIS OU LITEROMUSICAIS de AUTORES BRASILEIROS E/OU OBRAS EM GERAL INTERPRETADAS
POR ARTISTAS BRASILEIROS:
→ IMUNIDADE MISTA:
REQUISITO OBJETIVO: fonograma e videofonograma PRODUZIDO NO BRASIL;
REQUISITO SUBJETIVO: NACIONALIDADE BRASILEIRA do AUTOR ou INTERPRETE.
→ BEM COMO OS SUPORTES MATERIAIS OU ARQUIVOS DIGITAIS QUE OS CONTENHAM:
PODE SER EM QUALQUER SUPORTE!
EXCEÇÃO: SALVO na replicação industrial de mídias ópticas de leitura a laser (INCIDIRÁ ICMS).
EXPLICANDO: as etapas de “ponta” da cadeia de produção de músicas (de autores brasileiros ou interpretada
por autores brasileiros) são imunes a impostos. Por “ponta”, entende-se:
1) Ponta inicial: a gravação no estúdio, produção, mixagem etc. (IMUNE ao ISS, por exemplo).
2) Ponta final: a distribuição e venda ao consumidor final (IMUNE ao ICMS, por exemplo).
No meio dessa cadeia existe a fase de prensagem (replicação), é a fase onde pega-se o CD/DVD/Blu-Ray
virgem e grava-se a obra musical a partir de uma matriz que contém os dados a serem reproduzidos.
Nessa etapa incide IPI e ICMS normalmente pois não foi contemplada com a imunidade.

5 IMUNIDADES CONSTITUCIONAIS DO ICMS:


1. EXPORTAÇÕES;
2. SAÍDA PARA OUTRO ESTADO DE PETRÓLEO / DERIVADOS E DE ENERGIA ELÉTRICA;
3. OURO COMO ATIVO FINANCEIRO / INSTRUMENTO CAMBIAL;
4. COMUNICAÇÃO DE PRESTAÇÃO NÃO ONEROSA (LIVRE E GRATUITA);
5. MUSICAL NACIONAL;
6. OPERAÇÕES COM LIVROS / JORNAIS / PAPEL DESTINADO (compreende os EBOOKS).
→ NÃO COMPREENDE A TINTA (A TINTA NÃO É IMUNE);

INCIDÊNCIA RESTRITA (IMPOSTOS):


IMUNIDADE PARCIAL (art. 155, § 3º): com EXCEÇÃO DO ICMS DO II E DO IE, NENHUM OUTRO IMPOSTO
(TRIBUTO) poderá incidir sobre operações relativas a ENERGIA ELÉTRICA, serviços de TELECOMUNICAÇÕES,
derivados de PETRÓLEO, COMBUSTÍVEIS e MINERAIS do PAÍS.
QUANDO se tratar de ENERGIA ELÉTRICA, serviços de TELECOMUNICAÇÕES, DERIVADOS DO PETRÓLEO,
COMBUSTÍVEIS E MINERAIS, OS ÚNICOS IMPOSTOS QUE INCIDIRÃO SÃO O ICMS E OS IMPOSTOS FEDERAIS
SOBRE COMÉRCIO EXTERIOR (II e IE).
OBS.: OUTROS TRIBUTOS PODERÃO INCIDIR.
PEGADINHA: A CIDE, QUE É UMA CONTRIBUIÇÃO E NÃO UM IMPOSTO, E TAMBÉM INCIDE SOBRE ESSAS
OPERAÇÕES.

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ICMS E IPI:
O ICMS ATENDERÁ AO SEGUINTE (ART. 155, § 2º, CF):
XI- NÃO COMPREENDERÁ, em sua BC (NA BC do ICMS), o montante do IPI, quando a operação, realizada entre
contribuintes e relativa a produto destinado à industrialização ou à comercialização, configure fato gerador
dos dois impostos;
O IPI NÃO INTEGRARÁ A BC DO ICMS SE HOUVER AS 3 EXIGÊNCIAS CUMULATIVAMENTE:
OBS.: para consumo próprio ou ativo permanente, o IPI integra a BC do ICMS.
2. OPERAÇÃO ENTRE CONTRIBUINTES;
OBS.: nas importações o IPI sempre integra a BC do ICMS (o gringo não é contribuinte).
3. CONFIGURAR FG DOS 2 IMPOSTOS: ICMS e IPI.
EX.1: o fabricante FAZGELA vende geladeiras por R$ 1.000 para o contribuinte VENDEGELA revender. Alíquota
do ICMS de 20% e alíquota de IPI de 10%. A BC do ICMS será R$ 1.000 pois o IPI não a integrará tendo em vista
tratar-se de operação entre contribuintes para comercialização.

EX. 2: Um contribuinte vende uma geladeira por R$ 1.000 para uma construtora. Alíquota do ICMS de 20% e
alíquota de IPI de 10%. O IPI será de R$ 100 (10% x R$ 1.000). A BC do ICMS será R$ 1.100 (R$ 1.000 + R$ 100)
pois a construtora não é contribuinte e a mercadoria é para o ativo fixo.
RESERVA DA LEI COMPLEMENTAR SOBRE ICMS (LC FEDERAL):

CABE À LEI COMPLEMENTAR - LC 87/96 - LEI KANDIR E LC 24/75 (ART. 155, § 2º, XII):
a) DEFINIR SEUS CONTRIBUINTES (só LC pode definir quem é contribuinte do ICMS);
→ SUJEITOS PASSIVOS: e CONTRIBUINTES RESPONSÁVEIS TRIBUTÁRIOS (art. 146, III, a).
b) DISPOR SOBRE SUBSTITUIÇÃO TRIBUTÁRIA;
c) DISCIPLINAR O REGIME DE COMPENSAÇÃO DO ICMS (NÃO CUMULATIVO);
d) FIXAR, para efeito de sua COBRANÇA e definição do ESTABELECIMENTO RESPONSÁVEL, O LOCAL
DAS OPERAÇÕES relativas à circulação de mercadorias e prestações de serviços;
e) EXCLUIR DA INCIDÊNCIA DO ICMS, NAS EXPORTAÇÕES para o exterior, serviços e outros produtos além dos
mencionados no inciso X, “a”;
→ LETRA MORTA, pois a própria CF já EXCLUIU o ICMS para EXTERIOR: virou IMUNIDADE.
f) PREVER CASOS DE MANUTENÇÃO DE CRÉDITO, relativamente à REMESSA para OUTRO ESTADO E EXPORTAÇÃO
PARA O EXTERIOR, de serviços e de mercadorias;
g) REGULAR A FORMA COMO, MEDIANTE DELIBERAÇÃO DOS ESTADOS/DF, ISENÇÕES, INCENTIVOS E BENEFÍCIOS
FISCAIS SERÃO CONCEDIDOS E REVOGADOS;
→ LC 24/75: recepcionada pela CF, regula como serão concedidos e revogados os BENEFÍCIOS FISCAIS através dos
CONVÊNIOS (CONFAZ).
CUIDADO! NÃO CABE À LC CONCEDER BENEFÍCIOS, MAS APENAS REGULAR A FORMA como eles são
concedidos e revogados (LC 24/75 apenas REGULA como conceder e revogar).
h) DEFINIR OS COMBUSTÍVEIS E LUBRIFICANTES SOBRE OS QUAIS O ICMS INCIDIRÁ UMA ÚNICA VEZ, qualquer que
seja a sua finalidade, hipótese em que não se aplicará o X, b;
→ ICMS MONOFÁSICO: COMBUSTÍVEIS E LUBRIFICANTES, haverá incidência na ENTRADA do estado DESTINATÁRIO,
caso seja uma operação interestadual para CONSUMIDOR FINAL, contribuintes ou não.  LC 192/2022 E LC
194/2022 (PUBLICADAS RECENTEMENTE).
i) FIXAR A BASE DE CÁLCULO, DE MODO QUE O MONTANTE DO IMPOSTO A INTEGRE, TAMBÉM NA IMPORTAÇÃO
DO EXTERIOR de bem, mercadoria ou serviço.
→ ICMS = VALOR DA MERCADORIA ÷ (1 – ALÍQUOTA) x ALÍQUOTA.

COMPETÊNCIA DA LC SOBRE ICMS:


1) CONTRIBUINTES;
2) SUBSTITUIÇÃO TRIBUTÁRIA;
3) REGIME DE COMPENSAÇÃO (NÃO CUMULATIVIDADE);
4) FIXAR O LOCAL DAS OPERAÇÕES;
5) EXCLUIR O ICMS DAS EXPORTAÇÕES;

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6) MANUTENÇÃO DE CT;
7) REGULAR A FORMA COMO OS BENEFÍCIOS FISCAIS SERÃO CONCEDIDOS (LC 24/75);
8) DEFINIR A INCIDÊNCIA DO ICMS MONOFÁSICO ( LC 192 E 194 DE 2022);
9) FIXAR A BC DO ICMS NA IMPORTAÇÃO.

TRIBUTAÇÃO DOS COMBUSTÍVEIS E LUBRIFICANTES (EC 33/01):

ICMS MONOFÁSICO:
ART. 155, § 4º, CF - NA HIPÓTESE do inciso XII, h, OBSERVAR-SE-Á o SEGUINTE:
XII, h: CABE A LC DEFINIR OS COMBUSTÍVEIS E LUBRIFICANTES SOBRE OS QUAIS O ICMS INCIDIRÁ UMA ÚNICA
VEZ.
I - NAS operações com os LUBRIFICANTES E COMBUSTÍVEIS DERIVADOS DE PETRÓLEO, O ICMS CABERÁ AO
ESTADO ONDE OCORRER O CONSUMO;
→ NÃO HAVERÁ ICMS NA SAÍDA, DEVIDO À IMUNIDADE;
→ MAS INCIDIRÁ ICMS NA ENTRADA DO ESTADO/DF DESTINATÁRIO, PELA ALÍQ. INTERNA, CASO O USUÁRIO SEJA
PARA CONSUMIDOR FINAL.
EX.: empresa de ônibus comprando combustível derivado de petróleo de outro estado para consumo na sua frota.

II - PARA operações INTERESTADUAIS, ENTRE CONTRIBUINTES, COM GÁS NATURAL e seus DERIVADOS, e
LUBRIFICANTES E COMBUSTÍVEIS NÃO INCLUÍDOS NO ITEM ANTERIOR (não derivados do petróleo), o ICMS
será REPARTIDO entre OS ESTADOS de ORIGEM e de DESTINO, mantendo-se a mesma proporcionalidade que
ocorre nas operações com as demais mercadorias;
→ SE GÁS NATURAL E COMBUSTÍVEIS NÃO DERIVADOS DO PETRÓLEO, e o destinatário for CONTRIBUINTE, o ICMS
SERÁ REPARTIDO entre as UF de ORIGEM E DESTINO.
→ ICMS será repartido como se qualquer mercadoria fosse pela %INTERESTADUAL na SAÍDA.
III - NAS OPERAÇÕES INTERESTADUAIS COM GÁS NATURAL E SEUS DERIVADOS, e LUBRIFICANTES E
COMBUSTÍVEIS NÃO INCLUÍDOS no I, destinadas a NÃO CONTRIBUINTE, O ICMS CABERÁ AO ESTADO DE
ORIGEM;
→ SE GÁS NATURAL E COMBUSTÍVEIS NÃO DERIVADOS DE PETRÓLEO, e o destinatário for CONSUMIDOR FINAL, OU
SEJA, NÃO CONTRIBUINTE, A ALÍQUOTA USADA É A INTERNA E O ICMS FICA TODO NA UF DE ORIGEM.

ATENÇÃO: esse dispositivo ainda NÃO FOI ATUALIZADO em relação ao que diz a EC 87/15. Hoje é o que
acontece normalmente nas operações interestaduais (com a nova EC 87), visto que esses PRODUTOS SÃO
COMUNS, NÃO DERIVAM DO PETRÓLEO.
SAÍDA: ALÍQUOTA INTERESTADUAL (12% ou 7%).
ENTRADA: DIFERENCIAL DE ALÍQUOTA.

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OBSERVAÇÕES:
→ O ÁLCOOL NÃO É DERIVADO DE PETRÓLEO;
→ O GÁS NATURAL NÃO É DERIVADO DE PETRÓLEO, apesar de serem extraídos juntos.

IV - AS ALÍQUOTAS do ICMS SERÃO DEFINIDAS mediante DELIBERAÇÃO dos ESTADOS / DF, nos termos do § 2º,
XII, g (CONVÊNIOS DO CONFAZ), OBSERVANDO-SE O SEGUINTE:
→ ALÍQUOTAS DO ICMS MONOFÁSICO: serão definidas mediante CONVÊNIO DO CONFAZ.
→ É UMA EXCEÇÃO AO PRINCÍPIO DA LEGALIDADE.
a.1) SERÃO UNIFORMES EM TODO O TERRITÓRIO NACIONAL;
a.2) PODENDO SER DIFERENCIADAS POR PRODUTO;
→ ATRAVÉS do CONVÊNIO será definida uma alíquota uniforme em todo território nacional para combustíveis e
lubrificantes, inclusive para as operações internas, podendo haver diferenciação apenas por tipo de produto.
b) PODERÃO SER ESPECÍFICAS, POR UNIDADE DE MEDIDA ADOTADA, OU AD VALOREM, incidindo sobre o valor
da operação ou sobre o preço que o produto ou seu similar alcançaria em uma venda em condições de livre
concorrência;
c) PODERÃO SER REDUZIDAS E RESTABELECIDAS, não se lhes aplicando o art. 150, III, b.
→ As alíquotas PODERÃO, APÓS REDUZIDAS, SEREM RESTABELECIDAS ao patamar anterior no mesmo exercício,
não respeitando a anterioridade, mas sempre respeitando a noventena.
→ É EXCEÇÃO APENAS DA ANTERIORIDADE, quando REDUZIDAS OU REESTABELECIDAS.
→ SE FOR AUMENTADA (acima da redução), deve obedecer normalmente à ANTERIORIDADE.
OBS.: NÃO confunda com NOVENTENA: O RESTABELECIMENTO DEVE ESPERAR 90 DIAS.

CONVÊNIOS CONFAZ (§ 5º): as regras necessárias à aplicação do disposto no § 4º, inclusive as relativas à
apuração e à destinação do ICMS MONOFÁSICO, serão estabelecidas mediante deliberação dos ESTADOS e do
DF, nos termos do § 2º, XII, g.

PARA SER CONTRIBUINTE DO ICMS:

→ HABITUALIDADE OU;
→ VOLUME QUE CARACTERIZE INTUITO COMERCIAL.

SÃO CONSIDERADOS CONTRIBUINTES (MESMO SEM HABITUALIDADE OU VOLUME):


→ IMPORTAÇÃO DE MERCADORIAS OU BENS DO EXTERIOR;
→ IMPORTAÇÃO DE SERVIÇOS;
→ ADQUIRA EM LICITAÇÃO mercadorias ou bens APREENDIDOS OU ABANDONADOS;
→ ICMS MONOFÁSICO: adquira lubrificantes e combustíveis líquidos ou gasosos derivados de petróleo, e EE,
oriundos de outra UF, não destinados à comercialização ou à industrialização.

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EC 87/2015 – DIFERENCIAL DE ALÍQUOTA (DIFAL):
→ A PEC DO COMÉRCIO ELETRÔNICO.
→ NOVA SISTEMÁTICA DE COBRANÇA DO ICMS PARA  OPERAÇÕES INTERESTADUAIS  DE BENS DESTINADOS A
CONSUMIDOR FINAL NÃO CONTRIBUINTES.
ANTES DA EC 87/15:
O ICMS ATENDERÁ AO SEGUINTE (ART. 155, § 2º, CF):
VII - em relação às operações e prestações que destinem bens e serviços a CONSUMIDOR FINAL localizado em
OUTRO ESTADO, adotar-se-á:
a) a ALÍQUOTA INTERESTADUAL, quando o destinatário for CONTRIBUINTE do imposto;
b) a ALÍQUOTA INTERNA, quando o destinatário NÃO FOR CONTRIBUINTE dele;
VIII - na hipótese da alínea “a” do inciso anterior, caberá ao estado da localização do destinatário o imposto
correspondente à diferença entre a alíquota interna e a interestadual;

→ Nas operações interestaduais a não contribuintes do ICMS, era adotada a ALÍQUOTA INTERNA do ESTADO de
ORIGEM e o ICMS FICAVA TODO para a UF do REMETENTE.
EX.: uma loja virtual de calçados, localizada em SP, que vende um par de tênis para uma PF localizada no RJ
por R$100,00. Pela sistemática antiga, deveríamos utilizar a alíquota interna de SP (18%) e a totalidade do
imposto iria para SP (0,18 x R$ 100,00 = 18,00).
→ ESTA sistemática BENEFICIAVA OS ESTADOS REMETENTES, pois acabavam recebendo TODO o ICMS das operações
interestaduais destinadas a não-contribuintes.
→ OPERAÇÕES interestaduais destinadas a  CONSUMIDORES FINAIS E  CONTRIBUINTES:

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EX.: se aquela mesma loja de calçados, localizada em SP, vende 10 pares de tênis, por R$ 1.000,00, para uma
loja de eletrodomésticos, localizada no RJ, utilizar como peça do uniforme de seus vendedores (consumidor
final), temos a seguinte situação:
- ALÍQUOTA INTERESTADUAL: 12 %
- ALÍQUOTA INTERNA do RJ: 19 %
- ICMS devido à SP - 0,12 x R$ 1.000,00 = R$ 120,00 ALÍQUOTA INTERESTADUAL;
- ICMS devido ao RJ - (0,19 - 0,12) x R$ 1.000,00 = 70,00 DIFERENCIAL DE ALÍQUOTA.
ATENÇÃO: se a loja de eletrodomésticos do RJ fosse REVENDER os calçados, ela iria se creditar de 12% e na
saída iria se debitar de 19%. Ou seja, o resultado seria o mesmo: 7% para RJ.
→ A diferença é o momento em que isso ocorreu e a BC, que no caso de uma revenda seria, em regra, maior do
que na integralização de ativo (consumo final)!

APÓS A EC 87/15:
O ICMS ATENDERÁ AO SEGUINTE (ART. 155, § 2º, CF):
VII – nas OPERAÇÕES E PRESTAÇÕES que destinem bens e serviços a CONSUMIDOR FINAL, CONTRIBUINTE OU
NÃO DO ICMS, localizado em OUTRO ESTADO, adotar-se-á a ALÍQUOTA INTERESTADUAL E CABERÁ AO ESTADO
DO DESTINATÁRIO O ICMS correspondente à DIFERENÇA ENTRE A % INTERNA DO ESTADO DESTINATÁRIO E A
% INTERESTADUAL;
VIII- A  RESPONSABILIDADE PELO RECOLHIMENTO  DO ICMS correspondente à  DIFERENÇA ENTRE A ALÍQUOTA
INTERNA E A INTERESTADUAL  de que trata o inciso VII será atribuída:
a) AO  DESTINATÁRIO, QUANDO ESTE FOR  CONTRIBUINTE  DO IMPOSTO;
b) AO  REMETENTE, QUANDO O  DESTINATÁRIO NÃO FOR CONTRIBUINTE  DO IMPOSTO;
→ NOVA REDAÇÃO: não teremos diferenciação entre as operações interestaduais destinadas a consumidores
finais, ou seja, tanto faz se forem contribuintes ou não. Em ambos os casos, será devido o DIFERENCIAL DE
ALÍQUOTA PARA O ESTADO DESTINATÁRIO.
SEMPRE SERÁ APLICADA A ALÍQUOTA INTERESTADUAL.
→ A responsabilidade pelo recolhimento do DIFAL será determinada pela condição do destinatário.
Quando o destinatário for contribuinte do ICMS, o destinatário será responsável.
Quando o destinatário não for contribuinte, caberá ao remetente esta responsabilidade.

MUDANÇA GRADUAL (APENAS PARA O CF NÃO CONTRIBUINTE):


→ PARA NÃO IMPACTAR de forma REPENTINA a arrecadação dos ESTADOS REMETENTES, a EC 87/15 estabelece
que essa mudança será gradual (art. 99 do ADCT):
ART. 99.  PARA efeito do disposto no inciso VII do § 2º do art. 155, no caso de operações e prestações que
destinem bens e serviços a CONSUMIDOR FINAL NÃO CONTRIBUINTE localizado em OUTRO ESTADO, o ICMS
correspondente à diferença entre a alíquota interna e a interestadual será PARTILHADO entre os ESTADOS de
ORIGEM e de DESTINO, na proporção:
I - para o ano de  2015:  20%  para o ESTADO de  DESTINO  e  80%  para o ESTADO de  ORIGEM;

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II - para o ano de  2016:  40%  para o ESTADO de DESTINO e  60%  para o ESTADO de  ORIGEM;
III - para o ano de  2017:  60%  para o ESTADO de  DESTINO  e  40% para o ESTADO de  ORIGEM;
IV - para o ano de  2018:  80%  para o ESTADO de  DESTINO  e  20%  para o ESTADO de  ORIGEM;
V - a partir do ano de  2019:  100%  para o ESTADO DE  DESTINO.
→ ATÉ o ANO de 2019, o valor do diferencial de alíquota relativo às operações destinadas a não-contribuintes do
imposto será repartido entre os Estados envolvidos. Essa mudança gradual é bem fácil de lembrar, pois de um
ano para outro a mudança será sempre de 20%.

ATENÇÃO: O PARTILHAMENTO É APENAS PARA O DIFAL DO CONSUMIDOR FINAL NÃO CONTRIBUINTE, POIS O
DIFAL DO CONSUMIDOR FINAL CONTRIBUINTE JÁ ERA TODO do ESTADO DESTINATÁRIO ANTES MESMO da EC
87/15.

RESUMINDO: em vendas INTERESTADUAIS, SEMPRE será aplicada a % INTERESTADUAL e PODEMOS TER OU


NÃO O DIFERENCIAL DE ALÍQUOTAS, a depender do que o destinatário for fazer com as mercadorias.
→ SE FOR PARA CONSUMO FINAL  DIFAL.
→ SE FOR PARA INDUSTRIALIZAÇÃO OU REVENDA  CRÉDITO.

ATENÇÃO!!!
As prestações entre estados de serviços de transporte ou comunicação que NÃO ESTEJAM sujeitas a
operação subsequente (usuário é consumidor final do serviço), seguem as mesmas regras das mercadorias (%
INTERESTADUAL + DIFAL), seja o usuário contribuinte ou não.

EX.: imaginemos que, em 28/06/2018, uma loja de calçados localizada em SP venda 1 par de tênis para um
não-contribuinte do RJ. Considerando a alíquota interna do RJ como 19% e o valor total da nota fiscal como
R$ 100, podemos saber quanto de ICMS iria para cada Estado. Entretanto preste muita atenção: o enunciado
disse que a operação foi realizada em 2018 e por isso teremos a divisão do DIFAL (80/20).

ICMS pela saída INTERESTADUAL: 12% x R$ 100 = R$ 12. (I)


DIFERENCIAL de ALÍQUOTA: (19% - 12%) x R$ 100 = R$ 7.
PARCELA do DIFERENCIAL de alíquota devida a SP (ESTADO DE ORIGEM):
20% x 7 = R$ 1,40. (II)

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PARCELA do DIFERENCIAL de alíquota devida ao RJ (ESTADO DE DESTINO):
80% x 7 = R$ 5,60. (III)
ENTÃO, o TOTAL para SP será I + II = R$ 12 + R$ 1,40 = R$ 13,40.
JÁ o TOTAL para o RJ será R$ 5,60. (III)

OBSERVAÇÃO!
OPERAÇÕES QUE DESTINEM BENS A OUTRO ESTADO (INTERESTADUAL), DESTINADOS À COMERCIALIZAÇÃO
OU INDUSTRIALIZAÇÃO (NÃO CONSUMIDOR FINAL), a SAÍDA é tributada PELA ALÍQUOTA INTERESTADUAL E
NÃO HÁ DIFERENCIAL DE ALÍQUOTA, o que há é uma geração de CRÉDITO para quem COMPRA, que será
compensado na saída do estabelecimento.
→ Operações que destinem bens a outro Estado para comercialização ou industrialização.
→ Fábrica de sapatos em SP vende sapatos para loja de sapatos no RJ.
SAÍDA de SP: é tributada pela ALÍQUOTA INTERESTADUAL (12%);
ENTRADA no RJ: não é tributada pelo diferencial de alíquota, vai se gerar um crédito de ICMS, uma vez que
a saída dessa mercadoria será tributada posteriormente (débito).
→ O valor recolhido, pelo estabelecimento de SP, pela alíquota interestadual, vai gerar um crédito para em empresa
do RJ que será abatido no débito quando da saída dessa mercadoria.

ATENÇÃO!!!
As prestações entre estados de serviços de transporte ou comunicação que ESTEJAM SUJEITAS a operação
ou prestação subsequente (usuário não é destinatário final do serviço), o início é tributado pela alíquota
INTERESTADUAL, e o recebimento NÃO É tributado pelo ICMS (DIFAL), uma vez que a operação ou prestação
seguinte será tributada. OU SEJA, NÃO CABERÁ DIFERENCIAL DE ALÍQUOTA nesse serviço de transporte.

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ITCMD NA CONSTITUIÇÃO FEDERAL:

ART. 155. COMPETE AOS ESTADOS E AO DF INSTITUIR IMPOSTOS SOBRE:

I - TRANSMISSÃO CAUSA MORTIS E DOAÇÃO, DE QQ BENS OU DIREITOS (ITCMD);

FUNÇÃO PRINCIPAL FISCAL / ARRECADATÓRIA.

FATO GERADOR: DUPLO FG.

1) CAUSA MORTIS: HERANÇA.


2) DOAÇÕES em VIDA: TRANSMISSÃO NÃO ONEROSA.

OBS.: nas transmissões CAUSA MORTIS E DOAÇÃO ocorrem TANTOS FG distintos quantos FOREM OS
HERDEIROS, LEGATÁRIOS OU DONATÁRIOS (100 CASAS para 3 FILHOS = 3 FG).

FATO GERADOR = Nº RECEBEDORES DE HERANÇA OU DOAÇÃO.

DEFINIÇÃO DO ESTADO (OU DF) COMPETENTE PARA A COBRANÇA: SUJEITO ATIVO.

1º) IDENTIFICATAR QUE TIPO DE BEM ESTÁ SENDO TRANSMITIDO: MÓVEL OU IMÓVEL.

IMÓVEL: SEMPRE ONDE ESTIVER SITUADO O BEM IMÓVEL (seja HERANÇA / DOAÇÃO);
MOVEL:

FG 1 MORTE (HERANÇA): ONDE SE PROCESSAR O INVENTÁRIO OU ARROLAMENTO;

FG 2 DOAÇÃO EM VIDA: ONDE FOR DOMICILIADO O DOADOR (QUEM DOA O BEM).

FG DO EXTERIOR: LEI COMPLEMENTAR define (NÃO editada ATÉ HJ) - E / DF COMP. PLENA.

STF (2021): A LEI ESTADUAL NÃO PODE INSTITUIR ITCMD NO EXTERIOR, ENQUANTO NÃO HOUVER A LEI
COMPLEMENTAR NACIONAL REGULAMENTANDO A MATÉRIA.

• BASE DE CÁLCULO: É O VALOR VENAL dos bens ou direitos transmitidos (CTN, art. 38);
• CONTRIBUINTES: QUALQUER DAS PARTES na operação, como a LEI dispuser (art. 42);
• LANÇAMENTO:
RG - DECLARAÇÃO;
EXCEÇÃO - DE OFÍCIO.

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ART. 155, § 1º DA CF/1988 - O IMPOSTO PREVISTO NO INCISO I (ITCMD):

I - RELATIVAMENTE A BENS IMÓVEIS E RESPECTIVOS DIREITOS, COMPETE AO ESTADO DA SITUAÇÃO DO BEM,


OU AO DISTRITO FEDERAL

II - RELATIVAMENTE A BENS MÓVEIS, TÍTULOS E CRÉDITOS, COMPETE AO ESTADO ONDE SE PROCESSAR O


INVENTÁRIO OU ARROLAMENTO, OU TIVER DOMICÍLIO O DOADOR, OU AO DISTRITO FEDERAL;

III - TERÁ COMPETÊNCIA PARA SUA INSTITUIÇÃO REGULADA POR LEI COMPLEMENTAR:

a) SE O DOADOR TIVER DOMICÍLIO OU RESIDÊNCIA NO EXTERIOR;

b) SE O DE CUJUS POSSUÍA BENS, ERA RESIDENTE OU DOMICILIADO OU TEVE O SEU INVENTÁRIO PROCESSADO
NO EXTERIOR;

ART. 155, § 1º DA CF/1988 - O IMPOSTO PREVISTO NO INCISO I (ITCMD):

IV - TERÁ SUAS ALÍQUOTAS MÁXIMAS FIXADAS PELO SENADO FEDERAL;

FIXAÇÃO DE ALÍQUOTAS MÁXIMAS PELO SF: VINCULAÇÃO E PROGRESSIVIDADE.

ALÍQUOTA MÁXIMA (MÍNIMA): O SENADO FEDERAL DEFINE POR RESOLUÇÃO  8%.

O PROBLEMA é fixação de ALÍQ. ELEVADAS: ninguém PRESUME a MORTE ou a DOAÇÃO.

STF: A MAJORAÇÃO DA ALÍQUOTA % DO ITCMD DEPENDE SEMPRE DE NOVA LEI.

OS ESTADOS / DF NÃO podem INDEXAR a % do ICTMD ao TETO estabelecido pelo SF, de modo que eventuais
aumentos desse limite pelo SF acarretem, automaticamente, aumento da % aplicada (NÃO PODE VINCULAR
A %).

PROGRESSIVIDADE (STF): É CONSTITUCIONAL A PROGRESSIVIDADE DO ITCMD, prevista na RESOLUÇÃO 09/92,


AINDA QUE SEM AUTORIZAÇÃO EXPRESSA DA CF.

OBS.: O ITBI É QUE NÃO PODE SER PROGRESSIVO.

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IPVA NA CONSTITUIÇÃO FEDERAL:

ART. 155. COMPETE AOS ESTADOS E AO DF INSTITUIR IMPOSTOS SOBRE:


III - PROPRIEDADE DE VEÍCULOS AUTOMOTORES (IPVA).
FUNÇÃO PRINCIPAL FISCAL / ARRECADATÓRIA.
PRINCÍPIO DA NOVENTENA:
ESTÁ SUJEITO, SALVO ALTERAÇÃO DA BC (ART. 150, §1º)
APENAS A ALTERAÇÃO DA BC DO IPVA NÃO PRECISA ESPERAR 90 DIAS.
MAJORAÇÃO DE ALÍQ. DO IPVA: deve respeitar tanto a 90TENA, quanto a ANTERIODADE.
FIXAÇÃO DE ALÍQUOTAS MÍNIMAS PELO SF:
O IPVA TERÁ ALÍQUOTAS MÍNIMAS (MÁXIMAS) FIXADAS pelo SENADO FEDERAL;
OBS.: ESSA RESOLUÇÃO DO SF AINDA NÃO FOI EDITADA.
O PROBLEMA é a fixação de ALÍQUOTAS PEQUENAS: ATRAIR OS CONTRIBUINTES;
ALÍQUOTAS DIFERENCIADAS: POR TIPO OU POR UTILIZAÇÃO.
O IPVA PODERÁ TER ALÍQUOTAS DIFERENCIADAS EM FUNÇÃO DO TIPO E UTILIZAÇÃO.
A CF permite que se estabeleça, para o IPVA, % diferenciadas em função do tipo e utilização do veículo. Assim,
uma ambulância pode ter % menor do que um carro de competição. É uma forma de trazer justiça social, na
medida em que se tenta personalizar a capacidade econômica e social do SP.
OBS.: NÃO SE ADMITE A ALÍQUOTA DIFERENCIADA de IPVA para veículos IMPORTADOS e os de PROCEDÊNCIA
NACIONAL. O tratamento desigual significaria uma nova tributação pelo FG da importação. Seria uma
afronta ao princípio da não discriminação com base na procedência ou destino (art. 152, CF) e ao GATT
(cláusula do tratamento nacional).
LC SOBRE NORMAS GERAIS DO IPVA: NÃO HÁ ( COMPETÊNCIA LEG. PLENA dos E e DF)!
D. TRIBUTÁRIO: COMPETÊNCIA CONCORRENTE. NÃO há nenhuma previsão sobre o IPVA no CTN, portanto,
NÃO HÁ NORMA GERAL sobre o IPVA, isso implica que os ESTADOS e o DF podem LEGISLAR de forma
PLENA sobre IPVA até sobrevenha a LC da UNIÃO sobre NG que poderá SUSPENDER (OU NÃO) as NORMAS
ESTADUAIS no que for CONTRÁRIO (ART. 24, §§, CF).
FATO GERADOR: É A PROPRIEDADE DE VEÍCULO AUTOMOTOR.
VEÍCULO AUTOMOTOR: PROPULSÃO PRÓPRIA, precisa mover-se autonomamente (bicicleta).
STF: EMBARCAÇÕES e AERONAVES NÃO SÃO ATINGIDOS pelo IPVA
SÓ VEÍCULOS TERRESTRES, o antigo IPVA SÓ INCIDIA sobre VEÍCULOS TERRESTRES.
PROVAS DE LEGISLAÇÃO: verificar se incide IPVA sobre EMBARCAÇÕES e AERONAVES.
• BASE DE CÁLCULO: COMPETE aos ESTADOS E DF DEFINIRREM.
GERALMENTE: VALOR VENAL.
• CONTRIBUINTES DO IPVA: COMPETE aos ESTADOS E DF DEFINIRREM.
• GERALMENTE: PROPRIETÁRIO do VEÍCULO AUTOMOTOR.
• LANÇAMENTO: DE OFÍCIO.

ART. 155, § 6º DA CF/1988 - O IMPOSTO PREVISTO NO INCISO III (IPVA):

I - TERÁ ALÍQUOTAS MÍNIMAS FIXADAS PELO SENADO FEDERAL;

II - PODERÁ TER ALÍQUOTAS DIFERENCIADAS EM FUNÇÃO DO TIPO E UTILIZAÇÃO.

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REPARTIÇÃO DA RECEITA TRIBUTÁRIA DO ICMS:

ESTADOS MUNICÍPIOS

50%
IPVA
(sobre os veículos licenciados em seus territórios)

25%

MÍNIMO: 65% na proporção do VALOR ADICIONADO em seu território (+ colaborou);


MÁXIMO (ATÉ): 35% conforme LEI ESTADUAL (OU, LEI FEDERAL, se for um TF).
ICMS

OBS.: observada, obrigatoriamente, a distribuição de, no mínimo, 10 (dez) pontos


percentuais (10%) com base em indicadores de melhoria nos resultados de
aprendizagem e de aumento da equidade, considerado o nível socioeconômico dos
educandos.

ITCMD O ITCMD NÃO TEM A SUA RECEITA REPARTIDA COM OS MUNICÍPIOS.

ART. 158. PERTENCEM AOS MUNICÍPIOS:


III - 50% do produto da arrecadação do imposto do Estado sobre a propriedade de veículos automotores
licenciados em seus territórios (IPVA);
IV- 25% do produto da arrecadação do imposto do Estado sobre operações relativas à circulação de mercadorias
e sobre prestações de serviços de transporte interestadual e intermunicipal e de comunicação (ICMS).
PÚ. As parcelas de receita pertencentes aos Municípios, mencionadas no inciso IV, serão creditadas conforme
os seguintes critérios:

I - 65%, no mínimo, na proporção do valor adicionado nas operações relativas à circulação de mercadorias e
nas prestações de serviços, realizadas em seus territórios;

II - até 35%, de acordo com o que dispuser lei estadual, observada, obrigatoriamente, a distribuição de, no
mínimo, 10 (dez) pontos percentuais com base em indicadores de melhoria nos resultados de aprendizagem
e de aumento da equidade, considerado o nível socioeconômico dos educandos.

OBS.: LEI ESTADUAL PODERÁ UTILIZAR-SE DE CRITÉRIOS A SEREM PREENCHIDOS PELOS MUNICÍPIOS PARA
REALIZAR A REPARTIÇÃO DE RECEITA DO ICMS.
FUNÇÃO: diminuir a discricionariedade de cada ente em dividir de maneira desigual o valor do ICMS, seja
por questões políticas ou seja por questões pessoais. Desta forma, o ESTADO ficou com até 35% do valor
do ICMS para distribuir aos MUN. da maneira discricionária (desde que previsto em lei e que, pelo menos,
10% desse total seja distribuído com base em indicadores de melhoria nos resultados de aprendizagem e de
aumento da equidade, considerado o nível socioeconômico dos educandos). No mínimo 35% deverão ser,
obrigatoriamente, distribuídos de maneira proporcional ao ICMS gerado pelos MUN. Os que geraram mais
ICMS receberão mais ICMS. Os que geraram menos ICMS receberão menos.

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